Programa - Comunicação Oral - CO34.4 - ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DAS PRÁTICAS DE VIGILÂNCIAS EM SAÚDE
30 DE NOVEMBRO | DOMINGO
15:00 - 16:30
ANÁLISE DA REDE NACIONAL DOS SERVIÇOS DE VERIFICAÇÃO DE ÓBITO (RNSVO) A PARTIR DA CRIAÇÃO DE INDICADORES DE DESEMPENHO PARA O SERVIÇO.
Comunicação Oral
DIAS, P.H.P.1, CARMO, E.H.1, DE SOUZA, P.B.1
1 FIOCRUZ
Período de Realização
Janeiro de 2023 a novembro de 2024.
Objeto da produção
Análise avaliativa da Rede Nacional dos SVO com a criação de dois indicadores inéditos de desempenho para qualificação dos serviços.
Objetivos
Avaliar a contribuição dos SVO na elucidação das causas de óbito por causas mal definidas e na redução desses casos na sua área de abrangência, a partir da criação de indicadores de desempenho.
Descrição da produção
O presente estudo se configura como um estudo descritivo e avaliativo com dados secundários do SIM (2006–2020), abrangendo 43 SVOs e 2.631 municípios. Foram construídos dois indicadores inéditos: um para mensurar o percentual de necropsias em óbitos por causas mal definidas e outro para avaliar a reclassificação desses óbitos. As análises foram realizadas com uso de Excel e TabWin32, com foco na elucidação das causas e na qualidade do serviço prestado pelos SVOs.
Resultados
Os indicadores revelaram que apenas 23,2% dos óbitos do Capítulo XVIII da CID-10 foram necropsiados, muito abaixo do ideal de 90%. Alguns SVOs, no entanto, obtiveram taxas de reclassificação de causas de óbito superiores a 90%. Identificaram-se grandes desigualdades regionais na cobertura e desempenho dos serviços, com implicações diretas na qualidade das estatísticas vitais. Os dados destacam a necessidade de expansão e qualificação da rede.
Análise crítica e impactos da produção
A ausência de indicadores pactuados compromete o monitoramento da atuação dos SVOs. A criação dos indicadores permite identificar desigualdades, orientar a qualificação profissional, estruturar políticas públicas e melhorar a cobertura do serviço. A proposta qualifica o uso dos dados do SIM, fortalece o planejamento em saúde e pode ser incorporada às estratégias de vigilância epidemiológica no Brasil.
Considerações finais
A análise da RNSVO a partir de indicadores inéditos evidenciou lacunas estruturais, baixa cobertura e necessidade de qualificação. A adoção dos indicadores propostos permite o aprimoramento contínuo dos SVOs, impactando diretamente a qualidade dos dados de mortalidade. Recomenda-se sua institucionalização e uso rotineiro como ferramenta de gestão e avaliação em saúde pública.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E AVALIAÇÃO ECONÔMICA DA COVID-19 ENTRE PROFISSIONAIS DA SAÚDE: LIÇÕES APRENDIDAS PARA GARANTIR SISTEMAS DE SAÚDE ROBUSTOS EM CRISES SANITÁRIAS
Comunicação Oral
Ferreira-de-Sousa, FN1, Araújo, WN1, Sanchez, MN1
1 UnB
Apresentação/Introdução
A pandemia de COVID-19 impactou fortemente os profissionais da saúde no Brasil, que enfrentaram altos riscos de infecção e morte devido à exposição ocupacional, escassez de EPIs e vínculos precários. Além dos efeitos clínicos, houve grandes perdas econômicas por afastamentos e óbitos
Objetivos
Este estudo objetiva analisar os aspectos epidemiológicos e econômicos da COVID-19 entre profissionais da saúde no Brasil (2020–2022), visando subsidiar políticas de proteção mais efetivas.
Metodologia
Estudo observacional, retrospectivo e descritivo, com abordagem epidemiológica e econômica, baseado em dados do SIM, SIVEP-Gripe e SIH/SUS. Foram descritas mortalidade e hospitalizações por COVID-19 entre profissionais da saúde, identificados por ocupação e códigos da CID-10. Estimaram-se custos diretos com internações e indiretos com base nos Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP), de Trabalho Perdidos (APTP) e de Renda Perdidos (APRP), segundo metodologia de custo-doença.
Resultados
Entre 2020 e 2022, houve 11.231 óbitos e 3.698 hospitalizações por COVID-19 entre profissionais da saúde no Brasil. Técnicos de enfermagem, médicos e enfermeiros lideraram em número absoluto de casos, enquanto parteiras, assistentes sociais e farmacêuticos apresentaram os maiores coeficientes de mortalidade. Estimaram-se 154.939,6 anos potenciais de vida perdidos (APVP), 73.049 de trabalho (APTP) e 151.817,9 de renda (APRP), refletindo severas perdas humanas e econômicas. Os custos diretos com hospitalizações somaram R$ 23,4 milhões (US$ 4,1 milhões) e os indiretos por dias de internação, R$ 85,6 milhões (US$ 15 milhões).
