Programa - Pôster Eletrônico - PE13 - Educação, Formação e Extensão em Saúde
CRÍTICA AO PROTAGONISMO DA COMUNIDADE NA INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-GESTÃO-COMUNIDADE EM CONTEXTO MUNDIAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DE MÉTODOS MISTOS
Pôster Eletrônico
1 UNIFESP e Hospital Israelita Albert Einstein
2 USP
Apresentação/Introdução
O envolvimento da população no ensino tem sido foco de escassos estudos. A participação popular, consagrada em Alma-Ata, é essencial na formação em saúde, garantindo voz às populações nas decisões que as afetam. Envolver a comunidade promove equidade, rompe desigualdades e propõe um modelo educacional centrado nas necessidades reais, valorizando o protagonismo e a construção coletiva do cuidado.
Objetivos
Este estudo visa conhecer o protagonismo da comunidade na formação de estudantes em saúde em contexto global na perspectiva da integração ensino-serviço-gestão-comunidade.
Metodologia
Trata-se de um estudo conduzido com as diretrizes metodológicas JBI para Revisões Sistemáticas de Métodos Mistos e foi registrado sob o número PROSPERO CRD42024569174. As fontes de dados foram as bases PubMed, BVS e Periódicos Capes (Brasil). Os limites do idioma foram o inglês, espanhol e português. Foram critérios de inclusão: estudos primários e relatos de experiência de formação profissional em saúde apresentando qualquer grau de participação popular em nível de graduação ou pós-graduação de 2019 a 2024. Dois revisores independentes selecionaram os estudos conforme fluxograma PRISMA. A interpretação dos resultados foi baseada nos estudos críticos do currículo.
Resultados
Dos 23 estudos incluídos, 70% foram realizados na América do Sul e concentrados em medicina (52%). Graduação representou 91% das experiências, com foco em APS (65%). Sobre engajamento comunitário, 83% dos estudos situam-se nos níveis ‘baixo’ e ‘intermediário’ de participação. Qualitativamente, observaram-se quatro categorias: silenciamento - população distanciada e tratada como recurso para a formação; sussurros - abertura à escuta da comunidade embora não participem diretamente; vozes audíveis - participação ativa da comunidade no processo de formação; voz e luz ao processo ensino-aprendizagem - participação na implementação de currículos, avaliação e preparação para o mercado de trabalho.
Conclusões/Considerações
Há distanciamento da comunidade na formação, onde ela é tratada como recurso passivo. Integrar suas vozes e promover o protagonismo comunitário torna o processo inclusivo, crítico e transformador. Diálogo prévio com moradores e sua participação ativa desafiam desigualdades de poder, enriquecem o aprendizado e preparam profissionais mais sensíveis às realidades sociais. Ainda há insuficiência política para garantir participação ativa.
O USO DO YOUTUBE POR ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM: PERCEPÇÕES SOBRE A QUALIDADE DE VÍDEOS PRÁTICOS
Pôster Eletrônico
1 PPGICS/FIOCRUZ
2 FIOCRUZ
Apresentação/Introdução
O YouTube tem sido uma ferramenta importante no ensino de enfermagem, especialmente em técnicas clínicas. Contudo, a ausência de controle de qualidade exige olhar crítico dos estudantes e atenção dos educadores. A crescente integração de tecnologias no ensino demanda práticas mais dinâmicas e revisão de papéis pedagógicos (Correia et al., 2024).
Objetivos
Essa pesquisa tem como objetivo geral: compreender e avaliar a percepção de estudantes de graduação em enfermagem sobre a qualidade educacional dos vídeos disponíveis no YouTube que abordam técnicas e procedimentos clínicos.
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa quantitativa vinculada a um projeto de doutorado. Participaram 90 estudantes de enfermagem de instituições públicas e privadas, de diferentes estados brasileiros, selecionados por amostragem em bola de neve. Aplicou-se um questionário estruturado com variáveis sociodemográficas, uso do YouTube, técnicas de maior facilidade/dificuldade e critérios de avaliação de vídeos. Os dados foram tabulados em planilha eletrônica e analisados estatisticamente. O estudo foi aprovado por Comitê de Ética sob o nº CAAE 80733924.4.0000.5241 e seguiu todos os princípios éticos da pesquisa com seres humanos.
Resultados
Dos participantes, 96,6% utilizam o YouTube para estudar, sendo que 89,7% o fazem para reforço prático. Predominam estudantes entre 21 e 24 anos (44%), do sexo feminino (86%) e de instituições privadas (95%). Em relação aos dispositivos, 76% utilizam o celular para estudar. As técnicas consideradas mais fáceis incluem a higienização das mãos (81,6%), enquanto as mais difíceis foram o cateterismo vesical de demora e o gástrico (75%). Para 47%, o número de visualizações é moderadamente importante, e 36% consideram o número de inscritos pouco relevante para avaliação da qualidade.
Conclusões/Considerações
O YouTube é amplamente utilizado por estudantes de enfermagem, especialmente no aprendizado prático. No entanto, os critérios de avaliação de qualidade são subjetivos e, muitas vezes, baseados em métricas de popularidade. Os resultados reforçam a necessidade de desenvolver competências críticas em saúde digital e de fomentar práticas educativas mais conscientes no uso dessas plataformas.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E FORMAÇÃO EM SAÚDE: UM MAPEAMENTO CIENCIOMÉTRICO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA
Pôster Eletrônico
1 UFG
Apresentação/Introdução
A Inteligência Artificial tem ocupado um espaço crescente no campo da saúde, com impactos tanto nos processos assistenciais quanto na formação dos profissionais. Tecnologias baseadas em algoritmos vêm sendo incorporadas, o que se torna relevante compreender como a formação tem respondido a essas transformações e quais caminhos têm sido trilhados pela produção científica sobre o tema.
Objetivos
Este estudo teve como objetivo mapear a produção científica que trata da relação entre Inteligência Artificial e formação em saúde.
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa cienciométrica baseada na análise de artigos publicados nas bases Web of Science, Scopus, PubMed, Embase, ERIC, LILACS/BVS, no período de 2019 a 2024. A coleta seguiu uma estratégia padronizada com termos controlados e não controlados. Os dados foram analisados com apoio do software VOSviewer, considerando autores, instituições, redes de colaboração, periódicos e termos mais frequentes.
Resultados
Os resultados apontaram crescimento do interesse acadêmico sobre o tema. Observou-se presença de diferentes áreas da saúde, com diversidade de abordagens e temas. Foram identificadas instituições com maior produção e articulações em redes de pesquisa. O levantamento também revelou áreas menos exploradas e possíveis lacunas temáticas e metodológicas.
Conclusões/Considerações
Conclui-se que a produção científica sobre Inteligência Artificial e formação em saúde apresenta trajetória ascendente, com potencial para aprofundar debates teóricos e práticos sobre o papel da tecnologia nos processos formativos e nos sistemas de saúde.
BIBLIOTECONOMIA CLÍNICA COMO ESTRATÉGIA PARA QUALIFICAÇÃO DE PROFISSIONAIS NA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UFG
Apresentação/Introdução
A Biblioteconomia Clínica, consolidada em outros países tem se mostrado eficaz fundamentando-se nos princípios da Medicina Baseada em Evidências (MBE). No contexto brasileiro, sua aplicação demanda uma abordagem alinhada às diretrizes do SUS. Nessa perspectiva, a atuação do bibliotecário clínico deve contribuir para a formação de profissionais e do acesso à informação qualificada em saúde.
Objetivos
Este estudo propõe a Biblioteconomia Clínica como estratégia de apoio à formulação de políticas públicas voltadas à capacitação de profissionais da saúde, destacando o papel da informação qualificada como eixo fundamental da equidade.
Metodologia
Este estudo qualitativo apoia-se na Cartilha de Demandas de Pesquisa para a Gestão da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), com foco nos itens 8 e 9 do eixo 7. Utilizou-se como percurso metodológico as seguintes estratégias: definição dos objetivos, análise bibliométrica de periódicos nacionais selecionados a partir da presença de estudos com abordagem prática sobre a Biblioteconomia Clínica, revisão normativa centrada na legislação e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), com o intuito de alinhar o objeto de estudo às políticas públicas de saúde vigentes no país, e a última etapa consistiu na organização, sistematização, e redação dos resultados obtidos.
Resultados
O bibliotecário, conforme descrito na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), é um profissional da informação habilitado para desenvolver ações educativas, organizar recursos informacionais e disseminar conhecimentos. A análise da Cartilha da SVSA, especificamente os itens 8 e 9 do eixo 7, evidencia a necessidade de metodologias voltadas à formação de trabalhadores do SUS. Nesse contexto, destaca-se a relevância da inserção do bibliotecário clínico como agente estratégico no acesso e uso qualificado da informação em saúde, bem como na promoção da formação, capacitação e educação permanente dos profissionais da saúde, com foco em práticas baseadas em evidências e na educação crítica.
Conclusões/Considerações
A análise da Cartilha de Demandas de Pesquisa da SVSA evidencia a pertinência dessa proposta, ao destacar a urgência de metodologias formativas e estratégias de educação permanente. Nesse contexto, a Biblioteconomia Clínica revela-se relevante para a Atenção Básica à Saúde, ao contribuir com a qualificação profissional e o acesso à informação em saúde, fortalecendo a Saúde Coletiva enquanto campo comprometido com a equidade e o cuidado em rede.
#FUI RESIDENTE: AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA FORMAÇÃO EM RESIDÊNCIAS PARA O FORTALECIMENTO DO CUIDADO E DO TRABALHO EM EQUIPE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UFSC
2 UEPG
3 UEL
Apresentação/Introdução
O trabalho interprofissional é reconhecido como uma necessidade e um desafio central para garantir o direito universal à saúde. As Residências em saúde são estratégias privilegiadas para o desenvolvimento do trabalho em equipe interprofissional. O projeto #FuiResidente investiga o impacto da formação em Residência na qualificação do cuidado e do trabalho em equipe na APS.
Objetivos
Descrever os resultados alcançados pelo #FuiResidente até o momento, com ênfase na conclusão da Fase 1, voltada ao desenvolvimento de uma matriz de competências interprofissionais para a APS.
Metodologia
A matriz de competências foi elaborada em três etapas. Na Etapa 1, desenvolveu-se a versão inicial a partir de uma revisão de literatura de frameworks nacionais e internacionais de competências interprofissionais em saúde e para o trabalho na APS no Brasil. A Etapa 2 envolveu duas oficinas com especialistas para analisar e revisar os domínios e competências. Por fim, na Etapa 3, realizou-se a validação por Delphi, e utilizou-se o Índice de Validade de Conteúdo para medir o grau de concordância entre os especialistas. Nas demais fases do #FuiResidente, serão realizados grupos focais e entrevistas com egressos atuantes no SUS em todas as regiões do país, além de um inquérito nacional.
Resultados
Cerca de 40 especialistas de diferentes categorias profissionais e estados brasileiros, com ampla experiência em educação interprofissional, APS e residências em saúde participaram da validação da matriz. A matriz elaborada compreende 12 domínios e 74 competências, integrando referências internacionais da Educação Interprofissional a elementos contextuais do SUS. Destacam-se domínios como ‘Participação social’, ‘Educação permanente’, ‘Inovação nas práticas em saúde’ e ‘Tecnologias digitais em saúde’, que refletem necessidades específicas do Brasil e ampliam os modelos internacionais tradicionais.
Conclusões/Considerações
Além de base para os instrumentos de coleta das fases seguintes e para o marco analítico da pesquisa, a matriz é uma ferramenta pedagógica e estratégica para orientar processos formativos e de gestão do trabalho na APS. A Fase 2, por meio de entrevistas e grupos focais, analisará como as competências interprofissionais se manifestam na prática colaborativa de egressos na APS, investigando a relação com a formação na residência.
A EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE COMO FERRAMENTA PARA MELHORIAS DA PERCEPÇÃO DE SAÚDE NA SOCIEDADE
Pôster Eletrônico
1 UNILA
2 UFRN
Apresentação/Introdução
As percepções sobre o que é saúde variam entre indivíduos e são influenciadas por fatores culturais, sociais e subjetivos. Compreender essas visões é essencial para a formulação de estratégias eficazes de promoção da saúde. Este estudo investiga essas percepções a partir de um levantamento realizado com familiares e amigos de estudantes.
Objetivos
Analisar as percepções de indivíduos sobre os fatores que contribuem para o adoecimento, com foco na saúde mental e em outros determinantes sociais, a partir da última pergunta de um questionário aplicado por estudantes da UNILA.
Metodologia
A pesquisa foi realizada por estudantes do primeiro semestre de Saúde Coletiva da UNILA, na disciplina Saúde e Sociedade, no ano de 2024. Aplicou-se um questionário com cinco perguntas abertas a amigos e familiares dos estudantes, abordando significados de saúde, práticas de cuidado e fatores de adoecimento. Este trabalho foca na última pergunta: “Cite pelo menos dois fatores que possam estar contribuindo para o seu adoecimento”. Foram coletadas 18 respostas, que passaram por análise qualitativa simples para identificação de temas recorrentes. Os dados foram organizados por frequência e observou-se a predominância de fatores relacionados à saúde física e mental.
Resultados
Entre os 18 questionários respondidos, os aspectos físicos foram os mais citados (12 vezes), seguidos pelos fatores de saúde mental, evidenciando a relevância do equilíbrio emocional no cotidiano das pessoas. Outros fatores mencionados incluíram questões econômicas, sobrecarga de trabalho, estresse e relações interpessoais. As respostas revelam uma percepção ampla de saúde, que vai além da ausência de doenças, e destacam a influência do contexto social, cultural e econômico no bem-estar. A religião, a comunidade e a desigualdade social também foram citadas como influências no modo como as pessoas lidam com seu adoecimento.
Conclusões/Considerações
A Educação Popular em Saúde é essencial para ampliar o entendimento sobre o que é ter saúde e estimular o autocuidado, contribuindo para uma sociedade mais saudável e consciente. Por meio dela, trabalha-se a percepção da saúde ligada às condições de vida e à realidade social. A valorização da saúde mental reforça a urgência de estratégias públicas que considerem os determinantes sociais.
LÁ ONDE POUCOS CHEGAM: O PAPEL DO MAAV NA CAPACITAÇÃO MÉDICA PARA ATUAÇÃO NOS DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS (DSEI)
Pôster Eletrônico
1 FIOCRUZ
Apresentação/Introdução
O modulo de acolhimento e avaliação (MAAV), é a etapa formativa essencial do Programa Mais Médicos. Este estudo avalia sua efetividade na preparação de médicos brasileiros formados no exterior para atuação nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), com foco na saúde intercultural.
Objetivos
Avaliar a percepção de médicos brasileiros formados no exterior sobre a preparação oferecida pelo MAAV para atuação em territórios indígenas, considerando conteúdos, estratégias pedagógicas e aplicabilidade prática.
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa e quantitativa, realizada por meio da aplicação de dois questionários online via Microsoft Forms. Participam médicos brasileiros formados no exterior que concluíram o MAAV no primeiro semestre de 2025 e foram designados aos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Os instrumentos foram construídos com base nos conteúdos ofertados no módulo e validados por especialistas do núcleo pedagógico do Programa Mais Médicos. A análise será feita por estatística descritiva, considerando frequências absolutas e relativas por teste wald, e análise qualitativa de conteúdo das respostas abertas, conforme metodologia de Bardin(2011).
Resultados
Embora a coleta de dados esteja em andamento, espera-se que os resultados revelem a percepção positiva quanto à preparação técnica, mas também evidenciem lacunas na abordagem intercultural. Resultados preliminares, com base na literatura, indicam que o MAAV fortalece a atuação em contextos vulneráveis, mas há desafios na adaptação sociocultural. A escuta dos participantes permitirá identificar fragilidades e potencialidades do módulo.
Conclusões/Considerações
O estudo contribui para o aprimoramento do MAAV e para o fortalecimento de políticas públicas de formação em saúde comprometidas com a equidade. Ao destacar o direito à saúde dos povos indígenas, reafirma os princípios da Saúde Coletiva e a necessidade de consolidar os DSEIs como espaços estratégicos na superação das iniquidades nos territórios indígenas.
LETRAMENTO EM SAÚDE NA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA APS: REVISÃO INTEGRATIVA SOBRE PRÁTICAS EDUCATIVAS
Pôster Eletrônico
1 SMS-Rio
Apresentação/Introdução
A formação de profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) deve contemplar competências que promovam o cuidado integral e a autonomia dos usuários. Neste sentido, o letramento em saúde surge como elemento estratégico para qualificar processos educativos, promover a comunicação em saúde e fortalecer a resolutividade das práticas de cuidado.
Objetivos
Analisar como o letramento em saúde é abordado na formação de profissionais da APS, considerando as possibilidades para a qualificação dos processos de ensino-aprendizagem e práticas pedagógicas no SUS.
Metodologia
Realizou-se uma revisão integrativa da literatura seguindo as etapas propostas por Mendes et al. (2008). A pergunta norteadora foi construída com base no anagrama PCC: profissionais da APS, letramento em saúde e formação. As buscas foram realizadas em SciELO, BVS, PubMed e Web of Science, com descritores adaptados por base. Foram incluídos estudos publicados nos últimos cinco anos, em português, inglês e espanhol. Após aplicação dos critérios de elegibilidade, 19 artigos compuseram a amostra final. A análise foi conduzida com base na técnica de análise de conteúdo.
Resultados
A análise evidenciou quatro categorias: 1) introdução do conceito de letramento em saúde na formação profissional; 2) letramento digital e novas formas de comunicação; 3) atuação dos profissionais como educadores em saúde; e 4) inclusão do tema na Educação Permanente. Os estudos apontam que o letramento em saúde qualifica a comunicação e fortalece o vínculo entre profissionais e usuários. A formação, no entanto, ainda carece de abordagens estruturadas e integradas sobre o tema, inclusive no uso de tecnologias digitais e linguagem simples.
Conclusões/Considerações
A revisão revelou a urgência de inserir o letramento em saúde na formação de profissionais da APS, fortalecendo práticas comunicacionais mais efetivas e equitativas. Além disso, recomenda-se sua inserção nos currículos e ações de extensão, promovendo uma educação em saúde crítica, participativa e contextualizada.
WEB-PORTFÓLIO REFLEXIVO E O DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM POR INVESTIGAÇÃO NO CONTEXTO DAS POLÍTICAS DE SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UFV
Apresentação/Introdução
Um dos maiores desafios do século XXI é o desenvolvimento dos pensamentos crítico e reflexivo, colocando em evidência a necessidade de melhorar a prática docente. Na área da saúde, isto ganha especial relevância, pela importância de se formar estudantes, aptos para a aprendizagem comprometida com a prática da boa ciência por meio da pesquisa em fontes de informações fidedignas.
Objetivos
Este estudo, tem como objetivo, analisar o Web-Portfólio Reflexivo (WPR), como método de ensino ativo e inovador, no processo de desenvolvimento da aprendizagem baseada em investigação no estudo das Políticas de Saúde de estudantes da área da saúde.
Metodologia
Pesquisa qualitativa cujos dados foram coletados por meio da análise documental. Neste estudo se analisou os WPRs (n= 47), construídos por estudantes da área da saúde (n= 212) em uma disciplina de Políticas de Saúde, de uma universidade pública brasileira, durante os anos de 2020, 2021 e 2022. Os WPR se construíram digitalmente na plataforma CANVA (seguindo as diretrizes do Guia do estudantes), e ao final de cada semestre letivo, foram incorporados à coleção disponível na plataforma de publicação digital da disciplina de Políticas de Saúde, intitulada Camaleo, onde é possível consultar de forma aberta e gratuita em sua totalidade (Enlace: https://en.calameo.com/accounts/6535846).
Resultados
Foram analisados 47 WPR. Entre os achados deste estudo, destacam-se: o aprimoramento das competências comunicativas com ênfase na escrita e na análise, o gerenciamento de informações estimulando o pensamento crítico, as competências sistêmicas por meio da criatividade e autonomia e a prática da autorregulação fomentada pelos feedbacks, provocando a recuperação ativa dos estudantes. A ênfase é dada ao desenvolvimento da aprendizagem investigativa, que é a aprendizagem que leva os alunos a cultivarem os processos de enriquecimento conceitual, estruturação e organização, exercitando a capacidade de identificar fontes confiáveis, fundamentando suas condutas em evidências científicas.
Conclusões/Considerações
O exercício da aprendizagem por investigação, potencializado pelos WPR, atuando como uma estratégia para evitar a manipulação de ideias e atitudes dogmáticas, muito presentes hoje em todo o mundo, responsáveis por alimentar desinformações em todos os âmbitos, confundindo as pessoas e ameaçando seriamente a saúde pública e o SUS, além de incitar conflitos violentos e todos os tipos de injustiça social. Vivemos em uma época de crise civilizacional.
ABORDAGEM DOS DIREITOS SEXUAIS E DA JUSTIÇA REPRODUTIVA DE CURSOS DA ÁREA DA SAÚDE EM UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Pôster Eletrônico
1 USP
Apresentação/Introdução
A inclusão da temática do aborto nos cursos de formação em saúde é fundamental para formar profissionais de saúde com habilidades técnicas, relacionais e éticas para o atendimento ao aborto no Brasil, bem como para a implementação de ações de justiça reprodutiva que articulam as dimensões de interseccionalidade, equidade e cidadania.
Objetivos
Analisar o conteúdo das ementas de disciplinas que abordam temas relacionados à justiça e saúde sexual e à justiça e saúde reprodutiva nos cursos de graduação em Obstetrícia, Enfermagem, Medicina e Psicologia de uma universidade pública paulista.
Metodologia
Pesquisa documental descritiva e exploratória. Nesta etapa, a partir da amplitude de subtemas relacionados aos direitos sexuais e com o foco na justiça reprodutiva, definiu-se as palavras-chave utilizadas, sendo elas: abortamento, direitos sexuais e/ou reprodutivos, gênero, justiça reprodutiva, planejamento reprodutivo, saúde da mulher, saúde materna, saúde sexual e/ou reprodutiva e sexualidade. Foi feito download dos documentos oficiais dos cursos de Obstetrícia; Medicina; Enfermagem e Psicologia, encontrados nos sites oficiais, e selecionado as disciplinas que nas ementas apresentavam as palavras-chave definidas em sua descrição (título, objetivos, conteúdo programático e bibliografia).
Resultados
Dentre as 1084 disciplinas analisadas, em 49 foram identificadas as categorias de mencionadas, considerando que alguns temas apareciam mais de uma vez, registrou-se: abortamento (n=8); direitos sexuais e/ou reprodutivos (n=12); gênero (n=29); justiça reprodutiva (n=0); planejamento reprodutivo (n=13); saúde da mulher (n=25); saúde materna (n=7); saúde sexual e/ou reprodutiva (n=22); sexualidade (n=20). A graduação em Obstetrícia concentrou o maior número (17), com destaque para saúde da mulher (n=13) e saúde sexual e/ou reprodutiva (n=10). É possível observar diferenças nas abordagens desses conceitos entre os cursos estudados, e entre disciplinas de um mesmo curso.
Conclusões/Considerações
A análise permitiu identificar a escassez de referenciais teóricos sobre a temática do estudo, prevalecendo bibliografias cuja abordagem se refere a conceitos e expressões em desuso na área. Exemplos são uso da expressão saúde materno-infantil; planejamento familiar e transexualismo. Há escassez de diversos aspectos relativos à assistência de abortamento em qualquer situação.
AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO DO INTERNATO DE MEDICINA NO CENÁRIO DA APS/ESF SOBRE A FORMAÇÃO NA GRADUAÇÃO
Pôster Eletrônico
1 UFRJ
Apresentação/Introdução
A escolha da especialidade é um ponto crítico na formação médica. A superação do modelo biologicista exige mudanças no ensino, priorizando práticas integradas e humanizadas. Nesse contexto, a docência na APS centra-se no aluno e promove a formação de profissionais com olhar holístico e compromisso com as reais necessidades da população.
Objetivos
Analisar o grau de influência das práticas de Medicina de Família e Comunidade (MFC) na Estratégia Saúde da Família (ESF) na formação de graduandos em Medicina, realizadas na Atenção Primária a saúde/clínicas da família (CF), e sua escolha profissional.
Metodologia
Trata-se de estudo qualitativo exploratório e descritivo. Os participantes foram 15 internos de Medicina de três Instituições de Ensino Superior (IES) em estágio na CF no Rio de Janeiro. A coleta de dados ocorreu por Grupos Focais, inicialmente planejados em etapas sequenciais, mas adaptados para um único encontro por IES devido à saturação. A análise de conteúdo seguiu Bardin, com categorização temática.
Resultados
Os temas que emergiram foram escolha profissional, expectativas, vivências na ESF e escolha de especialidade. Como produto técnico tecnológico/PTT, foi elaborado um formulário para a avaliação do internato em APS a ser aplicado aos discentes visando identificar possibilidades de melhorias desse internato a partir da percepção dos discentes e aproximar a formação profissional das necessidades de saúde da população. Segundo a metodologia Delphi, a proposta do formulário PTT foi submetida e validada por juízes especialistas.
Conclusões/Considerações
A exposição à APS durante o internato influencia significativamente a formação médica, reforçando valores humanísticos e ampliando a percepção sobre o cuidado integral. Além disso, a vivência na APS mostrou-se transformadora, desenvolvendo competências profissionais essenciais e fortalecendo o compromisso social, fundamental para formar médicos comprometidos com um sistema de saúde.
EDUCAÇÃO E TRABALHO INTERPROFISSIONAL NOS MESTRADOS PROFISSIONAIS ENSINO NA SAÚDE: PERCEPÇÃO DE PÓS-GRADUANDOS
Pôster Eletrônico
1 UNIFESP
2 UFCSPA
3 UNCISAL
Apresentação/Introdução
A Educação Permanente e a Educação Interprofissional (EIP) são estratégias que possibilitam o aprendizado articulado e integrado entre diferentes categorias profissionais e vislumbram melhorias na qualidade da assistência para o fortalecimento do SUS. O Mestrado Profissional é uma modalidade de pós-graduação stricto sensu que qualifica os profissionais para transformações nos cenários de prática.
Objetivos
Analisar a percepção de pós-graduandos sobre a formação para o trabalho interprofissional em Mestrados Profissionais Ensino na Saúde (MPES) das cinco regiões geográficas do Brasil.
Metodologia
Pesquisa exploratória-descritiva de abordagem quali-quanti, desenvolvida no contexto dos MPES. A amostra foi constituída por 13 Programas distribuídos pelas cinco regiões geográficas do Brasil. O convite de participação foi endereçado aos coordenadores dos MPES para encaminhamento aos discentes, com link ao formulário eletrônico, e acesso ao termo de consentimento, questionário sociodemográfico e a versão brasileira da AITCS II-BR-V2. A escala foi respondida por 395 pós-graduandos. Entrevistas foram realizadas por videoconferência com 14 participantes. Os dados foram tratados com estatística descritiva e análise temática, em busca de significados e categorização dos conteúdos.
Resultados
Na análise da escala, nenhum item foi classificado em zona de conforto, sinalizando que os profissionais parecem não se sentirem preparados para o trabalho em equipe e a colaboração interprofissional, indicando urgência na adoção dos princípios e pressupostos da EIP. A maioria dos itens se encontra em zona de alerta, o que indica a necessidade de aprimoramentos para a atuação interprofissional. Quatro itens, abordando a integração de usuários e familiares no cuidado e o papel da liderança nos serviços, apresentaram-se em zona de perigo. A formação para o trabalho em equipe, prática colaborativa e desenvolvimento de competência interprofissionais foi identificada no relato dos participantes.
Conclusões/Considerações
Os resultados apontam os MPES como espaços profícuos para qualificar a formação de profissionais para promoverem transformações no trabalho e na qualidade da assistência em Saúde. Como um espaço potente para formação para o trabalho em saúde, é salutar que os debates sobre a EIP possam ser abraçados como um eixo condutor, também na pós-graduação, de modo que o trabalho em equipe interprofissional torne realidade nesse processo formativo.
ENSINO NA SAÚDE: MESTRADO PROFISSIONAL COMO ESPAÇO INDUTOR DE MUDANÇAS NA FORMAÇÃO E NO TRABALHO INTERPROFISSIONAL
Pôster Eletrônico
1 UNIFESP
Apresentação/Introdução
O Mestrado Profissional (MP) é uma modalidade de pós-graduação stricto sensu voltada para a qualificação profissionais. A Educação Interprofissional (EIP) é uma abordagem de formação em saúde que tem sido impulsionada no Brasil, onde as profissões aprendem juntas sobre o trabalho conjunto e sobre as especificidades de cada uma, com vistas à qualidade da assistência e a integralidade no cuidado.
Objetivos
Mapear as intencionalidades dos Mestrados Profissionais em Ensino na Saúde (MPES) da área de ensino da CAPES para a formação e o trabalho interprofissional no contexto brasileiro.
Metodologia
Estudo descritivo de análise documental que envolveu 20 relatórios do Coleta CAPES dos MPES das cinco regiões geográficas do Brasil referentes à Avaliação Quadrienal 2017–2020. A análise qualitativa dos relatórios foi realizada por meio do rastreio e quantificação dos termos relacionados ao objeto de estudo e síntese narrativa dos documentos. Entrevistas online foram conduzidas com a finalidade de apreender as contribuições dos MPES para a formação e o trabalho em saúde. Uma amostra intencional foi constituída progressivamente por um participante de cada MP/região até que se obteve o caráter de saturação com 14 pós-graduandos. Os dados das entrevistas foram tratados com a análise temática.
Resultados
Os relatórios expressam as intencionalidades para: formação interdisciplinar e interprofissional; desenvolvimento de pesquisa e produtos com objetos originados do trabalho em saúde; formação problematizadora, crítica-reflexiva alinhada aos princípios do SUS; e, apropriação de estratégias para fortalecer o trabalho em equipe. As entrevistas revelam que o percurso formativo provoca movimentos de inquietação, reflexão e pensamento crítico; fornece ferramentas para promover mudanças nos processos de ensino-aprendizagem, planejamento, avaliação, atuação profissional e gestão; e, fortalecimento da educação permanente e educação interprofissional, com potencial para transformação das realidades.
Conclusões/Considerações
Os MPES mostram-se como campo fértil para formar facilitadores da interprofissionalidade e para induzir mudanças na prática profissional. Os documentos revelam intenções para a formação e o trabalho colaborativo, embora não explicitem as estratégias utilizadas. No Brasil, ainda são raras as experiências formativas ancoradas nos pressupostos da EIP, sendo que as iniciativas para o trabalho interprofissional ainda ocorrem de modo isolado e pontual.
ANÁLISE COMPARATIVA DO ENSINO DE DIREITO SANITÁRIO NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Pôster Eletrônico
1 Programa de Direito Sanitário, Fundação Oswaldo Cruz, Brasília, DF.
Apresentação/Introdução
A Universidade de Brasília (UnB) oferece dois cursos de Graduação em Saúde Coletiva, com estruturas curriculares próprias e ofertados em campi distintos: Ceilândia (diurno, desde 2008) e Darcy Ribeiro (noturno, desde 2010). A disciplina de Direito Sanitário, fundamental para a formação crítica de discentes, integra a matriz curricular de ambos os cursos.
Objetivos
Analisar comparativamente a abordagem da disciplina de Direito Sanitário nos cursos, com foco nas concepções, conteúdos e posicionamentos das respectivas matrizes curriculares para identificar divergência e potencialidades.
Metodologia
Tratou-se de uma análise documental qualitativa dos planos de ensino das disciplinas. Foram analisados aspectos de nomenclatura, carga horária, ementa, metodologias e formas de avaliação utilizadas. Os dados foram estruturados e organizados a partir de um quadro comparativo.
Resultados
Em ambos os cursos, o Direito Sanitário integra as disciplinas obrigatórias, com distinções na nomenclatura, carga horária e momento da oferta: Direito Sanitário (60h, 4º semestre – Ceilândia) e Direito Sanitário e Legislação (30h, 3º semestre – Darcy Ribeiro). As ementas convergem na abordagem inicial da Constituição de 1988 e se diferenciam no aprofundamento de temas constitucionais e articulação com o curso de Saúde Coletiva. Ambas utilizam metodologias ativas, com a particularidade de o diurno incluir análise de jurisprudências e trabalhos em grupo. O método avaliativo se diferencia no noturno por ser portfólio e prova dissertativa, enquanto no diurno são, duas provas e estudo de caso.
Conclusões/Considerações
A disciplina de Direito Sanitário proporciona aos discentes uma compreensão ampla do sistema de saúde, preparando-os para atuar de forma crítica e propositiva nas relações entre, profissionais de saúde, usuário e Estado. As convergências e divergências identificadas entre os cursos podem refletir distintas concepções curriculares e prioridades formativas, sobretudo, expõe a condução para formação de sujeitos capazes de transformar a saúde pública.
TREINAMENTO PRESENCIAL EN REVISÃO POR PARES PARA MELHORAR A PREPARAÇÃO DE PARECERISTAS PARA A EPIDEMIOLOGIA E SERVIÇOS DE SAÚDE: REVISTA DO SUS (RESS)
Pôster Eletrônico
1 Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade de Brasília, Brasília, Brasil
2 Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, Brasil
Apresentação/Introdução
A revisão por pares é o cerne da publicação científica, e a mentoria parece melhorar a qualidade das revisões.
Objetivos
Avaliar o efeito do treinamento em revisão por pares na preparação dos revisores para avaliar manuscritos.
Metodologia
Trata-se de estudo de melhoria da qualidade de pareceres por meio de workshop presencial de 16h. Os treinamentos ocorreram no segundo semestre de 2024 em três cidades e consistiram em seções práticas de revisão por pares, precedidas por explicação de lista de verificação previamente desenvolvida e do processo de revisão por pares. Os participantes responderam um questionário anônimo para avaliar habilidades em escala Likert de 5 pontos (1:ruim,5:excelente) antes e após o curso (jan/25) para avaliar a utilidade da lista de verificação, com cálculo da média desvio-padrão. A diferença média (DM) e intervalo de confiança de 95% (IC95%) da autoconfiança como parecerista foram calculados no Stata.
Resultados
96 participantes foram treinados, 51 eram mulheres e 38 tinham doutorado. Para os 67 respondentes da pesquisa inicial, a familiaridade com a submissão de artigos foi 4,1±1,1 e com a revisão por pares, 3,5±1,4. A confiança como revisor foi 3,5±1,3. A pesquisa de janeiro/2025 contou com 43 respondentes, que relataram ter emitido em média 7,6±25,9 revisões desde os eventos. A confiança como revisor aumentou significativamente (DM=0,5 [IC95% 0,1; 1,0]); 37 eram usuários da lista de verificação e a consideraram ferramenta útil para emissão de pareceres de artigos científicos (4,6±0,9).
Conclusões/Considerações
As seções de treinamento prático de revisão por pares e a lista de verificação com itens sugeridos aumentaram a confiança dos revisores por pares na avaliação de manuscritos. Considerando os custos envolvidos e as questões de sustentabilidade, essa estratégia pode ser viável para aprimorar as revisões por pares.
PERFIL E FORMAÇÃO: O DOCENTE NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL
Pôster Eletrônico
1 UFRN
Apresentação/Introdução
A formação em saúde no Brasil ainda é marcada pela fragmentação e pouca interação entre cursos, dificultando o cuidado integral. A Educação Interprofissional (EIP) surge como estratégia essencial para qualificar o trabalho em equipe e fortalecer o SUS, sendo reconhecida como parte fundamental da formação acadêmica em saúde.
Objetivos
Investigar a percepção de docentes de cursos da área da saúde sobre a Educação Interprofissional (EIP).
Metodologia
A pesquisa, de natureza qualitativa e descritiva, foi realizada no período de dezembro de 2024 a março de 2025 com docentes dos cursos de Enfermagem, Medicina e Psicologia, da Universidade Federal de Campina Grande, campus Campina Grande, Paraíba por meio de entrevistas semiestruturadas, avaliada pela técnica da análise de conteúdo. No que refere-se ao aspectos éticos, cumpre salientar, que a pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da Faculdade de Ciências e Saúde do Trairi - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) através do parecer de n° 7.149.428, respeitando os aspectos éticos presentes na resolução 466/12.
Resultados
Os resultados revelam que a EIP, para além de uma abordagem pedagógica, representa uma mudança de paradigma na formação em saúde. Envolve o desenvolvimento de competências que favorecem o trabalho colaborativo, o diálogo entre saberes e a construção coletiva do conhecimento. Entretanto, os docentes apontam desafios estruturais à sua efetiva implementação, como o foco das pós-graduações na pesquisa em detrimento da formação pedagógica, a cultura acadêmica competitiva e a ausência de incentivo institucional ao ensino colaborativo. As falas evidenciam a importância do afeto, do compromisso ético e da sensibilidade como elementos-chave no perfil docente voltado à EIP.
Conclusões/Considerações
Por fim, se faz necessário uma transformação institucional e cultural que valorize práticas pedagógicas integradoras. A promoção da EIP exige políticas de formação continuada, apoio institucional e espaços de reflexão que possibilitem a reinvenção constante do fazer docente, com vistas à formação de profissionais comprometidos com a integralidade do cuidado e o fortalecimento do Sistema único de Saúde.
A TÉCNICA DE GRUPO FOCAL NA IDENTIFICAÇÃO DE PARTICULARIDADES DO TRABALHO DE UMA EQUIPE DO NÚCLEO AMPLIADO DE SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF)
Pôster Eletrônico
1 UECE
Apresentação/Introdução
O Programa de Educação para o Trabalho em Saúde (PET-Saúde) qualifica os profissionais e estudantes da saúde no serviço. Visando tal articulação entre ensino-serviço-comunidade, serviu-se da técnica de grupo focal (GF), capaz de adquirir opiniões em relação a alguma temática, a fim de diagnosticar situacionalmente um processo de trabalho de um Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF).
Objetivos
O objetivo deste trabalho foi o de identificar as principais fragilidades e potencialidades referentes ao processo de trabalho da equipe no serviço do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF), através da técnica de grupo focal.
Metodologia
A equipe multiprofissional do NASF se reúne em uma Upinha situada em um Distrito Sanitário da cidade do Recife-PE. Os encontros para realização do GF, capitaneados pelos integrantes do PET-Saúde, ocorreram às 14 horas das terças-feiras, com periodicidade mensal durante o ano de 2023. Foram realizados seis encontros com duração aproximada de uma hora e meia cada. A média de participantes em cada encontro foi de cinco profissionais. Em cada um deles, uma residente em Saúde Coletiva (moderadora) solicitou que elencassem três fragilidades e potencialidades acerca do trabalho na equipe. Tudo foi registrado por uma graduanda em Saúde Coletiva (relatora).
Resultados
As principais fragilidades do trabalho do NASF identificadas pela equipe se referiram à relação com as equipes de saúde da família, que, por vezes, demonstram dificuldades de entendimento da função do NASF para o apoio matricial; limitações estruturais; de mobilidade; ausência de profissionais na composição da equipe; e, por fim, a fragilidade da rede assistencial na garantia da continuidade do cuidado junto ao usuário. Como potencialidades, foram apontadas a disponibilidade; e o empenho dos membros da equipe em seu processo de amadurecimento coletivo; bem como o senso de pertencimento enquanto membros do NASF, na apropriação da compreensão de sua função.
Conclusões/Considerações
A realização do GF com o NASF permitiu o levantamento de desafios e estratégias de enfrentamento vivenciadas no cotidiano do trabalho. Consistiu-se em uma experiência capaz de estimular a construção de um Sistema Único de Saúde (SUS) resolutivo e de qualidade. Ademais, a parceria entre residentes e graduandos de Saúde Coletiva possibilitou o diálogo e processo de formação contínua entre eles.
UM OLHAR SOBRE O PERFIL DOS INGRESSANTES NO PROGRAMA MAIS MÉDICOS PARA O BRASIL EM 4 ESTADOS DA AMAZÔNIA LEGAL
Pôster Eletrônico
1 UFAM
2 SE-UNA-SUS/FIOCRUZ-DF
Apresentação/Introdução
Programas como o Mais Médicos para o Brasil (PMMB) buscam ampliar o acesso e a qualidade do SUS, formando especialistas para atuarem na atenção primária, melhorando o cuidado e fortalecendo vínculos. Os médicos ingressantes no programa devem participar do curso de especialização em Medicina de Família e Comunidade, ofertado por instituições que compõem a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS).
Objetivos
O objetivo desse estudo foi caracterizar o perfil dos ingressantes no PMMB, ofertado pela UNA-SUS da Universidade Federal do Amazonas (UNA-SUS/UFAM), no ano de 2024, nos estados do Amazonas, Acre, Roraima e Amapá.
Metodologia
Trata-se de um estudo observacional com 1.131 médicos ingressantes no PMMB, alocados em unidades de saúde de áreas urbanas e rurais (parecer 7.396.778/CEP Fiocruz Bsb). Foram consideradas variáveis demográficas, país de formação, se possui algum título de pós-graduação, tipo de conexão com a internet, expectativa em relação ao curso e aplicabilidade dos conhecimentos de Medicina de Família e Comunidade, a partir do formulário de matrícula e questionário online respondido pelos estudantes na plataforma Moodle. O teste do qui-quadrado de Pearson e a análise de variância (ANOVA) de uma via, com um intervalo de 95% de confiança, foram adotados para testar associações entre as variáveis.
Resultados
Observou-se que os médicos tinham em média 38,10 (± 8,61) anos, onde 51,3% eram do sexo masculino e 52,5% autodeclarados de raça/cor parda. Apesar de 92,4% da amostra ser de nacionalidade brasileira, apenas 20,6% dos médicos se formaram no Brasil. Em 64,4% dos municípios as quedas de conexão com a internet eram raras. A maioria (96,0%) tinha ótima expectativa quanto ao curso. Os indivíduos autodeclarados de raça/cor negra eram os que mais relataram ter cursado uma especialização prévia (p=0,011). Os médicos que relataram alta aplicabilidade dos conhecimentos acerca da Medicina de Família e Comunidade eram os mais velhos e com maior tempo de formação (p ≤ 0,001).
Conclusões/Considerações
O perfil apresentado aponta que grande parte dos médicos que estão atuando junto ao SUS, nos municípios da Amazônia legal, se formaram em instituições de ensino estrangeiras, inseridas em diferentes contextos de saúde, o que pode representar uma fragilidade, mas também uma oportunidade de formação a partir do tripé ensino-serviço-comunidade.
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE (VS) NA BAHIA (2019-2023): ANÁLISE DOS PROCESSOS FORMATIVOS E SEU PAPEL NO FORTALECIMENTO DO SUS
Pôster Eletrônico
1 Secretaria da Saúde do Estado da Bahia
Apresentação/Introdução
A Educação Permanente em Saúde (EPS) é reconhecida como eixo central para a qualificação do trabalho em saúde, principalmente no âmbito da Vigilância em Saúde, incorporando processos reflexivos que articulem teoria e prática no cotidiano dos serviços. A operacionalização da EPS perpassa por entraves estruturais, buscando superar os desafios organizacionais no SUS.
Objetivos
Analisar o desempenho do indicador de ações de educação permanente na Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde do Estado da Bahia, com base nos Relatórios Anuais de Gestão do período de 2019 a 2023
Metodologia
Trata-se de um estudo documental, de caráter descritivo e retrospectivo, que analisou os Relatórios Anuais de Gestão (RAG) da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, referentes ao período de 2019 a 2023. A investigação concentrou-se nas ações de educação permanente desenvolvidas no campo da Vigilância em Saúde (VS), com ênfase nos indicadores: cursos com carga horária igual ou superior a 40 horas, eventos com carga horária inferior a 40 horas e cursos de pós-graduação (stricto e lato sensu). Os dados foram sistematizados em planilha e analisados por meio de comparação entre metas previstas e resultados alcançados
Resultados
Após retração em 2020, quando a oferta de cursos ≥40h atingiu apenas 19% da meta, em virtude das restrições sanitárias, registrou-se recuperação consistente, superando 240% da meta em 2021 e 285% em 2022, mantendo-se 75% acima do planejado em 2023. Tais resultados sinalizam capacidade institucional de reorganizar estratégias, especialmente pela adoção de modalidades híbridas. Os eventos de curta duração (<40h) permaneceram, em todos os anos, acima de 180% da meta, alcançando 378% em 2023, evidenciando aderência aos microssistemas de trabalho. Contudo, a meta de pós-graduação stricto/lato sensu manteve-se inatingível de 2020 a 2023.
Conclusões/Considerações
A análise longitudinal das ações formativas em VS evidencia um fortalecimento progressivo, em consonância com a Política Estadual de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, especialmente no que diz respeito à sua capilaridade e capacidade de resposta frente a desafios emergentes. No entanto, permanecem desafios, como a retomada da pós-graduação, a padronização dos dados e o aprofundamento da análise qualitativa sobre os impactos formativos.
“QUANDO A GENTE ACHA QUE GANHOU TUDO, VOCÊ NÃO GANHOU”: NARRATIVAS INDÍGENAS SOBRE AÇÃO AFIRMATIVA
Pôster Eletrônico
1 ILMD-Fiocruz/UFAM
2 ILMD-Fiocruz
Apresentação/Introdução
As ações afirmativas abarcam um conjunto de políticas e estratégias que visam garantir igualdade de oportunidades a grupos historicamente excluídos/marginalizados, como é o caso dos povos indígenas. Embora não se limite a educação, esta foi a área que mais avançou em termos de política afirmativa, com registros de ações voltadas para indígenas desde o início dos anos 2000.
Objetivos
Identificar o papel das ações afirmativas para o acesso dos povos indígenas ao ensino superior, especialmente na área da saúde.
Metodologia
Trata-se de recorte de pesquisa exploratória mais ampla, sobre contexto de vida de indígenas com atuação em espaços institucionais (universidades, congresso nacional, judiciário, executivo) e não institucionais (organizações sociais, blogs, perfis em redes sociais, lives, canais de youtube, produções de arte) e suas formas de ativismo no âmbito da saúde (CAAE: 65290122.0.0000.0006). Foram realizadas entrevistas não estruturadas, com indígenas falantes da língua portuguesa e maiores de 18 anos e, depois de transcritas, as entrevistas foram analisadas a partir do estado da arte sobre ações afirmativas para indígenas.
Resultados
Foram analisadas dez entrevistas, de egressos dos cursos de enfermagem, medicina, odontologia, biologia, ciências sociais (incluindo os cursos de sociologia e antropologia) e filosofia, dos quais cinco cursavam/possuíam doutorado. Dos entrevistados, dois atuavam como servidores de carreira do magistério superior. Com exceção de três participantes, todos os demais graduaram-se em instituições públicas, por meio dos sistemas de cotas, vagas suplementares, curso fora de sede e pelo Parfor. Apesar do acesso oportunizado pelas ações afirmativas, os indígenas relatam dificuldades desde o processo de ocupação das vagas, até o processo formativo em si (incluindo as políticas de permanência).
Conclusões/Considerações
“Não adianta ter a vaga lá se [não se consegue] chegar nesse local para estudar”, não adianta ter as vagas se a instituição e seu corpo docente é técnico não se preparam para receber esses estudantes. Por isso mesmo é que “quando a gente acha que ganhou tudo, você não ganhou”.
ENTRE RASTROS E DESLOCAMENTOS: A DESCONSTRUÇÃO COMO ABORDAGEM DE LEITURA DA DOCÊNCIA EM FORMAÇÃO
Pôster Eletrônico
1 UnB
Apresentação/Introdução
Este trabalho analisou atividades e aulas produzidas por estudantes de pós-graduação stricto sensu em uma disciplina de metodologia de ensino na saúde, adotando a desconstrução como abordagem teórico-metodológica. Parte-se da compreensão da docência como acontecimento, rastro e invenção, em constante devir, valorizando a linguagem, a experiência e o que escapa ao controle didático.
Objetivos
O objetivo foi analisar como estudantes de mestrado constroem sentidos sobre a docência em saúde por meio de práticas pedagógicas, utilizando a desconstrução como gesto analítico para escutar deslocamentos e reinvenções no campo da formação docente.
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa qualitativa que analisa atividades e aulas desenvolvidas por estudantes da disciplina Metodologia de Ensino Aplicada à Saúde, no mestrado em Odontologia. A análise, guiada pela desconstrução, conforme proposta por Derrida — compreendida como atitude teórico-política, e não como técnica —, envolveu gestos como a escolha de conceitos, identificação de tensões, acolhimento da indecidibilidade e procedimentos tradutórios. Os textos foram lidos como rastros: marcas e deslocamentos que desestabilizam sentidos fixos. A perspectiva adotada valoriza a escuta do que escapa. As identidades dos participantes foram preservadas com nomes fictícios (flores).
Resultados
A análise revelou tensões entre ensino prescritivo e práticas criativas. Os participantes demonstraram deslocamentos conceituais sobre avaliação, protagonismo, tradução e invenção. A docência foi compreendida como prática aberta, poética e instável. A experiência de planejar aulas com base em algumas linhas teóricas sugeridas gerou desconfortos produtivos, promovendo a vivência da indecidibilidade. Os relatos indicam que o saber docente emerge no encontro, na errância e no gesto de escuta. O uso da arte nas aulas evidenciou a potência da sensibilidade e do afeto como linguagem formativa, colocando a docência em ressonância com o cuidado e a singularidade.
Conclusões/Considerações
A desconstrução revelou-se potente para ler a docência como prática em devir, marcada por tropeços e aberturas ao novo. As aulas não se fixaram como modelos, mas como rastros de um processo formativo singular. Em vez de estabilizar sentidos, o gesto desconstrutor sustentou a multiplicidade e o imprevisível. O processo formativo revela-se como espaço de criação, onde o saber se constrói na relação, ao sustentar a abertura para o que está por vir.
COMPETÊNCIA PROFISSIONAL DO BACHAREL EM SAÚDE COLETIVA: UMA ANÁLISE DOS PROJETOS PEDAGÓGICOS DOS CURSOS
Pôster Eletrônico
1 UFRN
Apresentação/Introdução
O Bacharel em Saúde Coletiva surge como resposta a demanda oriunda dos serviços de saúde e da carência de profissionais qualificados para atender às necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Conhecer suas competências, além de fortalecer sua identidade, permite verificar se a formação oferecida está alinhada com as diretrizes curriculares nacionais e com as exigências do mercado de trabalho.
Objetivos
Mapear os projetos pedagógicos dos cursos (PPC) de graduação em Saúde Coletiva com o objetivo de identificar as competências técnicas do profissional formado como Bacharel em Saúde Coletiva.
Metodologia
Estudo documental, parte integrante da pesquisa “Bacharel em Saúde Coletiva: novo ator no cenário do SUS” realizada pelo Observatório de Recursos Humanos da UFRN, com financiamento do Ministério da Saúde. Realizou-se a coleta de PPC de graduação em Saúde Coletiva, a partir de buscas sistemáticas nos sites de Instituições de Ensino Superior públicas no Brasil. Incluiu-se nas análises apenas os PPCs que apresentaram, de forma explícita, as competências técnicas previstas para a formação do Bacharel em Saúde Coletiva. Os dados foram categorizados seguindo a Resolução do CNE/CES Nº 2 que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) do Curso de Graduação em Saúde Coletiva.
Resultados
Foram encontrados 21 PPCs de Saúde Coletiva, distribuídos em diversas IES. Organizou-se as competências dentro de três categorias de análise: Atenção à Saúde, Educação em Saúde e Gestão em Saúde. Na categoria “Atenção à Saúde”, destacou-se a competência “Vigilância em saúde e saúde ambiental” com o maior número de dimensões citadas nos projetos pedagógicos (35 dimensões). Em “Educação em Saúde”, a mais recorrente foi “Pesquisa em Saúde” (15 dimensões). Já na categoria “Gestão em Saúde”, sobressaiu-se a competência “Planejamento, gestão e avaliação de sistemas e serviços de saúde” (56 dimensões), evidenciando sua centralidade na formação do Bacharel em Saúde Coletiva.
Conclusões/Considerações
O estudo evidenciou uma diversidade significativa na forma como as competências técnicas são descritas pelas IES, revelando diferentes ênfases nos perfis formativos. Observou-se um predomínio de competências relacionadas à área de “Gestão em Saúde”, indicando uma tendência dos projetos pedagógicos em direcionar a formação do Bacharel em Saúde Coletiva para atuação na área da gestão.
AVALIAÇÃO INICAL DA IMPLEMENTAÇÃO DO CURSO “AUTOCUIDADO, SAÚDE E BEM-ESTAR” COM O FRAMEWORK RE-AIM
Pôster Eletrônico
1 UFC
2 FIOCRUZ - CE
Apresentação/Introdução
O curso “Autocuidado, Saúde e Bem Estar” atende à demanda de autocuidado frente às consequências da violência na saúde e no trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS). É gratuito, autoinstrucional e disponível no Campus Virtual da FIOCRUZ. Oferece 6 aulas teóricas e 22 práticas de meditação e Educação Somática. Visa divulgar conhecimentos sobre fisiologia, saúde emocional, sono e respiração.
Objetivos
Este estudo tem como objetivo uma análise detalhada dos primeiros 3 meses da implementação do curso utilizando o framework RE-AIM, composto por 5 domínios: alcance, efetividade, adoção, implementação e manutenção.
Metodologia
Os participantes são convidados a responder questionários inicial (I) e final (F) que avaliam os seguintes desfechos: autoeficácia, risco de transtorno mental (RTM), qualidade de sono, estresse, ansiedade, depressão, conhecimentos adquiridos e satisfação com o curso. Foram realizadas análises estatísticas descritiva e comparação (teste t, teste t pareado, Qui-quadrado) entre os desfechos antes e após o curso usando o software STATA SE 14.2. Na amostra constaram dados de 222 questionários iniciais e 68 finais. Algumas análises foram realizadas com a totalidade dos questionários iniciais e finais, enquanto outras foram realizadas com uma subamostra pareada (mesmo indivíduo antes e depois).
Resultados
O alcance é bom, a maioria são mulheres, com curso superior. Profissionais de saúde são 47,3%(I) e 39,71%(F), mas só 4,05%(I) e 5,88%(F) são ACS. A efetividade foi mostrada pela diminuição do RTM (43,69%[I]/30,88%[F]), ansiedade (21,12%[I]/12,94%[F]), depressão (16,21%[I]/10,94%[F]) e estresse (27,93%[I] e 16,18%[F]), melhora na autoeficácia (p≤0,01) e tendência de melhora na qualidade do sono (p=0,07). A adoção é promissora: 91,18% acham as informações úteis, 88,24% gostaram das práticas e para 85,29% os conhecimentos ajudaram a enfrentar desafios. As barreiras são dificuldades técnicas e falta de financiamento. Ações de manutenção incluem postagens em redes sociais e oficinas para ACS.
Conclusões/Considerações
A avaliação do curso com o RE-AIM mostrou sua efetividade em melhorar indicadores de saúde mental e boa avaliação pelos dos concludentes. Alcançar mais ACS é prioridade através de divulgação e articulação institucional. Avaliações futuras permitirão a identificação de barreiras, facilitadores e ajustes necessários para que o curso alcance o objetivo de ser um instrumento útil de autocuidado e melhora da saúde e do bem estar coletivos.
AS CONTRIBUIÇÕES DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA PARA O DESENVOLVIMENTO DA PRATICA COLABORATIVA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UFES/FAESA
2 UFES
Apresentação/Introdução
A Atenção Primária à Saúde é essencial para a implementação das políticas públicas no Brasil, tendo na Estratégia Saúde da Família seu principal instrumento. As Residências Multiprofissionais em Saúde da Família, por meio da educação em serviço, promovem a atuação integrada das equipes, favorecendo um cuidado integral, por meio da prática colaborativa, alinhado aos princípios basilares do SUS.
Objetivos
Apresentar as atividades desenvolvidas pelos profissionais residentes de um Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família, que contribuíram para o desenvolvimento da prática colaborativa no contexto da Atenção Primária à Saúde.
Metodologia
Trata-se de um estudo descritivo-exploratório de natureza qualitativa realizado no município de Vitória/Espírito Santo. Participaram, os residentes do Programa ofertado pelo Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação. Incluiu-se aqueles há pelo menos seis meses no campo e excluiu-se os que estavam afastados do campo e que possuíssem conhecimento prévio da pesquisa. Coletou-se os dados por meio de entrevistas semiestruturadas, entre novembro de 2023 a janeiro de 2024 e os analisou segundo a Análise de Conteúdo Temática. O estudo teve liberação do Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE 74524423.5.0000.5060) e todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Resultados
Dos 31 residentes vinculados ao Programa, alocados em oito campos de prática, 30 atendiam aos critérios de seleção e participaram da pesquisa (seis dentistas, seis enfermeiros, cinco psicólogos, quatro nutricionistas, dois assistentes sociais, dois farmacêuticos, dois fisioterapeutas, um educador físico, um fonoaudiólogo, e um terapeuta ocupacional). As atividades desenvolvidas em conjunto entre os residentes e demais profissionais no cotidiano do serviço, consideradas capazes de promover a prática colaborativa, citadas no estudo, foram: reunião de equipe; ação de educação em saúde; atendimento em grupo; visita domiciliar; Programa Saúde na Escola; matriciamento; e, reunião de colegiado.
Conclusões/Considerações
O estudo mostrou que a residência é uma estratégia eficiente para a reorganização dos fluxos e processos de trabalho. Reforçou a ideia de que o desenvolvimento da prática colaborativa perpassa pela oportunização de espaços e momentos em que os diversos saberes que compõem as equipes atuantes na Estratégia Saúde da Família possam atuar de forma integrada e com envolvimento do usuário, melhorando o cuidado ofertado na Atenção Primária à Saúde.
EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL E O DESENVOLVIMENTO DA COMUNICAÇÃO INTERDISCIPLINAR EM EQUIPES DE SAÚDE COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA DE GESTÃO PARA O CUIDADO INTEGRAL
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal de Goiás (UFG)
2 Instituto de Saúde - SES/SP; Universidade Federal de Goiás (UFG)
Apresentação/Introdução
A educação interprofissional e a comunicação transdisciplinar têm papel fundamental no campo da saúde coletiva e, quando bem exploradas, podem beneficiar a gestão em saúde. O aprimoramento dos processos e habilidades comunicacionais nas equipes de saúde e entre as equipes que trabalham próximas reflete positivamente no cuidado integral do paciente.
Objetivos
Apresentar às equipes de saúde participantes do estudo uma série de habilidades educacionais e comunicacionais como ferramentas estratégicas de gestão para qualificar o trabalho em equipe em prol do cuidado integral de pacientes.
Metodologia
Trata-se de pesquisa qualitativa, realizada em três etapas, com uma equipe de Unidade Básica de Saúde e uma equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família de um município do centro-oeste brasileiro em 2024. No primeiro grupo focal, foi aplicado um roteiro norteador com discussões sobre educação e comunicação interprofissional em saúde, identificando potencialidades e fragilidades das equipes. Em seguida, foi feita uma oficina de intervenção para explorar as lacunas identificadas no primeiro grupo focal. No segundo grupo focal, o roteiro foi replicado para avaliar os impactos da oficina de intervenção no processo de construção do conhecimento dos participantes.
Resultados
Durante a oficina de intervenção e acesso ao material preparado para embasar a discussão, as equipes puderam analisar as suas práticas profissionais e reconhecer a importância da educação interprofissional e da comunicação interdisciplinar efetiva para o trabalho em equipe. Observou-se que, após a oficina de intervenção, os participantes ampliaram a capacidade de identificar habilidades comunicacionais como ferramentas estratégicas de gestão em saúde e compreender o impacto positivo desse processo no cuidado integral do paciente. Ademais, relataram no segundo grupo focal que deram início a processos de mudança em seus ambientes de trabalho logo após a oficina de intervenção.
Conclusões/Considerações
A educação interprofissional e a comunicação interdisciplinar em saúde influenciam na gestão, na organização dos processos de trabalho e na integralidade do cuidado, o que mostra a importância de um olhar especial para a formação das equipes no campo da saúde coletiva. Diante da escassez de pesquisas sobre o tema, o estudo contribuiu para o aprimoramento da gestão de serviços de saúde no âmbito local e pode ser reproduzido em território nacional.
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NA SAÚDE: PERCEPÇÕES DE COORDENADORAS SOBRE DESAFIOS, QUALIDADE E TRANSFORMAÇÕES.
Pôster Eletrônico
1 Universidade Cesumar - UniCesumar
Apresentação/Introdução
A expansão da Educação a Distância (EaD), inclusive em cursos da área da saúde, tem ampliado o debate sobre a qualidade da formação nessa modalidade. Nesse cenário, tornam-se relevantes as reflexões sobre os desafios, transformações e exigências que envolvem a formação de profissionais qualificados via EaD.
Objetivos
Analisar a percepção sobre Educação a Distância de coordenadoras de cursos nesta modalidade na área da saúde.
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório e descritivo. Participaram 16 docentes com experiência em gestão na modalidade EaD de uma instituição de ensino superior (IES), selecionados por amostragem intencional. Deste grupo, foram selecionadas para este estudo três coordenadores que atualmente gerenciam cursos da área da saúde na modalidade EaD. Estas responderam à pergunta: 'O que é Educação a Distância ? Quais são as suas percepções ao longo da trajetória como agente integrador nesse processo?'. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas, e os dados foram submetidos à análise de conteúdo temática para categorização.
Resultados
Os resultados indicam que, para as coordenadoras, a EaD é uma modalidade distinta do presencial, percebida inicialmente como um desafio e campo de aprendizado. Exige adaptação, quebra de paradigmas pedagógicos e novas ferramentas para gestão em escala. A pandemia acelerou sua relevância e consolidou a percepção da EaD como estratégica para expansão, inovação curricular e alcance de novos públicos. A superação de preconceitos revelou a modalidade como fonte de realização profissional, permitindo modelos educacionais flexíveis e adaptados às necessidades do mercado e dos alunos.
Conclusões/Considerações
Conclui-se que a EaD é uma modalidade distinta do modelo tradicional, requerendo transformação pedagógica e cognitiva, não apenas técnica. O contexto pandêmico catalisou sua expansão, inovação e acesso. Superados os desafios, a EaD consolida-se como essencial, flexível e via de realização profissional, fundamental e integrada a uma educação de qualidade e ao desenvolvimento de competências profissionais.
ANÁLISE HISTÓRICO DOCUMENTAL SOBRE A FORMAÇÃO DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE NOS 30 ANOS DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Pôster Eletrônico
1 ISC/UFBA.
2 UFBA
Apresentação/Introdução
Revistar as normativas legais e os documentos produzidos sobre a formação do Agente Comunitário de Saúde (ACS), após três décadas de implementação da Estratégia de Saúde da Família, permite apreender a lógica das rupturas, das transformações, e das continuidades dos processos formativos, tornando-se estratégico para inferir não apenas sobre qual o futuro do seu trabalho, mas da sua formação.
Objetivos
Este estudo tem por objetivo sistematizar e analisar as propostas para a formação do Agente Comunitário de Saúde no Brasil, para apontar reflexões críticas no marco dos 30 anos da estratégia de saúde da família.
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa documental e histórica com dados entre os anos de 1994 a 2024. Os dados foram organizados a partir do seu conteúdo e refletidos à luz do referencial de análise de política de Patrice Pinell, que apresenta proposições para analise da gênese e a evolução das políticas de saúde, e associação com os fenômenos sociais, priorizadas: i- reconhecimento da necessidade de resolução de um problema de formação em saúde; ii- construção da resposta do Estado; iii- negociação e conflito sobre a formação; iv- tentativa de superar eventuais conflitos para a elaboração de um projeto comum; v- implementação de uma proposta formativa; vi alterações das políticas iniciadas.
Resultados
Com a descrição cronológica documental da institucionalização da política de formação do ACS, percebe-se que as propostas ou alternativas ao modelo formativo giravam em torno de duas perspectivas do seu processo de trabalho em saúde: o primeiro, no qual o trabalho o constitui enquanto um agente comunitário com saberes locais e populares associados a conscientização territorial; o segundo, um agente sanitário técnico que se alinha a uma competência científica e instrumentalizadora. Esses perfis se alinham a necessidades ora da própria categoria profissional, ora do SUS, ou de outros campos, como o político, burocrático e educacional. Ou seja: emerge em um espaço de intercampos.
Conclusões/Considerações
O processo de regulação da formação do ACS apresenta importantes controvérsias, que tensionam a sua formação profissional formulada ou implementadas nos últimos 30 anos, sobretudo considerando que este trabalho em saúde é historicamente disputado e fortalecidos ou não pelos projetos políticos conjunturais, onde proposições formativas direcionaram para perspectivas de saúde contraditórias, no que diz respeito a sua competência social.
TRILHAS FORMATIVAS E A FORMAÇÃO PROFISSIONAL: UMA REVISÃO DE ESCOPO E RECOMENDAÇÕES
Pôster Eletrônico
1 ISC/UFBA.
2 UFBA
3 UNEB
Apresentação/Introdução
A formação de profissionais de saúde no Brasil tem sido objeto de análise e reflexão nos últimos anos, despertando a construção de propostas de orientação dessas práticas formativas. O desafio consiste em promover uma formação que favoreça uma prática reflexiva e contextualizada, focada na Educação Permanente em Saúde, superando o modelo de treinamento meramente técnico e tradicional.
Objetivos
Sistematizar evidências sobre a organização e gestão de ofertas educacionais utilizando as trilhas de aprendizagem, a fim de identificar variações terminológicas e conceituais, e estratégias organizativas
Metodologia
Trata-se de uma revisão de escopo da produção científica sobre organização e gestão de ofertas educacionais para profissionais, com foco na análise da aplicabilidade das trilhas de aprendizagem, visando gerar uma síntese de conhecimentos e recomendações para o setor saúde. Foram seguidas as recomendações PRISMA e algumas etapas foram definidas, a saber: elaboração da pergunta norteadora, busca ou amostragem na literatura, coleta de dados, análise crítica dos estudos incluídos; discussão dos resultados. Foram identificados 956 documentos nas bases WEB OF SCIENCE, ERIC e SCIELO, que foram triados com o auxílio da ferramenta Rayyan. O corpus final desta revisão compreendeu 76 estudos.
Resultados
A organização e gestão de ofertas educacionais, na perspectiva do desenvolvimento de trilhas de aprendizagem, difere em diversos países quanto a terminologia e às estratégias de modelagem. Destaca-se o papel da tecnologia como ferramenta para o desenvolvimento de sistemas de aprendizagem com automatização de tarefas na organização das trilhas. Apesar de ser considerada uma ferramenta promissora para mapear competências profissionais e promover o diálogo entre formação e prática, torna-se necessário planejamento de forma contínua das trilhas de aprendizagem para que estas fortaleçam o componente assistencial pautado na integração ensino-serviço e as reais necessidades dos profissionais.
Conclusões/Considerações
A formação profissional em saúde, especialmente no SUS, não pode ser apenas uma retórica. As trilhas de aprendizagem têm um grande potencial, mas se aliada a Educação Permanente em Saúde pode levar a transformação das realidades. É importante garantir um processo de qualificação e inclusão dessas propostas nos planos educacionais disponibilizadas pelos sistemas educacionais priorizados no SUS.
ESTRATÉGIAS PARA FORTALECER A INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO: PESQUISA-AÇÃO EM GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE EM UM MUNICÍPIO MATO-GROSSENSE
Pôster Eletrônico
1 Universidade do estado do Mato Grosso
2 SMS/NOBRES
Apresentação/Introdução
A integração ensino-serviço é estratégica para fortalecer a gestão do trabalho e da educação na saúde, e por isso, é necessário aproximar instituições formadoras e serviços de saúde para potencializar práticas de ensino, pesquisa e extensão, a partir da realidade vivenciada por gestores e profissionais de um município mato-grossense.
Objetivos
Analisar estratégias para fortalecer a integração ensino-serviço, por meio da escuta qualificada de gestores e profissionais da saúde, visando construir propostas pactuadas que articulem ensino, pesquisa e extensão no contexto municipal.
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa-ação, qualitativa, descritivo-exploratória, realizada em 2024 em uma Secretaria Municipal de Saúde de Mato Grosso. A amostra foi intencional, composta por gestores e profissionais da rede de atenção. A coleta de dados ocorreu em dois momentos: grupo focal com gestores e oficina com profissionais de saúde, utilizando a metodologia da Pesquisa Apreciativa (ciclo 4D: Descoberta, Sonho, Planejamento e Destino). As gravações dos encontros foram transcritas e submetidas a análise temática. Os resultados foram apresentados na categoria Aspectos para fortalecer a integração ensino-serviço e na matriz de integração. CAAE: 79299424.1.0000.5166.
Resultados
No eixo ensino, destacam-se o alinhamento entre a agenda acadêmica e as demandas dos serviços, a ampliação de estágios em zonas rurais e a formalização de convênios com monitoramento das práticas. Na pesquisa, propuseram-se parcerias para estudos aplicados sobre saúde do trabalhador, infraestrutura e gestão, com criação de agendas colaborativas e difusão dos resultados. Já na extensão, as ações visam instituir um observatório de recursos humanos, regulamentar protocolos assistenciais, promover capacitações, padronizar a comunicação institucional e implantar uma cultura avaliativa contínua voltada ao fortalecimento da saúde do trabalhador e da gestão em saúde.
Conclusões/Considerações
A pesquisa contribui para reforçar que a escuta ativa de gestores e profissionais é essencial para consolidar a integração ensino-serviço e que as estratégias para serem pactuadas revelam a importância do planejamento conjunto, da comunicação efetiva e da corresponsabilidade institucional, para que haja institucionalização dessas ações nas políticas locais de saúde e educação permanente.
SUPERVISÃO CLÍNICO-INSTITUCIONAL NA ATEÇÃO PSICOSSOCIAL: NECESSIDADES E LIMITES NA AMAZÔNIA
Pôster Eletrônico
1 UFAC
Apresentação/Introdução
A supervisão clínico-institucional é uma ferramenta de trabalho para transformar o modelo de gestão no campo da Atenção Psicossocial. É compreendida como um dispositivo de educação permanente em saúde que conduz ao ensino-aprendizagem via problematização, experiências, habilidades e conhecimentos produzidos no cotidiano do trabalho. Sua proposta está a serviço da clínica compartilhada.
Objetivos
Descrever os caminhos da supervisão clínico-institucional realizados no Centro de Atenção Psicossocial II.
Metodologia
Trata-se de um estudo de caso sustentado na abordagem qualitativa. O estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado, tarefa praticamente impossível mediante os outros tipos de delineamentos considerados. O lócus deste estudo de caso é o CAPS Náuas, do tipo II, de Cruzeiro do Sul, no noroeste do estado do Acre, serviço-referência para a região de saúde do Vale do Juruá e Tarauacá/Envira desde a sua implantação em 2005. As participantes foram duas profissionais de carreira da SESACRE que atuaram entre 2005 e 2010 como supervisoras clínicas-institucionais do CAPS Náuas.
Resultados
A primeira Supervisão-Clínica Institucional foi no ano de sua implantação, 2005, “Na época a coordenação [estadual de saúde mental] optou por utilizar profissionais da rede, que tinham um percurso [em saúde mental] para fazer a supervisão e deixar os recursos para pagar transporte, alimentação e hospedagem do supervisor...”. (S02). “Na época em que eu fui supervisora [2010] eu tinha que me deslocar até Cruzeiro do Sul, então no lugar de fazer [a supervisão] um dia por semana, fazia cinco dias por mês e isso não era bom [...] (S01). Os caminhos da supervisão no lócus escolhido foram limitados em tempo, constância, recurso humano e financeiro.
Conclusões/Considerações
Apesar da importância da Supervisão-Clínica Institucional como um dos principais dispositivos da Reforma Psiquiátrica Brasileira para a organização do trabalho na saúde com a lógica da cooperação interdisciplinar e multiprofissional a sua oferta foi limitada, em especial no CAPS Náuas, contexto amazônico, aos anos de 2005 quando da publicação da portaria 1.174/2005 e ao ano de 2010.
AMBIENTES DE PRÁTICAS PSICOLÓGICAS GRUPAIS COM CRIANÇAS DURANTE O PROCESSO FORMATIVO: NARRATIVAS DE GRADUANDOS EM PSICOLOGIA DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA PAULISTA
Pôster Eletrônico
1 UNESP, Assis
Apresentação/Introdução
No processo formativo em Psicologia, os universitários experienciam ações profissionalizantes a fim de desenvolverem competências teóricas e habilidades inerentes ao campo de atuação, assumindo uma postura ética. Nesta pesquisa, enfatizam-se os processos clínicos e de saúde com foco na linha de cuidado integral voltado às especificidades do ciclo vital da infância por meio de intervenções grupais.
Objetivos
Objetivou-se compreender as especificidades da atuação de graduandos com grupos de crianças a partir de suas vivências sob supervisão durante a formação em uma universidade pública paulista, especificando locais e características das práticas.
Metodologia
Amparou-se em uma pesquisa mais ampla aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos (CAEE nº 68525823.8.0000.540). Foram entrevistados 10 participantes, sendo 9 estagiários do último ano do curso de Psicologia da referida Universidade e 1 pessoa recém-formada na mesma instituição, com base em um roteiro de entrevista semiestruturada. Como critérios de inclusão, os voluntários precisavam ter desenvolvido práticas com grupos de crianças, independente da faixa etária destas, e em quaisquer lugares de prática, privilegiando-se a modalidade de intervenção grupal. Os dados foram analisados a partir da técnica de análise temática com fundamentação da teoria psicanalítica inglesa.
Resultados
Constatou-se que há ações institucionais em serviço de acolhimento a crianças em contexto de vulnerabilidade social. No tocante ao cuidado no Sistema Único de Saúde, a atuação se dá no nível de atenção de alta complexidade, Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil, e o serviço-escola tem sido ponto de apoio da rede para atender a demanda da especialidade psicológica referente à grupoterapia. Foi consenso que trabalhar saúde com crianças requer criatividade, ludicidade, flexibilidade e manejo com famílias e escolas. Apontou-se como essencial o uso de brincadeiras, jogos e recursos artísticos a fim de facilitar a expressão de conteúdos inconscientes em torno da demanda clínica do grupo.
Conclusões/Considerações
Concluiu-se que práticas psicológicas grupais com crianças podem ocorrer na clínica, na saúde e no social; sendo uma ação interventiva potente na oferta de atendimento à comunidade em distintos níveis de atenção à saúde. Para os universitários, os ambientes de aprendizagem, sobretudo os estágios supervisionados, demandam ambiência e espera-se que estes sejam suficientemente bons, estimulando integração entre teoria e prática ética aos aprendizes.
DISPONIBILIDADE DE GRADUANDOS DE MEDICINA DO CICLO CLÍNICO PARA A APRENDIZAGEM PELA EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL
Pôster Eletrônico
1 UFCA
2 FIOCRUZ CEARÁ
Apresentação/Introdução
Educação Interprofissional (EIP) pode ser compreendida como uma estratégia baseada no trabalho em equipe, comunicação e interdependência das ações, visando o cuidado integral. Nesse sentido, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera fundamental a elaboração de desenhos curriculares profissionais que contemplem este tipo de educação no campo da saúde, em especial, no curso médico.
Objetivos
Analisar a disponibilidade de graduandos de Medicina do ciclo clínico do curso para a aprendizagem por meio da educação interprofissional.
Metodologia
Estudo transversal, descritivo, quantitativo. A coleta de dados ocorreu por formulário eletrônico, em março e abril de 2025. Participaram alunos do último semestre do ciclo clínico de um curso de Medicina no estado do Ceará. A coleta de dados ocorreu pela Readiness for Interprofessional Learning Scale (RIPLS-40) e itens sobre atividades interprofissionais desenvolvidas na pesquisa, extensão, monitoria e célula acadêmica. Os dados foram analisados no SPSS, versão 23.0, por estatística descritiva. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (2.005.435), sendo produção integrada entre a graduação e o Mestrado Profissional em Rede Nacional em Saúde da Família (PROFSAÚDE).
Resultados
Participaram do estudo 37 estudantes, sendo 35,1% do sexo feminino e 64,9% do sexo masculino. A maioria relatou participação em atividades de extensão (83,8%), monitoria (64,9%) e pesquisa (43,2%), com enfoque interprofissional. A disponibilidade para a EIP avaliada pela escala RIPLS apresentou índice de confiabilidade satisfatório (α = 0,812), com ampla concordância em atitudes positivas quanto à aprendizagem colaborativa e ao respeito mútuo entre as profissões. Contudo, não houve associação significativa entre participação prévia em atividades interprofissionais e maior prontidão para a EIP, sugerindo predisposição positiva independente da vivência interprofissional.
Conclusões/Considerações
Experiências de EIP fizeram parte do processo formativo dos estudantes de Medicina, especialmente por meio de atividades complementares ao ensino, evidenciando que o desenvolvimento de competências colaborativas na graduação em Medicina deve compor os diversos cenários de formação profissional do estudante durante sua permanência no ambiente universitário.
PROGRAMA SAÚDE COM AGENTE: ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UEFS
2 UFBA
Apresentação/Introdução
A partir de uma parceria entre o Ministério da Saúde, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde foi instituído, em 2020, o Programa Saúde com Agente (PSA). Atualmente denominado “Mais saúde com Agente” objetiva a formação técnica dos Agentes Comunitários de Saúde e de Endemias para atuarem de forma implicada às demandas de saúde dos territórios.
Objetivos
Compreender a percepção dos atores sobre as ações desenvolvidas pelo PSA em um município baiano
Identificar as transformações ocorridas no processo de trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde e de Endemias após a implantação do PSA.
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa original, qualitativa, fruto de uma dissertação de Mestrado Profissional em Saúde Coletiva, realizada em um município da Bahia com agentes comunitários de saúde, agentes de combate às endemias, supervisores, tutores, preceptores e gestores vinculados ao Programa Saúde com Agente, durante os meses de abril a julho de 2024. A coleta de dados ocorreu através da pesquisa documental e de 26 entrevistas semiestruturadas. A análise de dados processou-se através da Análise de Dados de Conteúdo de Bardin, com apoio do software WebQDA. A pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da instituição com CAAE nº 75150923.8.0000.0053.
Resultados
O curso foi percebido de modo positivo por retomar boas práticas, ao capacitar os agentes no exercício de novas habilidades técnicas e comportamentais e por utilizar metodologias ativas de ensino que valorizaram suas experiências prévias. O trabalho desassociado dos ACS e ACE foi um ponto importante de dificuldade, pois a integração que deveria ser rotineira, ainda não fazia parte da realidade do município. O PSA fomentou transformações na postura e segurança profissional dos agentes de saúde, o que fortaleceu sua identidade e evidenciou a sua importância dentro da RAS. Isto gerou sentimentos de satisfação profissional e de motivação para o exercício das suas atribuições.
Conclusões/Considerações
A partir dos resultados do estudo, espera-se contribuir para o aperfeiçoamento do PSA não somente no município analisado, mas, sobretudo, em outras realidades. Os achados ainda contribuem para fortalecer ainda mais o desenvolvimento das ações de Educação Permanente em Saúde no município, a partir da Atenção Primária à Saúde, enquanto coordenadora do cuidado integral dentro da Rede de Atenção à Saúde.
SENTIDOS DO TRABALHO INTERPROFISSIONAL NAS DIRETRIZES NACIONAIS CURRICULARES DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM SAÚDE: UMA ANÁLISE COMPARATIVA E O CASO DA SAÚDE COLETIVA
Pôster Eletrônico
1 UNB
Apresentação/Introdução
A Resolução nº 569/2017 orienta a formação em saúde segundo os princípios do SUS, promovendo integração entre ensino, serviço e comunidade. Apesar dos avanços, o preparo estudantil ainda é limitado frente às inovações tecnológicas e às mudanças nas relações de trabalho, exigindo currículos mais integrados e interprofissionais.
Objetivos
Mapear os sentidos do trabalho interprofissional nas DCNs da saúde, analisando como reconhecem o tema a partir da articulação entre ensino, serviço e comunidade visando contribuir para a adequação das graduações e das diretrizes curriculares.
Metodologia
Com base em uma análise temática reflexiva que identificou oito sentidos do trabalho interprofissional na atenção primária, este estudo realizou uma análise documental de enfoque qualitativo das DCNs dos 14 cursos da saúde (Resolução nº 287/1998) e do curso de Saúde Coletiva (Portaria nº 256). Foram examinados capítulos, artigos, incisos, alíneas e parágrafos desses documentos, buscando os descritores “Trabalho Interprofissional”, “Trabalho em Equipe”, “Colaboração” e “Prática Interprofissional Colaborativa” para verificar a presença dos sentidos categorizados.
Resultados
Dos 15 documentos analisados, 9 cursos apresentaram ao menos um dos 8 sentidos do trabalho interprofissional. O Sentido 1, sobre atuação em equipe, apareceu em 8 cursos; os Sentidos 2, 3 e 4, ligados a relações interpessoais, respeito e compartilhamento de tarefas, surgiram em 4 cursos. O Sentido 5, sobre adaptação às necessidades dos pacientes, foi identificado em 5 cursos. Já os Sentidos 6, 7 e 8 resolução de conflitos, liderança compartilhada e participação dos usuários foram os menos recorrentes, presentes em até 3 cursos. Medicina, Enfermagem, Farmácia, Odontologia e Psicologia foram os que mais contemplaram os sentidos.
Conclusões/Considerações
As DCNs mostram presença desigual da interprofissionalidade nos currículos de saúde. Psicologia e Odontologia se destacam pela ênfase no tema, enquanto a de Saúde Coletiva (2022) traz abordagem pontual. Predominam menções superficiais, revelando a necessidade de revisões que integrem de forma equitativa o trabalho interprofissional na formação.
“ESCOLAS COMO HUB”: UM ESTUDO SOBRE POTENCIAIS TERRITORIAIS DE RESPOSTA A MÚLTIPLAS CRISES
Pôster Eletrônico
1 Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP)
2 Observatório De Olho na Quebrada
Apresentação/Introdução
A pandemia de Covid-19 retomou o debate sobre múltiplas crises e a capacidade social de resposta a elas. Tornou-se imperativo, portanto, debater a construção destas respostas, sua possibilidade de adaptação aos diversos contextos, e o engajamento comunitário. Neste ínterim, ao analisar dados do Brasil, Reino Unido e África do Sul, ganhou relevo no contexto brasileiro o papel das escolas.
Objetivos
Expor, a partir dos dados e experiências relatadas no projeto PANEX-Youth, o potencial que as escolas podem ter no enfrentamento de múltiplas crises, enfatizando particularidades do caso brasileiro, sobretudo nas periferias urbanas.
Metodologia
O projeto PANEX-Youth coordenou investigações nos três países sobre impactos e adaptações da pandemia de Covid-19 a crianças e jovens em seus direitos a educação, alimentação e lazer. Estruturado em etapas, iniciou por uma revisão da literatura produzida sobre o tema, e três fases de campo. No Brasil, estas envolveram: 1. Realização de 32 entrevistas com organizações sediadas em São Paulo (SP); 2. Realização de 14 oficinas com 44 jovens (9–29 anos) residentes em Heliópolis e Paraisópolis, em São Paulo, e estudantes de programas de ações afirmativas da USP, usando as metodologias participativas de world café e visual web; e 3. duas mesas-redondas intergeracionais (nacional e internacional).
Resultados
Entre outros achados, a pesquisa revelou um potencial particularmente elevado das escolas no enfrentamento de crises, sobretudo nas periferias urbanas brasileiras onde suas consequências são agravadas. Tal potencial tem como fatores importantes: 1. a capilaridade da rede de escolas nas cidades brasileiras; 2. sua possibilidade de diálogo cotidiano com o público atendido; 3. seu papel na garantia não apenas do direito à educação, mas também à alimentação e ao lazer nas infâncias; 4. o histórico papel de ação integrada ao território que marca correntes importantes do pensamento educacional brasileiro; 5. a capacidade de mobilização da comunidade escolar a partir de ações pedagógicas.
Conclusões/Considerações
A despeito de progressivos desmontes, desinvestimentos e das diversas dimensões do “fracasso escolar” , em momentos críticos como o da pandemia de Covid-19, tornou-se evidente o papel de referência das escolas em seus territórios como possibilidade de garantia de direitos e como representação de políticas públicas. Por vezes a despeito de órgãos centrais, mobilizações produzidas por elas foram fundamentais no enfrentamento local da crise.
A CLÍNICA-ESCOLA COMO TERRITÓRIO EDUCATIVO: O OLHAR DOS DISCENTES SOBRE O ESPAÇO DE PROMOÇÃO DA SAÚDE E O CUIDADO AMPLIADO EM SAÚDE BUCAL.
Pôster Eletrônico
1 UNICHRISTUS
Apresentação/Introdução
A graduação em Odontologia tem por objetivo formar o dentista para desenvolver ações de saúde bucal articuladas com o contexto social, econômico, cultural, ambiental, como uma forma de participação comunitária, e realizar ações de promoção, prevenção, reabilitação e vigilância da saúde, em nível individual e coletivo, reconhecendo a relação da saúde bucal com as condições sistêmicas do indivíduo.
Objetivos
Avaliar a percepção dos estudantes do 5º ao 10º semestre, turno noite, do curso de Odontologia - Unichristus, referente às estratégias pedagógicas desenvolvidas, Circuito Sala de Espera, Espaço de Promoção da Saúde e Plano de Cuidados.
Metodologia
Pesquisa qualitativa realizada com sessenta discentes do 5º ao 10º semestre do curso de Odontologia da Unichristus – turno noite, com amostragem por conveniência, tendo como critério de inclusão os discentes regularmente matriculados em todas as disciplinas do respectivo semestre letivo. A coleta das informações foi realizada por meio de um questionário semiestruturado com perguntas objetivas e discursivas. As informações coletadas foram analisadas com o método de Análise de Conteúdo de Minayo. Esse trabalho foi submetido à apreciação do Comitê de Ética – Plataforma Brasil e aprovado por meio do Parecer 7.540.262. Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Resultados
Os resultados foram analisados a partir de três categorias: Educação em saúde e promoção da saúde na formação em odontologia; Plano de cuidados centrado no paciente; e Percepção dos discentes sobre as estratégias pedagógicas. Os dados sinalizam que as estratégias pedagógicas desenvolvidas na clínica escola são significativamente positivas, uma vez que 92% responderam que se sentem satisfeitos com as estratégias realizadas, todavia, apontam pontos de melhoria para o processo formativo. Evidenciam a importância do Plano de Cuidados por se constituir em um planejamento para cuidar do paciente conforme suas necessidades, considerando as potências e vulnerabilidades, visando um cuidado integral.
Conclusões/Considerações
Constata-se que as estratégias pedagógicas investigadas exercem papel fundamental na formação do cirurgião-dentista comprometido com o cuidado integral e humanizado, reafirmando a importância de práticas educativas que aproximem o estudante da realidade social dos pacientes e incentivem uma atuação ética, crítica e transformadora na Odontologia. A clínica escola se constitui em um território educativo fértil para o olhar ampliado em saúde bucal.
ESTUDO DA USABILIDADE DO AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM DO PROGRAMA DE FORMAÇÃO EM EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA (PROFESP) DO MINISTÉRIO DA SAÚDE - BRASIL.
Pôster Eletrônico
1 UNB
2 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Apresentação/Introdução
O uso de ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) na formação em saúde tornou-se uma estratégia que disponibiliza sistemas online, que garantem acesso, flexibilidade e atualização contínua. Com esta perspectiva, o Programa de Formação em Emergências em Saúde Pública (Profesp) oferta cursos à distância, autoinstrucionais, voltados à temática. A usabilidade do AVA possibilita a aprendizagem virtual.
Objetivos
Analisar a usabilidade do ambiente virtual de aprendizagem (plataforma), os fatores críticos e a relevância dos cursos do Profesp do Ministério da Saúde, na prática dos participantes, no período de 2024 a 2025.
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem metodológica mista. Os dados quantitativos e qualitativos foram coletados simultaneamente entre 2024 a 2025. As técnicas de investigação incluíram a aplicação de questionário online, via REDCap, e condução de três grupos focais com profissionais que concluíram cursos do Profesp, proporcionando uma visão abrangente sobre o tema investigado. A análise estatística do questionário foi realizada no software SPSS, com cálculo de frequências absolutas e relativas. As gravações dos grupos focais foram transcritas e analisadas com a técnica de análise de conteúdo de Bardin. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética no parecer n.º 69478723.2.00000008.
Resultados
Foram analisados 397 questionários com mais de 70% de preenchimento. A maioria dos cursistas era do sexo feminino (72,0%), com média de 44,2 anos. Destacaram-se a formação em enfermagem (41,0%) e atuação em vigilância em saúde (27,3%). A maioria considera a educação a distância efetiva (92,9%), apesar de desafios como rotina intensa (35,5%) e falta de tempo (23,9%). A usabilidade da plataforma Profesp foi analisada positivamente, especialmente pela boa navegabilidade (35,0%), identidade visual (32,0%) e atualidade dos conteúdos (23,9%). Os dados qualitativos demonstraram a relevância dos cursos para a formação e prática profissionais individuais e das equipes das quais faziam parte.
Conclusões/Considerações
Apesar dos desafios relacionados ao tempo e organização, os cursos do Profesp são percebidos como relevantes para a formação profissional em saúde pública, inclusive com resultados práticos positivos. Fatores relacionados à usabilidade como: navegabilidade, conteúdo atualizado e alinhado à prática favorecem a permanência e conclusão. A formação a distância mostrou-se estratégica para a preparação para as emergências em saúde pública.
FORMAÇÃO NA SAÚDE, PAULO FREIRE E EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL: UM ESTUDO DOCUMENTAL
Pôster Eletrônico
1 UNIFESP
Apresentação/Introdução
A formação na saúde no Brasil inscreve-se no compromisso com as demandas sociais e com o SUS. As experiências brasileiras encontram na teoria freireana, bases educacionais para transformar os processos formativos. Em contextos contemporâneos, situa-se a educação interprofissional como dispositivo epistemológico e metodológico para a formação na saúde.
Objetivos
O presente estudo objetivou analisar as aproximações e convergências entre a perspectiva educacional de Paulo Freire e a Educação Interprofissional, por referência aos processos de reorientação da formação na saúde.
Metodologia
A produção de dados abrangeu a análise documental das obras de Freire (Pedagogia do Oprimido e Pedagogia da Autonomia) e bases epistemológicas da EIP (Marco para Ação em Educação Interprofissional e Prática Colaborativa e Relatório Final da Oficina de Alinhamento Conceitual sobre Educação e Trabalho Interprofissional em Saúde). Os protocolos analíticos abrangeram as palavras-chaves abrangeram educação, diálogo, aprendizagem, relação educador(a)/ educando(a), saberes, cultura, contexto sócio-histórico, comunicação e relações de poder. Para este trabalho, optou-se por apresentar a análise de conteúdo, do tipo temática, centrada na palavra-chave EDUCAÇÃO.
Resultados
Apreendeu-se dois núcleos de significados: Educação como prática humana, politicamente implicada e Educação como prática transformadora. A concepção de educação presente nas obras freireanas ultrapassa a lógica instrumental, e afirmar-se como ato humano e histórico-político. Identificou-se, nos documentos analisados, a ênfase na comunicação interprofissional e na construção coletiva e colaborativa do cuidado. Freire propõe a educação problematizadora como a que parte da realidade concreta e, no diálogo, ressignifica o mundo. Nos documentos da EIP, a formação interprofissional emergiu como processo de construção de novos modos de agir em equipe, centrados nas necessidades sociais e de saúde
Conclusões/Considerações
EIP e Pedagogia Freireana convergem na centralidade do diálogo na formação crítica, valorizando práticas e aprendizagens colaborativas interprofissionais. As convergências não são apenas teóricas: convocam práticas e demandam ética e afeto no fazer educativo. É necessário tecer formações em saúde emancipatórias e interprofissionais, comprometidas com justiça social, equidade e produção coletiva do cuidado, em consonância com o SUS.
METODOLOGIAS ATIVAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM E DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS: CONVERGÊNCIAS PARA UMA FORMAÇÃO PROFISSIONAL CRÍTICA, ÉTICA E TRANSFORMADORA.
Pôster Eletrônico
1 UFU
2 UFSC
Apresentação/Introdução
Considerando a formação crítica, ética e humanizada como eixo das Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Saúde (DCNs), este estudo analisa as Diretrizes da Odontologia à luz das Metodologias Ativas de Ensino-Aprendizagem (MAEAs), destacando a centralidade do educando, a mediação docente e o compromisso social como forças para uma formação crítica e alinhada ao SUS.
Objetivos
Analisar as convergências entre os fundamentos das Metodologias Ativas de Ensino-Aprendizagem e os dispositivos da Resolução CNE/CES nº 3/2021 que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Odontologia.
Metodologia
Trata-se de um estudo teórico-reflexivo com abordagem qualitativa e crítico-dialógica, baseado em pesquisa bibliográfica e documental sobre as DCNs de Odontologia e os fundamentos das MAEAs. Foram mobilizados autores da educação crítica, histórico-dialética, andragógica e construtivista. A análise foi estruturada a partir de dez pilares das MAEAs, consolidados em experiências de pesquisa-ação e práticas docentes prévias. O estudo identificou interseções entre os fundamentos das MAEAs e os artigos centrais da Resolução CNE/CES nº 3/2021, buscando contribuir para a reorientação curricular e a qualificação da formação docente e discente na Odontologia.
Resultados
Evidenciou-se ampla convergência entre as DCNs/2021 e as bases das MAEAs, com destaque para protagonismo discente, integração teoria-prática, avaliação formativa, uso crítico de tecnologias e desenvolvimento de competências socioemocionais. As MAEAs fortalecem a formação ética, reflexiva e interdisciplinar ao favorecerem ambientes colaborativos e aprendizagens significativas. No entanto, foram identificados desafios, como resistências institucionais, uso acrítico das metodologias e desvalorização da mediação docente. A implementação efetiva depende de intencionalidade política, projetos educacionais emancipatórios e compromisso com o SUS.
Conclusões/Considerações
As MAEAs, quando fundamentadas em princípios críticos e articuladas às DCNs/2021, ampliam o potencial transformador da formação odontológica. Sua adoção requer mediação docente qualificada, avaliação ética e projetos curriculares comprometidos com a justiça social. Reforça-se a urgência de práticas educadoras inovadoras e colaborativas para consolidar uma educação em saúde ética, sensível e comprometida com o SUS.
ENTRE ALFABETIZAÇÃO, LETRAMENTO, LITERACIA E INTELIGÊNCIA DIGITAL EM SAÚDE: UMA ANÁLISE CONCEITUAL APLICADA À SAÚDE DIGITAL E À FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UNIFESP
2 Emphasys
3 AFIP
4 GACC
5 FIOCRUZ
6 UFMA
Apresentação/Introdução
O avanço das tecnologias digitais na saúde exige competências que vão além do uso instrumental. Este estudo analisa os conceitos de alfabetização digital, letramento digital, literacia digital e inteligência digital, evidenciando suas distinções e implicações na formação de profissionais de saúde no Brasil. Esse estudo integra o projeto Teste IDs financiado pelo CNPq na chamada pública nº 21/2023.
Objetivos
Sistematizar os conceitos de alfabetização, letramento, literacia e inteligência digital, com foco no contexto da saúde digital, para subsidiar ações formativas e instrumentos avaliativos para apoiar a educação permanente em saúde no Brasil.
Metodologia
Foi realizada uma revisão narrativa da literatura, com busca de artigos e livros entre 2017 e 2024 nas bases Periódicos CAPES, BVS, IEEE Xplore e ERIC. Foram usados descritores como alfabetização digital, letramento digital, literacia digital e inteligência digital, em português e inglês. Os critérios de inclusão consideraram relevância temática e qualidade editorial. Os dados foram analisados qualitativamente, identificando definições, convergências e divergências entre os termos. A frequência de uso nas bases também foi considerada. O referencial teórico proposto parte da gradação entre os conceitos e articula com a norma IEEE 3527.1-2020. Aprovação CEP/UNIFESP CAAE 74640923.1.0000.5505.
Resultados
A alfabetização digital corresponde ao domínio básico e técnico do uso de dispositivos digitais; o letramento digital incorpora uso crítico das tecnologias digitais em contextos sociais; a literacia digital abrange a capacidade plena, reflexiva e estratégica do uso das tecnologias digitais; e a inteligência digital envolve competências multidimensionais do uso de tecnologias em ecossistemas digitais. A revisão evidenciou que muitos estudos ainda tratam esses termos como sinônimos, gerando confusões conceituais. Foi estruturado um modelo gradativo que propõe estágios interdependentes no desenvolvimento de competências digitais em saúde.
Conclusões/Considerações
Os conceitos representam estágios complementares do desenvolvimento de competências digitais em saúde. Foi estruturado um modelo gradativo que propõe estágios interdependentes no desenvolvimento de competências digitais em saúde. A compreensão clara desses conceitos é essencial para qualificar políticas de formação profissional, subsidiar instrumentos como o Teste IDs e promover a atuação crítica e ética frente aos desafios da saúde digital.
EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS EM EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE NO ÂMBITO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/Fiocruz; Laboratório de Biologia Molecular de Insetos, IOC/Fiocruz
2 Laboratório de Biologia Molecular de Insetos, IOC/Fiocruz; Universidade Federal Fluminense
3 Universidade Federal Fluminense
Apresentação/Introdução
A educação popular de Paulo Freire e a educação permanente em saúde são opções político-pedagógicas do Curso de Aperfeiçoamento em Educação Popular em Saúde (EdPopSUS), que fortalece a Política Nacional de Educação Popular em Saúde no âmbito do SUS, ao promover a formação de trabalhadores técnicos em saúde e lideranças comunitárias. O trabalho é parte de uma pesquisa de doutorado.
Objetivos
Analisar as contribuições da Formação Pedagógica em Educação Popular em Saúde para o SUS, curso componente do EdPopSUS 3 (edição atual), ocorrida no estado do Rio Grande do Norte (RN), para a formação desses sujeitos.
Metodologia
Trata-se de pesquisa qualitativa com 18 trabalhadores da saúde do RN, participantes da Formação Pedagógica, baseada no currículo e material didático do EdPopSUS. Desse total, 12 eram participantes do processo seletivo, em que 6 educadores foram selecionados para atuarem nas turmas do EdPopSUS, posteriormente. Os outros 6 participantes eram da Escola de Saúde Pública (ESP), e não participaram da seleção. Os instrumentos de coleta foram observação participante e diário de campo. Os dados foram analisados por meio de análise documental.
Resultados
Os educadores se separaram em grupos, para que trabalhassem uma das partes do material didático, dividido em: ponto de partida, cinco trilhas e ponto de chegada. De forma geral, os participantes se engajaram ativamente nas atividades propostas, dialogando com todo o grupo. Foi percebida uma dificuldade maior na Trilha da Vigilância Popular em Saúde, conteúdo que não integrava a edição anterior do curso. Foi evidente a diferença de atuação dos 6 representantes da ESP, que apresentaram uma maior resistência em participar das dinâmicas. Os educadores que afirmaram não ter proximidade com a educação popular, por vezes reproduziam falas biomédicas, mas se dedicaram às dinâmicas.
Conclusões/Considerações
O EdPopSUS é uma proposta de articulação entre o ensino, o trabalho e a cidadania. As experiências formativas evidenciaram o potencial da educação popular na formação de trabalhadores da saúde, bem como na aproximação de sujeitos inicialmente resistentes a essa metodologia. Pretende-se incentivar iniciativas de cuidado em saúde críticas e transformadoras, por meio do fortalecimento da participação popular e do controle social sobre o SUS.
ENCONTROS DE RUA: TECENDO REDES DE CUIDADO E FORMAÇÃO JUNTO A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA
Pôster Eletrônico
1 UFF
Apresentação/Introdução
O relato surge da troca entre discentes participantes da pesquisa “Práticas e saberes que vêm das margens: encontros e desencontros com a atenção e a formação em saúde”, coordenada pela UNICAMP com campo na Universidade Federal Fluminense (UFF) de Volta Redonda. Esta se junta à extensão universitária ao discutir a produção do cuidado em saúde com serviços voltados à população em situação de rua.
Objetivos
Relatar a vivência dos graduandos na troca de saberes com atores da rede de cuidado à população em situação de rua, dialogando com serviços e instâncias locais e refletindo sobre formas de produzir conhecimento a partir do encontro e da prática.
Metodologia
A partir dos encontros, a pesquisa/extensão produz um território possível, localizando as diferentes experimentações de rua, entre estudantes e trabalhadores, em um espaço de partilha dos movimentos e articulações de cuidado construídos pelo coletivo. Aposta-se no encontro como produtor de um território tensionador de frestas entre a universidade e os equipamentos sociais, na construção de um território fértil de pesquisa e conhecimento que se faz enquanto dobra dos saberes e vivências da rua. Para tanto, utiliza-se o diário de campo coletivo como recurso capaz de visibilizar os afetos que emergem do trabalho realizado junto à rua, compreendendo as desigualdades e exclusões de acesso.
Resultados
A formação se constrói em diálogo vivo com a realidade. A articulação entre ensino, pesquisa e extensão revela-se como prática potente na formação em saúde. Ao escutar trabalhadores que atuam nos territórios, tecem-se conhecimentos situados. A formação ultrapassa a dimensão abstrata e constitui como uma ferramenta ética e política construída a partir desse encontro. Embora não estejamos diretamente no cotidiano da rua com os trabalhadores, é a partir do que é compartilhado sobre a experiência nesse território que torna possível a troca de saberes. Produzem-se dados sensíveis e sentidos que reafirmam uma formação crítica, coletiva e comprometida com a afirmação da vida a partir do cuidado.
Conclusões/Considerações
Diante da participação ativa na construção da pesquisa/extensão, depreende-se que a aproximação universidade-trabalhadores contribui com a compreensão integrativa e articulada do território, a criação coletiva de possibilidades de intervenção, e a formação crítica e comprometida socialmente. Logo, conclui-se que a relação teoria-prática opera considerando a subjetividade e o diálogo, de modo a traçar estratégias potencializadoras de cuidado.
QUALIFICAÇÃO DE PRECEPTORES E COORDENADORES DE RESIDÊNCIA: ESTRATÉGIAS E IMPACTOS PARA O FORTALECIMENTO DA FORMAÇÃO NO SUS
Pôster Eletrônico
1 Ministério da Saúde
Apresentação/Introdução
A qualificação de preceptores e coordenadores em programas de residência é essencial para fortalecer a formação especializada no SUS. Este estudo apresenta e analisa as ações do Ministério da Saúde (2023-2024) que ampliaram a oferta formativa, integrando ensino, serviço e gestão para aprimorar processos formativos e a qualidade da atenção em saúde.
Objetivos
Descrever e analisar estratégias de qualificação de preceptores e coordenadores, identificando impactos e desafios para fortalecer a formação especializada e a gestão integrada no SUS.
Metodologia
Foram ofertadas mais de 7 mil vagas para preceptores e cerca de 2 mil para coordenadores, em modalidades presenciais, híbridas e EaD, incluindo especializações, aperfeiçoamentos e cursos curtos. Os conteúdos abordaram metodologias ativas, pedagogia da preceptoria, saúde mental, prevenção ao assédio e práticas de gestão, visando competências pedagógicas e gerenciais. A implementação contou com reuniões, monitoramento e avaliação contínua. O estudo baseou-se em revisão documental, levantamento institucional e análise crítica dos desafios enfrentados.
Resultados
As ações ampliaram a formação em âmbito nacional. Tais formações tendem a qualificar o processo de supervisão, bem como a gestão dos programas e ambientes formativos. Ao longo dos últimos anos, observou-se avanço na qualidade do ensino-aprendizagem. Contudo, persistem desafios significativos, como sobrecarga de trabalho, limitação de tempo, falta de tempo protegido para formação e ausência de políticas institucionais que valorizem preceptores e coordenadores.
Conclusões/Considerações
A qualificação estruturada de preceptores e coordenadores é estratégica para programas de residência alinhados às diretrizes do SUS, fortalecendo a formação e sustentabilidade da força de trabalho em saúde. É fundamental consolidar uma política nacional robusta, com investimentos contínuos e avaliação sistemática, para garantir a efetividade e continuidade dessas estratégias no contexto da atenção primária e especializada.
#FUI RESIDENTE: CARACTERIZAÇÃO E MEDIDAS DO IMPACTO DA FORMAÇÃO EM RESIDÊNCIAS PARA A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UFSC
2 UEL
Apresentação/Introdução
As residências em saúde, especialmente as desenvolvidas na Atenção Primária à Saúde (APS), são dispositivos estratégicos de formação para o fortalecimento do SUS. O projeto de pesquisa #FuiResidente investiga os impactos dessas formações na atuação profissional e no desenvolvimento de competências para o trabalho interprofissional colaborativo.
Objetivos
Apresentar o percurso metodológico do projeto #FuiResidente, voltadas à análise do impacto da formação em residências no desenvolvimento de competências interprofissionais e na qualificação da atuação profissional na APS.
Metodologia
Será realizado um estudo nacional com egressos dos Programas de Residência Multiprofissional em APS e em MFC financiadas pelo Ministério da Saúde. Serão conduzidos grupos focais em municípios com mais de 100 mil habitantes e entrevistas semi estruturadas online em municípios com menos de 50 mil habitantes, abrangendo as 5 regiões geográficas. Na etapa quantitativa, será aplicado um questionário nacional para egressos, com perguntas sobre trajetória profissional, práticas de educação permanente e percepção sobre a formação, com ênfase no desenvolvimento de competências colaborativas. A análise busca evidenciar como a formação impacta a prática e contribui para o fortalecimento da APS.
Resultados
A primeira etapa do projeto resultou na elaboração de uma matriz de competências interprofissionais voltadas à prática colaborativa na APS, que orienta as etapas subsequentes da pesquisa. A análise qualitativa permitirá compreender como essas competências se manifestam no cotidiano dos egressos, identificando barreiras e facilitadores para o trabalho colaborativo. Já o questionário nacional possibilitará avaliar a percepção sobre o desenvolvimento dessas competências durante a residência e traçar o perfil profissional e os contextos de trabalho dos egressos. O estudo busca produzir dados com representatividade nacional e relevância para políticas públicas de formação em saúde.
Conclusões/Considerações
O desenho deste estudo considera a avaliação de impacto de uma estratégia educacional como a avaliação dos resultados a longo prazo, verificando os impactos da formação dos Programas de Residência Multiprofissional em Saúde e dos Programas de Residência em Medicina de Família e Comunidade na qualificação do cuidado e do trabalho interprofissional e colaborativo na Atenção Primária em Saúde do SUS.
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE COMO ESTRATÉGIA DE TRANSFORMAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE: INTERVENÇÕES DE MÉDICOS DO PROGRAMA MAIS MÉDICOS
Pôster Eletrônico
1 UFRN
2 LAIS - UFRN
3 UFPE
4 LAIS -UFRN
5 LAIS - UFRN
Apresentação/Introdução
A qualificação da Atenção Primária à Saúde (APS) exige estratégias formativas conectadas ao território. O PEPSUS (Programa de Educação Permanente de Saúde da Família), no contexto do Programa Mais Médicos, representa uma ação de educação permanente em larga escala, voltada para a transformação do cuidado a partir da integração ensino-serviço.
Objetivos
Analisar as intervenções implementadas por médicos do Programa Mais Médicos no primeiro ciclo formativo do PEPSUS e sua relação com as áreas programáticas da APS.
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com aplicação da técnica de mineração de texto (N-gramas) e análise de conteúdo em 2159 relatos de intervenções extraídos de 942 Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) de médicos do PEPSUS, referentes ao período de 2018 a 2021. Os dados foram processados e organizados em categorias temáticas com base nas diretrizes da Atenção Primária à Saúde. Os N-gramas mais frequentes foram agrupados em constructos temáticos que expressam tanto áreas programáticas quanto aspectos transversais da APS.
Resultados
As intervenções analisadas mostraram forte alinhamento com as diretrizes da APS, com destaque para as áreas programáticas de saúde da mulher, saúde da criança, doenças crônicas e saúde mental. Além disso, emergiram como constructos transversais: acolhimento, trabalho em equipe, melhoria do acesso e qualidade da atenção. Esses resultados demonstram que os médicos utilizaram a formação em serviço como base para atuar a partir das necessidades reais do território, qualificando os processos de cuidado e a organização das práticas em saúde.
Conclusões/Considerações
A educação permanente proporcionada pelo PEPSUS favoreceu práticas resolutivas, alinhadas ao cotidiano dos territórios e às diretrizes do SUS. A integração ensino-serviço demonstrou ser potente na qualificação das equipes da APS, evidenciando o papel estratégico da formação em larga escala como ferramenta de transformação do cuidado.
REFLEXÕES SOBRE PESQUISA EM SAÚDE COLETIVA: ANÁLISE DE TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE RESIDÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 UNICAMP
Apresentação/Introdução
As residências em saúde qualificam profissionais para os sistemas atuais ao combinar prática intensiva e reflexão crítica. Os Trabalhos de Conclusão de Residência sintetizam esse percurso: ao investigar problemas relevantes para o serviço e a comunidade, residentes demonstram capacidade científica e geram evidências que melhoram assistência e políticas locais.
Objetivos
Analisar a produção científica dos TCRs em residências médicas em Saúde Coletiva, identificando temas, metodologias e áreas abordadas, para apontar tendências, lacunas e contribuições à formação profissional e à prática em saúde.
Metodologia
Trata-se de uma revisão bibliométrica a partir dos Trabalhos de Conclusão de Residência (TCRs) do Departamento de Saúde Coletiva. Composto por quatro programas: residência de medicina de família e comunidade, medicina preventiva e social, medicina do trabalho e residência multiprofissional em saúde mental. Foi realizada a análise dos trabalhos completos apresentados em 2023 e 2024. Os dados foram coletados por meio de uma planilha excel, incluindo informações como título do trabalho, residência, ano de conclusão, subárea temática, área de atuação do orientador e metodologia de pesquisa.
Resultados
Foram analisados 69 TCRs: 43,5% em Saúde Mental, 42,0% em MFC, 8,7% em Med. do Trabalho e 5,8% em Med. Preventiva/Social. Do total, 75,4% eram estudos primários (74,1% qualitativos, sobretudo relatos de experiência, e 25,9% quantitativos) e 21,7% secundários. Desses, 24,6 % do total eram revisões (3 sistemáticas, 3 de escopo e demais narrativas/integrativas). Temas: saúde mental (36,2%), educação médica (18,8%), saúde da criança/adolescente (13,0%), determinantes sociais (13,0%), saúde da mulher (11,6%), atributos da APS (10,1%), saúde do trabalhador (7,2%), saúde do idoso (5,8%); telemedicina e gestão surgiram em 1 trabalho cada.
Conclusões/Considerações
A análise dos TCRs evidencia temas prioritários e lacunas na produção científica local. Destaca-se a baixa presença de estudos sobre saúde do idoso e telemedicina, apesar de sua relevância crescente. A predominância de abordagens qualitativas revela interesse nas vivências e contextos, mas aponta para a necessidade de aprofundar revisões de literatura. É essencial incentivar metodologias diversas e pesquisas mais robustas nas residências.
PROFISSIONAIS DE SAÚDE FRENTE AO STEALTHING: NOTAS PARA O CUIDADO INTEGRAL
Pôster Eletrônico
1 Instituto Fernandes Figueira e Universidade Federal de Mato Grosso
2 Instituto Fernandes Figueira
3 Universidade Federal de Mato Grosso
Apresentação/Introdução
Este trabalho buscou analisar os conhecimentos, discursos e práticas de profissionais da área da Saúde sobre os cuidados às vítimas de stealthing, ato que se refere à remoção do preservativo sem consentimento de uma das partes durante a relação sexual. No Brasil, não há pesquisas empíricas sobre a atuação e atenção dos profissionais frente aos cuidados em saúde para com as vítimas desse fenômeno
Objetivos
Compreender os conhecimentos e práticas empregadas por profissionais de saúde de todo o país - Medicina, Enfermagem e Psicologia - no atendimento às vítimas de stealthing
Metodologia
Trata-se de um recorte do primeiro estudo nacional sobre stealthing no país, que teve duração de três anos. A partir de uma perspectiva socioantropológica, a última etapa do projeto referiu-se à escuta de como os profissionais de saúde compreendem o fenômeno. Para tal, a partir de um roteiro semiestruturado, entrevistamos sete enfermeiras(os), sete médicas(os) e sete psicólogas(os) que atuavam na atenção básica à saúde de cinco estados brasileiros. O universo pesquisado contou com 18 mulheres e três homens com idades entre 27 e 58 anos e entre um e 20 anos de tempo de serviço, sendo a maioria branca, heterossexual e a totalidade cisgênera
Resultados
A partir das entrevistas, emergiram quatro temas: 1) Conhecimento sobre o termo e lacunas na formação acadêmica sobre violência sexual; 2) Necessidades em saúde no atendimento às vítimas de stealthing: questões de geração, gênero e orientação sexual; 3) Possíveis barreiras de acesso à saúde por parte das vítimas: contradições em questão; 4) Stealthing como uma violência sexual: “É uma violência, mas não é tão grave”. Em síntese, a maioria dos entrevistados apresentou discursos que relativizavam a violência sexual denominada stealthing e os cuidados com as vítimas, com discursos estereotipados sobre o que é violência sexual, sexualidade, pertencimento geracional, orientação sexual e de gênero
Conclusões/Considerações
A partir de visões estereotipadas sobre violência, pertencimento geracional, sexualidade, gênero e cuidados em saúde, os entrevistados reproduziram normas sociais que podem impactar no acolhimento às vítimas, criando obstáculos à conquista de direitos e o cuidado integral para com as vítimas. Questionar tais discursos para a garantia de direitos torna-se um desafio para o reconhecimento dos direitos sexuais para todas as populações
ESCOLHA PROFISSIONAL DE GRADUANDOS POR FONOAUDIOLOGIA - O PAPEL DA MULHER NO TRABALHO EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UNICAMP
Apresentação/Introdução
A escolha profissional é influenciada por classe, raça, gênero e trajetória social. No caso da Fonoaudiologia, a predominância feminina reflete a naturalização de papéis de cuidado associados às mulheres, resultado de uma educação sexista e de oportunidades desiguais no acesso às profissões.
Objetivos
Analisar os fatores que influenciaram a escolha dos graduandos do 1º e 7º período de um curso de Graduação em Fonoaudiologia, de uma universidade do interior de São Paulo, buscando compreender os sentido de ser fonoaudiólogo trabalhar na saúde
Metodologia
O estudo é parte da pesquisa “Construção Histórica e Identitária da Fonoaudiologia: Representações Sociais da Formação e Atuação”, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer número 6.631.242. Foi aplicado um questionário semi-estruturado com questões de identificação e três questões abertas sobre os motivos de ter escolhido a profissão, como se imagina e os planos e projetos futuros na carreira. Os dados foram transcritos, categorizados e analisados segundo a metodologia do discurso do sujeito coletivo (DSC). O uso do DSC na pesquisa qualitativa em saúde permite que se conheça os pensamentos, representações, crenças e valores de uma coletividade.
Resultados
Das 49 respostas obtidas, 95,9% eram de mulheres cis, com média de idade de 20,7 anos. A maioria era do interior paulista. As motivações para escolher a Fonoaudiologia incluíram afinidade com a área da saúde (34,7%), interesse pelo cuidado, experiências pessoais e desejo de ajudar. Quanto ao futuro, destacam-se planos de pós-graduação (32,6%) e abrir consultório próprio (22,4%). A realização profissional foi citada por 28,6%, mas também surgiram incertezas quanto à área de atuação, revelando tensões entre formação generalista e especialização precoce, além da pressão por definição de carreira no contexto de um sistema influenciado por desigualdades e demandas neoliberais.
Conclusões/Considerações
A escolha da profissão é influenciada por fatores individuais, sociais e econômicos. A reflexão crítica sobre as motivações e expectativas dos estudantes de Fonoaudiologia contribui para pensar na formação desse profissional, o que pode nos ajudar a refletir sobre os espaços de atuação e compreender o desejo de inserção na sociedade.
PERFIL DOS EGRESSOS DO CURSO DE GESTÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE DA UFMG: REFLEXÕES SOBRE FORMAÇÃO, COMPETÊNCIAS E INSERÇÃO PROFISSIONAL
Pôster Eletrônico
1 UFMG
Apresentação/Introdução
A formação de gestores para o Sistema Único de Saúde exige o desenvolvimento de competências que articulem conhecimentos, habilidades e compromisso social. O curso de Gestão de Serviços de Saúde da UFMG, propõe uma formação interdisciplinar. Esta pesquisa visou compreender sua inserção no mercado de trabalho e sua avaliação sobre a formação recebida, em diálogo com o Projeto Pedagógico do Curso.
Objetivos
Analisar o perfil e a trajetória profissional dos egressos do curso de GSS da UFMG, identificando competências desenvolvidas e lacunas percebidas na formação, com vistas à qualificação curricular e ao fortalecimento da formação de gestores para o SUS.
Metodologia
Trata-se de um estudo exploratório com abordagem quantitativa, realizado com 139 egressos do curso de Gestão de Serviços de Saúde da UFMG, graduados entre 2013 e 2023. A coleta de dados ocorreu por meio de questionário eletrônico estruturado com questões fechadas, abordando características sociodemográficas, inserção profissional e avaliação das competências desenvolvidas durante a graduação. A análise dos dados foi feita por meio de estatísticas descritivas. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da UFMG (CAAE: 88470418.0.0000.5149).
Resultados
Dos 139 egressos respondentes, a maioria era do sexo feminino (79,3%). Quanto à formação prévia, 25,7% já possuíam graduação anterior e 68,6% cursaram o ensino médio em escola pública. Cerca de 39% iniciaram uma pós-graduação. Houve aumento na atuação passando de 36,5% para 47,9%, além de redução na taxa de desemprego (de 16,5% para 4,3%). Apenas 4,3% relataram promoção após a graduação. Quanto à formação prática, 82,9% realizaram estágio, e 53,3% participaram de atividades extracurriculares. Em relação às competências previstas no Projeto Pedagógico do Curso 29% indicaram lacunas, especialmente nas áreas de gestão de pessoas, tecnologias, saúde pública e aspectos jurídicos.
Conclusões/Considerações
Os achados revelam avanços na formação de gestores em saúde, mas também desafios relacionados à integração teoria-prática e à adequação curricular às demandas do SUS. A escuta dos egressos constitui importante ferramenta avaliativa e pode orientar processos de autoavaliação institucional, reforçando o compromisso da universidade com a formação crítica e transformadora.
OS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE ENCONTRAM-SE NO WORLD CAFÉ: PERSPECTIVAS COLETIVAS SOBRE A FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Pôster Eletrônico
1 CM UFRJ-Macaé
2 EEAAC/ UFF
3 UNIFAP
4 UFES
5 SMS Armação de Búzios
Apresentação/Introdução
Introdução: Um grande desafio que perpetua na saúde pública do Brasil é o processo de formação dos ACS. Este debate se atualiza, frequentemente, pois estes são fundamentais para operacionalização do SUS. Propostas de formação/ atribuições dos ACS estão sujeitas a constantes alterações, tornando-os um marcador sensível do sentido impresso nas políticas de saúde, no SUS (Fonseca; Morosini, 2021).
Objetivos
Objetivo: Compreender as perspectivas coletivas dos ACS sobre sua formação profissional.
Metodologia
Metodologia: Estudo qualitativo, descritivo-exploratório, desenvolvido em 2023/2024, baseado na abordagem da Pesquisa-ação Participativa em Saúde (PaPS). Os cenários foram quatro Unidades de Estratégia de Saúde da Família (ESF), do município de Macaé-RJ e os participantes foram 23 ACS, que assinaram o TCLE, com projeto aprovado no CEP/UFRJ-Macaé, nº 65479522.9.0000.5699. Dados apreendidos numa dinâmica grupal denominada World Café, conforme preconizado por Pedroso et al. (2018). Para manter o sigilo dos depoimentos coletivos nos grupos estes foram identificados por ESF e número arábico (ESF1..). Análise compreensiva-interpretativa foi a optada para a compreensão e o agrupamento dos achados coletivos.
Resultados
Resultados: Os dados coletivos produziram três (3) categorias: Categoria 1 - Curso Introdutório?: foi a nossa casa, nosso chão - “Quando começamos, não tivemos Curso. Aprendemos mesmo na prática, no chão do dia-a-dia” (ESF3). “Todos deveriam fazer o Curso para aprender se posicionar, a ter segurança” (ESF1). Categoria 2 - Formação Técnica e Múltiplos Sentimentos - “Gostaria que o Curso Técnico fosse presencial, bom e para todos” (ESF4). “Sentimento de alegria, mas também de desesperança” (ESF2); Categoria 3 - Buscando Espaços de Ensinagem - “Curso agrega conhecimento, onde trocamos com colegas, mas é muito seletivo (ESF4).“Gostaria de capacitações na prática sobre nosso papel ”(ESF3).
Conclusões/Considerações
Considerações Finais: Reflexões sobre os processos de formação do ACS continuam sendo necessárias, tanto pelo SUS, quanto pelas instituições formadoras. A baixa oferta do Curso Introdutório; Curso Técnico muito seletivo; Educação Continuada e Permanente construídas pontualmente, são sinais das muitas fragilidades a serem superadas na formação deste profissional para que tenhamos, consequentemente, práticas assistenciais de qualidade e resolutivas.
PERFIL DE EGRESSOS DE UM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO INTERDISCIPLINAR EM ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE, COM CONCEITO DE EXCELÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 Universidade Estadual de Montes Claros, Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais – SES/MG, Brasil.
2 Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
3 Departamento de Odontologia, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
4 Odontologia Pediátrica, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
5 Patologia e Medicina Bucal, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
Apresentação/Introdução
O acompanhamento de egressos da pós-graduação stricto sensu é uma estratégia institucional para obtenção de informações sobre a qualidade da formação desses profissionais. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), incentiva o desenvolvimento de estudos para assegurar profissionais especializados em quantidade e qualidade, que atendam às necessidades do país.
Objetivos
Este estudo objetivou analisar o perfil dos egressos do Programa de Pós-Graduação em Atenção Primária à Saúde (PPGCPS), da Universidade Estadual de Montes Claros, enfatizando a trajetória formativa e as áreas de atuação desses profissionais.
Metodologia
Trata-se de um estudo descritivo, transversal, quantitativo. A coleta de dados foi realizada a partir do acesso ao currículo Lattes dos egressos do PPGCPS, da Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES). Foi elaborado um instrumento para coleta de dados, realizada entre fevereiro e junho de 2024, referente às dissertações defendidas entre 2012 e dezembro de 2023. As dimensões analisadas foram: sexo, curso, ano de graduação, tipo de instituição de graduação, especialização e/ou residência concluídas, ocupação profissional atual, situação do trabalho e produção científica após a conclusão dos cursos.
Resultados
A análise do currículo Lattes de 118 alunos revelou que 97 (82,2%) deles concluíram apenas o mestrado, 3 (2,5%) o doutorado e 18 (15,3%) estão cursando doutorado. Houve predomínio de mulheres, doutores e egressos de universidades públicas. A maioria dos egressos atua na docência e um número maior destes continuou produzindo cientificamente após a conclusão do mestrado. Este perfil destaca a importância do curso na formação profissional, especialmente em Minas Gerais, onde muitos egressos estão diretamente envolvidos com atividades docentes, atuando na formação de novos profissionais. Para implementar um processo de avaliação contínua, é necessário garantir a qualidade da formação dos alunos.
Conclusões/Considerações
Este estudo reflete a importância do Programa de Pós-graduação em Cuidado Primário em Saúde, da Universidade Estadual de Montes Claros, na formação de profissionais para atuar em diferentes áreas, destacando seu caráter interdisciplinar. A análise do perfil dos egressos indica que a maioria está engajada em atividades docentes e assistenciais, reforçando o compromisso do PPGCPS com a formação de profissionais que atendam às demandas do SUS.
PERCEPÇÃO DE MÉDICOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM MINAS GERAIS SOBRE A FORMAÇÃO ACADEMICA EM DOENÇA DE CHAGAS
Pôster Eletrônico
1 UNIMONTES
2 UFSJ
3 UIT
4 USP
Apresentação/Introdução
A Doença de Chagas (DC) representa um grave problema de saúde pública. A atuação médica na Atenção Primária à Saúde (APS) é fundamental para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos portadores. Deficiências na formação acadêmica sobre a DC são apontadas como causa de desconhecimento e despreparo profissional, configurando uma barreira ao acesso oportuno e adequado à assistência.
Objetivos
Este estudo buscou analisar as percepções dos médicos que atuam na APS do estado de MG sobre sua formação acadêmica relacionada à DC.
Metodologia
Trata-se de um estudo qualitativo que utilizou grupos focais (GF) como técnica de coleta de dados. Este estudo faz parte de um projeto baseado na ciência da implementação, o SaMi-Trop, estudo multicêntrico (CONEP 5.958.798/2021). A pesquisa foi realizada em três diferentes municípios do estado de Minas Gerais. Todos os médicos da APS desses municípios foram convidados por meio das Secretarias Municipais de Saúde. Os GF foram conduzidos por três pesquisadores (um moderador e dois observadores), com roteiro semiestruturado padronizado. As falas foram gravadas, transcritas integralmente e analisadas segundo a técnica de análise de conteúdo temática, conforme Bardin.
Resultados
Participaram do estudo 27 médicos. As análises indicaram que a formação acadêmica sobre a DC foi majoritariamente teórica, com pouco ou nenhum contato prático com portadores da doença durante os estágios. Quando presente, a experiência envolveu pacientes em estágios avançados, já com complicações da forma crônica da DC. Esse cenário, descrito pelos médicos, revela uma formação distante da realidade da APS, o que pode comprometer o diagnóstico precoce, momento em que o tratamento antiparasitário é mais efetivo. Além disso, o predomínio de vivências com casos avançados pode reforçar, entre os médicos, a percepção de que a DC é uma enfermidade exclusivamente grave e de manejo complexo.
Conclusões/Considerações
Há necessidade de qualificar a formação acadêmica médica sobre a DC, ampliando experiências práticas, especialmente em regiões endêmicas para a DC. Essa aproximação é essencial para melhorar o diagnóstico precoce e o manejo na APS, serviço de referência conforme o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT). Além disso, pode reduzir a percepção da DC como uma enfermidade exclusivamente grave e de manejo complexo.
INTERDISCIPLINARIDADE COMO NECESSIDADE FORMATIVA NA SAÚDE: REFLEXÕES SOBRE DESAFIOS E POSSIBILIDADES NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
Pôster Eletrônico
1 UFBA
Apresentação/Introdução
A formação em saúde ainda é atravessada por práticas pedagógicas tradicionais e pelo modelo biomédico, tecnicista e fragmentado, que dificultam a formação crítica e integral. Neste cenário, a interdisciplinaridade surge como conceito necessário, mas desafiador de ser implementado. Este trabalho propõe discutir sua relevância na formação em saúde.
Objetivos
Discutir a relevância da interdisciplinaridade na formação em saúde a partir de reflexões teóricas e experiências autobiográficas vinculadas ao ensino-aprendizagem interdisciplinar.
Metodologia
Trata-se de um ensaio teórico com base em revisão narrativa da literatura, articulado a elementos autobiográficos e reflexivos de experiências docentes e discentes no ensino em saúde. O trabalho revisita bases de dados científicas e propõe uma análise crítica sobre os desafios e as possibilidades da interdisciplinaridade na formação profissional. As experiências vividas em contextos interdisciplinares, como os Bacharelados Interdisciplinares, foram mobilizadas como campo de análise e problematização das práticas formativas predominantes.
Resultados
Observa-se que a formação em saúde permanece marcada por fragmentação disciplinar e centralidade técnico-biologicista. No entanto, metodologias que valorizam a experiência e o saber vivido dos estudantes tensionam esse modelo, revelando a potência da interdisciplinaridade como alternativa à racionalidade dominante. Apesar de reconhecida como necessária, sua implementação é dificultada por disputas epistemológicas e ausência de políticas institucionais de suporte. Experiências interdisciplinares demonstram que há caminhos possíveis para sua consolidação, especialmente quando articuladas à realidade dos estudantes e à complexidade do cuidado.
Conclusões/Considerações
A interdisciplinaridade é uma necessidade formativa e social, que exige superar a lógica fragmentada ainda dominante nos cursos da área da saúde. Ela convida à articulação entre saberes, contextos e sujeitos, contribuindo para uma formação crítica e sensível. Investir em práticas interdisciplinares é essencial para qualificar o cuidado em saúde e formar profissionais mais comprometidos com a integralidade e a realidade dos territórios.
TRAJETÓRIAS, MOTIVAÇÕES E PERMANÊNCIA: CAMINHOS E VIVÊNCIAS DE INDÍGENAS NA ESCOLA MÉDICA EM UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA
Pôster Eletrônico
1 UFSCAR
Apresentação/Introdução
Considerando as questões estruturais dos cursos médicos nas universidades no Brasil, historicamente tem-se observado um ínfimo número do acesso de estudantes indígenas nas escolas médicas. Diante desse quadro, uma universidade pública do interior de São Paulo iniciou ações afirmativas em 2007, incluindo vagas suplementares para indígenas em todos os cursos de graduação, com vestibular específico
Objetivos
Mapear os indígenas da Medicina, descrever o seu perfil sociodemográfico e analisar as vivências relacionadas à permanência no curso da instituição.
Metodologia
Realizou-se uma pesquisa de abordagem quanti-qualitativa. Foram mapeados os indígenas que ingressaram de 2007 a 2024, por meio de documentos institucionais. Efetuou-se contato individual, via redes sociais e telefone, com convite para participar da pesquisa. Foram mapeados 16 indígenas ingressantes. Totalizaram-se 13 participantes da pesquisa, com utilização de questionário, entrevistas individuais e roda de conversa.
Resultados
Nos 17 anos de ações afirmativas, 16 indígenas ingressaram, por meio da vaga suplementar, no curso de Medicina. Não houve ingresso de indígenas por meio da Lei nº 12.711/2012, lei de cotas em universidades federais. Os ingressantes tinham idade entre 17 a 42 anos, sendo 11 homens e 5 mulheres, três deles com filhos. Quanto à origem, foi observado a presença de estudantes de 6 estados brasileiros distintos e de 12 etnias. Dos 16 ingressantes, 8 concluíram o curso, 5 estão atualmente na graduação e 3 se desligaram antes de se graduarem. Foram analisadas quatro categorias temáticas de conteúdo: motivações para ingresso no curso; dificuldades na escola médica.
Conclusões/Considerações
Observou-se que as ações afirmativas têm sido fundamentais para acesso de indígenas no curso de medicina da instituição, bem como é necessária a manutenção e ampliação dos programas de permanência. As experiências vivenciadas pelos indígenas revelaram, ainda, potencialidades relacionadas às trajetórias individuais, bem como a importância da coletividade entre os indígenas do curso de medicina.
QUEM CUIDA DE QUEM EDUCA? UM OLHAR SOBRE O SOFRIMENTO PSÍQUICO EM PROFISSIONAIS DAS ESCOLAS DA REGIÃO DOS INCONFIDENTES, MG
Pôster Eletrônico
1 UFOP
2 Ufop
Apresentação/Introdução
O ambiente escolar sempre foi estressante e desafiador para os profissionais da educação, mas com a geração atual de estudantes onde ocorreu o uso desenfreado de tecnologias e sofrimento em função da pandemia de COVID-19, a saúde mental do corpo profissional da escola tem sido muito afetada. Este estudo buscou compreender como o sofrimento mental impacta nos sintomas emocionais e na solidão.
Objetivos
Avaliar a saúde mental dos professores e profissionais de escolas de ensino médio nas cidades de Itabirito, Ouro Preto e Mariana; e analisar os riscos psicossociais e intervenções para promoção da saúde mental.
Metodologia
O estudo faz parte do projeto de pesquisa-intervenção "Saúde Mental nas escolas e fora delas", da Universidade Federal de Ouro Preto, aprovado pelo comitê de ética em pesquisa. Levantamento de dados realizado por meio de aplicação de formulário eletrônico de avaliação da saúde mental, contendo as escalas de sofrimento mental (SRQ-20), sintomas de depressão, ansiedade e estresse (DASS-21) e percepção subjetiva da solidão (UCLA-3). 38 professores e profissionais das 3 escolas públicas participaram. A análise foi realizada por meio de análise estatística de modo a compreender a relação da percepção subjetiva da solidão e os sintomas de ansiedade, estresse e depressão nos grupos com maior e menor sofrimento mental.
Resultados
Os participantes eram predominantemente mulheres, negras e com idade média de 44 anos. As análises estatísticas mostraram diferenças significativas entre os 2 grupos para os 4 escores investigados. O grupo com alto sofrimento mental apresentou maior depressão, ansiedade, estresse e solidão, do que o grupo com baixo sofrimento mental.
Conclusões/Considerações
Os resultados indicam que os professores e profissionais da escola com alto sofrimento mental apresentaram também maiores sintomas de estresse, ansiedade e depressão e maior percepção de solidão. A presença dessa sintomatologia em 36,8% do corpo profissional das escolas investigadas sugere que há a necessidade da formação e apoio especializado aos professores e escola, ações de cuidado, prevenção e promoção à saúde mental com base nos riscos que os resultados revelam.
ENTRE SABERES, PRÁTICAS E SENTIDOS: O PROGRAMA MENTORES DA SAÚDE COMO FERRAMENTA CRÍTICA NA FORMAÇÃO EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
2 Universidade Estadual da Bahia
Apresentação/Introdução
O Programa Mentores da Saúde da EBMSP propõe formação interprofissional e crítica, com base na Educação Popular e nas Políticas Públicas, valorizando o protagonismo de pessoas com doenças crônicas, a escuta, o saber da experiência e a participação social, promovendo uma formação em saúde menos alienante e mais alinhada aos princípios do SUS.
Objetivos
Analisar como os estudantes participantes do Programa Mentores da Saúde percebem as contribuições do ativismo e a participação popular na produção de saúde.
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa-ação qualitativa, descritiva e exploratória, baseada na análise de narrativas dos diários reflexivos de estudantes que participaram do Programa Mentores da Saúde em 2023. Inspirado na proposta da UBC, o programa forma grupos interprofissionais com estudantes de diferentes cursos e um mentor com doença crônica. Os encontros ocorrem em rodas de conversa, sem prestação de serviço, centrados na escuta e na troca de saberes. Os diários, escritos após cada encontro, relatam aprendizados, desafios e sentidos produzidos na vivência. A análise ancorou-se no Construcionismo Social e nas práticas discursivas (Spink & Frezza, 2000).
Resultados
Durante o Programa Mentores, estudantes de saúde vivenciaram encontros com pessoas vivendo com HTLV e refletiram sobre como a militância, a escuta e o engajamento sociopolítico são fundamentais na produção de saúde e na sua formação profissional. A experiência possibilitou repensar o lugar da técnica e o papel do profissional de saúde, destacando a importância da afetividade, da coletividade e da atuação junto a movimentos sociais. Os estudantes perceberam como o ativismo e os vínculos produzidos nesses espaços transformam dores em ações e produzem subjetividades potentes, revelando uma prática de cuidado mais ética, crítica e humanizada.
Conclusões/Considerações
Existem desafios na formação de profissionais de saúde em aceitar a diversidade social, influenciada pela história, imaginário social e formação. Vinculado à Extensão e à Educação Popular, o Programa Mentores da Saúde se mostra uma estratégia pedagógica para construir saberes menos alienantes. O Programa sensibiliza estudantes a refletir sobre suas ações e posições, integrando ativismo e participação popular essenciais à democracia e à saúde.
IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA MENTORES DA SAÚDE: UMA EXPERIÊNCIA EXTENSIONISTA DE FORMAÇÃO EM SAÚDE COM BASE NA EDUCAÇÃO POPULAR E NA CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS
Pôster Eletrônico
1 Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Apresentação/Introdução
Fruto de uma parceria entre a EBMSP e a UBC, o Programa Mentores da Saúde chegou ao Brasil como parte de um projeto de pesquisa. Sua implementação ocorreu no Centro de Atendimento ao HTLV da EBMSP, inspirada na educação popular em saúde, promovendo integração entre universidade e comunidade.
Objetivos
Avaliar as experiências de aprendizagem de estudantes na fase piloto do Programa Mentores da Saúde, com foco na construção de sentidos em uma ação extensionista.
Metodologia
Utilizou-se a observação participante etnográfica, método qualitativo que permite imersão nas rotinas do grupo. Pesquisadores participaram das sete reuniões do programa, integrando-se como membros ativos. A análise se baseou no referencial construcionista simbólico de Spink, focando nas práticas discursivas e nos processos de produção de sentidos. Após cada encontro, pesquisadores elaboraram diários de campo detalhados, e os estudantes produziram diários reflexivos. Essas narrativas foram usadas como material para interpretação da linguagem, contexto e experiências vividas na prática extensionista.
Resultados
As narrativas indicaram que os estudantes ampliaram sua compreensão sobre o cuidado em saúde, reconhecendo o saber do outro e a potência do vínculo nas práticas interprofissionais. O contato com os usuários do serviço e com o cotidiano do cuidado possibilitou reflexões sobre suas próprias formações e a importância da escuta ativa. A experiência também favoreceu o engajamento afetivo e ético com o território e com a realidade das pessoas atendidas, gerando aprendizagens que transcendem o conteúdo técnico-científico tradicional.
Conclusões/Considerações
A experiência demonstrou o potencial do Programa Mentores da Saúde como dispositivo pedagógico e político de formação em saúde, promovendo aprendizagens significativas e articulação entre ensino, serviço e comunidade. A escuta, o encontro e o reconhecimento da diferença emergem como elementos centrais no processo formativo dos estudantes.
PÓS-REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DE SANITARISTA: PANORAMA ATUAL DA FORMAÇÃO NO BRASIL
Pôster Eletrônico
1 Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Espírito Santo (PPGSC/UFES).
Apresentação/Introdução
A Lei nº 14.725, sancionada em 16 de novembro de 2023, regulamentou a profissão de sanitarista no Brasil. Para o exercício da função, exige-se formação em Saúde Coletiva ou Saúde Pública, em nível de graduação, residência, mestrado ou doutorado, ou experiência comprovada de cinco anos e diploma de nível superior. Diante disso, é necessário analisar os caminhos formativos para essa nova profissão.
Objetivos
Identificar e mapear a oferta de ensino para a formação do profissional sanitarista nas esferas da graduação, especialização lato sensu, pós-graduação stricto sensu e residências no Brasil.
Metodologia
Estudo descritivo e exploratório com dados de bases institucionais e governamentais sobre a oferta formativa para o sanitarista no Brasil. Foram analisadas quatro categorias: (1) graduação, (2) especialização lato sensu, (3) residência médica, multiprofissional e uniprofissional e (4) pós-graduação stricto sensu. A coleta (05/12/2024 a 05/01/2025) considerou grau de formação, modalidade e região. As fontes foram: https://emec.mec.gov.br/emec/ (1 e 2); https://www.gov.br/mec/pt-br/residencia-medica (3); e https://sucupira.capes.gov.br/programas?area-avaliacao=22 (4). Posteriormente, os dados foram organizados pelas quatro categorias e analisados de forma descritiva.
Resultados
No panorama nacional, identificaram-se: (1) 28 cursos de graduação, sendo 78,6% presenciais, com maior concentração no Nordeste (28,6%); (2) 610 especializações lato sensu presenciais, com predominância no Nordeste (36,4%); (3) 284 cursos em duas especialidades de Residência Médica, com 44,1% no Sudeste, e 30 programas de residência multiprofissional/uniprofissional, concentrados no Sudeste (33,3%); (4) 101 programas avaliados pela área da Saúde Coletiva, distribuídos em 147 cursos de mestrado/doutorado, dos quais 44,5% estão no Sudeste. As regiões Norte e Centro-Oeste apresentaram menor oferta em todas as categorias analisadas.
Conclusões/Considerações
A regulamentação da profissão de sanitarista foi uma conquista para o campo da Saúde Coletiva, mas exige atenção quanto à formação no país. O estudo evidenciou desigualdade regional na oferta, com concentração no Sudeste e menor presença nas regiões Norte e Centro-Oeste. É necessário ampliar políticas públicas que descentralizem a formação, promovendo equidade e fortalecendo o SUS com a profissionalização desde a base formativa.
AVALIANDO A FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM ODONTOLOGIA; MONITORAMENTO DE EGRESSOS DO CURSO DE ODONTOLOGIA DA PUC MINAS: 2014-2024
Pôster Eletrônico
1 PUC Minas
Apresentação/Introdução
A pesquisa com egressos é uma estratégica para monitorar e avaliar o projeto pedagógico, permitindo identificar lacunas e oportunidades de melhoria no ensino e na adequação do perfil profissional. O curso de Odontologia da PUC Minas realiza surveys para analisar a inserção no mercado, demandas por educação continuada, e as contribuições do currículo na formação profissional.
Objetivos
Esse estudo teve como objetivo comparar os resultados encontrados no survey de 2024 com os de 2014, visando entender a evolução e impactos dos projetos pedagógicos do curso de Odontologia, PUC Minas, quanto à atuação dos egressos mercado de trabalho.
Metodologia
A coleta de dados foi realizada a partir do mesmo instrumento, um formulário eletrônico elaborado na Plataforma Survey Monkey. O último survey foi feito em 2024, aplicado pelo PUC Carreiras, setor responsável pelo acompanhamento dos alunos e egressos. O formulário foi enviado para os egressos com até cinco anos de graduação. A amostra obtida nos dois anos foi de 179 e 143 respondentes, respectivamente, em 2014 e 2024. O survey incluiu também as sugestões dos próprios egressos para melhorias da formação, constituindo-se em um importante feedback para o monitoramento do curso. De fato, a avaliação de egressos é essencial para reorientar currículos, fortalecer vínculos institucionais.
Resultados
Os resultados mostram que mais de 80% dos egressos atuam como dentistas. Em relação à educação continuada, observa-se um aumento na demanda por cursos de pós-graduação. A inserção como autônomo no mercado de trabalho permanece semelhante nos dois períodos analisados. A contribuição do estágio no SUS para a vida profissional foi citada como importante nos dois estudos para o aprendizado do diagnóstico, para o trabalho em equipe e para fazer um atendimento mais humanizado. As disciplinas que mais prepararam o aluno para o início da prática profissional, nos dois anos analisados: dentística e a cirurgia menor (exodontia) que são os procedimentos mais demandados para o clínico geral.
Conclusões/Considerações
Os currículos ofertados pela PUC Minas nos dois anos avaliados foram bem avaliados e demonstram que não houve mudanças significativas no mercado de trabalho, sendo necessário a continuidade das estratégias educacionais estabelecidas e o reforço das competências estabelecidas na formação profissional, principalmente para a inserção do profissional no SUS.
A INFLUÊNCIA DA LEI MAIS MÉDICOS NA EXPANSÃO DA FORMAÇÃO E FORÇA DE TRABALHO MÉDICA BRASILEIRA
Pôster Eletrônico
1 FMUSP
2 University of Melbourne
3 Queen Mary University of London
Apresentação/Introdução
A expansão da força de trabalho médica para aumentar o acesso da população aos serviços de saúde é uma preocupação global. No Brasil, a Lei Mais Médicos (LMM), instituída em 2013, teve como propósito reduzir a carência de profissionais, fortalecer a atenção básica, aprimorar a formação médica e ampliar a inserção dos médicos em formação nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS).
Objetivos
Estimar o efeito global da LMM sobre o número anual de estudantes de medicina e médicos no Brasil, no período de 2003 a 2023.
Metodologia
As informações sobre a força de trabalho médica (2003–2023) foram extraídas do cadastro do Conselho Federal de Medicina, e as dos estudantes de Medicina (2003–2022), do Censo da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). A evolução do número de estudantes e médicos foi analisada por regressão linear segmentada, comparando dois períodos: a década anterior e a posterior à implementação da LMM. Estimaram-se coeficientes β com intervalos de confiança (IC) de 95% para quantificar a mudança anual no número de indivíduos no período pré-intervenção e a diferença na mudança anual entre os períodos pré e pós-intervenção.
Resultados
Antes de 2014, o número de estudantes aumentava em 5.703 a cada ano (IC 95%: 5.029; 6.377). Em seguida, houve um aumento significativo na tendência anual de alunos, em relação à tendência pré-intervenção, de 10.540 alunos por ano (IC 95%: 8.414; 12.665). Após a intervenção, o número de alunos aumentou anualmente em 16.243 alunos (IC 95%: 14.033; 18.453). O número de médicos aumentava significativamente a cada ano antes de 2020 em 13.593 médicos (IC95%: 12.493; 14.747). Após a intervenção, houve aumento de 12.220 médicos por ano (IC95%: 8.982; 15.458) acima da tendência esperada. Após a implementação da LMM, o número de médicos aumentou anualmente em 25.814 médicos (IC95%: 23.068; 28.560).
Conclusões/Considerações
A LMM contribuiu para expandir a força de trabalho médica em um ritmo superior ao que se observaria na ausência da lei. Embora o crescimento no número de estudantes e médicos já estivesse em curso antes de 2013, impulsionado por diversas políticas nacionais de expansão da formação médica, nossos resultados indicam que a LMM acelerou esse processo, ampliando significativamente a formação e a incorporação de médicos ao sistema de saúde.
O USO DAS REDES SOCIAIS PARA A EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA HARMONIZAÇÃO OROFACIAL
Pôster Eletrônico
1 UFSJ
2 UFJF
Apresentação/Introdução
As redes sociais são úteis para os profissionais de saúde e usuários dos serviços de saúde, desde que utilizadas corretamente, de maneira confiável e ética. Elas se tornaram o instrumento principal de divulgação dos procedimentos de Harmonização Orofacial (HOF). Para os odontólogos, além de ser uma estratégia de educação em saúde, a rede social auxilia no marketing desses procedimentos.
Objetivos
Avaliar o conteúdo relacionado aos procedimentos de HOF, compartilhado no Instagram, por odontólogos atuantes nessa área.
Metodologia
Trata-se de um estudo transversal realizado por meio de questionário estruturado, autoaplicado e online para 30 dentistas que atuam na área de HOF na região sudeste, contendo questões relacionadas ao perfil demográfico e à formação profissional. Adicionalmente foi analisado 90 postagens sobre HOF no Instagram desses profissionais. O conteúdo das postagens foi analisado por meio do Patient Education Materials Assessment Tool (PEMAT). Este instrumento avalia a compreensibilidade das informações postadas, o layout e design e a acionabilidade dos conteúdos de materiais de educação em saúde, publicados nas redes sociais. Estudo foi aprovado no CEP/UFJF, sob o CAEE nº 68600123.80000.5147.
Resultados
A maioria dos odontólogos tinham entre 20 e 30 anos; era do sexo feminino; se autodeclarou branca. Quanto à formação 46,7% tinham curso de imersão em HOF e a grande maioria (73,3%) não tinha registro da especialidade junto ao conselho. Quase 90% utilizavam o Instagram para a divulgação dos serviços e 73,1% faziam a própria alimentação da sua rede social. Quanto à análise do Instagram, os perfis apresentaram, em média, 15.330 seguidores. Além disso, eles tinham, em média, 466 postagens, sendo 216 postagens de conteúdos educativos/profissionais em relação à HOF, em média, o que representa 46,29% das postagens. Observou-se que 79% das postagens eram pouco compreensíveis e 76% pouco acionáveis.
Conclusões/Considerações
Embora o Instagram seja amplamente utilizado por dentistas para divulgar a área de HOF, a baixa compreensibilidade e acionabilidade dos conteúdos limita seu potencial de promover a educação em saúde. Assim, faz-se necessário qualificar a produção de informações sobre os procedimentos de HOF, garantindo que os conteúdos compartilhados nas redes sociais, especialmente no Instagram, sejam acessíveis, éticos e eficazes para a promoção da saúde.
ANÁLISE DA APRENDIZAGEM EM FARMÁCIA CLÍNICA DE ACADÊMICOS DURANTE O INTERNATO
Pôster Eletrônico
1 PUCPR
2 FPP
Apresentação/Introdução
A história da farmácia acompanha a evolução humana, integrando ciência e profissão. A formação atual visa desenvolver competências críticas e construtivistas, conforme as DCNs. O internato em Farmácia Clínica é analisado como estratégia para suprir lacunas formativas, investigando se potencializa a aprendizagem dos estudantes.
Objetivos
Avaliar o conhecimento sobre farmácia clínica de estudantes de farmácia que experienciam o Internato em Farmácia Clínica de uma Instituição de Ensino Superior privada de Curitiba-PR.
Metodologia
Estudo quase-experimental quantitativo avaliou o ganho de conhecimento de 23 estudantes de Farmácia em um Internato de Farmácia Clínica em hospital universitário de Curitiba-PR. A pesquisa comparou dados pré e pós-internato por meio de questionário estruturado com escala Likert®, abordando protocolos e serviços clínicos. A análise estatística utilizou testes de Wilcoxon, Qui-Quadrado, Exato de Fisher, Teste G e Alfa de Cronbach para validação. Os resultados visaram identificar a mobilização de conhecimento e aprimorar a metodologia de ensino. O estudo respeitou os preceitos éticos conforme a Resolução CNS nº 466/2012.
Resultados
A amostra, majoritariamente feminina (73,9%) e jovem (média de 23,6 anos), apresentou aumento no conhecimento sobre protocolos clínicos farmacoterapêuticos, como o protocolo de profilaxia de úlceras gástricas (p=0,0002), switch oral (p=0,0018), NVPO (p=0,0038), constipação (p=0,0002) e dor moderada (p=0,004), evidenciado por testes estatísticos como Wilcoxon. Sobre os Serviços Clínicos Farmacêuticos, demonstrou-se ganho de conhecimento em serviços como Visita Multidisciplinar em UTI (p=0,0005), Meta 3 de Segurança do Paciente (p=0,0007), Choosing Wisely (p=0,0007) e Stewardship Antimicrobiano (p=0,0029).
Conclusões/Considerações
Determinou-se pela análise quantitativa, mais respostas positivas no período pós internato, inferindo-se que existe ganho superior no ensino de farmácia clínica no modelo Internato.
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE E SAÚDE MENTAL: PESQUISA EPISTEMOLÓGICA E PROPOSIÇÃO DE UMA FORMAÇÃO SOBRE O CUIDADO EM SAÚDE MENTAL PÓS-ENCHENTES NO RIO GRANDE DO SUL
Pôster Eletrônico
1 UFCSPA
Apresentação/Introdução
As enchentes de maio/2024, ocorridas no RS, potencializaram desafios pré-existentes no cuidado em Saúde Mental (SM) na Atenção Básica (AB). Parte importante desses desafios estão relacionados à insuficiências na formação dos profissionais de saúde para lidar com essas demandas. A Educação Permanente em Saúde (EPS) tem sido apontada como importante recurso na superação de tais desafios.
Objetivos
Realizar uma análise conceitual dos fundamentos epistemológicos da educação em saúde no Brasil e apresentar um dispositivo de formação para profissionais da AB pautado na EPS para o cuidado em SM pós-enchentes, em fase de construção e implementação.
Metodologia
Para tal, foram acessados os principais documentos do Ministério da Saúde sobre EPS e produções científicas sobre os fundamentos da EPS, como também dados de pesquisa sobre o cuidado em SM no contexto pós-desastres climáticos no Brasil. Os materiais foram analisados quanto às suas matrizes epistemológicas e análise das propostas de EPS já existentes, destacando as suas potencialidades e fragilidades. A partir deste mapeamento, e levando em consideração a realidade do território atingido pelas enchentes no RS, estruturou-se um dispositivo de EPS voltado à formação dos profissionais da AB para o cuidado em SM no contexto pós-enchentes.
Resultados
Os pressupostos epistemológicos da EPS, modelo de formação em saúde preconizado pelo SUS, tem base construtivista e foco nos territórios, reconhecendo o processo de trabalho como experiência de aprendizagem. Apresenta-se como uma crítica ao modelo tradicional de ensino, contudo, parece atribuir pouca centralidade à formação técnica, o que é reconhecidamente um desafio atual. Considerando a importância da formação em SM na AB para o cuidado das populações pós-enchentes, e a partir desta análise epistemológica sobre EPS, propôs-se a Formação Técnico-Reflexiva como um dispositivo de EPS para profissionais de saúde atuantes na AB, que se encontra em processo de construção e implementação.
Conclusões/Considerações
A pesquisa epistemológica oportunizou estabelecer bases conceituais para o desenvolvimento de um dispositivo de EPS em SM para trabalhadores da AB, considerando as potencialidades e fragilidades dos modelos atuais. A partir da pesquisa empírica, atualmente em curso junto a trabalhadores e usuários de um município da Região Metropolitana de Porto Alegre, severamente afetado pela enchente, será possível qualificar o dispositivo para implementação.