Conclusões/Considerações
Reforça-se a necessidade urgente de políticas públicas equitativas e sustentáveis voltadas à saúde do trabalhador do SUS e gestão do trabalho em saúde, com ações baseadas em evidências científicas e planejamento de longo prazo, incluindo ampliação da vigilância epidemiológica, proteção a vínculos precários, compensação por perdas econômicas e fortalecimento dos sistemas de informação.
CONSTRUÇÃO DO GUIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE: ORIENTAÇÕES PARA A GESTÃO MUNICIPAL
Comunicação Oral
Pereira, T. A.1, Carvalho, L. S.2, Santos, Y. F.2, Santos, R. F. M.3, Barros, R. M.3
1 ISC/UFBA
2 ESPBA
3 SESAB
Período de Realização
De fevereiro a junho de 2025.
Objeto da produção
Material instrucional sob forma de Guia, a ser utilizado nos processos de planejamento das vigilâncias e nos Planos Municipais de Saúde
Objetivos
Apoiar técnicos e gestores no processo de planejamento da Vigilância em Saúde; Estimular a integração das áreas de Vigilâncias em Saúde; Estimular a inclusão da temática de Vigilância em Saúde nos processos de planejamento das Redes de Atenção; Estimular o processo de Planejamento Intersetorial.
Descrição da produção
A construção foi pautada em revisão bibliográfica, articulações institucionais e um processo colaborativo entre áreas técnicas da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. Iniciou-se com reuniões entre diretorias da Vigilância e setores estratégicos, seguido por rodadas de escrita coletiva e leitura crítica. Adotou-se uma matriz de análise com critérios de clareza, objetividade. Foram definidas funções entre os envolvidos e realizadas revisão, finalizando com a validação pela Superintendência.
Resultados
O resultado principal foi a elaboração de um Guia estruturado, acessível e prático, validado institucionalmente entre os pares. O material oferece ferramentas e orientações claras para o planejamento promovendo a integração entre as vigilâncias, redes de atenção e outros setores representando um marco significativo na gestão municipal em saúde. A publicação final foi acompanhada de um plano de implementação regionalizado, que será executado em parceria com os territórios.
Análise crítica e impactos da produção
A produção do Guia representa um avanço no planejamento em saúde municipal, integrando múltiplas perspectivas. Espera-se fortalecer a autonomia técnica e consolidar a vigilância como eixo da gestão do SUS. As próximas etapas incluem sua publicização e implementação por meio de curso de qualificação em planejamento, com foco na Vigilância em Saúde, descentralizado nas nove macrorregiões da Bahia, ampliando o alcance e os impactos da iniciativa.
Considerações finais
O Guia de Vigilância em Saúde é uma ferramenta estratégica que reflete o compromisso com o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Fruto de uma construção colaborativa, visa apoiar os gestores municipais, promovendo um planejamento integrado e eficaz. Espera-se que este material contribua para a qualificação das práticas de vigilância e, consequentemente, para a melhoria da saúde e bem-estar da população.
CONTRIBUIÇÃO DA VIGILÂNCIA DOS ÓBITOS FETAIS PARA QUALIFICAÇÃO DAS CAUSAS DE MORTE E DA EVITABILIDADE
Comunicação Oral
Costa, L.F.A.1, Oliveira, C.M1, Landim, S.M.S1, Albuquerque, A.L1, Zacarias, ACP1, Sena, YVM2, Nascimento, J.D.T1
1 Secretaria de Saúde do Recife
2 Programa de Residência Vigilância em Saúde
Apresentação/Introdução
Conhecer as causas de morte dos óbitos fetais é fundamental para subsidiar um perfil epidemiológico mais fidedigno. A Vigilância dos Óbitos Fetais (VOF) tem contribuído para o esclarecimento destas causas e a identificação da evitabilidade, subsidiando a adoção de medidas para o enfrentamento efetivo da mortalidade fetal e a promoção de ações voltadas à saúde materno e do concepto.
Objetivos
Descrever a contribuição da Vigilância dos Óbitos Fetais para a qualificação das causas de morte e a classificação de evitabilidade.
Metodologia
Trata-se de um estudo descritivo transversal realizado com os dados dos óbitos fetais de parturientes residentes no Recife-PE, ocorridos em 2023 e 2024. Foi realizado consulta às Declarações de Óbito e às fichas de investigação (síntese, conclusões e recomendações) dos óbitos fetais que foram investigados e discutidos pela VOF. A análise da classificação de evitabilidade deu-se sob a ótica da Lista Brasileira de Causas de Mortes Evitáveis por intervenção do Sistema Único de Saúde adaptada aos óbitos fetais. OS dados foram analisados por meio de frequência absoluta e relativo.
Resultados
Nos anos de 2023 e 2024 foram registrados 123 e 121 óbitos fetais, destes, 84 (63,6%) e 77 (63,6%), respectivamente, foram investigados e discutidos pela VOF. A causa básica de morte foi alterada em 51 (60,7%) e 41 (53,2%), respectivamente. A sífilis congênita (20; 23,8%), em 2023, e o uso de drogas pela mãe (4; 6,5%), em 2024, apenas foram evidenciadas como causa básica após a discussão. A causa mal definida, foi a segunda mais frequente antes da discussão (14; 16,7% e 13; 16,9%), sendo todas esclarecidas após a investigação e discussão. Quanto à evitabilidade, a maioria foi evitável (97,6% e 92,2%), predominando os subgrupos reduzíveis por adequada atenção à mulher na gestação e no parto.
Conclusões/Considerações
A VOF contribuiu para qualificação das causas de morte, elucidando as causas mal definidas, além de evidenciar os óbitos por sífilis congênita e o uso da droga durante a gestação. Esses achados apontam a necessidade de melhoria da assistência ao pré-natal além de ações intersetorias com serviços de prevenção ao consumo de drogas.
PROJETO DE PARCERIA PARA O AUMENTO DA PRODUÇAO DE SORO ANTIESCORPIONICO
Comunicação Oral
DIniz, L M1, Arantes Filho, C A2
1 SES/MG
2 Ministério da Saúde
Período de Realização
janeiro/23 a junho/25
Objeto da experiência
Estimular a busca ativa e captura de escorpiões para aumento na produção de soro antiveneno.
Objetivos
Estimular a busca ativa e captura de escorpiões para aumentar a produção de soro antiveneno, através de um projeto de parceria na microrregião de saúde de Unaí/MG, visando aprimorar a saúde pública e a prevenção de acidentes.
Metodologia
Devido à alta incidência de escorpiões, realizou-se visita técnica à FUNED/MG para entender processos de captura, manejo e produção de soros. Técnicos municipais foram treinados na captura de animais vivos, e fluxos foram estabelecidos para os municípios sob a jurisdição da GRS/Unaí. Há um sistema de premiação anual para os municípios que mais enviam escorpiões, incentivando a colaboração e o aumento da coleta.
Resultados
Entre jan/2023 e jun/2025, 1.800 escorpiões adultos foram enviados à FUNED/MG. O processo permite 1 a 4 extrações por animal. Estudos indicam que a média de veneno por extração inicial é de 0,41 mg, podendo atingir 0,44 mg na segunda, mas diminuindo para 0,32 mg (terceira) e 0,24 mg (quarta). Se 1.800 escorpiões tivessem uma única extração de 0,43 mg cada, o total seria de 774 mg retirados. Esse manejo otimiza a produção de soro antiescorpiônico.
Análise Crítica
O projeto demonstrou a eficácia de um modelo de parceria estruturado, com treinamento de técnicos e estabelecimento de fluxos, para aumentar a coleta de escorpiões vivos. O aprendizado chave foi que incentivar a captura, em vez da eliminação, é vital para a produção de soro. A análise crítica aponta que a iniciativa contribui diretamente para a saúde pública, otimizando a obtenção de matéria-prima essencial para o soro antiescorpiônico.
Conclusões e/ou Recomendações
As ações implementadas incentivaram a captura de escorpiões vivos, um fator crucial para a sustentabilidade da produção de soro. Conclui-se que o aumento na coleta de escorpiões contribui significativamente para a produção de soro antiescorpiônico, melhorando a qualidade de vida e a saúde pública. Recomenda-se a continuidade e expansão dessas parcerias para fortalecer a prevenção e reduzir os riscos de acidentes e óbitos por escorpionismo.
VIGILÂNCIA E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO, TENTATIVAS DE AUTOEXTERMÍNIO E LESÕES AUTOPROVOCADAS EM OURO PRETO, MINAS GERAIS
Comunicação Oral
AISLLAN ASSIS1, Renan Lima1, Mariana Luz2, Andréa Machado3, Elaine Machado4
1 ESCOLA DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO - UFOP
2 Departamento de Educacação da Universidade Federal de Ouro Preto -UFOP
3 Secretaria Municipal de Saúde de Ouro Preto - MG
4 Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
Apresentação/Introdução
O suicídio é um fenômeno complexo e crescente em Ouro Preto (MG). Não há registros de análises detalhadas ou estudos epidemiológicos que abordam esses dados no município, especialmente no que se refere aos desfechos das investigações e vigilância em saúde. Este artigo analisa a mortalidade por suicídio e as tentativas de autoextermínio e lesões autoprovocadas no município entre 2000 e 2022.