FORÇAS, BARREIRAS E ESTRATÉGIAS PARA IMPLEMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL EM SAÚDE SOB A PERSPECTIVA DE DOCENTES DE UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA DE ENSINO SUPERIOR
Pôster Eletrônico
1 Farmacêutica graduada pela Universidade Federal de Juiz de Fora campus Governador Valadares, Minas Gerais, Brasil.
2 Residência multiprofissional em Saúde da Família, Secretaria Municipal de Saúde, Governador Valadares, Minas Gerais, Brasil; Núcleo de Formação, Educação e Inovação para as Profissões da Universidade Federal de Juiz de Fora campus Governador Valadares, Mi
3 Núcleo de Formação, Educação e Inovação para as Profissões da Universidade Federal de Juiz de Fora campus Governador Valadares, Minas Gerais, Brasil; Mestrado Profissional em Saúde da Família (ProfSaúde), Universidade Federal de Juiz de Fora, Governador V
Apresentação/Introdução
A formação em saúde tem sido impactada pelas transformações advindas da perspectiva da Educação Interprofissional em Saúde (EIP) com o propósito explícito de melhorar a colaboração interprofissional. Porém, apesar das potencialidades inerentes à EIP, a estrutura pedagógica educacional nas universidades ainda segue a compartimentalização do saber e a ineficiência do diálogo entre teoria e prática.
Objetivos
Compreender a perspectiva de docentes de uma instituição ensino superior (IES) pública de Minas Gerais acerca da educação e do trabalho interprofissional em saúde.
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com coleta de dados de janeiro a maio de 2023, por meio da técnica de grupos focais. Participaram docentes da área da saúde de uma IES pública de Minas Gerais. Os grupos focais foram gravados, transcritos e submetidos à análise de conteúdo temática de Bardin. Foram coletados dados sobre as experiências institucionais dos docentes com a EIP, desafios, forças, estratégias e relacionados à perspectiva dos participantes quanto aos aspectos inerentes ao tema. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob nº CAAE 51560621.10000.5147.
Resultados
Participaram 12 docentes, pertencentes às categorias profissionais Educação Física, Farmácia, Fisioterapia, Nutrição e Odontologia. A análise de conteúdo temática resultou em cinco categorias: Enlace e colaboração: construindo significados sobre Educação e Trabalho Interprofissional em Saúde; Tecendo saberes e relações: o caminho para o efetivo trabalho em equipe; Trilhando a aprendizagem colaborativa por meio de metodologias ativas de ensino-aprendizagem-avaliação; O compartilhamento de espaços e a integração ensino-serviço-comunidade impulsionam a Educação Interprofissional em Saúde; Desafios e resistências à implementação de práticas colaborativas e inovadoras na formação em saúde.
Conclusões/Considerações
A superação de barreiras macro, meso e micro contribui para a formação interprofissional. É necessário o investimento em qualificação docente e a adoção de estratégias político-pedagógicas que sustentem a implementação da EIP alinhada às reais necessidades sociais e de saúde do território. Os achados podem respaldar estratégias no contexto político-institucional e abrir caminho para estudos que avaliem as iniciativas interprofissionais na IES.
CARTOGRAFIA E INTERPROFISSIONALIDADE: DIMENSÕES DA EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL EM UM PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA
Pôster Eletrônico
1 UEFS
Apresentação/Introdução
O Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família (PRMSF), da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), é uma modalidade de pós-graduação que articula educação e serviço e está pautada no tripé ensino-serviço-comunidade. Fundamentado nos princípios do SUS e em diretrizes da Educação Interprofissional, é realizado em parceria com o município de Santo Estêvão, no interior Bahia.
Objetivos
Conhecer as dimensões da educação interprofissional em um programa de residência Multiprofissional em Saúde da Família, na Bahia.
Metodologia
A metodologia utiliza-se da cartografia como ferramenta para mapear os processos formativos, analisando práticas em unidades de saúde, gestão municipal e dispositivos da rede de atenção. A análise dos dados foi apresentada em duas categorias temáticas as quais representam um mapeamento da formação no programa. Assim, foram trabalhadas as seguintes analisadores: Cenários de práticas: um olhar da interprofissionalidade e Dimensões da educação interprofissional. Deter-se-á, aqui, na segunda categoria temática, dando evidência aos processos comunicativos e dialógicos, bem como as ferramentas e estratégias pedagógicas para a composição das práticas e dos processos formativos
Resultados
Nesse sentido, o trabalho em equipe, a Educação Permanente em Saúde (EPS) e o planejamento em saúde com a matriz do Planejamento Estratégico Situacional (PES) conformam dimensões da educação interprofissional presentes na formação na RMSF. A formação ocorre em rede, por meio de encontros e relações no cotidiano dos serviços, com práticas dialógicas, reflexivas e colaborativas. A vivência no território, o planejamento coletivo e a constante análise das práticas possibilitam a construção de identidades profissionais e o fortalecimento do SUS, promovendo cuidado integral e superando o modelo biomédico por meio da interação entre saberes e subjetividades.
Conclusões/Considerações
A educação interprofissional é o pilar da formação no programa. A promoção da formação coletiva, relacional e crítica, calcada na interação entre saberes e sujeitos acontece no território existencial da Atenção Básica de saúde. Por meio da EPS e do planejamento colaborativo, consolida-se a identidade profissional e fortalece-se o SUS, ao integrar cuidado, reflexão e práticas interdisciplinares no cotidiano do processo de trabalho em saúde.
PANORAMA NACIONAL DA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL EM SAÚDE DIGITAL: ANÁLISE DAS OFERTAS DE CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Pôster Eletrônico
1 UFMG
2 Fiocruz/MS
3 UFG
4 UNIFESP
5 PUC-MG
6 UNASUS
Apresentação/Introdução
A transformação digital em saúde exige profissionais especializados para lidar com as soluções digitais no contexto do SUS Digital (1). Assim, a consolidação da Saúde Digital (SD) pressupõe ações estruturadas de formação acadêmica e qualificação profissional conforme o Eixo 1 do Programa SUS Digital (2), o que requer estudar a inserção de conteúdos em SD nos cursos de graduação e pós-graduação.
Objetivos
Investigar a presença, abrangência e características dos conteúdos relacionados à SD nos cursos de Pós-graduação Lato Sensu no Brasil, identificando lacunas, competências esperadas e oportunidades para a qualificação profissional no SUS.
Metodologia
Neste estudo transversal e descritivo, realizado no ano de 2024, analisou-se os dados dos cursos ativos de pós-graduação cadastrados no e-MEC das áreas 9, 6 e 4 (saúde e bem-estar, computação e tecnologias da informação, e comunicação e negócios, administração e direito). Para classificar os cursos relacionados à SD, aplicou-se uma chave de busca estruturada com palavras-chave, conceitos e tokens temáticos, por meio de scripts desenvolvidos em linguagem Python. Os termos incluíram expressões como “tecnologia AND saúde”, “telemedicina”, “inteligência artificial AND saúde”, “registro eletrônico”, “interoperabilidade”, entre outros. Os aspectos ético-legais foram atendidos.
Resultados
Dos 110.636 registros de cursos, foram selecionados 326 cursos a partir da chave de busca, sendo 76% da área de saúde e bem-estar. Verificou-se que as instituições privadas ofertavam 95% dos cursos e 50% deles estavam relacionados às auditorias em sistema de saúde. Houve aumento expressivo (180 cursos) entre 2021 e 2023, ao encontro das iniciativas governamentais e necessidades pós pandemia. Observou-se heterogeneidade terminológica e cargas horárias e não foi identificado consenso quanto à definição de Saúde Digital na formação; tampouco foram encontradas diretrizes curriculares unificadas, persistindo lacunas entre a formação ofertada e as necessidades do sistema de saúde nacional.
Conclusões/Considerações
É urgente consolidar um panorama nacional sobre formação em Saúde Digital, com foco na definição de competências essenciais e construção de diretrizes curriculares mínimas para pós-graduação. Os achados evidenciam a necessidade de articulação entre políticas educacionais e de saúde, reconhecimento da área como campo estratégico e investimento contínuo na formação e educação permanente em Saúde Digital no SUS.
COMPETÊNCIAS RELACIONADAS À EDUCAÇÃO PERMANENTE PARA O TRABALHO INTERPROFISSIONAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO BRASIL
Pôster Eletrônico
1 UFSC
2 UEL
Apresentação/Introdução
A construção de modelos de competências interprofissionais adaptadas ao contexto da atenção primária à saúde (APS) brasileira responde à limitação de modelos internacionais em expressar especificidades locais. Diante disso, destaca-se a importância da inclusão do domínio Educação Permanente, que descreve competências voltadas à transformação das práticas profissionais e da organização do trabalho.
Objetivos
Descrever o processo de concepção do domínio Educação Permanente em matriz de competências interprofissionais para a APS, considerando o contexto brasileiro e as particularidades do SUS.
Metodologia
Este estudo integra o Projeto de Pesquisa #FuiResidente, que investiga os impactos da formação em residências em saúde na qualificação do cuidado e do trabalho em equipe na APS. Como marco teórico, foi desenvolvida uma matriz de competências interprofissionais. A construção da matriz partiu da realização de revisões de literatura sobre modelos internacionais e outra sobre a produção nacional relacionada ao trabalho na APS. Esse material foi validado em oficinas com especialistas — profissionais de saúde, docentes, gestores e egressos de residências — realizadas em 2024, tanto presencialmente quanto em etapa on-line. Um dos domínios resultantes da matriz é o de Educação Permanente.
Resultados
A ausência de um domínio específico sobre Educação Permanente em modelos internacionais motivou sua proposição para a matriz de competências interprofissionais voltada à APS no Brasil. Inicialmente formulado com seis competências, o domínio passou a cinco após as oficinas de consenso. A versão final reforça o papel da educação permanente no trabalho interprofissional, valorizando o cotidiano dos serviços como espaço de aprendizado e transformação. As competências consolidadas destacam práticas formativas voltadas ao território, ao fortalecimento da equipe, à qualificação dos processos de trabalho e à reflexão crítica sobre as práticas estabelecidas.
Conclusões/Considerações
A inclusão do domínio Educação Permanente na matriz de competências interprofissionais para a APS reconhece a importância da formação em serviço para o fortalecimento do SUS. Suas competências orientam a prática interprofissional colaborativa, ao promover a aprendizagem crítica no cotidiano dos serviços e qualificar as equipes para atender às necessidades de saúde dos territórios.
PRIMEIROS SOCORROS E AGENTES DE COMBATE ÀS ENDEMIAS: UMA ANÁLISE DE COMPETÊNCIAS NO CONTEXTO DO PROGRAMA SAÚDE COM AGENTE
Pôster Eletrônico
1 UFRGS
Apresentação/Introdução
Agentes de combate às endemias (ACE) atuam em territórios com acesso limitado a serviços de urgência, tornando essencial o fortalecimento de suas competências em primeiros socorros. Este estudo foi realizado no contexto do Programa Saúde com Agente (PSA), visando diagnosticar habilidades relacionadas ao atendimento inicial em emergências antes da etapa prática do curso técnico.
Objetivos
Identificar a autopercepção de competências dos ACE em primeiros socorros no contexto do PSA, com ênfase no reconhecimento e na resposta inicial a situações de urgência nos territórios.
Metodologia
Realizou-se um inquérito online com os ACE matriculados no curso técnico do PSA, com consentimento livre e esclarecido. O questionário avaliou seis domínios de competências, em escala Likert de autoconfiança. Neste trabalho, analisou-se o domínio “Primeiros Socorros”, composto por 14 itens sobre reconhecimento de situações de urgência e execução de intervenções imediatas em campo. As respostas variaram de “não sei fazer” a “sei fazer muito bem”. Os dados foram organizados no Microsoft Excel® e analisados no software R (v.4.4.1), por meio de estatística descritiva (frequências absolutas e relativas).
Resultados
A amostra foi composta por 3.730 respondentes. Primeiros socorros foi o domínio com menor autoconfiança. As manobras práticas com maiores lacunas foram reanimação cardiopulmonar (43% “não sei fazer”), imobilizações (44,1%) e cuidados em envenenamento (49,5%). Reconhecimento de sinais teve melhores resultados: engasgo (46,6% entre “sei fazer” e “sei fazer muito bem”), queimaduras (26,3%) e fraturas (31,4%). Apenas 35,4% se disseram confiantes para atuar com segurança em acidentes. Em contrapartida, 44,9% relataram saber planejar ações preventivas. Os dados indicam a necessidade de fortalecimento prático em urgência e emergência para atuação segura.
Conclusões/Considerações
O domínio “Primeiros Socorros” revelou ser um desafio entre os avaliados. A baixa autoconfiança em intervenções práticas pode comprometer a resposta inicial em territórios remotos. O estudo evidencia a importância de estratégias formativas integrando teoria e prática, com simulações e articulação com serviços de urgência, qualificando o papel dos ACE nos territórios.
PROJETO MAIS MÉDICOS PARA O BRASIL: PERCEPÇÃO DA TUTORIA E SUPERVISÃO ACADÊMICA SOBRE A QUALIFICAÇÃO DOS MÉDICOS NO MARANHÃO
Pôster Eletrônico
1 UFMA
2 UFC
3 MEC
Apresentação/Introdução
O Projeto Mais Médicos para o Brasil (PMMB) surgiu para enfrentar a escassez de médicos em regiões vulneráveis, fortalecendo a Atenção Primária à Saúde. Além de prover profissionais, investe na qualificação por meio da Supervisão Acadêmica e Instituição Superior, ampliando o acesso da população e contribuindo para a melhoria da assistência no SUS.
Objetivos
Compreender os processos e os impactos do Projeto Mais Médicos no Maranhão na qualificação de médicos para a atenção primária à saúde na perspectiva da tutoria e supervisão acadêmica.
Metodologia
Este estudo exploratório qualitativo foi realizado com tutores acadêmicos e supervisores vinculados à Universidade Federal do Maranhão (UFMA) pelo Projeto Mais Médicos para o Brasil entre os anos de 2013 e 2023. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas virtuais, gravadas e transcritas. A análise seguiu a técnica de Análise de Conteúdo de Bardin, identificando categorias temáticas sobre percepções e práticas dos participantes. A pesquisa teve aprovação ética pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Presidente Dutra (Parecer nº 6.793.664) e autorização da Coordenação-Geral de Expansão e Gestão da Educação em Saúde do Ministério da Educação.
Resultados
Participaram 24 docentes, incluindo quatro tutores acadêmicos e 20 supervisores do PMMB. Os resultados revelaram um impacto positivo na ampliação do acesso e fortalecimento da APS, com a fixação de médicos para garantir vínculo e continuidade no cuidado. Embora a Supervisão Acadêmica (SA) tenha utilizado metodologias ativas, a modalidade remota apresentou limitações, mas ainda foi crucial para formação integrada e desenvolvimento de competências. Destacou-se a importância da formação continuada, a necessidade de aprimorar a avaliação de impacto e maior apoio institucional para consolidar a APS, reafirmando o PMMB como uma política pública estratégica para o SUS.
Conclusões/Considerações
O PMMB vai além do provimento emergencial, ampliando o acesso e fortalecendo a APS no Maranhão. A Supervisão Acadêmica promove formação integrada e contextualizada, essencial para o SUS. Apesar dos avanços, desafios como a modalidade remota e apoio institucional indicam necessidade de aprimoramento para garantir a continuidade e eficácia da qualificação médica e da assistência à população.
A PRESENÇA DOS TEMAS GÊNERO, RAÇA, ETNIA, SEXUALIDADE, DEFICIÊNCIAS E SUAS INTERSECCIONALIDADES NA FORMAÇÃO DE FUTURAS TRABALHADORAS DO SUS EM CURSOS DE GRADUAÇÃO DA UFOP
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal de Ouro Preto
2 Secretaria de Saúde da Prefeitura Municipal de Mariana
Apresentação/Introdução
O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) é um importante meio de integração entre ensino, serviço e comunidade. Sua 11ª edição (2024 - 2026) tem como tema a equidade e a valorização das trabalhadoras e futuras profissionais do SUS, abordando as questões de gênero, identidade, sexualidade, raça, etnia, deficiência e suas interseccionalidades.
Objetivos
Analisar planos de ensino e ementas dos cursos de Farmácia, Medicina, Nutrição, Direito, Educação Física, Pedagogia, e Serviço Social da UFOP, buscando verificar a abordagem dos temas relacionados à equidade para futuras trabalhadoras do SUS.
Metodologia
Foi realizada busca ativa institucional de ementas e planos de ensino, seguida de análise documental. Foram analisadas disciplinas obrigatórias, eletivas e optativas dos cursos de Direito, Educação Física, Farmácia, Pedagogia, Medicina, Nutrição e Serviço Social, buscando identificar conteúdos relacionados a gênero, raça, etnia, sexualidade, deficiência e interseccionalidades, por meio de descritores previamente definidos. Os dados foram tabulados, categorizados por temas e submetidos à análise de frequências e proporções.
Resultados
Dentre o total de 625 disciplinas que compõem os cursos analisados, 75 foram identificadas com conteúdo relacionado aos temas pesquisados. A maior concentração está nos cursos de Pedagogia (25,33%), Medicina (25,33%) e Serviço Social (16%). Os cursos de Medicina, Farmácia, Nutrição e Educação Física (área da saúde) contam com 39 disciplinas (52%), enquanto Direito, Pedagogia e Serviço Social somam 36 (48%). Das 75 disciplinas identificadas, apenas 57,3% são obrigatórias. Os resultados evidenciam baixa abordagem dos temas analisados e aponta lacunas na formação das futuras trabalhadoras do SUS para a atuação frente às consequências das iniquidades na sociedade e no ambiente de trabalho.
Conclusões/Considerações
A análise preliminar indica a presença limitada dos temas relacionados à equidade nas ementas e planos de ensino dos cursos. Isso pode prejudicar a formação crítica e reforça a necessidade de reformulação de currículos. O estudo e atuação, por meio do PET-Saúde, pretende, portanto, contribuir para o fortalecimento dos debates sobre inclusão curricular de temas relacionados à equidade e justiça social para futuras trabalhadoras do SUS.
INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE NA FORMAÇÃO EM SAÚDE NO BRASIL: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Pôster Eletrônico
1 UFBA
Apresentação/Introdução
A Integração ensino-serviço-comunidade (IESC) em saúde é uma estratégia que promove a articulação entre os processos de formação, de trabalho nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) e de participação social em saúde. Este estudo visa explorar as contribuições e desafios dessa integração na formação de futuros profissionais de saúde, analisando a literatura existente sobre o tema.
Objetivos
Analisar as contribuições e os desafios da IESC para a reorientação da formação em saúde no Brasil, a partir da produção científica nacional.
Metodologia
Realizou-se busca nas bases de dados Scielo, Scopus e Web of Science em maio de 2025, com os descritores e operadores booleanos: ("Serviços de Integração Docente-Assistencial" OR "Teaching Care Integration Services" OR "Servicios de Integración Docente Asistencial") AND (saúde OR health OR salud). Incluíram-se publicações em português, inglês e espanhol, disponíveis para acesso gratuito, sem restrição de data. Excluiu-se capítulos de livro, documentos normativos e publicações não relacionadas à IESC no Brasil. Das 196 publicações identificadas (109 Scielo, 41 Scopus, 46 Web of Science), removeu-se 108 duplicidades e 34 publicações não relacionadas à pesquisa, totalizando 54 na amostra final.
Resultados
Os estudos reconhecem a IESC como uma estratégia importante para a reorientação da formação em saúde no Brasil, favorecendo a educação interprofissional e interdisciplinar, além de contribuir para o desenvolvimento de um olhar crítico e humanizado nos estudantes. Observou-se, ainda, a contribuição de programas governamentais, como o Pró-Saúde e o PET-Saúde, neste processo. Entre os desafios na efetivação da IESC, destacam-se a dificuldade de articulação entre os diferentes setores envolvidos, problemas na estrutura física das unidades de saúde e a resistência de alguns profissionais que não reconhecem a formação de estudantes como parte da agenda de trabalho.
Conclusões/Considerações
A IESC é reconhecidamente uma estratégia fundamental para a reorientação da formação em saúde no Brasil. No entanto, apesar dos avanços e benefícios identificados, a análise da literatura revela desafios persistentes em sua efetivação. A interação dos diferentes setores e atores envolvidos é fundamental para superar essas barreiras e fortalecer a IESC no cenário da educação e prática em saúde no país.
DESEMPENHO DE MODELOS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA ELABORAÇÃO DE ROTEIROS DE ESTUDO SOBRE DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UNIFESSPA
Apresentação/Introdução
A inteligência artificial (IA) vem sendo avaliada como ferramenta de apoio à aprendizagem. Segundo Durso (2025), essa tecnologia favorece o acesso, a equidade e o protagonismo discente. Comparar o desempenho desses modelos em temas como Determinantes Sociais da Saúde (DSS) na Atenção Primária à Saúde (APS) é fundamental para compreender suas potencialidades e limites na educação em saúde coletiva.
Objetivos
Comparar qualitativamente os roteiros de estudo produzidos por diferentes Modelos de Linguagem de Grande Escala (LLMs) sobre Determinantes Sociais da Saúde na APS, analisando sua clareza, acessibilidade, atualização e potencial na autonomia discente.
Metodologia
Realizou-se pesquisa qualitativa exploratória, submetendo um prompt padronizado sobre Determinantes Sociais da Saúde na APS a quatro modelos de linguagem de grande escala acessíveis (ChatGPT-4o, Gemini 2.0 flash, Claude Sonnet 4 e DeepSeek-V3), configurados em interface de programação com temperatura igual a zero para assegurar respostas determinísticas. Os roteiros de estudo produzidos foram analisados de forma comparativa e descritiva quanto à clareza, atualização, aplicabilidade e potencial de apoio à autonomia discente. A análise privilegiou a descrição das principais convergências, diferenças e limitações qualitativas observadas entre os modelos.
Resultados
Os roteiros produzidos pelos modelos abordam com clareza os determinantes sociais da saúde na APS, apresentando objetivos, conteúdos, metodologias, atividades práticas e sugestões de materiais de apoio. O ChatGPT-4o destacou-se pela organização didática e foco prático no contexto do SUS. O Claude Sonnet 4 apresentou roteiro mais detalhado, segmentado em módulos, com atividades individuais, em grupo e de campo, detalhando avaliação e inclusão. O Gemini Flash demonstrou atualização conceitual, valorizou justiça social, análise de dados e práticas colaborativas. O DeepSeek-V3 apresentou roteiro objetivo, com exemplos, linguagem acessível e sugestões adaptadas à realidade local.
Conclusões/Considerações
A IA, através dos LLMs demonstrou potencial para apoiar a construção de roteiros de estudo acessíveis e personalizados para discentes em Saúde Coletiva. Especificamente para os DSS, promoveu clareza, organização e atualização conceitual. Diferenças de profundidade, contextualização e abordagem sugerem que o uso dessas ferramentas deve ser acompanhado de curadoria docente, visando adequação ao perfil discente e à realidade local.
SUPERVISÃO ACADÊMICA NOS CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO DO PROGRAMA MAIS MÉDICOS: POTENCIALIDADES E FRAGILIDADES
Pôster Eletrônico
1 ISC/UFBA
Apresentação/Introdução
O Programa Mais Médicos (PMM), implementado a partir de 2013, pauta-se em três eixos de atuação: provimento emergencial, formação médica e melhoria da infraestrutura dos serviços de saúde. Os objetivos referentes à formação incluem a criação de novos cursos de graduação e cursos de especialização em Saúde da Família, realizados por meio do Ensino à Distância com supervisão e tutoria acadêmica.
Objetivos
Analisar a produção científica sobre as potencialidades e fragilidades da supervisão acadêmica nos cursos de especialização do PMM, publicada em periódicos nacionais e internacionais, no período 2013 a 2024.
Metodologia
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura sobre o PMM. A busca foi realizada em seis bases de dados (PubMed, BVS, Embase, Web of Science, SciELO e Scopus), com os descritores: "Programa Mais Médicos", "More Doctors Program", "More Doctors Programme", “Medical Education", "Education, Medical, Continuing", "Medical Training", "Education, Medical, Graduate", Specialization, selecionando-se 5 trabalhos publicados no período 2013 a 2024, que tratavam da supervisão acadêmica. A análise desses artigos contemplou a caracterização das potencialidades e fragilidades da atuação dos supervisores do processo ensino-aprendizagem nos cursos de especialização do PMM.
Resultados
A análise dos artigos evidenciou que a supervisão tem sido uma ferramenta pujante para o aperfeiçoamento dos conhecimentos e qualificação das práticas assistenciais dos médicos inseridos no PMM, na medida em que propicia reflexões sobre o processo de trabalho dos profissionais em seus respectivos territórios, o que pode contribuir para a melhoria da qualidade da APS no SUS. Entretanto, verificam-se fragilidades, como a diversidade de critérios de seleção dos supervisores, sendo que alguns não tem formação em Medicina de Família, nem experiência com preceptoria, além de condições precárias de trabalho, a exemplo da instabilidade de internet nas Unidades e dificuldades com a gestão municipal.
Conclusões/Considerações
O reconhecimento das potencialidades e fragilidades da supervisão acadêmica nos cursos de especialização do PMM reforça a importância de se investir na Educação Permanente dos supervisores, com a definição de um referencial pedagógico comum, visando a superação da heterogeneidade do perfil dos supervisores, ao tempo em que se enfrente as dificuldades estruturais e logísticas nos territórios de atuação para garantir a efetividade de suas ações.
CONVERGÊNCIA DE EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE E EDUCAÇÃO PERMANENTE NO SUS: ANÁLISE DA IMPLEMENTAÇÃO EM PLANOS ESTADUAIS
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal de Pernambuco - Centro Acadêmico de Vitória
Apresentação/Introdução
A educação popular é um instrumento de valorização de saberes e incentivo à participação ativa e crítica na construção do conhecimento. Sendo fundamental na luta pelo direito à saúde, representa um movimento pedagógico e político crucial para a transformação social. Apesar disso, a inserção dessa metodologia na educação permanente ainda enfrenta desafios, muitas vezes sendo considerada ineficaz.
Objetivos
O estudo visa analisar a forma como a Política Nacional de Educação Popular em Saúde está sendo integrada nos Planos Estaduais de Educação Permanente em Saúde no contexto brasileiro, buscando compreender os desafios e avanços dessa convergência.
Metodologia
A pesquisa adota uma abordagem qualitativa, fundamentada na análise documental, do tipo transversal descritivo, focado nos Planos Estaduais de Educação Permanente em Saúde de todas as regiões do Brasil coletados nos sites das Secretarias e Conselhos Estaduais de Saúde. Os critérios de inclusão foram todos os planos completos e disponíveis e os de exclusão os indisponíveis ou incompletos. O período de pesquisa foi de setembro de 2024 até março de 2025. A análise dos dados contou com uma pesquisa de conteúdo temático, além de uma classificação em forma de síntese, sendo possível a caracterização da atuação dos conselhos e secretarias.
Resultados
A análise documental revela as distintas abordagens e níveis de integração da PNEPS nos PEEPS, evidenciando que, embora haja reconhecimento da importância da educação popular, sua implementação varia significativamente entre os estados. Alguns planos demonstram uma articulação mais explícita e ações concretas para a valorização dos saberes populares e a promoção da participação social, enquanto outros apresentam uma incorporação mais superficial ou conceitual. Os achados indicam a necessidade de fortalecer as estratégias de transversalidade e garantir a efetivação dos princípios da educação popular nos processos formativos e nas ações de saúde no Sistema Único de Saúde (SUS).
Conclusões/Considerações
Observa-se uma inserção fragmentada da educação popular, ausência de diretrizes claras e a desatualização conceitual, que negligenciam princípios como equidade e justiça social. Há carência de financiamento e resistência cultural, além de desigualdades regionais e sociais que dificultam o acesso à educação em saúde. Logo, é preciso que haja atualização dos planos, com perspectivas que realmente contemplem a amplitude da educação popular.
TERRITÓRIOS E DESTERRITORIALIZAÇÕES NA PERIFERIA DA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS NO E PARA O SUS?
Pôster Eletrônico
1 UNIFESP
Apresentação/Introdução
Relato de pesquisa de doutorado que analisou as vivências e percepções de residentes em saúde da família e comunidade em territórios periféricos de São Paulo, destacando lacunas formativas, questões étnico-raciais e os impactos da pandemia de Covid-19 na formação. Busca-se refletir sobre estratégias educacionais que promovam olhar para o componente comunidade.
Objetivos
Analisar as vivências e percepções de residentes em saúde sobre estratégias educacionais em territórios periféricos, com foco em território, comunidade e questões étnico-raciais, visando a qualificação da formação no SUS.
Metodologia
Utilizou-se abordagem qualitativa, com entrevistas cartográficas abertas com 11 residentes de dois programas de residência em saúde da família e comunidade na zona leste de São Paulo, em 2021. As falas foram transcritas e analisadas por núcleos de sentido, explorando relações com territórios periféricos, vulnerabilidades e lacunas formativas relacionadas ao componente comunidade no currículo formativo.
Resultados
A pandemia agravou o distanciamento dos residentes dos territórios, limitando ações coletivas e vinculação com realidades locais. Essas lacunas refletiram em poucas possibilidades de ações dos residentes frente às vulnerabilidades identificadas nesses territórios, bem como, para vinculação dos(as) residentes com as realidades e culturas locais, e para lidarem com suas percepções das desigualdades sociais. A ausência de espaços de diálogo e aprofundamento sobre as questões étnico-raciais, representaram mais uma camada das lacunas evidenciadas na investigação, confirmando o distanciamento entre o processo formativo e as realidades periféricas.
Conclusões/Considerações
Propõem-se reflexões acerca da qualificação do componente comunidade no currículo formativo, tendo como prisma a necessidade de ampliar a abordagem da equidade nos processos educacionais, e utilização do conceito de interseccionalidade como ferramenta teórico-metodológica para abordagem das questões étnico-raciais, sociais e de gênero para práticas formativas implicadas na qualificação da formação e do cuidado em saúde.
INFLUÊNCIA DA AVALIAÇÃO NO DESEMPENHO DE PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE RESIDENTES
Pôster Eletrônico
1 Escola de Saúde Pública do Ceará
2 Universidade da Coruña, Universidade Estadual do Ceará, Escola de Saúde Pública do Ceará
3 Universidade Estadual do Ceará, Escola de Saúde Pública do Ceará
Apresentação/Introdução
As Residências em Saúde constituem programas de integração ensino-serviço-comunidade com vistas a fortalecer a força de trabalho em áreas prioritárias para o SUS. A avaliação educacional é componente estratégico para o sucesso de um programa de ensino visto que permite observar o que foi alcançado a cada momento da formação, corrigir as distorções e ampliar a qualidade do programa.
Objetivos
Apresentar resultados de avaliações dos Programas de Residência coordenados pela COREMU ESP/CE e as ações corretivas que foram geradas a partir destes resultados.
Metodologia
No ano 2023 a CGE e IPECE avaliou 111 Residentes da turma 8 e em 2024 a Gerência de Residência Multiprofissional avaliou 255 concludentes da turma 10. As duas pesquisas utilizaram o modelo Kirkpatrick níveis 1 e 2-Reação e Satisfação dos Residentes com questões relacionadas ao Projeto Pedagógico, Cenários de Prática e estratégias educacionais Rodas de Núcleo e Rodas de Campo. Considerou-se ainda o que descreveram de sugestões, elogios, críticas e lacunas da aprendizagem.
Resultados
No ano 2023 a Satisfação com os Cenários de Prática foi avaliada em 58% e 59% pelos Residentes do componente Comunitário e Hospitalar, respectivamente. No ano 2024 houve um incremento deste percentual para 76% nos dois componentes. A Satisfação com as Rodas de Núcleo e Rodas de Campo no ano de 2023 foi de 79% no componente Comunitário e 44% no Hospitalar. O baixo percentual (44%) de Satisfação dos Residentes do componente Hospitalar gerou reflexões, influenciou mudanças no Projeto Pedagógico. No ano de 2024 a satisfação com a Roda de Núcleo foi de 71% e com a Roda de Campo 77%.
Conclusões/Considerações
Avaliações sistemáticas de programas educacionais são importantes ferramentas para correção de rumos, fortalecimento dos programas e da formação de profissionais de saúde residentes. Os resultados geraram medidas corretivas tais como revisão dos Projetos Pedagógicos, capacitação do corpo docente estruturante e assistencial, além de intensificação de visitas in loco aos cenários de prática.
RECONFIGURAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM CAMPO GRANDE-MS: IMPACTOS DAS RESIDÊNCIAS MÉDICAS E MULTIPROFISSIONAIS NOS ATENDIMENTOS EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 Programa de Pós-Graduação em Saúde da Família - UFMS
2 Centro de Estudos Estratégico da FIOCRUZ/RJ
3 Programa de Pós-Graduação em Saúde da Família - UFMS e FIOCRUZ/RJ
Apresentação/Introdução
O Brasil é referência mundial no fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS), onde os cuidados primários e a equidade são desenvolvidos pela Estratégia Saúde da Família. Em 2020 foi implementado em Campo Grande-MS, o projeto QualificaAPS/FIOCRUZ que visa melhorar a qualidade da APS por meio da qualificação/formação dos profissionais.
Objetivos
Analisar os resultados dos atendimentos médicos, enfermagem e odontológico a partir da implementação das residências médicas e multiprofissional em Campo Grande-MS no período de 2019 a 2025.
Metodologia
Estudo quantitativo descritivo, com abordagem longitudinal, com base em dados secundários provenientes dos bancos de dados e-Gestor AB e de relatórios gerenciais do projeto Qualifica APS, referentes ao período de 2020 a junho de 2025. No momento, o projeto atua em 39 equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF) que atendem 20% da população do município de Campo Grande-MS, solucionando mais de 90% das demandas assistenciais dessa população.
Resultados
Os resultados trazem um aumento do atendimento médico com ascensão de 460%, saltando de 52.421 em 2019 para 293.537 em 2024, com projeção de 298.354 em 2025. Os atendimentos de enfermagem entre 2019 e 2024, saltou de 24.136 para 172.881, um aumento superior a 1.280%, estima 200.128 em 2025. E em relação ao atendimento odontológico, destaca-se o aumento de procedimentos preventivos e eletivos. Entre 2020 e 2023, eles saltaram de 41.901 para 98.543, refletindo uma reestruturação do modelo de cuidado bucal voltado à promoção da saúde. Esse aumento está associado à inserção dos residentes, à qualificação da prática e à integração ensino-serviço, consolidando uma APS mais eficiente e centrada no usuário.
Conclusões/Considerações
Os dados demonstraram a potência dos processos formativos de Residência Multiprofissional e Médica em Saúde da Família, como inovações que contribuíram para a equidade no atendimento, a qualificação do acesso e a reconfiguração da APS. Diante disso, afirma-se que o investimento financeiro de recursos públicos em iniciativas de formação inovadoras gerou aumento expressivos de atendimentos e de impacto direto nos territórios de saúde.
LIMITES E POTENCIALIDADES DO ENSINO REMOTO DURANTE A PANDEMIA: ACEPÇÕES DE ESTUDANTES DE SAÚDE DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA
Pôster Eletrônico
1 UNEB
Apresentação/Introdução
A pandemia de COVID-19 despertou grande apreensão mundial, alterando a estrutura de diversos setores, inclusive o educacional. A rápida implementação do formato remoto, em conformidade com as orientações governamentais, coincidiu com avanços tecnológicos e debates sobre modelos educacionais modernos.
Objetivos
Investigar de que modo os estudantes de saúde matriculados na disciplina Programa de Integração, Academia, Serviço e Comunidade I (PIASC I), ofertada em formato remoto, vivenciaram o processo de ensino-aprendizagem diante do contexto pandêmico.
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa transversal, de natureza exploratória, com abordagem quanti-qualitativa. A coleta de dados ocorreu via Google Forms entre julho e outubro de 2022, com questionário semiestruturado e TCLE enviados a 156 estudantes de PIASC I. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado da Bahia.
Resultados
Um total de 83 respostas foi considerado. A maioria dos estudantes que responderam situava-se na faixa etária de 20 a 25 anos (79,5%), era do sexo feminino (72,2%), autodeclarada preta (45,8%), solteira (94%), sem ocupação remunerada (71%) e pertencente a famílias com renda de até três salários mínimos (67,4%). Os achados revelam os desafios enfrentados pelos estudantes na transição para o ensino remoto, incluindo dificuldades de interação e a ausência de suporte institucional eficaz em tempo hábil. Por outro lado, os relatos destacam benefícios como a maior flexibilidade de horários e a redução do tempo gasto com deslocamentos.
Conclusões/Considerações
Este estudo contribui para o debate sobre os impactos do ensino remoto em disciplinas teórico-práticas, um aspecto ainda pouco explorado na literatura. Os resultados deste trabalho oferecem subsídios para a formulação de estratégias educacionais mais inclusivas e eficazes, que possam auxiliar na construção de políticas públicas que aprimorem a qualidade do ensino remoto e híbrido, especialmente em momentos de crise.
CONTRIBUIÇÃO DO CURSO AMPARA PARA ACOLHIMENTO ÀS PESSOAS EM SITUAÇÕES DE ABORTAMENTO E PÓS-ABORTO À PRÁTICA DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 Bloco A
Apresentação/Introdução
No Brasil, o aborto é criminalizado e estigmatizado, afetando principalmente pessoas em situação de vulnerabilidade. A Bloco A atua na formação de profissionais de saúde e na implementação de estratégias de redução de danos, com foco na ampliação do acesso ao aborto legal, escuta qualificada e garantia dos direitos reprodutivos. Com o curso AMPARA, a Bloco A qualificou mais de 9.000 profissionais.
Objetivos
Analisar a contribuição do curso AMPARA no aprimoramento dos egressos no acolhimento e cuidado a pessoas em situação de aborto e pós-abortamento, identificando como os conhecimentos adquiridos influenciaram as ações na prática profissional.
Metodologia
Trata-se de um estudo quali-quantitativo, realizado em janeiro de 2025 no contexto de um curso de extensão em Educação a Distância, ofertado pela organização Bloco A. Utilizou-se um questionário online com egressos do curso AMPARA que finalizaram o curso até dezembro de 2024. Quanto aos procedimentos da análise, utilizaram-se frequências simples em valores absolutos e percentuais para as variáveis quantitativas e análise de conteúdo, com categorização dos dados qualitativos em núcleos de sentido.
Resultados
Dos participantes da pesquisa (n=139), 99,2% afirmaram que o curso AMPARA contribuiu para o aprimoramento profissional. As principais contribuições foram no acolhimento em situações de abortamento (69,3%; n=97), mudança na abordagem do aconselhamento (63,6%; n=89), melhoria do cuidado clínico (55,7%; n=78) e melhoria no fluxo de encaminhamento na rede de atenção à saúde (53,6%; n=75). A análise qualitativa revelou transformações nas práticas de acolhimento sem julgamento, revisão de condutas, fortalecimento da rede de atenção à saúde e promoção de direitos sexuais e reprodutivos.
Conclusões/Considerações
Os dados evidenciam as contribuições do curso AMPARA na qualificação profissional para o cuidado em situações de aborto e pós-abortamento, com destaque para mudanças no acolhimento, condutas de cuidado e promoção de direitos. Os resultados reforçam o potencial da formação em saúde para transformar práticas, indicando que o curso gerou mudanças práticas e subjetivas no cuidado em contextos de aborto.
ABERTURA E AMPLIAÇÃO DE CURSOS DE MEDICINA EM 2024: CARACTERIZAÇÃO DOS PROCESSOS NO MEC E POSSÍVEIS REPERCUSSÕES NA DEMOGRAFIA MÉDICA NACIONAL
Pôster Eletrônico
1 FMUSP
Apresentação/Introdução
Atualmente, dezenas de propostas de abertura de cursos de medicina ou suplementação de vagas em cursos já existentes, via judicial ou administrativa, encontram-se em tramitação no Ministério da Educação (MEC). Os desdobramentos desse processo possuem potencial para impactar o cenário da formação médica, influenciando diretamente a demografia médica em um contexto já marcado por mudanças profundas.
Objetivos
Descrever os processos de solicitação de abertura de novas escolas médicas registrados no MEC, em 2024.
Metodologia
Para a análise dos processos de criação de cursos de medicina em tramitação em 2024, foram consultados documentos oficiais da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres/MEC), órgão responsável por emitir pareceres sobre o credenciamento e recredenciamento de instituições de ensino superior, bem como autorizar e renovar o reconhecimento de cursos de graduação. Os processos foram caracterizados quanto ao tipo de solicitação (abertura de curso ou ampliação de vagas), via processual (administrativa ou judicial) e regimento jurídico aplicado. As variáveis foram descritas em frequências absolutas e proporções (%).
Resultados
O MEC registrava, em 2024, 184 processos de solicitação de abertura de novas escolas médicas. Desses, 7 deram entrada no MEC por via administrativa e 177 tramitam por força de decisão judicial. Outros 110 processos demandavam ao MEC a ampliação de vagas em cursos já em funcionamento, totalizando 294 processos. A maior parte, 192, foi enquadrada na Portaria 531/2023, do chamamento público para abertura de cursos definido pela Lei Mais Médicos; 68 obedecem à Portaria MEC 1.771/2023, de ampliação de vagas em escolas já em funcionamento; 14 estavam sob a Portaria MEC 523/2018, sobre aumento de vagas em escolas médicas públicas federais; e 20 seguem regulamentos diversos.
Conclusões/Considerações
A previsão de abertura de dezenas de cursos e ampliação de vagas de medicina, poderá deflagrar uma nova fase de aumento na formação e oferta futura de profissionais, mais uma vez resultando na reconfiguração da demografia médica no Brasil. Esses resultados apontam que será tarefa inadiável a preparação do sistema de saúde para receber, em breve, centenas de milhares de médicos.
AUSTERIDADE FISCAL E SEGURIDADE SOCIAL: EFEITOS NA FORMAÇÃO DOS TRABALHADORES DA SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UFRJ
2 Fiocruz
Apresentação/Introdução
Desde a década de 1990, as políticas neoliberais avançam sobre as políticas sociais. O adensamento da austeridade fiscal impacta diretamente as políticas de saúde e educação, repercutindo na formação dos trabalhadores da saúde e fragilizando os princípios do SUS. O trabalho configura um resultado do Projeto de Pesquisa e Extensão Universidade e Saúde da Escola de Serviço Social/UFRJ (ESS/UFRJ).
Objetivos
Buscamos analisar e problematizar os efeitos do subfinanciamento das áreas da saúde e educação, destacando o impacto direto na formação dos trabalhadores da saúde, num contexto de sucateamento estrutural e ofensiva ideológica do Capital.
Metodologia
A pesquisa combina revisão bibliográfica e análises documentais, através de abordagem qualitativa e com âncora no materialismo histórico-dialético como método de análise da realidade social. Partimos de uma perspectiva histórico-crítica da saúde e da educação, para analisar os temas: políticas sociais, política de saúde, austeridade fiscal e formação em saúde. Atrelado a isso, a análise documental enfocou as peças orçamentárias, como o Desvinculamento de Receitas da União, a Emenda Constitucional 95, de 2016 e o Novo Arcabouço Fiscal, de 2023.
Resultados
Os dispositivos de austeridade reforçam a lógica neoliberal de subordinar o Fundo Público ao Capital Financeiro. De 2023 à 2024, a União pagou R$ 659,5 bilhões em juros da dívida (6,47% do PIB), equivalente a 70% dos gastos com Seguridade Social (R$ 938,5 bi em 2024). Esse montante beneficia rentistas e instituições financeiras, enquanto saúde e educação sofrem cortes orçamentários, desfinanciamento e mercantilização. Como analisa Behring (2021), o Fundo Público é apropriado pelo Capital Financeiro, comprometendo políticas sociais, a formação crítica dos profissionais de saúde e o SUS.
Conclusões/Considerações
No cenário político contemporâneo tem-se uma contradição: as conquistas alcançadas com a CF 1988 e a Seguridade Social, são ultrapassadas pelos interesses do Capital. Urge uma formação pautada nos princípios da Reforma Sanitária, fortalecendo a articulação entre ensino, serviço e participação social, consolidando um projeto emancipador de saúde pública, pois deve ser a formação este local estratégico de defesa, promoção e consolidação do SUS.
FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS MÉDICOS PARA A DOCÊNCIA NO BRASIL: UMA REVISÃO DE ESCOPO
Pôster Eletrônico
1 USP; UNIDEP
2 UNIDEP
Apresentação/Introdução
Historicamente, a formação do professor universitário é pautada na sua competência profissional fora da universidade ou ainda no seu desempenho na pesquisa científica, preterindo sua capacitação pedagógica. Como esperado, tal realidade também ocorre com os médicos docentes. Porém, apenas a excelência clínica não é suficiente para garantir o papel de um bom professor na Escola Médica.
Objetivos
Compreender como é realizada a formação para docência de profissionais médicos para o ensino na graduação de Medicina no Brasil.
Metodologia
Revisão de escopo pelo método Joanna Briggs Institute, cuja estratégia de busca foi baseada no acrônimo PCC (população, conceito e contexto): P (profissionais médicos); C (formação para a docência); C (ensino e educação médica no Brasil). As bases de dados utilizadas foram: PUBMED, WEB OF SCIENCE. SCOPUS, PROQUEST, EMBASE, SCIELO e o Banco de teses e dissertações do IBICT. Critérios de inclusão: trabalhos que discutiram a formação para a docência de professores médicos no curso de Medicina. Critérios de exclusão: livros, editoriais e resumos de congressos. Foi empregado o software Rayyan para o cegamento dos autores e a análise qualitativa está ocorrendo pelo software Atlas.ti 23.
Resultados
Resultados preliminares: 1082 artigos (excluídas as duplicatas), 69 selecionados no Rayyan para leitura completa, 20 incluídos somados a outros 9 da busca reversa totalizaram 29. Métodos formativos descritos: vivências anteriores (aluno e professor); autodidatismo; prática clínica; troca de conhecimento; influência familiar; programas de desenvolvimento docente e materiais fornecidos pelas Instituições de Ensino Superior (IES); bolsas para visitas em outras IES; disciplinas obrigatórias; cursos; workshops; congressos. Há falta de preparo específico em educação, sendo o autodidatismo e experiência as práticas mais adotadas, além do apoio ofertado pelas IES, apesar de ainda ser insuficiente.
Conclusões/Considerações
Os métodos formativos para a docentes médicos no curso de Medicina são diversos, envolvendo desde cursos e especializações mais formais até a práxis diária e qualificações pontuais. Contudo, ainda há grande carência de preparo pedagógico robusto, contribuindo para a reprodução de práticas de ensino antigas e a estagnação da docência na Escola Médica.
FORMAÇÃO MÉDICA E EQUIDADE EM SAÚDE: AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTOS SOBRE SAÚDE LGBTQIA+ ENTRE ESTUDANTES DO PRÉ-INTERNATO DE UMA UNIVERSIDADE PRIVADA EM SÃO PAULO
Pôster Eletrônico
1 USP
Apresentação/Introdução
No Brasil, menos de 30% das escolas médicas abordam de forma sistemática a saúde LGBTQIA+. A formação segue marcada por um modelo biomédico e descolado do SUS, silenciando questões de gênero e sexualidade. Essa omissão fragiliza o compromisso ético com a equidade e exige estratégias que reorientem a educação médica no país.
Objetivos
Avaliar a variação no conhecimento sobre saúde da população LGBTQIA+ entre estudantes de medicina do pré-internato, comparando resultados de pré e pós-teste em domínios clínicos, normativos e ético-políticos.
Metodologia
Estudo descritivo com análise comparativa de 29 respostas de estudantes do quarto ano de medicina em uma universidade privada de São Paulo. Os participantes cursaram disciplinas clínicas e estavam matriculados na disciplina de Populações Vulnerabilizadas. Foi aplicado um pré e pós-teste com 16 afirmativas sobre saúde LGBTQIA+, abrangendo sexualidade, identidade de gênero, prevenção combinada, processo transexualizador, determinantes sociais e políticas públicas. A análise concentrou-se na variação percentual de concordância com afirmativas assertivas, aferindo o impacto formativo nas dimensões normativa, clínica e ético-política.
Resultados
O conhecimento sobre a Política Nacional de Saúde LGBT cresceu de 10,7% para 96,6%; os determinantes sociais aplicados à saúde LGBTQIA+ de 14,3% para 93,1%; e a compreensão do processo transexualizador no SUS de 35,7% para 100%. O reconhecimento da possibilidade de uso seguro da PrEP por pessoas em hormonização aumentou de 25% para 100%. Houve crescimento significativo também na identificação de barreiras de acesso vividas por pessoas trans no SUS (de 21,4% para 96,6%) e na capacidade de diferenciar identidade de gênero, expressão de gênero e orientação sexual (de 32,1% para 89,7%). A autopercepção de preparo para atender pessoas trans passou de 28,6% para 86,2%.
Conclusões/Considerações
Os resultados evidenciam a potência formativa de intervenções curriculares centradas na equidade e nos direitos humanos. A expressiva ampliação de conhecimentos técnico-normativos e ético-políticos sinaliza a urgência de incorporar, de forma transversal e permanente, conteúdos sobre saúde LGBTQIA+ na formação médica, em alinhamento com os princípios do SUS.
ENTRE O ACOLHIMENTO E O JULGAMENTO: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE SOBRE A ENTREGA VOLUNTÁRIA DE RECÉM-NASCIDOS
Pôster Eletrônico
1 Programa de Pós-Graduação em Saúde da Família - UFMS
2 Escola de Saúde Pública - ESP/MS
Apresentação/Introdução
No Brasil, a entrega voluntária de recém-nascidos para adoção é prevista em lei, porém ainda pouco conhecida e frequentemente envolto em estigmas sociais. A Atenção Primária à Saúde (APS), tem papel fundamental no acolhimento de gestantes que manifestam esse desejo, exigindo preparo técnico e sensibilidade por parte dos profissionais de saúde.
Objetivos
Conhecer a Representação Social dos trabalhadores da APS sobre a atenção às gestantes que manifestam o interesse de entregar o recém-nascido para adoção após um curso de formação.
Metodologia
Pesquisa-intervenção com abordagem qualitativa. Os dados foram coletados por meio de entrevistas após a realização de uma oficina formativa em mar/2024, com 19 trabalhadores da Estratégia Saúde da Família em um município do Mato Grosso do Sul. A oficina “Entrega Voluntária: um direito de todas as mulheres”, foi dividida em três módulos presenciais: I. Motivações, crenças e valores dos profissionais sobre a entrega voluntária; II. O Projeto Dar à Luz, aspectos legais da entrega e trabalho em rede e o III. Protocolo de entrega e o sigilo profissional. Para organização dos dados, utilizou-se o Discurso do Sujeito Coletivo e as Representações Sociais para as análises dos discursos.
Resultados
Os discursos dos profissionais de saúde foram organizados em 4 eixos temáticos: 1. conhecimento sobre a lei da entrega voluntária; 2 relações entre a entrega voluntária e vivências pessoais das profissionais; 3. impacto da intervenção educativa no processo de trabalho; e 4. ressignificação do conceito de entrega voluntária. Observou-se desconhecimento sobre a lei e forte influência de valores pessoais e sociais no atendimento às gestantes. A oficina contribuiu para ampliar a compreensão técnica e reduzir julgamentos morais, resultando na criação de um curso voltado à formação permanente para profissionais de saúde.
Conclusões/Considerações
A oficina contribuiu para aprimorar o processo de trabalho das equipes da APS, fortalecer a democracia no acesso à saúde e garantir os direitos das mulheres e crianças no pré e pós-natal. A pesquisa evidencia a importância de ampliar a divulgação da legislação sobre entrega voluntária e de fortalecer a educação permanente para os trabalhadores da APS.
A FUNÇÃO DO DIAGNÓSTICO PSIQUIÁTRICO E SEUS EFEITOS SUBJETIVOS: UMA LEITURA PSICANALÍTICA
Pôster Eletrônico
1 Unifametro
Apresentação/Introdução
A relação entre diagnóstico psiquiátrico e subjetividade envolve tensões que atravessam a prática clínica. Os sistemas classificatórios, DSM e a CID, baseiam-se em critérios estatísticos e descritivos que tendem a padronizar o sofrimento psíquico. Essa padronização desconsidera a singularidade subjetiva, e os contextos sociais e culturais que atravessam a experiência do sujeito.
Objetivos
Compreender os efeitos subjetivos e socioculturais do diagnóstico psiquiátrico, questionando se essa classificação atua como ferramenta clínica ou se contribui para o silenciamento da vivência individual e coletiva.
Metodologia
Revisão teórico-reflexiva de abordagem qualitativa, com base em textos da psicanálise e da psiquiatria crítica. A seleção do material bibliográfico foi realizada nas bases de dados SciELO e PePSIC. Utilizaram-se como descritores os termos "diagnóstico psiquiátrico", "subjetividade", "psicanálise", "saúde mental" e "efeitos do diagnóstico”. Foram incluídos textos que abordassem a relação entre diagnóstico psiquiátrico e subjetividade, fundamentados na perspectiva psicanalítica ou na análise crítica da saúde mental. Os textos foram analisados de forma interpretativa, considerando os aspectos relacionados à função do diagnóstico psiquiátrico e seus efeitos na constituição subjetiva do sujeito.
Resultados
A análise bibliográfica permitiu refletir criticamente sobre os efeitos subjetivos do diagnóstico psiquiátrico. Os resultados apontam que, ao reduzir o sofrimento a categorias generalizantes, o diagnóstico pode cristalizar identificações, reforçar estigmas e descolar o sujeito de sua própria narrativa, ignorando os determinantes sociais que produzem e mantêm o sofrimento. Por outro lado, quando atravessado por uma escuta psicanalítica e sensível às condições sociais, o diagnóstico pode se tornar um ponto de elaboração subjetiva e ressignificação da experiência.
Conclusões/Considerações
Os critérios estatísticos e descritivos de classificação, DSM e CID, tratam o sujeito a partir de uma lógica de desvio em relação a uma suposta normalidade reduzindo-o a um mero diagnóstico.
Conclui-se assim que o diagnóstico, longe de ser neutro, implica escolhas éticas e políticas, devendo ser manejado com cuidado para que não reforce desigualdades ou invisibilize os fatores socioculturais que marcam o sofrimento psíquico.
ANÁLISE DOS PLANOS ESTADUAIS DE GESTÃO DO TRABALHO E EDUCAÇÃO NA SAÚDE: O DESAFIO DA PRODUÇÃO DE UMA AGENDA INSTITUCIONAL DESCENTRALIZADA PARA A ÁREA.
Pôster Eletrônico
1 UFSM
2 PUCRS
Apresentação/Introdução
No ano de 2023, a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGETS) do Ministério da Saúde desenvolveu processo formativo e de apoio institucional, cujo objetivo era apoiar a elaboração dos Planos Estaduais de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (PEGTES) 2024-2027, promovendo a articulação dos atores e a incorporação desta agenda nos instrumentos de planejamento estadual.
Objetivos
Identificar a agenda da política de gestão do trabalho e educação em saúde nos estados a partir da análise dos objetivos e ações apresentados nos PEGTES que foram aprovados nas Comissões Intergestores Bipartite.
Metodologia
Utilizou-se a metodologia qualitativa, com foco na análise temática. Foram realizadas leituras repetidas dos documentos, geração de códigos iniciais, categorização indutiva, busca por temas, revisão, nomeação das categorias que sistematiza a agenda apresentada nos vinte planos, que haviam sido aprovados até dezembro de 2024. A ferramenta NVivo foi utilizada para a análise de conteúdo, permitindo uma organização sistemática dos dados e facilitando a identificação de padrões e tendências.
Resultados
A estruturação da área de Gestão do Trabalho e Educação, a formação de trabalhadores, as condições e relações de trabalho, com ênfase na promoção da equidade, regionalização e descentralização são temas comuns aos planos analisados. Propostas de formulação e implementação de políticas, planejamento, dimensionamento e provimento de força de trabalho, integração ensino-serviço-comunidade e regulação e ordenação do trabalho e educação aparecem em 80% dos planos analisados. Participação social foi ausente em quatro planos, enquanto o tema de pesquisa em saúde emerge uma vez que alguns estados incluem a temática do desenvolvimento científico e tecnológico.
Conclusões/Considerações
A Política de Gestão do Trabalho e Educação está em formulação e estruturação na maioria dos estados, com o Ministério da Saúde induzindo prioridades. A Política de Educação Permanente e a gestão da educação mostra-se mais consolidada. A sistematização de uma agenda institucional dos estados e municípios pode contribuir para avançar a descentralização e regionalização desta política, mas exige mobilização dos atores, apoio técnico e financeiro contínuo.
SAÚDE COLETIVA E HISTÓRIA: INTERSECÇÕES E DEBATES NO ENSINO DA FORMAÇÃO EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 USP - SP
Apresentação/Introdução
A produção de conhecimento em Saúde Coletiva na interface com a História Social é profícua, gerando uma pertinente historiografia da formação do campo. Contudo, o uso do argumento histórico convoca cuidado para evitar narrativas descritivas, lineares e acríticas. Se a história é crucial para uma prática crítica/transformadora, como disciplinas de história impactam a formação profissional na saúde?
Objetivos
Investigar como a interface entre História e Saúde Coletiva se faz presente na formação em Saúde nos cursos de graduação em saúde na Universidade de São Paulo.
Metodologia
Para tanto, foi realizado um levantamento das grades curriculares e respectivos programas de disciplinas dos cursos de graduação da área da saúde ministrados na Universidade de São Paulo (USP), dos campos localizados na cidade de São Paulo. Buscou-se elencar a presença e a ausência de disciplinas que abordassem o conteúdo histórico, sistematizando os dados e analisando a maneira como a temática é abordada e dialoga com o objetivo formativo do curso de graduação, estabelecendo, para tanto, um paralelo com a bibliografia que discorre acerca dessa temática.
Resultados
Os dados levantados revelaram uma significativa variedade de maneiras as quais diversas disciplinas de cada curso abordam o conteúdo histórico em seus programas. Permitiram, de todo modo, uma compreensão global acerca da presença e ausência de disciplinas historiográficas nos diferentes cursos de graduação da área da saúde, expondo tanto uma evidente preocupação com a contextualização histórica do campo profissional e da saúde, quanto lacunas importantes nesse debate.
Conclusões/Considerações
Assim, foi possível compreender, ainda que tangencialmente, a maneira como as disciplinas propõem a abordagem histórica, se de maneira crítica e contextualizada ou se de modo factual e linear, o que dá notícias de sua função frente a formação profissional proposta.
DISCIPLINAS SOBRE REFORMA PSIQUIÁTRICA E POLÍTICAS ANTIMANICOMIAIS NOS CURSOS DE PSICOLOGIA E MEDICINA DA REGIÃO NORTE DO BRASIL
Pôster Eletrônico
1 UFT
2 Afya Palmas
Apresentação/Introdução
A reforma psiquiátrica e as políticas antimanicomiais marcaram mudanças no cuidado em saúde mental no Brasil. A formação de profissionais da saúde é central para sustentar esse paradigma. Este estudo investigou a presença de disciplinas sobre essas políticas nos cursos de Psicologia e Medicina da Região Norte.
Objetivos
Mapear e analisar a presença de disciplinas voltadas à reforma psiquiátrica e às políticas antimanicomiais nos cursos de Psicologia e Medicina da Região Norte, identificando como essas temáticas são abordadas no contexto da formação em saúde mental.
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa documental e exploratória, com abordagem quali-quantitativa. Foram analisados os Projetos Políticos Pedagógicos (PPCs) e ementários disponíveis nos sites institucionais de cursos públicos de Psicologia e Medicina da Região Norte. Identificou-se a presença de disciplinas que abordassem explicitamente a reforma psiquiátrica, a política de saúde mental e os princípios antimanicomiais. As disciplinas foram categorizadas por nome, carga horária, localização na matriz e abordagem teórica. Também foi feita análise de conteúdo das ementas e objetivos.
Resultados
Na Psicologia, analisaram-se 8 universidades públicas da Região Norte. Apenas 2 possuem disciplinas específicas sobre saúde mental e reforma psiquiátrica. Em 4, o tema aparece mais vinculado à Psicologia do Trabalho. Destaca-se maior presença do debate nos estágios, com 5 universidades abordando a temática em pelo menos uma ênfase. Na Medicina, entre 9 universidades públicas, 4 têm a saúde mental como campo de estágio no internato e apenas 4 trazem, de forma explícita, a reforma psiquiátrica nas disciplinas. Em todas, a psicopatologia segue centrada no modelo biomédico, com foco classificatório, revelando um predomínio da lógica diagnóstica nas abordagens de saúde mental.
Conclusões/Considerações
Embora presente em alguns cursos, o debate sobre saúde mental, reforma psiquiátrica e luta antimanicomial ainda é tímido e periférico. Há necessidade de fortalecer conteúdos críticos e sensíveis aos direitos humanos na formação em Psicologia e Medicina, especialmente na Região Norte, marcada por carência histórica de serviços. É fundamental formar profissionais capazes de avançar as políticas públicas de saúde mental no território.
VIOLÊNCIAS INSTITUCIONAIS NA FORMAÇÃO EM SAÚDE: PERCEPÇÕES DE ESTUDANTES SOBRE O PAPEL DOS DOCENTES NOS ESPAÇOS ACADÊMICOS
Pôster Eletrônico
1 COSEMS-RJ/ENSP-FIOCRUZ
2 ENSP/FIOCRUZ
Apresentação/Introdução
As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) orientam para uma formação ética, humanística e comprometida com o Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, relatos de estudantes evidenciam a presença de violências simbólicas, morais e institucionais exercidas por docentes, o que por vezes compromete a saúde mental de discentes.
Objetivos
Analisar como estudantes do último ano de cursos de graduação em saúde percebem sua formação ética, considerando suas vivências institucionais, a prática docente e os princípios orientadores das DCNs e do SUS.
Metodologia
A pesquisa qualitativa foi conduzida por meio de grupos focais com estudantes do último ano dos cursos de enfermagem, farmácia, medicina e odontologia de uma universidade pública do Rio de Janeiro. O estudo, encerrado em 2021, foi analisado e aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da ENSP/FIOCRUZ. Os relatos foram transcritos e analisados, segundo a técnica de análise temática de conteúdo.
Resultados
Foram identificadas diversas formas de violência: assédio moral e sexual, humilhações públicas, práticas punitivas, racismo, machismo e LGBTQIA+fobia. Estudantes relataram sofrimento psíquico, silenciamento, medo de retaliações e ausência de canais institucionais de escuta eficaz. A postura autoritária de docentes contradiz os princípios éticos da formação em saúde e fragiliza a autonomia discente. O currículo oculto aparece como espaço privilegiado de reprodução dessas violências.
Conclusões/Considerações
As violências institucionais naturalizadas no cotidiano universitário configuram barreiras éticas, pedagógicas e políticas à formação crítica para o SUS. Urge a implementação de políticas institucionais de enfrentamento das violências no ensino superior e a valorização de práticas pedagógicas dialógicas, sensíveis à diversidade e à dignidade dos sujeitos.
PERFIL DE EGRESSO NOS CURSOS DE SAÚDE DE UNIVERSIDADES DO NORDESTE: APROXIMAÇÕES E DISTANCIAMENTOS COM A INTERPROFISSIONALIDADE
Pôster Eletrônico
1 UFRB
Apresentação/Introdução
Os currículos dos cursos de saúde se estruturam em seus perfis de egressos preparando os graduados para os desafios do campo de trabalho. Reconhece-se a importância da Educação Interprofissional para a formação de profissionais e qualificação dos serviços de saúde. Portanto, é fundamental que os perfis do egresso contemplem competências e habilidades no que se refere a interprofissionalidade.
Objetivos
identificar as características que facilitem a interprofissionalidade na prática profissional descrita no perfil de egresso de cursos de Enfermagem, Medicina e Psicologia.
Metodologia
Este estudo documental de abordagem qualitativa faz parte do projeto de pesquisa “Colaboração Interprofissional no Estágio Curricular na Atenção Básica de Cursos de Saúde”. A coleta de dados ocorreu entre setembro de 2023 e setembro de 2024 nos sítios de Universidades Federais do Nordeste do Brasil e/ou via e-mail. Obteve-se N=21 Projetos Pedagógicos de Enfermagem, N=23 de Medicina e N=15 de Psicologia. Posteriormente, com auxílio do Microsoft Excel, uma planilha de análise foi criada com os perfis dos egressos e realizada a análise temática de Bardin (2016). Os preceitos éticos da pesquisa foram respeitados.
Resultados
10% (N=7) das universidades apresentam interprofissionalidade no perfil do egresso. Um projeto de Enfermagem caracteriza pelo “funcionamento das equipes em torno de práticas colaborativas [...]” (Doc.1). Três documentos de Medicina apontam “aptidão para o trabalho interprofissional” e a “aprender interprofissionalmente” (Doc.2), “conhecimentos [...] e aprendizagem interprofissional” (Doc.3) e “capacidade de trabalhar na perspectiva interprofissional” (Doc.4). Em três cursos de Psicologia mostram a “dimensão inter/transdisciplinar” (Doc.5), “[...] promover interfaces com outros saberes [...] nas relações interprofissionais [...]” (Doc.6) e “atuação em equipes interprofissionais” (Doc.7).
Conclusões/Considerações
As características descritas no perfil de egresso revelam uma pequena aproximação com a interprofissionalidade. No entanto, há um distanciamento de 90% das universidades quanto à interprofissionalidade no perfil do egresso. Deste modo, a interprofissionalidade identificada nos documentos é insuficiente para tensionamento e mudanças na formação de enfermeiros, médicos e psicólogos do nordeste brasileiro.
EDUCAÇÃO DIGITAL EM SAÚDE: LETRAMENTO, COMPETÊNCIAS E USO DE TECNOLOGIAS NO CONTEXTO DA ENFERMAGEM - UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Pôster Eletrônico
1 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Apresentação/Introdução
A saúde tem se reconfigurado, com isso demandas e transformações digitais, requer o uso das tecnologias de forma crítica, ética e segura. Assim, o letramento digital envolve habilidades técnicas, cognitivas e sociais para navegar e atuar de maneira analítica em ambientes digitais em saúde, e suas competências evidenciam a necessidade de inserção tanto na formação quanto na prática profissional.
Objetivos
A presente revisão integrativa teve como objetivo analisar evidências dos achados na literatura sobre letramento digital, competências digitais e o uso de ferramentas tecnológicas utilizadas por enfermeiros em diferentes contextos de atuação.
Metodologia
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura baseada no modelo PICo (População, Interesse, Contexto) a fim de garantir o rigor metodológico, definindo as questão norteadora da pesquisa, e o PRISMA para apresentação de resultados. A busca foi realizada entre os meses de maio e junho de 2025, nas bases BVS, PubMed e SciELO. Foram incluídos artigos originais publicados entre os anos de 2020 a 2025, nos idiomas português, inglês ou espanhol, com acesso aberto e relacionados à temática. Excluíram-se revisões, dissertações, teses, editoriais, resumos de eventos e duplicatas. Após triagem e leitura de 75 achados, foram selecionados 12 estudos, analisados e organizados em três eixos temáticos.
Resultados
Os estudos analisados foram organizados em três eixos temáticos. No primeiro, a identificação do conceito e os níveis de letramento e competências digitais de estudantes e profissionais de enfermagem. No segundo eixo, os instrumentos analisados demonstraram validade e utilidade para diagnóstico e planejamento formativo. No terceiro, observou-se uso limitado das tecnologias digitais na prática, devido a lacunas na formação e falta de infraestrutura e suporte institucional, Com isso torna-se evidente a relevância da necessidade de integrar essas competências à formação e à prática profissional.
Conclusões/Considerações
O letramento digital em saúde deve ser compreendido como competência transversal e estruturante nos níveis de formação e prática da enfermagem. Os achados neste estudo, apresenta a relevância do estudo reforçam a relevância da necessidade de adoção e integração de políticas institucionais e estratégias com o objetivo de preparar profissionais para os desafios digitais e garantir práticas inclusivas e equitativas.
INTERSECCIONALIDADE EM ESTUDOS SOBRE PREP PARA PREVENÇÃO AO HIV: UMA REVISÃO DE ESCOPO
Pôster Eletrônico
1 UEA
2 USP
3 UFPA
4 UEMS
5 UEPA
6 UFMS
Apresentação/Introdução
O conceito de interseccionalidade contribui com a reflexão acerca dos diferentes marcadores sociais da diferença (classe, raça, gênero, sexualidade) que se entrecruzam nas experiências pessoais e coletivas. Na prevenção em HIV/aids, em especial da PrEP, essa discussão revela dinâmicas sociopolíticas e convida à transformação de estruturas de poder que afetam de forma distintas as experiências.
Objetivos
Mapear e analisar a produção científica existente que aborda a interseccionalidade em estudos que tem como foco a PrEP como estratégia de prevenção ao HIV.
Metodologia
A pesquisa foi desenvolvida em cinco etapas: a) levantamento de publicações no banco bibliográfico construído pelo projeto PrEP América do Sul; b) Filtragem pela palavra “interseccionalidade” (em Inglês, Português e Espanhol); c) Síntese das publicações, descrevendo características da literatura (volume, temas, metodologias); d) Análise da convergência de marcadores sociais como raça, gênero, sexualidade, região, classe social e outros no acesso e utilização da PrEP; e) Identificação de lacunas na literatura analisada para futuras pesquisas.
Resultados
Foram encontrados 17 estudos sobre PrEP, pautados na interseccionalidade, focando em populações marginalizadas. Abordam o estigma interseccional, barreiras de adesão à PrEP, políticas de saúde, mídia e comunicação, e o papel da comunidade. A interseccionalidade é crucial para analisar desafios no acesso à PrEP entre HSH, mulheres negras (cis e trans) e jovens LGBTQ+. As metodologias incluem análises quantitativas e qualitativas, estudos de coorte, etnográficos e avaliações de políticas, além de uma abordagem geométrica para medir o estigma. Kimberlé Crenshaw, Patricia Hill Collins, Bowleg L. e bell hooks são os principais autores mobilizados.
Conclusões/Considerações
A interseccionalidade pode ser pensada como um conceito importante para pensar os desafios acerca da PrEP em diferentes contextos e grupos. A revisão desses estudos destaca que a intersecionalidade serve como uma lente analítica fundamental para examinar como a combinação de diferentes identidades sociais — como raça, sexualidade, gênero e classe — cria experiências únicas de estigma, discriminação e barreiras no acesso e adesão à PrEP.
BARREIRAS DE ACESSO DA POPULAÇÃO TRANSEXUAL E TRAVESTIS AOS SERVIÇOS DE SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Apresentação/Introdução
Pessoas travestis e transexuais enfrentam várias barreiras de acesso aos cuidados e serviços de saúde, dentre as quais estigma, discriminação e falta de competência para acolher e cuidar das suas necessidades específicas de saúde.
Objetivos
Identificar a produção científica acerca das barreiras de acesso de pessoas transexuais e travestis aos serviços de saúde.
Metodologia
Revisão narrativa de literatura, foram utilizados os descritores "Pessoas Transgênero", "Serviços de Saúde" e "Barreiras ao Acesso aos Cuidados de Saúde", combinados por meio do operador booleano AND. Não houve restrição temporal. Idiomas consultados foram português, inglês e espanhol. A pesquisa foi conduzida na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), abrangendo as bases de dados: LILACS, MEDLINE, BDENF Enfermagem, MINSALCHILE, Coleciona SUS e SciELO.
Resultados
A busca resultou em 23 estudos. Após a triagem, os textos completos foram avaliados para verificar a adequação aos critérios pré-estabelecidos. Permaneceram 6 artigos e uma dissertação de mestrado, compuseram esta revisão.
Dificuldades e barreiras limitam o acesso de pessoas trans aos serviços de saúde. O cenário de intensa transfobia, e a falta de conhecimento técnico sobre as necessidades de saúde são um dificultador de acesso. Uma das principais inconformidade apontadas é o desrespeito ao nome social, presente em todos os estudos analisados (Roncon et al., 2016; Costa et al., 2016; Sousa e Iriart, 2018; Monteiro e Brigeiro, 2019; Rossi et al., 2022; Menezes et al., 2024; França, 2024).
Conclusões/Considerações
A superação dessas barreiras exige ações em múltiplos níveis, desde a despatologização da transexualidade até a garantia do uso do nome social, passando pela Educação Permanente em Saúde dos profissionais e a reestruturação dos serviços de saúde para que se tornem verdadeiramente inclusivos e capazes de oferecer um cuidado integral que reconheça a diversidade.
UMA CIÊNCIA TRISTE: ESCUTANDO A EXPERIÊNCIA DO SOFRIMENTO NA PÓS-GRADUAÇÃO NO QUADRILÁTERO DA SAÚDE – USP
Pôster Eletrônico
1 USP
Apresentação/Introdução
O sofrimento coletivo dos alunos de pós-graduação é uma realidade cada vez mais visível, caracterizando uma “crise de saúde mental” no mundo acadêmico. Intensas pressões, isolamento e incertezas financeiras vem gerando angústia profunda, resultando em uma ciência produzida por pessoas tristes, enfrentando desafios emocionais intensos em meio a uma cultura competitiva e individualista.
Objetivos
Analisar registros de escutas individuais e coletivas do programa ECOS (USP) para descrever e compreender as experiências de sofrimento dos alunos da pós-graduação, identificando seus determinantes e seus impactos.
Metodologia
Foram analisados todos os registros de escutas individuais realizadas pelo programa ECOS (Escuta, Cuidado e Orientação em Saúde Mental), vinculado à USP, entre o final de 2022 e meados de 2025, com alunos de pós-graduação do campus Quadrilátero da Saúde. No total, foram 30 escutas individuais, além de duas rodas de conversa em 2025, com aproximadamente 10 participantes. A análise focou nos principais temas emergentes desses registros, buscando revelar e compreender as experiências de sofrimento vivenciadas na pós-graduação.
Resultados
As escutas evidenciam relações frágeis e, por vezes, autoritárias entre orientadores e pós-graduandos, causando conflitos e instabilidade acadêmica. A intensa pressão por produtividade, aliada às dificuldades de conciliar vida pessoal e acadêmica, em um ambiente altamente competitivo, agrava o sofrimento. A ausência de suporte coletivo e a perda de sentido no percurso geram desmotivação e dúvidas sobre o futuro. A saúde mental dos alunos é profundamente impactada por burnout, ansiedade, depressão e isolamento, intensificados pela insegurança financeira e múltiplas demandas simultâneas.
Conclusões/Considerações
Embora projetos de saúde mental sejam importantes, mudanças estruturais são essenciais para enfrentar o sofrimento na pós-graduação. É urgente repensar modelos organizativos para evitar a “ciência triste” produzida por estudantes em grave sofrimento. Ambientes justos, apoio coletivo, redução da pressão, combate à insegurança financeira e mais oportunidades profissionais garantem o bem-estar e sucesso dos estudantes.
DA UNIVERSALIDADE AO CUIDADO INTEGRAL: O PAPEL INDISPENSÁVEL DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA OS SISTEMAS DE SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal de Pernambuco - Núcleo de Ciências da Vida
2 Instituto Aggeu Magalhães Fiocruz PE
3 Universidade de Pernambuco
4 Universidade Federal de Pernambuco - Centro Acadêmico de Vitória de Santo Antão
Apresentação/Introdução
Os modelos de saúde, Beveridgiano e Bismarckiano, inspiraram sistemas universais no mundo. A partir de Alma-Ata, a Atenção Primária se consolidou como base desses sistemas, nos quais a Educação em Saúde Bucal é fundamental para a promoção da saúde e redução das desigualdades. Os modelos de saúde, por sua vez, influenciam as práticas nos serviços, direcionando a educação em saúde nos territórios.
Objetivos
Analisar como os sistemas de saúde de cinco países podem influenciar na oferta da Educação em Saúde Bucal (ESB) nestes territórios, destacando sua importância como prática intersetorial na promoção da saúde e na redução de desigualdades.
Metodologia
Este é um estudo de caráter descritivo e analítico, elaborado por meio de uma revisão narrativa de literatura. Foram selecionados artigos científicos, documentos oficiais e relatórios institucionais que abordam os sistemas de saúde do Brasil, Reino Unido, Nova Zelândia (NZ), Cuba e África do Sul (SA). A análise focou na organização dos sistemas de saúde (SS), nas estratégias de Educação em Saúde Bucal (ESB) e nas práticas intersetoriais, visando compreender como esses elementos contribuem para a promoção da saúde na atenção primária (APS) e a redução das desigualdades.
Resultados
Os SS analisados apresentam especificidades que impactam a oferta de ESB. O Brasil oferece ESB na APS, mas o setor privado predomina na oferta de SB no país, fragilizando essas ações. O Reino Unido oferta SB pública e universal, mas a partir da coparticipação de consultórios particulares, o que limita a ESB, visto que a SB não está incluída integralmente na equipe de saúde pública. Na NZ, há cobertura pública apenas para crianças e jovens, o que favorece as ESB apenas para essas faixas etárias. A SA apresenta esporádicas ações de ESB nas escolas. Cuba adota modelo comunitário garantindo a integração da SB com os demais membros da equipe, fortalecendo a ESB nos espaços sociais e domicílios.
Conclusões/Considerações
Sistemas universais são fundamentais, mas a efetividade na saúde bucal exige fortalecer ações educativas e intersetoriais. É crucial que esses sistemas também incluam a educação em saúde, como pilar essencial da sua oferta de serviços. Ao integrar programas educacionais nos sistemas de saúde, é possível promover hábitos saudáveis desde a infância, transformando a realidade epidemiológica de um determinado território.
A SUPERVISÃO DE ENFERMEIROS DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO NA ATENÇÃO BÁSICA
Pôster Eletrônico
1 USP
Apresentação/Introdução
A supervisão de estudantes de enfermagem por enfermeiros de serviço na atenção básica está prevista nas diretrizes curriculares, mas sua realização cotidiana carece de maior compreensão. Este estudo investiga como essa supervisão é praticada, considerando tensões entre trabalho assistencial e educativo, e a relevância para a formação crítica e integrada dos futuros profissionais.
Objetivos
Analisar a supervisão de estudantes em estágio curricular na atenção básica realizada por enfermeiros de serviço.
Metodologia
Estudo exploratório, de abordagem qualitativa, realizado em 14 unidades de saúde de um município paulista, campo de estágio de uma instituição pública. Foram entrevistados enfermeiros que supervisionaram estudantes do último ano de graduação em enfermagem. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas, posteriormente áudiogravadas e transcritas pelos próprios pesquisadores. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética e todos os participantes assinaram o termo de consentimento. Os dados foram analisados pelo método da análise de conteúdos temáticos, buscando compreender os significados atribuídos à prática de supervisão no cotidiano dos participantes.
Resultados
Enfermeiros reconhecem a inserção do aluno na atenção básica como um agente de mudanças e de atualizações, expressando valor e empatia no processo formativo. A supervisão ocorre por observação e acompanhamento do aluno na execução de práticas no cotidiano dos serviços. Apesar da troca mútua de conhecimentos, a supervisão é vista como prática imposta e gera sobrecarga para o enfermeiro. Na avaliação são utilizados instrumentos padronizados e feedback contínuo, mas os supervisores carecem de capacitação para alinhar as expectativas da instituição. Apesar dos desafios, destaca-se a importância da formação crítica, inserida na realidade do SUS, fortalecendo a integração universidade-serviço.
Conclusões/Considerações
A supervisão dos estágios curriculares em enfermagem é dialética pois os enfermeiros reconhecem seu papel formador mas destacam desafios estruturais, como a sobrecarga. Além disso, a troca de saberes enriquece a prática, mas exige investimentos em capacitação e articulação com a universidade para alinhar os objetivos. Desse modo, há a necessidade de políticas de apoio aos supervisores para que a formação seja colaborativa e não um ônus.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA FORMAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA: USOS, DESAFIOS ÉTICOS E POTENCIALIDADES A PARTIR DE EXPERIÊNCIA COM ESTUDANTES DA UFRGS
Pôster Eletrônico
1 UFRGS
Apresentação/Introdução
A IA está transformando a pesquisa e a saúde. Nas universidades, ela é uma ferramenta para a escrita científica, ajudando a qualificar textos e pesquisas. Porém, seu uso nos faz questionar os aspectos relacionados à integridade acadêmica. Afinal, a tecnologia é um apoio valioso, mas a sensibilidade e o olhar crítico humano continuam sendo essenciais para garantir a verdadeira qualidade e confiança.
Objetivos
Este estudo tem por objetivo identificar e analisar o uso da Inteligência Artificial na rotina acadêmica de discentes da graduação e pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Metodologia
Este estudo adota uma abordagem quali-quantitativa, por meio de um formulário estruturado no Google Forms, de forma censitária, composto por cinco seções: 1. Perfil de Identificação, 2. Uso da Internet, 3. Uso da IA, 4. Ética no uso da IA, e 5. Quem não usa IA. O formulário foi disponibilizado por meio de um link de acesso em grupos de estudantes, alcançando discentes com matrícula ativa nos cursos.
Resultados
Conforme os resultados parciais (39 formulários), o perfil é: pessoas brancas (51,3%), com 18-29 anos (34,4%), mulheres (74,4%), cisgênero (71,8%), heterossexuais (51,3%), sem deficiência (92,3%), sem dependentes (79,5%), graduandas (69,2%) e no inicio do curso (38,5%). Com relação ao uso da internet: 100% acessa em casa e pelo smartphone. Em relação ao uso da IA: 91,7% usa para questões acadêmicas, 41,7% usa com frequência, 66,7% com finalidade de pesquisa, 87,5% usa o ChatGPT, 91,7% considera que a IA pode interferir positivamente, 50% concorda plenamente que a IA ajuda a traduzir textos e que pode gerar dados falsos ou distorcer resultados em pesquisas.
Conclusões/Considerações
Os achados parciais revelam amplo uso da IA para revisão bibliográfica, escrita acadêmica e tradução. Porém, mesmo com potencialidades na otimização (tempo e aprendizagem), mostram-se preocupações éticas e com a integridade acadêmica (valores éticos e morais na disseminação do conhecimento). É necessário promover o letramento digital e discutir a IA nos processos formativos para garantir o direito ao pensamento autônomo e à produção coletiva.
A QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL COMO ESTRATÉGIA CONTRA ARBOVIROSES: EVIDÊNCIAS DA UNA-SUS (2015–2024)
Pôster Eletrônico
1 Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) BRASÍLIA
Apresentação/Introdução
Introdução: As arboviroses, como dengue, zika e chikungunya, são importantes desafios de saúde pública no Brasil, agravados por fatores ambientais e sociais. Desde 2015, a UNA-SUS oferta cursos para qualificação profissional voltados ao enfrentamento dessas doenças. Este estudo descreve o perfil dos matriculados em cursos sobre arboviroses de 2015 a 2024.
Objetivos
Objetivos: Descrever o perfil dos matriculados nessas temáticas relacionados às arboviroses dengue, chokungunya e zika no período de 2015 e 2024.
Metodologia
Metodologia: Trata-se de um estudo observacional e transversal, na qual foram coletadas informações dos 498.454 matriculados, referente a: sexo, idade, gênero, raça/cor, Federalismo (UF) brasileiro, escolaridade e profissão. Análise estatística incluiu contagem simples e identificação de alunos únicos por oferta. O estudo recebeu aprovação ética conforme parecer CEP Fiocruz 7.396.778/2025.
Resultados
Resultados:
Dos 498.454 matriculados, 48,8% são referentes à dengue, enquanto 37,3% referentes à Zika. Os cursos referentes à zika prevaleceram até 2022, imperando pós esse período os cursos referentes à dengue. Entre os matriculados 75% eram mulheres com perfil de estudantes e profissionais com ensino superior. Pretos e pardos representaram 49,92 % dos representantes, enquanto indígena com menos de 2%. O perfil evidência a relevância da educação continuada para populações diversas e vulneráveis.
Conclusões/Considerações
Conclusões:
As arboviroses, como dengue, zika e chikungunya, são importantes desafios de saúde pública no Brasil, agravados por fatores ambientais e sociais. Desde 2015, a UNA-SUS oferta cursos para qualificação profissional voltados ao enfrentamento dessas doenças. Este estudo descreve o perfil dos matriculados em cursos sobre arboviroses de 2015 a 2024.
ANALISANDO O DEBATE ÉTNICO-RACIAL NOS CURRÍCULOS DE SAÚDE EM UMA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA BAHIA
Pôster Eletrônico
1 UNEB
Apresentação/Introdução
Em 2009 a PNSIPN reconheceu o impacto do racismo na saúde. Em 2017 o Conselho Nacional de Saúde aprovou a obrigatoriedade da formação que incluísse educação das relações étnico-raciais. Contudo há ainda, grande lacuna desta temática nos currículos. A qualidade da formação em saúde precisa ser discutida em seu sentido ético-político, em relação às escolhas que pesam sobre a organização dos currículos.
Objetivos
Analisar a inserção do debate étnico-racial nos currículos dos seis cursos da saúde, no Departamento de Ciências da Vida, na Universidade do Estado da Bahia (UNEB).
Metodologia
Pesquisa descritivo-exploratória composta por análise documental dos Projetos Pedagógicos dos cursos (enfermagem, farmácia, nutrição, medicina, fonoaudiologia, fisioterapia) e entrevista com docentes. Esta pesquisa se desenvolveu em uma universidade pública que foi pioneira na adoção de políticas de ações afirmativas no Brasil. Realizamos também uma enquete com os discentes para identificar os professores que levam o debate étnico-racial para sala de aula. Foram indicados apenas 19 professores, sendo que um foi descartado por se tratar de uma das pesquisadoras. 16 professores aceitaram ser entrevistados. As entrevistas foram gravadas, transcritas e analisadas a partir da análise de conteúdo.
Resultados
Ao analisar os PPP identificamos que nos cursos de Enfermagem e Farmácia o debate só aparece no capítulo sobre cotas. Nos cursos de Nutrição e Fonoaudiologia há um componente optativo, mas que nunca foi ofertado. No curso de Fisioterapia e Medicina consta um conteúdo programático de uma única disciplina. Com relação às entrevistas docentes identificamos que: o racismo estava disfarçado de elogios; não há registros formais nos planos de ensino; quando surge o debate envolve questões de fraudes nas cotas ou centra-se nos apenas nos determinantes sociais e nas violências; mantêm-se um ensino centrado no universalismo; e a crença de que esse é um debate da militância negra.
Conclusões/Considerações
Na análise dos PPP não foi identificada a inserção do debate étnico-racial enquanto princípio organizativo/pedagógico capaz de operacionalizar o ensino na saúde. O debate na sala de aula, quando surge, aparece de maneira informal, restrita ou distorcida. O estudo mostra um precário debate para educação racial comprometendo o cuidado para a população negra na cidade que se proclama como a mais negra fora de África.
SUPERVISÃO ACADÊMICA NO PROGRAMA MAIS MÉDICOS PARA O BRASIL: REVISÃO DE LITERATURA E PROPOSTA DE INDICADORES DE DESEMPENHO PARA FORTALECER A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UnB
Apresentação/Introdução
O Programa Mais Médicos para o Brasil (PMMB) representa um avanço na formação e fixação de profissionais na Atenção Primária à Saúde (APS), especialmente em regiões vulneráveis. A supervisão acadêmica é peça-chave para garantir a integração ensino-serviço e qualificar a prática médica. Este estudo revisa a literatura sobre supervisão no PMMB e propõe indicadores para seu monitoramento e avaliação.
Objetivos
Analisar a produção científica sobre a supervisão acadêmica no PMMB e elaborar indicadores de desempenho que auxiliem na avaliação e monitoramento da supervisão para qualificar a formação médica e fortalecer a APS no SUS.
Metodologia
Realizou-se revisão rápida da literatura, de acordo com o guia prático de revisão rápida da OMS, nas bases Pubmed e Lilacs [termos: (“National Health Programs”or "National Health Program") and (“Primary Health Care” or "Primary Care") and (“Preceptorship” or "Tutoria" or "Mentorship" or "Supervision") and ("Mais Médicos" or “More Doctors Program" or "Programa Mais Médicos")], com filtros de 2010 a 2024. Critérios de inclusão: artigos que abordassem a supervisão no PMMB; exclusão: estudos fora do tema, idiomas diferentes do português, inglês ou espanhol. A análise qualitativa subsidiou a formulação de indicadores de desempenho.
Resultados
Identificaram-se 12 artigos (3 na Pubmed e 9 na Lilacs). Após a leitura de títulos e resumos, 6 artigos foram selecionados, sendo um do PubMed. Foram identificadas modalidades como supervisão presencial, virtual, híbrida e substitutiva emergencial, adaptadas a desafios regionais e estruturais. Instituições de Ensino Superior e tutores com papel central, exigindo formação pedagógica e flexibilidade didática. Entre os desafios, resistência dos supervisionados, infraestrutura precária e instabilidade política. Foram propostas melhorias como supervisão coletiva e educação permanente, assim como indicadores para avaliar frequência, qualidade, satisfação dos médicos e impacto da supervisão.
Conclusões/Considerações
A supervisão acadêmica no PMMB integra ensino e serviço, qualifica a formação médica e fortalece o SUS. A ausência de instrumentos avaliativos compromete sua consolidação. A proposta de indicadores representa avanço para monitorar e aprimorar o processo, considerando especificidades regionais e pedagógicas. Seu uso pode ampliar a efetividade formativa e o impacto da política nos territórios, reforçando o PMMB como política pública sustentável.
CUIDADO E A FORMAÇÃO EM SAÚDE: PACTUAÇÃO DE CENÁRIOS DE PRÁTICA E INSERÇÃO DE RESIDENTES DURANTE UMA EMERGÊNCIA SANITÁRIA DE SAÚDE PÚBLICA.
Pôster Eletrônico
1 UFRN
Apresentação/Introdução
A emergência sanitária da COVID-19 impôs desafios à formação em saúde, exigindo reconfigurações nos cenários de prática em João Pessoa - PB. As residências reorganizaram sua inserção nos serviços, contribuindo nas ações emergenciais sem perder o foco formativo. Apesar da suspensão de estágios, a presença de residentes foi mantida, possibilitando vivências potentes de integração ensino-serviço.
Objetivos
Analisar como ocorreu pactuação dos cenários de prática e inserção dos residentes nos serviços de saúde da Rede Escola da Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa, no contexto de uma emergência sanitária de saúde pública.
Metodologia
Trata-se de um estudo qualitativo, de caráter exploratório, realizado em serviços de saúde de João Pessoa-PB com enfretamento a COVID-19, no ano de 2020. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com gestores e profissionais e grupos focais com residentes de residências médica e multiprofissional de saúde da família e comunidade. As entrevistas e grupo focal foram gravados, transcritos e analisadas por meio da análise temática, permitindo a identificação de categorias relacionadas à pactuação dos cenários de prática e à inserção dos residentes. O estudo foi aprovado por Comitê de Ética e Pesquisa HUOL/UFRN, por meio do Parecer consubstanciado Nº 4.247.072/2020.
Resultados
A pactuação dos cenários de prática foi marcada por negociações e reconfigurações cotidianas, dado os desafios formativos e as demandas assistenciais emergenciais. Os residentes relataram sentimentos ambíguos, entre desejo de contribuir com o SUS e medo da exposição. Os Gestores tiveram papel decisivo na definição dos fluxos e garantias para inserção. Os tutores atuaram como mediadores institucionais e emocionais, já os profissionais de saúde, foram imprescindíveis para o acompanhamento dos residentes e a consolidação da integração ensino-serviço. As estratégias adotadas revelaram a importância do diálogo interinstitucional e da escuta das necessidades formativas e assistenciais.
Conclusões/Considerações
A pactuação dos cenários de prática mostrou-se fundamental para fortalecer a integração ensino-serviço na pandemia, exigindo atenção às demandas de aprendizagem, às necessidades emergenciais, evidenciando as adversidades enfrentadas com reorganização dos serviços. Mesmo com pactuações rápidas e inserções em tempos distintos, observou-se construção coletiva, reestruturação dos processos de trabalho e integração entre formação e cuidado.
TUTORIA CLÍNICA NO PROGRAMA MÉDICOS PELO BRASIL: ANÁLISE NORMATIVA, EVOLUÇÃO HISTÓRICA E PERSPECTIVAS PARA A FORMAÇÃO MÉDICA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UnB
Apresentação/Introdução
O Programa Médicos pelo Brasil (PMpB), criado em 2019, visava ampliar o provimento e qualificar médicos na Atenção Primária à Saúde (APS), especialmente em áreas de difícil acesso. A tutoria clínica constitui um eixo central dessa estratégia, regulamentada por um conjunto de normas e dispositivos institucionais. Este trabalho analisou a evolução, a estrutura e lacunas da tutoria no âmbito do PMpB.
Objetivos
Analisar o processo de trabalho da tutoria clínica no PMpB por meio do mapeamento e análise dos documentos normativos (2019-2023), descrevendo sua evolução, estrutura e instrumentos pedagógicos no contexto da APS.
Metodologia
Foi realizada uma análise documental qualitativa com base em documentos oficiais publicados até maio de 2025. A busca ocorreu nas plataformas do Ministério da Saúde, Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde, Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde e gov.br/legislação. Foram incluídas portarias, notas técnicas, manuais, relatórios e diretrizes que tratam da tutoria no PMpB. Os documentos foram organizados em planilha e analisados a partir de quatro eixos: (1) perfil e funções do tutor; (2) abordagem pedagógica; (3) tipos de tutoria; (4) suporte institucional.
Resultados
Foram analisados 13 documentos normativos, dentre os 87 identificados. Verificou-se uma progressiva consolidação da tutoria como componente estruturante da formação médica em serviço, com definição de atribuições, uso de instrumentos pedagógicos (como Mini-CEX e PDPP) e previsão de suporte institucional e financeiro. Observou-se também incorporação de conceitos como corresponsabilidade e educação permanente. Evidenciou-se lacunas: ausência de diretrizes para avaliação dos tutores, falta de padronização na articulação com educação permanente, escassa normatização do monitoramento do efeito na APS. Essas fragilidades indicam aspectos ainda em desenvolvimento no marco regulatório do programa.
Conclusões/Considerações
As normativas evoluíram de definições institucionais genéricas para modelos mais integradores, que valorizam a prática clínica reflexiva e a construção compartilhada de saberes. No entanto, persistem lacunas importantes. Superar esses desafios é fundamental para consolidar a tutoria como política estratégica de qualificação da atenção e da formação médica.
AUTOPERCEPÇÃO DE ESTUDANTES DA ÁREA DA SAÚDE DE DIFERENTES REGIÕES BRASILEIRAS ACERCA DE SUAS COMPETÊNCIAS EM SEGURANÇA DO PACIENTE
Pôster Eletrônico
1 UFRJ/ENSP-Fiocruz
2 ENSP-Fiocruz
3 ENSP-FiocrUZ
Apresentação/Introdução
O Programa Nacional de Segurança do Paciente estabeleceu a necessidade de inclusão da segurança do paciente nos currículos dos cursos de formação em saúde. Evidências atuais sugerem que esta formação seja baseada em competências específicas em segurança do paciente. No Brasil, a existência de lacunas sobre esse ensino suscita a urgência de pesquisas para melhor mapeamento dessa problemática.
Objetivos
Identificar as percepções de estudantes de graduação em enfermagem, farmácia e medicina de universidades federais das cinco regiões do país acerca das suas competências em segurança do paciente.
Metodologia
Estudo transversal baseado em amostra não-probabilística de população de 2.780 estudantes do ensino superior de enfermagem, farmácia e medicina, de 15 universidades públicas federais, das cinco regiões do país. Dados coletados entre agosto de 2023 a julho de 2024, de modo online e presencial, através de questionário autoaplicável, Health Professional Education Patient Safety Survey, em versão adaptada e validada para uso no Brasil. A versão inclui 20 itens mensurando a percepção sobre possuir atitudes, habilidades e conhecimentos em segurança do paciente, por meio de uma escala do tipo Likert, entre 1 (discordo totalmente) e 5 (concordo totalmente). Aprovado pelo CEP (CAAE59578022200005240).
Resultados
Aceitaram participar do estudo 368 estudantes, uma taxa de resposta de aproximadamente 13,2%. Os participantes eram predominantemente mulheres cis (72,5%), cursando enfermagem (42,6%) e residindo no Sudeste (34,5%). Os estudantes registraram concordâncias maiores acerca de competências em aspectos clínico-assistenciais, como, higienização das mãos (78,2%), práticas seguras de medicamentos (64,9%), e controle de infecções (55,3%); e, comparativamente, menores para o trabalho em equipe, em itens como gerenciamento de conflitos (31,8%). Observou-se elevada preocupação entre os estudantes com a possibilidade de medidas disciplinares após relatarem um erro ou evento adverso e com a hierarquia.
Conclusões/Considerações
Os resultados encontrados a partir de uma amostra diversificada em termos da formação profissional e regional, possibilitam um diagnóstico preliminar sobre a percepção dos estudantes da área da saúde acerca da sua aprendizagem em segurança do paciente. Acredita-se que esses resultados podem sauxiliar instituições de ensino na reformulação de estratégias para formação desses profissionais, a fim de promover um cuidado seguro e de qualidade.
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE EM FERRAMENTAS DE GESTÃO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE PARA APOIAR A ATUAÇÃO DE BACHARÉIS EM SAÚDE COLETIVA
Pôster Eletrônico
1 Escola técnica Estadual de Educação Profissional e Tecnológica de Cuiabá
2 Instituto de Saúde Coletiva / Universidade Federal de Mato Grosso
3 Hospital Universitário Júlio Muller / Universidade Federal de Mato Grosso
Apresentação/Introdução
Apesar da base sólida e consistente dos Cursos de Graduação em Saúde Coletiva no Brasil e regulamentação da profissão de sanitaristas (1), observa-se que a continuidade do processo formativo em ações de Educação Permanente em Saúde (EPS) são fundamentais para apoiar estes profissionais na problematização do mundo do trabalho e propostas de solução para problemas vivenciados nesse contexto.
Objetivos
Mapear ações de EPS específicas para Bacharéis em Saúde Coletiva, em plataformas educacionais estatais vinculadas ao governo federal brasileiro, no ano de 2025, e analisar os conteúdos programáticos à luz da Lei n.º 14725/2023.
Metodologia
Trata-se de um estudo descritivo, de natureza quantitativa. Foi realizado levantamento nos sites oficiais das plataformas: Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), Campus Virtual de Saúde Pública da Organização Panamericana de Saúde (CVSP/OPAS) e Campus Virtual Fiocruz. Verificou-se a lista de cursos abertos, observando na identificação do público-alvo o registro “Sanitarista” ou “Bacharel em Saúde Coletiva”, de “Gestores do SUS”, “Trabalhadores do SUS” e demais categorias profissionais. A coleta de dados foi realizada em maio de 2025 e a análise foi descritiva.
Resultados
A pesquisa realizada nas plataformas UNA-SUS, CVSP/OPAS e Fiocruz revelou a oferta de um total de 257 cursos voltados principalmente para trabalhadores e gestores do Sistema Único de Saúde (SUS), além da população em geral. Dos 102 cursos da UNA-SUS, 39 são destinados especificamente a gestores e 63 a trabalhadores da saúde. Na CVSP/OPAS, todos os 55 cursos disponíveis têm foco em trabalhadores e gestores. A Fiocruz, com seus 100 cursos, também se concentra exclusivamente nesse público. Notavelmente, nenhuma das plataformas oferece cursos direcionados a bacharéis em Saúde Coletiva ou sanitaristas, evidenciando uma lacuna na formação continuada para essa categoria profissional específica.
Conclusões/Considerações
Apesar das plataformas ofertarem cursos voltados aos gestores e trabalhadores de saúde de uma forma geral, observou-se que nenhuma destas ofertaram cursos específicos para apoiar a prática de Bacharéis em Saúde Coletiva e/ou Sanitaristas, apesar de ofertarem cursos específicos para outras categorias profissionais. A EPS deve apoiar a sedimentação do caminho dos atuais Sanitaristas inseridos no SUS, atuando principalmente nos processos de gestão.
O CURSO "EMULTI EM FORMAÇÃO" COMO DISPOSITIVO DE APOIO À REORGANIZAÇÃO DO TRABALHO E DE QUALIFICAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAUDE
Pôster Eletrônico
1 ENSP/FIOCRUZ
Apresentação/Introdução
O envelhecimento da população e o recrudescimento das desigualdades sociais provocadas por políticas de austeridade engendraram o aumento da carga de doenças e agravos, tensionando a capacidade do SUS. Frente ao atual quadro, o Ministério da Saúde publicou a port. no 635/2023, que cria a equipe multiprofissional na APS (eMulti) em atualização ao Núcleo de Apoio à Saúde da Família.
Objetivos
O estudo visa refletir sobre o curso EaD “eMulti em formação”, estratégia de qualificação profissional ofertada pela Fiocruz/ENSP em apoio às práticas da eMulti. Quais as potencialidades e limites desse dispositivo na implementação de uma política?
Metodologia
Buscou-se analisar qualitativamente 3 chamadas públicas de seleção do curso e 3 cadernos de apoio aos alunos, articulando-os com normativas da eMulti - port. no 635/2023 e Nota Técnica no 10/2023. Após a leitura, organizou-se as informações de destaque em 2 categorias de análise - metodologia de ensino e ofertas teóricas – que serviram de subsídio para a elaboração de textos interpretativos. O curso “eMulti em formação” tem como objetivo apoiar a reorganização do trabalho e a qualificação da APS por meio da oferta de 6 mil vagas para todo os municípios brasileiros, voltadas prioritariamente aos profissionais destas equipes, em 2 períodos de 2025.
Resultados
A formação está organizada na modalidade EaD com total de 120 h., divididas em 80 h. de encontros síncronos semanais e 40 h. de atividades de dispersão. Cada turma é apoiada por 2 Docentes de Aprendizagem formados pela ENSP em 2024 para atuar com a metodologia Balint-Paideia, modalidade de discussão de casos clínicos-institucionais e de saúde coletiva. As ofertas teóricas são organizadas em 3 módulos que discutem a gestão do trabalho referenciada pelo apoio matricial, os problemas de saúde prioritários e os dispositivos de cuidado da eMulti. A oferta inicial, realizada no 1o semestre de 2025, e contou com cerca de 2700 profissionais matriculados.
Conclusões/Considerações
Normativas, per si, não garantem as mudanças almejadas. Assim, no processo de implementação é importante oferecer educação permanente, que não deve ser tomada de forma isolada já que existem outros fatores intervenientes, como o contexto em que vai ser operada. Tomar a experiência como objeto de reflexão e análise pode potencializar transformações nas práticas de saúde, sobretudo quando busca-se superar antigos desafios, como é o caso da eMulti.
LETRAMENTO EM SAÚDE NO SUS: ESTRATÉGIAS EDUCATIVAS PARA A PROMOÇÃO DO AUTOCUIDADO EM DOENÇAS CRÔNICAS
Pôster Eletrônico
1 XI GERES-PE
2 UNIFIS
Apresentação/Introdução
O letramento em saúde é essencial para o empoderamento dos usuários do SUS, especialmente no enfrentamento das doenças crônicas. Estratégias educativas dialógicas fortalecem a autonomia, favorecendo o autocuidado e a corresponsabilização do sujeito na gestão da própria saúde.
Objetivos
Analisar estratégias de educação em saúde que promovam o letramento em usuários com doenças crônicas no SUS, identificando práticas exitosas que fortalecem o autocuidado e a adesão terapêutica.
Metodologia
Trata-se de um relato de pesquisa com abordagem qualitativa e revisão integrativa da literatura. Foram selecionados 10 artigos científicos publicados entre 2020 e 2024 nas seguintes bases de dados: BVS, LILACS e SciELO. A análise foi guiada pela metodologia de interpretação crítica, dialogando com as categorias: letramento funcional, educação popular em saúde e formação no SUS. A triangulação de dados incluiu estudos empíricos, relatos de experiência e documentos institucionais que discutem ações educativas voltadas para doenças como diabetes, hipertensão e doença renal crônica.
Resultados
As práticas educativas mais efetivas incluíram rodas de conversa, oficinas de saboaria, ações no território, tecnologias educativas e metodologias ativas. Observou-se que usuários com baixo grau de escolaridade apresentavam maiores dificuldades de compreensão, mas demonstravam melhora após ações de letramento. A atuação de profissionais formados em residências multiprofissionais contribuiu para fortalecer a integralidade do cuidado. A articulação entre ensino, serviço e comunidade foi destacada como central na ampliação da autonomia dos sujeitos.
Conclusões/Considerações
O letramento em saúde é uma ferramenta estratégica para o fortalecimento do SUS. A educação em saúde, quando centrada na escuta ativa e no diálogo, favorece o autocuidado e reduz desigualdades. Recomenda-se sua incorporação sistemática nas práticas dos serviços e na formação em saúde.
A ENFERMAGEM DE FAMÍLIA E COMUNIDADE (EFC) DO FUTURO: ONDE QUEREMOS CHEGAR NA FORMAÇÃO DA ESPECIALIDADE?
Pôster Eletrônico
1 Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, São Paulo, Brasil
2 Associação Brasileira de Enfermagem de Família e Comunidade (ABEFACO), Rio de Janeiro, Brasil
3 Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), Fiocruz, Rio de Janeiro, Brasil
4 Alfredo Pinto Nursing School, Federal University of the State of Rio de Janeiro (UNIRIO), Rio de Janeiro, Brazil
5 Secretaria Municipal de Saúde do Distrito Federal, Brasília, Brasil
6 Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), Brasília, Brasil
7 Associação Umane, São Paulo, Brasil
Apresentação/Introdução
A participação da enfermagem na APS impulsionou a construção de caminhos para o fortalecimento da EFC. Sua formação adequada à APS, somada à mobilização social, técnica e científica a tornou uma especialidade reconhecida legalmente. Para solidificar ainda mais a EFC, um currículo baseado em competências poderá apoiar processos formativos e delinear melhor o escopo de atuação da especialidade.
Objetivos
Descrever o processo metodológico para o delineamento do I currículo baseado em competências da EFC e a construção dos compromissos, objetivos e da visão de futuro da especialidade no contexto brasileiro.
Metodologia
A pesquisa metodológica quali-quantitativa incluiu 64 enfermeiras/os de Família e Comunidade das cinco regiões brasileiras. A etapa 1 envolveu a elaboração de um Painel Unificado sobre as atividades da enfermagem de Família e Comunidade, sistematizado a partir da revisão detalhada de documentos orientadores das práticas na APS e das Políticas Públicas. Na etapa 2, uma oficina com as participantes da pesquisa verificou as atividades do Painel Unificado e construiu coletiva e participativamente os compromissos, objetivos e visão de futuro da especialidade. A concepção teórica metodológica de competência foi baseada no construtivismo. A pesquisa foi aprovada pelo Sistema CEP-CONEP.
Resultados
A rede sociotécnica da pesquisa, constituída por uma diversidade de campos de atuação - assistência, gestão, formação em saúde, ensino e pesquisa científica- , trouxe o foco da discussão e produção centrada na pessoa, na família, na comunidade e sua integração com os ambientes, a sociedade e o contexto sócio-político local e nacional. O compromisso, visão de futuro e objetivos da EFC associaram-se à defesa da vida, da democracia, da saúde pública ancorada nos princípios do SUS e atributos da APS. Ficou evidente que a EFC busca responder às necessidades sócio-históricas, diversidade de modos de vida e contexto socioeconômico, político, cultural e ambiental no processo saúde-doença-cuidado.
Conclusões/Considerações
O currículo baseado em competências emerge da necessidade de demarcar o escopo de atuação da especialidade em EFC no contexto nacional do SUS. A partir do trabalho que valoriza práticas culturais e sociais, do reconhecimento da complexidade da APS, da potencialidade da enfermagem e da valorização de saberes, o documento orientador produzido incorpora as características de um país com dimensões continentais e diversidade ímpar na prática da EFC.
ANÁLISE DAS VAGAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA NA BAHIA NA CONDUÇÃO DOS PROCESSOS SELETIVOS DE RESIDÊNCIAS MÉDICA VIA ENARE.
Pôster Eletrônico
1 ISC/UFBA
2 ESPBA/SESAB
3 SESAB/SUPERH
Apresentação/Introdução
A Residência Médica é uma especialização para médicos, caracterizada por treinamento em serviços. No ano de 2025, a Secretaria da Saúde do estado da Bahia (SESAB) aderiu ao Exame Nacional de Residências (Enare), um processo seletivo unificado, de abrangência nacional, instituído pela Portaria MEC nº 329/2025, voltado à seleção de médicos.
Objetivos
Analisar a distribuição de vagas de Residência Médica na Bahia no âmbito da SESAB, com base no processo seletivo realizado via ENARE em 2025.
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa documental, com abordagem quantitativa e descritiva, desenvolvida pela Superintendência de Recursos Humanos da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia. A fonte de dados utilizada foi o conjunto de Termos de Adesão ao Exame Nacional de Residência (Enare 2025), enviados pelas Comissões de Residência Médica (Coremes) das instituições baianas. Os termos continham informações sobre a oferta de vagas, especialidades e instituições participantes. Ao todo, foram analisados 26 documentos. A análise concentrou-se na caracterização das vagas, distribuição regional, tipos de especialidades e número de vagas ofertadas pelas instituições.
Resultados
Na Bahia, 100% (26) das unidades vinculadas à rede SESAB que ofertam Programas de Residência Médica aderiram ao ENARE. Desse total, 58% (15) estão localizadas na capital e 42% (11) no interior do estado. As vagas ofertadas foram distribuídas entre 112 Programas de Residência, abrangendo 37 especialidades médicas distintas. Dentre essas, destacam-se: Clínica Médica: 99 vagas (18,8%), Medicina de Família e Comunidade: 60 vagas (11,4%), Cirurgia Geral: 51 vagas (9,7%), Ortopedia e Traumatologia: 44 vagas (9,1%) e Pediatria: 40 vagas (8,7%). Ao todo, foram 304 vagas ofertadas pelos Programas da rede SESAB, representando 57,7% do total de vagas destinadas ao ENARE no estado.
Conclusões/Considerações
A pesquisa evidenciou a importância da atuação ativa do estado da Bahia em promover a adesão das unidades ao Enare. Os dados apresentados demonstram o fortalecimento da oferta de vagas no interior, o que pode estar associado à Política de Regionalização. Das 55 especialidades reconhecidas no Brasil, 37 (67%) são foco de programas na Bahia. Percebeu-se padrão de concentração de Programas de Residência Médica em especialidades especificas.
ANÁLISE DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE À LUZ DO CICLO DE POLÍTICAS PÚBLICAS
Pôster Eletrônico
1 Escola de Governo Fiocruz Brasília
Apresentação/Introdução
A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS), instituída em 2004, é estratégica para qualificar os trabalhadores do SUS. Este estudo analisa sua trajetória à luz do modelo do ciclo de políticas públicas, destacando os avanços, os desafios de implementação e os limites da avaliação, considerando o contexto federativo e institucional.
Objetivos
Analisar a trajetória da PNEPS com base no modelo do ciclo de políticas públicas, identificando os principais atores, estratégias e etapas envolvidas na formulação, implementação e avaliação da política no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS).
Metodologia
Trata-se de uma análise baseada em revisão documental e bibliográfica, utilizando o modelo teórico do Policy Cycle como referencial. A investigação foi estruturada nas etapas de construção da agenda, formulação, decisão, implementação e avaliação. Foram consultadas portarias ministeriais, relatórios técnicos e literatura científica publicada entre 2007 e 2025. A abordagem permitiu identificar fluxos decisórios, atores envolvidos e desafios na efetivação da política, com ênfase na articulação federativa e na consolidação da cultura da educação permanente nos serviços de saúde.
Resultados
A análise da PNEPS à luz do Policy Cycle revelou avanços e desafios. A educação permanente foi incorporada à agenda como resposta à formação inadequada frente às demandas do SUS. A formulação, liderada pela SGTES/MS, destacou a integração ensino-serviço e o trabalho como espaço educativo. A decisão foi formalizada por portarias e legitimada por diversos atores. A implementação contou com estruturas e financiamento, mas enfrentou desigualdades regionais e fragilidades nos PEEPS. A avaliação apontou avanços na qualificação, mas também lacunas no planejamento e no monitoramento federal, comprometendo sua efetividade.
Conclusões/Considerações
A PNEPS representa um marco na qualificação dos trabalhadores do SUS, mas sua efetividade depende de maior articulação federativa, planejamento participativo e monitoramento contínuo. O modelo do Policy Cycle mostrou-se eficaz para identificar fragilidades e potencialidades da política, contribuindo para seu aprimoramento e para o fortalecimento da educação permanente como estratégia de gestão e cuidado em saúde.
USOS TERAPÊUTICOS DA CANNABIS: CONHECIMENTOS E ATITUDES DE ESTUDANTES DE SAÚDE BRASILEIROS
Pôster Eletrônico
1 UNESP
Apresentação/Introdução
Os usos terapêuticos da Cannabis são conhecidos desde 2700 a.C, e, ao menos desde o século XIX, suas propriedades farmacológicas são investigadas com estudos farmacêuticos pré-clínicos e clínicos. Entretanto, a política de proibição implementada a partir de meados do século XX, restringiu a pesquisa, os usos terapêuticos e o ensino do tema, criando lacunas de conhecimento no campo da saúde.
Objetivos
Analisar conhecimentos e atitudes de estudantes de saúde sobre os usos terapêuticos da cannabis e políticas públicas relacionadas ao tema, considerando as dimensões de experiências pessoais, ensino, conhecimento técnico e atitudes políticas.
Metodologia
Realizou-se estudo quantitativo, observacional, transversal e analítico. A população de participantes foi constituída por estudantes da graduação médica de uma universidade pública brasileira, maiores de 18 anos, regularmente matriculados no curso e concordantes com o termo de anuência. A coleta de dados foi realizada com disponibilização on-line de questionário composto pelas seguintes seções: caracterização sociodemográfica; experiências prévias relativas ao uso terapêutico e adulto da cannabis; conhecimento sobre indicações, riscos e formas de acesso ao uso terapêutico; atitudes relativas à regulamentação do uso terapêutico; atitudes relativas a reformas em políticas de drogas.
Resultados
Os resultados evidenciam lacuna de conhecimentos sobre usos terapêuticos da cannabis, com a maioria dos estudantes se percebendo pouco informados sobre o tema, com baixo acesso ao conteúdo na graduação, não conhecendo prescritores e tendo pouco conhecimento sobre as formas de acesso. Isso se traduz em uma atitude majoritariamente hesitante em relação à consideração do uso desta ferramenta terapêutica e orientação de pacientes. Objeções de ordem moral não parecem ser o maior obstáculo à incorporação dessa terapêutica, tendo sido observado um posicionamento majoritariamente favorável à descriminalização do porte para uso pessoal e disponibilização de produtos à base de cannabis pelo SUS.
Conclusões/Considerações
A análise dos dados sugere que a ausência de conhecimento sobre os usos terapêuticos da cannabis e sua baixa presença no ambiente de ensino podem configurar barreiras de acesso ao tratamento. Considerando as mais de 650 mil pessoas em tratamento no Brasil e a tendência de crescimento dos usuários terapêuticos, a incorporação do tema ao ensino em saúde é imprescindível para a qualificação da assistência e superação de barreiras de acesso.
DESIGUALDADE NA FORMAÇÃO E FORÇA DE TRABALHO EM FONOAUDIOLOGIA E TERAPIA OCUPACIONAL: DESAFIOS E ESTRATÉGIAS PARA O SUS
Pôster Eletrônico
1 MS
Apresentação/Introdução
A qualificação e a distribuição da força de trabalho impactam o acesso às Redes de Atenção no SUS. A baixa disponibilidade e a distribuição desigual de profissionais, somadas às dificuldades de fixação nos serviços públicos, geram vazios assistenciais que comprometem a oferta de cuidados, especialmente diante da crescente demanda por serviços de reabilitação em saúde.
Objetivos
Analisar a formação e a força de trabalho da fonoaudiologia e da terapia ocupacional no Brasil, com ênfase na distribuição regional e inserção no Sistema Único de Saúde (SUS).
Metodologia
Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, possuindo como método a análise documental de dados coletados entre 2024 e 2025 nas bases da plataforma e-MEC/MEC, CENITS/MS, CNES e Conselhos Profissionais. As informações foram organizadas por unidade da federação e regiões, e sistematizadas em um barema com 10 indicadores, incluindo a expansão das Redes de Atenção em Saúde.
Resultados
Na fonoaudiologia, dos 187 cursos de graduação ativos, apenas 26 (16,5%) são ofertados em Instituições Ensino Superior (IES) públicas, com destaque ao estado de São Paulo (06 cursos). Em 11 estados, não há oferta pública do curso de fonoaudiologia. Quanto a força de trabalho, dos 31.447 fonoaudiólogos ativos, 58% atuam no SUS. Na terapia ocupacional, há 164 cursos ativos de graduação, sendo 24 (20,5%) em IES públicas, concentrados no sudeste (45,5%), especialmente em São Paulo (04) e Minas Gerais (02). No Norte e Centro-Oeste apenas o Pará (02) e o Distrito Federal (01) contam com cursos públicos. Dos 13.831 terapeutas ocupacionais, 62,56% atuam no SUS.
Conclusões/Considerações
Os resultados evidenciam as desigualdades regionais na disponibilidade de cursos de graduação em IES públicas assim como na distribuição territorial profissional destas categorias, com concentração no Sul e Sudeste e escassez nas demais regiões, o que impacta diretamente na equidade e no acesso aos cuidados em saúde, especialmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
ENSINO E APRENDIZAGEM DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS EM ESCOLAS MÉDICAS MINEIRAS: UMA ANÁLISE DOCUMENTAL DE PROJETOS PEDAGÓGICOS
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal de Juiz de Fora
Apresentação/Introdução
As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) da Graduação em Medicina, preconizam a compreensão e abordagem dos determinantes socioculturais do processo saúde-doença. Nesse cenário, as disciplinas de ciências humanas e sociais, entendidas como disciplinas não clínicas que incluem literatura, filosofia, psicologia, antropologia, história e/ou sociologia, corroboram para a efetivação das DCNs.
Objetivos
Empreender uma investigação qualitativa para compreender como estão representadas as ciências humanas e sociais nos projetos pedagógicos dos cursos de medicina de escolas médicas de Minas Gerais, e seus significados para esta formação profissional.
Metodologia
Trata-se de um estudo qualitativo, orientado pelos princípios da descrição interpretativa de Sally Thorne. Foi realizada análise documental baseada na abordagem temática reflexiva de Braun e Clarke. Os documentos dos projetos pedagógicos de curso das escolas médicas mineiras foram baixados via site institucional ou contato com a coordenação de curso, tendo sido levantados 29 PPCs, entre 50 escolas médicas mineiras. Cada PPC teve suas unidades de sentido codificadas em palavras ou expressões que foram emergindo ao longo da leitura dos documentos. Os códigos foram agrupados em quinze categorias, sintetizadas em 3 temas principais transversais aos PPCs analisados.
Resultados
A análise documental resultou em três temas transversais, sendo eles: o “eixo humanístico”, que aborda a integração de conhecimentos, habilidades e atitudes das ciências básicas e clínicas com as ciências humanas, os direitos humanos e as relações étnico-raciais; os “determinantes sociais em saúde”, evidenciando a necessidade de se conhecer as desigualdades sociais em saúde, seus determinantes e suas implicações no processo saúde-adoecimento-cuidado; e o “papel social do médico como agente de mudança social”, visto pela perspectiva da responsabilidade social e da defesa da cidadania como promotores da saúde integral.
Conclusões/Considerações
Os temas identificados apontam para a assimilação de conceitos teóricos e qualificações de um perfil profissional "humano" e "socialmente engajado" amplamente genéricos, idealizados, sem diálogo com referências próprias das ciências humanas e sociais, e com escassa descrição de como podem ser ensinados/aprendidos ao longo dos seis anos de formação médica.
RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL E PRÁTICAS COLABORATIVAS: PERSPECTIVAS DO TRABALHO E DA FORMAÇÃO DO CIRURGIÃO-DENTISTA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE.
Pôster Eletrônico
1 USP
Apresentação/Introdução
A formação em residência multiprofissional é estratégica para fomentar práticas colaborativas na atuação do cirurgião-dentista, superando o modelo de trabalho isolado. Este estudo analisa como se dão essas práticas no contexto formativo da residência e na Atenção Primária à Saúde (APS), essenciais para qualificar o cuidado integral no Sistema Único de Saúde (SUS).
Objetivos
Analisar como se configuram as práticas colaborativas interprofissionais no trabalho e formação do cirurgião-dentista residente, a partir de sua interação com a equipe na APS.
Metodologia
Pesquisa em andamento, de abordagem qualitativa, exploratório-descritiva, desenvolvida em quatro serviços de saúde vinculados a um Programa de Residência Multiprofissional em Saúde que prevê 60% da carga horária na APS. Os participantes são cinco residentes da Odontologia no 1º e 2º ano de residência (R1 e R2). Os dados estão sendo produzidos por meio de observação participante do cotidiano de trabalho dos residentes na APS e entrevistas semiestruturadas. A análise de dados emprega o Método de Interpretação de Sentidos. O projeto foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa, CAAE nº 83606924.4.0000.5393.
Resultados
Os resultados parciais revelam tensões na construção das práticas colaborativas. Há potencialidades nas trocas de saberes em discussões de caso e ações coletivas. Por outro lado, surgem fragilidades: (1) percepção de exclusão da Odontologia, por vezes não integrada ao cuidado compartilhado; (2) barreiras estruturais, como a fragmentação da grade horária que impede a presença contínua no serviço; e (3) o desconhecimento mútuo dos papéis profissionais, que dificulta a identificação de oportunidades para a colaboração e leva os residentes a um sentimento de desvalorização e a uma luta constante por legitimidade e espaço na equipe.
Conclusões/Considerações
Conclui-se que a residência é um espaço potente, mas contraditório. Apesar da premissa de valorização do trabalho em equipe, existem barreiras estruturais e culturais que limitam a colaboração da Odontologia. Os achados apontam para a necessidade de articular estratégias pedagógicas e de gestão que, pautadas na interprofissionalidade, busquem superar as barreiras e efetivar a colaboração.
TUTORIA MÉDICA COMO ESTRATÉGIA DE PROVIMENTO E FORMAÇÃO PARA O SUS: ANÁLISE DE PERFIL E ATUAÇÃO DE TUTORES(AS) DA AGSUS EM 2025
Pôster Eletrônico
1 AgSUS
Apresentação/Introdução
O Eixo Estratégico do Programa Mais Médicos (PMM) é composto por Tutores com formação em medicina de família e comunidade (MFC), que exercem função de preceptoria em residências e graduações. Em 2025, a AgSUS realizou uma pesquisa para compreender os perfis e práticas dos tutores. A Tutoria em territórios estratégicos reafirma a importância da integração ensino-serviço para fortalecimento do SUS.
Objetivos
Analisar perfil, distribuição e práticas de Tutores; identificar desafios e potencialidades na preceptoria; subsidiar estratégias institucionais para qualificação, reconhecimento e valorização da tutoria médica como eixo da formação no SUS.
Metodologia
Foi aplicado um questionário virtual com os 415 tutores da AgSUS, que obteve 352 respostas (84,8%). A pesquisa investigou os perfis dos profissionais, a formação para atividades de ensino, suas experiências com preceptoria, saúde indígena, matriciamento e docência, os modelos de preceptoria exercidos e tipos de vínculo com instituições formadoras. Os dados foram analisados quantitativamente e relacionados às localidades onde há cursos de Medicina e programas de residência em MFC, com foco em identificar lacunas e potencialidades de apoio dos Tutores junto a cursos de graduação e programas de residência públicos, como apoio à formação médica em territórios prioritários.
Resultados
A maioria dos tutores é especialista em MFC (há 25 tutores com formação em Clínica Médica). 77,5% possui especialização em preceptoria, mas apenas 41,1% já exerce atividades de preceptoria com graduação ou programas de residência em MFC (PRMFC). 51 tutores são também supervisores do PMM e 45 são docentes. Relacionando os dados da pesquisa com as localidades com PRMFC e cursos de medicina, encontramos que há 62 municípios com Programas e 67 municípios com cursos sem tutores. Somente 36,8% dos tutores estão lotados em municípios com PRMFC, o que demonstra que há lacunas importantes na distribuição de tutores e de instituições formadoras.
Conclusões/Considerações
O Eixo Estratégico do PMM fortalece a integração ensino-serviço e a formação para o SUS, e reforça o compromisso do Ministério da Saúde com a equidade e a qualificação dos serviços de saúde. A pesquisa demonstrou que deve haver mobilidade de tutores para atender as necessidades formativas e é urgente institucionalizar as atividades de preceptoria, garantir suporte pedagógico e educação permanente para esses profissionais.
QUALIFICAÇÃO MÉDICA NO PROJETO MAIS MÉDICOS PARA O BRASIL (PMMB): ANÁLISE DOS CURSOS DE CURTA DURAÇÃO
Pôster Eletrônico
1 UFBA
2 ISC/UFBA
3 IMS/UFBA
4 CIDACS, FIOCRUZ
5 UNEB
Apresentação/Introdução
O Projeto Mais Médicos para o Brasil (PMMB) é uma estratégia de provimento e de formação profissional para a mudança na lógica de trabalho, conduzindo a práticas profissionais coerentes com modelo de APS priorizado no SUS. As ações educacionais de formação ocorrem por meio de cursos de especialização ou de aperfeiçoamento, denominados cursos de curta duração.
Objetivos
Analisar os cursos de curta duração em que houve matrícula dos médicos do PMMB, quanto à adequação das temáticas com os atributos da APS, as especificidades das regiões e as políticas prioritárias do Ministério da Saúde.
Metodologia
Foram analisados os cursos de curta duração em que houve matrícula dos médicos ativos no PMMB em março de 2024, totalizando-se 401 cursos. Para análise tomou-se como referência as competências essências dispostas no Modelo de Formação do PMMB, de onde derivou-se 13 eixos temáticos. Após a definição das variáveis de análise foi realizada a calibração da técnica de classificação temática de duas avaliadoras que procederam a classificação dos cursos em eixos principal e secundário. As divergências existentes entre as avaliadoras foram resolvidas por uma dupla de especialistas e em caso de persistência das dúvidas, estas foram discutidas com o grupo de pesquisa.
Resultados
A maioria dos cursos (44,39 %) foram classificados no eixo cuidado, o que evidencia a centralidade desse tema na formação médica. Seguido pelo eixo de Vigilância a Saúde (13,47%) e política (12,47%). Evidenciou o apagamento dos eixos de formação para pesquisa, eixo antropológico e social, eixo procedimental, ético-humanístico e eixo interprofissional. Em relação a carga horária houve uma grande variação, com cursos de 2 até 300 horas. As menores médias de carga horária estavam nos eixos ético humanístico (12,5 h), SUS digital (13,93h) e interprofissional (20 horas).
Conclusões/Considerações
Evidenciou baixo interesse por cursos dos eixos antropológico e social, ético-humanístico, interprofissional e direcionados à política ou cuidado para as populações específicas (ribeirinhas, indígena, prisional, moradores de rua). Os resultados reforçam a necessidade de que os percursos formativos dos médicos sejam acompanhados e direcionados pelos supervisores para tentar conciliar o interesse profissional com as necessidades dos territórios.
PISTAS PARA TRABALHO EM REDE: SISTEMATIZAÇÃO DE EXPERIÊNCIA DE FORMAÇÃO E PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO EM APOIO MATRICIAL PARA TRABALHO COLABORATIVO
Pôster Eletrônico
1 UFSCar
2 UFBA
3 UFScar
4 Unesp
5 Claretiano Centro Universitário de Rio Claro
6 ICGE-UNESP
Apresentação/Introdução
O Apoio Matricial, enquanto tecnologia social, constitui-se em dispositivo metodológico para qualificação do trabalho colaborativo em rede. Sua operacionalização por meio de oficinas favorece a articulação intersetorial, a análise crítica dos processos de trabalho e a coprodução de políticas públicas.
Objetivos
Demonstrar o Apoio Matricial enquanto tecnologia social no trabalho em rede, com contribuições para fortalecer a conexão e a colaboração em processos de implementação, manutenção, monitoramento e revisão de políticas públicas.
Metodologia
Por meio de um ciclo de oficinas sustentadas pelas metodologias do Paideia e das Oficinas Emancipatórias, constitui-se uma etapa de um projeto de pesquisa voltado à aplicação do Apoio Matricial como qualificador do trabalho intersetorial em redes locais. Os elementos do Paideia (saber, afeto e poder) nortearam o planejamento das atividades propostas. São propostos 8 encontros quinzenais, com cerca de 22 participantes da rede de inovação de um município do interior de São Paulo. Esta etapa formativa inclui um ciclo de consulta pública e desenvolvimento coletivo de política pública. A produção de dados ocorreu por meio de diários de campo e sínteses coletivas com os participantes.
Resultados
Os encontros são propostos em um ciclo de provocação, identificação de contradições, análise conjunta e reflexão crítica gerando sínteses acerca da relação entre as necessidades sociais e técnicas em torno de um problema da sociedade, e a estrutura organizacional e jurídica das políticas públicas que se propõem a responder a essas necessidades. São identificados, por meio de mapeamentos/ territorialização, discussão de casos e análises dos processos de trabalho, como os diferentes segmentos da sociedade contribuem e colaboram entre si para gerar respostas sociais a problemas complexos.
Conclusões/Considerações
O Apoio Matricial em sua condição de tecnologia social e operacionalizado em forma de oficinas de análise do trabalho e colaboração em projetos tem o potencial
de fortalecer redes e operacionalizar a implementação, manutenção, monitoramento e revisão de políticas públicas.
CONTRIBUIÇÕES E DESAFIOS DA INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE: UMA EXPERIÊNCIA NO CURSO DE MEDICINA DA UFRJ-MACAÉ (RJ/BRASIL)
Pôster Eletrônico
1 UFRJ Macaé
Apresentação/Introdução
A integração ensino-serviço-comunidade é princípio estruturante na formação em saúde no Brasil, especialmente nos cursos de Medicina. No Instituto de Ciências Médicas do Centro Multidisciplinar UFRJ-Macaé, a articulação com os serviços de saúde do município é base fundamental do processo formativo, permitindo práticas pedagógicas comprometidas com o SUS e a formação crítica e ética.
Objetivos
Analisar uma experiência do curso de Medicina da UFRJ-Macaé, que estabelece relações interinstitucionais com a Prefeitura de Macaé-RJ, tomando como exemplo a disciplina Saúde da Comunidade III.
Metodologia
No Projeto Pedagógico do curso, a disciplina Saúde da Comunidade III, ofertada no terceiro período, tem como eixo central o cuidado em saúde, utilizando-se do Projeto Terapêutico Singular como ferramenta principal. O período de análise foi de 2019 a 2024. Os discentes frequentaram os serviços de saúde do município, interagiram com equipes profissionais e elaboraram estudos de caso, construindo os Projetos Terapêuticos em parceria com os usuários. A análise da experiência foi realizada com base na metodologia da problematização, articulando teoria e prática no cotidiano do SUS.
Resultados
A experiência demonstrou o fortalecimento de uma atenção centrada na pessoa, articulando saberes acadêmicos e vivências nos territórios de cuidado, em estudos de casos reais. O serviço mostrou-se elemento central para incentivar a interprofissionalidade na formação em saúde. No contexto dos discentes, o vínculo com a comunidade possibilitou o conhecimento do cotidiano dos usuários, ampliando a compreensão dos determinantes sociais do processo saúde-doença. Os desafios apontam a necessidade de alinhar objetivos e metas das instituições, discentes, profissionais e gestão. Também são publicados os resultados em eventos científicos.
Conclusões/Considerações
A experiência tem sido evidenciada pela maior integração entre os serviços de ensino e saúde. As parcerias entre ensino e serviços de saúde contribuem para aprofundar a integração ensino-serviço-comunidade na Atenção Primária. Ao integrar teoria, prática e território, fortalece o Sistema Único de Saúde e o cuidado centrado na pessoa, contribuindo para o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde e para a formação médica humanizada e voltada para o SUS.
O SUJEITO SOCIAL NA PRÁTICA DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA: LIMITES E POSSIBILIDADES NA ATUAÇÃO DO SER INTEGRAL
Pôster Eletrônico
1 FHA/UNR
2 FCMSCSP
Apresentação/Introdução
A fragmentação é modus operantis na educação profissional, estruturas curriculares, disciplinas dissociadas entre si, descomprometidas com produção de sujeitos sociais. Nesse contexto, formação do educador físico é emblemática. O pensamento colonial é hegemônico em relação ao corpo, implicando, consequentemente, na atuação desse profissional, reduzindo o significado do sujeito e da sua práxis.
Objetivos
1) Analisar a compreensão dos profissionais de Educação Física sobre sua práxis na produção do sujeito social.
2) Identificar o quadro teórico que fundamenta a prática do educador físico na contemporaneidade.
Metodologia
Estudo observacional, transversal, exploratório, descritivo e abordagem qualitativa. Empregou-se entrevista semiestruturada, com roteiro de questões norteadoras: objetivos da atuação do educador físico; papel da Educação Física na proteção à saúde; integralidade do sujeito e referências teóricas na Educação Física. Foram 04 sujeitos participantes, com 8 anos e + de atividade, atuando em Instituições públicas e privadas. Entrevistas gravadas em áudios e transcritas e análise de coteúdo no material coletado. Pesquisa realizada outubro/2022 a maio/2023, na cidade de Lauro de Freitas/Bahia, Brasil. Projeto aprovado pelo CEP ISCMSP, CAAE 51797321.0.0000.5479.
Resultados
Na análise das entrevistas destacam-se algumas questões apreendidas e problematizadoras da atuação do profissional de Educação Física: centralidade para aptidão física, isto é, olhar direcionado para o corpo físico, orientado no desenvolvimento de padrões guiados pelo modelo biomédico; inserção social do sujeito não é inviabilizado na relação sujeito-profissional; ausência de uma atuação visando a produção de sujeitos sociais como função da Educação Física; quadro teórico referenciado em aspectos de treinamento desportivo e condicionamento físico.
Conclusões/Considerações
Esse estudo aponta questões, ainda iniciais e com limites, reveladoras da compreensão da prática do Educador Físico, reduzindo sua práxis na produção do sujeito social.
EDUCAÇÃO PERMANTE EM SAÚDE: A POLÍTICA NO PAPEL E A POLÍTICA NOS BASTIDORES
Pôster Eletrônico
1 HC/UFPE
Apresentação/Introdução
O cenário da formação em saúde costuma integrar diferentes vozes, merecendo destaque a discussão que desvela a existência de dois posicionamentos – um que defende as mudanças a partir de ‘fora’ e um outro que postula as mudanças a partir de ‘dentro’. Temos, nesse sentido, a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde como estratégia que traduz a corrente defensora da mudança ‘por dentro’.
Objetivos
Investigar o papel e a influência da Política de Educação Permanente em Saúde na experiência de revisão do currículo desenvolvida pelo Curso Médico da Universidade Federal de Pernambuco, com ênfase na integração ensino-serviço-comunidade.
Metodologia
A metodologia contou com a abordagem da análise de políticas que não se resume aos temas e ao vocabulário mais tradicional que toma as políticas a partir de ciclos comumente contemplados através da formação da agenda, formulação, implementação e avaliação dos resultados. Ao contrário, a perspectiva adotada procura romper com o modo normativo de se entender os processos políticos. Para tanto, a amostra do estudo foi composta por 25 participantes distribuídos em dois grandes grupos: o de atores da academia e os da gestão. Além disso, também houve a participação, via roda de conversa, de 21 estudantes concluintes do Curso Médico, aparecendo como o terceiro grupo de atores.
Resultados
No bojo do processo de revisão dos conteúdos e das práticas pedagógicas, o Curso Médico continua as suas mudanças com a chegada PNEPS, a qual, é importante ressaltar, contou com a existência de duas “versões” - uma que se inicia com a criação da SGTES em 2003 e que se estende até 2005 e a outra que passa a vigorar a partir deste período. Considerando a sua primeira versão, observamos que a PNEPS é trazida como disparadora de conceitos e com pouca força dos Pólos de Educação Permanente. A segunda versão encontra eco no modo de fazer anterior à PNEPS e avança à moda antiga ao ampliar os cursos da área da saúde para além do curso médico e ao apoiar mudanças também para a rede de serviços.
Conclusões/Considerações
A PNEPS parece ter encontrado um terreno pouco fértil no âmbito local e parte considerável desse movimento refratário pode ser entendido a partir da disputa dos governos, local e regional, mas também dentro do próprio partido dos trabalhadores.
AVALIAÇÃO DA FORMAÇÃO SUPERIOR EM ODONTOLOGIA NO BRASIL: UMA REVISÃO DE ESCOPO
Pôster Eletrônico
1 UFES
Apresentação/Introdução
A avaliação da formação superior em Odontologia é importante para a compreensão de seus processos e resultados. A fim de proporcionar uma análise eficiente da formação do estudante, uma avaliação deve contemplar conhecimentos e habilidades adquiridos ao longo do curso. Na Odontologia, visa inferir se os estudantes encontram-se preparados para atuação no mercado de trabalho.
Objetivos
Este estudo objetivou mapear e sintetizar quais itens têm sido utilizados para avaliar a formação superior do cirurgião-dentista segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs).
Metodologia
A revisão seguiu o checklists PRISMA-ScR e manual JBI. Foram incluídas pesquisas quantitativas, nacionais, com o termo avaliação no título, resumo ou palavra-chave, publicadas entre 2002 e 2024, em português, inglês ou espanhol. Excluíram-se estudos da pós-graduação, com profissionais formados, intervenções não testadas em ambiente educacional, relatos de experiência, artigos de opinião e revisões. Adotou-se População (P): cirurgião-dentista; Conceito (C): avaliação da formação superior; e Contexto (C): DCNs. As bases utilizadas foram: Central Cochrane, SciELO, MEDLINE via PubMed, Web of Science, Scopus, BVS, Google Acadêmico, Embase, BDTD, Catálogo da CAPES e ProQuest, em janeiro de 2024.
Resultados
Foi realizada leitura na íntegra e selecionados 14 trabalhos. A maioria correspondia a dissertações, realizadas na Região Sul do Brasil, principalmente estudos transversais, utilizando questionários com estudantes de graduação. A maioria abordava a dimensão Perfil do Egresso, avaliando competências específicas da formação do cirurgião-dentista. Todos os 14 estudos avaliaram a dimensão Perfil do Egresso. Desses, 11 avaliaram somente o componente competências específicas, abordando diversas temáticas, sendo a farmacologia a mais frequente.
Conclusões/Considerações
Notou-se escassez de estudos sobre o contexto brasileiro, fato que evidencia uma lacuna na literatura que demonstra possíveis dificuldades e prioridade na realização deste tipo de estudo em todo o Brasil. Houve destaque para a avaliação de apenas uma dimensão da formação “Perfil do egresso”, o que pode oferecer uma visão incompleta e restrita do processo formativo, deixando lacunas que poderiam ser abordadas por uma análise mais ampla e completa.
ESCOLA DE FORMAÇÃO TÉCNICA EM SAÚDE ENFERMEIRA IZABEL DOS SANTOS: ANÁLISE SÓCIO-HISTÓRICA
Pôster Eletrônico
1 UFF
Apresentação/Introdução
Este estudo tem como objeto de pesquisa o processo de construção da Escola de Formação Técnica Enfermeira Izabel dos Santos (ETIS), em uma perspectiva Sócio-Histórica. A escola integra a Rede de Escolas Técnicas do SUS, funciona com dificuldades por causa da precariedade da estrutura física, vínculo empregatício frágil, da rotatividade e déficit de pessoal.
Objetivos
Geral: analisar o processo de institucionalização da Escola de Formação Técnica. Específicos são: delinear os movimentos das instituições na constituição da escola; e identificar e descrever a trajetória da escola no estado do Rio de Janeiro.
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que utilizou o referencial teórico e metodológico da Análise Institucional em sua vertente Sócio-Histórica. O cenário de estudo foi a Escola de Formação, estabelecimento vinculado à Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, localizada no município do Rio de Janeiro. O projeto foi submetido à apreciação do Comitê de Ética da UFF e aprovado. Foi realizado entrevistas individuais semiestruturada com personagens que atuaram na escola, totalizando vinte pessoas. Utilizamos como dispositivos: o diário institucional, revisão documental na escola; pesquisa bibliográfica em bases de dados conhecidas e bibliotecas virtuais sobre o tema e escolas do SUS.
Resultados
Mostram que a escola enfrenta grandes disputas desde a sua criação, devido à falta de autonomia da gestão, das interferências institucionais, políticos partidários, a sua fragilidade é exposta a cada troca de gestão na SES-RJ. Os arranjos políticos atravessam o seu funcionamento e a formação. A história sobre a criação da Escola de Formação Técnica Enfermeira Izabel dos Santos, permitiu refletir sobre a sua importância e relevância para a consolidação do SUS, produção do cuidado a partir da formação profissional de nível médio e recursos humanos, a sua trajetória é delineada pela busca por transformação social dos trabalhadores de saúde, quebrando paradigmas no estado do Rio de Janeiro.
Conclusões/Considerações
Como instituição traz a marca do trabalho de mulheres pretas, com formação interprofissional e com histórias de lutas para conseguir viver e se formar, enfrentando desigualdades estruturais que atravessam a sociedade brasileira. Os desafios continuam e persistem na escola, há necessidade de mudanças para uma gestão verdadeiramente participativa com autonomia para a coordenar sua força de trabalho, executar os recursos financeiros e seus cursos.
AVALIAÇÃO DA OFERTA DE CURSOS AUTOINSTRUCIONAIS PELA UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS (UNA-SUS) AOS PROFISSIONAIS FISIOTERAPEUTAS
Pôster Eletrônico
1 UFAM
Apresentação/Introdução
A Atenção Primária à Saúde (APS) é a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS), orientada pelos princípios de universalidade, equidade e integralidade. Diante da crescente inserção de fisioterapeutas nas equipes multiprofissionais da APS (eMulti), é fundamental garantir a qualificação contínua. A UNA-SUS, pela plataforma AROUCA, oferta cursos autoinstrucionais para esses profissionais.
Objetivos
Avaliar a oferta de cursos da Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) para profissionais fisioterapeutas atuantes na APS.
Metodologia
Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, com abordagem quantitativa, desenvolvida em três etapas. A primeira consistiu no levantamento dos cursos disponíveis para matrícula na plataforma UNA-SUS com foco em temas relacionados à APS. A segunda etapa correspondeu à análise dos temas dos cursos disponíveis e sua pertinência para a formação de fisioterapeuta e a terceira etapa foi a busca de cursos já ofertados, mas atualmente não disponíveis para matrícula de fisioterapeutas.
Resultados
Atualmente há 30 cursos disponíveis para inscrição de profissionais de saúde, profissionais de saúde atuantes na APS e Gestores, somando carga horária total de 921 horas. Os temas mais frequentes estão relacionados ao envelhecimento populacional, obesidade, promoção da saúde e cuidado integral. Há 11 cursos com temas mais próximos da reabilitação, demanda mais comum para fisioterapeutas: Atenção à Pessoa Amputada; à Pessoa com Paralisia Cerebral; à Pessoa Idosa com Deficiência; à Pessoa com Síndrome Pós-Poliomielite; Vítimas de Queimadura; Estimulação Precoce; Estratificação dos Perfis de Funcionalidades; Órteses e Próteses. Contudo, todos esses cursos encontram-se fechados para matrículas.
Conclusões/Considerações
Os cursos da UNA-SUS representam importante estratégia de educação continuada dos fisioterapeutas na APS, porém ainda há desafios relacionados à adequação das temáticas às necessidades dos territórios e profissionais, em busca de favorecer que tanto profissionais experientes quanto menos experientes possam avançar em suas práticas, em consonância com as demandas de saúde e os princípios do SUS.
ESTRATÉGIAS DE LIDERANÇA E GESTÃO ESCOLAR: DESAFIOS E PROPOSTA PARA UMA GESTÃO EFICIENTE NA ESCOLA POLITÉCNICA DE SAÚDE JOAQUIM VENÂNCIO – EPSJV/FIOCRUZ
Pôster Eletrônico
1 EPSJV
Apresentação/Introdução
A pesquisa analisa práticas de liderança na gestão escolar da EPSJV/Fiocruz, com ênfase no modelo de liderança transformacional (Burns, 1978; Bass, 1985) e na superação de desafios da gestão escolar na educação técnica em saúde. Embora a EPSJV adote princípios de gestão democrática (Brasil, 1996; Ceccim, 2005), persistem barreiras que dificultam a excelência educacional.
Objetivos
Analisar como os gestores da EPSJV podem adotar práticas de liderança eficazes para melhorar a qualidade do ensino, identificando os desafios existentes e propondo recomendações para aperfeiçoar a gestão escolar.
Metodologia
A pesquisa adota abordagem qualitativa (estudo de caso único na EPSJV), utilizando análise de documentos institucionais e entrevistas semiestruturadas com até 20 gestores (direção e coordenações), sem incluir estudantes ou preceptores externos. Os dados (documentos e depoimentos) foram analisados por conteúdo (Bardin), com triangulação de fontes (Denzin, 1978; Flick, 2009). Essa estratégia reforça a validade dos achados e permite compreender o fenômeno de forma contextual e holística (Creswell, 2014).
Resultados
Identificam-se entraves significativos à liderança eficaz na EPSJV/Fiocruz: processos administrativos rígidos, lacunas na capacitação de gestores evidenciadas durante a transição ao ensino remoto, e falhas de comunicação interna. Tais fatores, somados a restrições orçamentárias e resistências culturais, dificultam a adoção plena de práticas de liderança transformacional e comprometem a inovação pedagógica e a qualidade do ensino técnico. A instituição implementa iniciativas para promover uma cultura de liderança mais colaborativa e orientada a resultados, mas os impactos dessas ações ainda estão em avaliação.
Conclusões/Considerações
A pesquisa reforça a necessidade de uma liderança transformadora capaz de inspirar mudanças (Burns, 1978; Bass, 1985). Superar lacunas na formação de gestores e a rigidez burocrática é crucial para viabilizar uma liderança mais colaborativa na EPSJV. Espera-se que os achados orientem práticas alinhadas à gestão democrática (Ceccim, 2005) e reafirmem o papel estratégico da liderança na qualidade do ensino técnico.
INTERCULTURALIDADE E COMUNICAÇÃO: ANÁLISES A PARTIR DA FORMAÇÃO EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UFRGS
Apresentação/Introdução
A interculturalidade estabelece a existência de culturas distintas em convivência, com espaços de diálogo e com ausência de imposição de crenças e comportamentos. Na educação e nas práticas de cuidado nos cotidianos da Atenção Primária à Saúde (APS), estudantes equipes experenciam realidades desafiadoras para a formação em saúde.
Objetivos
Analisar a percepção de estudantes de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, dos cursos diurno e noturno, sobre competências de comunicação em saúde durante as práticas de estágio curricular supervisionado na Atenção Primária.
Metodologia
Pesquisa de abordagem qualitativa do tipo estudo de caso com a produção de dados com estudantes de Odontologia/UFRGS, dos cursos diurno e noturno. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas. Sobre os procedimentos de análise, foi realizado: pré- análise, estudo exploratório, análise e interpretação, codificação e estruturação dos discursos em unidades de análise. Para a interpretação dos dados foi utilizada a Análise Textual Discursiva a fim de captar e identificar os temas recorrentes com identificação dos elementos que compõem o sistema de significados e percepções dos participantes.
Resultados
Foram realizadas 12 entrevistas de abril a junho de 2025. Destaca-se que a escuta qualificada é imprescindível para o acolhimento e criação de vínculo, aliada a comunicação clara, sem jargões técnicos. São importantes os recursos alternativos (imagens e desenhos via smartphone), como formas de comunicação intercultural. Na formação em saúde, evidenciam-se dificuldades causadas por abordagens tecnicistas que negligenciam competências como escuta ativa e reconhecimento das necessidades individuais. Apesar do reconhecimento da importância do cuidado humanizado, desafios como tempo escasso, práticas mecanizadas e desvalorização do aspecto subjetivo do cuidado ainda persistem.
Conclusões/Considerações
A formação odontológica precisa ir além da técnica, incorporando de forma transversal o desenvolvimento de competências comunicacionais, éticas e culturais. A inserção dos estudantes na APS, quando devidamente acompanhada e refletida, pode favorecer essa construção, contribuindo para profissionais mais preparados para atuar de maneira intercultural, empática e inclusiva, respeitando a diversidade e fortalecendo os princípios do SUS.
LIDERANÇA TRANSFORMACIONAL EM ESCOLAS TÉCNICAS DO SUS: ANÁLISE CRÍTICA DE DESAFIOS E ESTRATÉGIAS DE GESTÃO EDUCACIONAL
Pôster Eletrônico
1 EPSJV
Apresentação/Introdução
O contexto das escolas técnicas do SUS exige lideranças efetivas para garantir a qualidade da formação em saúde. A atuação do gestor influencia os resultados educacionais (Hallinger & Murphy, 1985). Contudo, desafios contemporâneos demandam estilos de liderança inovadores (Burns, 1978; Bass, 1985; Spillane, 2005) capazes de promover inovações no ensino (Castro & Brazão, 2022).
Objetivos
Identificar os principais desafios de liderança na gestão de escolas técnicas do SUS e propor estratégias que aprimorem a eficiência da gestão educacional e a qualidade do ensino, com base em um estudo de caso na EPSJV/Fiocruz.
Metodologia
Por meio de um estudo de caso, adotou-se abordagem qualitativa e aplicada, tendo a EPSJV/Fiocruz como contexto representativo das escolas técnicas do SUS. Foram analisados documentos institucionais e realizadas entrevistas semiestruturadas com gestores, a fim de captar múltiplas perspectivas sobre a liderança. Os dados foram examinados pela análise de conteúdo, segundo Bardin (2011). Para validar os achados, realizou-se triangulação de dados (Denzin, 1978), confrontando as informações obtidas nas entrevistas com registros documentais. Essa estratégia possibilitou integrar diferentes ângulos de análise e aprofundar a compreensão das práticas de liderança no contexto estudado.
Resultados
Gestores buscam liderança colaborativa alinhada ao SUS, mas esbarram em barreiras institucionais. Desafios incluem burocracia rígida, recursos escassos e falta de preparo para crises, dificultando decisões ágeis e limitando inovações pedagógicas (Castro & Brazão, 2022). Por outro lado, observa-se forte compromisso com a gestão participativa (Ceccim, 2005) e adesão à missão do SUS, potencialidades que oferecem base para melhorias. Os achados corroboram que estilos de liderança transformacional e distribuída (Burns, 1978; Bass, 1985; Spillane, 2005), aliados a abordagens adaptativas baseadas em evidências (Yukl, 2020), são fundamentais para aprimorar a gestão escolar em contextos desafiadores.
Conclusões/Considerações
O fortalecimento da gestão nas escolas técnicas do SUS exige equilibrar eficiência administrativa e participação democrática. O estudo indica que práticas de liderança transformacional e distribuída, apoiadas por políticas institucionais adequadas, aprimoram os processos educacionais. As recomendações do caso EPSJV podem subsidiar outras escolas técnicas do SUS, contribuindo para o fortalecimento da Saúde Coletiva e da gestão educacional no SUS.
ADESÃO ÀS POLÍTICAS DE AÇÕES AFIRMATIVAS NOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Pôster Eletrônico
1 UFPI
2 UFBA
3 UFC
Apresentação/Introdução
A implementação de ações afirmativas na pós-graduação brasileira cresceu a partir da portaria MEC nº13/2016. Apesar disso, há ainda notável assimetria na presença de pessoas negras, indígenas, quilombolas, transexuais e com deficiência nesses círculos formais, em especial considerando algumas áreas. É preciso dimensionar essa adesão e seus possíveis efeitos no campo da Saúde Coletiva
Objetivos
Analisar a adesão às políticas de ações afirmativas nos Programas de Pós-Graduação em Saúde Coletiva no Brasil, a partir da Avaliação Quadrienal (2017-2020) da CAPES.
Metodologia
Trata-se de pesquisa documental descritiva e exploratória, com análise das avaliações dos Programas de Pós-Graduação acadêmicos e profissionais em Saúde Coletiva, disponíveis na Plataforma Sucupira, referentes ao ciclo avaliativo 2017–2021. A presença de ações afirmativas foi verificada nos comentários dos avaliadores, considerando políticas de ingresso voltadas a grupos historicamente excluídos. Os dados foram categorizados por região ,modalidade, conceito CAPES e os grupos contemplados. A seguir, se procedeu com o apontamento de especificidades das experiências dos programas ponderadas na avaliação, tecendo-se aspectos para caracterizar e fortalecer a implementação das ações no campo
Resultados
Há 95 Programas de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, dos quais 54% adotam ações afirmativas. Entre eles, 34,6% não especificam os grupos beneficiados. A população negra é a mais contemplada (46,1%), seguida por indígenas (42,3%), PCDs (40,3%), quilombolas (15,3%), critérios socioeconômicos (7,6%) e população trans (5,7%). A maioria está no Sudeste (45,3%) e Nordeste (28,4%). Apesar de concentrarem menos PPGs, Centro-Oeste e Norte apresentam maior proporção de adesão. Os programas com maiores conceitos são os que mais aderem às ações, em detrimento dos programas conceito 3. A maioria possui adesão muito recente e há alguns com notório protagonismo institucional e interlocução com a comunidade.
Conclusões/Considerações
Observam-se avanços nas ações afirmativas para pessoas negras, indígenas e PCDs nos PPGs em Saúde Coletiva e poucas ações para quilombolas, transexuais e pessoas em vulnerabilidade socioeconômica. A adesão varia entre regiões e é maior nos programas com melhores conceitos. Consolidar essas ações como eixo dos programas é essencial para promover equidade, democratização, justiça social e ampliar o alcance epistemológico do campo da Saúde Coletiva.