Objetivos
Analisar a mortalidade por suicídio e o perfil das tentativas e lesões autoprovocadas em Ouro Preto entre 2000 e 2022.
Metodologia
Estudo descritivo e analítico baseado em dados secundários do SIM, SINAN e SIH (DataSUS), referentes a óbitos, notificações e hospitalizações por suicídio e lesões autoprovocadas. Foram analisadas variáveis como sexo, idade, raça/cor e métodos utilizados, considerando cálculos de taxas específicas e ajustadas com base em dados do IBGE. A análise incluiu também séries históricas, comparações territoriais entre Ouro Preto, Mariana, Itabirito e Minas Gerais, e cruzamento de dados para identificar subnotificações e vulnerabilidades específicas por grupo populacional e faixa etária. A pesquisa foi realizada nos anos de 2023 e 2024.
Resultados
Ouro Preto apresenta taxas de suicídio superiores às médias estadual e nacional, com destaque para homens brancos de 20 a 59 anos (enforcamento) e tentativas mais frequentes entre mulheres pardas de 15 a 29 anos (precipitação). Houve aumento das taxas após a pandemia e subnotificações evidentes, especialmente entre pessoas negras.Há falta de discriminação entre as notificações de autolesão e tentativa de suicidio. Os dados sugerem fragilidade na vigilância, sobretudo em distritos rurais e na atenção à saúde mental da juventude e população feminina. Apesar da estrutura do SUS, a cidade enfrenta dificuldades na notificação e prevenção de tentativas de suicídio e lesões autoprovocadas.
Conclusões/Considerações
A cidade enfrenta elevadas taxas de suicídio e graves falhas de notificação e prevenção. É urgente fortalecer a vigilância, qualificar os profissionais e investigar a subnotificação, especialmente entre grupos vulneráveis, como mulheres e população negra. A pesquisa realizada em Ouro Preto revela a urgência de melhorar os sistemas de vigilância e prevenção do suicídio e autolesões.
VIGILÂNCIA DE CONTATOS DE HANSENÍASE NO BRASIL: UMA ANÁLISE DA RELAÇÃO COM O ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
Comunicação Oral
ARAÚJO, L. B. S.1, LIMA, A. F. L.1, SOUSA NETO, A. D.1, CRUZ, D. D. R. P.1, MIRANDA, E. S.1, GUIMARAES, J. T. F.1, SANTOS, W. E. A.1, SOARES, W. L. N.1, MOURA, E. H.1, ARAUJO, O. D.1
1 Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Apresentação/Introdução
A vigilância de contatos na hanseníase, estratégia fundamental para interromper a transmissão, revela contradições do sistema de saúde entre estrutura formal e prática efetiva. Este estudo analisa como os determinantes sociais – expressos pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) estadual – influenciam na qualidade desta ação, tensionando o debate sobre equidade no Sistema Único de Saúde (SUS).
Objetivos
Analisar a associação entre o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e a proporção de contatos de hanseníase examinados nas 26 Unidades da Federação (UFs) brasileira mais o Distrito Federal.
Metodologia
Trata-se de um estudo ecológico, de corte transversal, realizado com dados de acesso aberto das 26 UFs do Brasil mais o Distrito Federal. Foram utilizados dados de contatos registrados e examinados de hanseníase, do período de 2014 a 2023, obtidos do SINAN/DATASUS. O IDH (2010) foi extraído do Atlas Brasil. A variável de desfecho foi a proporção de contatos examinados no período. A análise incluiu estatística descritiva, correlação de Spearman e Análise da Variância Unidirecional (ANOVA) para comparar as médias entre tercis de IDH, através do SPSS, versão 25.0.
Resultados
Os dados revelam um paradoxo: enquanto se observa um gradiente positivo (73,9% a 78,7%) na avaliação de contatos conforme o IDH estadual, as análises estatísticas (correlação p=0,295; ANOVA p=0,524) desvelam a ausência de associação significativa. Este achado desafia a tese reducionista que atribui às condições socioeconômicas o determinismo sobre a qualidade da vigilância. A baixa performance nacional (média 76,2%, máximo 89%) expõe falhas estruturais na organização do cuidado que transcendem as disparidades regionais, demandando: (1) crítica aos modelos de avaliação focados em cobertura; (2) análise dos processos de trabalho; e (3) enfrentamento das iniquidades no acesso qualificado.
Conclusões/Considerações
O gradiente segundo IDH revela a influência social, mas a não-significância estatística aponta que o desenvolvimento, sozinho, não garante uma boa vigilância. A baixa média nacional evidencia crises estruturais no cuidado, desde a precarização em saúde até a fragilidade da Atenção Primária como ordenadora da rede. Superar este cenário exige ações intersetoriais, modelos avaliativos focados na qualidade do cuidado e fortalecimento da vigilância.