NUTRIR ESCUTAS E CULTIVAR CUIDADOS: EXPERIÊNCIAS DOS ESTUDANTES DE NUTRIÇÃO NO CUIDADO A PESSOAS COM OBESIDADE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UERJ
Apresentação/Introdução
Devido a condição multifatorial, a obesidade demanda formas de cuidados que ultrapassem o modelo biomédico, assim como a atuação do profissional de saúde. A formação integrada a ensino-serviço vinculado ao Sistema Único de Saúde, provoca reflexos na prática. Nesse contexto, estágios curriculares na área de Nutrição e Saúde Coletiva permitem a articulação do ensino, a pesquisa e o serviço de saúde.
Objetivos
Apresentar relatos dos estudantes de Nutrição que cursaram o Internato de Nutrição em Saúde Coletiva, sobre a experiência no protagonismo do cuidado a pessoas com obesidade acompanhadas em uma Clínica da Família (CSF) do Rio de Janeiro.
Metodologia
Foram realizados Grupos Focais (GFs) no início e ao final do estágio. Roteiros de Debates foram estruturados a partir de quatro eixos: aportes da graduação para atuação no cuidado aos usuários com obesidade; expectativas relacionadas aos espaços de atendimento individual e ao mercado de trabalho; avaliação de aprendizados; e dificuldades a partir das lacunas relacionadas ao tema durante a graduação em Nutrição. Os GFs foram gravados, transcritos e analisados pelo “método de interpretação de sentidos” que consiste em três etapas: leitura compreensiva do material selecionado, exploração do material e elaboração de síntese interpretativa.
Resultados
A ‘escuta’ foi identificada como um dos aprendizados mais significativos, e compreendida como elemento essencial no cuidado nutricional, precedente a elaboração de prescrições dietéticas. Ao experenciar o protagonismo do atendimento, os estudantes despertam a sensibilidade da escuta como uma ferramenta que permite avistar outras dimensões da problemática alimentar. Tal percepção reconhece que o cuidado não se limita a aspectos técnicos, mas envolve acolher a história, os afetos e os sentidos atribuídos ao corpo e a alimentação. A partir deste espaço, foram observadas queixas frequentes dos usuários sobre gordofobia médica e ausência de escuta em outras interações com profissionais da saúde.
Conclusões/Considerações
A experiência evidenciou a escuta como uma tecnologia leve, fundamental para o cuidado e o acolhimento. A formação em Nutrição pautada por metodologias ativas de ensino-aprendizagem, em um espaço como a CSF, configura-se como uma resistência às lógicas reducionistas e produtivistas que ainda marcam a formação em saúde. Para o estudante, as vivências ampliam a visão do cuidado e favorecem uma trajetória formativa ética, sensível e crítica.
ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO EM PACIENTES COM DOENÇAS CRÔNICAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: ALCANCE E SATISFAÇÃO DE UM MOOC
Pôster Eletrônico
1 UNA-SUS/UFMA
2 FOUSP
3 PPGO/UFMA
Apresentação/Introdução
A formação de recursos humanos na área de saúde pode ser ordenada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de diferentes formas, sendo a oferta de cursos no formato MOOC (do inglês Massive Open Online Courses) ou Cursos Online Abertos e Massivos uma alternativa promissora para profissionais de diversas áreas da saúde, incluindo a saúde bucal.
Objetivos
Descrever o alcance do programa educacional Atendimento Odontológico em Pacientes com Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT) na Atenção Primária à Saúde (APS) como um instrumento de aperfeiçoamento na assistência odontológica a pessoas com DCNT.
Metodologia
Estudo transversal descritivo de um programa de aperfeiçoamento em Odontologia do tipo MOOC, composto por cursos de extensão (n = 4) voltados à Assistência Odontológica em casos de DCNT como: 1) Diabetes, Hipertensão e Doença Renal Crônica; 2) Doenças Cardiovasculares; 3) Câncer e 4) Doenças Respiratórias Crônicas. Os dados foram coletados a partir de questionários inseridos no ambiente virtual de aprendizagem (AVA), e destinados aos profissionais matriculados em um ou mais cursos do programa. A partir das análises estatísticas foram obtidas as frequências relativas e absolutas, inerentes à descrição da amostra deste estudo.
Resultados
Houve um alcance de 60.579 profissionais/estudantes de Odontologia, sendo 38.888 (64,19%) pessoas do sexo feminino e 12.092 (19,96%) profissionais graduados ou especialistas. O maior número de participantes foi da região Sudeste, com um total de 7.045 (34,55%) alunos. Dentre todos os inscritos, 31.913 (52,67%) concluíram um ou mais cursos do programa. O fator de maior motivação no ato da matrícula foi o interesse pelos conteúdos e pela certificação. O nível de conhecimento nas temáticas antes do início do programa foi relatado como intermediário e depois, como avançado para todos os cursos. Quanto à avaliação geral dos cursos, todos os cursos foram avaliados com nível de excelência.
Conclusões/Considerações
Os cursos MOOC demonstram ser estratégia eficaz de educação permanente para profissionais da Odontologia na APS, com foco nas DCNT. A ampla adesão, a taxa expressiva de aprovação e a aceitação positiva por parte dos profissionais destacam a viabilidade e a relevância estratégica deste modelo para o fortalecimento das ações de cuidado integral no SUS.
RESIDÊNCIA EM SAÚDE COLETIVA E INSERÇÃO NO SUS: PERCEPÇÕES DE EGRESSOS SOBRE DESAFIOS, POTENCIALIDADES E REALIDADE DO CAMPO PROFISSIONAL.
Pôster Eletrônico
1 UECE
2 ESP-CE
3 UFG
4 FSP-USP
Apresentação/Introdução
Tendo em vista o investimento realizado pelo Ministério da Saúde na formação dos profissionais residentes na atuação para o SUS, surge a necessidade de estabelecer um sistema de absorção desses profissionais nos serviços. Porém, nem sempre essa expectativa torna-se realidade, levando ao questionamento: que potencialidades e desafios os egressos identificam ao ingressarem no campo profissional?
Objetivos
Refletir sobre as potencialidades e desafios do campo profissional dos egressos da saúde coletiva, após a formação na residência.
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa qualitativa. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com seis egressos de saúde coletiva da ESP/CE. Buscou-se contemplar a diversidade de municípios e de categorias profissionais. A entrevista foi realizada nas modalidades presencial e on-line, para facilitar o contato com os participantes que residiam em municípios mais distantes. As entrevistas foram gravadas mediante o consentimento do participante. As entrevistas foram gravadas e analisadas por meio da análise de conteúdo de Bardin. Neste trabalho, foi utilizada a análise temática. A pesquisa foi submetida ao Conselho de Ética em Pesquisa da ESP e aprovada sob o número do parecer 6.138.416.
Resultados
Os entrevistados ressaltaram a importância da residência e a abrangência da saúde coletiva, que compreende desde a atuação nos municípios até a gestão municipal e estadual. Ressaltaram a importância da formação em saúde coletiva, especialmente diante de desafios como a pandemia e mudanças políticas. Destacaram também a amplitude de conhecimentos proporcionada pela saúde coletiva, especialmente a capacidade de ter consciência crítica sobre o SUS e a contribuição da área para a estruturação da saúde no país. Como desafios, citaram a escassez de espaço no mercado, a integração de políticas e a instabilidade política que afeta a atuação e a inserção profissional de sanitaristas.
Conclusões/Considerações
A pesquisa demonstrou que, embora a residência proporcione formação ampla e estratégica, persistem desafios na inserção profissional. É necessário fortalecer políticas públicas que garantam espaço e reconhecimento aos sanitaristas, valorizando sua atuação na construção e qualificação do SUS. Ser sanitarista vai além de fazer levantamentos de dados de saúde, diagnósticos ou vistorias, é firmar o compromisso diário com a transformação do SUS.
CONHECIMENTO SOBRE MORTE E CUIDADOS PALIATIVOS ENTRE ESTUDANTES DE MEDICINA DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DA BAIXADA SANTISTA
Pôster Eletrônico
1 Unisantos
Apresentação/Introdução
O avanço da medicina evidencia a necessidade de qualificação para o cuidado no fim da vida. A Organização Mundial da Saúde, o Brasil e a Política Nacional de Cuidados Paliativos reconhecem os cuidados paliativos como prioridade em saúde pública. Apesar disso, persistem lacunas na formação médica para lidar com a morte e a terminalidade, reforçando a importância desse debate na graduação.
Objetivos
Avaliar o conhecimento de estudantes de Medicina sobre aspectos relacionados à morte e aos cuidados paliativos.
Metodologia
Estudo descritivo, transversal, de abordagem quantitativa, realizado com 108 estudantes de Medicina de uma instituição privada da Baixada Santista, matriculados entre o 9º e 12º períodos. Foram aplicados um questionário sociodemográfico e o instrumento Bonn Palliative Care Knowledge Test, desenvolvido na Alemanha e validado no Brasil, que avalia conhecimentos gerais em cuidados paliativos, com ênfase no domínio “atenção sobre morrer”. A análise foi realizada no software Statistical Package for the Social Sciences, versão 24.0. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Católica de Santos.
Resultados
Os resultados revelam fragilidades no conhecimento dos estudantes de Medicina sobre morte e cuidados paliativos. O domínio “atenção sobre morrer” apresentou o menor índice de acertos (55,9%), demonstrando dificuldades na compreensão dos processos relacionados à terminalidade. Houve maior número de erros nas questões sobre sofrimento psicológico, integração dos cuidados paliativos aos curativos e a importância da presença familiar no fim da vida, indicando limitações na formação acadêmica para lidar com o processo de morrer e no preparo para os cuidados paliativos.
Conclusões/Considerações
O estudo evidencia lacunas no conhecimento dos estudantes sobre morte e cuidados paliativos, especialmente no domínio “atenção sobre morrer”. Os achados reforçam a urgência de qualificar a formação médica, por meio da efetiva implementação da Política Nacional de Cuidados Paliativos e da revisão curricular, preparando profissionais para o cuidado no fim da vida.
A FORMAÇÃO EM SAÚDE COMO PRODUTORA E REPRODUTORA DE VIOLÊNCIAS: DIÁLOGOS TRANSVERSAIS E TRANSDISCIPLINARES COM/SOBRE A UTOPIA DA CULTURA DE PAZ
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Chapecó-SC, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF), e Pós-Doutorando em Serviço Social com Bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC), Edital 20/202
2 Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Programa de Pós-graduação em Enfermagem UEPA-UFAM, Manaus, Amazonas, Brasil
3 Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Cursos de Graduação e Pós-Graduação em Serviço Social e no Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família, Florianópolis-SC, Brasil
4 Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Cursos de Graduação e Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil
5 Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ), Programa de Pós-Graduação em Educação, e Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Chapecó, Santa Catarina, Brasil
6 Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Departamento de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem na Atenção Primária à Saúde, Chapecó, Santa Catarina, Brasil
7 Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC), Florianópolis, Santa Catarina, Brasil
Apresentação/Introdução
A universidade e a formação em saúde têm se distanciado do seu papel primordial quanto à formação cidadã e de profissionais crítico-reflexivos e criativos, basal à instrumentalização profissional em si. Mesmo com avanços substanciais a partir das Diretrizes Curriculares Nacionais, e de políticas indutoras de reorientação do ensino, o conteudismo e tecnicismo continuam orquestrando os currículos.
Objetivos
O objetivo deste estudo é compreender como graduandos(as) em saúde, em espaço dialógico, significam a relação entre as violências e o seu processo de formação inicial, e ressignificam caminhos que sugerem mudança.
Metodologia
Trata-se de um estudo qualitativo, participativo, baseado nos círculos de cultura de Paulo Freire. Debateram em 5 encontros, 23 estudantes de 7 cursos da área de saúde, vinculados(as) à instituições de ensino superior do oeste catarinense de natureza jurídico-administrativas distintas. A coleta de dados iniciou após deferimento pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSC. A análise dos dados foi realizada após leitura exaustiva do material, a partir do referencial de Freire e de textos que dialoguem com a compreensão Freireana para as violências.
Resultados
Os(as) graduandos(as) significam a sua formação em saúde e as relações de ensinar e aprender como produtoras e reprodutoras de violências, apontando que a aprendizagem, quando ocorre, se constrói individualmente pela própria vivência de violências ou pelas demandas em experiências de campo. Ressignificam que pouco importa a forma ou conteúdo da inserção desse “tema” na formação, desde que haja mudança nas relações entre os sujeitos que ensinam e aprendem dialogicamente, para construção de saberes visando não só o enfrentamento de violências, mas sobretudo o estímulo à uma cultura de paz.
Conclusões/Considerações
Por conseguinte, relações violentas sinalizam uma naturalização do sofrimento para “crescimento” profissional, e um adoecimento nos processos de ensinar e aprender que repercutem no cerceamento da pluralidade de saberes, elementar para amadurecimento dos graduandos(as) e consolidação dos espaços acadêmicos como efetivamente democráticos e participativos.
EDUCAÇÃO PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE: LIMITES E POSSIBILIDADES
Pôster Eletrônico
1 UFPR
Apresentação/Introdução
A Educação Permanente é uma estratégia de formação por meio da aprendizagem significativa. Neste contexto, surgiram os Encontros da Atenção Primária, voltados à qualificação e valorização dos profissionais de saúde de São José dos Pinhais - PR. A pesquisa do PROFSAUDE/UFPR analisou os impactos na rotina dos trabalhadores, destacando os avanços, desafios e a importância do apoio interdisciplinar.
Objetivos
Compreender a percepção dos enfermeiros e médicos da Atenção Primária à Saúde sobre o processo de educação em saúde ao qual estão envolvidos.
Metodologia
A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com profissionais da Atenção Primária à Saúde do município de São José dos Pinhais - PR que participaram de ao menos dez Encontros da Atenção Primária. As falas foram gravadas, transcritas e analisadas em três etapas: leitura flutuante, codificação com categorias indutivas e discussão dos achados. O sigilo foi garantido com códigos alfanuméricos. A amostragem seguiu o critério de saturação teórica. Reconhece-se viés de seleção, pois profissionais com maior disponibilidade ou percepção positiva da educação tendem a participar mais.
Resultados
Foram realizadas 17 entrevistas com trabalhadores da Atenção Primária à Saúde, revelando que os Encontros da Atenção Primária ampliaram a resolutividade dos profissionais, a segurança do paciente e a qualificação profissional, promovendo práticas atualizadas e adequadas ao território. Destacaram o apoio da gestão e dos profissionais especiaistas no processo. A educação permanente mostrou-se essencial na gestão do trabalho, mas enfrenta barreiras como a baixa adesão dos profissionais de enfermagem e falta de horários protegidos para as ações. Os participantes destacam a necessidade de ações interprofissionais, alinhadas ao cotidiano e às realidades locais.
Conclusões/Considerações
Os Encontros da Atenção Primária fortaleceram o apoio matricial, estreitaram laços entre gestão e APS e qualificaram profissionais, promovendo práticas mais seguras e atualizadas. A pesquisa apontou maior adesão médica e a necessidade de ampliar a participação multiprofissional. A iniciativa mostra-se eficaz como estratégia educativa e pode inspirar ações em outros municípios.
EDUCAÇÃO PERMANENTE: ESTRATÉGIA PARA O FORTALECIMENTO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS
Pôster Eletrônico
1 UFRN
Apresentação/Introdução
Introdução: este estudo, parte de uma dissertação do MPGTES da UFRN, aborda a linha de cuidados no para pessoas vivendo com HIV/Aids no SUS. Que demanda a reestruturação das praticas profissionais por meio de formações integradas. Neste cenário, a Educação Permanente em Saúde, surge como estratégia para basilar pra qualificar o cuidado, fortalecer vínculos e superar barreiras estruturais.
Objetivos
Objetivo: Analisar a percepção de profissionais da saúde sobre a importância da Educação Permanente em Saúde como estratégia para o fortalecimento da descentralização do cuidado às PVHA na Atenção Primaria.
Metodologia
Metodologia: Estudo exploratório-descritivo, de abordagem qualitativa, fundamentado na Análise de Conteúdo de Bardin (2016). A pesquisa foi realizada nos municípios de Macapá, Oiapoque e Laranjal do Jari (AP), onde a descentralização do cuidado às PVHA está em curso. Foram convidados 15 profissionais de saúde e gestores, com retorno de 12 participantes. Os dados foram coletados por meio de questionário semiestruturado enviado via Google Forms, contendo questões fechadas (perfil) e abertas (percepções sobre a EPS e desafios da descentralização). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética (CAAE: 82208424.7.0000.5537), seguindo os princípios éticos da pesquisa com seres humanos.
Resultados
. Os participantes enfatizaram a importância da EPS como instrumento essencial para qualificar o cuidado às PVHA na APS. Foram identificadas como principais demandas formativas: Capacitações contínuas e territorizalidas; Atualização sobre prevenção combinada (PREP, PEP); Manejo clínico e protocolos terapêuticos atualizados; Acolhimento e abordagem no diagnóstico de HIV/Aids. Dificuldades relatadas incluíram: Falta de infraestrutura e apoio institucional; Ofertas pontuais e desarticuladas de capacitação; Resistência cultural à descentralização do cuidado. Estudos corroboram a necessidade de formação contínua, crítica e situada, capaz de ampliar a autonomia profissional e a resolutividade da APS.
Conclusões/Considerações
A EPS se evidencia como importante estratégia para fortalecer a descentralização do cuidado às PVHA, sobretudo em contextos de vulnerabilidade. Ao integrar formações continuas às rotinas dos serviços, contribui para qualificar as praticas profissionais, ampliar a autonomia e fortalecer a resolutividade da Atenção Primaria. Este é um recorte intermediário de uma pesquisa mais ampla, cujo resultados finais estão previstos até agosto de 2025.
PRECEPTORIA E TUTORIA EM PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE NO BRASIL: UMA DISCUSSÃO SOBRE MOVIMENTOS DE INSTITUCIONALIZAÇÃO.
Pôster Eletrônico
1 UFAL
Apresentação/Introdução
Este relato é o recorte de uma pesquisa de mestrado e versa sobre o exercício da preceptoria e da tutoria em Residências Multiprofissionais em Saúde (RMS). Ambas se configuram como práticas docente-assistenciais e integram a estrutura formativa dos programas de RMS, modalidade de formação em serviço e para o Sistema Único de Saúde, definida como pós-graduação lato sensu (Brasil, 2005).
Objetivos
Analisar as controvérsias atreladas a institucionalização das funções de tutoria e preceptoria nos programas de Residência Multiprofissional em Saúde no Brasil.
Metodologia
Pesquisa qualitativa, com o referencial teórico-metodológico das Práticas Discursivas e Produção de Sentidos (Spink, 2010) e fundamentada no construcionismo social (Gergen, 1985). Para mapear as controvérsias (Venturini, 2010), foi realizada uma Roda de Conversa online com integrantes e egressos de RMS. O conteúdo foi transcrito e organizado em um mapa dialógico (Nascimento et al, 2014), identificando os repertórios linguísticos (Spink; Medrado, 2013), onde emergiu o conjunto de sentidos “institucionalização das práticas de preceptoria e tutoria”. Também foram analisadas cartas dos fóruns de RMS, documentos de domínio público e diários de campo escritos pela autora principal deste trabalho.
Resultados
A análise identificou características como a falta de incentivo financeiro, a não liberação para participar de reuniões em instâncias coordenadoras das RMS e o não reconhecimento da carga horária de preceptoria e de tutoria associadas a um processo de não institucionalização dessas funções. Assim, os atores das RMS reivindicam a normatização e a reorganização dessas práticas, e a criação de mecanismos de cogestão entre os segmentos que compõem as Residências. Por outro lado, fragilidades como a ausência naturalizada de preceptores e tutores no cotidiano das RMS emergiram a partir do discurso da institucionalização, sendo consideradas práticas instituídas em meio a uma lógica precarizada.
Conclusões/Considerações
Os discursos analisados denunciam a precarização das práticas de preceptoria e de tutoria e revelam um distanciamento entre aquilo que está instituído pelas normativas nacionais das RMS e o que é fabricado no cotidiano dos programas. Deste modo, compreende-se a importância da construção de mecanismos de pactuação e conversa que possam produzir movimentos de institucionalização coletivos, democráticos e participativos.
EDUCAÇÃO MEDIADA POR TECNOLOGIA COMO ESTRATÉGIA DE ATUALIZAÇÃO NAS PRÁTICAS DO CONSULTÓRIO NA RUA
Pôster Eletrônico
1 Fiocruz/RJ
2 UERJ
3 Secretária Municipal de Saúde do Rio de Janeiro
4 Fiocruz/DF
Apresentação/Introdução
O Censo de 2024, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estimou 212,6 milhões de habitantes, desconsiderando as pessoas em situação de rua (PSR) que teve um aumento de 211% entre 2012 e 2022. A falta de dados contribui para invisibilidade e a não garantia de direitos sociais. Nesse cenário, torna-se essencial a atuação interprofissional e a qualificação contínua.
Objetivos
Elaboração de um infográfico interativo que sistematize e apresente tecnologias educacionais para o processo de formação continuada dos profissionais das equipes de Consultório na Rua.
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa qualitativa com desenvolvimento de produto técnico-tecnológico. O estudo será conduzido em três etapas: (1) levantamento bibliográfico sobre tecnologias educacionais aplicadas à saúde pública e ao Consultório na Rua; (2) elaboração do design gráfico e pedagógico de um infográfico interativo, que sistematize as principais ferramentas e abordagens formativas identificadas; e (3) validação do infográfico por especialistas em educação em saúde e telessaúde, por meio de consulta estruturada com análise descritiva.
Resultados
Espera-se como produto final um infográfico interativo que apresente, de forma sistematizada, tecnologias educacionais aplicáveis à formação continuada dos profissionais das equipes de Consultório na Rua. O material deverá refletir as necessidades formativas identificadas na literatura e validadas pelos especialistas, possibilitando sua utilização em ações educativas no âmbito da atenção primária. A proposta visa ampliar o acesso a recursos pedagógicos acessíveis e inovadores, alinhados às diretrizes do SUS e à realidade dos territórios.
Conclusões/Considerações
Ao integrar prática profissional e construção coletiva de saberes, mediada por tecnologia educacional, a pesquisa busca qualificar os profissionais das equipes de Consultório na Rua e reforçar o papel da educação permanente como estratégia transformadora dos territórios. Validados por especialistas, esta pesquisa poderá subsidiar futuras ações formativas e orientar políticas públicas mais sensíveis às vulnerabilidades dessa população.
MATRIZ CURRICULAR PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM CURSO ONLINE PARA FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DE PRECEPTORES DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UECE
2 SESA-CE
Apresentação/Introdução
A preceptoria, sendo uma prática de formação profissional, se desenvolve por meio de processos educativos das mais diversas formas e nos mais diferentes contextos e cenários de aprendizagem. Nesse sentido, se faz necessário que os preceptores tenham competência didático-pedagógica para desenvolver essa função.
Objetivos
O objetivo do estudo foi construir uma matriz curricular para o desenvolvimento de um curso online para formação pedagógica de preceptores, bem como identificar as necessidades pedagógicas e validar o conteúdo da matriz curricular.
Metodologia
Trata-se de estudo metodológico com três etapas, onde na primeira etapa foi realizado um diagnóstico situacional de caracterização dos preceptores, seguida de uma revisão de escopo onde permitiu mapear os principais conceitos e identificar lacunas do conhecimento e a terceira etapa para elaboração e validação da matriz curricular, que partiu das evidências da literatura, aliada as necessidades dos preceptores.
Resultados
No que se refere aos cálculos, foram realizados um cálculo de cada item, seguido do cálculo de cada domínio, e do IVC total. Por meio dos dados obtidos no estudo torna-se necessário que aconteça um processo de educação permanente com qualificação pedagógica para os preceptores, onde espera-se que a pesquisa venha contribuir para seu protagonismo, valorizando e reconhecendo-o institucionalmente, efetivando por meio da relação educando-educador e contribuindo para a qualificação da assistência dos serviços
Conclusões/Considerações
O estudo contribuiu no sentido de avançar não só na capacitação profissional do preceptor, mais também na qualificação do serviço, na melhoria da qualidade da formação do residente e no reconhecimento da atividade de preceptoria, mediante diretrizes no âmbito legal, visto que o preceptor atua como mediador da contextualização do trabalho, partindo de um processo reflexivo, sendo considerado agente de formação e transformação.
RESIDÊNCIA EM MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE NA BAHIA: EVOLUÇÃO HISTÓRICA 2006-2024
Pôster Eletrônico
1 UEFS
2 UFSB
3 UFBA
4 SMS Salvador
Apresentação/Introdução
A Residência em Medicina de Família e Comunidade (MFC) tem importância estratégica no contexto da formação médica e para consolidação das Políticas Públicas voltadas para a Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil.
Objetivos
Avaliar a evolução histórica da oferta de cursos/vagas de Residência em Medicina de Família e Comunidade no Estado da Bahia no período entre 2026-2024.
Metodologia
Foi realizada busca no site do Sistema da Comissão Nacional de Residência Médica (SisCNRM), mantido pelo Ministério da Educação (MEC), sendo registrado as informações referentes à: instituições de ensino; localização; vagas ofertadas; residentes concluintes; abandonos.
Resultados
No ano de 2006 a Bahia possuía apenas uma residência em MFC, em 2024 existiam 22 cursos, a maioria, cerca de 68,1% no interior, no entanto em número de vagas, 48% das vagas estão na capital; no período houve um aumento no total de residentes em MFC formandos, passando de 02 (2006), com um total de 272 concluintes no período estudado, esse aumento exponencial aconteceu por conta do PMM; Apesar do aumento expressivo do número de concluintes, no interior formamos poucos especialistas, apenas 50 concluintes. Ainda há grandes desafios para formar mais profisisonais especialistas no Brasil, sobretudo no Nordeste.
Conclusões/Considerações
O aumento do número de médicos especialistas em MFC contribui para o fortalecimento da Estratégia Saúde da Família no Estado da Bahia, ampliando as ações individuais e coletivas na APS e qualificando gestão do cuidado integral.
EPS E EQUIDADE: ENSINANDO A TRANSGREDIR AS INIQUIDADES DE PARA TRABALHADORAS DO SUS.
Pôster Eletrônico
1 ISC/UFBA
Apresentação/Introdução
Este estudo é ensaio teórica a reflexão crítica visa abordar a necessidade de considerar as dimensões de raça, gênero e classe no contexto do trabalho e da Educação Permanente em Saúde (EPS), buscando transformar iniquidades
Objetivos
Analisar teóricamente a Educação Permanente em Saúde (EPS) como um espaço de transformação das questões de gênero, raça e classe para as trabalhadoras da saúde
Metodologia
O estudo é um ensaio teórico, dialogando entre subjetividade e objetividade. Explora interações entre as opressões no trabalho em saúde, focando nas trabalhadoras do SUS. A análise utiliza os conceitos de sobredeterminação da saúde e interseccionalidade para compreender as iniquidades no ambiente de trabalho. A EP é um diálogo crítico, o feminismo negro e pedagogia freireana .
Resultados
A força de trabalho em saúde no Brasil cresceu com mulheres representando 74,96% no SUS. Há profundas desigualdades salariais: mulheres ganham menos que homens brancos, e mulheres negras estão na base da pirâmide salarial. Essas disparidades se acentuaram na pandemia, com maior exposição de trabalhadores negros/pardos à COVID-19 . A colonialidade do poder molda relações de trabalho, perpetuando exploração e opressão, refletidas em condições precárias e baixos salários. A falta de mulheres em cargos de decisão no Ministério da Saúde, apesar de serem maioria, evidencia desigualdades históricas.
Conclusões/Considerações
A EPS é considerada um espaço multifacetado de reflexão e transformação, uma estratégia vital para combater a discriminação no trabalho em saúde. Adotar a equidade como diretriz impulsiona o enfrentamento de práticas discriminatórias e uma reparação histórica. Refletir sobre as opressões de raça, gênero e classe nas vivências das trabalhadoras do SUS através da EPS pode transformar sujeitos, práticas e relações em saúde, abrindo novos horizontes
INTERVENÇÕES FORMATIVAS INTERPROFISSIONAIS NA ASSISTÊNCIA AO PARTO E NASCIMENTO: UMA REVISÃO DE ESCOPO
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal de Minas Gerais
Apresentação/Introdução
A assistência ao parto e nascimento reflete a hegemonia de um modelo biomédico, tecnocrático e hierarquizado, sustentado por formações uniprofissionais que perpetuam a fragmentação do cuidado. Embora a interprofissionalidade ganhe centralidade nos debates sobre formação e práticas colaborativas, são escassos os estudos que analisam intervenções formativas implementadas e seus efeitos no cuidado obstétrico.
Objetivos
Mapear evidências científicas sobre os efeitos das intervenções formativas interprofissionais implementadas no contexto da assistência ao parto e nascimento.
Metodologia
Trata-se de uma revisão de escopo conduzida conforme o protocolo do Joanna Briggs Institute e o checklist PRISMA-ScR. Foram incluídos estudos publicados entre 2004 e 2024, nas bases PubMed, BVS, Web of Science, Embase, Scopus e BDTD. Utilizou-se o mnemônico PCC e critérios que exigiam intervenções formativas interprofissionais realizadas no contexto do parto e nascimento. A seleção foi feita em três etapas por duas revisoras e uma terceira avaliadora. Na quarta etapa, foram adicionados estudos a partir da análise das referências dos artigos incluídos. Nove estudos foram analisados em três dimensões: formação, sujeitos-equipes e serviço.
Resultados
Foram incluídos nove estudos, majoritariamente qualitativos e conduzidos em países diversos, sendo apenas um brasileiro. As intervenções formativas envolveram médicos e enfermeiros obstetras/midwives, com predominância da simulação realística como estratégia central. A maioria abordou situações clínicas específicas, como hemorragia pós-parto, distócia e reanimação neonatal, com menor foco no cuidado em contextos de risco habitual. Os estudos relataram impactos positivos na comunicação, liderança, trabalho em equipe e indicadores institucionais, como a redução de lesões neonatais. Persistem barreiras estruturais, como a centralização médica do cuidado e a resistência à prática colaborativa.
Conclusões/Considerações
As evidências indicam que intervenções interprofissionais favorecem práticas colaborativas, mas ainda são pontuais, com foco em emergências e pouca inserção nos processos formativos contínuos. A escassez de estudos nacionais e a limitada avaliação longitudinal restringem a compreensão de seus efeitos sobre o cuidado integral ao parto, sobretudo em contextos de risco habitual. Sua consolidação demanda articulação entre ensino, serviço e gestão.
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO DISTRITO FEDERAL: ENTRAVES RELACIONADOS À EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 Fiocruz- Brasília
2 Fiocruz - Brasília
3 UFSC
Apresentação/Introdução
A Educação Permanente em Saúde (EPS) é uma estratégia política pedagógica, que visa melhorar a prestação de serviços de saúde por meio da qualificação do processo de trabalho abordando problemas e necessidades das equipes de saúde da família (eSF). Para o fortalecimento da APS no Distrito Federal é necessário que sejam identificadas fragilidades, dentre elas as relacionadas à EPS.
Objetivos
Este resumo tem por objetivo apresentar entraves relacionados à educação permanente em saúde a partir da compreensão de profissionais da APS que avaliaram o desenvolvimento da EPS na equipe de saúde da família (eSF).
Metodologia
Trata-se do resultado que deriva de uma pesquisa de mestrado de natureza exploratória-descritiva, que fez uso de fontes de dados secundários e uma abordagem qualitativa por meio de pesquisa documental. O estudo envolveu sete regiões de saúde do Distrito Federal, incluindo todas as unidades de saúde com suas respectivas eSF, totalizando 615 equipes nas 35 regiões administrativas (municípios). O estudo aconteceu no decorrer do ano de 2023 e os resultados foram analisados a partir de análise de conteúdo. Dentre as categorias investigadas são descritos aqui os resultados que se referem a entraves relacionados à EPS, ou seja, o que impede ou dificulta a execução das ações de EPS no âmbito da APS.
Resultados
Os resultados da pesquisa evidenciam que as atividades de EPS são pouco frequentes e insuficientes para promover mudanças significativas nas práticas de trabalho das equipes. Observa-se que a organização do processo de EPS não está incorporada à rotina, o que compromete sua efetividade. Além disso, destaca-se a sobrecarga de trabalho e o número reduzido de profissionais como fatores que dificultam a realização das ações de cuidado e limitam a inserção da EPS no cotidiano. A gestão inadequada do tempo e a ausência de apoio por parte da gestão na estruturação das agendas e do processo de trabalho que contemple espaço de diálogo e ações educacionais, foram apontadas como entraves recorrentes.
Conclusões/Considerações
Os resultados evidenciam que a EPS não faz parte da rotina das equipes, apesar de seu potencial como espaço para reflexão crítica e qualificação das práticas. O estudo contribui com subsídios para que a gestão fortaleça a EPS como componente estruturante do processo de trabalho. Reforça-se, nesse contexto, a necessidade de sua institucionalização, considerando sua natureza dinâmica e plural.
CONSTRUÇÃO COLABORATIVA-RESPONSIVA DE COMPETÊNCIAS PARA A PRECEPTORIA DA APS
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal do Ceará - UFC
2 Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA
3 Escola de Saúde Pública Visconde de Sabóia - ESPVS
4 Universidade Estadual do Ceará - UECE
Apresentação/Introdução
A preceptoria fortalece a formação em saúde ao integrar teoria e prática, promovendo competências essenciais à atuação na APS. Por meio de uma abordagem construtivista-responsiva e hermenêutico-dialética, busca-se desenvolver profissionais críticos e qualificados, alinhados às necessidades do SUS.
Objetivos
Construir, por meio do referencial construtivista-responsivo, as competências para a preceptoria em Atenção Primária à Saúde.
Metodologia
Trata-se de um estudo exploratório, descritivo e metodológico, com abordagem quali e quantitativa. As etapas incluem: fundamentação do constructo, construção e validação da matriz de competências. Foram realizadas entrevistas com stakeholders da preceptoria na APS, utilizando os Círculos Hermenêuticos Dialéticos, com roteiro baseado em quatro dimensões. A análise foi temática, de Minayo (1994), com suporte do Software NVivo 15. A pesquisa tem comitê de ética aprovado sob número: 7.313.674.
Resultados
As entrevistas revelaram que a preceptoria na APS exigem competências como comunicação, afetividade, integração ensino-serviço-comunidade e supervisão pedagógica. O "ser preceptor" foi compreendido como uma figura formadora, que vai além do ensino técnico, mobilizando empatia, respeito e reflexão. Destacam-se ainda desafios como alta demanda, falta de apoio institucional e ausência de capacitações. Como caminhos, os participantes sugerem metodologias ativas, vínculo fortalecido com o aluno, valorização da aprendizagem significativa e troca mútua de saberes entre preceptor e preceptorado.
Conclusões/Considerações
A construção do instrumento de competências visa formar profissionais comprometidos com a qualificação da práxis e o fortalecimento do SUS. Os resultados contribuem para ressignificar a formação na APS, superando a lógica técnica e promovendo melhorias no serviço, oferecendo subsídios relevantes para aprimorar práticas pedagógicas, gestão da formação e futuras pesquisa na área.
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO ENTRE PARES PARA SAÚDE MENTAL DAS JUVENTUDES NO BRASIL
Pôster Eletrônico
1 IDOR e Unifesp
2 IRIS
3 ASEc+
4 IDOR
Período de Realização
Agosto de 2024 a Abril de 2025
Objeto da experiência
Análise de um programa nacional de educação entre pares promovido pela ASEc+ para promoção da saúde mental de juventudes vulneráveis no Brasil
Objetivos
1) Avaliar preliminarmente os impactos do programa de educação entre pares em adolescentes e jovens de diferentes regiões de vulnerabilidade no Brasil; 2) Investigar a aquisição de habilidades socioemocionais, os benefícios e as oportunidades deste programa de educação popular.
Metodologia
O programa foi conduzido por jovens lideranças que receberam treinamento da ASEc+ para conduzirem rodas de conversa sobre saúde mental em seus territórios. As atuações estiveram centralizadas em 9 estados brasileiros. As rodas de conversa foram conduzidas predominantemente em escolas públicas e coletivos. Um questionário de competências sociais e emocionais (de Pádua, 2020) foi aplicado antes e depois da intervenção para avaliar a aquisição de habilidades e os impactos do programa.
Resultados
Tivemos 101 respondentes antes da intervenção e 69 após às rodas de conversa. A participação era voluntária e não condicionada e a idade dos participantes variou de 12 a 28 anos (média de 15,9). Observou-se diferença significativa (p = 0.004) a favor da aquisição de habilidades socioemocionais após a intervenção. Além disso, o programa atingiu ou superou a expectativa de 94,2% dos participantes, com uma nota média atribuída de 8,89 numa escala de 0 a 10.
Análise Crítica
Dado o fato que 93% dos respondentes participaram de apenas 1 roda de conversa de aproximadamente 1h30, os achados lançam luz às potencialidades do programa na aquisição de habilidades socioemocionais mediante breves intervenções. Os resultados sugerem que iniciativas baseadas na educação entre pares, que transmitam estratégias de autocuidado e habilidades para resolução de problemas (coping), são capazes de impactar favoravelmente a saúde mental dos jovens participantes.
Conclusões e/ou Recomendações
Ao capacitar jovens para atuarem como agentes de transformação em suas comunidades, esses programas de educação entre pares podem contribuir para a redução do estigma, favorecendo o empoderamento e o desenvolvimento de habilidades essenciais para a vida. O programa avaliado pode ser aprimorado e replicado de forma articulada com ações de saúde mental no SUS, dialogando com estratégias da atenção primária e com o Programa Saúde na Escola.
SAÚDE, EDUCAÇÃO E TERRITÓRIO: A PRÁTICA DE ESTAGIÁRIOS DE FONOAUDIOLOGIA EM COMUNIDADES VULNERÁVEIS DE SERGIPE
Pôster Eletrônico
1 UFS
Período de Realização
Julho de 2024 a fevereiro de 2025.
Objeto da experiência
O Estágio Supervisionado em Saúde Coletiva do Curso de Fonoaudiologia (UFS/Lagarto) e o olhar dos estagiários sobre os desafios da profissão.
Objetivos
Relatar a experiência do estágio em Saúde Coletiva na Fonoaudiologia em territórios vulneráveis sergipanos, analisando as estratégias adaptativas desenvolvidas frente às limitações dos serviços e seu papel na construção de uma identidade profissional, crítica e politizada.
Descrição da experiência
A práxis do estágio envolveu 33 discentes, organizados em 3 grupos sob a orientação de um docente e 3 monitoras. Ao longo de 25 encontros de 4 horas, os estagiários vivenciaram visitas a escolas públicas de Lagarto/SE. Essa imersão permitiu o rastreamento sensível das necessidades fonoaudiológicas infantis, culminando, quando pertinente, em encaminhamentos humanizados aos serviços de saúde municipais e ao ambulatório da Clínica-Escola.
Resultados
O Estágio em Saúde Coletiva atingiu seus objetivos: 267 rastreios fonoaudiológicos foram realizados em 29 visitas, com encaminhamentos clínicos quando necessários. A experiência direcionou famílias vulneráveis a serviços de saúde, sobretudo à Fonoaudiologia, reforçando a comunicação como base do desenvolvimento humano. Na prática, evidenciou-se a integração da abordagem interseccional às intervenções, fortalecendo a dimensão ético-social e humana da profissão.
Aprendizado e análise crítica
O estágio em Saúde Coletiva permitiu integrar teoria e prática em escolas de áreas vulneráveis, afetadas por violência e suicídio. A vivência revelou carências estruturais e desafios administrativos, impactando o aprendizado. Redimensionou a Fonoaudiologia, transcendendo o setting clínico, ao criticar sua elitização e destacar a urgência em ampliar acesso às populações mais necessitadas. Reafirma-se seu papel essencial na Saúde Coletiva e na promoção da equidade social.
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que a experiência revela: a necessidade de superar visões fragmentadas na saúde; a urgência de abordagens interseccionais; e o valor da imersão em territórios para compreender como vulnerabilidades se cruzam. Recomenda-se repensar currículos para formar profissionais capazes de atuar nestas complexidades.
EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA: VULNERABILIDADES E FORTALECIMENTOS NO ENSINO EM SAÚDE COLETIVA NA FORMAÇAO MÉDICA
Pôster Eletrônico
1 Centro Universitário São Camilo
Período de Realização
Junho a dezembro de 2024
Objeto da experiência
Conteúdos antirracistas no curso de medicina como decolonialidade, estereótipos, desigualdades em saúde e políticas públicas para vulneráveis.
Objetivos
Avaliar a inclusão de conteúdos antirracistas como componente do curso de medicina na perspectiva dos estudantes, a partir 5º artigo de 2014 das Diretrizes Curriculares Nacionais e da Lei nº 10.639/2003, na qual incluiu-se a História e Cultura Afro-Brasileira em instituições de ensino.
Descrição da experiência
No curso de medicina de uma universidade privada do município de São Paulo, implantou-se uma disciplina supervisionada por docente afro-indígena, com aulas teóricas dialogadas e palestrantes indígenas, transexuais, negros e imigrantes, simulações de atendimentos e visitas técnicas no Museu da Diversidade, Centro de Referência de Saúde Integral para Travestis e Transexuais, Casa Indígena, Centro de Acolhida e Atenção Psicossocial Álcool e Drogas. Responderam questões em formulário eletrônico.
Resultados
Dos 78 alunos matriculados, 62 responderam o formulário (79,5%). Dos resultados, 55% disseram ser positivo ter contato com realidades diferentes das vivenciadas por eles, indicando a necessidade do conhecimento sobre diferentes contextos sociais como parte da atuação médica. Sobre percepções de sentimentos, 48% relataram sentir solidariedade pelo outro, 48%
sentiram empatia, 11% não tiveram sentimentos despertados e 2% relataram indiferença pelos conteúdos tratados.
Aprendizado e análise crítica
As metodologias de ensino foram inovadoras, desencadeando a princípio, estranhamento pelos estudantes. Com o passar das atividades, o conteúdo fez sentido ao possibilitar reflexões em saúde. Para os docentes, o desafio foi envolver estudantes e a apropriação de outras ciências como a humanas. A maioria entendeu que os conteúdos são necessários para a atuação médica, porém 13% mostraram que não houve impacto no aprendizado, sendo este um ponto de reflexão.
Conclusões e/ou Recomendações
A inclusão de conteúdos raciais na saúde de populações vulneráveis é importante para a formação de profissionais preparados para lidar com a diversidade humana, desigualdade e injustiça social, contribuindo para equidade e acesso. A abordagem multidimensional no ensino é essencial para a formação de médicos comprometidos com a melhoria da saúde pública, fortalecendo a identidade cultural das pessoas, de forma acolhedora, humanizada e inclusiva.
EXPERIÊNCIA DE DISCENTES DA PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA NA IMPLEMENTAÇÃO DE MINICURSO SOBRE INTERSETORIALIDADE NA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Pôster Eletrônico
1 Universidade Estadual do Ceará (UECE)
Período de Realização
As atividades foram desenvolvidas durante o mês de outubro de 2024.
Objeto da experiência
Processo de implementação de minicurso sobre ações intersetoriais para a promoção do crescimento, desenvolvimento e cuidado infantil.
Objetivos
Descrever a experiência de discentes da Pós-Graduação em Saúde Coletiva no processo de planejamento e implementação de minicurso sobre articulação entre saúde e educação na promoção do desenvolvimento infantil.
Metodologia
O minicurso foi desenvolvido por discentes do mestrado acadêmico do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Estadual do Ceará, com o intuito de abordar a importância da intersetorialidade nas ações desenvolvidas nas áreas da saúde e educação para a promoção do crescimento e do desenvolvimento na primeira infância. Assim, as atividades destinaram-se aos discentes dos cursos de graduação e pós-graduação na área da saúde, da educação e da assistência social.
Resultados
A realização das atividades fomentou debates sobre temas associados à integralidade do cuidado na infância, evolução das políticas públicas para a defesa dos direitos e da saúde da criança, o papel da escola no cuidado e identificação de riscos e vulnerabilidades, e a atuação da Atenção Primária à Saúde na promoção da saúde e desenvolvimento infantil. As discussões salientaram que embora as tais ações intersetoriais tenham apresentado avanços, ainda prevalecem intervenções fragmentadas.
Análise Crítica
As discussões oriundas das atividades salientaram que embora as ações intersetoriais voltadas para a assistência à criança tenham apresentado avanços, ainda se identifica nos serviços a prevalência de intervenções fragmentadas entre os setores, que impactam na qualidade do cuidado na infância. A abordagem do tema nos espaços de formação profissional pode instigar propostas e posturas crítico-reflexivas para tomadas de decisões e aprimoramento de políticas públicas para os direitos da criança.
Conclusões e/ou Recomendações
A abordagem do tema pelos organizadores e demais discentes mostrou-se relevante por representar a possibilidade de fomentar debates sobre a temática em importantes espaços de formação e atualização profissional, apresentando-se como estratégia capaz de contribuir no aprimoramento do conhecimento sobre o tema, bem como incentivar discussões e novas posturas nas diferentes categorias profissionais.
DIAGNÓSTICO LOCAL EM SALA DE AULA: UMA ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA PARA A ELABORAÇÃO DE PRODUTOS TECNO TECNOLÓGICOS
Pôster Eletrônico
1 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO SMS RIO
Período de Realização
2023 aos dias atuais
Objeto da experiência
Estratégias de aprendizagem direcionadas ao reconhecimento das necessidades de saúde dos territórios com equipes de residência.
Objetivos
Apresentar o percurso metodológico da matriz curricular do Programa de Residência em Saúde do município do Rio de Janeiro, no campo da Atenção Primária à Saúde, com vistas à elaboração de projetos de intervenção a partir das demandas identificadas no cotidiano do serviço.
Descrição da experiência
A matriz curricular do programa subsidia o arcabouço teórico para a construção do diagnóstico Situacional de Saúde. Este processo possibilita que o residente, a partir da análise das condições de saúde da população, seus determinantes sociais de saúde, dos indicadores de saúde vigentes, e da aplicação da matriz de análise de problemas, identifique e selecione problemas prioritários visando a construção de um Produto Técnico Tecnológico viável para o enfrentamento do mesmo.
Resultados
O Projeto Político Pedagógico do Programa de Residência é pautado na Educação Baseada em Competências, o qual direciona o residente para desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes voltados para a identificação do problema do campo de prática, e posteriormente desenvolver um projeto de conclusão de residência a propor um Produto Técnico Tecnológico que seja aplicável à sua realidade e que possa dar uma resposta à questão do cotidiano.
Aprendizado e análise crítica
O Programa de Residência está presente em 98 Equipes de Saúde da Família, distribuídas em 26 unidades. É o modelo de pós-graduação lato sensu considerado “padrão ouro de formação”. Essa abordagem de ensino apresenta uma lógica de uso dos componentes curriculares diferente dos modelos tradicionais de educação e utiliza em sala de aula atividades e metodologias com vistas a estratégias propositivas.
Conclusões e/ou Recomendações
Diante a necessidade de ações para induzir a expansão da cobertura de APS, pretende-se com esta experiência dialogar sobre as potencialidades e desafios da formação profissional com vistas à formação de profissionais com competências voltadas à uma prática de saúde que considere as necessidades sociais e epidemiológicas locais, reafirmando com isso o compromisso de entregar um serviço de saúde público e de qualidade para toda a população.
MULTIMORBIDADE E POLIFARMÁCIA EM IDOSOS: VIVÊNCIA INTERDISCIPLINAR NA ATENÇÃO PRIMÁRIA COM USO DO ARCO DE MAGUEREZ
Pôster Eletrônico
1 UNIFAN
Período de Realização
Fev. a abr. de 2025, nas atividades da PINESF V do curso de Medicina da Univ. Alfredo Nasser.
Objeto da experiência
Cuidado integral a idosa com multimorbidades e polifarmácia por meio de visitas domiciliares e Arco de Maguerez.
Objetivos
Analisar a associação entre multimorbidade e polifarmácia em uma paciente idosa, identificando fatores de risco e consequências clínicas, promovendo o uso racional de medicamentos e melhorias na qualidade de vida, por meio de estratégias educativas e intervenções práticas embasadas no Arco de Maguerez.
Metodologia
Experiência em Aparecida de Goiânia-GO com idosa de 68 anos, com multimorbidades e polifarmácia. Foram realizadas cinco visitas domiciliares por discentes de Medicina, com coleta de dados, exame físico, identificação de pontos-chave e aplicação do Arco de Maguerez. As ações incluíram entrega de caixa organizadora, tabela ilustrativa dos medicamentos, incentivo à hidratação, orientações para atividades físicas em casa e encaminhamentos médicos conforme necessidade.
Resultados
A paciente aderiu bem às orientações, passou a usar a caixa organizadora e a tabela dos medicamentos. Aumentou o consumo de água com a garrafa ofertada e se mostrou motivada a fazer atividades físicas em casa. Foi orientada sobre a importância de acompanhamento com especialistas. Observou-se melhora na organização do uso de medicamentos, maior consciência sobre os riscos da automedicação e fortalecimento do vínculo com a equipe de saúde.
Análise Crítica
O contato com a paciente e o uso do Arco de Maguerez geraram aprendizado sobre os desafios de idosos com multimorbidades. A polifarmácia e a automedicação refletem fatores clínicos, sociais e culturais. A experiência destacou a importância da escuta ativa, da educação em saúde e da atuação interprofissional centrada na pessoa. A dificuldade inicial em adaptar as intervenções foi superada pelo vínculo criado e pela criatividade nas estratégias adotadas pela equipe.
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se a ampliação de estratégias de educação em saúde voltadas para idosos em situação de multimorbidade, com ênfase no uso seguro de medicamentos. Sugere-se que as equipes da atenção primária adotem abordagens personalizadas, com acompanhamento contínuo e escuta qualificada. Fortalecer o vínculo com o paciente e promover autonomia são essenciais para um envelhecimento mais saudável e seguro.
VIVÊNCIA ACADÊMICA NA ABORDAGEM CLÍNICA DE PACIENTES EM USO DE CANNABIS MEDICINAL EM UMA ASSOCIAÇÃO DE CAMPO GRANDE – MS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 UFMS
Período de Realização
Vivência de janeiro a abril de 2025 em associação de apoio a Cannabis medicinal em Campo Grande, MS.
Objeto da experiência
Descrever a experiência de aproximação de estudantes de medicina com o tema da Cannabis medicinal.
Objetivos
Compreender o contexto envolvido no tratamento de pacientes com Cannabis medicinal em uma Associação, observando as demandas atendidas, produtos utilizados e condutas adotadas por profissionais de saúde.
Descrição da experiência
No 1º semestre de 2025, os estudantes tiveram a oportunidade de visitar a Associação e analisar os prontuários clínicos dos usuários, observando os diagnósticos mais frequentes, produtos utilizados e a evolução dos casos com o tratamento com a Cannabis medicinal. A partir disso, foi possível refletir sobre desafios, estigma social, barreiras burocráticas e a resistência de parte da comunidade médica ao uso medicinal da Cannabis no Brasil.
Resultados
Diante da experiência, observou-se que a Cannabis medicinal se apresenta hoje como uma alternativa de tratamento para condições de saúde como epilepsias, dor crônica, TEA, entre outros. Sua demanda vem aumentando a cada dia, mas o acesso ainda é limitado. Apesar dos benefícios clínicos já conhecidos, ainda há resistência da comunidade médica na prescrição e da população em buscar o uso medicinal, devido aos estigmas historicamente associados.
Aprendizado e análise crítica
Ainda há uma lacuna no ensino da graduação sobre as aplicações clínicas da Cannabis medicinal. A vivência extracurricular possibilitou o contato com o tema e a compreensão sobre o uso terapêutico da Cannabis medicinal, suas potenciais aplicações e benefícios aos pacientes. Foi possível ainda compreender a distinção entre o uso recreativo e o uso medicinal, situação implicada no estigma presente na sociedade e no meio acadêmico. Esta e outras barreiras contribuem para um uso ainda restrito.
Conclusões e/ou Recomendações
Hoje o uso da Cannabis medicinal é irreversível, mas seu estudo precisa ser incluído na formação de profissionais de saúde. Isto contribuirá não apenas para o combate ao estigma associado ao uso medicinal, como para a integração do conhecimento científico, com escuta qualificada e respeito às escolhas terapêuticas, fortalecendo uma prática médica mais ética, crítica e centrada no paciente.
O SEGREDO DA CAPIVARELA: UMA ESTRATÉGIA LÚDICA DE AUTOPROTEÇÃO NO TERRITÓRIO
Pôster Eletrônico
1 P.M.CÁCERES
2 UNEMAT
3 P. M. CÁCERES
Período de Realização
Maio de 2025
Objeto da experiência
Uso da dramatização para promover a autoproteção em crianças de 1 a 5 anos, integrando ações do PSE e Maio Laranja no ambiente escolar.
Objetivos
Objetivo geral:
Promover a autoproteção de crianças de 1 a 5 anos por meio de dramatização lúdica.
Objetivos específicos:
Estimular o reconhecimento de sentimentos, prevenir a violência, fortalecer a intersetorialidade e envolver acadêmicos do curso de enfermagem nas ações do PSE e Maio Laranja.
Metodologia
A atividade “O Segredo da Capivarela” adaptou de forma lúdica o livro O Segredo da Tartanina, de Ruth Rocha, com cenário local e do Pantanal. Acadêmicos do 9º semestre de Enfermagem da UNEMAT criaram o vídeo, apresentado a 305 crianças de 1 a 5 anos no CMEI CAIC em 22/05/2025. O vídeo foi disponibilizado a pais, promovendo diálogo familiar. A ação integrou PSE e Maio Laranja, incentivando autoproteção, reconhecimento corporal e prevenção da violência
Resultados
A ação envolveu 305 crianças de 1 a 5 anos, que ficaram animadas e atentas, com bom comportamento. Acadêmicos desenvolveram competências em educação em saúde. A parceria entre universidade, UBS e CMEI fortaleceu a rede local de proteção à infância. Pais enviaram feedbacks positivos, reconhecendo a importância do tema e valorizando a iniciativa, reforçando o diálogo familiar e fortalecendo a rede de proteção.
Análise Crítica
A experiência mostrou-se eficaz para engajar crianças pequenas em um tema complexo, utilizando linguagem lúdica e contextualizada à realidade local. A participação ativa dos acadêmicos no processo de adaptação e apresentação do vídeo contribuiu para a formação prática e reflexiva desses futuros profissionais. A integração entre saúde e educação se destacou como fator fundamental para o sucesso da ação, reforçando a importância do trabalho intersetorial.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência evidenciou a importância do uso de metodologias ativas e lúdicas para acessar e envolver crianças pequenas, faixa etária frequentemente negligenciada em ações educativas e de saúde. Estratégias tradicionais nem sempre conseguem alcançar esse público de forma eficaz, reforçando a necessidade de práticas que respeitem o desenvolvimento infantil e promovam a participação ativa das crianças, favorecendo sua compreensão e engajamento.
A CONTRIBUIÇÃO DA EXTENSÃO NA FORMAÇÃO DO FUTURO MÉDICO
Pôster Eletrônico
1 UNESA
Período de Realização
O projeto de extensão foi desenvolvido durante o ano de 2024 e 2025.
Objeto da experiência
Desenvolver a integração das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde entre discentes, docentes e usuários da Atenção Primária à Saúde.
Objetivos
Estimular a divulgação sobre as diversas práticas integrativas e complementares para os usuários de uma Unidade de Atenção Primária. Junto a isso, contribuir na produção do conhecimento sobre as PICS na formação dos discentes de um curso de graduação de Medicina.
Descrição da experiência
Primeiramente, os alunos abordaram os usuários da Unidade de APS a fim de divulgar o projeto como também saber se o paciente teria interesse em participar do grupo de Whastapp do referido projeto. Após isso, iniciou-se a implementação das atividades do projeto, intituladas "Bate Papo Integrativo" e "Vivenciando as Práticas Integrativas". Ao longo do projeto, várias práticas integrativas foram abordadas, como Reiki, Yoga, Meditação, Mindfulness, Acupuntura, entre outras.
Resultados
O projeto “Vamos falar sobre as PICS” contribuiu para a formação do estudante de Medicina ao promover o fortalecimento do cuidado mais humanizado e integral na relação médico-paciente, ao buscar integrar saberes e práticas que abordam outras racionalidades médicas. Somado a isso, o projeto desenvolveu ações de produção e transmissão de conhecimentos sobre as PICS com caráter participativo dos alunos, desenvolvendo competências transversais, contribuindo na formação desses discentes.
Aprendizado e análise crítica
Ao refletir sobre os modelos de saúde existentes, as PICS enfatizam o uso de outras racionalidades, como as medicinas tradicionais, mostrando aos alunos a possibilidade do uso de abordagens menos invasivas, tão presentes no modelo biomédico. Dessa forma, os discentes recebem em sua formação o aprendizado de competências e habilidades que desenvolvam uma abordagem mais humanizada e holística, além de valorizar o vínculo entre o profissional de saúde e o paciente.
Conclusões e/ou Recomendações
Por meio do projeto de extensão, os alunos receberam o conhecimento das PICS em sua formação, mostrando a importância do uso de práticas terapêuticas mais holísticas e que devem estar disponíveis pelo SUS para os futuros médicos poderem oferecer essas práticas para os seus pacientes. É importante que as escolas médicas promovam a reflexão sobre a relevância das PICS, combatendo preconceitos e desmistificando a importância de sua aplicação.
COMPARTILHANDO SABERES, MULTIPLICANDO SOLUÇÕES: A EXPERIÊNCIA DO PROJETO CAMINHANDO E CONSTRUINDO A EXTENSÃO NO HC/UFMG/EBSERH
Pôster Eletrônico
1 UFMG
2 HC/UFMG/EBSERH
Período de Realização
A experiência aqui relatada dá ênfase ao período compreendido entre 15/03/2019 e 31/12/2024.
Objeto da experiência
O resumo em tela aborda vivências do projeto de extensão "Caminhando e construindo a extensão no HC/UFMG”.
Objetivos
Ampliar a divulgação da política de extensão no complexo HC/UFMG; oportunizar a participação da comunidade interessada nas atividades de extensão realizadas no HC/UFMG e conscientizar a comunidade interessada sobre os impactos positivos promovidos pelas atividades extensionistas.
Metodologia
Trata-se de projeto de extensão universitária (EU) promovido no Hospital das Clínicas da UFMG. Com início no ano de 2019, o projeto tem se preocupado em aprimorar a gestão das atividades de extensão e promover a integração pesquisa-ensino-extensão no ambiente de prática dos cursos de saúde da universidade. Por meio de diversos processos de trabalhos foram aplicados os conhecimentos em gestão da qualidade para melhoria de processos internos e aperfeiçoamento da comunicação institucional.
Resultados
Os principais resultados alcançados foram: a implementação de um sistema contínuo de monitoramento da satisfação de extensionistas; a revisão e aprovação de normas regulamentadoras sobre atividades de extensão no complexo hospitalar; mapeamento de projetos de extensão realizados; aumento no número de atividades de extensão realizadas; incorporação da metodologia de gestão à vista e divulgação das ações em eventos científicos à nível nacional e internacional.
Análise Crítica
É notório que a EU contribui positivamente para a formação de profissionais mais completos e engajados com a saúde coletiva capazes de promover a transformação social. O envolvimento em atividades de EU possibilita uma ampliação e aplicação prática dos conhecimentos construídos em sala de aula e oferece um retorno social imediato dos investimentos públicos para a formação de profissionais da saúde. Além disso, promove uma reflexão crítica do saber-fazer cotidiano.
Conclusões e/ou Recomendações
Identificou-se: necessidade de maior reconhecimento das atividades de EU nos processos formativos dos profissionais de saúde a partir da curricularização; que para efetivação de um programa de EU robusto são necessários investimentos de caráter estrutural e financeiro recorrentes e; que atividades de EU expandem as possibilidades dos sujeitos por meio de processos crítico-reflexivos ao permitirem práticas com impactos sociais relevantes e imediatos.
ENTRE DESAFIOS E POSSIBILIDADES: PROFISSIONALIZAÇÃO DOCENTE E MÉTODOS ATIVOS NA UFV
Pôster Eletrônico
1 UFV
Período de Realização
De 24 e 25 de novembro de 2023 e 08 e 09 de dezembro de 2023.
Objeto da experiência
Identificação dos principais desafios institucionais e pedagógicos para a formação docente em saúde na UFV.
Objetivos
Analisar os desafios enfrentados pela UFV no processo de institucionalização da formação docente e na efetivação do uso de metodologias ativas, à luz das percepções de docentes participantes de uma oficina institucional, com foco na educação permanente em saúde.
Metodologia
A oficina integrou o programa “UFV em Ação” e foi ofertada a docentes dos quatro centros acadêmicos: Centro de Ciências Agrárias (CCA – 17%), Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCB – 37%), Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas (CCE – 17%) e Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCH – 29%). As percepções foram coletadas por formulário online e analisadas por meio de análise temática.
Resultados
Os principais desafios apontados foram: institucionalização da formação docente (n=27), promoção da educação permanente (n=26), e necessidade de formações alinhadas à prática docente (n=25). Também se destacaram a falta de recursos tecnológicos (n=24), condições materiais inadequadas (n=9), escassez de espaços apropriados (n=7) e pouca oferta de formadores especializados (n=2).
Análise Crítica
A análise evidenciou que a formação docente ainda carece de reconhecimento como eixo estruturante da qualidade acadêmica. A oficina permitiu identificar barreiras operacionais e simbólicas à adoção de metodologias ativas, reafirmando a necessidade de articulação entre política institucional, cultura docente e suporte pedagógico contínuo.
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que oficinas como essa são potentes catalisadoras de reflexões sobre a profissionalização docente. Recomenda-se sua continuidade, associada a uma política de formação estruturada, com apoio institucional, carga horária reconhecida e escuta ativa das demandas docentes para garantir impacto real na prática pedagógica.
DA TEORIA À PRÁTICA: ANÁLISE DE UMA OFICINA DE FORMAÇÃO DOCENTE EM MÉTODOS ATIVOS NA UFV
Pôster Eletrônico
1 UFV
Período de Realização
De 24 e 25 de novembro de 2023 e 08 e 09 de dezembro de 2023.
Objeto da experiência
Análise da realização de uma oficina institucional voltada à formação docente em métodos ativos de ensino na UFV.
Objetivos
Examinar a realização da oficina de formação docente em métodos ativos, com foco no formato, na gestão do tempo e nas percepções dos participantes sobre a aplicabilidade das estratégias vivenciadas.
Metodologia
A oficina, em formato presencial, envolveu dois encontros com turmas compostas por docentes dos quatro centros acadêmicos da UFV, com destaque para a área da saúde. Utilizou-se a imersão vivencial em métodos ativos, com atividades como aprendizagem baseada em filmes, avaliação formativa, feedback e varal da avaliação. A facilitação foi conduzida por docente especialista com apoio de pós-graduandos vinculados ao PRODUS.
Resultados
Os docentes avaliaram positivamente o formato presencial, destacando-o como motivador (n=32), participativo (n=29) e colaborativo (n=28). A oficina foi descrita como reflexiva (n=28), prática (n=25) e dialógica (n=24), promovendo aprendizado teórico (n=22) e sendo considerada inovadora por parte dos participantes (n=19). As estratégias vivenciais facilitaram o engajamento e a aplicação prática dos métodos ativos.
Análise Crítica
As temáticas mais aperfeiçoadas foram: aprendizagem significativa (n=33), avaliação formativa (n=32), feedback (n=31) e estratégias de ensino (n=25). A vivência prática favoreceu a articulação entre teoria e prática, promovendo reflexão crítica sobre ensino por competências, mediação pedagógica e profissionalização docente, ainda pouco exploradas em espaços formativos institucionais.
Conclusões e/ou Recomendações
A oficina demonstrou potencial formativo, com reconhecimento do tempo como adequado por 80% dos participantes. Recomenda-se sua continuidade, com possibilidade de módulos complementares para aprofundamento. A experiência reforça a importância da vivência prática como eixo estruturante da profissionalização docente em saúde.
EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE, FORMAÇÃO MÉDICA E EXTENSÃO: TECENDO VÍNCULOS E SABERES ENTRE A UNIVERSIDADE E A COMUNIDADE
Pôster Eletrônico
1 UFTM
Período de Realização
A experiência ocorreu no ano de 2024
Objeto da experiência
Aborda a experiência docente de implementação da Educação Popular em Saúde (EPS) no curso de Medicina da Universidade Federal do Triângulo Mineiro.
Objetivos
Relatar a experiência docente com a implementação de ações extensionistas de Educação Popular em Saúde em uma disciplina do curso de Medicina junto a crianças de uma escola pública.
Metodologia
Em 2024, iniciou-se o processo de creditação da extensão na disciplina de Vivências III. Adotou-se abordagem teórica-metodológica baseada na pedagogia freiriana e na Política Nacional de Educação Popular em Saúde. Os discentes foram orientados pelas docentes, fizeram o reconhecimento do local e do público, levantamento de demandas, elaboraram o planejamento das ações em diálogo com a escola e realizaram as ações de EPS, valorizando os diferentes saberes e priorizando a educação emancipadora.
Resultados
Participaram cerca de 400 alunos do 4º e 5º ano do Ensino Fundamental, 79 acadêmicos de Medicina, 5 docentes do Departamento de Saúde Coletiva e uma pós-graduanda. Os temas “Uso de telas por crianças e adolescentes” e “Cyberbullying” foram abordados em oficinas guiadas por metodologias participativas. Por fim, elaborou-se cartilha educativa, impressa e digital, para sensibilização de pais e responsáveis. A gestão, professores e equipe pedagógica da escola contribuíram ativamente em cada etapa.
Análise Crítica
A implementação de ações extensionistas com práticas de EPS em cursos da área da saúde, alinhados historicamente ao modelo biomédico, podem ser desafiadoras, mas também apresentam potencialidades. Ações como essas podem fortalecer a formação médica crítica, reflexiva e ética, ao estimular o engajamento em práticas pedagógicas inovadoras, comprometidas com os determinantes sociais de saúde, com a aproximação da comunidade e a construção coletiva de respostas concretas às demandas existentes.
Conclusões e/ou Recomendações
Sob a ótica docente, a experiência evidencia a potência da EPS para a formação médica, fortalecendo relações entre a universidade e os setores da sociedade, contribuindo para os avanços no Sistema Único de Saúde. As ações promoveram o diálogo, a construção e a disseminação do conhecimento. As crianças e os representantes da escola manifestaram o desejo de continuidade, reforçando a importância do vínculo e da longitudinalidade do cuidado.
EXPERIÊNCIA DE ENSINO-APRENDIZAGEM NO ESTÁGIO DOCÊNCIA EM SAÚDE COLETIVA
Pôster Eletrônico
1 UFF
Período de Realização
As experiências aqui descritas foram realizadas no período de julho a dezembro de 2024.
Objeto da experiência
Estágio docência no mestrado acadêmico em saúde coletiva da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Objetivos
Socializar as experiências vivenciadas a partir do estágio docência das disciplinas de saúde coletiva e políticas públicas em saúde no curso de bacharealdo em enfermagem.
Descrição da experiência
Experiência acerca do estágio docência no mestrado acadêmico em saúde coletiva. O cenário do estágio correspondeu ao curso de bacharelado em enfermagem, nas disciplinas: saúde coletiva e políticas públicas em saúde. Foram propostas atividades de discussão e debates, com participação ativa da turma, com vistas à construção coletiva do conhecimento. Além disso, foram desenvolvidas atividades em contato direto com a comunidade para expandir os conteúdos além da estrutura da sala de aula.
Resultados
Durante os 6 meses de estágio docência, a mestranda atuou sob a supervisão de um professor universitário vinculado ao programa de pós-graduação, cumprindo a carga horária total de 60 horas. A disciplina de saúde coletiva agregou a experiência prática do ensino durante a sua duração, enquanto a disciplina de políticas públicas em saúde procedeu suas atividades por meio de debates e apresentações promovidos pelos próprios discentes do curso de graduação e mediados pelo professor e estagiária.
Aprendizado e análise crítica
O contato direto do profissional em formação docente junto aos discentes de nível superior oportunizou melhor compreensão das dinâmicas do processo de ensino-aprendizagem. Os debates, apresentações e discussões realizadas contribuíram para uma formação crítico-reflexiva por meio da exposição de saberes e práticas individuais e coletivas. As atividades de educação em saúde no âmbito da comunidade ampliam o olhar da integralidade do ensino em saúde coletiva.
Conclusões e/ou Recomendações
Sendo o estágio docência constituinte do mestrado acadêmico com o diferencial de ofertar a atuação prática aliada ao componente teórico, ressalta-se sua importância na formação de profissionais docentes qualificados para atuação. Além disso, a presença de professores supervisores oportuniza uma formação mais completa e imersiva. O contato com os discentes das disciplinas do estágio tem impacto transformador e potencializador na formação docente.
NARRAR PARA CUIDAR: POTENCIALIDADES DA ESCUTA E DAS NARRATIVAS EM SAÚDE COM PESSOAS COM DOENÇA FALCIFORME NA FORMAÇÃO ACADÊMICA
Pôster Eletrônico
1 UFTM
Período de Realização
Atividade desenvolvida de agosto a dezembro de 2024, no Hemocentro de um Hospital Federal de Ensino.
Objeto da experiência
Produção de narrativas em saúde realizadas por acadêmicos participantes de um projeto de ensino em uma Instituição Federal de Ensino Superior.
Objetivos
Descrever a experiência de acadêmicos dos cursos de Enfermagem e Medicina, participantes de um projeto de ensino, sobre a produção de narrativas em saúde a partir da prática de “escutatória” realizada junto a pessoas com doença falciforme (DF).
Metodologia
Amparados no conceito de “escutatória” de Rubem Alves, 18 acadêmicos, subsidiados com um roteiro semiestruturado, convidaram pessoas com doença falciforme para um processo de escuta sobre sua trajetória de vida e necessidades em saúde. Após a escuta, os discentes produziram narrativas em saúde exercitando o olhar crítico, humanizado e sua reflexão sobre sua atuação profissional no cuidado dessa população. As narrativas valorizaram as emoções das pessoas ligadas ao adoecimento e ao autocuidado.
Resultados
As narrativas produziram histórias sobre o adoecer e a luta diária pela vida que não são contempladas na anamnese. Os participantes abordaram situações de exclusão, resistência, afeto e superação. A experiência deslocou o olhar dos acadêmicos da doença para a pessoa, aproximando-os do cuidado integral. A escuta revelou-se potente para sensibilizar, formar e transformar futuros profissionais em sujeitos mais empáticos, atentos às múltiplas dimensões do ser humano.
Análise Crítica
Praticar a escuta ativa e produzir uma escrita sensível em saúde são estratégias enriquecedoras para pensar a atuação profissional no processo de cuidado. Essa prática vai de encontro ao modelo biomédico, de modo a valorizar a singularidade das histórias e humanizar o olhar clínico. Permitiu refletir sobre lacunas na formação em saúde e sobre a importância de metodologias que valorizem o encontro e o afeto como partes do cuidado, sobretudo, em uma doença frequentemente negligenciada como a DF.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência da “escutatória” oportunizou aos acadêmicos uma vivência evidenciando como o racismo, o silenciamento e o descaso moldam o adoecer. As narrativas em saúde possibilitaram acessar sentidos, afetos e percepções do cuidado, mostrando que narrar para cuidar é reconhecer a dignidade do outro como saber legítimo e transformador. Incluir essa prática na formação dos acadêmicos contribuiu para a humanização no processo do cuidar.
PÓS-DOUTORADO NO PROFSAÚDE/UERN: FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA E DAS POLÍTICAS DE SAÚDE LGBTQIA+ NO SEMIÁRIDO POTIGUAR
Pôster Eletrônico
1 UERN
Período de Realização
1º semestre de 2025.
Objeto da experiência
Vivência em pós-doutorado pelo PROFSAÚDE/UERN, com foco na saúde LGBTQIA+ na atenção primária do RN.
Objetivos
Relatar a experiência do pós-doutorado desenvolvido no Programa de Mestrado Profissional em Saúde da Família (PROFSAÚDE/UERN), financiado pela FAPERN, destacando a contribuição para o fortalecimento da atenção primária à saúde, especialmente no cuidado à população LGBTQIA+ do semiárido potiguar.
Descrição da experiência
Participação nos encontros presenciais fornecendo apoio a realização das disciplinas do mestrado e dos encontros pedagógicos do programa. Realização de reuniões periódicas com a supervisão acadêmica e os grupos de pesquisas vinculados ao programa o que possibilitaram discussões estratégicas para o aprimoramento dos projetos e dos produtos técnicos tecnológicos propostos. Realização de leituras e discussões sobre políticas públicas, saúde LGBTQIA+ e metodologias qualitativas.
Resultados
A atuação no pós-doutorado fortaleceu a integração entre pesquisa, ensino e serviço, qualificando a atuação do pesquisador na atenção primária local. O caráter rotativo dos encontros permitiu a vivência nas realidades territoriais diversas no semiárido potiguar. As leituras teóricas, as discussões e o aprofundamento no modelo Donabedian, contribuíram diretamente para o embasamento da pesquisa e o aprimoramento do diagnóstico da efetividade das políticas públicas de saúde LGBTQIA+ na região.
Aprendizado e análise crítica
A experiência vivenciada no pós-doutorado reafirmou a importância dos espaços formativos na construção de práticas críticas e transformadoras. As leituras e as discussões sobre territórios, cuidados e políticas públicas possibilitaram a ampliação da compreensão sobre os desafios da saúde coletiva no semiárido, sobretudo aquelas vivenciadas pela população LGBTQIA+. A pesquisa aliada ao ensino e ao serviço é essencial para a formulação de estratégias mais efetivas e inclusivas.
Conclusões e/ou Recomendações
A proposta fortaleceu a atuação do pesquisador na área da saúde coletiva e ampliou a sua contribuição no desenvolvimento do semiárido potiguar. A integração entre ensino, pesquisa e serviço potencializou a construção de evidências qualificadas, fundamentais para o enfrentamento das desigualdades, o fortalecimento da APS e a promoção de práticas inclusivas, além de subsidiar a avaliação da efetividade das políticas públicas de saúde na região.
SAÚDE LGBTQIA+ EM AÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE ACESSO E CUIDADO EM SAÚDE NA CIDADE DE PATOS-PB
Pôster Eletrônico
1 UNIFIP
2 UERN
Período de Realização
2º semestre de 2024 e 1º semestre de 2025.
Objeto da experiência
Análise das barreiras enfrentadas pela população LGBTQIA+ no acesso aos serviços de saúde na cidade de Patos no estado da Paraíba.
Objetivos
Promover ações de escuta qualificada sobre as barreiras e os desafios no acesso e no cuidado em saúde da população LGBTQIA+ da cidade de Patos-PB, e promover formações sobre acolhimento em saúde LGBTQIA+ destinados à profissionais de saúde.
Descrição da experiência
Inicialmente foram promovidas entrevistas individuais com 30 pessoas LGBTQIA+ para a realização de um diagnóstico situacional sobre a problemática abordada. Com as informações obtidas foi realizado um curso de formação em saúde e cuidado LGBTQIA+. Este curso foi realizado na modalidade on-line, contando com a participação de 30 profissionais de saúde, que discutiram sobre gênero, sexualidade e os desafios enfrentados pela população LGBTQIA+ no acesso ao SUS, como o respeito ao nome social.
Resultados
As entrevistas revelaram dificuldades no acesso a à saúde, a falta de serviços especializados e o desrespeito ao nome social. O curso gerou impactos significativos nos profissionais de saúde, que relataram maior compreensão sobre gênero, sexualidade e os desafios da população LGBTQIA+. Muitos destacaram que passaram a adotar práticas mais acolhedoras, com atenção ao nome social e à escuta qualificada. Para os alunos extensionistas a experiência fortaleceu o compromisso social e o senso crítico.
Aprendizado e análise crítica
Foram percebidas lacunas na efetivação das políticas públicas para a população LGBTQIA+. Além disso percebeu-se que formações específicas são fundamentais para desconstruir preconceitos e promover práticas mais inclusivas nos serviços de saúde. Para os extensionistas, foi um processo formativo potente, que fortaleceu competências em educação popular, pesquisa e direitos humanos. A escuta das demandas da população reafirmou a importância da extensão como ferramenta de transformação social.
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que a escuta da população LGBTQIA+ e a capacitação dos profissionais de saúde são estratégias fundamentais para enfrentar as desigualdades no acesso e no cuidado. O projeto contribuiu para sensibilizar profissionais, fortalecer práticas acolhedoras e promover a inclusão no SUS. Recomenda-se a continuidade e a ampliação de ações formativas em saúde LGBTQIA+, incorporando essa temática na educação permanente dos profissionais.
PET-SAÚDE EQUIDADE NA BAIXADA SANTISTA: ARTICULAÇÃO INTERINSTITUCIONAL PELA FORMAÇÃO PARA O SUS COM FOCO NA EQUIDADE DE GÊNERO, RAÇA E CUIDADO EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UniSantos
2 Unifesp
Período de Realização
Período de realização
Dezembro de 2023 a fevereiro de 2024
Objeto da experiência
Objeto da experiência
Construção e implementação das ações do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET) – Equidade na Baixada Santista
Objetivos
Objetivo
Relatar a experiência de construção e implementação das ações do PET Saúde-Equidade por meio da articulação interinstitucional entre universidades, serviços de saúde e gestão municipal, promovendo práticas formativas integradas e voltadas à justiça social.
Descrição da experiência
Descrição da experiência
Consistiu na construção coletiva das ações do PET Saúde – Equidade, por meio da articulação entre instituições de ensino superior Unifesp – Campus Baixada Santista e UniSantos, o Núcleo de Educação Permanente em Saúde (NEPS), o Departamento Regional de Saúde IV – Baixada Santista (DRS-IV), gestoras e trabalhadoras da saúde,. Houve adesão de três municípios : Santos, São Vicente e Guarujá. As temáticas foram: interseccionalidades, saúde mental e processos de maternagem.
Resultados
Resultados
Realização de ações semanais dos grupos tutoriais nos serviços de saúde; oficinas e seminário regional sobre políticas de equidade; encontros mensais de formação e reflexão; construção de espaços de formação compartilhada entre universidade e serviço; adesão de gestores e ampliação do debate sobre equidade nos territórios. O projeto tem promovido a transversalidade da temática da equidade nos currículos acadêmicos e fortalecido vínculos com movimentos sociais.
Aprendizado e análise crítica
Aprendizado e análise crítica
As ações do PET Saúde – Equidade demonstrou a potência da articulação entre ensino, serviço e gestão para a formação crítica no âmbito do SUS. Os desafios identificados foram a sustentabilidade das ações, a sobrecarga das trabalhadoras da saúde e a necessidade de institucionalização dos espaços de escuta e formação. A experiência contribuiu para o do debate sobre interseccionalidades e reafirmou a equidade como eixo estruturante das políticas públicas.
Conclusões e/ou Recomendações
Conclusões e/ou recomendações
O PET Saúde – Equidade contribui de forma significativa para a consolidação de práticas educativas comprometidas com os princípios do SUS, especialmente a equidade. A integração entre trabalhadoras da saúde, estudantes e gestores fomenta processos formativos críticos, territorializados e voltados à transformação social, fortalecendo o SUS enquanto política pública promotora de justiça social.
ENSINO DA EPIDEMIOLOGIA NA GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM.
Pôster Eletrônico
1 UECE
Período de Realização
Estudo realizado durante os meses de fevereiro a maio de 2024.
Objeto da experiência
Ensino e aprendizagem em Epidemiologia.
Objetivos
Descrever uma experiência durante o ensino da disciplina de Epidemiologia para os alunos do curso de Enfermagem; Apresentar a percepção dos alunos sobre a Epidemiologia; Expor a principal dificuldade dos alunos na Epidemiologia.
Metodologia
Estudo descritivo do tipo relato de experiência foi realizado durante os meses de fevereiro a maio de 2024 em uma Universidade no interior do Ceará. Os dados referentes à investigação foram colhidos através da plataforma Google Forms com dezessete alunos. Durante a experiência foram abordadas duas questões sobre a disciplina: relevância da Epidemiologia e grau de dificuldade. As respostas foram de acordo com a escala Likert.
Resultados
Sobre a relevância da Epidemiologia 66,7% responderam que acham a disciplina muito importante e os outros 33,3% acham a disciplina importante, já sobre o grau de dificuldade obteve-se os resultados: 50% marcaram a opção pouco fácil, 33,3% marcaram a opção razoavelmente fácil, 11,1% marcaram a opção difícil e apenas 5,6% marcaram fácil. A maior dificuldade, relatada pelos alunos, trata-se do cálculo de indicadores.
Análise Crítica
Os alunos da graduação podem ter lacunas no conhecimento anteriores Ensino Superior o que pode justificar os resultados deste estudo. É possível que eles apresentem além de déficits teóricos, dificuldades pessoais, financeiras entre outras. Conhecer as limitações de uma turma específica trouxe uma visão nítida da realidade o que contribuiu para maior atenção ao conteúdo exposto pelo docente.
Conclusões e/ou Recomendações
Apesar dos discentes terem a percepção de que a Epidemiologia é uma disciplina difícil, eles reconheceram a sua importância para a saúde. A Epidemiologia tem papel indispensável no campo da Saúde Coletiva sendo responsável pela análise da situação de saúde e tomada de decisão dos profissionais e, portanto, essencial para formação dos alunos.
INTERVENÇÃO MULTIDISCIPLINAR NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: APLICAÇÃO DO ARCO DE MAGUEREZ EM PACIENTE EM VULNERABILIDADE EMOCIONAL
Pôster Eletrônico
1 CENTRO UNIVERSITÁRIO ALFREDO NASSER
Período de Realização
Realizado no 4º período de Medicina da Unifan no período de fevereiro a maio de 2025.
Objeto da experiência
Relatar o acompanhamento a mulher em situação de vulnerabilidade emocional, depressão e fragilidade familiar como desafios na Atenção Primária à Saúde
Objetivos
Relatar a experiência de discentes na disciplina do Programa Integrado de Estudos na Saúde da Família, com base no Arco de Maguerez, metodologia ativa que contribui para o desenvolvimento de competências e habilidades no curso de Medicina.
Descrição da experiência
A paciente foi incluída no estudo por indicação do agente comunitário de saúde, após consentimento livre e esclarecido. As visitas domiciliares ocorreram semanalmente, com duração média de 1h30, totalizando seis encontros, possibilitando o desenvolvimento das cinco etapas do Arco de Maguerez: observação da realidade, identificação dos pontos-chave, teorização, hipóteses de solução e aplicação à realidade.
Resultados
J.P.O, 34 anos, com depressão agravada após demissão, usa Amitriptilina 10mg/dia sem seguimento. Relata ideação suicida, ansiedade, conflito familiar, prolapso vaginal, incontinência urinária, má alimentação, higiene precária e isolamento. Abordagem multidisciplinar visou fortalecer a saúde mental, promover hábitos saudáveis e resgatar vínculos familiares, contribuindo para melhora do estado emocional e qualidade de vida.
Aprendizado e análise crítica
As ações promoveram melhorias nos hábitos de vida, saúde mental e vínculos familiares. A integração entre teoria e prática fortaleceu a atuação acadêmica. Pequenas estratégias planejadas geraram impacto significativo na atenção primária.
Conclusões e/ou Recomendações
A aplicação do Arco de Maguerez promoveu mudanças nos hábitos e saúde da paciente. Ações interdisciplinares mostraram impacto positivo na atenção primária. Estratégias simples geraram grande efeito na qualidade de vida.
SAÚDE COLETIVA: ADESÃO AO PROGRAMA MAIS MÉDICO ATRAVÉS DA PRÁTICA PEDAGÓGICA POR UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO PRIVADA
Pôster Eletrônico
1 Unicesumar
Período de Realização
Visando o discente atuar no âmbito da APS, o Webnário ocorreu no dia 16 de abril de 2025.
Objeto da experiência
Atividade pedagógica que apresenta o Programa Mais Médicos (PMM) como componente da formação médica em Saúde Coletiva.
Objetivos
Apresentar aos discentes do internato o Programa Mais Médicos (PMM) como política pública estratégica, ampliando o conhecimento sobre a APS e estimulando o interesse pela atuação no SUS como componente da formação médica em Saúde Coletiva.
Metodologia
A experiência foi desenvolvida pela disciplina de Saúde Coletiva, no sexto ano do curso de medicina, por meio de um webinário com a coordenação nacional do Programa Mais Médicos/MS. A atividade apresentou a política de provimento, critérios de adesão, acesso ao sistema SGP-MS, e estímulos à interiorização médica. Após a atividade foi aplicado um formulário para percepção dos discentes sobre a atividade.
Resultados
Participaram mais de 200 discentes (63%), com posterior aplicação de formulário avaliativo. Entre os que responderam ao formulário, 97% avaliaram positivamente a ação e consideraram relevante, 71% demonstraram interesse direto pelo PMM, realizando inscrição no programa. O formulário foi elaborado em três dimensões: percepção sobre a importância do programa, o interesse na participação e sobre o papel da disciplina em fomentar a interiorização médica e formação no SUS e para o SUS.
Análise Crítica
A atividade evidenciou que muitos discentes desconheciam o Programa Mais Médicos, apesar de seu impacto no SUS.
A inclusão da política em um momento formativo fortaleceu a compreensão sobre o papel do médico na APS. A experiência revelou que ações pedagógicas vinculadas à realidade do SUS favorecem o engajamento e o protagonismo do discente.
Conclusões e/ou Recomendações
Os discentes entenderam que o objetivo do PMM, é estruturar a RAS e com isso oportunizar uma carreira médica com formação na atenção primária à saúde. O processo formativo do internato médico deverá apresentar conteúdos amplificados e abrangentes da atuação medicina, e a escola médica tem a perspectiva de defender e atuar nas políticas e programas do MS, ampliando e oportunizando que o discente possa iniciar sua carreira profissional.
FORMAÇÃO EM SAÚDE DO TRABALHADOR: ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE PARA NÚCLEOS DE ATENÇÃO À SEGURANÇA E À SAÚDE DO TRABALHADOR NA SESAP/RN
Pôster Eletrônico
1 SESAP/RN
2 UFRN
Período de Realização
Realizado entre setembro e outubro de 2024, com aulas nos turnos da manhã e da tarde.
Objeto da experiência
Formação introdutória para capacitar profissionais dos núcleos de saúde do trabalhador e fortalecer a PNSTT no SUS do Rio Grande do Norte.
Objetivos
Capacitar profissionais da rede pública para atuar nos Núcleos de Atenção à Segurança e à Saúde do Trabalhador, promovendo a implementação da PNSTT por meio da qualificação técnica e do fortalecimento das ações de atenção, vigilância e promoção da saúde do trabalhador.
Metodologia
Atividade formativa foi estruturada em cinco módulos com 40h (25h presenciais e 15h remotas), voltada aos profissionais dos Núcleos de Atenção à Segurança e à Saúde do Trabalhador (NASST) da rede estadual. Abordou teoria e prática, com ênfase na realidade dos serviços, incluindo normas, vigilância, notificações, processos de trabalho e sistemas de informação, por meio de aulas expositivo-dialogadas, oficinas práticas e uso de metodologias ativas com apoio de materiais digitais e impressos.
Resultados
O curso de formação alcançou seu objetivo e atendeu às expectativas dos 23 participantes. A maioria (95%) considerou adequada a carga horária e a divisão em módulos. Destacaram como pontos fortes a metodologia participativa, os conteúdos técnicos atualizados e a infraestrutura. As principais dificuldades relatadas foram conciliar horários, acesso remoto e deslocamentos. Para futuros cursos, sugeriram temas como, e-Social, saúde mental e orientações sobre aspectos legais na saúde do trabalhador.
Análise Crítica
O curso proporcionou uma reflexão crítica aprofundada sobre a saúde do trabalhador, estimulando os participantes a questionar práticas estabelecidas e a integrar conhecimentos técnicos e normativos à realidade do SUS. Essa análise crítica permitiu o desenvolvimento de competências para identificar fragilidades e propor soluções, fortalecendo a atuação profissional e a implementação efetiva das políticas públicas de saúde no contexto do trabalho na saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que o curso foi eficaz ao capacitar servidores, fortalecer a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e promover aprendizado crítico. Recomenda-se ampliar a carga horária, flexibilizar formatos, melhorar a transmissão online, incluir novos temas como e e-Social, realizar avaliações contínuas e incentivar novas turmas para ampliar a qualificação na rede estadual.
CORREDOR DE CUIDADOS COMO AÇÃO PEDAGÓGICA - TERAPÊUTICA NA EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UNICAMP
2 FIOCRUZ
3 UFVJM
Período de Realização
Realizado durante um encontro da Especialização em Educação Popular em Saúde 15 a 17 de Maio de 2025
Objeto da experiência
Encontro entre profissionais e sujeitos populares que valoriza saberes tradicionais e práticas culturais de cuidado.
Objetivos
Reconhecer e valorizar as Práticas Populares de Cuidado como expressão legítima de saberes e fazeres ancestrais, promovendo o cuidado integral, o acolhimento e a amorosidade como princípios pedagógicos e terapêuticos da Educação Popular em Saúde.
Metodologia
O Corredor de Cuidados é uma vivência ancestral, inspirada em práticas culturais como o túnel das quadrilhas juninas, em que as pessoas atravessam um corredor humano, sendo cuidadas com toques, palavras de afeto, cantos e aromas. Surgiu nos movimentos populares do Ceará incorporando saberes indígenas, afro religiosos, massagem, reiki, música e poesia, promovendo acolhimento e fortalecimento coletivo.
Resultados
A prática fortaleceu vínculos afetivos, a confiança nos coletivos e o reconhecimento das práticas populares como legítimas formas de cuidado. Foi adotada por diversos movimentos, eventos e até serviços de saúde, tornando-se uma referência em cuidado integral e comunitário, replicada em outros estados e países latino-americanos. Promoveu inclusão, pertencimento e valorização dos saberes tradicionais.
Análise Crítica
A vivência revelou que o cuidado não depende de técnicas sofisticadas, mas de escuta, presença e afeto. Mostrou que a educação popular em saúde pode ser terapêutica, respeitando a ancestralidade e os saberes do povo. O Corredor rompe com a lógica biomédica, aproximando cuidado e cultura, corpo e espírito, técnica e emoção, revelando novos sentidos para a prática em saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
O Corredor é uma prática replicável e sensível, que valoriza saberes populares e promove cuidado humanizado. Recomenda-se sua adoção em formações, movimentos e serviços de saúde. Para continuidade e expansão, é necessário reconhecimento institucional e vínculo com políticas públicas voltadas à equidade e ao bem viver.
TRANSFORMAÇÃO DO PROCESSO DE TRABALHO NA APS A PARTIR DO CURSO EMULTI EM FORMAÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA FORMATIVA
Pôster Eletrônico
1 SMS Belo Jardim/PE
Período de Realização
fevereiro de 2025 a junho de 2025.
Objeto da experiência
A experiência formativa e coletiva de uma equipe da APS a partir dos conteúdos do curso eMulti em FormAÇÃO
Objetivos
Relatar como a participação no curso eMulti em FormAÇÃO contribuiu para transformar o processo de trabalho de uma equipe da atenção primária à saúde, a partir da aplicação de metodologias como Balint e Paideia e da construção coletiva do cuidado no cotidiano da APS.
Metodologia
A partir da participação no curso eMulti em FormAÇÃO, a autora passou a estruturar semanalmente aulas com a equipe da APS, baseadas nos conteúdos e metodologias aprendidos. Os temas abordados, como escuta qualificada, apoio matricial e trabalho coletivo, foram aplicados à prática cotidiana, gerando reflexões e reorganização do cuidado. A experiência foi vivida em unidade de saúde da família, com equipe multiprofissional.
Resultados
A equipe passou a atuar de forma mais integrada, fortalecendo vínculos entre os profissionais e com os usuários. O ambiente de trabalho se tornou mais colaborativo, com maior escuta, empatia e corresponsabilidade. A prática clínica se alinhou mais fortemente aos princípios da APS, e os atendimentos passaram a considerar mais as singularidades dos usuários e os determinantes sociais do território.
Análise Crítica
O curso evidenciou que os desafios da APS exigem mais que respostas técnicas: demandam compromisso, escuta ativa e sensibilidade com os territórios. A experiência mostrou que o trabalho coletivo e a formação contínua são potentes instrumentos de transformação. A metodologia do curso favoreceu a reflexão crítica da prática e o fortalecimento da equipe diante das adversidades do cotidiano na atenção básica.
Conclusões e/ou Recomendações
A vivência formativa possibilitou uma mudança significativa no processo de trabalho e na forma de cuidar. Reforça-se a importância de espaços permanentes de educação e reflexão nas equipes da APS. Recomenda-se a ampliação de estratégias como o curso eMulti, que promovem transformação real nas práticas profissionais, fortalecem vínculos e ampliam a capacidade de resposta da atenção primária.
ATIVIDADES INTEGRADAS EM SAÚDE COLETIVA: A EXPERIÊNCIA EM PRÁTICAS DIDÁTICAS NO MESTRADO
Pôster Eletrônico
1 UFRJ
Período de Realização
Agosto de 2024 a dezembro de 2024
Objeto da experiência
Participação de mestrandos nas disciplinas de graduação em Saúde Coletiva, com foco na atenção à saúde em rede de pessoas acometidas por tuberculose.
Objetivos
Relatar a experiência como assistente social e pesquisadora na contribuição do olhar ao aspecto social do processo saúde-doença-cuidado a pessoas acometidas por tuberculose.
Apontar as potencialidades que atores da “ponta” podem oferecer aos percursos formativos para além do olhar biomédico.
Metodologia
Durante o mestrado acadêmico em Saúde Coletiva no Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da UFRJ, a mestranda participou da disciplina Atividades Integradas em Saúde Coletiva (AISC), que prevê a inserção dos estudantes da graduação em unidades de atenção à saúde do município do Rio de Janeiro. O objetivo da disciplina é propiciar conhecimentos acerca das redes de atenção à saúde, a partir da atenção primária, cotejando as dimensões normativas e comunicativas do acesso à saúde.
Resultados
As visitas propiciaram aos alunos identificar condutas estritamente biomédicas sobre o cuidado em tuberculose por parte de profissionais de saúde; Observação de fatores sociais e estruturais que contribuem para o abandono do tratamento, como vulnerabilidade social e econômica; Desenvolvimento de produtos para fortalecer o cuidado como estratégia de comunicação entre universidade e serviço de saúde a partir dos achados e percepções dos alunos.
Análise Crítica
A experiência evidenciou a importância de integrar o olhar social ao processo de formação em saúde, destacando a necessidade de abordagens interdisciplinares que considerem os determinantes sociais da saúde. A contribuição sobre a proteção social de pessoas acometidas por tuberculose permitiu aos alunos visualizar outras formas de cuidado ao usuário acometido por Tuberculose, assim como mapear os recursos que o território oferece para pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica.
Conclusões e/ou Recomendações
A incorporação dos aspectos sociais na discussão sobre o agravo permitiu que os estudantes superassem uma abordagem estritamente biomédica e epidemiológica que apresentavam no início da disciplina. Ao considerar fatores como a efetivação dos direitos dos cidadãos, os futuros sanitaristas buscaram mapear no território estratégias para suporte social aos usuários em tratamento, alinhando-se com os princípios caros à SC como integralidade e equidade.
SEGURANÇA DO PACIENTE: EXPERIÊNCIA EM UM HOSPITAL MUNICIPAL E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O CUIDADO SEGURO
Pôster Eletrônico
1 UEG e UFG
2 UFG
3 UEG
Período de Realização
De março de 2025 a Junho de 2025
Objeto da experiência
Fortalecimento da segurança do paciente entre profissionais de saúde do Hospital Municipal de Itumbiara.
Objetivos
Promover a cultura de segurança do paciente junto aos profissionais de saúde, sensibilizando para práticas seguras que contribuam para a redução de riscos e melhoria do cuidado. Articular a temática com as ações educativas do projeto de extensão da UEG, e a prática com a pesquisa do doutorado.
Descrição da experiência
A experiência consistiu na implementação de oficinas, rodas de conversa e ações educativas sobre segurança do paciente com profissionais do hospital. Foram trabalhadas estratégias para reduzir eventos adversos, enfatizando a importância da comunicação efetiva, dos sistemas de notificações de incidentes e eventos adversos e o uso correto dos protocolos de segurança.
Resultados
A experiência promoveu maior adesão às boas práticas de segurança do paciente pelos profissionais de saúde. Observou-se aumento da sensibilização sobre os riscos e a importância da prevenção de eventos adversos. Houve, ainda, integração entre a equipe, fortalecendo o trabalho colaborativo e a corresponsabilidade no cuidado.
Aprendizado e análise crítica
A vivência mostrou que a educação permanente é fundamental para consolidar a cultura de segurança. A participação ativa dos profissionais e o alinhamento com o projeto de extensão e o doutorado potencializaram os resultados, evidenciando a relevância do tema para a saúde coletiva.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência evidenciou que a segurança do paciente é essencial para a qualidade assistencial e para a saúde coletiva. Recomenda-se a continuidade das ações educativas e a expansão para outras unidades de saúde, promovendo o engajamento contínuo dos profissionais e a cultura de segurança.
CONSTRUINDO CAMINHOS NO SUS: A SEMANA DE INTEGRAÇÃO NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DO GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO
Pôster Eletrônico
1 Enfermeira, Residente do Programa de Saúde Coletiva – Gestão em Saúde do Grupo Hospitalar Conceição
2 Técnico em Educação do Grupo Hospitalar Conceição
3 Enfermeira, Residente do Programa de Saúde da Família do Grupo Hospitalar Conceição
Período de Realização
A Semana de Integração ocorreu de 6 a 12 de março de 2025, organizada por membros da RMS/GHC.
Objeto da experiência
Descrever o papel da Semana de Integração na adaptação, acolhimento e qualificação dos residentes multiprofissionais do GHC para atuação no SUS.
Objetivos
Apresentar a rede de saúde onde estarão inseridos; Promover a integração entre residentes de diferentes profissões; Proporcionar conhecimento sobre a instituição, facilitando o acesso a serviços e recursos; Favorecer a adaptação dos residentes ao ambiente institucional e às rotinas da residência.
Descrição da experiência
Nas dinâmicas da semana, ocorreu a recepção dos residentes pelos integrantes da COREMU e da diretoria do GHC, apresentação dos programas e rodas de conversa. Ademais, a aula inaugural “Formação política para o SUS: O papel das residências”, reunindo mais de 500 residentes de 12 instituições. Nos dias subsequentes, palestras sobre temáticas em saúde e oficinas interativas. Além disso, visitação em serviços da rede SUS, e, ao final, foram acolhidos por coordenações e orientados sobre a atuação.
Resultados
Foi aplicado um formulário aos residentes para avaliar a experiência de ingresso, atividades e percepções sobre a integração. Os retornos foram majoritariamente positivos, com destaque para a receptividade, acolhimento e atividades interativas. Os relatos negativos apontaram ansiedade inicial e momentos mais expositivos, compreendidos como necessários. Destacou-se a valorização do contato com outros programas e serviços, ampliando a visão de rede e possibilitando futuros estágios.
Aprendizado e análise crítica
Ingressar em uma residência em saúde, com carga horária intensa, gera expectativas e dúvidas. Assim, torna-se fundamental acolher e orientar sobre a instituição e suas políticas, bem como auxiliar no início das atividades. A atuação na residência amplia a formação técnica, busca-se a construção de cidadãos que promovam práticas coletivas, sociais e políticas. O investimento na integração fortalece a adaptação, o trabalho em rede e consolida esses princípios na trajetória dos residentes.
Conclusões e/ou Recomendações
A Semana de Integração é essencial para ambientar os novos residentes, promovendo acolhimento e facilitando sua inserção profissional. Ao reduzir inseguranças e incentivar o engajamento, reforça princípios como integralidade, convivência e construção coletiva. A valorização da multiprofissionalidade e o contato com diversos serviços ampliam a visão em rede, especialmente para residentes de outros estados que desconheciam o GHC.
VIGILÂNCIA DE AMBIENTES E PROCESSOS DE TRABALHO: A EXPERIÊNCIA DE UM CURSO EM EAD OFERTADO PARA TRABALHADORES DO SUS EM MINAS GERAIS
Pôster Eletrônico
1 Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais
Período de Realização
agosto a outubro de 2024, período de oferta da primeira turma do Curso
Objeto da experiência
Qualificação de referências técnicas atuantes na temática de Vigilância de Ambientes e Processos de Trabalho (VAPT)
Objetivos
Elaborar e ofertar, pela Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG), curso em formato EaD autoinstrucional, com conteúdo, qualificado técnica e pedagogicamente, sobre a temática de VAPT
Descrição da experiência
A Coordenação de Promoção, Cuidado e Vigilância em Saúde (CPCVS) da ESP-MG elaborou e ofertou, em parceria com a Diretoria de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador (DVAST) da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o Curso Básico de VAPT. A matriz curricular do Curso abarcou processos históricos da construção do SUS, da Vigilância em Saúde e da Vigilância em Saúde do Trabalhador no Brasil, as normativas, além da atuação e execução das ações de VAPT
Resultados
O conteúdo do Curso, com carga horária de 40 horas, foi elaborado por trabalhadoras da SES-MG e da CPCVS/ESP-MG. A coordenação técnica pedagógica realizada pela ESP-MG priorizou o atendimento aos pressupostos da Educação Permanente em Saúde (EPS), enfatizando, durante a elaboração da matriz curricular do curso e do conteúdo didático, o diálogo com o cotidiano de trabalho dos alunos e alunas. Foram certificados 539 alunos e alunas, com avaliação de satisfação dos concluintes acima de 98%
Aprendizado e análise crítica
A primeira oferta do Curso VAPT em um Estado com extensa dimensão territorial e que convive com a alta rotatividade desses profissionais, mostrou-se promissora. O percentual de 60,2% de certificação entre alunos/as matriculados/as, ainda que dentro do esperado para ações em EaD, aponta para a necessidade de sensibilização de gestores/as e trabalhadores/as para a importância de processos formativos, norteados pela EPS, de forma a fortalecer ações de VAPT nos territórios
Conclusões e/ou Recomendações
Uma nova oferta do Curso VAPT está prevista para o segundo semestre de 2025. Além disso, diante da importância da temática, a equipe técnica da CPCVS e da Assessoria de Educação à Distância da ESP-MG incluiu o Curso no Portifólio de Cursos EaD ofertados pela instituição. Dessa forma, está prevista a oferta contínua do Curso e a realização anual de atualizações, contemplando sobretudo, a legislação específica sobre o tema
ENSINO, TERRITÓRIO E FORMAÇÃO, VIVÊNCIAS DO ESTÁGIO DOCENTE EM SAÚDE E CIDADANIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 UFRN
2 UFPE
Período de Realização
O componente curricular foi ofertado durante o semestre de 2025.1 com carga horária total de 60h.
Objeto da experiência
Acompanhar os discentes da graduação em atividades interprofissionais desenvolvidas em território promovendo a integração ensino-serviço-comunidade.
Objetivos
Relatar sobre a experiência vivenciada durante o estágio de docência na disciplina Saúde e Cidadania (SaCi), ofertada pelo curso de Mestrado em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Metodologia
O local da prática docente ocorreu no Bairro de Felipe Camarão II, na unidade básica de saúde localizada na zona oeste de Natal-RN, que é uma área rica em história e cultura popular, embora enfrente vulnerabilidades sociais. A atividade foi desenvolvida sob a supervisão do professor e da preceptora da unidade, acompanhamos os discentes dos cursos de Medicina, Nutrição, Odontologia e Enfermagem durante a disciplina, promovendo reflexões interprofissionais e integração ensino-serviço-comunidade.
Resultados
Durante o estágio de docência, vivenciei de perto os desafios e potenciais do ensino interprofissional no território. Acompanhar os estudantes me fez entender que o papel do docente vai além de repassar conteúdo, envolve escuta, mediação e estímulo à reflexão crítica. A experiência também me permitiu compreender melhor os diferentes ritmos e formas de aprendizagem, além da importância de adaptar as estratégias pedagógicas à realidade local e ao contexto dos estudantes.
Análise Crítica
Essa vivência ampliou meu olhar sobre a formação e atuação profissional, contribuindo para meu crescimento enquanto docente em formação. Durante a graduação, não tive disciplinas nesse formato nem experiências de territorialização com os agentes comunitários de saúde, e acredito que isso teria tornado meu olhar mais atento às realidades do território, à importância do trabalho em equipe e aos desafios sociais que impactam a saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência com a disciplina Saúde e Cidadania evidenciou a importância de integrar desde o início da formação a perspectiva interprofissional e o compromisso com a realidade social dos territórios. Recomenda-se a ampliação dessa prática em cursos de saúde, para fortalecer a formação crítica, ética e colaborativa dos futuros profissionais, promovendo maior equidade e qualidade na atenção à saúde.
ATUAÇÃO NA SALA DE SITUAÇÃO DE SAÚDE DE NITERÓI/RJ: SOB O OLHAR DO RESIDENTE EM SAÚDE COLETIVA
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal Fluminense (UFF)
2 FMS Niterói
Período de Realização
Estágio iniciado em março de 2025 e atualmente em andamento.
Objeto da experiência
A atuação do residente em Saúde Coletiva na produção e análise de dados na Sala de Situação de Saúde do município de Niterói/RJ.
Objetivos
1) Descrever as atividades desenvolvidas pelo residente, no exercício da função de sanitarista;
2) Compreender o papel da Sala de Situação de Saúde como ferramenta estratégica para os níveis de atenção, gestão e vigilância em saúde.
Metodologia
O Programa de Residência de Enfermagem em Saúde Coletiva da Universidade Federal Fluminense tem como campo de estágio no R2 a Sala de Situação de Saúde do município de Niterói/RJ. Em 2021, a sala foi implantada a partir de um convênio entre a Fundação Municipal de Niterói e a Organização Pan-Americana da Saúde, com o objetivo de promover a integração dos dados em saúde, a fim de garantir a transparência das informações e subsidiar a tomada de decisão pela gestão municipal.
Resultados
O residente permanece durante seis meses junto a equipe, contribuindo na análise dos dados provenientes dos sistemas de informação e participando das discussões com a gestão municipal. Foi possível também estar à frente como sanitarista responsável na elaboração do painel epidemiológico de Neoplasias em conjunto com sanitaristas e programadores da equipe, o qual tem como objetivo monitorar e analisar os indicadores relacionados à detecção precoce, morbidade e mortalidade dessas doenças.
Análise Crítica
O residente contribui ativamente com a validação de bases de dados, a construção de painéis epidemiológicos, o uso de ferramentas de análise e a articulação em reuniões intersetoriais. Essas experiências contribuíram significativamente para a formação em serviço. Contudo, essa atuação ainda encontra desafios relacionados à consolidação de fluxos de trabalho direcionado ao profissional residente, o que pode limitar sua autonomia e clareza das atribuições no cotidiano do serviço.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência na Sala de Situação de Saúde possibilitou ao residente aplicar conhecimentos teóricos na prática, desenvolver habilidades técnicas com diferentes ferramentas de análise e compreender seu papel como sanitarista na produção e validação de informações em saúde. Ao mesmo tempo, evidenciou-se a importância de consolidar fluxos de trabalho mais definidos, de modo a potencializar sua autonomia e qualificar ainda mais o processo formativo.
OFICINA FORMATIVA SOBRE INTERPROFISSIONALIDADE (OFIP): UMA EXTRATÉGIA DE INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE (RELATO DE EXPERIÊNCIA)
Pôster Eletrônico
1 UFPB
Período de Realização
A experiência ocorreu em dois momentos: nos segundos semestres dos anos de 2023 e 2024
Objeto da experiência
Valorização da preceptoria no contexto do Trabalho e Educação Interprofissional (TIP/EIP)
Objetivos
A OFIP visou qualificar os profissionais de saúde (preceptores/as) e trabalhadores da Atenção Básica (AB) sobre o TIP/EIP; Fortalecer a integração ensino-serviço-comunidade, considerando a realidade vivenciada por educadores, trabalhadores(as) de saúde e usuários(as) da AB
Descrição da experiência
Em cada semestre, foi ofertada uma OFIP, no total de duas oficinas no período, com participação total de 60 preceptores(as) e trabalhadores(as) da saúde, com carga-horária total de 30h, distribuídas em 5 unidades. Foi utilizada a metodologia ativa-problematizadora, com momentos de conteúdos teóricos, contextualizados com as práticas vivenciadas nos serviços, e ao final de cada módulo as equipes apresentaram suas impressões e experiências de TIP/EIP dos diversos serviços envolvidos.
Resultados
O TIP é uma realidade importante na maioria dos serviços participantes da oficina, mas aspectos teórico-metodológicos usados fortaleceram o TIP/EIP. A problematização do TIP/EIP disparou trocas de saberes e melhor compreensão da importância da preceptoria e do TIP para a formação de futuros profissionais da saúde. Houve reflexões sobre a importância da valorização dos trabalhadores da saúde para melhor produtividade no trabalho e contribuição com a formação/educação no serviço.
Aprendizado e análise crítica
O avanço do TIP/EIP na saúde, é desafiadora, diante da tradição de práticas e formação uniprofissional. Políticas de valorização do TIP/EIP são necessárias para um Sistema Único de Saúde (SUS) mais equânime e eficaz. As pessoas participantes da OFIP, perceberam melhor tais desafios. Algumas questões sobre a valorização profissional foram debatidas com destaque para problemas salariais, nas condições de trabalho, de saúde mental do(a) trabalhador(a), qualidade de vida e segurança pública
Conclusões e/ou Recomendações
A OFIP facilitou o vínculo entre a academia e as equipes de saúde, o que possibilitou um maior reconhecimento de papeis, confiança e facilitou a resolução de conflitos no trabalho, o que consequentemente pode repercutir em melhores serviços prestados às comunidades. Mudanças no processo de trabalho e de educação/formação em saúde devem ser priorizadas por meio de políticas que estimulem o TIP/EIP e a valorização dos(as) trabalhadores(as) da saúde.
PRÁTICAS DE REVISÕES DA DISCIPLINA DE FISIOLOGIA HUMANA NA PERSPECTIVA DO MONITOR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 IFCE
Período de Realização
O período de realização foi de acordo com a oferta de 2024.1, totalizando um semestre letivo.
Objeto da experiência
Monitoria em Fisiologia Humana no curso de Nutrição do IFCE-Limoeiro do Norte-CE, buscando estratégias para encontrar os desafios e os benefícios.
Objetivos
Identificar as colaborações e as barreiras da tutoria para o aluno-monitor do curso de Bacharelado em Nutrição do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) de Limoeiro do Norte-CE.
Metodologia
Relato de experiência, descritivo da tutoria por dois discentes voluntários da disciplina de fisiologia humana, no curso de Nutrição, promovendo revisões, com metodologias ativas e apoio individualizado. Utilizaram aulas preparadas, resolução de exercícios, mapas mentais coletivos, um grupo em aplicativo para dúvidas e situações práticas em saúde pública. Realizou-se também reuniões periódicas com o professor orientador das ações, alinhando didáticas e identificando dificuldades da turma.
Resultados
Os resultados e a discussão mostram a importância do projeto. A evolução profissional e pessoal do tutor foi enorme, pois as questões comportamentais, de conhecimento e experiência foram estimuladas. Os discentes tiveram a aprendizagem facilitada com exemplos cotidianos e o docente teve ajuda na transmissão. As barreiras foram cruciais para expor a realidade do corpo docente e treinar o discente para algumas situações. Assim, os resultados foram semelhantes com as experiências de outros autores.
Análise Crítica
Os aprendizados foram cheios de experiências que beneficiaram o tutor, os alunos e o professor. Além disso, é notório que cabe aos órgãos responsáveis pelos programas de monitoria discente buscarem meios de reduzir esses impactos negativos, tanto para os tutores quanto para os alunos cursistas da disciplina. Outro papel fundamental é o incentivo à participação dos discentes nessa atividade extra curricular, visto os resultados positivos apresentados neste relato diante da vivência pelo monitor.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência proporcionou crescimento profissional, desenvolvendo habilidades docentes, proporcionando uma visão dos dois lados, tanto a do professor quanto a do aluno. Apesar dos desafios, como o contexto de greve, a monitoria beneficiou alunos, monitores e professores, reforçando a importância de iniciativas que integrem ensino e extensão, com foco na prática profissional. Portanto, a monitoria foi essencial para o desenvolvimento do discente.
A ATUAÇÃO DOS RESIDENTES NA SENSIBILIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE PARA A EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE (EPS)
Pôster Eletrônico
1 FIOCRUZ BRASÍLIA
Período de Realização
A experiência ocorreu entre outubro de 2024 e março de 2025, na UBS 07 de Samambaia, DF.
Objeto da experiência
Vivência de residentes na sensibilização de profissionais de saúde para a Educação Permanente em Saúde.
Objetivos
Descrever a atuação dos residentes do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Fiocruz Brasília no enfrentamento das resistências à EPS.
Descrição da experiência
A experiência foi desenvolvida no projeto “Diálogos em Saúde”, com ações formativas semanais baseadas em metodologias ativas, como rodas de conversa, para sensibilizar os profissionais. O processo envolveu diagnóstico participativo com Árvore de Problemas, planejamento por meio da PES, implementação de estratégias para fortalecer a EPS e avaliação contínua das ações desenvolvidas.
Resultados
Houve adesão progressiva dos profissionais aos “Diálogos em Saúde”, com valorização dos espaços de troca e reflexão sobre as práticas. As avaliações indicaram percepção positiva quanto à relevância e aplicabilidade dos conteúdos. A experiência motivou outra unidade a replicar a proposta, evidenciando seu potencial formativo, apesar das resistências enfrentadas, como a sobrecarga de trabalho e a limitada compreensão sobre a EPS.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou que resistências à EPS são multifatoriais e que superá-las exige estratégias sensíveis e colaborativas. A atuação dos residentes como facilitadores foi essencial para transformar resistências em potencial educativo. As ações formativas contextualizadas estimularam o interesse e fortaleceram práticas mais reflexivas e humanizadas, apesar das limitações impostas pela sobrecarga assistencial e pelo uso inadequado do horário protegido.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência reforça a importância da atuação dos residentes na promoção da EPS e destaca a necessidade de apoio institucional, respeito aos horários formativos e fortalecimento de processos pedagógicos participativos. Recomenda-se a continuidade e expansão das ações, garantindo sustentabilidade e potencializando a qualificação das práticas de cuidado na Atenção Primária.
QUALIFICAÇÃO EM SÍFILIS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 UnB
Período de Realização
A experiência ocorreu em março de 2025.
Objeto da experiência
Qualificação de profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) no manejo, diagnóstico e tratamento da sífilis.
Objetivos
Relatar a experiência de profissionais residentes como participantes de um curso de capacitação voltado a profissionais de saúde sobre o manejo clínico da sífilis.
Metodologia
O evento ocorreu na Região de Saúde Leste do Distrito Federal e foi promovido pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica e Imunização. A capacitação reuniu profissionais de diferentes categorias. Inicialmente, realizaram uma exposição teórica que abordou diagnóstico, testagem rápida, condutas terapêuticas e estratégias de vigilância. Em seguida, com o intuito de estimular a aprendizagem ativa, foram apresentados e discutidos casos clínicos representativos da prática cotidiana no contexto da APS.
Resultados
A capacitação despertou interesse e engajamento dos profissionais. Os estudos de caso facilitaram a compreensão das diferentes apresentações clínicas da sífilis e das condutas adequadas. Observou-se aumento da segurança na interpretação dos testes rápidos e no manejo dos casos. A troca de experiências entre os participantes fortaleceu vínculos e integrou práticas. A ação também aprimorou a articulação entre assistência e vigilância, destacando a relevância das ações de educação permanente.
Análise Crítica
Destaca-se a importância da ampliação de iniciativas formativas em educação permanente, considerando que a região Leste ocupa a terceira posição em notificações de sífilis adquirida entre as regiões de saúde do Distrito Federal, conforme o InfoSaúde/2024. Momentos como esse favorecem a atualização técnica dos profissionais, contribuem para a reorganização dos processos de trabalho, aprimoram a tomada de decisões e intensificam a vigilância dos casos, promovendo mudanças na prática assistencial.
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se a criação de espaços regulares para o desenvolvimento da educação permanente em saúde, com a utilização de metodologias ativas e incentivo à integração interprofissional. A articulação entre vigilância e atenção, aliada a uma formação crítica e prática, é fundamental para o enfrentamento da sífilis. Ressalta-se, ainda, o papel estratégico dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) na promoção da saúde e na busca ativa de casos.
ENTRE CAMPO E CORPO: ETNOGRAFIA COMO FERRAMENTA DE APROXIMAÇÃO E EMPATIA NA PESQUISA EM SAÚDE.
Pôster Eletrônico
1 UFBA
Período de Realização
A EXPERIÊNCIA FOI REALIZADA DE OUTUBRO DE 2022 A AGOSTO DE 2024 NO BAIXO SUL DA BAHIA
Objeto da experiência
A ETNOGRAFIA COMO FERRAMENTA PARA A PESQUISA EM SAÚDE, VISANDO UMA MAIOR INTERAÇÃO COM OS SUJEITOS, E QUE SEJA MAIS DIALÓGICA E MENOS EXTRATIVISTA.
Objetivos
COMPREENDER COMO A RELAÇÃO ENTRE PESQUISADOR, CAMPO E SUJEITOS NA ETNOGRAFIA PODE RESULTAR EM UMA PESQUISA MAIS HUMANIZADA E PARTICIPATIVA. E AINDA, PERCEBER COMO A CONSTRUÇÃO DESSE CENÁRIO DE PESQUISA PODE TRAZER RETORNO PARA AS COMUNIDADES
Descrição da experiência
A PRESENTE EXPERIÊNCIA SE INSERIU NO PROJETO ECLIPSE (ISC-UFBA). A ETNOGRAFIA NOS PROPORCIONOU UMA VASTA VIVÊNCIA COM AS COMUNIDADES EM QUE O REFERIDO PROJETO REALIZOU ATIVIDADES. ENQUANTO UMA PESQUISA-AÇÃO, FOI POSSÍVEL IMERGIR NA REALIDADE SOCIOCULTURAL DAS COMUNIDADES, MAS TAMBÉM, PROPOR AÇÕES EM COLABORAÇÃO COM AS COMUNIDADES, COMO IMPACTO NAS POLÍTICAS PÚBLICAS E PRODUÇÃO ARTÍSTICA. CONSTRUIR ESSAS RELAÇÕES HORIZONTALMENTE FOI IMPORTANTE PARA ALCANÇARMOS OS OBJETIVOS QUE O PROJETO ALMEJAVA.
Resultados
ESSA EXPERIÊNCIA NOS PERMITIU COMPREENDER QUE A PARTICIPAÇÃO HORIZONTAL EM CAMPO É FUNDAMENTAL PARA UMA PESQUISA MAIS HUMANIZADA. MAIS QUE OBSERVAÇÃO, HÁ UMA PACTUAÇÃO ENTRE PESQUISADOR E COMUNIDADE, O QUE QUALIFICA A PESQUISA. COMO DESTACA MINAYO (2000), É ESSENCIAL IDENTIFICAR OS IMPACTOS INICIAIS E REFLETIR SOBRE A FORMA DE INSERÇÃO NO CAMPO ETNOGRÁFICO, PROMOVENDO UMA PESQUISA ONDE DIÁLOGO E A DISCUSSÃO FAZEM PARTE DO FAZER CIÊNCIA, LEVANDO A UM CONSENSO E NÃO UMA MÁ ERRÔNEA DOS FATOS.
Aprendizado e análise crítica
NESSE CONTEXTO, ENTENDEMOS QUE NOS ESTUDOS SOCIAIS PRESUMIR O LUGAR DO SUJEITO E FALAR EM SEU NOME CONSTITUI UM EQUÍVOCO NA CONSTRUÇÃO DE SABERES E SIGNIFICADOS. SPIVAK (1988) QUESTIONA ESSA LÓGICA AO CRITICAR A TENDÊNCIA DO PENSAMENTO OCIDENTAL DE “FALAR PELOS OUTROS” E APAGAR SUAS VOZES E EXPERIÊNCIAS. DESTE MODO, REFLETIMOS NO POTENCIAL DA ETNOGRAFIA EM PRODUZIR RESULTADOS DE FORMA CRÍVEL, MAS QUE NÃO RETIRE O PROTAGONISMO DOS SUJEITOS.
Conclusões e/ou Recomendações
CONCLUI-SE POR MEIO DESTA EXPERIÊNCIA QUE A PESQUISA EM SAÚDE DEVE SE CONSTITUIR PAUTADA NO DIÁLOGO E, NÃO APENAS NA OBSERVAÇÃO. OUTRO PONTO IMPORTANTE É COMO A ETNOGRAFIA POSSIBILITA UMA APROXIMAÇÃO COM OS SUJEITOS E OS SEUS MODOS DE VIDA, SENDO UMA FERRAMENTA DE EXTREMA RELEVÂNCIA PARA PROMOVER UMA PESQUISA CONSTRUTIVA A TODOS OS ENVOLVIDOS.
PARCERIA ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE NO SUS: ALICERCE DA FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DO CUIDADO
Pôster Eletrônico
1 UNIFASAM
2 ESF-SMS SENADOR CANEDO-GO
3 FEN –UFG/SMS SENADOR CANEDO-GO
4 UNIFASAM/ SMS SENADOR CANEDO-GO
Período de Realização
Este trabalho descritivo e qualitativo relata ações de 2023 a 2025.
Objeto da experiência
Estágios no SUS são essenciais na formação em saúde, mas ainda há desafios para estruturá-los conforme as diretrizes curriculares nacionais.
Objetivos
Este relato descreve a experiência de graduandos em Odontologia da UNIFASAM durante a participação em estágios no município de Senador Canedo-GO, com ênfase na aplicação das práticas de problematização em saúde.
Descrição da experiência
O estudo relata a experiência de estágios em Odontologia na ESF de Senador Canedo-GO, viabilizados por parceria ativa entre instituição de ensino e prefeitura. A articulação docente, apoiada na atuação no serviço público, possibilitou a construção conjunta do campo de estágio. Estudantes, em grupos, atuaram em diagnóstico territorial, atendimento clínico e ações com equipe multiprofissional, inclusive, nos grupos de educação em saúde, fortalecendo a formação crítica e o compromisso com o SUS.
Resultados
Os resultados evidenciam que a diversificação dos campos fora do ambiente acadêmico possibilita aos estudantes vivenciar diferentes realidades, compreender a saúde pública, refletir sobre determinantes sociais e aprofundar conhecimentos, fortalecendo a assistência à comunidade. Para o serviço, os estágios potencializam as ações, viabilizam atividades e aproximam a equipe da qualificação, ampliando a capacidade de atendimento e a integração com a população.
Aprendizado e análise crítica
As diretrizes curriculares para Odontologia promovem formação generalista e humanista, valorizando o SUS. Contudo, muitas prefeituras resistem a parcerias, especialmente com instituições privadas, por dificuldades em absorver estudantes. Essa lacuna entre teoria e prática exige profissionais intermediadores que facilitem a comunicação entre ensino e serviço. É urgente ampliar estágios e fortalecer a tríade ensino-serviço-comunidade para aprimorar formação e assistência à população.
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que os estágios em saúde são uma estratégia eficaz para aproximar profissionais e população, promovendo o referenciamento na rede de saúde e um entendimento mais profundo da realidade comunitária. Assim, a integração entre formação acadêmica e prática real é essencial para a capacitação dos futuros profissionais, o fortalecimento do atendimento à comunidade e a colaboração entre instituições educacionais e serviços de saúde.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE CIGARRO ELETRÔNICO COM ADOLESCENTES EM ESPAÇO COMUNITÁRIO DE FLORIANÓPOLIS (SC)
Pôster Eletrônico
1 UFSC
Período de Realização
Março de 2024
Objeto da experiência
Educação em saúde voltada a adolescentes sobre os riscos do cigarro eletrônico, realizada em espaço comunitário na Lagoa da Conceição (SC).
Objetivos
Relatar ação educativa com adolescentes do 6º e 7º ano do Ensino Fundamental, sobre uso de cigarros eletrônicos, em espaço comunitário de Florianópolis (SC), com foco na escuta, no diálogo e na promoção da saúde.
Descrição da experiência
A atividade ocorreu na sede da Associação de Moradores da Lagoa da Conceição e envolveu adolescentes participantes de um projeto esportivo local. Dois grupos participaram da dinâmica “Corrida do Conhecimento”, com perguntas e respostas sobre os riscos do uso de cigarros eletrônicos. A condução baseou-se nos princípios da educação popular em saúde, com valorização da linguagem acessível, da ludicidade e da construção coletiva de saberes.
Resultados
Os adolescentes demonstraram grande interesse e participação ativa. Relataram preocupações familiares sobre o tema e compartilharam conhecimentos prévios sobre os riscos dos vapes. A dinâmica em grupo fortaleceu vínculos, trocas de saberes e reflexões críticas, reforçando o espaço comunitário como território de cuidado, formação e prevenção.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou a potência de ações educativas ancoradas no território, com linguagem próxima à realidade dos adolescentes. A abordagem participativa favoreceu o engajamento, o diálogo e a construção de sentidos sobre saúde e cuidado. A extensão universitária consolidou-se como prática formativa para facilitadores e participantes, ao fortalecer vínculos com a comunidade e valorizar saberes locais.
Conclusões e/ou Recomendações
Práticas educativas pautadas na escuta, no diálogo e na ludicidade são estratégias potentes para enfrentar a desinformação e promover saúde entre adolescentes. Recomenda-se ampliar ações em espaços comunitários, valorizando a intersetorialidade, o protagonismo juvenil e a articulação entre ensino, serviço e comunidade.
CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE PARA O MANEJO DE TEMAS SENSÍVEIS: ESTRATÉGIAS PARA UM CUIDADO HUMANIZADO E INCLUSIVO.
Pôster Eletrônico
1 Fiocruz
Período de Realização
Julho a outubro de 2025, com oficinas quinzenais na UBS 08 de Taguatinga
Objeto da experiência
Capacitação de profissionais da APS para o manejo humanizado de temas sensíveis nas UBS de Taguatinga-DF
Objetivos
Capacitar profissionais da APS de Taguatinga para o manejo ético, técnico e humanizado de temas sensíveis, promovendo práticas inclusivas, escuta qualificada, articulação em rede e cuidado alinhado aos princípios do SUS.
Descrição da experiência
A experiência consistiu na realização de oficinas formativas com profissionais da UBS 08 de Taguatinga-DF, abordando temas sensíveis como luto, violência sexual, diversidade, HIV e uso de substâncias. As atividades promoveram reflexão ética, escuta qualificada e construção coletiva de protocolos, fortalecendo o cuidado humanizado e a articulação em rede
Resultados
Os profissionais demonstraram maior segurança e sensibilidade no manejo de temas complexos, aprimorando o acolhimento e a escuta qualificada. Houve fortalecimento do trabalho em equipe, criação de protocolos intersetoriais e redução de práticas excludentes, promovendo um cuidado mais humanizado e inclusivo
Aprendizado e análise crítica
A intervenção evidenciou que metodologias participativas qualificam o manejo de temas sensíveis na APS, promovendo mudanças nas práticas de cuidado. Observou-se a importância do apoio institucional e da educação permanente para consolidar avanços e enfrentar resistências estruturais e culturais.
Conclusões e/ou Recomendações
A capacitação contribuiu para aprimorar o manejo técnico, ético e humanizado de temas sensíveis na APS, promovendo práticas inclusivas e articuladas em rede. Recomenda-se a institucionalização da formação permanente, o fortalecimento do apoio matricial e a criação de espaços de reflexão coletiva, favorecendo a integralidade e a equidade no cuidado em saúde.
DESCOBRINDO O FIBRÃO - RELATO DE UM DISPOSITIVO PARA SIMULAR PARTE DO DESCONFORTO NA FIBROMIALGIA
Pôster Eletrônico
1 PPGICS/ICICT/FIOCRUZ
2 AFAPNIT
Período de Realização
Junho a Dezembro de 2024
Objeto da experiência
Intervenção sensorial sobre sintomas das fibromialgia, realizada no Museu da Vida/Fiocruz, de maneira pública, com visitantes espontâneos e escolares.
Objetivos
Comunicar aspectos subjetivos e invisibilizados da fibromialgia por meio de uma experiência sensorial, ativando reflexões sobre as barreiras que comprometem o reconhecimento clínico e social da dor crônica e sintomas sem marcadores objetivos.
Metodologia
A atividade integrou a programação educativa do Museu da Vida/Fiocruz, propondo a experimentação do “Fibrão” — cobertor de retalhos adaptado com pesos que simulam a sensação de desconforto e limitação funcional causadas pela fibromialgia. Visitantes escolares, universitários e espontâneos participaram da vivência e registraram impressões escritas e orais em roda de conversa.
Resultados
Os participantes relataram, por meio de escritos espontâneos e verbalização, a dificuldade de locomoção, o peso físico e a exaustão sentidos ao vestir o “Fibrão”. Destacaram que a experiência permitiu compreender aspectos antes desconhecidos sobre a condição. Os registros indicam que a intervenção operou como estratégia de tradução do sofrimento não visível.
Análise Crítica
A atividade evidenciou a potência da mediação sensorial na comunicação de doenças “invisíveis”, cuja legitimidade clínica é frequentemente condicionada à existência de marcadores objetivos. A proposta contribuiu para tensionar o modelo biomédico, ativando formas alternativas de escuta e produção de sentido sobre a dor crônica e a fadiga extrema.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência reforça a relevância de dispositivos de tradução como o “Fibrão” na comunicação pública da dor crônica e da fadiga. Recomenda-se sua aplicação em espaços educativos e formativos em saúde, ampliando repertórios sensíveis à complexidade de condições como a fibromialgia, cuja invisibilidade compromete o cuidado.
UMA EXPERIÊNCIA DE INTEGRAÇÃO ENSINO, SAÚDE E COMUNIDADE DE ALUNOS DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA NA ATENÇÃO BÁSICA NO MUNICÍPIO DE AVARÉ
Pôster Eletrônico
1 UniFSP
Período de Realização
Primeiro semestre de 2025
Objeto da experiência
Atividades realizadas no IESC do curso Médico/UniFSP que integram teoria e prática para aplicação e ampliação do conhecimento e visão integral do ser humano
Objetivos
Objetivo: descrever as situações vivenciadas por dois alunos do curso de medicina do primeiro ano no módulo Integração Ensino, Saúde e Comunidade (IESC) do Centro Universitário Sudoeste Paulista (UniFSP), Avaré - SP em uma Unidade de Saúde da Família (USF)
Descrição da experiência
Foram realizadas seguintes atividades na USF: reconhecimento do território e visitas à usuários, durante a realização das visitas à usuária L.M.B., 55 anos, cadeirante, observou-se que as ruas, calçadas e rampas de acesso impossibilitavam acessibilidade de pessoas cadeirantes.
Assim visando o conceito de saúde da OMS, foi solicitado junto a secretaria de obras, com o apoio de vereadores, melhoria da acessibilidade no bairro em que esta usuária residia.
Resultados
Essa intervenção resultou na em obras nas ruas, calçadas e rampas de acesso, melhorando a mobilidade da usuária, que pode fazer suas atividades diárias, que incluem buscar os netos na escola. E diante do resultado positivo, os alunos estão, atualmente, solicitando o reparo das rampas automáticas dos veículos da prefeitura que transportam os usuários para os serviços de saúde.
Aprendizado e análise crítica
Esta experiência reforçou, nos alunos, a compreensão sobre como o ambiente impacta a saúde, a importância da acessibilidade e a efetividade de parcerias intersetoriais na promoção e melhoria da qualidade de vida.
Conclusões e/ou Recomendações
O IESC contribuí para a formação médica humanizada, alinhada às DCN, à atenção básica e às necessidades dos usuários do SUS em sintonia com os princípios de universalidade, equidade e integralidade
DEVOLUTIVA DE PESQUISA SOBRE FORMAÇÃO POR COMPETÊNCIAS NAS RESIDÊNCIAS DE MFC E MULTIPROFISSIONAL NA PARAÍBA: REFLEXÕES E ARTICULAÇÕES PARA MELHORIAS
Pôster Eletrônico
1 UEPB
2 Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES/PB)
Período de Realização
Segundo semestre de 2024, com eventos entre novembro e dezembro, em quatro cidades da Paraíba.
Objeto da experiência
Devolução dos resultados de uma pesquisa sobre a formação de competências nas residências de MFC e RMSF na Paraíba, com gestores, docentes e residentes.
Objetivos
Apresentar e discutir os resultados de pesquisa com foco em lacunas formativas nas residências médicas e multiprofissionais em saúde da família na Paraíba; promover articulação entre ensino, serviço e gestão; avaliar o portfólio como instrumento pedagógico e indutor de mudanças.
Descrição da experiência
Foram realizados eventos em João Pessoa, Campina Grande, Patos e Cajazeiras, reunindo cerca de 150 participantes entre residentes, preceptores, gestores e docentes. Os encontros foram pautados na apresentação do PROFSAÚDE, de seus subprojetos e dos resultados da pesquisa sobre competências profissionais. Os dados foram debatidos em mesas e plenárias, abordando temas como dificuldades procedimentais, evasão de residentes, autocuidado e a importância do portfólio como ferramenta formativa.
Resultados
Os eventos incentivaram a análise crítica das residências, sensibilizando gestores e coordenadores sobre fragilidades e potencialidades. O portfólio mostrou-se eficaz na articulação ensino-serviço. Foram firmadas pactuações para uso dos dados por residência e propostas para fortalecer competências práticas. As gestões demonstraram interesse em parcerias. As discussões abordaram translação do conhecimento, inventário de competências e autocuidado.
Aprendizado e análise crítica
A experiência destacou a devolutiva como prática formativa e dialógica. O portfólio incentivou reflexões sobre competências e a articulação ensino-serviço. A escuta qualificada fortaleceu vínculos entre gestores e pesquisadores, mas desafios surgiram, como a falta de leitura prévia do material e ausência de liberação de profissionais por algumas gestões. O engajamento de residentes e preceptores evidenciou o potencial transformador da pesquisa quando bem comunicada.
Conclusões e/ou Recomendações
A devolutiva evidenciou o papel estratégico da pesquisa na qualificação das residências e na integração entre ensino, serviço e gestão. Recomenda-se institucionalizar esses momentos nos projetos formativos, ampliar o uso do portfólio como recurso pedagógico e fortalecer a atuação da gestão municipal. É essencial garantir a participação efetiva de residentes e preceptores e consolidar espaços colaborativos para revisar os projetos pedagógicos.
VISITA AO NÚCLEO REGIONAL DE SAÚDE (NRS) LESTE: APRENDIZADO SOBRE GESTÃO DESCENTRALIZADA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE - SANTO ANTÔNIO DE JESUS, BAHIA.
Pôster Eletrônico
1 UFRB
Período de Realização
Realizada em 28 de junho de 2024, com discentes da UFRB sob orientação da docente Chirlene Pereira.
Objeto da experiência
A experiência se fundamentou na visita técnica ao NRS Leste, visando compreender sua estrutura e funcionamento na gestão da saúde.
Objetivos
A vivência buscou entender a interação entre os serviços municipais e estaduais. A experiência proporcionou aos discentes uma visão prática sobre a gestão descentralizada da saúde, vigilância epidemiológica e a logística de insumos, contribuindo para sua formação acadêmica e profissional.
Descrição da experiência
A visita técnica ao NRS Leste, realizada por discentes do curso Bacharelado Interdisciplinar de Saúde da UFRB, promoveu uma imersão nas práticas de saúde pública, por meio da observação participativa. Foram apresentados setores como vigilância epidemiológica, farmácia do SUS e refrigeração de vacinas, estimulando reflexões sobre a atuação interprofissional e a importância da articulação entre diferentes áreas da saúde.
Resultados
A vivência proporcionou uma compreensão aprofundada sobre a regionalização do SUS e sua relevância na gestão dos serviços de saúde. Evidenciou-se a importância da notificação compulsória e do SINAN no monitoramento de doenças e no planejamento de políticas públicas. A interação entre discentes e profissionais fomentou reflexões sobre a interprofissionalidade e a necessidade de um planejamento integrado na gestão do sistema de saúde.
Aprendizado e análise crítica
Conforme esclarecimento dos profissionais foi possível compreender que a descentralização envolve a transferência de responsabilidades do governo federal para estados e municípios, permitindo uma administração mais alinhada às necessidades locais. Contudo, desafios como a baixa adesão vacinal, exacerbada pela desinformação, seguem presentes. A análise crítica ressalta a urgência de ações educativas eficazes frente ao risco de emergência da poliomielite na saúde pública e mundial.
Conclusões e/ou Recomendações
A vivência propiciou identificar desafios e oportunidades para a atuação interprofissional em saúde pública, colaborando para formação dos discentes. Além disso, promoveu o aprendizado sobre diretrizes do SUS, fundamentadas nos princípios de universalidade, integralidade e equidade, visando garantir que toda a população tenha acesso à informação e aos serviços de saúde. Por fim, a continuidade da educação em saúde, mostra-se de suma importância.
AVALIAÇÃO DA MONITORIA DE ENSINO EM AÇÕES DE PROMOÇÃO DA SAÚDE BUCAL NA PERSPECTIVA DE DISCENTES DE ODONTOLOGIA: UMA EXPERIÊNCIA NA UNIFAL-MG.
Pôster Eletrônico
1 UNIFAL
Período de Realização
As ações foram realizadas durante o segundo semestre letivo de 2024.
Objeto da experiência
Avaliação do desempenho de Monitores da Disciplina de Saúde Coletiva II do Curso de Odontologia da Unifal-MG na perspectiva dos discentes monitorados.
Objetivos
Relatar a avaliação dos Monitores de Ensino da Disciplina de Saúde Coletiva II do Curso de Odontologia da Unifal-MG durante o desenvolvimento de ações de Promoção da Saúde Bucal com crianças de 7 a 11 anos na perspectiva dos discentes que cursaram a Disciplina no segundo semestre de 2024.
Metodologia
Monitores de Ensino Discentes que já haviam cursado a Disciplina orientaram e acompanharam ações educativas com múltiplos métodos e escovação bucal supervisionada, que foram executadas pelos discentes em curso. Este trabalho relata os resultados da avaliação dos monitores obtida por meio de um questionário aplicado em dois ciclos a 73 discentes. Foram avaliados os itens: suporte, clareza, incentivo, comunicação, proatividade, feedback, acessibilidade e críticas.
Resultados
As avaliações foram positivas em ambos os ciclos e itens, variando entre 60,32% (“excelência na comunicação” – 2º ciclo) e 93,15% (“suporte” – 1º ciclo). Houve relativa piora entre os ciclos, sendo “incentivo” o item que menos variou (de 90,41% para 88,89%) e “proatividade” o que mais reduziu (de 86,30% para 69,84%). As “críticas” aumentaram de 9,59% para 12,70%, assim como o “feedback muito construtivo”, que passou de 23,29% para 53,97%.
Análise Crítica
A avaliação revelou o valor da monitoria como ferramenta pedagógica participativa, fortalecendo a autonomia e o diálogo entre pares. A piora no desempenho entre os ciclos destaca a necessidade de qualificação contínua e escuta ativa. A experiência contribui para práticas educacionais e promotoras de Saúde Bucal mais democráticas e sensíveis ao contexto, promovendo equidade na formação e reforçando o papel do estudante como agente de transformação social.
Conclusões e/ou Recomendações
A monitoria demonstrou potencial para qualificar a formação em Saúde Coletiva na Odontologia, promovendo protagonismo discente e práticas colaborativas, que corroboram com o desenvolvimento de habilidades comunicativas e gerenciais. Recomenda-se sua continuidade com maior diálogo e escuta qualificada. A experiência reforça a importância de métodos que articulem ensino, serviço e comunidade, alinhados à equidade e a democracia no Ensino em Saúde.
ATUAÇÃO DO SANITARISTA EM COMUNIDADES RURAIS DA AMAZÔNIA BRASILEIRA
Pôster Eletrônico
1 UFOPA
Período de Realização
As atividades foram desenvolvidas no Oeste do estado do Pará, entre os dias 26 e 30 de maio de 2025.
Objeto da experiência
Trata-se de práticas de educação popular em saúde, realizadas no município de Belterra, através da Unidade Básica de Saúde Fluvial (UBSF) Abaré.
Objetivos
As ações dos sanitaristas, buscaram desenvolver a autonomia comunitária, através de atividades educativas, considerando as diversidades culturais dessas localidades e as vulnerabilidades individuais, sociais e programáticas, relacionadas a transporte, internet, saneamento básico, saúde e educação.
Descrição da experiência
Durante quatro dias, sanitaristas em formação, construíram um movimento insipiente de educação popular em saúde em Aramanaí, Revolta, Cajutuba, Porto Novo, Iruçanga e Pindobal, comunidades rurais, situadas a 50km de Santarém. Como instrumentos metodológicos, utilizou-se a observação participante e as interações informais com os moradores, para conhecer a realidade e os desafios dessas comunidades, buscando desenvolver reflexões sobre as problemáticas ambientais e o protagonismo comunitário.
Resultados
Foram usados três jogos de materiais recicláveis: Terrão, painel de papel, ilustrado para representar as localidades, onde abordou-se hábitos cotidianos, como a queima de lixo e descarte inadequado de resíduos sólidos; Terrinha, painel em TNT, simbolizando nosso planeta triste e feliz, usado para abordar impactos da poluição e do desmatamento; Caminho da Terra, trilha numérica em papel, jogada em grupo usando um dado, em que os participantes percorre as casas ao responder sobre o tema.
Aprendizado e análise crítica
A experiência proporcionou a oportunidade de os sanitaristas compreenderem como utilizar ferramentas de educação popular em saúde, para dialogar com a população, quanto a necessidade do protagonismo individual e comunitário para a manutenção do território vivo e a construção de dinâmicas e arranjos possíveis de serem incorporados no cotidiano das comunidades, além de permitir conhecer as condições singulares de vida em cenários de cumulativas vulnerabilidades e diversidade sociocultural.
Conclusões e/ou Recomendações
As comunidades rurais amazônicas enfrentam a precariedade da rede de saneamento básico, ciclos repetitivos de doenças evitáveis, além da perpetuação das desigualdades de acesso a serviços de saúde, educação, transporte e rede de comunicação. Compreender as características dessas comunidades é indispensável para fortalecer ações de educação popular em saúde que impulsionem o desenvolvimento sustentável, a biodiversidade e os direitos dessas populações.
SAÚDE COLETIVA E FISIOTERAPIA COMUNITÁRIA: A COMUNHÃO PARA ENTENDER O CORPO EM UMA PRÁTICA EMANCIPADORA
Pôster Eletrônico
1 FARESI
Período de Realização
Realizou-se no período entre julho a dezembro 2023.
Objeto da experiência
Ensino da prática de Fisioterapia Comunitária integrado à Saúde Coletiva e seus eixos: Ciências Sociais, Política & Gestão e Epidemiologia.
Objetivos
Integrar práticas e saberes à formação do Fisioterapeuta a partir da Saúde Coletiva no entendimento de um corpo que é social e vivenciar no território o diagnóstico situacional funcional com base nos Determinantes Sociais da Saúde (DSS) e a determinação da saúde.
Descrição da experiência
A prática foi realizada com estudantes de Fisioterapia da Faculdade da Região Sisaleira (FARESI), Bahia-Brasil. O grupo foi divido em equipes com base em determinantes de saúde no território do sisal e sua relação com os serviços ofertados pela rede e políticas existentes. Inserções nos serviços foram realizadas e os estudantes, traçavam um diagnóstico situacional funcional fisioterapêutico coletivo pautado nos impactos dos (DSS) no corpo, elaborando estratégias fisioterapêuticas de intervenção.
Resultados
O conceito de (dis)função foi evidenciado no entendimento do corpo social. A saúde dos povos originários-população negra, saúde da mulher, saúde do trabalhador, envelhecimento, moradias saudáveis, população vulnerável e pós covid foram dimensões delineadas. Os estudantes encontram diminuição de funcionalidade decorrentes da exposição aos (DSS), evidenciando que a presença do Fisioterapeuta na rede de saúde não se limita à atenção hospitalocêntrica.
Aprendizado e análise crítica
A formação fisioterapêutica é marcada por legado tecnicista e assistencialista, no entanto, prática de saúde requer formação abrangente e pautada na leitura de contextos e necessidade de saúde. O fomento ao ato de ler por, Freire (2011) levou a ação de transformar e o reconhecimento de cultura e povo no lugar de paciente, movimento pela vida. Para Pogré (2006) o ensino para reflexão/ação, delineou a dimensão método, propósito e comunicação, emergindo um Fisioterapeuta alinhado à Saúde Coletiva.
Conclusões e/ou Recomendações
O alinhamento da Fisioterapia à Saúde Coletiva rompeu com o legado assistencialista, possibilitando a formação por experiência emancipadora, pautada na leitura de contextos, entendimento de necessidades de saúde e concepção da saúde como um direito humano. Profissionais trabalham para promover a equidade e a justiça social em uma visão ampliada da saúde, com abordagem integral e entendimento do corpo social como elemento da funcionalidade.
MESTRADO PROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA E GRADUAÇÃO EM MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO: SAÚDE COLETIVA COMO ELO NA FORMAÇÃO INTEGRADA À REDE DE SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 Secretaria de saúde de Mariana
2 Escola de Medicina da UFOP
Período de Realização
Experiência curricular extensionista realizada continuamente desde novembro de 2022 em Mariana, MG.
Objeto da experiência
Mestrado em Saúde da Família (PROFSAUDE) na formação em Saúde Coletiva integrada à rede para o curso de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto.
Objetivos
Conduzir projetos de educação em saúde colaborativamente com a rede e com as demandas das comunidades dos territórios nos quais se desenvolve a formação médica. Propiciar à graduação médica atuar na promoção da saúde das comunidades ao incorporar a Saúde Coletiva à curricularização da extensão.
Metodologia
O PROFSAUDE trouxe a demanda de atualização do profissional de saúde como preceptor, que foi o tema do Trabalho de Conclusão do Mestrado. A experiência se baseia neste processo e no exercício da preceptoria no território com desenvolvimento das atividades curriculares das disciplinas. O referencial teórico é integrado ao serviço e os estudantes elaboram estratégias de ação com as equipes de saúde e em atendimento às necessidades de saúde da comunidade, sendo socialmente referenciadas.
Resultados
Foram desenvolvidos, anualmente, projetos voltados para a organização da atenção domiciliar, saúde mental na Atenção Primária à Saúde, saúde na escola com jovens do ensino médio. As atividades contemplam, principalmente, o desenvolvimento de grupos de promoção da saúde, utilizando a metodologia da educação popular. Também se realizam levantamento de dados secundários e elaboração de ferramentas para o melhor funcionamento do cotidiano dos serviços e do atendimento aos usuários.
Análise Crítica
A cada dia, os estudantes em formação trazem demandas diferenciadas, instigando a equipe de saúde a se reinventar e repensar nos processos de trabalho que vem desempenhando nos territórios de saúde sob a sua responsabilidade. O exercício da preceptoria coloca em questão os modelos de formação dos profissionais de saúde dos campos de prática, as orientações e diretrizes seguidas pelos professores e instituições de ensino e as demandas de aprendizagem em constante transformação
Conclusões e/ou Recomendações
A formação do PROFSAUDE possibilitou o melhor desempenho da preceptoria para a formação dos estudantes de medicina em Saúde Coletiva, aliada ao aprendizado significativo na rede de saúde local e em sintonia com a curricularização da extensão. A experiência consolidou o campo de práticas desde o início da formação e a integração com a comunidade e com os profissionais de saúde.
O QUE CABE EM UM CADERNO? DIÁRIO DE CAMPO COMO TECNOLOGIA DE FORMAÇÃO NO PROFSAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UPE e Fiocruz Pernambuco
2 Fiocruz Pernambuco
Período de Realização
No 1º semestre de 2025, durante as 15 semanas da disciplina Promoção da Saúde do ProfSaúde/Fiocruz Pernambuco.
Objeto da experiência
Uso do diário de campo como dispositivo pedagógico e formativo na disciplina de Promoção da Saúde do mestrado profissional ProfSaúde.
Objetivos
Apresentar a experiência do uso do diário de campo na formação de mestrandos trabalhadores do SUS, refletindo sobre seus efeitos formativos e os sentidos atribuídos à escrita como prática pedagógica, crítica e sensível na construção de estratégias de promoção da saúde.
Metodologia
A experiência ocorreu no primeiro semestre de 2025, na disciplina Promoção da Saúde do ProfSaúde/Fiocruz Pernambuco. Os estudantes participaram de encontros presenciais, telepresenciais e atividades EAD. Foram convidados a criar seus diários de campo com liberdade estética e autoral. A escrita acompanhou leituras, visitas ao território, cartografias e planejamento de intervenções, revelando-se um espaço de elaboração sensível e reflexiva da prática em saúde.
Resultados
A diversidade dos diários expressou estilos, afetos e narrativas singulares. Muitos alunos relataram nunca terem usado esse instrumento na formação, e destacaram o impacto da escrita na ampliação da percepção sobre o território. O diário possibilitou revisitar experiências, elaborar criticamente o vivido e fundamentar ações de promoção da saúde com maior coerência e vínculo com a realidade local e com a equipe.
Análise Crítica
A escrita nos diários tornou-se ferramenta de escuta, formação e planejamento. Permitiu a construção de uma postura crítica, sensível e implicada com o território. O processo revelou-se desafiador para alguns e transformador para outros, potencializando a autonomia, a reflexão e a afetividade no cuidado. Como tecnologia leve, o diário estreitou a relação entre sujeito, comunidade e prática pedagógica.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência evidenciou o diário de campo como potente tecnologia pedagógica para formação no SUS. Recomenda-se sua adoção em processos educativos que valorizem a escrita como escuta de si, dos outros e do território. O diário favorece o vínculo com a prática e a elaboração crítica, e pode ser incorporado como dispositivo transversal nos processos formativos em saúde coletiva.
A AVALIAÇÃO DA EXPERIÊNCIA DE FORMAÇÃO DE ESTUDANTES DE PEDAGOGIA NA ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SERGIO AROUCA/FIOCRUZ
Pôster Eletrônico
1 ENSP/Fiocruz
Período de Realização
Experiência em andamento na instituição.2018 a 2025
Objeto da experiência
Avaliação da experiência de formação de estudantes de pedagogia vinculados a Vice Direção de Ensino da ENSP/Fiocruz.
Objetivos
Avaliar o programa de estágio em pedagogia na ENSP/Fiocruz visando reorientar, qualificar e obter indicadores de desempenho do processo ensino-aprendizagem, subsidiando o trabalho de supervisão para melhoria contínua e colaborando para a permanência dos estagiários
Metodologia
Trata-se de um relato de experiência realizado a partir da análise de dados consolidados, extraídos de instrumentos de pesquisa respondidos por estagiários e docentes supervisores entre 2018 e 2020 e da análise de entrevistas realizadas com a estudante e a supervisora de estágio referente ao período de 2023 a 2025 ainda em andamento, abrangendo o percurso desde a seleção até a finalização do estágio, focando nas atividades e na percepção dos participantes sobre o processo pedagógico desenvolvido
Resultados
Os resultados indicaram a relevância da experiência pedagógica contribuindo significativamente para a formação profissional e pessoal, aprimoramento de habilidades educacionais e expansão das áreas de atuação do pedagogo. A relação teoria-prática foi valorizada. A atuação da supervisão foi amplamente bem avaliada. Sugestões de melhoria incluíram a necessidade de atividades mais determinadas para o docente e a possibilidade de rodízio em mais setores para aprofundamento da experiência.
Análise Crítica
O processo de avaliação é percebido como contínuo e fundamental para o aprimoramento da proposta pedagógica e diagnóstico e tomada de decisão para melhorias. A experiência evidenciou a necessidade do acompanhamento dos estagiários e de planos de estágio visando maior alinhamento institucional e desenvolvimento do estudante. Revelou-se a complexidade da avaliação formativa e a busca por um processo mais orgânico e dialogado entre todos os envolvidos, superando a visão de avaliação burocrática.
Conclusões e/ou Recomendações
A avaliação reitera a necessidade de qualificação contínua dos supervisores para a melhoria contínua do Programa de Estágio. Conclui-se que a avaliação, enquanto processo reflexivo e dialógico, é essencial para garantir a qualidade da formação dos estagiários, servindo como base para decisões e ajustes futuros. Recomenda-se estruturar melhor as atividades para supervisores e potencializar a vivência dos estagiários em diferentes setores da instituição.
EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE COMO FERRAMENTA DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL: CONTRIBUIÇÃO DE ESTUDANTES DE MEDICINA NO CUIDADO EM SAÚDE DAS PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA NO CENTRO POP
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal do Oeste da Bahia
2 Universidade Federal do Oeste da Bahi
Período de Realização
Maio de 2024 a Maio de 2025.
Objeto da experiência
Ações de educação popular em saúde realizadas por estudantes de Medicina com pessoas em situação de rua atendidas no Centro POP.
Objetivos
Relatar a experiência de estudantes de Medicina na vivência em saúde com pessoas em situação de rua atendidas no Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua - Centro POP do município de Barreiras-Bahia, promovendo educação popular e formação humanizada.
Metodologia
Foram conduzidas pelos estudantes, sob orientação docente e da equipe do Centro Pop, atividades semanais com pessoas em situação de rua, abordando temas de relevância em saúde pública de forma lúdica e educativa. Foram realizadas rodas de conversa estimuladas por jogos, apresentações teatrais, música, oficinas de artes e horta, entre outras, nas quais temas como ISTs, violências, abuso de substância, saúde mental, arboviroses, alimentação, DCNTs e higiene íntima foram trabalhados.
Resultados
As atividades proporcionaram uma abordagem longitudinal sobre diversos temas de saúde, impactando positivamente a vida dos usuários do Centro POP. Elas estimularam reflexões, troca de experiências e conhecimento, além de terem incentivado o autocuidado e o acesso às políticas públicas disponíveis no município. Além diiso, propiciaram compreensão das demandas sociais de pessoas em situação de rua e seus impactos na saúde, repercutindo proveitosamente na formação humanizada dos extensionistas.
Análise Crítica
A participação discente no projeto permitiu vivência concreta com a população em situação de rua, possibilitando o desenvolvimento de uma consciência crítica mais humanizada e percepção da importância da equidade em saúde, bem como habilidades de empatia, escuta ativa e comunicação não violenta. Os diálogos integraram saberes acadêmicos e populares, as pessoas em situação de rua participaram ativamente e assumiram o protagonismo, como propõe a Política Nacional de Educação Popular em Saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A extensão universitária baseada na educação popular em saúde proporciona a construção de momentos de aprendizados mútuos entre discentes e população em situação de rua. As futuras pessoas médicas reconhecem pela vivência a relevância de conhecer as necessidades e os desafios enfrentados por essa população para o cuidado em saúde, e as pessoas em situação de rua ressaltam a relevância de serem ouvidos e os aprendizados sobre promoção de saúde.
ESPAÇOS QUE CUIDAM: AMBIÊNCIA, PROMOÇÃO DA SAÚDE E QUALIFICAÇÃO DO CUIDADO NO CENTRO DE SAÚDE CACHOEIRINHA EM BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS
Pôster Eletrônico
1 UFMG
2 Prefeitura de Belo Horizonte
Período de Realização
Abril de 2025 até o presente, com ações contínuas previstas para os próximos cinco anos.
Objeto da experiência
Projeto de extensão que integra ambiência, promoção da saúde e qualificação do cuidado em uma Unidade Básica de Saúde.
Objetivos
Fortalecer a ambiência e a qualidade do cuidado por meio da melhoria do espaço físico, da educação em saúde e da capacitação profissional, valorizando os saberes populares, a formação crítica dos estudantes e os princípios da Atenção Primária à Saúde (APS).
Metodologia
A experiência articula ambiência, cuidado e educação em saúde, em consonância com a Política Nacional de Atenção Básica e de Humanização, entendendo o espaço como tecnologia leve e relacional. O projeto, com interface nas artes, cultura e comunicação, desenvolve materiais visuais, redes sociais e rodas educativas, promovendo o encontro entre saberes populares, acadêmicos e profissionais, fortalecendo vínculos, subjetividades e a formação crítica em saúde na APS.
Resultados
O projeto resultou na produção de cartazes informativos sobre fluxos da unidade e temas como demanda aguda, Maio Amarelo e Junho vermelho. Criou-se um perfil no Instagram para promoção da saúde de forma acessível e educativa. Realizaram-se ações sobre infecções respiratórias com continuidade prevista até julho, envolvendo usuários e grupo de idosos frente a demanda emergente em saúde. Estão previstas novas ações sobre consulta de enfermagem para diabetes e atividades em escolas do território.
Análise Crítica
A vivência revelou que transformar espaços também é cuidar. A ambiência, quando pensada de forma participativa, potencializa o acolhimento e fortalece os vínculos entre equipe e comunidade. O diálogo com lideranças locais, a escuta das necessidades do território e o envolvimento estudantil geraram aprendizagens significativas. Os desafios de tempo e estrutura do serviço exigem planejamento coletivo e institucionalização das ações para garantir sua sustentabilidade.
Conclusões e/ou Recomendações
O projeto evidencia que intervenções simples, quando orientadas por princípios da APS e pelo diálogo entre saberes, impactam positivamente no cuidado. Recomenda-se o fortalecimento de estratégias de extensão como ferramentas formativas e de transformação dos serviços. A valorização da ambiência e da comunicação em saúde deve ser incorporada às práticas cotidianas como expressão concreta de acolhimento e humanização.
PLANEJAMENTO COMPARTILHADO DE SEMANA TÍPICA NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA
Pôster Eletrônico
1 UFSCar
Período de Realização
O período de realização sucedeu do dia 01 de março de 2025 a 01 de maio de 2025
Objeto da experiência
Processo de planejamento de semana típica na residência multiprofissional em saúde da família, com participação da equipe e equipamentos territoriais.
Objetivos
Os objetivos partiram da premissa de fortalecer as competências interprofissionais no cuidado, com isso contribuir para prática entre profissionais dentro da atenção básica, promover reflexão sobre o impacto da residência para inovações assistenciais e educativas.
Metodologia
Promovendo o fortalecimento de competências interprofissionais, o planejamento iniciou no vínculo entre os residentes de diferentes profissões com equipes da atenção básica, seguido pelo processo de territorialização e coleta de relatos da equipe, usuários, Igreja, profissionais do Centro Municipal de Educação Infantil (CEMEI) e escola fundamental II, buscando características e necessidades específicas do território. Também foram realizadas visitas domiciliares com Agentes Comunitárias de Saúde.
Resultados
Nas unidades de saúde, foram identificadas como prioridades a população idosa, considerando que representam 50% dos hipertensos e 53% dos diabéticos; e pessoas em sofrimento psíquico, associado a solidão, uso de substâncias psicoativas e vulnerabilidades socioeconômicas. Na CEMEI, foi priorizada a intervenção voltada a crianças neurodivergentes e seus familiares e na escola de ensino fundamental II o desenvolvimento de educação em saúde e o esporte como alicerce na formação dos adolescentes.
Análise Crítica
Os resultados promoveram o planejamento da semana típica da residência baseada nas necessidades do território, focando em ações interprofissionais. Englobam ações em grupo (clube da melhor idade, parentalidade de pessoas neurodivergentes), visitas domiciliares, atendimentos individuais, reuniões de equipe, educação permanente, matriciamento e práticas esportivas para adolescentes. Destaca-se, porém, a escassez de dados territoriais, dificultando o aprofundamento das demandas.
Conclusões e/ou Recomendações
Os resultados denotaram muitas vulnerabilidades, com isso o planejamento da semana típica da residência consistiu em espaços de cuidado físico e mental. A análise dos dados e a pactuação com os equipamentos do território fortaleceram competências interprofissionais: comunicação interprofissional, atenção centrada no usuário/família/comunidade, dinâmica de equipe, clareza dos papeis profissionais, resolução de conflitos e liderança colaborativa.
SENT-IA – SENTIMENTO, IMAGEM E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: AQUARELAS COMO APOIO À ESCUTA EMOCIONAL NA FORMAÇÃO DE ESTUDANTES EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UnB
Período de Realização
Fevereiro de 2016 a junho de 2025
Objeto da experiência
Uso de Chat GPT com prompt específico como ferramenta terapêutica auxiliar para transformação de angústias emocionais em imagens com potencial terapêutico.
Objetivos
Desenvolver e aplicar uma experiência formativa que articule arte, linguagem simbólica e escuta clínica, utilizando aquarelas como recurso de sensibilização e reflexão afetiva para estudantes da área da saúde, pacientes e profissionais.
Metodologia
A proposta das aquarelas emocionais evolui do projeto “Prescreva um Livro” (2016), da Escola de Pacientes, que unia literatura e cuidado. A experiência atual surgiu de um piloto com protótipo de GPT para possível uso clínico ou acadêmico, a partir de sugestão de um psicólogo da mesma iniciativa. A ferramenta converte vivências emocionais em imagens simbólicas em aquarela, com potencial terapêutico, promovendo narrativas e conexões com casos clínicos reais.
Resultados
A integração das aquarelas e narrativas simbólicas otimizou reflexões afetivas, escuta ativa e vínculo empático entre os participantes. O prompt foi cuidadosamente elaborado para contemplar públicos diversos, incluindo profissionais da saúde, pacientes e estudantes, e demonstrou elevado potencial de aplicação terapêutica, educativa e formativa, adaptando-se a diferentes contextos institucionais e níveis de sensibilidade emocional dos envolvidos.
Análise Crítica
Desde 2016, a Escola de Pacientes utiliza livros e imagens como mediadores de vínculo e cuidado. A experiência recente mostrou que, a formação em saúde ainda prioriza conteúdos técnicos em detrimento do acolhimento emocional. Em 2025, a criação de um prompt para geração de aquarelas simbólicas por IA passou a apoiar reflexões sobre si e o outro, promovendo escuta sensível, vínculo terapêutico e desenvolvimento emocional no processo formativo.
Conclusões e/ou Recomendações
A proposta apresenta-se como alternativa inovadora e acessível para integrar emoções, arte e cuidado no ensino em saúde. Com potencial para estimular a escuta de si e do outro, mediada por recursos visuais simbólicos, contribui para a formação de profissionais mais humanos, reflexivos e sensíveis à dimensão subjetiva do sofrimento, sendo alternativa viável para inclusão em currículos da atenção psicossocial.
E-MULTI EM FORMAÇÃO – INTERVENÇÕES VIOLENTAS NO TERRITÓRIO ADSCRITO DO TRABALHADOR – SEU PRÓPRIO CORPO
Pôster Eletrônico
1 PPGBIOS/UERJ
2 PML-SP
3 FIOCRUZ
Período de Realização
Primeiro semestre de 2025
Objeto da experiência
E-Multi em Formação - Curso com o objetivo de promover a formação de profissionais das equipes multiprofissionais da APS em território nacional.
Objetivos
Refletir sobre a potência do encontro, mediado por metodologia Balint-Paideia, de profissionais em diversos territórios brasileiros e suas experiências vivenciais. Localizar as violências institucionais normalizadas no processo de trabalho, emergentes na fusão entre ofertas teóricas e a práxis.
Metodologia
Relato vivido na turma 92, que ocupa um território virtual do curso, nas tardes de quintas. Dividido em três módulos, o 8º encontro do 2º módulo, teve como foco o e - Multi e intervenções nas situações de violência na APS. Ao construir a oferta, nos demos conta de que a violência nos atravessa para além das iniquidades sócio históricas impregnadas nas e nos usuários dos territórios, mas também nas “sutilezas” do excesso de demanda, carências de recursos, contratos precarizados da/os trabalhadores.
Resultados
Escrevivência: Uma bala perdida: A infância da E-multi usando seu próprio corpo como escudo no território. Texto sobre os desafios da manutenção das urgências que surgem durante a tentativa da construção de um PTS para três meninas pré-adolescentes, que com ajuda das responsáveis, denunciaram um professor da rede municipal por estupro. Entre o caminho do manejo técnico: SINAM, Monitor Carioca, SUBPAV, e Conselho Tutelar, a angústia da equipe E-multi, atravessada pela violência institucional.
Análise Crítica
O módulo 2 parece ter contribuído para o “nosso território adscrito”, o próprio corpo, ter sido incorporado mais organicamente aos conteúdos. A articulação de experiências completamente inserida/os às ofertas teóricas, nos trouxe um SUS de faces políticas múltiplas, dando conta de prioridades para além das cartilhas. Ver o corpo-território tomando forma em si, nos mostrou essa gente “Maria Maria”, muitas vezes esquecidas dentro das prioridades – nós trabalhadoras e trabalhadores da saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
Desejamos longa vida a E-multi, SUS-tentada pela práxis de corpos-territórios que produzam saúde para a população, sem nega-la a/os trabalhadora/es. Manteremos o foco nos “nossos PTS” – “Projeto de Transgressão Singular” afim de resistir aos assédios, falta de recursos, precarização de contratos e salários. Afinal as experiências não teorizadas, mas exitosas das e dos companheiros Brasil afora, se mostraram a “longitudinalidade do esperançar”.
LAB ESCRITAS: UMA COMUNIDADE DE PRÁTICAS PARA TRANSFORMAÇÃO DA CULTURA DE ESCRITA ACADÊMICA NA PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Pôster Eletrônico
1 UFBA
2 UESB
Período de Realização
A experiência relatada iniciou em 2023 e ocorre desde então.
Objeto da experiência
O LAB Escritas é uma comunidade de práticas para acompanhamento dos processos de escrita na pós-graduação, hoje ofertada como disciplina optativa.
Objetivos
Fomentar o bem-estar na pós-graduação; transformar a cultura de isolamento e solidão na escrita; estimular a criatividade, cooperação e diálogo acadêmico; valorizar a experiência de leitura-escrita; cultivar um espaço diverso, seguro e acolhedor para o processo de produção científica autoral.
Descrição da experiência
O LAB Escritas é um espaço auto-organizado que propõe uma abordagem contemplativa da escrita acadêmica, por meio da escuta ativa das experiências de seus participantes. As atividades ocorrem semanalmente e preveem práticas de atenção plena, socialização de leituras e de textos e diálogo entre discentes e áreas de concentração. As sessões têm sustentado uma rede de cuidado e acolhimento dos desafios da performance das escritas na pós-graduação em saúde coletiva.
Resultados
Os participantes destacaram o caráter inovador do LAB Escritas, reconhecendo como resultados: maior engajamento e colaboração acadêmica; aumento na confiança e autonomia para a escrita; redução de bloqueios de escrita; valorização da experiência coletiva; promoção da saúde mental na pós-graduação. O potencial transformador das diferentes práticas contemplativas que participam das estratégias pedagógicas do LAB foi igualmente destacado.
Aprendizado e análise crítica
O LAB tem contribuído para a superação de desafios acadêmicos por meio da coletividade, destacando-se como um espaço que se constitui em contraposição a práticas neoliberais de produção de conhecimento, ao resistir à cultura acadêmica de isolamento e competitividade entre pares. Reconhecendo que a escrita é marcada por um posicionamento ético-político, o LAB tem se comprometido com a promoção da saúde e da equidade na comunidade acadêmica, ao acolher a diversidade de experiências de estudantes.
Conclusões e/ou Recomendações
O LAB Escritas tem mostrado que estratégias coletivas podem transformar a relação de pesquisadores com a escrita e afetar a cultura acadêmica. Incorporar práticas contemplativas e de socialização pode potencializar a criatividade, a saúde mental e o engajamento acadêmico de discentes. Como recomendação, sugere-se a ampliação de iniciativas que valorizem a experiência de escrita, promovendo espaços seguros e colaborativos na pós-graduação.
SIMULAÇÃO CLÍNICA COM PACIENTES DIGITAIS: USO DO CHATGPT NA FORMAÇÃO DE ESTUDANTES EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 Universidade de Brasília, UnB
Período de Realização
Fevereiro de 2016, em curso em 2025.
Objeto da experiência
Criação de casos clínicos interativos com ChatGPT para atividades de ensino baseados em diretrizes nacionais atualizadas.
Objetivos
Criar uma biblioteca de pacientes digitais baseada em diretrizes clínicas atualizadas. Promover experiências formativas por IA. Estimular a capacidade de comunicação e raciocínio estruturado. Fornecer feedback ao desempenho do estudante e materiais de referência adequados ao final da simulação.
Metodologia
Desde 2016 são realizadas simulações clínicas com estudantes, somando mais de 2000 atendimentos em formatos impressos ou via Google Forms. Em 2025, foram testados pacientes digitais gerados por prompts estruturados no ChatGPT, baseados em checklists e diretrizes clínicas. A nova versão permite simulações feitas individualmente, em qualquer horário, com potencial de expansão e flexibilização do processo formativo.
Resultados
Foram elaborados os três primeiros modelos de prompts para pacientes digitais com IAl, nas áreas de doenças crônicas, infectologia e pré-natal. Estes modelos embasaram a criação de casos clínicos realistas e abrangentes para uso em simulações, treinamentos e educação em saúde. Foram identificados perfis distintos de abordagem clínica, incluindo os perfis investigativo, empático e diretivo. Os alunos se mostraram fortemente engajados com a tecnologia e percepção de realismo dos casos.
Análise Crítica
A performance do ChatGPT durante as simulações depende da qualidade dos prompts e pode apresentar limitações na interpretação clínica ou déficits em condições emocionais complexas. A atividade possibilitou o exercício de habilidades-chave como escuta ativa, empatia, organização diagnóstica e raciocínio clínico. A simulação permitiu revelar lacunas de escuta clínica e raciocínios apressados e a forma de comprometimento do raciocínio diagnóstico.
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se a manutenção da construção de novos casos, ampliando o acervo de pacientes com base em diferentes especialidades e complexidades, com base em diretrizes atualizadas e confiáveis. A proposta se mostrou aplicável tanto em contexto presencial quanto remoto, além de ter um baixo custo e alta replicabilidade para o ensino superior em saúde.
A TENDA DO CONTO: UMA ESTRATÉGIA DE LITERACIA EM SAÚDE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
Pôster Eletrônico
1 SES/DF
Período de Realização
Foi criado em junho de 2023 e acontece até os dias atuais (2025), pela manhã, uma vez por mês.
Objeto da experiência
Implantação de um grupo de autocuidado voltado para pessoas com hipertensão arterial e diabetes com foco no uso da literacia em saúde.
Objetivos
• Relatar a experiência do uso da “tenda do conto” como estratégia de literacia em saúde;
• Favorecer a troca de saberes e experiências entre os participantes, reflexões e mudanças no estilo de vida;
• Promover o autocuidado e maior adesão ao tratamento;
Descrição da experiência
Trata-se de um relato de cunho descritivo, da utilização da literacia em saúde, que compreende a capacidade de acessar, refletir e aplicar informações sobre o cuidado com a saúde de forma assertiva. Após a estratificação de risco, portadores de hipertensão arterial e diabetes, receberam acompanhamento multidisciplinar horizontal de conhecimentos e de vivências a partir da questão norteadora: “A cadeira está vazia, conte-nos suas histórias de dor e alegria: enquanto hipertenso e/ou diabético?”.
Resultados
Os participantes demonstraram maior entendimento sobre suas condições, reconheceram fatores de risco e passaram a adotar práticas mais saudáveis, sendo possível verificar maior adesão aos grupos da UBS como da horta comunitária e da caminhada. Houve melhora na adesão ao tratamento e no engajamento com as orientações recebidas. Durante a participação das atividades coletivas emergiram categorias temáticas, como: aceitação e dificuldades com o diagnóstico e adesão ao tratamento entre outras.
Aprendizado e análise crítica
A abordagem educativa em grupo mostrou-se eficaz para ampliar a literacia em saúde, especialmente ao adaptar as orientações à realidade dos usuários, promover o diálogo e a reflexão. Os principais desafios encontrados foram os ajustes das escalas dos profissionais para garantir a presença multidisciplinar, a elaboração de imagens e demais materiais de fácil entendimento para compartilhar as orientações em saúde, além de estratégias para incentivar o comparecimento em todos os encontros.
Conclusões e/ou Recomendações
A promoção da literacia em saúde na Atenção Primária em Saúde, possibilita a escuta qualificada, o melhor manejo de doenças crônicas, fortalece a autonomia, contribui para o desenvolvimento de competências do cotidiano, além de maior adesão ao tratamento, da participação ativa na construção e na transformação das condições sociais e ambientais que impactam o bem-estar de todos. Trata-se de uma estratégia com potencial de replicação nacional.
CAPACITAÇÃO EM PRIMEIROS SOCORROS: EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA COMO FERRAMENTA DE PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE NO CONTEXTO ESCOLAR
Pôster Eletrônico
1 UFCAT
2 10o. BBM
Período de Realização
De setembro de 2024 até maio de 2025.
Objeto da experiência
Capacitar educadores para urgências escolares, fortalecendo a articulação universidade-comunidade com ações educativas e intersetoriais.
Objetivos
Relatar a logística e os impactos de uma ação extensionista que integrou formação acadêmica e transformação social por meio da capacitação de educadores em primeiros socorros, fortalecendo a presença universitária em ações de saúde e segurança no território escolar, em cumprimento à Lei 13722/2019.
Descrição da experiência
Graduandos de Medicina (Universidade Federal de Catalão) realizaram formação com profissionais do 10o. Batalhão Bombeiro Militar de Catalão, GO para atuarem com a Corporação na capacitação em primeiros socorros aos profissionais da educação básica através de simulações realísticas.
Resultados
A análise das respostas pré-intervenção e pós-intervenção revelou avanço expressivo. A proporção de participantes muito confiantes para atuar em emergências passou de 3% para 63,6%, enquanto os não confiantes caíram de 32,7% para 1,8% após a realização do treinamento pelo grupo de extensão. O domínio dos sinais de parada cardiorrespiratória subiu de 12% para 80% e sobre manobra de engasgo de 9% para 89,1%. Além disso, 70,9% julgaram o treinamento suficiente para a prática de primeiros socorros.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou deficiências estruturais na formação dos profissionais da educação frente às situações de urgência, revelando uma negligência institucional histórica. A abordagem prática e situada mostrou-se eficaz, mas expôs a dependência de iniciativas externas para suprir lacunas críticas. A atuação discente revelou potencial formativo, com preparo prévio robusto para sustentar a complexidade da intervenção em campo.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência revelou o potencial transformador da extensão universitária ao articular saberes técnicos e vivências escolares em prol da saúde coletiva. Contudo, sua eficácia depende da continuidade, do enraizamento institucional e do reconhecimento das demandas reais do território. Ampliar o diálogo entre universidade, comunidade e gestão pública é estratégico para sustentar práticas preventivas com impacto duradouro.
SALA DE ACOLHIMENTO INTERGERACIONAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: ENSINO E SERVIÇO PARA A EDUCAÇÃO E SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 URCA
2 IDOMED, Estácio
3 UECE
Período de Realização
O processo de implantação da Sala de acolhimento Intergeracional foi de fevereiro a julho de 2024.
Objeto da experiência
Processo de implantação de um espaço de educação em saúde humanizado, com ênfase na educação intergeracional, por meio da integração ensino-serviço.
Objetivos
Relatar o processo de implantação da Sala de Acolhimento Intergeracional (SAI - APS), em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do interior cearense, como resultado do processo de integração ensino-serviço, com ênfase na educação intergeracional.
Descrição da experiência
Partindo do princípio que o acolhimento é parte integrante de todo o processo de trabalho da APS, acadêmicos de enfermagem realizaram um diagnóstico situacional com os Agentes Comunitários de Saúde e funcionários, para entender algumas necessidades de uma intervenção para organização da demanda, durante os atendimentos em saúde. Em reunião, percebeu-se a necessidade de um espaço para qualificar o acolhimento durante espera pelos diversos serviços de saúde que a UBS oferece.
Resultados
A mobilização dos acadêmicos, equipe da APS e gestão resultaram na reorganização da estrutura física da UBS com a culminância da SAI – APS, com espaços organizados desde o Cantinho da Leitura, Painel Sensorial, Espaço do Brincar e Cantinho da Saúde Bucal, objetivando o acolhimento, durante a permanência das pessoas a serem cuidadas, favorecendo que o tempo não se torne um medidor de desqualificação do cuidado, mas sim uma oportunidade para a ludicidade e educação para a saúde.
Aprendizado e análise crítica
A implantação da SAI-APS, não se limita a uma organização de espaço físico, é uma experiência que resultou em um produto, por meio da integração do ensino e serviço no Sistema Único de Saúde (SUS), embasado na educação intergeracional e princípios da Política de Humanização do SUS sobre os dispositivos para o acolhimento, além de fortalecer o uso de tecnologias leves para fomentar a educação em e para a saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A integração ensino e serviço na APS se consolida a partir do encontro dos saberes dos profissionais e academia. Essa inserção é um desafio para qualificar a educação para a saúde no SUS, assim como inovar os espaços de educação em saúde. A educação intergeracional embasa essa experiência, despertando a aprendizagem a partir do conhecimento compartilhado entre as gerações da comunidade, equipe da APS e academia.
RELATO DE EXPERIÊNCIA DA DISCIPLINA INTERNACIONAL SALUD GLOBAL, PRÁCTICAS DE SALUD Y ENFERMERÍA EN LA ATENCIÓN PRIMARIA: EVIDENCIAS Y PERSPECTIVAS EN AMÉRICA LATINA
Pôster Eletrônico
1 UFG
Período de Realização
A disciplina foi realizada no período de 22 de agosto a 05 de dezembro de 2024.
Objeto da experiência
Participação em disciplina internacional sobre Saúde Global nas Américas, com enfoque crítico e intercultural, envolvendo 4 países latino-americanos.
Objetivos
Relatar a experiência em disciplina internacional, destacando a interculturalidade, os debates sobre sistemas de saúde latino-americanos e a motivação para a pesquisa e formação stricto sensu em enfermagem.
Metodologia
As aulas foram conduzidas por docentes de 5 países e convidados internacionais abordaram leitura crítica, análise comparada e debates. Com textos multilíngues, discutiram-se saúde global, justiça social e climática, Atenção Primária à Saúde, Determinantes Sociais da Saúde e políticas públicas. Houve debates sobre o funcionamento de sistemas de saúde, equipes e serviços em outros países. Destacou-se o papel da enfermagem no cuidado interprofissional e na tradução científica em políticas.
Resultados
Com 32 estudantes de 6 países latino-americanos e africanos, a disciplina promoveu cooperação Sul-Sul e troca cultural. As discussões com 13 docentes de instituições do Brasil e América Latina aprofundaram os desafios da APS, sistemas de saúde e iniquidades. A experiência ampliou a visão interdisciplinar, reforçou a sensibilidade cultural e motivou o ingresso no mestrado com foco no cuidado à saúde humana.
Análise Crítica
A experiência mostrou que a internacionalização crítica é ferramenta de resistência às desigualdades. Ao reunir diferentes contextos, valorizou os saberes do sul global. A abordagem interprofissional ampliou a análise da APS e dos sistemas de saúde. Internacionalizar é trocar saberes, reconhecer realidades e fortalecer o protagonismo da enfermagem na produção científica e na formulação de políticas públicas comprometidas com a equidade.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência reafirma o papel das universidades na defesa do direito à saúde. É essencial ampliar espaços formativos internacionais com cooperação Sul-Sul, fortalecer redes em saúde coletiva e promover uma enfermagem protagonista nas políticas públicas. A construção coletiva do conhecimento, com base em evidências e realidades plurais, forma líderes e defensores da saúde com justiça social.
INICIAÇÃO CIENTÍFICA E AÇÃO COMUNITÁRIA: TUBERCULOSE, GÊNERO E O DIREITO À SAÚDE DE MULHERES EM SITUAÇÃO DE RUA
Pôster Eletrônico
1 UFBA
Período de Realização
Realizada no período de 2024-2025, vinculada ao Programa de Iniciação Científica da UFBA
Objeto da experiência
A análise das condições de saúde das mulheres em situação de rua e a percepção acerca do acesso aos serviços de saúde
Objetivos
Refletir sobre a experiência da iniciação científica integrada à extensão, destacando os aprendizados do processo de formação a partir dos relatos de lideranças femininas com trajetória de rua
Metodologia
No campo da pesquisa, iniciou-se com uma revisão da literatura e a sistematização dos artigos encontrados. As principais categorias identificadas foram: vulnerabilidades estruturais, violência de gênero, estigma e barreiras para o acesso aos serviços de saúde. Simultaneamente, as ações de extensão ocorreram por meio de oficinas de educação em saúde, encontros de escuta qualificada com o coletivo Marias em Movimento e apoio voluntário em projetos/atividades.
Resultados
A revisão da literatura possibilitou identificar lacunas significativas no campo científico, especialmente em relação ao tratamento e diagnóstico da tuberculose, sob uma perspectiva interseccional. A colaboração com o MNPR-BA e coletivo Marias em Movimento ampliou a percepção sobre as fragilidades das políticas públicas e a necessidade de estratégias de cuidado integral à saúde dessas mulheres.
Análise Crítica
As atividades evidenciaram relevância da confiança e do vínculo como elementos fundamentais no processo de cuidado. Do mesmo modo, reforçaram que o processo saúde-doença deve ser compreendido a partir das determinações sociais, e que a produção de conhecimento deve estar intimamente conectada à realidade concreta dos sujeitos. Entender a saúde das mulheres em situação de rua exige reconhecer as múltiplas camadas de violências que operam sobre seus corpos.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência provou que uma formação acadêmica crítica e sensível ao contexto dessa população é fundamental para a superação das iniquidades e construção de uma da saúde que se realize para todas as pessoas. A aproximação com as ações do MNPR-BA e os encontros com as Marias em Movimento reforçaram a convicção de que a pesquisa científica deve estar a serviço da vida e da justiça social, respeitando a dignidade dos indivíduos envolvidos.
CÍRCULO DE SABERES: FORMAÇÃO CRÍTICA DE RESIDENTES EM SAÚDE COLETIVA EM UM TERRITÓRIO RURAL DO CEARÁ
Pôster Eletrônico
1 FIOCRUZ - CE
2 URCA
3 SMS Crato-CE
Período de Realização
Desde fev/2025, na ESF rural do Crato-CE, uma prática formativa do programa de residência da URCA.
Objeto da experiência
Formação crítica e emancipatória embasada em temáticas emergentes - injustiça ambiental, decolonialidade, Bem Viver - vivenciadas no território
Objetivos
Promover práticas educativas emancipadoras de integração ensino-serviço-comunidade, fortalecendo o cuidado territorial e a reflexão crítica sobre temas emergentes, a partir da valorização dos saberes e práticas populares, e das epistemologias contra hegemônicas fomentando a formação profissional
Metodologia
Círculos de Saberes da ESF Baixio das Palmeiras, promovido pelo Programa de residência multiprofissional em saúde Coletiva da URCA e ESF rural atravessada por injustiça ambiental. Um Espaço dialógico entre educação popular em saúde e pensamento crítico, com as temáticas, Decolonialidade e saúde coletiva, Emancipação social, Injustiça Ambiental e a ESF nos Territórios Rurais, através de rodas de conversas, estudo de literatura pertinente, observivência nos territórios, discussão de documentário.
Resultados
Os encontros possibilitaram o fortalecimento do vínculo entre residentes e território, a incorporação de referenciais críticos à prática profissional e a valorização de saberes ancestrais como fundamento para o cuidado em saúde. Houve descolonização de olhares, ampliação da escuta sensível e engajamento em ações de cuidado integral e politizado, com produção de conhecimento situado e intervenções baseadas na realidade local.
Análise Crítica
A experiência evidenciou a potência da educação popular como metodologia na formação em saúde. A articulação entre práticas pedagógicas emancipatórias e temáticas emergentes promoveu deslocamentos epistemológicos e ético-políticos nos residentes profissionais, qualificando a atuação no SUS. A escuta das comunidades e a vivência crítica dos territórios emergiram como bases formativas essenciais para a construção de um cuidado integral e contextualizado para os trabalhadores da saúde do campo.
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se a inserção sistematizada e estruturada de práticas que estimulem a criticidade e educação popular nos programas de residência inseridos em contextos rurais. Experiências como os Círculos de Saberes revelam-se potentes para formar profissionais comprometidos com o SUS, capazes de dialogar com os saberes do território e enfrentar as iniquidades sociais e ambientais que afetam os modos de viver e cuidar no campo brasileiro.
FERRAMENTAS EDUCACIONAIS DIGITAIS: CONTRIBUIÇÕES PARA O PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM NA PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Pôster Eletrônico
1 UFMT
Período de Realização
A atividade foi desenvolvida nos meses de abril a maio de 2025, no bloco da saúde coletiva da UFMT.
Objeto da experiência
Emprego de ferramenta educacional digital para apresentar as contribuições da Ciências Sociais e Humanas nas áreas de interesse da pesquisa discente.
Objetivos
Criar conteúdo educativo nas diversas formas de linguagens, abordando as contribuições das Ciências Sociais e Humanas nas áreas de interesse da pesquisa discente na pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) - Cuiabá, Mato Grosso.
Metodologia
A atividade foi proposta pelas docentes da disciplina Introdução às Ciências Sociais em Saúde. Disponibilizou-se documento orientativo e quesitos necessários, considerando algumas formas de linguagens e ferramentas educacionais para a apresentação do material. Individualmente cada discente criou, organizou, gravou e editou seu conteúdo, utilizando alguma ferramenta educacional, resultando no material apresentado em sala de aula para os pós-graduandos e docentes, em tempo máximo de 5 minutos.
Resultados
A partir das contribuições da antropologia, sociologia e ciência política à saúde, 27 discentes apresentaram várias temáticas de pesquisa ligada ao processo saúde-doença nas dimensões sociocultural e política. O meio digital no formato de Podcast com auxílio de ferramentas da IA, foi o mais utilizado, seguido de vídeos com animação, fantoches e entrevistas. As dificuldades iniciais foram superadas por meio da operacionalização das tecnologias, interação e trocas entre a turma e vídeos no Youtube.
Análise Crítica
O uso de ferramentas educacionais digitais no ambiente acadêmico, potencializa a criatividade, autonomia, concentração e síntese, entendendo a importância da ciências sociais e humanas na construção do objeto de pesquisa, analisando o tema com olhar crítico reflexivo, observando os recursos teóricos, epistemológicos, metodológicos e técnicos dos processos, atores e organizações. Sua utilização possibilita grandes transformações pedagógicas e novas configurações do processo de ensino aprendizagem
Conclusões e/ou Recomendações
As ferramentas educacionais digitais são importantes no processo ensino-aprendizagem na pós-graduação, vista como elemento estratégico, por possibilitar a expansão do conhecimento e das fronteiras do trabalho em saúde na direção da construção de um cuidado voltado a um corpo coletivo, sociocultural, subjetivo e político, colaborando para a construção de uma Saúde Coletiva capaz de problematizar a complexidade dos fenômenos do campo da saúde
FORTALECIMENTO DOS NÚCLEOS DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE (NEPS) DA REDE ESCOLA SUS - PB
Pôster Eletrônico
1 UFPB/FACULDADE GILGAL/ESP-PB
2 ESP-PB
3 UFPB
Período de Realização
De 18 a 20 de fevereiro de 2025
Objeto da experiência
Fortalecer os núcleos de educação permanente em saúde (NEPS) da Rede Escola SUS-PB.
Objetivos
- Apresentar o fluxo de trabalho da Rede Escola SUS - PB;
- Identificar as dificuldades dos NEPS;
- Fortalecer o processo de trabalho dos NEPS;
Metodologia
Participaram da oficina cerca de 120 pessoas, estes eram profissionais atuantes nos NEPS e representantes das instituições de ensino conveniadas com a Rede Escola SUS/PB. A proposta metodológica se baseou na Educação Permanente em saúde (EPS) e em metodologias vinculadas às pedagogias críticas, amparadas no diálogo, no respeito aos saberes e no protagonismo dos participantes, de forma a proporcionar momentos de trocas de conhecimentos, experiências e as fragilidades apresentadas nos serviços de saúde.
Resultados
O encontro possibilitou aos profissionais dos NEPS participarem de forma coletiva na construção do planejamento das ações a serem realizadas nos serviços no decorrer de 2025, além do incentivo à qualificação no processo de trabalho dos NEPS e das IES e, por conseguinte, a implementação das práticas com enfoque na EPS nos serviços de saúde.
Análise Crítica
O projeto trouxe um impacto positivo no processo de trabalho nas ESF no município de Santa Cruz (PB), consequentemente houve um aumento significativo na resolutividade para os casos com transtornos mentais. O documento orientador da RAPS destaca que a APS é o ponto inicial da rede e deve ser qualificada para identificar, acolher e acompanhar casos de sofrimento psíquico. Ela tem potencial para garantir o cuidado e o vínculo com o território, fundamentais no tratamento em saúde mental (BRASIL, 2011).
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se então que houve uma melhoria na qualidade de vida para essas pessoas, proporcionando-lhes mais chances de recuperação e uma vida plena e produtiva, além do fortalecimento da RAPS, envolvendo familiares, amigos e a comunidade no processo. É importante também ressaltar um melhoria no processo de trabalho da APS além da redução dos custos com o aumento da resolutividade na APS.
PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL POR MEIO DA EDUCAÇÃO PARA A MORTE: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA PARTICIPATIVA COM PHOTOVOICE
Pôster Eletrônico
1 Universidade Cesumar (UniCesumar)
Período de Realização
Setembro – novembro de 2024, Universidade Cesumar, Maringá-PR
Objeto da experiência
Estratégia participativa com Photovoice para integrar educação para a morte e promoção da saúde mental de graduandos/as da saúde.
Objetivos
Compreender a percepção de estudantes de Medicina, Enfermagem e Psicologia sobre o preparo para lidar com a morte; criar espaço seguro de reflexão; identificar repercussões na saúde mental; e gerar recomendações curriculares
Descrição da experiência
A pesquisa foi desenvolvida com estudantes de Medicina, Enfermagem e Psicologia e teve como proposta compreender suas percepções sobre a morte na formação em saúde. Conduzir esse processo foi atravessamento e escuta. O Photovoice, mais que método, foi gesto de cuidado: espaço onde a morte pôde ser dita. Mediei os encontros, coletei imagens e sustentei silêncios. A vivência mostrou que acolher o indizível exige mais que técnica exige afeto, tempo e presença ética.
Resultados
A experiência tem revelado o quanto o silêncio sobre a morte fere o processo formativo. Os estudantes não apenas relataram angústia e despreparo, mas também demonstraram desejo de ruptura: pedem espaços de fala, disciplinas, escuta e vínculo. Como pesquisador, vi nascer um território simbólico potente, onde a escuta transforma. A mim também mudou: sustentar esse campo implicou rever minhas próprias experiências com a morte e ampliar o compromisso com o cuidado de quem cuida.
Aprendizado e análise crítica
Como psicólogo, educador e pesquisador, compreendi que falar da morte é também afirmar a vida. A metodologia exigiu coragem para sustentar a dor alheia, mas também clareza ética e flexibilidade. Aprendi que metodologias participativas precisam de sustentação institucional e preparo emocional. A pesquisa ensinou que promover saúde mental passa por criar espaços em que o sofrimento tenha lugar e onde o cuidado não se limite ao conteúdo a técnica, mas se estenda à forma.
Conclusões e/ou Recomendações
Educar para a morte é formar para a vida. Recomendo institucionalizar espaços de escuta interprofissional, incorporar práticas reflexivas contínuas no currículo e investir em formação docente sensível ao tema. É preciso cuidar também de quem cuida, escutar quem forma. Se a morte ainda assusta, que seja ela a convocar o diálogo e não o silêncio. Minha experiência como pesquisador me faz refletir que: escutar a finitude é honrar a vida.
PRODUÇÃO DE MINIDOCUMENTÁRIOS PARA ENSINO-APRENDIZADO SOBRE DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE: EXPERIÊNCIA DOCENTE EM UMA DISCIPLINA DE ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal do Acre, Campus Floresta
Período de Realização
06 de fevereiro a 10 de abril de 2025.
Objeto da experiência
Produção de minidocumentários como estratégia de ensino-aprendizagem sobre determinantes sociais de saúde (DSS).
Objetivos
Relatar a experiência da produção de minidocumentários como estratégia de ensino-aprendizagem sobre DSS no contexto de uma disciplina de enfermagem em saúde coletiva com três docentes e 23 estudantes de enfermagem na Universidade Federal do Acre (UFAC), em Cruzeiro do Sul, AC.
Descrição da experiência
A experiência aconteceu em quatro momentos: a) Aproximação com a temática: leitura e discussão sobre as DSS, segundo o referencial da Organização Mundial de Saúde (2010). b) Contato com a realidade: visita a um território para reconhecimento da situação de saúde da população e diálogo com a equipe de Atenção Básica. c) Reflexão: diálogo e leituras reflexivos para construção de conhecimentos. d) Produção: elaboração de material audiovisual apresentando o território e os DSS observados.
Resultados
A turma foi dividida em três grupos. Cada grupo visitou uma microárea sob supervisão de um docente e produziu um minidocumentário de 5 a 10min. Os três minidocumentários apresentam fotos e vídeos do território registrados durante as visitas e narração dos estudantes em vídeo ou apenas voz. Dois deles apresentam as Unidades Básicas de Saúde de referência e um desses os equipamentos sociais e de saúde do território. Em contrapartida, o terceiro apresenta melhor diálogo com os conceitos de DSS.
Aprendizado e análise crítica
O ensino-aprendizagem de DSS é desafiador, pois não pode se restringir ao mero entendimento de conceitos, sendo necessárias competências cognitivas de compreensão conceitual e de análise de contexto, bem como competências atitudinais de posicionamento do estudante/trabalhador de saúde frente à situação das pessoas. A experiência proporcionou o desenvolvimento de competências psicomotoras que materializaram os aprendizados teóricos e afetivos dos estudantes.
Conclusões e/ou Recomendações
A produção dos minidocumentários foi exitosa devido ao protagonismo assumido pelos estudantes durante os quatro momentos da experiência. Mesmo com desempenhos diferentes, o corpo docente acredita que os estudantes alcançaram os objetivos traçados. Estratégias ativas e inovadoras melhoram o aprendizado em saúde coletiva e devem ser adotadas em todos os momentos formativos.
PROJETO EXTENSIONISTA MIRIM AYRA: MORTALIDADE INFANTIL E MATERNA NO MUNICÍPIO DE MAUÁ - SP
Pôster Eletrônico
1 UNINOVE
Período de Realização
O projeto teve início no 2º semestre de 2023 e término no 2º semestre de 2024.
Objeto da experiência
Implementação do projeto extensionista com foco em educação em saúde com grávidas e puérperas na UBS Jd. Flórida, localizada no município de Mauá/SP.
Objetivos
Elaborar propostas para apoiar gestantes e puérperas, visando reduzir a mortalidade materna e infantil, elevada no município de Mauá, com base no perfil sociodemográfico local, adesão ao pré-natal e acompanhamento puerperal, para identificar principais dificuldades e demandas dessa população.
Descrição da experiência
Durante o projeto, promovemos duas ações de educação em saúde na UBS Jardim Flórida, abordando a importância e técnica da amamentação e ensinando a manobra de desengasgo em bebês e crianças. Aplicamos um questionário e entrevistas para conhecer o perfil sociodemográfico das gestantes e puérperas, coletamos assinaturas para o termo de consentimento, acompanhamos consultas obstétricas e realizamos visitas domiciliares, buscando estreitar laços com a comunidade e compreender melhor sua realidade.
Resultados
Ao todo, 11 gestantes/mães participaram do projeto, nas duas ações. A análise do questionário mostrou relação entre idade, raça/cor e escolaridade: jovens pardas com ensino médio incompleto e mulheres mais velhas de diferentes raças com ensino completo. Pardas e pretas predominaram entre as beneficiárias do Bolsa Família. Todas iniciaram o pré-natal até a 12ª semana. Uma teve dificuldade por falta de apoio. Três tinham comorbidades. Todas relataram insegurança sobre amamentação e desengasgo.
Aprendizado e análise crítica
As visitas domiciliares e o acompanhamento do pré-natal na UBS Jardim Flórida permitiram avaliar as abordagens do pré-natal e se as gestantes compreendiam sua importância. As ações sociais também foram essenciais, ao revelar que muitas mães desconheciam a manobra de desengasgo, relevante diante do alto índice de mortes por engasgo em Mauá. Isso possibilitou conscientizá-las sobre temas pouco abordados e apoiar as equipes de saúde na redução da mortalidade materna e infantil.
Conclusões e/ou Recomendações
Observou-se falta de conhecimento das mães sobre manobras de desengasgo, reforçando a importância do projeto. O workshop permitiu orientar gestantes e puérperas sobre amamentação e desengasgo. As visitas domiciliares e o acompanhamento do pré-natal na UBS Jardim Flórida ajudaram a entender as abordagens e a conscientizar sobre temas pouco discutidos, apoiando a equipe de saúde na redução da mortalidade materna e infantil.
MEDICINA INTEGRADA À SAÚDE DA COMUNIDADE: EXPERIÊNCIAS NO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA E A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA
Pôster Eletrônico
1 Faculdade de Medicina - Universidade de Rio Verde
Período de Realização
A ação ocorreu no dia 29 de maio de 2025.
Objeto da experiência
Ação de promoção da saúde direcionada a prática de atividade física no ambiente escolar para adolescentes de 13 a 15 anos de idade.
Objetivos
Estimular e sensibilizar os discentes do ensino básico sobre a importância das práticas corporais e atividade física e seus benefícios para a saúde.
Metodologia
Foi realizada junto a disciplina Medicina Integrada à Saúde da Comunidade, em uma escola pública de Goiânia com turmas do 8º ano. A dinâmica foi distribuída em três etapas: a primeira, uma roda de conversa com conceitos sobre atividade física e sedentarismo. A segunda, uma gincana para aferir a compreensão sobre o tema abordado. Por fim, todos os integrantes participaram de um jogo de queimada, reforçando o caráter lúdico e que remetesse a atividade que pode ser realizada entre amigos.
Resultados
A ação foi bem recebida pela comunidade escolar, que demonstraram interesse e envolvimento nas três etapas propostas. As perguntas realizadas pelo grupo revelaram que os alunos conseguiram compreender os principais conceitos abordados e foram capazes de relacioná-los ao seu cotidiano. A participação na atividade lúdica também foi ampla, com envolvimento ativo e proporcionou a inclusão de estudantes neurodivergentes na ação.
Análise Crítica
É importante notar, que o interesse dos alunos pelas práticas corporais e atividade física foi positivo. Por outro lado, a vivência também revelou a limitação de ações isoladas com a necessidade de sua continuidade no calendário escolar. Isso reforçou a necessidade de projetos com maior periodicidade e a sensibilização para a proposição de um Programa de Extensão Universitária.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência proporcionou não só aprendizado teórico-prático, mas também despertou um senso de responsabilidade coletiva na promoção da saúde e do bem-estar dos adolescentes, destacando a importância de iniciativas que associam educação e saúde no ambiente escolar. Além disso, sensibilizou os estudantes do curso de medicina da importância de se pensar a saúde para além de questões biomédicas, mas que envolva todo o complexo biopsicossocial.
APOIO PEDAGÓGICO COMO POTENCIALIZADOR DE AÇÕES EDUCATIVAS EM SAÚDE: RELATO DA EXPERIÊNCIA.
Pôster Eletrônico
1 Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro/IMSUERJ. Instituto Nacional de Câncer/INCA. Brasil.
2 Instituto Nacional de Câncer. Brasil.
Período de Realização
Experiência desenvolvida no 1º semestre/2025 com residentes do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Objeto da experiência
Realização de práticas educativas em saúde, desenvolvidas coletivamente, por meio de ações mediadas pelo Núcleo Pedagógico em Saúde (Nupes).
Objetivos
Relatar a experiência no Módulo de Educação em Saúde, dos Programas de Residência Multiprofissional em Oncologia e em Física Médica do INCA, destacando a relevância da mediação pedagógica para a execução de ações educativas junto a Agentes Comunitários de Saúde e jovens do projeto RAP da Saúde.
Metodologia
O módulo promoveu vivência prática da educação em saúde nos territórios, com aprendizado pedagógico para planejar ações educativas, visando traduzir e disseminar o saber oncológico. As ações, participativas e multiprofissionais, trataram temas relevantes, de interesse e adaptados ao público-alvo, com uso de metodologias ativas analógicas e digitais, com base progressista. O Nupes ofereceu aulas, orientações, sugestões metodológicas e suporte para a criação de materiais e de formas de avaliação.
Resultados
A partir da mediação pedagógica, os grupos de residentes construíram propostas mais acessíveis, contextualizadas e interativas. Os resultados indicaram mais eficácia, engajamento e apropriação dos conteúdos por meio da orientação pedagógica sistemática. Os residentes avaliaram positivamente o processo, a ampliação da visão crítica sobre os atos educativos e a maior integração entre teoria e prática, destacando a contribuição do apoio pedagógico para a condução das ações com mais segurança.
Análise Crítica
A metodologia ativa, a escuta sensível e o foco na aprendizagem por pares, de base progressista, contribuíram para a disseminação de saberes de educação em saúde de forma mais significativa, respeitando os conhecimentos prévios e a realidade dos discentes. A experiência reafirma a importância do trabalho coletivo e interdisciplinar, tendo a educação como eixo estruturante da atenção em saúde, além de destacar o papel do pedagogo na qualificação das ações educativas no âmbito do SUS.
Conclusões e/ou Recomendações
Os resultados reforçam o papel essencial da mediação pedagógica na formação em saúde e na qualificação das práticas de educação popular em saúde no SUS. A experiência recomenda a ampliação do apoio pedagógico nos módulos de residência em saúde, bem como a valorização do papel do pedagogo nessa área. O fortalecimento dessa prática pode contribuir para a formação de profissionais mais sensíveis, críticos e comprometidos com a transformação social.
O PET-SAÚDE EQUIDADE E A TRANSFORMAÇÃO DO OLHAR PARA O ACOLHIMENTO E MATERNAGEM DE PESSOAS QUE GESTAM NO CONTEXTO DO SUS: FOCO EM TRABALHADORAS E FUTURAS TRABALHADORAS
Pôster Eletrônico
1 Universidade Regional de Blumenau (FURB)
Período de Realização
Maio de 2024 a Abril de 2026.
Objeto da experiência
Acolhimento e valorização de trabalhadoras e futuras trabalhadoras do SUS com foco em processos de Maternagem de pessoas que gestam no contexto do SUS.
Objetivos
Construir e implementar ações para acolhimento a trabalhadoras e futuras trabalhadoras do SUS e pessoas que gestam em seus processos de maternagem, da gestação ao puerpério, com a garantia de direitos e acesso à rede para uma experiência de atenção integral e equânime em saúde.
Descrição da experiência
Dentro do projeto PET-Saúde Equidade desenvolvido pela Universidade Regional de Blumenau com a Secretaria Municipal de Saúde, o grupo de trabalho sobre Acolhimento e Maternagem é composto por docentes, estudantes (medicina, enfermagem, psicologia, direito e publicidade e propaganda) e profissionais da rede de atenção e vem desenvolvendo suas ações interprofissionais para a transformar o olhar e a atenção à saúde das pessoas que gestam, trabalhadoras e futuras trabalhadoras do SUS.
Resultados
Atividades realizadas: Planejamento; Ações nos serviços (Banco de Leite Humano e Unidade Básica de Saúde); Cursos sobre SUS e Integração ensino-serviço-comunidade; Produção científica; Seminário sobre acolhimento, maternagem, políticas de atenção à saúde, direitos trabalhistas de pessoas que gestam; Protocolo e cartilha para acolhimento de processos de maternagem de pessoas que gestam ao puerpério; Rodas de conversa sobre os temas com estudantes, profissionais, docentes, pesquisadores e usuários.
Aprendizado e análise crítica
O grupo vem encontrando espaço necessário para desenvolver as atividades porque a temática não é trabalhada integralmente na rede. Os direitos de quem gesta – majoritariamente mulheres-, não são tranquilamente respeitados. O trabalho realizado vem promovendo reflexões críticas e propositivas, envolvimento de serviços de saúde e Universidade, integração e protagonismo de estudantes, profissionais, docentes e comunidade. Há troca e aprendizagem compartilhada para ações mais adequadas nos serviços.
Conclusões e/ou Recomendações
A valorização de trabalhadoras e futuras trabalhadoras do SUS é urgente e requer ações intencionais, pois a temática é marcada por tabus e preconceitos. Há pouco referencial sobre gestação por homens trans e olhar machista e excludente para quem gesta dentro da universidade e na gestão do trabalho. Os trabalhos do grupo têm contribuído para ampliar as discussões e formar profissionais de saúde para práticas equânimes.
GENOGRAMA E ECOMAPA COMO FERRAMENTAS PARA A PRODUÇÃO DO CUIDADO NA ATENÇÃO PSICOSSOCIAL: EXPERIÊNCIA DOCENTE EM UMA FORMAÇÃO EM SERVIÇO DE SAÚDE MENTAL
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal do Acre, Campus Floresta
Período de Realização
De 16 de janeiro a 02 de março de 2023.
Objeto da experiência
Processo formativo sobre genograma e ecomapa como ferramentas para a produção do cuidado na atenção psicossocial.
Objetivos
Relatar a experiência docente de um processo formativo sobre genograma e ecomapa como ferramentas para a produção do cuidado em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) durante atividade de educação permanente com dezessete profissionais de saúde mental.
Descrição da experiência
O processo formativo aconteceu em sete encontros, durante as reuniões semanais de equipe, no tempo destinado para Educação Permanente, utilizando a metodologia de sala invertida. Aconteceu em duas etapas: a) encontros teóricos: ocorreram discussões de conceitos relacionados à Rede de Atenção Psicossocial, território na saúde e características do genograma e ecomapa na produção do cuidado. b) encontros práticos: elaboração e apresentação de genograma e ecomapa a partir de estudos de casos.
Resultados
Os profissionais foram compromissados com as leituras e ativos nas discussões teóricas. Relataram satisfação com o conhecimento construído pois passaram a entender e enxergar o genograma e ecomapa como ferramentas adequadas que buscam facilitar a visualização dos aspectos estruturais, relacionais dos indivíduos e sua família com a comunidade. Ao final, decidiram adotar as ferramentas no serviço, sendo inicialmente, utilizadas para os usuários graves.
Aprendizado e análise crítica
A Atenção Psicossocial requer formação de profissionais com competências para produção do cuidado centrado na comunidade e lógica do território para autonomia dos sujeitos. A atenção à saúde na perspectiva da autonomia pode ser mediada pela elaboração de projetos terapêuticos singulares que utilizem ferramentas que possibilitem o olhar ampliado do sujeito. Porém, as equipes podem estar limitadas a alguns modos e ferramentas por falta de conhecimento e experiência sobre outros.
Conclusões e/ou Recomendações
A formação foi exitosa, pois oportunizou o desenvolvimento de competências e habilidades para utilização do genograma e do ecomapa direcionadas às necessidades dos usuários e estas foram incorporadas ao processo de trabalho das equipes do CAPS. No processo de Educação Permanente das equipes de atenção psicossocial, a interação e o aprendizado sobre novas estratégias e ferramentas de cuidado mostrou favorecer a melhoria da atenção.
EDUCAÇÃO PERMANENTE E GESTÃO INSTITUCIONAL: A INTERVENÇÃO DE UMA ESTAGIÁRIA DE PSICOLOGIA EM UM SERVIÇO RESIDENCIAL TERAPÊUTICO DA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE/RS
Pôster Eletrônico
1 UNILASALLE
2 Gaepsi
3 UNILASALLE e UFCSPA
Período de Realização
A experiência discutida no presente relato situa-se entre os anos de 2024 e 2025.
Objeto da experiência
Trata-se de uma experiência de estágio em Psicologia em um Serviço de Residencial Terapêutico (SRT) da Região Metropolitana de Porto Alegre/RS.
Objetivos
Este trabalho tem como objetivo discutir o papel do psicólogo em Serviços de Residencial Terapêutico (SRT) e refletir sobre as potencialidades de uma intervenção de Educação Permanente em Saúde para estagiários de Psicologia, a partir de uma experiência de intervenção de estágio.
Metodologia
A experiência realizada entre 2024 e 2025 em um SRT da Região Metropolitana de Porto Alegre/RS. A intervenção proposta sob a escuta e os efeitos subjetivos e institucionais produzidos pela rotatividade no espaço. Inspirada na psicanálise institucional e na Educação Permanente em Saúde (EPS), a proposta se estruturou em três etapas: escuta diagnóstica da equipe/residentes, produção coletiva de materiais organizacionais e implementação com avaliação contínua.
Resultados
Observou-se que a intervenção oportunizou acolhimento, previsibilidade e pertencimento. A implementação possibilitou a construção de uma unidade de cuidado. A equipe técnica relatou redução de tensões e fortalecimento dos vínculos entre os quais destaca-se a construção de diretrizes de atuação e formações para atuação. O caráter inovador está na atuação do estagiário como articulador institucional e formador de pares, ampliando o alcance pedagógico e contribuindo para um cuidado ético e sustentado.
Análise Crítica
A intervenção evidenciou que práticas formativas situadas podem transformar o cotidiano institucional. A literatura sobre EPS e Psicanálise Institucional auxiliou na escuta dos impasses e afetos emergentes. A experiência revelou a importância de integrar clínica, ética e gestão na formação em Psicologia, apontando a necessidade de ampliar a preparação dos estagiários para os desafios institucionais do SUS.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência evidencia que o estagiário pode ocupar um lugar ativo na qualificação institucional e na formação em serviço. Ao integrar escuta, gestão e formação, a intervenção contribuiu para a construção de rotinas mais éticas e implicadas. Espera-se que este relato inspire outros estagiários e profissionais a promoverem práticas formativas que articulem cuidado, crítica e responsabilidade institucional.
A IMPORTÂNCIA DO CANAL TEÓRICO-PRÁTICO NO AMBIENTE FORMATIVO DE RESIDÊNCIA, RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Pôster Eletrônico
1 SMS RIO
Período de Realização
Março de 2024-Maio de 2025
Objeto da experiência
Canal teórico-prático realizado em Unidade de Saúde da Família em Município do Rio de Janeiro, por residentes e preceptoras.
Objetivos
Compartilhar experiências referente a importância do canal teórico-prático como metodologia para qualificação da assistência.
Metodologia
Processo desenvolvido em turno matutino, em unidade de Saúde da Família do município do Rio de Janeiro, onde preceptoras e residentes trazem assuntos definidos previamente, por meio de reunião em conjunto ou sugestão do programa de residência, sobre assuntos vivenciados na prática clínica, que reverberam dúvidas gerais, discussão de novos manuais e atualizações assistenciais.
Resultados
Esses momentos permitem constante evolução, pois promovem oportunidades para reflexão de práticas, redução de erros, além de capacitações, onde aprendemos novas técnicas, revisão de manuais, notas técnicas, com utilização de metodologias ativas, discussão de casos, e quem está com dificuldade no tema é também, responsável por preparar o momento, o que leva a estudo e aprimoramento do conteúdo, ações que resultam na promoção de atendimento de maior qualidade aos usuários.
Análise Crítica
Com a utilização do canal teórico-prático como apoiador do processo formativo, temos residentes e preceptores atualizados, qualificados, com domínio de práticas assistenciais, protocolos, proporcionando um cuidado com qualidade, além de profissionais mais comunicativos e integrados.
Conclusões e/ou Recomendações
A implementação e utilização do canal teórico-prático contribui grandiosamente para contínua formação profissional, proporcionando um cuidado atualizado e qualificado, sendo ainda, momento de atualização de práticas assistenciais e ensino. Reverberando em uma assistência integral, com diminuição de possíveis erros e danos ao paciente, atendimento por profissionais conscientes, críticos e reflexivos, com qualificação e excelência.
MINICURSO SOBRE ANIMAIS PEÇONHENTOS COMO ESTRATÉGIA PARA DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NO ÂMBITO DA TOXICOLOGIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 UFC
Período de Realização
O minicurso sobre animais peçonhentos foi realizado nos dias 12, 14 e 15 de maio do ano de 2025.
Objeto da experiência
O minicurso, uma ação desenvolvida por alunos, sob orientação de um docente, integrantes do projeto de extensão “CETOX-UFC” do Curso de Farmácia.
Objetivos
Abordar o tema animais peçonhentos, considerando os seguintes aspectos: reconhecimento e características de animais peçonhentos, estudo das toxinas produzidas por esses animais (toxinologia); diagnóstico e tratamento de vítimas de envenenamentos decorrentes de acidente animais com esses animais.
Descrição da experiência
O minicurso, ofertado pelo Centro de Estudos em Toxicologia (CETOX-UFC), compreendeu três aulas proferidas por profissionais com expertise para abordar os aspectos anteriormente descritos relativos aos animais peçonhentos. O Instagram do projeto foi utilizado para divulgação e inscrição no minicurso, o qual aconteceu de forma online, no Youtube, ao vivo, empregando o software StreamYard. Ao final de cada aula foi registrada a presença para a emissão dos certificados aos participantes.
Resultados
Foram 1344 inscritos, estudantes de farmácia, biologia, medicina, enfermagem e engenharia ambiental, e profissionais, como bombeiros militares e outros. Causou surpresa, o número de pessoas interessadas e o número de participantes, cuja média foi de 661 considerando as três aulas ministradas. No chat foram muitos os elogios referindo a grande importância do tema abordado, a excelente qualidade das aulas e a satisfatória organização do minicurso.
Aprendizado e análise crítica
O conhecimento compartilhado por meio do minicurso atendeu o interesse de profissionais de saúde em formação, que podem ser chamados a responder a demandas relativas aos animais peçonhentos, e aqueles que fazem a captura desses animais, como biólogos e bombeiros. Ademais, a utilização do Youtube possibilitou alcançar a população em geral com informações sobre como prevenir envenenamentos ou como proceder e onde buscar auxílio frente as ocorrências que envolvem esses animais.
Conclusões e/ou Recomendações
O minicurso sobre animais peçonhentos mostrou-se uma ótima estratégia para divulgar conhecimentos sobre toxicologia e toxinologia. A realização de forma online, no Youtube, possibilitou atingir diversos estudantes e profissionais em diferentes locais do Brasil, com um maior espectro de alcance dessa ação extensionista. Ações como esta contribuem para a formação de profissionais de saúde e beneficiam a população em geral.
PRÁTICA EXTENSIONISTA EM UMA CASA DE PARTO NORMAL: VIVÊNCIAS DE UMA LIGA ACADÊMICA NO FORTALECIMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS NA FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM
Pôster Eletrônico
1 Faculdade Adventista da Amazônia
Período de Realização
Visita técnica realizada em 20 de dezembro de 2024, como parte da formação acadêmica.
Objeto da experiência
Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência.
Objetivos
Refletir sobre a importância das práticas extensionistas em uma liga acadêmica em casa de parto normal e as implicâncias para o fortalecimento de políticas públicas durante a formação em enfermagem.
Metodologia
A experiência foi desenvolvida no Centro de Parto Normal Haydee Pereira de Sena (CPN), em Castanhal (PA). O CPN oferece atendimento 24h com triagem humanizada e equipe composta por enfermeiros obstétricos e técnicos em enfermagem. A vivência possibilitou contato direto com práticas baseadas em evidências, valorizando o protagonismo da mulher e o respeito à fisiologia do parto repassados em sala. Além disto foi possível realizar a interface do espaço alinhado com a Rede Alyne.
Resultados
A visita ao CPN evidenciou menor uso de intervenções desnecessárias, aplicação de boas práticas e alta satisfação das usuárias priorizando estratégias para um cuidado humanizado e a redução da mortalidade materna. A experiência mostrou alinhamento com diretrizes do Ministério da Saúde e impacto positivo nos desfechos maternos e neonatais, reafirmando o papel das casas de parto na atenção obstétrica qualificada, como apontados através de dados científicos durante as aulas de disciplinas afins.
Análise Crítica
A vivência permitiu compreensão prática do modelo humanizado de assistência ao parto, destacando o valor das casas de parto como espaços formativos. Também evidenciou os desafios enfrentados para consolidar esse modelo no SUS, como a resistência institucional e a necessidade de investimentos estruturais e formação profissional contínua. Dessa forma nos revela a importância de habilidades e competências bem estruturadas durante formação para garantir autonomia profissional no parto e nascimento.
Conclusões e/ou Recomendações
As casas de parto, quando articuladas à Rede Alyne, qualificam a atenção obstétrica e ampliam o acesso ao parto humanizado. Recomenda-se o fortalecimento dessas unidades no SUS, o incentivo à formação de profissionais com enfoque humanizado e a promoção de vivências acadêmicas nesse cenário de cuidado. A experiência trouxe a necessidade de fortalecer práticas humanizadoras que promovam a satisfação e o poder de decisão às mulheres.
A IMPLANTAÇÃO DE EQUIPES DE CONSULTÓRIO NA RUA A PARTIR DA COOPERAÇÃO BIPARTITE ENTRE ESTADO E MUNICÍPIOS
Pôster Eletrônico
1 ICEPI
2 Fiocruz/ NUPOP
3
Período de Realização
Março de 2021 a março de 2025
Objeto da experiência
A cooperação instituída entre o estado do Espírito Santo e seus municípios para o aprimoramento da APS, a partir do programa Qualifica-APS, do ICEPI.
Objetivos
O programa Qualifica-APS foi criado no âmbito do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi), da Escola de Saúde Pública do Espírito Santo, com o objetivo de ampliar o acesso à saúde e fortalecer, por meio de formações, a qualificação profissional na APS.
Descrição da experiência
O Programa de Provimento para equipes de Consultório na Rua, em cooperação com os municípios do ES, é responsável pelos processos seletivos e pelo acompanhamento semanal dos profissionais. A carga horária é dividida em 32 horas semanais dedicadas às práticas em campo e 8 horas semanais em que equipes de docentes assistenciais fomentam a pesquisa e a aprendizagem, garantindo tempo para Educação Permanente em Saúde e aperfeiçoando os profissionais para a realidade prática.
Resultados
Em 2021, foram publicados editais para a adesão municipal às equipes de Consultório na Rua e para a seleção de profissionais para essas equipes. Considerando que, até então, apenas dois municípios possuíam equipes no estado, foram imediatamente implantadas três novas equipes em Vila Velha, Aracruz e Cariacica. Entre os anos de 2022 e 2024, foram publicados novos editais que possibilitaram a adesão dos municípios de Cachoeiro de Itapemirim, Serra, São Mateus e Linhares.
Aprendizado e análise crítica
A Coordenação do programa desenvolve metodologias ativas de aprendizagem baseadas na realidade, promovendo a aprendizagem significativa. Além disso, coordena a coleta e análise de dados e aprimora estratégias para garantir a qualidade do atendimento ao usuário final, especificamente a população em situação de rua. Entre os temas das formações merecem destaque a sífilis, direito reprodutivo, redução de danos, vacinação, pré-natal entre outras práticas da carteira de serviços da APS.
Conclusões e/ou Recomendações
Os municípios que possuem Consultório na Rua vinculadas ao Qualifica-APS, destacam-se por suas práticas inovadoras de cuidado, planejamento clínico, manejo e participação ativa nas redes de saúde. O número de equipes no estado aumentou de 2 para 11 entre 2021 e 2024, permitindo o acompanhamento do processo de desenvolvimento do trabalho dessas equipes.
A IMPLEMENTAÇÃO DE UMA DISCIPLINA DE SAÚDE E SUSTENTABILIDADE NA GRADUAÇÃO EM MEDICINA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 PUCPR
Período de Realização
Segundo semestre de 2024 e primeiro semestre de 2025.
Objeto da experiência
Implementação da disciplina “Habilidades Profissionais III - Saúde e Sustentabilidade” no currículo da graduação em Medicina da PUCPR.
Objetivos
Promover a reflexão crítica sobre a interface entre saúde, ambiente e desenvolvimento sustentável, alinhando a formação médica aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e ao SUS, por meio de metodologias ativas e abordagem interdisciplinar.
Metodologia
A disciplina foi implementada no terceiro semestre do curso, percorrendo um trajeto que culmina no enfoque dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, passando por discussões sobre temas urgentes como Saúde Planetária e impactos da desinformação em saúde. Foram utilizadas metodologias ativas, como TBL e estudos de caso, bem como estágios em campos práticos (de unidades de saúde ao restaurante-escola da universidade). A avaliação combinou participação e testes formativos e somativos.
Resultados
A disciplina foi inicialmente recebida com relutância, sobretudo pela novidade dos temas na relação com a formação médica. Ao longo das aulas, com a problematização ativa, a articulação com a clínica e o uso de metodologias ativas, os estudantes passaram a reconhecer a relevância dos conteúdos. Nas avaliações e trabalhos, percebe-se maior engajamento e compreensão crítica sobre a relação entre saúde, ambiente e sustentabilidade.
Análise Crítica
A relutância inicial dos estudantes provocou reflexões sobre como temas urgentes, mas ainda distantes do imaginário médico tradicional, exigem cuidado na mediação e escuta ativa. A diversidade de referenciais teóricos tem exigido preparo docente e constante articulação entre campos do saber. A experiência revelou a potência formativa do tema, quando sustentado por metodologias dialógicas e pela aposta na interdisciplinaridade.
Conclusões e/ou Recomendações
A inclusão de temas ligados ao desenvolvimento sustentável fortalece a formação médica crítica e contextualizada. Recomenda-se que temas como saúde planetária, mudanças climáticas e equidade global estejam presentes de forma transversal no currículo, com apoio institucional, formação docente e articulação com a comunidade e os serviços de saúde.
O DESAFIO DO CUIDAR: UTILIZAÇÃO DE RECURSOS ESTÉTICOS EM OFICINAS DE CUIDADO COM TRABALHADORES DE UM CRAS NO SUDOESTE DE GOIÁS
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal de Jataí, UFJ
Período de Realização
Março a Junho de 2025
Objeto da experiência
Profissionais que integram a instituição, incluindo a gestora, assistentes sociais, psicólogas, educadoras sociais entre outros integrantes da equipe.
Objetivos
Este projeto de extensão apresenta a experiência de promoção de cuidado em saúde mental realizada em um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) por meio de oficinas de arte e rodas de conversa sobre temas previamente escolhidos de março a junho de 2025.
Metodologia
A proposta foi demandada por profissionais da instituição frente aos desafios inerentes ao trabalho. Dez participantes integraram oito encontros quinzenais de 1h de duração, conduzidos pela equipe do projeto. Esse grupo deu continência e sustentação aos participantes a partir de um enquadre psicanalítico grupal por meio da mediação das oficinas de pintura e discussões sobre subjetividade, sofrimento psíquico, vínculos, gênero e sobrecarga feminina envolvidos na complexidade do cuidar.
Resultados
A utilização da abordagem utilizando experiências estéticas no dispositivo grupal, apresentou-se também como forma de dar continência e sustentação ao grupo, e que, juntamente com os espaços de escuta, a partir de temas e leituras por nós indicados, pôde ajudar os profissionais a elaborarem (compreenderem e construírem) um sentido para as experiências diversas relatadas, frequentemente difíceis e nem sempre compreensíveis, por que passam tais profissionais no cotidiano dos serviços de saúde.
Análise Crítica
O grupo descobre na prática artística uma possibilidade de elaboração e de criação de suas vivências pessoais e profissionais de sofrimento psíquico. Nas rodas de conversa emergiram reflexões sobre os sentidos do trabalho assistencial, de promoção de saúde e de gestão, possibilitando os sujeitos ressignificarem experiências de trabalho e pessoais oferecendo-lhes novos sentidos, melhor compreendendo a realidade em que vivem e a busca de soluções criativas para o fazer profissional.
Conclusões e/ou Recomendações
Para além de propiciar a potência do fazer artístico e do dispositivo grupal como dispositivos que favorecem a experiência relacional, potencializando o ser criativo dos sujeitos, as oficinas atuaram também como uma atividade de educação permanente em saúde para profissionais e extensionistas, agindo como um processo transformador nas práticas de cuidado de si e do outro, por meio da escuta qualificada e das trocas intersubjetivas.
OFICINAS PARTICIPATIVAS COMO CAMINHOS DE EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE NA FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM
Pôster Eletrônico
1 UFRJ
Período de Realização
Julho a dezembro de 2024, em escolas públicas e unidades básicas de saúde no Rio de Janeiro.
Objeto da experiência
Oficinas participativas realizadas por estudantes de Enfermagem como estratégias de educação popular em saúde na atenção básica.
Objetivos
Relatar a experiência da construção, execução e aprimoramento de oficinas participativas em saúde realizadas pela Liga Acadêmica de Enfermagem em Saúde da Família, com foco no fortalecimento da educação popular, da autonomia dos sujeitos e da humanização do cuidado.
Descrição da experiência
A experiência foi desenvolvida por estudantes da Liga Acadêmica de Enfermagem em Saúde da Família em territórios de atuação comunitária, a partir da escuta ativa das demandas locais. Foram construídas nove oficinas com metodologias lúdicas e participativas, como bingo, caça aos germes, caixas sensoriais e dinâmicas com espelho. A elaboração foi feita com base em pesquisa sobre temas de saúde e validada por docentes, sendo continuamente aprimorada conforme as devolutivas dos públicos envolvidos.
Resultados
As oficinas geraram engajamento, aprendizado mútuo e fortalecimento de vínculos entre estudantes e comunidade. As dinâmicas facilitaram a apropriação de temas como autocuidado, prevenção, alimentação saudável e saúde reprodutiva de forma leve e significativa. O uso de linguagens acessíveis e interativas favoreceu o diálogo de saberes, reforçando o compromisso social da Enfermagem com a promoção da saúde e o respeito à diversidade de saberes populares.
Aprendizado e análise crítica
A vivência evidenciou o valor da educação popular como prática potente para formação crítica, dialógica e ética dos futuros profissionais de saúde. O contato direto com a comunidade proporcionou escuta, empatia e reconhecimento das múltiplas formas de saber que circulam nos territórios. A experiência contribuiu para a ampliação do olhar sobre o cuidado, desafiando modelos biomédicos e estimulando práticas mais integradas, sensíveis e comprometidas com a equidade.
Conclusões e/ou Recomendações
A realização das oficinas reafirma a importância das metodologias participativas no cuidado em saúde, reconhecendo os sujeitos como protagonistas do processo educativo. Recomenda-se sua inclusão sistemática na formação em Enfermagem, estimulando práticas pedagógicas que valorizem o saber popular, a escuta ativa e a corresponsabilidade na construção de ações de saúde com base na justiça social e no diálogo entre diferentes saberes.
PROGRAMA LÍDERES QUE INSPIRAM EXCELÊNCIA: ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE PARA O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS DE LIDERANÇA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 IEGO
Período de Realização
Agosto de 2023 a maio de 2025.
Objeto da experiência
Implementação do Programa LIE como estratégia de educação permanente para qualificação de lideranças na Atenção Primária à Saúde no SUS.
Objetivos
Fortalecer competências socioemocionais de profissionais da Atenção Primária à Saúde, a fim de qualificar processos organizacionais, otimizar o ambiente laboral e ampliar a resolutividade das equipes do SUS.
Descrição da experiência
O Programa Líderes que Inspiram Excelência (LIE) foi desenvolvido e implementado pelo Instituto Excelência como uma ação sistemática de educação permanente, envolvendo gestores e equipes multiprofissionais de nove municípios do Ceará. A metodologia utiliza oficinas participativas, garantindo articulação entre teoria e prática. As atividades foram adaptadas às realidades territoriais, promovendo a corresponsabilização dos participantes no desenvolvimento de competências de liderança e gestão.
Resultados
Observou-se o fortalecimento da liderança, qualificação da comunicação e da gestão de conflitos, além do aumento da coesão e colaboração entre as equipes. Houve aprimoramento dos processos organizacionais e do engajamento profissional. A replicabilidade evidenciou a efetividade do programa como estratégia de educação permanente, em consonância com a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, promovendo transformações na cultura organizacional.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou que a eficácia das lideranças, pautada em comunicação assertiva, empatia e colaboração, é crucial para a qualidade dos serviços de saúde. O investimento no desenvolvimento humano fortalece ambientes éticos e saudáveis, reduzindo estresse e burnout. Desafios incluem manter o engajamento das equipes e a continuidade das ações frente à rotatividade profissional.
Conclusões e/ou Recomendações
O Programa LIE demonstrou-se uma potente estratégia de desenvolvimento humano e transformação da cultura organizacional na saúde pública, promovendo lideranças mais conscientes, ambientes mais saudáveis e equipes mais engajadas. Recomenda-se sua replicação em outros contextos do SUS como ferramenta estruturante para qualificação da gestão e fortalecimento das práticas colaborativas.
EDUCAÇÃO PERMANENTE COMO DISPOSITIVO DE TRANSFORMAÇÃO NA SAÚDE COLETIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM O PROGRAMA LIE NO SUS
Pôster Eletrônico
1 IEGO
Período de Realização
De 2023 a 2025.
Objeto da experiência
Relatar a aplicação do Programa LIE como estratégia de desenvolvimento de lideranças no SUS.
Objetivos
Apresentar a aplicação do Programa Líderes que Inspiram Excelência (LIE), metodologia voltada ao desenvolvimento de lideranças no Sistema Único de Saúde (SUS), fortalecendo competências emocionais, comunicacionais e colaborativas para qualificação da gestão.
Metodologia
O Programa LIE, desenvolvido por psicóloga especialista em desenvolvimento humano e organizacional, foi aplicado entre 2023 e 2025 em nove municípios do Ceará. Estruturado em sete módulos mensais, abordou autoconhecimento, comunicação assertiva, empatia, inteligência emocional, trabalho em equipe, tomada de decisão e gestão de conflitos, usando rodas de conversa, dinâmicas lúdicas e estudos de caso para estimular escuta ativa e construção coletiva.
Resultados
O Programa LIE demonstrou impacto significativo no fortalecimento de lideranças e na qualificação das relações de trabalho. Participantes relataram maior consciência sobre valores, propósito e práticas colaborativas, favorecendo ambientes mais empáticos e integrados. As dinâmicas vivenciais estimularam vínculos e coesão das equipes. Observou-se ainda reorganização de fluxos, clareza de papéis e melhoria do clima organizacional.
Análise Crítica
A experiência com o Programa LIE evidenciou o potencial transformador da Educação Permanente na qualificação de lideranças e na reconfiguração das práticas institucionais. A abordagem metodológica, centrada no desenvolvimento de competências socioemocionais e na construção coletiva, fomentou engajamento e senso de propósito. Como desafio, destacou-se a necessidade de maior investimento institucional em formações contínuas.
Conclusões e/ou Recomendações
O Programa LIE demonstrou-se uma potente estratégia de desenvolvimento humano e transformação da cultura organizacional na saúde pública, promovendo lideranças mais conscientes, ambientes mais saudáveis e equipes mais engajadas. Recomenda-se sua replicação em outros contextos do SUS como ferramenta estruturante para qualificação da gestão e fortalecimento das práticas colaborativas.
A ENSINANTE APRENDE PRIMEIRO A ENSINAR: EXPERIÊNCIAS COMO PROFESSORA EM UM CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM APOIO INSTITUCIONAL E MATRICIAL NA PARAÍBA
Pôster Eletrônico
1 Ministério da Saúde; ESP-PB.
Período de Realização
A experiência ora relatada foi vivenciada entre os meses de agosto de 2024 e fevereiro de 2025.
Objeto da experiência
É fruto da atuação como professora no Curso de Especialização em Apoio Institucional e Matricial com ênfase em Educação na Saúde.
Objetivos
O objetivo deste trabalho é relatar a vivência como professora no referido curso de especialização, ofertado pela Escola de Saúde Pública da Paraíba, refletindo sobre as potencialidades desse tipo de formação, na qual se é professora e estudante paralelamente.
Metodologia
Atuou-se em três turmas do curso situadas na I macrorregião de saúde do estado da Paraíba. A metodologia do curso foi o círculo de aprendizagem, baseado no círculo de cultura de Paulo Freire, sendo orientado por premissas da educação popular e educação permanente em saúde. O curso esteve estruturado em seis módulos, cada um com duração de um mês. Anteriormente à facilitação de cada módulo, os seus professores participavam de um espaço formativo e de planejamento.
Resultados
Foram setes espaços de formação docente, no formato de roda de conversa, sob a facilitação do coordenador e dos orientadores de aprendizagem do curso. Nesses momentos realizou-se um aprofundamento dos conteúdos, a partir de suas relações com os processos de trabalho em saúde, e a construção inicial ou aperfeiçoamento dos percursos metodológicos de cada aula/encontro. Ademais, foram espaços de troca de saberes e de experiências sobre o desenvolvimento do curso entre a sua equipe de condução.
Análise Crítica
Os espaços formativos contribuíram para uma prática docente condizente com os princípios das pedagogias críticas, visto que propiciaram um deslocamento do papel de ensinante/educadora para o de aprendente/educanda. Isso permitiu reforçar constantemente o movimento dialético do ensino, em que aquele que ensina também aprende ao fazê-lo, bem como que o educador deve estar sempre atento ao seu processo de formação, que deve ocorrer antes, durante e após cada espaço educativo que facilita.
Conclusões e/ou Recomendações
Esta experiência demonstra o quão os processos de planejamento e avaliação estão imbricados na prática docente em saúde. Reforça sobretudo que as pedagogias críticas deslocam o professor da zona de detentor do conhecimento, convertendo-o em facilitador na construção de saberes que se traduzam em novas formas de fazer saúde e promover justiça social. Assim, o professor é sujeito e objeto na transformação suscitada pela prática educativa.
INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO COMO ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO DE INFORMAÇÃO PARA O SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA DE UM MUNICIPIO DE MATO GROSSO
Pôster Eletrônico
1 Universidade de Estado de Mato Grosso – UNEMAT
2 Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT
Período de Realização
A pesquisa junto ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi de agosto/2023 a abril/2025.
Objeto da experiência
Considerando a elevada demanda e importância vital do SAMU no Brasil, é imperativo realizar estudos que delineiam o perfil dos atendimentos prestados.
Objetivos
Descrever a integração ensino-serviço no desenvolvimento do projeto de pesquisa “Ocorrências, Processo de Trabalho e Assistência do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência" localizado na região médio norte mato-grossense.
Descrição da experiência
Desenvolvido por docentes e discentes do curso de Enfermagem da Universidade do Estado de Mato Grosso em parceria com o SAMU de Tangará da Serra para sistematizar as informações disponíveis nas fichas de atendimento geradas pelas ambulâncias de suporte básico e avançado. Foi utilizado instrumento padronizado para orientar a coleta de dados que ocorreu no próprio serviço. A equipe foi estruturada de modo a distribuir, de forma equitativa, a quantidade de fichas mantendo comunicação constante.
Resultados
Foram coletadas 13.357 fichas dos anos de 2022 e 2023. Os registros foram revisados periodicamente assegurando a qualidade das informações obtidas e promovendo os ajustes necessários. A vivência de campo contribuiu para formação acadêmica e o fortalecimento do compromisso com a produção de conhecimento para o serviço de saúde. Foram desenvolvidas habilidades relacionadas à coleta e análise de dados, além de exercitar a autonomia e a responsabilidade diante das tarefas atribuídas.
Aprendizado e análise crítica
A experiência proporcionou aprendizados no que diz respeito à importância do planejamento, da organização e da comunicação. A supervisão contínua das docentes permitiu não apenas o aprimoramento técnico, mas também a reflexão crítica sobre os dados coletados e os desafios enfrentados no processo. A vivência fortaleceu a capacidade de compreensão sobre as etapas da pesquisa cientifica e ressaltou a importância do trabalho colaborativo e da postura ética na produção do conhecimento.
Conclusões e/ou Recomendações
A pesquisa proporcionou articulação academia e serviço contribuindo para o desenvolvimento de competências essenciais à formação acadêmica e profissional. Além do fortalecimento contribuindo para sistematização dos dados e a produção de indicadores gerenciais sobre o perfil dos atendimentos e a qualidade da assistência prestada.
O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DE LIDERANÇAS DA SAÚDE PÚBLICA: UMA EXPERIÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DE GESTORES, RH E DIRETORIA.
Pôster Eletrônico
1 HMDCC
Período de Realização
O presente trabalho ocorreu entre novembro de 2023 a novembro de 2024.
Objeto da experiência
Programa de Desenvolvimento de líderes (RTs, coordenadores, gerentes e assessores) de um hospital de alta complexidade com atendimento 100% SUS.
Objetivos
O Programa de Desenvolvimento de Líderes do Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro (HMDCC) tem como objetivo fortalecer e ferramentar a atuação das lideranças, sendo que no ano de 2024, buscou-se desenvolver gaps de forma individualizada, tendo como aliados estratégicos a diretoria e o RH.
Descrição da experiência
Em 2023, a fim de dar continuidade ao Programa de Desenvolvimento de Líderes, foi escolhido a mentoria em grupos como metodologia a ser utilizada. Para a definição dos grupos foi construída uma avaliação baseada em competências que foi realizada pela diretoria. Assim os gestores foram divididos em seis grupos temáticos, de acordo com as fragilidades observadas na avaliação. Após 6 meses da mentoria foi realizada nova rodada de avaliação dos gestores, com análise comparativa dos resultados.
Resultados
Os gestores se destacaram no compromisso com os resultados, responsabilização e representatividade institucional. Já inovação, gestão de conflitos e comunicação assertiva apareceram com maior possibilidade de melhoria. Isso se manteve nas duas avaliações, mas com tendência positiva. Houveram melhorias no desempenho individual e coletivo, fortalecimento das parcerias estratégicas e da autonomia. Foi observado uma involução das notas, devido a melhor acurácia na avaliação dos diretores.
Aprendizado e análise crítica
O processo de desenvolvimento é lento e depende de inúmeros fatores, mas durante a mentoria foi possível visualizar a evolução teórica e prática dos gestores. Foi compreendido que a maior aproximação entre a diretoria e as lideranças, acompanhada e mediada pelo RH, alcançou também o desenvolvimento da diretoria da instituição. Isso porquê, para a construção do projeto foi fundamental a parceria RH-diretoria, fato que devolveu ao RH uma posição estratégica na gestão de pessoas da instituição.
Conclusões e/ou Recomendações
O programa de desenvolvimento de Líderes trouxe resultados significativos para gestores, diretores e RH. O investimento em capacitação de lideranças se faz imprescindível, uma vez que líderes mais capacitados gerenciam melhor suas equipes, que consequentemente entregam mais valor à assistência ao paciente e aos familiares. Sabendo que para a mudança de uma cultura é preciso cascateamento, uma parceria estratégica entre RH e diretoria é essencial.
APRENDIZADO SINGULAR EM RESIDÊNCIA DE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE
Pôster Eletrônico
1 FIOCRUZ BRASÍLIA
2 SESDF
Período de Realização
1º de março de 2020 a 31 de maio de 2025
Objeto da experiência
Aprendizado prático e teórico no contexto do território de atuação profissional por meio da vivência individual e coletiva no decorrer do programa.
Objetivos
Valorizar a aprendizagem individual a partir do conhecimento já construído na graduação e assim propor seu plano de treinamento, que fortaleça competências e habilidades essenciais para atuar como Médico (a) de Família e Comunidade com domínio dos campos cognitivo, psicomotor e atitudinal.
Descrição da experiência
O programa adota o princípio do aprendizado singular, no qual cada residente constrói seu percurso formativo a partir do reconhecimento de suas necessidades de aprendizagem para bem atender a saúde das pessoas e suas famílias. Desse modo, o projeto guia os 2 anos da residência, integrando teoria e prática, cumprindo assim com os objetivos da matriz de competências em Medicina de Família e Comunidade. O programa já formou 22 médicos especialistas, e conta com 13 residentes em formação.
Resultados
Observou-se no início do primeiro ano (R1) maior necessidade de aprendizagem em pequenas cirurgias, saúde mental, dermatologia, obstetrícia e saúde da criança e do idoso. Objetivando a resolução ao logo da residência, preceptor e residente constroem juntos um percurso formativo, que se mostra mutável ao longo do Programa, com surgimento de novas demandas além daquelas iniciais. A relação cordial e a atitude flexível entre ambos se mostraram imprescindíveis para o processo de formação.
Aprendizado e análise crítica
O aprendizado singular nos desafia e exige suporte da preceptoria. É preciso alinhar os preceptores para uma assistência semelhante a cada residente, com o engajamento de todos na construção e execução da aprendizagem. Encontros periódicos entre preceptor e residente para avaliar avanços e dificuldades, corrigir rotas e delinear novos caminhos, têm se mostrado prática profícua na consolidação desse objetivo. Em 5 anos do Programa, essa estratégia vem sendo aperfeiçoada e se mantém em construção
Conclusões e/ou Recomendações
A integração entre teoria e prática com foco nas necessidades individuais e retorno contínuo preparam os residentes para desafios complexos na saúde pública. Para melhoria constante, recomenda-se: 1. Fortalecer personalização do aprendizado; 2. Ampliar Integração teoria-prática; 3. Realizar vivências e estágios especializados; 4. Avaliar continuamente o Programa; 5. Incorporar Temas Emergentes de Saúde; 6. Promover a Cultura de Saúde Comunitária.
IDADISMO E IMPACTOS NA SAÚDE MENTAL DA MULHER: RELATO DE EXPERIÊNCIA DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NO CURSO DE MEDICINA
Pôster Eletrônico
1 Centro Universitário São Camilo
Período de Realização
Maio de 2025
Objeto da experiência
Implementação de um projeto de extensão sobre idadismo e os impactos na saúde mental das mulheres
Objetivos
Relatar a experiência de uma roda de conversa entre estudantes do curso de Medicina e mulheres que frequentam o grupo de saúde mental de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), localizada no Município de São Paulo, abordando o tema idadismo e impactos na saúde mental feminina.
Metodologia
No quarto semestre de graduação, seis alunas desenvolveram um projeto de extensão com o método de roda de conversa com mulheres que frequentam o grupo de saúde mental da UBS, abordando o tema idadismo e sobrecarga feminina. A necessidade do projeto surgiu após as alunas participarem do grupo anteriormente e identificarem nas narrativas os desafios da sobrecarga feminina relacionados, inclusive, ao processo de envelhecimento.
Resultados
Durante a roda de conversa evidenciou-se que a sobrecarga feminina foi um tema comum. As alunas realizaram também uma dinâmica em que as mulheres escreviam palavras para a mulher que foram e para a que serão. As palavras escritas foram compaixão, confiança, mãe, autocuidado, identidade, mudança e empoderamento feminino. As alunas incentivaram a reflexão individual das participantes acerca de hábitos pessoais que promovam tempo de qualidade para si e a importância da imposição de limites.
Análise Crítica
A implementação da roda de conversa sobre idadismo e saúde mental revelou-se uma estratégia pedagógica eficaz para sensibilizar e qualificar estudantes de medicina no contexto da saúde coletiva. A atividade permitiu que os discentes compreendessem de forma crítica as múltiplas dimensões do envelhecimento feminino. Os relatos das participantes indicaram que a experiência fortaleceu as competências para a prática médica integral e humanizada, exercendo a escuta qualificada e a empatia.
Conclusões e/ou Recomendações
A roda de conversa é uma ferramenta potente para a formação médica, promovendo o desenvolvimento de habilidades de comunicação, escuta ativa e empatia, além de possibilitar ampliação do olhar sobre as diversas formas de adoecimento. A roda de conversa também evidenciou a importância de metodologias ativas na formação médica, incentivando o protagonismo estudantil na problematização de temas emergentes da saúde pública.
DIETA ORAL NO AMBIENTE HOSPITALAR: ELABORAÇÃO DE CURSO AUTOINSTRUCIONAL PARA ENFERMAGEM
Pôster Eletrônico
1 FIOCRUZ
Período de Realização
O desenvolvimento do projeto ocorreu entre março de 2023 e dezembro de 2023.
Objeto da experiência
Criação de curso autoinstrucional sobre dieta oral hospitalar, voltado à equipe de enfermagem do Centro Hospitalar do INI/FIOCRUZ.
Objetivos
Desenvolver um curso digital de curta duração para treinamento da equipe de enfermagem quanto ao cuidado com a alimentação oral de pacientes internados, visando contribuir para a segurança do paciente, prevenção da desnutrição e melhoria nos processos de trabalho.
Descrição da experiência
A experiência foi desenvolvida a partir da vivência prática em curso de pós-graduação em Nutrição Clínica Aplicada à Doenças Infecciosas, e estruturada com base no modelo ADDIE. Foram concluídas as fases de análise, desenho e desenvolvimento, com diagnóstico de necessidades, definição de objetivos de aprendizagem, ementa e roteiro de videoaula. O curso, em formato autoinstrucional e assíncrono, será disponibilizado digitalmente, considerando a rotina da equipe e os recursos institucionais.
Resultados
Foi elaborada uma ementa clara e objetiva, com plano de aprendizagem baseado nos quatro pilares da Educação. Criou-se um roteiro didático para videoaula assíncrona, com linguagem acessível e conteúdo técnico atualizado. A ferramenta educacional será disponibilizada digitalmente, com espaço para autoavaliação e feedback. A proposta visa contribuir para práticas seguras, prevenção da desnutrição e valorização do papel da enfermagem no cuidado nutricional hospitalar.
Aprendizado e análise crítica
A vivência evidenciou a necessidade de formação contínua da enfermagem sobre alimentação hospitalar. O uso do modelo ADDIE mostrou-se eficaz para estruturar conteúdo didático coerente com a realidade institucional. O processo destacou a importância da escuta ativa e do engajamento multiprofissional na construção do curso. A maior dificuldade foi sintetizar temas relevantes em formato atrativo e de curta duração, respeitando a rotina dos profissionais.
Conclusões e/ou Recomendações
A capacitação sobre dieta oral, estruturada pelo modelo ADDIE contribui para a segurança alimentar e qualidade da assistência hospitalar. A modalidade autoinstrucional permite maior adesão dos profissionais. Recomenda-se ampliar essa estratégia para outros serviços e integrar a formação contínua em saúde como política institucional, fortalecendo o papel da equipe de enfermagem na prevenção da desnutrição hospitalar.
VIVÊNCIA DO ESTÁGIO DOCÊNCIA NA SAÚDE COLETIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 UEFS
Período de Realização
A vivência do estágio docência na saúde coletiva ocorreu de março a junho de 2023.
Objeto da experiência
Vivência da sala de aula e do campo da prática no componente curricular Enfermagem em Saúde Coletiva I do curso de Enfermagem, enquanto tirocinante.
Objetivos
Relatar a vivência da experiência do Estágio Docência realizado no componente Enfermagem em Saúde Coletiva I do curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Feira de Santana.
Metodologia
A vivência ocorreu em dois blocos de aulas. No bloco teórico foi possível ministrar aulas; orientar a elaboração de seminários, contribuir com as discussões sobre a saúde coletiva e os desafios para a consolidação do SUS. No bloco prático houve a participação em reuniões com gestores da região de saúde sobre a Central Municipal de Regulação e sobre o Núcleo Regional de Saúde Centro Leste de Feira de Santana; visita à Unidade de Saúde da Família Feira VI, participação em Feira de Saúde.
Resultados
A experiência da sala de aula ocorreu em um ambiente democrático e participativo, cujas demandas da atualidade foram discutidas pelos alunos que participaram ativamente das aulas falando de suas experiências, saberes e fazeres e sobre suas dúvidas. A vivência da Saúde Coletiva próximo à comunidade e aos trabalhadores da saúde permitiu uma reflexão crítica da realidade do serviço de saúde e do papel do docente nesse contexto plural.
Análise Crítica
Essa vivência é importante para a formação docente comprometida com a realidade do SUS e com os princípios da equidade e justiça social. Estimula a reflexão crítica com relação as práticas pedagógicas, favorecendo a formação do professor com sensibilidade ética para compreender os desafios enfrentados tanto no ensino no SUS. A integração da teoria e da prática mostra-se relevante na formação de educadores capazes de transformar o ensino em saúde voltada para os determinantes sociais da saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
O Estágio Docência em Saúde Coletiva é uma experiência que leva a reflexão dos desafios a serem superados no Ensino Universitário, diante das adversidades sociais, políticas e educacionais encontradas. O docente deve dedicar-se a um processo formativo contínuo que possa prepará-lo para adequar-se as modificações do ensino e do SUS na realidade da sua profissão de forma ética, política, humanizada, crítica e reflexiva.
ENTRE A TÉCNICA E O DESCASO: OS DESAFIOS DA HUMANIZAÇÃO NA FORMAÇÃO MÉDICA E A MEDIOCRIZAÇÃO DAS HUMANIDADES EM UM CURSO DE MEDICINA NO INTERIOR DA BAHIA
Pôster Eletrônico
1 UNEB
Período de Realização
Fevereiro a dezembro de 2023, no curso de Medicina de uma faculdade privada baiana.
Objeto da experiência
Reflexão crítica sobre o ensino de Humanidades Médicas e os obstáculos à humanização na formação médica em uma instituição privada baiana.
Objetivos
Analisar os principais desafios enfrentados no cotidiano das Humanidades Médicas na formação de estudantes de Medicina em uma faculdade privada do interior da Bahia, evidenciando as causas da baixa adesão discente, o esvaziamento simbólico do componente e suas implicações formativas.
Metodologia
A experiência desenvolveu-se no contexto das disciplinas de Humanidades Médicas e Profissionalismo I e III, com observação participante em sala de aula e compilado dos registros docentes. A metodologia qualitativa e interpretativa foi estruturada a partir da análise temática dos dados, com apoio do software MAXQDA. O foco esteve na compreensão dos sentidos atribuídos ao componente e dos fatores institucionais e culturais que dificultam sua valorização no currículo médico.
Resultados
Constatou-se baixa adesão discente, acompanhada da percepção de que o componente é secundário frente às disciplinas técnico-biológicas. Muitos estudantes o associam a conteúdos “decorativos”, distantes da prática médica real. Observou-se ainda a ausência de articulação com estágios e práticas clínicas, bem como a falta de reconhecimento institucional, fatores que contribuem para o desinteresse e para a minimização das Humanidades no projeto pedagógico.
Análise Crítica
A experiência evidenciou que o desprestígio das Humanidades Médicas decorre de um currículo que privilegia o domínio técnico em detrimento da formação ética. A estrutura curricular fragmentada, aliada à falta de metodologias engajadoras e à desarticulação com a prática clínica, limita a potência transformadora do componente. Humanizar a formação médica requer mudanças estruturais, culturais e pedagógicas que enfrentem essa lógica excludente.
Conclusões e/ou Recomendações
É fundamental reposicionar as Humanidades Médicas no currículo médico, garantindo sua integração com práticas clínicas e sua valorização institucional. Recomenda-se investimento em formação docente, uso de metodologias ativas e avaliação que valorize a escuta, a empatia e a reflexão ética, a fim de formar médicos mais sensíveis, críticos e comprometidos com o cuidado integral em saúde.
RELATO DE EXPERIÊNCIA: CONSTRUÇÃO DE UM PROCESSO AVALIATIVO PARA O ESPAÇO COLETIVO DE RESIDENTES EM GESTÃO EM SAÚDE PÚBLICA
Pôster Eletrônico
1 ESP/RS
Período de Realização
Em andamento, de março de 2025 a setembro de 2025.
Objeto da experiência
Construção e implementação participativa de instrumento de avaliação do espaço coletivo dos residentes de Gestão em Saúde.
Objetivos
Relatar o processo de criação do instrumento avaliativo de uma atividade transversal do currículo de uma residência multiprofissional; Enumerar as maiores potencialidades e desafios deste processo.
Descrição da experiência
A experiência ocorre no âmbito da Residência Multiprofissional em Gestão em Saúde da Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Sul, com a participação ativa de residentes e preceptora do espaço coletivo. A partir da identificação da necessidade de avaliar e qualificar o espaço coletivo Coletivo de Residentes de Gestão (COREGES), iniciou-se um processo para construir um instrumento de avaliação. São realizados encontros quinzenais, leituras e debates de referências bibliográficas.
Resultados
Destaca-se o maior envolvimento dos residentes na construção deste espaço de formação, fortalecimento dos vínculos entre os envolvidos e a ampliação do debate sobre o processo formativo, além do maior conhecimento sobre o tema de avaliação, necessário para a elaboração do instrumento. Dentre os desafios, destaca-se a fragmentação da atuação dos residentes nas demais atividades da residência, derivada da departamentalização do campo de gestão, que interfere neste trabalho coletivo.
Aprendizado e análise crítica
A experiência demonstra o potencial de transformação de práticas avaliativas participativas. A construção coletiva proporciona maior pertencimento dos residentes e a identificação de desafios deste e dos demais espaços do processo formativo. Também evidencia-se um paradoxo institucional a partir da observação do tempo reduzido para encontros e engessamento do ambiente de trabalho. É um desafio construir uma saúde coletiva, de práticas integradas e participativas, em uma instituição fragmentada.
Conclusões e/ou Recomendações
A avaliação participativa fortalece a autonomia e o protagonismo dos residentes, sendo fundamental à formação crítica em saúde pública. É essencial que programas de residência incorporem espaços contínuos de escuta e reflexão, com metodologias horizontais, garantindo a sustentabilidade dessas práticas e seu alinhamento com os princípios do SUS.
I ENCONTRO MICRORREGIONAL DE AGENTES DE SAÚDE: UM PROJETO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE DE ACS E ACE ELABORADO PELA UNIDADE REGIONAL DE SAÚDE DE DIVINÓPOLIS-MG
Pôster Eletrônico
1 URS Divinópolis
Período de Realização
O projeto é desenvolvido na macrorregião de saúde oeste de MG ao longo de 2025 de forma presencial.
Objeto da experiência
Encontro dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE) dos municípios localizados na região de saúde oeste de MG.
Objetivos
O objetivo é favorecer a qualificação e integração do trabalho dos ACS e ACE através do encontro microrregional a fim de promover o fortalecimento de suas atividades e atribuições para consequente qualificação da assistência à saúde dos municípios da macrorregião de saúde oeste de Minas Gerais.
Metodologia
As referências técnicas de APS da URS Divinópolis, a partir do surgimento de recorrentes problemas identificados na referida região quanto à execução dos processos de trabalho dos agentes de saúde, elaborou e está executando um projeto de realização de encontros microrregionais desses profissionais. Serão realizados oito encontros, um por microrregião, abordando temas como: atribuições dos agentes, integração do trabalho, cadastramento da população e visita domiciliar.
Resultados
Os resultados finais do projeto não foram apurados visto que ainda está em desenvolvimento. Dois encontros foram executados até o momento, em duas microrregiões de saúde, com participação de 283 ACS e 62 ACE ao total. Espera-se ao final da execução do projeto que os profissionais desempenhem de forma adequada suas atividades e atribuições para consequente melhora no desempenho das equipes de APS e qualificação da assistência à saúde dos municípios da macrorregião de saúde oeste de MG.
Análise Crítica
A proposta responde diretamente à necessidade identificada de qualificação dos agentes de saúde principalmente considerando a importância do papel do agente de saúde na equipe de saúde da família. Oferecer um projeto dessa dimensão, considerando o número de microrregiões do território e profissionais agentes de saúde atuantes, demanda tempo e trabalho além de ser um enorme desafio para garantir a participação efetiva dos profissionais e alcance dos objetivos elencados.
Conclusões e/ou Recomendações
As Unidades Regionais de Saúde, como instâncias da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, têm por escopo promover e realizar ações de educação permanente dos gestores e trabalhadores do sistema municipal de saúde para o fortalecimento das políticas no âmbito do SUS. A experiência relatada promoverá através da capacitação voltada aos agentes de saúde a qualificação da Atenção Primária à Saúde da macrorregião de saúde oeste de MG.
CUIDADO INTEGRAL E INTEGRADO DE IDOSOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: EXPERIÊNCIA DE IMPLEMENTAÇÃO DE AÇÕES A PARTIR DA ARTICULAÇÃO ENTRE ENSINO/SERVIÇO/COMUNIDADE NA BAHIA
Pôster Eletrônico
1 Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista
2 UFBA
Período de Realização
A culminância das ações desenvolvidas ocorreu nos dias 20 e 27 de maio do ano de 2025.
Objeto da experiência
Ações e estratégias de cuidado integral e integrado voltadas para idosos de uma Unidade de Saúde da Família de Vitória da Conquista-Bahia.
Objetivos
Apresentar a experiência de implementação de ações e estratégias voltadas para a atenção à Saúde do idoso, a partir da integração entre ensino/serviço/comunidade.
Metodologia
Realizou-se diagnóstico situacional junto a equipe/comunidade, aprofundamento teórico dos problemas identificados, planejamento das ações com atores estratégicos (Agentes de Saúde, odontólogo, médico, enfermeira, técnicos de enfermagem e estudantes de graduação em enfermagem). Construiu-se um fluxo assistencial integrado e compartilhado, incluindo triagem de parâmetros e necessidades, imunização, consultas com profissionais, atividades educativas com temas de interesse do público alvo.
Resultados
A implementação de ações e estratégias voltadas para idosos de uma unidade de saúde da família, possibilitou a intensificação de informações e cuidados, a partir da reorganização do serviço, das práticas profissionais, e do itinerário do usuário na unidade. As ações ainda demonstraram boa articulação técnico-assistencial da equipe de saúde da família com os estudantes e comunidade, ampliação dos atendimentos, coordenação e continuidade do cuidado ao idoso.
Análise Crítica
O compromisso social estabelecido entre a unidade de saúde e instituição de ensino superior frente ao público idoso, contribuiu para fortalecer a formação profissional alinhada aos princípios do Sistema Único de Saúde-SUS, visibilizar a atenção primária como eixo estruturante da rede de atenção, refletir sobre a potência da interprofissionalidade no cuidado em saúde e empoderar a comunidade.
Conclusões e/ou Recomendações
O desenvolvimento de ações colaborativas entre academia e serviços de saúde, customizadas às necessidades de idosos ajudaram a ampliar o acesso e uso aos serviços de saúde. Devido à complexidade das demandas deste público e às diferentes realidades de cada território, é importante garantir a interlocução permanente entre atores estratégicos e a sustentabilidade do apoio técnico, político, logístico e financeiro das universidades e dos serviços.
ARTICULANDO SABERES E TERRITÓRIOS: INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO EM SAÚDE DA MULHER, DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Pôster Eletrônico
1 IFF/Fiocruz/MS
Período de Realização
Integração Ensino-Serviço em Saúde da Mulher, Criança e Adolescente, IFF/Fiocruz, Jun 2023-Abr 2025
Objeto da experiência
Compartilhamento de experiências e articulação para ações da Integração Ensino-Serviço na Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente.
Objetivos
Promover fortalecimento de estratégias da Integração Ensino-Serviço no âmbito da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente; Possibilitar espaços de diálogo e construção de forma coletiva sobre a IES; Construir proposta de diretrizes norteadoras para o fortalecimento da IES.
Metodologia
O fortalecimento da IES se estrutura na troca de experiência, propiciando escuta ativa e identificação de elementos a serem replicados. Na primeira etapa, buscou-se identificar experiências nos bancos de dados da INESCO, IDEIA SUS e Mostra Aqui Tem SUS. A seguir, foram convidados gestores e profissionais para apresentação destas experiências e captar novas, a partir do recurso metodológico da bola de neve. Foram previstos encontros virtuais mensais com esses atores estratégicos por 6 meses.
Resultados
Foram identificadas 58 experiências nas bases de dados. No primeiro encontro, participaram 150 profissionais e foram apresentadas 5 experiências, sendo 1 de cada região geográfica. Este encontro pautou-se na escuta ativa e mobilização de novas experiências, sendo identificadas mais 43, o que permite a ampliação da roda de atores estratégicos.
Análise Crítica
A experiência reafirma que a institucionalização de espaços de articulação entre ensino e serviço contribui para práticas formativas mais coerentes com as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Promover espaços de debates, reflexões e trocas são estratégias que convergem com o conceito de IES, destacando o resgate da formação no SUS e para o SUS.
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se fortalecimento de movimentos que potencializem a IES nos territórios, com participação de gestores, trabalhadores e instituições formadoras. Além de, reconhecer a relevância de sistematizar essas experiências e disponibilizar o acervo para sua replicação. A experiência indicou que diretrizes nacionais podem apoiar na construção de políticas locais sólidas e colaborativas, qualificando as estratégias de IES desenvolvidas junto ao SUS.
FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS FRENTE ÀS EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA: A EXPERIÊNCIA DO PROGRAMA DE FORMAÇÃO EM EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA – PROFESP/MINISTÉRIO DA SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UNB
2 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Período de Realização
Experiência realizada entre 2022 a 2025, de formações virtuais e presenciais no território nacional.
Objeto da experiência
Preparação de profissionais de saúde para resposta às emergências em saúde pública por meio do Profesp.
Objetivos
Descrever as ações implementadas pelo Profesp na preparação para emergências em saúde pública (ESP) no Brasil, por meio da educação permanente em saúde, com foco no desenvolvimento de competências técnicas e na promoção da sustentabilidade e inovação nas práticas em saúde.
Metodologia
O Profesp adota múltiplas estratégias de educação permanente, incluindo cursos à distância, oficinas com métodos ativos, simulações de mesa e realísticas, além do uso de tecnologias como gamificação para engajar os participantes. O programa oferta ações em três níveis de certificação (Bronze, Prata, Ouro), com desenvolvimento progressivo de competências, e contempla ainda a elaboração de materiais como guias, documentos técnicos e apostilas voltados às ESP.
Resultados
Mais de 20 países foram alcançados pelas ações do Profesp. No Brasil, foram realizadas 52 oficinas, 31 simulados e 13 cursos à distância, abordando diferentes temáticas na área das ESP. Os cursos formaram mais de 8.000 profissionais de saúde, abrangendo as 27 unidades federativas. Na avaliação de reação dos cursos à distância, os participantes destacaram a qualidade dos conteúdos e materiais, que proporcionaram uma experiência de aprendizagem enriquecedora e relevante à prática profissional.
Análise Crítica
A combinação de atividades práticas e tecnológicas, incluindo o contexto digital, mostrou-se eficaz no desenvolvimento de competências. A interação entre teoria e prática, aliada à flexibilidade dos cursos, fortaleceu o vínculo entre formação e serviço. A inclusão de diversidade regional e cultural nos conteúdos contribuiu para maior aceitação e aplicabilidade. O desafio permanece na ampliação do alcance e avaliação de impacto a longo prazo.
Conclusões e/ou Recomendações
O Programa consolidou-se como modelo de capacitação profissional frente às ESP, alinhando teoria e prática e respondendo às necessidades emergentes do sistema de saúde. Apontamos que a continuidade de ações formativas é uma forma de mantê-los preparados para o enfrentamento das ESP. Futuras atualizações metodológicas no âmbito do Profesp deverão continuar a enfatizar a inovação e a adaptação às mudanças globais em saúde pública.
METODOLOGIAS ATIVAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE PARA PROFISSIONAIS DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE /SC
Pôster Eletrônico
1 UFSC
2 UFU
Período de Realização
Em 2024, entre maio e junho (primeiro módulo) e entre agosto e dezembro (segundo módulo).
Objeto da experiência
Curso de Metodologias Ativas de Ensino-Aprendizagem em 2 módulos para 35 profissionais da Vigilância/SES-SC abordando saberes, práticas e tecnologias.
Objetivos
Relatar a experiência de educação permanente nos módulos MAEAs – Saberes e Práticas (60h) e MAEAs – Técnicas e Tecnologias (60h), desenvolvidos como parte de um Projeto de Extensão e de uma pesquisa de pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Santa Catarina.
Descrição da experiência
Os módulos foram conduzidos com base no construtivismo, pedagogias da libertação e histórico-crítica articulando MAEAs, Educação Permanente em Saúde e Educação Interprofissional, no contexto do cuidado e da vigilância em saúde. Promoveu-se o desenvolvimento da ação-reflexão-ação sobre os processos de ensinar-aprender, buscando favorecer competências técnico-andragógicas, socioemocionais e interprofissionais por meio de práticas, técnicas e tecnologias vivenciadas em comunidade de aprendizagem.
Resultados
Participaram 35 profissionais da vigilância epidemiológica, sendo 22 no primeiro módulo e 14 no segundo, conforme interesse e disponibilidade. O curso foi conduzido por duas professoras-facilitadoras e uma monitora. Destacaram-se o comprometimento dos participantes e o protagonismo no pacto de convivência, nos perfis das comunidades de aprendizagem e nos portfólios. As comunidades promoveram integração, reflexão crítica e aprendizagem significativa, segundo os participantes.
Aprendizado e análise crítica
A centralidade do educando no processo formativo, aliada ao estímulo ao protagonismo, fortaleceu a autonomia e a participação ativa nas comunidades de aprendizagem. As práticas vivenciadas contaram com mediações qualificadas e feedbacks formativos contínuos. As metodologias ativas de ensino-aprendizagem revelaram potencial transformador ao promoverem uma aprendizagem ética, crítica, engajada e contextualizada às realidades e desafios do Sistema Único de Saúde (SUS).
Conclusões e/ou Recomendações
O projeto reafirma as MAEAs como estratégias potentes na Educação Permanente em Saúde, por sua capacidade de articular teoria e prática. Ao promoverem participação, reflexão crítica e aprendizagem significativa, favorecem mudanças efetivas nas práticas profissionais, ampliam o engajamento dos trabalhadores e contribuem para a consolidação de um SUS mais colaborativo, resolutivo e comprometido com seus princípios.
APRENDENDO COM O TERRITÓRIO SANITÁRIO: RELATO DE ESTUDANTES DE MEDICINA DO PRIMEIRO SEMESTRE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UNINTA
2 UFC/UNINTA
Período de Realização
Vivência realizada de fevereiro a junho de 2025 na Estratégia Saúde da Família (ESF).
Objeto da experiência
Observação crítica do Centro de Saúde Família (CSF), fluxos assistenciais e práticas interprofissionais no território da Atenção Primária à Saúde (APS).
Objetivos
Descrever a vivência formativa de estudantes de Medicina no território da APS, por meio do módulo Ações Integradas em Saúde (AIS), destacando o estímulo à construção de competências clínicas, éticas e sociais desde o primeiro semestre do curso, a partir da imersão em cenários reais de cuidado.
Metodologia
Durante o módulo, visitamos o CSF, observando sua estrutura física, fluxos assistenciais, atendimentos clínicos, registros no Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) e a atuação da equipe multiprofissional. Analisamos o perfil populacional, majoritariamente de baixa renda e com doenças crônicas, refletindo sobre os desafios da APS e a articulação entre cuidado, território e seus determinantes. A experiência evidenciou a importância da escuta qualificada e do trabalho da equipe no cuidado integral.
Resultados
Nossa vivência evidenciou a APS como um espaço privilegiado de formação, ampliando nossa compreensão sobre o papel da equipe multiprofissional, os instrumentos de gestão e os utilizados durante a avaliação clínica, além dos vínculos estabelecidos com a comunidade. Percebemos que a escuta da população, o trabalho da equipe e o uso do PEC são essenciais para o cuidado em si. Essa experiência fortaleceu nosso entendimento sobre a lógica do cuidado ao cliente e sua relação com o território.
Análise Crítica
A vivência demonstrou para nós o território como espaço de cuidado e aprendizagem, levando a reflexões críticas sobre desigualdades, vulnerabilidades sociais e práticas assistenciais. Ampliamos nossa compreensão sobre o papel ético e comunicativo do médico na APS, tanto no cuidado à população quanto na atuação em equipe. Destacamos, ainda, a importância da formação desde o início do curso para enfrentar as complexidades do Sistema Único de Saúde (SUS) e fortalecer nosso protagonismo no processo formativo.
Conclusões e/ou Recomendações
A vivência no CSF evidenciou para nós a potência do território como espaço formativo, articulando saber técnico e realidade social. Defendemos a ampliação de experiências semelhantes nos currículos, com inserções precoces e reflexivas na APS. Reafirmamos a importância da integração ensino-serviço-comunidade e da corresponsabilização discente no cuidado e na transformação dos territórios.
CIRCUITO INTERDISCIPLINAR DE CAPACITAÇÃO EM PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR): EDUCAÇÃO PERMANENTE PARA PROFISSIONAIS E ESTUDANTES DA SAÚDE NO IGESDF
Pôster Eletrônico
1 IGESDF
Período de Realização
Realizado em 12 de maio de 2025, nos turnos manhã e tarde, com duração de 1h30 por sessão.
Objeto da experiência
Ação prática e interdisciplinar de capacitação em PCR, com estações temáticas voltadas à educação permanente em saúde.
Objetivos
Capacitar profissionais da saúde no manejo da PCR por meio de práticas e simulações, fortalecendo habilidades técnicas, comunicação e atuação interdisciplinar, além de promover segurança do paciente e qualificação do cuidado por meio da educação permanente no Sistema Único de Saúde (SUS).
Metodologia
Foi realizado circuito com cinco estações temáticas: compressões, ventilação, medicações, acolhimento e cenário prático, no qual participaram profissionais e estudantes de saúde, em grupos de até 15 pessoas. Cada estação durou 20 minutos, com teoria, prática e dinâmicas, com destaque para integração multiprofissional, uso de simulador de alta fidelidade e roda de conversa. A ação promoveu aprendizado prático, participação ativa e troca de experiências entre os envolvidos.
Resultados
Ao todo, foram capacitados 94 participantes. As avaliações dos participantes evidenciaram alta satisfação, com elogios à didática, praticidade e desejo por novas ações. Destacou-se o forte engajamento, integração da equipe e aprimoramento técnico com comentários considerando o valor da prática. Houve sugestões para ampliar tempo de atividades e incluir mais categorias. A ação demonstrou ser efetiva, reforçando o impacto da educação permanente na qualidade da assistência em PCR.
Análise Crítica
A ação evidenciou os benefícios das metodologias ativas no SUS, favorecendo o aprendizado significativo, prática colaborativa e fortalecimento do trabalho em equipe e destacando também a importância da comunicação e acolhimento. Os desafios incluíram tempo limitado por estação e dificuldades na liberação dos funcionários por parte de suas respectivas chefias, reforçando a necessidade de continuidade das ações educativas práticas e maior apoio institucional para participação dos profissionais.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência reafirma a relevância de ações educativas práticas e periódicas para qualificar o cuidado. Destaca-se a importância do engajamento interdisciplinar, atualização contínua e superação de barreiras operacionais. Recomenda-se expandir para outras áreas e promover cultura de aprendizado permanente, garantindo assistência mais segura, eficaz e humanizada no SUS.
AGENTES POPULARES DE SAÚDE DOS POVOS DAS ÁGUAS: UM RELATO SOBRE A FORMAÇÃO DE PESCADORES(AS) ARTESANAIS NA BAHIA.
Pôster Eletrônico
1 Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho - Universidade Federal da Bahia
2 Instituto de Estudos em Saúde Coletiva, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
3 Departamento de Epidemiologia - Universidade de Carolina do Norte em Chapel Hil
4 Instituto de Saúde Coletiva - Universidade Federal da Bahia
5 EMANAR Social
6 Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Aggeu Magalhães - Fiocruz Pernambuco
7 Bando de Teatro Olodum
8 Agente Popular em Saúde dos Povos das Águas - Conde/BA
Período de Realização
As atividades relacionadas ao curso ocorreram no período de agosto de 2024 a fevereiro de 2025.
Objeto da experiência
Promover a formação de Agentes Populares de Saúde dos Povos das Águas no município de Conde-BA, diante da perspectiva da Vigilância Popular em Saúde.
Objetivos
Relatar a experiência no processo de formação do curso livre de agentes populares de saúde. De forma a reconhecer a importância dos processos formativos com foco na vigilância popular em saúde para os povos das águas e, evidenciar estratégias de governança nos territórios de pesca na Bahia.
Descrição da experiência
A experiência deste curso na Bahia, se deu com a participação de 21 educandos(as) e 10 instrutores(as)/apoiadores(as). Utilizando-se das perspectivas teórico-metodológicas da Educação Popular e da Pedagogia da Alternância. Desenvolveu-se no território por meio de articulação com as lideranças locais, durante cinco momentos (60h). Realizada através de uma linha de conscientização sobre a vivência/saber dos povos das águas, envolvendo a determinação social da saúde e as inter-relações socioambientais.
Resultados
A transversalidade e a intersetorialidade perpassou o processo de aprendizagem. No princípio, a confecção do mapa biorregional permitiu identificar regiões estratégicas do território sobre os processos de proteção/ameaça da saúde. Através de debates coletivos, elencou-se recursos locais para a inclusão das especificidades dessa população nas Políticas existentes, o que permitiu a construção de Planos de Ação para Vigilância e participação no Controle Social em diferentes instâncias governamentais.
Aprendizado e análise crítica
O Curso de Agentes Populares de Saúde, em Conde-BA, promoveu interação entre participantes e incentivou o diálogo para desenvolvimento de estratégias em relação à saúde nos territórios. Apesar das vulnerabilidades e dificuldades de mobilização sociopolítica, houve participação ativa e nenhum abandono. Destaca-se o esforço coletivo para fortalecer a conexão social e produzir materiais que promovam mudanças sociais e valorizem a identidade das comunidades pesqueiras.
Conclusões e/ou Recomendações
A formação de agentes populares em saúde para a população das águas enfrentou desafios logísticos e de articulação local. Ainda assim, a atuação protagonista dos agentes permitiu avanços na circularidade de saberes e na leitura crítica do território. Novos esforços e recursos são necessários para avaliar a continuidade das ações, a utilização dos produtos gerados e o diálogo com o governo municipal.
A EDUCAÇÃO DIFERENCIADA COMO FERRAMENTA DE DEFESA TERRITORIAL E PROMOÇÃO DE SAÚDE NAS COMUNIDADES TRADICIONAIS DE PARATY
Pôster Eletrônico
1 FIOCRUZ/OTSS
Período de Realização
De 2015 a 2024, com implantação inicial na rede municipal de Paraty e expansão para sete comunidades.
Objeto da experiência
Implementação e consolidação da Educação Diferenciada como estratégia de resistência comunitária e promoção de territórios sustentáveis e saudáveis.
Objetivos
Fortalecer práticas pedagógicas emancipatórias e interculturais críticas, dialogando com saberes tradicionais para assegurar a permanência das comunidades tradicionais em seus territórios e contribuir para a promoção da saúde coletiva e do bem viver, conforme os princípios da Educação Popular.
Metodologia
A Educação Diferenciada foi implantada a partir de 2015 em comunidades tradicionais de Paraty, resultado da articulação do Coletivo de Apoio à Educação Diferenciada do Fórum de Comunidades Tradicionais (FCT). A metodologia de base freireana, com diagnóstico comunitário, identificação de temas geradores e elaboração de currículos construídos coletivamente, valorizando os saberes locais, a relação com o território e a promoção de práticas educativas que respeitem comunidade e ambiente.
Resultados
O modelo contribuiu para a valorização cultural, fortalecimento das identidades e resistência frente à desterritorialização, gerando também efeitos positivos na promoção da saúde comunitária, ao reforçar vínculos territoriais e práticas educativas ligadas ao bem viver. Apesar dos avanços, persistem desafios como a rotatividade docente, ausência de estrutura adequada e fragilidade de políticas públicas continuadas.
Análise Crítica
A experiência revelou a potência da educação como ferramenta política de resistência e promoção de saúde territorializada, ressaltando a necessidade de políticas públicas construídas com participação social. Mostrou os limites da institucionalização de propostas oriundas dos movimentos sociais. O modelo reafirma que a Educação Diferenciada deve ser crítica, comprometida com a defesa dos territórios, dos modos de vida tradicionais ao enfrentar processos históricos de invisibilização.
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se fortalecer a Educação Diferenciada como política pública permanente, com investimentos em infraestrutura, formação específica e garantia de continuidade para os educadores. Destaca-se a importância da participação comunitária na elaboração curricular e na gestão escolar, assegurando que a educação siga como instrumento de resistência, promoção de saúde e defesa dos territórios tradicionais.
EXPERIÊNCIAS DE UM PROJETO DE EXTENSÃO NA AMPLIAÇÃO DA LINHA DE CUIDADO AO SOBREPESO E OBESIDADE NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE DO ESPÍRITO SANTO.
Pôster Eletrônico
1 HUCAM/UFES
Período de Realização
Implantado em 2019, o projeto segue em atividade até o presente momento.
Objeto da experiência
Capacitação de profissionais que atuam no SUS e estudantes de graduação da área da saúde para o tratamento da pessoa com sobrepeso e da obesidade.
Objetivos
O projeto visa capacitar profissionais da atenção primária e secundária no manejo do sobrepeso e obesidade no ES, promovendo acolhimento qualificado e cuidado integral. Também contribui para a formação acadêmica e cidadã de estudantes da graduação e pós-graduação.
Metodologia
O projeto desenvolve atividades formativas para profissionais da atenção primária e secundária no que tange ao manejo de pessoas com sobrepeso e obesidade. Ao longo dos anos, participou de congressos em áreas afins, divulgando suas experiências e estratégias para o tratamento, além da execução de artigos científicos e resumos em livros e revistas. Além disso, participa de mostras e ações sociais, ofertando serviços como aferição de pressão, medição de glicemia e cálculo de IMC à população.
Resultados
Os cursos remotos já somam mais de 4.500 visualizações no YouTube da Proex; os presenciais contaram com mais de 200 participantes. As webpalestras ultrapassam 54 mil visualizações. No Instagram, o projeto reúne mais de 1.800 seguidores, com conteúdo científico semanal. Cumpre seu papel extensionista ao participar de ações sociais e mostras científicas, promovendo a integração entre universidade e sociedade.
Análise Crítica
A obesidade é uma doença crônica de múltiplos determinantes, afetando mais de 24% da população brasileira, segundo o Vigitel. Seu tratamento exige atuação multiprofissional, com cuidado qualificado, humanizado e integral. O projeto contribui com capacitações e formações que promovem a disseminação de conteúdo científico e baseado em evidências, fortalecendo a atuação dos profissionais de saúde frente a essa complexa problemática.
Conclusões e/ou Recomendações
A implementação do projeto de extensão representa um avanço no enfrentamento da obesidade como problema de saúde pública. Por meio de abordagem multiprofissional, promove a capacitação de profissionais e fortalece o vínculo entre academia, SUS e sociedade, contribuindo para a formação qualificada e o cuidado integral aos usuários com sobrepeso e obesidade no Sistema Único de Saúde.
A ARTE COMO DIMENSÃO ESTÉTICA NA FORMAÇÃO DE TRABALHADORES EMULTI NO SUS - REFLEXÕES A PARTIR DE EXPERIÊNCIAS AFETIVAS DA DOCÊNCIA.
Pôster Eletrônico
1 FIOCRUZ
Período de Realização
Fevereiro a junho de 2025, primeira edição do curso de formação de trabalhadores eMulti.
Objeto da experiência
Efeitos da utilização de diversas linguagens artísticas no processo educacional de formação de trabalhadores da saúde no SUS.
Objetivos
Refletir sobre os efeitos percebidos no processo de ensino e aprendizagem do curso de formação de trabalhadores das eMulti a partir da arte como dispositivos de produção de sujeitos e subjetividades na atenção à saúde no SUS.
Descrição da experiência
A atuação docente na formação de trabalhadores das eMulti utilizou diversos dispositivos de diferentes linguagens artísticas como disparadores para a reflexão crítica sobre a vida, a saúde e a educação política, necessária para a atenção integral focada no cuidado das pessoas. Efeitos potentes foram percebidos no relato das turmas, nas dimensões subjetivas, éticas, estéticas e técnicas do trabalho em saúde e da vida, favorecendo os vínculos e afetos grupais.
Resultados
Durante o processo educacional, de forma longitudinal, a inclusão da arte permitiu o reconhecimento das emoções nas relações pessoais e interprofissionais que produzem cultura, a construção e reconstrução de sentidos e significados aos conhecimentos e ao processo de aprender a aprender, integrando as contradições. Favoreceu a valorização das subjetividades, fortaleceu o desenvolvimento de competências éticas, estéticas, empáticas, solidárias, dialogais e acolhedoras, próprias do cuidado em saúde.
Aprendizado e análise crítica
O trabalho em saúde se dá na relação entre sujeitos para intervenção nos modos de vida, um desafio da formação de trabalhadores. A complexidade do cuidado integral e produção de saúde é refletida na tensão entre paradigmas das ciências aplicada e básica, das pedagogias clássica e interacionista, da saúde coletiva e da educação popular. A dimensão estética da arte ancora e sustenta a indissociabilidade razão-emoção, como disparadores não científicos da vida, do viver e do trabalho no SUS.
Conclusões e/ou Recomendações
Abrir e sustentar espaços de participação e compartilhamento de sentimentos e emoções por meio da arte aplicada nos encontros, contempla a inseparabilidade entre razão/ emoção no processo educacional, promovendo experiências transformadoras da realidade e a reinvenção dos sujeitos implicados, apoiando a intervenção no processo saúde doença, promoção da saúde e o cuidado integral, abordando a complexidade da produção de sujeitos e subjetividades.
CUIDADO EM SAÚDE E VIDA NAS RUAS: EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA COMO ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO, INFORMAÇÃO EM SAÚDE E CAMPO DE INVESTIGAÇÃO
Pôster Eletrônico
1 UFF
2 SES/RJ
3 SMS/VR
Período de Realização
Início: Abril/2025 (em andamento)
Objeto da experiência
Ação de extensão universitária com equipes que atendem pessoas em situação de rua, na região sul fluminense do estado do Rio de Janeiro.
Objetivos
Geral: Discutir o processo de trabalho dos Consultórios na Rua em rede intersetorial, produzindo informações em saúde. Específicos: Construir dados para visibilizar o acesso das pessoas em situação de rua aos serviços; produzir instrumentos para monitorar e avaliar as ações ofertadas pelas equipes.
Metodologia
O trabalho de extensão universitária, desenvolvido pela Universidade Federal Fluminense, consiste em encontros mensais com equipes de Consultórios na Rua de três municípios que atendem pessoas em situação de rua. Busca visibilizar o trabalho destas equipes em rede, o acesso dos usuários aos serviços, ampliando a resolutividade do cuidado e construindo instrumentos para monitoramento, avaliação das ações e dados que fomentam um campo de pesquisa em curso e atrelado à extensão universitária.
Resultados
Já foram realizadas reuniões com os trabalhadores dos Consultórios na Rua e da Assistência Social dos municípios participantes. Pactuamos as atividades de extensão em encontros que reúnem trabalhadores, alunos e docentes extensionistas. Neles, a partir da análise sobre o cotidiano do trabalho, produzimos os instrumentos de monitoramento e avaliação das ações, os quais estão em discussão para o aprimoramento dos registros que visibilizam as ações e o acesso dos usuários aos serviços.
Análise Crítica
Em fase inicial, este projeto reúne equipes de saúde e da rede socioassistencial, problematizando o cuidado com pessoas em situação de rua. A universidade torna-se parceira para ampliar a visibilidade das ações em saúde, reconhecendo a escassez de instrumentos para identificar as demandas das equipes e dos territórios. Compreende, do mesmo modo, que o projeto dialoga com os diferentes modos de cuidar e investigar o cuidado no contexto de múltiplas vulnerabilidades.
Conclusões e/ou Recomendações
O projeto contribui para uma pesquisa sobre as práticas de cuidado construídas e mantidas para e pelas pessoas em situação de rua, como forma de produzir dados em campo. Afirmamos que o encontro com as equipes nos aproxima destas pessoas. Outrossim, o projeto responde à falta de informações sobre esta população, buscando produzir conhecimento em saúde junto dela, qualificando, assim, o cuidado ofertado e a formação dos trabalhadores.
VIVÊNCIAS DE UMA ESTAGIÁRIA EM SAÚDE COLETIVA NA OUVIDORIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO, EM 2025.
Pôster Eletrônico
1 Instituto de Saúde Coletiva / Universidade Federal de Mato Grosso
2 Hospital Universitário Júlio Muller / Universidade Federal de Mato Grosso
Período de Realização
Semestre letivo de 2024/02, de 02/12/2024 a 15/05/2025, com férias docente de 02 a 31/01/2025.
Objeto da experiência
Estágio Obrigatório da Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso, na Ouvidoria do Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM).
Objetivos
1) Compreender as atribuições da Ouvidoria do HUJM-UFMT-EBSERH; 2) Identificar problemas e construir produtos, a partir dos conhecimentos, habilidades e competências adquiridos na Graduação em Saúde Coletiva; e 3) Vivenciar a realidade do campo de trabalho para o Sanitarista.
Descrição da experiência
A Ouvidoria funciona em dias úteis no horário comercial e o estágio teve carga horária total de 240 horas. Foram realizadas leituras sobre as normativas da Ouvidoria na administração pública federal e na EBSERH; aplicação da Pesquisa de Satisfação do Usuário (PSU) no HUJM; lançamento das respostas do PSU na plataforma REDCap, escuta qualificada de comentários, elogios e/ou reclamações dos pacientes e acompanhantes; e elaboração relatório técnico comparativo dos resultados do PSU de 2023 e 2024.
Resultados
A Ouvidoria é um espaço de participação social e deve encaminhar todas as manifestações de trabalhadores, usuários e acompanhantes aos gestores dos setores responsáveis para providências. Identificou-se como problema do campo, a necessidade de acompanhar a satisfação dos itens avaliados no PSU ao longo do tempo. Realizar a comparação dos resultados de 2023 e 2024 permitiu analisar os pontos mais críticos do HUJM, suas possíveis causas e os desafios que se colocam para a superação destas.
Aprendizado e análise crítica
O estágio na Ouvidoria do HUJM foi uma experiência transformadora tanto pessoal quanto profissional. Destacou-se o aprendizado contínuo do contato com os pacientes, que encontram-se em momento de fragilidade de saúde física e mental, muitos deslocam-se de municípios do interior do estado, com recursos financeiros insuficientes; e com os trabalhadores, que encontram-se sobrecarregados, muitos com vínculo precário de trabalho e sem possibilidade de analisar o processo de trabalho no dia-a-dia.
Conclusões e/ou Recomendações
A Ouvidoria do HUJM proporcionou para a formação dos Bacharéis em Saúde Coletiva o conhecimento do funcionamento do hospital como um todo; a prática da escuta humanizada para aplicação do PSU e acolhimento das manifestações; e o fortalecimento do exercício da participação social no HUJM. É possível, a partir da rede explicativa dos problemas recorrentes apontados no PSU, indicar pontos de melhoria para intervir na causa destes problemas.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM GESTANTES: ATIVIDADES EM SALA DE ESPERA A PARTIR DA ABORDAGEM INTERSETORIAL E PARTICIPATIVA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 Centro Universitário de Excelência (UNEX)
Período de Realização
Em Abril de 2025, na Unidade de Saúde da Família (USF) Corredor dos Araçás, Feira de Santana-BA
Objeto da experiência
Práticas de educação e promoção de saúde com gestantes na sala de espera da USF, abordando saúde física, mental e prevenção de agravos.
Objetivos
Promover ações educativas junto a gestantes atendidas na Atenção Primária à Saúde (APS), visando fortalecer o vínculo com a equipe, estimular o autocuidado e ampliar o acesso à informação qualificada e humanizada.
Metodologia
As atividades foram conduzidas por estudantes de medicina, orientadas por docentes de Medicina de Família e Comunidade, em parceria com a Equipe de Saúde da Família. Temática como cuidados físicos e emocionais na gestação; importância do pré-natal, imunização e prevenção de doenças foram abordadas por meio de rodas de conversa, jogos e distribuição de folders e cartilhas. Toda a orientação foi baseada em linguagem acessível, acolhedora e preventiva, articulando teoria e prática educativa na APS.
Resultados
Um total de 22 gestantes de 3 microáreas participaram das. As usuárias demonstraram interesse e curiosidade, compartilharam vivências e sanaram dúvidas. Observou-se boa receptividade aos materiais informativos, ampliação do conhecimento sobre temas abordados e fortalecimento do vínculo com a equipe. Foram identificadas inseguranças quanto a algumas doenças, vacinas e ao autocuidado, o que permitiu orientações individuais e reforçou a importância do pré-natal e da abordagem preventiva contínua.
Análise Crítica
A experiência destacou o papel estratégico da sala de espera como um espaço potente de educação em saúde e acolhimento. Evidenciou-se a importância da comunicação empática e do diálogo horizontal, além da necessidade de adaptar conteúdos ao contexto das usuárias. Para os estudantes, foi um exercício concreto dos princípios do Sistema único de Saúde (SUS) e da APS, possibilitando aprendizado significativo sobre promoção da saúde, escuta qualificada e construção coletiva do cuidado.
Conclusões e/ou Recomendações
Destaca-se, portanto, a prática integradora e transformadora na APS, especialmente junto a gestantes. Recomenda-se ampliar e sistematizar ações educativas em salas de espera, fortalecendo o vínculo com a equipe, o protagonismo das usuárias e a formação crítica de futuros médicos. Iniciativas como esta também evidenciam a importância da articulação entre ensino, serviço e comunidade para a formação no âmbito do SUS.
PRÁTICA EDUCATIVA SOBRE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS PARA PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal Rural de Pernambuco
2 Prefeitura Municipal de Camaragibe
Período de Realização
Entre os meses de janeiro e fevereiro de 2025.
Objeto da experiência
Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
Objetivos
Desenvolver prática educativa acerca das ISTs para profissionais de nível superior que compõem equipes de Saúde da Família no município de Camaragibe, durante reuniões mensais que ocorrem com as gerências de seus respectivos territórios.
Descrição da experiência
Durante os momentos de execução da atividade de educação permanente, foi distribuído e debatido informativo abordando o conceito de ISTs, sintomas, prevenção, diferença entre HIV e Aids, e HTLV. Também foram entregues cartazes sobre o CTA/SAE do município para serem fixados nas Unidades de Saúde da Família. A ação foi concluída com um jogo de tabuleiro humano, promovendo, por meio de metodologia ativa, aprendizado e discussões pertinentes dentro do tema.
Resultados
Cerca de 40 profissionais foram beneficiados e a competitividade se mostrou benéfica ao provocar os indivíduos a revisitarem suas bases teóricas e compartilharem informações com suas equipes para conseguirem avançar no jogo. No entanto, algumas temáticas como PrEP e PEP ainda carecem de segurança ao serem abordadas, reforçando a relevância de práticas como essa, para mantê-los atualizados.
Aprendizado e análise crítica
Considerando que, apesar da disponibilidade de tratamento, as ISTs continuam sendo um problema de saúde pública, a atividade foi realizada para fortalecer o conhecimento dos profissionais que estão na Atenção Primária e assim manter este nível de atenção preparado para executar aquilo em que é fundamentado: promover e prevenir.
Conclusões e/ou Recomendações
Nesse contexto, a ação de educação permanente cumpriu com o seu objetivo, contribuindo para a melhoria da saúde da comunidade como um todo. Complementarmente, considerando a execução positiva, a metodologia pode ser replicada para outros grupos de profissionais ou sofrer alterações para abordar diversos assuntos em saúde.
PET SAÚDE EQUIDADE: POR UMA FORMAÇÃO DAS TRABALHADORAS E TRABALHADORES DO SUS MAIS EQUÂNIME.
Pôster Eletrônico
1 AgSUS
2 Fiocruz
3 SAPS/MS
4 SGTES/MS
5 SAES/MS
6 UFBA
Período de Realização
Maio 2024 ao momento atual
Objeto da experiência
A inserção dos debates interseccionais de gênero, raça, etnia, deficiência na formação dos trabalhadores do SUS.
Objetivos
Analisar a incorporação da temática da equidade na formação, qualificação e sensibilização de trabalhadoras e trabalhadores no SUS para o enfrentamento das iniquidades em saúde de gênero, identidade de gênero, raça, etnia, sexualidade, etarismo, capacitismo e outras discriminações no âmbito da saúde.
Metodologia
A inserção do PET-Saúde Equidade busca promover mudanças estruturais nas práticas de saúde, com foco na superação de discriminações baseadas em gênero, identidade de gênero, sexualidade, raça, etnia e deficiência. Isso é feito por meio de ações de educação pelo trabalho, que envolvem a formação de futuros profissionais de saúde, qualificando-os para enfrentar as violências e desigualdades presentes no ambiente de trabalho e no atendimento à população.
Resultados
A implementação do Programa envolve ações de ensino-aprendizagem, com ênfase na valorização das trabalhadoras do SUS e no desenvolvimento de competências para inclusão e equidade. As propostas vão da formação continuada ao acolhimento de profissionais em momentos sensíveis, como gravidez e puerpério. Os projetos do PET-Saúde Equidade (24 meses) promoveram a integração ensino-serviço-comunidade, com foco em gênero, sexualidade, raça, etnia e deficiência.
Análise Crítica
O programa estimula a modificação das estruturas discriminatórias que operam na divisão do trabalho dentro do SUS, promovendo uma cultura de respeito à diversidade. Essa transformação inclui a incorporação da temática da equidade nas diretrizes curriculares nacionais dos cursos de graduação na área da saúde, alinhando a formação acadêmica às necessidades do SUS. Contemplando também a formação de docentes e preceptores que atuem na orientação de estudantes e profissionais de saúde nessas áreas.
Conclusões e/ou Recomendações
A implementação do Programa tem demonstrado potencial transformador na gestão do trabalho e educação em saúde, com base em diagnósticos sobre diversas violências nos serviços, não apenas na formação de novos profissionais, mas também na promoção da educação permanente, permitindo que trabalhadoras(es) se atualizem para os desafios do trabalho, alinhando processos às necessidades do SUS e priorizando metodologias situadas nos territórios
OFICINAS PRÁTICAS NO ENSINO MÉDICO COM ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL: CASOS, NOTIFICAÇÕES E DOCUMENTOS LEGAIS
Pôster Eletrônico
1 Centro Universitário São Camilo
Período de Realização
Ensino-aprendizagem para discentes do sétimo semestre de Medicina, de fevereiro a junho de 2025.
Objeto da experiência
Oficinas práticas para discussão, elaboração de Projeto Terapêutico Singular (PTS), notificações compulsórias e preenchimento de documentos legais.
Objetivos
Descrever o ensino-aprendizagem por meio de oficinas práticas oferecidas a discentes do sétimo semestre de uma disciplina do Curso de Medicina em uma Instituição de Ensino Superior em São Paulo.
Descrição da experiência
Para promover uma abordagem multiprofissional, as oficinas foram conduzidas por docentes de biomedicina, enfermagem, medicina de família e comunidade, medicina do trabalho, medicina preventiva e social, e nutrição. Um caso único foi desenvolvido com desdobramentos semanais ao longo de cinco semanas. Os discentes recebiam previamente o caso e os disparadores, incluindo a construção de Projeto Terapêutico Singular (PTS), preenchimento de notificações compulsórias e outros documentos legais.
Resultados
As oficinas favoreceram o raciocínio clínico, manejo e o conhecimento acerca da elaboração do (PTS). Os discentes aprenderam a preencher notificações compulsórias de dengue, tuberculose, sífilis adquirida, AIDS e violência, além de documentos legais como atestados médicos, declarações de óbito, relatórios de encaminhamento, requisições ao FGTS e afastamentos pelo INSS. Desenvolveram habilidades de trabalho em equipe, comunicação e tomada de decisão sob supervisão, essenciais na prática médica.
Aprendizado e análise crítica
É fundamental ensinar os aspectos éticos acerca do preenchimento de documentos legais e notificações compulsórias. O preenchimento inadequado ou a subnotificação podem impactar negativamente na saúde individual, coletiva e pública, reforçando a necessidade de ter atenção e responsabilidade na prática médica. Além disso, a integração multiprofissional possibilitou mostrar o quanto é importante o papel de cada profissional na atenção à saúde, promovendo uma visão mais ampla e ética do cuidado.
Conclusões e/ou Recomendações
As oficinas possibilitaram mostrar que além de participarem das discussões e de aprenderem na prática a lidar com notificações compulsórias e documentos legais, os discentes compreenderam a relevância para a Saúde Pública, fortalecendo a formação ética dos futuros médicos e contribuindo para uma prática mais responsável e consciente na atenção à saúde.
PSICOLOGIA COMUNITÁRIA, SAÚDE COLETIVA E METODOLOGIAS PARTICIPATIVAS: CONFLUÊNCIAS PARA UMA FORMAÇÃO PROFISSIONAL CRÍTICA PARA O SUS
Pôster Eletrônico
1 UFJ
2 Residência em Saúde da Família/SES-DF
Período de Realização
Agosto de 2022 a janeiro de 2025.
Objeto da experiência
Experiência de estágios em psicologia e processos psicossociais, com prática na atenção básica do SUS, em uma universidade federal do sudoeste goiano.
Objetivos
Relatar experiência de estágios básico e específico em psicologia e processos psicossociais, com prática em psicologia comunitária e saúde, em unidades básicas de saúde do SUS.
Metodologia
O estágio em psicologia comunitária e saúde na atenção básica teve início em agosto de 2022 e se estende até os dias de hoje. A prática é ofertada para as turmas do oitavo ao décimo períodos do curso de psicologia da Universidade Federal de Jataí, localizada no sudoeste goiano, com carga horária de 96h no primeiro semestre de prática e 256h em cada semestre seguinte. O estágio objetiva oportunizar ao estudante prática profissionalizante em ambiente multidisciplinar tendo o SUS como campo.
Resultados
Na prática os estudantes realizam atendimentos individuais e em grupo, ações de promoção da saúde e educação popular em saúde, bem como visitas domiciliares, tendo a metodologia participativa e os princípios da psicologia comunitária como referências. A diversidade de recursos para acolhimento e atenção torna o estágio uma experiência rica para uma formação crítica. A falta de espaço físico adequado, o tempo exíguo para supervisão, atendimentos e planejamento são desafios que se destacaram.
Análise Crítica
Vivenciar a realidade do SUS e a enorme diversidade de casos, oportuniza o exercício do acolhimento e da escuta; o contato com profissionais mais experientes e com os desafios da psicologia na saúde pública, são aprendizados importantes. A tomada de consciência sobre os determinantes sociais nas demandas dos usuários e da patologização de questões sociais nos encaminhamentos à psicologia; os atendimentos centrados na clínica individual e o modelo campanhista são desafios evidentes na prática.
Conclusões e/ou Recomendações
O psicólogo permanece associado à clínica convencional, evidenciando a necessidade de se investir na formação para o exercício de uma clínica ampliada. A psicologia comunitária tem muito a contribuir com o SUS para promoção da saúde pela educação popular e conscientização. Recomendamos maior investimento nas ações junto à comunidade, com as escolas e a assistência social e maior articulação com a RAPS, numa perspectiva interdisciplinar.
38° ENENUT COMO ESPAÇO DE EDUCAÇÃO TRANSFORMADORA: A IMPORTÂNCIA DO MOVIMENTO ESTUDANTIL NA FORMAÇÃO CRÍTICA EM SAÚDE DE ESTUDANTES DE NUTRIÇÃO
Pôster Eletrônico
1 Instituto Federal Goiano Campus Urutaí
2 Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Período de Realização
A experiência ocorreu nos dias 30/07 à 03/08 de 2024.
Objeto da experiência
Relato sobre a participação no 38° ENENUT, encontro anual que integra o movimento estudantil e forma estudantes em educação crítica em saúde.
Objetivos
Refletir sobre como a participação no Encontro Nacional de Estudantes de Nutrição contribui para a formação generalista, humanista e crítica dos estudantes de nutrição, ao promover uma educação em saúde baseada no diálogo, nos princípios do SUS e nos determinantes sociais da saúde.
Metodologia
O ENENUT ocorre anualmente e reúne estudantes de diversas regiões do país para debater temas fundamentais da nutrição em saúde coletiva, formação profissional e direitos sociais. A experiência inclui participação em oficinas, rodas de conversa, plenárias, grupos de trabalho e atividades culturais. A construção coletiva do evento e seu conteúdo promovem um ambiente democrático e de valorização da pluralidade de saberes, consolidando como espaço de formação para além do currículo tradicional.
Resultados
A vivência no ENENUT permitiu ampliar o pensamento crítico sobre os desafios da formação em saúde. A troca com estudantes de Norte a Sul do país favoreceu a construção de redes, o acolhimento da diversidade e o engajamento pela garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada. O evento se mostrou como um marco anual de reafirmação da luta estudantil e da defesa de uma formação humanizada e crítica em nutrição e saúde.
Análise Crítica
A experiência evidencia como o movimento estudantil é um espaço potente de educação em saúde. A participação no ENENUT mostrou a formação profissional para além das grades curriculares e destacou a importância de espaços como este na construção do conhecimento mais amplo, onde ser estudante também é ser um agente político e que a participação ativa nesses espaços fortalece a trajetória profissional, a ética e o compromisso com o bem-estar da coletividade.
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que o ENENUT é um espaço essencial para a trajetória de formação de estudantes de nutrição. Recomenda-se que instituições de ensino incentivem e reconheçam a participação nesses espaços como extensão transformadora. O movimento estudantil é um dispositivo estratégico para formação de profissionais capazes de atuar com empatia, justiça e compromisso com a saúde de todos.
SITUAÇÃO-PROBLEMA COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA PARA APROPRIAÇÃO DOS CONCEITOS DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO
Pôster Eletrônico
1 ENSP/FIOCRUZ
Período de Realização
Encontro presencial no dia 25 de abril de 2025
Objeto da experiência
Atividade de problematização e discussão de conceitos da Educação Permanente (EP) a partir de situação problema (SP) em curso de especialização.
Objetivos
Apresentar a experiência da atividade situação problema para discussão e apropriação de conceitos/princípios relacionados a Educação Permanente em um curso de especialização. Descrever a SP e os conceitos abordados a partir da prática profissional dos estudantes.
Descrição da experiência
A atividade foi desenvolvida em uma turma com 26 alunos, divididos em 2 grupos. A abordagem da SP ocorreu em 2 momentos: a) apresentação da SP para formulação dos objetivos de aprendizado; b) apresentação para os demais colegas. A SP escolhida foi o caso em que a equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) e a equipe de assistência social (EAS) conseguiram conduzir o pré-natal de uma gestante indígena, imigrante da Venezuela, em um centro de saúde da periferia de Belo Horizonte.
Resultados
A gestante valorizava a cultura de sua tribo, onde saúde/doença eram atribuídas aos curandeiros, e a gestação não exigia acompanhamento profissional. O idioma também dificultava a assistência. Estratégias foram definidas entre ESF e EAS. As consultas ocorreram em horários flexíveis, com um parente intérprete e possibilidade de presença religiosa. Exames e vacinação foram realizados conforme preconizado.
Aprendizado e análise crítica
A atividade permitiu refletir sobre aspectos essenciais da EP: participação coletiva, intersetorialidade e respeito aos valores culturais no incentivo ao pré-natal. Promover saúde exige diálogo entre saberes populares e científicos. A população imigrante é mais vulnerável e demanda esforços conjuntos para não ser excluída do cuidado, diante das barreiras de acesso e adesão ao tratamento.
Conclusões e/ou Recomendações
A discussão dos temas centrais da EP, a partir da SP, evidenciou o esforço da equipe para um acolhimento adequado às necessidades e singularidades do sujeito. Foram abordados também o direito ao acesso aos serviços de saúde, os determinantes sociais, além dos princípios de equidade, integralidade da assistência e universalidade do acesso.
TIROCÍNIO DOCENTE NA ATENÇÃO BÁSICA E O PROCESSO DE INCLUSÃO NA DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 UEFS
Período de Realização
A vivência do tirocínio no Estágio Supervisionado I ocorreu de agosto a dezembro de 2023.
Objeto da experiência
A vivencia do tirocínio docente ocorreu no Curso de Enfermagem da UEFS, no componente Estágio Supervisionado I.
Objetivos
Relatar a vivência do tirocínio docente no componente Estágio Supervisionado I, enquanto doutoranda em Saúde Coletiva na Universidade Estadual de Feira de Santana.
Metodologia
A vivencia ocorreu no Curso de Enfermagem da UEFS, na disciplina Estágio Supervisionado I. A parte teórica foi realizada em sala de aula abordando a revisão e discussão temática dos conteúdos necessários para uma boa prática na Unidade de Saúde da Família e a parte prática aconteceu em um Posto de Saúde. Foi possível vivenciar o ensino das práticas de saúde e do cuidado da enfermagem em um espaço riquíssimo para construção do conhecimento tanto na área assistencial quanto na educação em saúde.
Resultados
O tirocínio docente na Atenção Básica e o processo de inclusão na docência universitária compartilham valores da saúde coletiva que estão relacionados a equidade, justiça social e participação social. Na atuação no território o tirocinante se depara com as diversidades social, cultural e econômica da população que exigem escuta ativa, sensibilidade e práticas pedagógicas que respeitem e valorizem as diferenças.
Análise Crítica
A vivência possibilita o contato com as realidades plurais nas unidades de saúde o que contribui para elaboração de práticas educativas acolhedoras, contemplando estudantes de diferentes origens, experiências e condições, incluindo populações vulneráveis, negras, indígenas, LGBTQIA+, pessoas com deficiência. O tirocínio permite aprimorar a compreensão das barreiras estruturais que podem impactar no acesso à saúde e na educação e estimula a adoção de estratégias inclusivas no ensino superior.
Conclusões e/ou Recomendações
O tirocínio docente na Atenção Básica favorece a construção de práticas pedagógicas inclusivas, ao aproximar o futuro docente das diversidades sociais e das barreiras estruturais que afetam o acesso à saúde e à educação. Essa vivência amplia a consciência sobre a necessidade de estratégias que promovam equidade no ensino superior, consolidando a docência universitária como um instrumento de transformação social.
SALA DE ESPERA EM UNIDADE MÓVEL ONCOLÓGICA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: AÇÕES EDUCATIVAS REALIZADAS POR ESTUDANTES DO 1º MÓDULO DO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Pôster Eletrônico
1 SEEMG
Período de Realização
Ação de educação em saúde realizada dos dias 31/03 a 04/04 de 2025.
Objeto da experiência
Proporcionar momentos de estratégias educativas em saúde dialógica, que ocorra a troca de saberes entre futuros profissionais e usuário, familiar, cuidador.
Objetivos
Discutir o processo educativo na construção do conhecimento em saúde na formação em Enfermagem. Evidenciar o papel dos estudantes nas práticas educativas e possibilitar a vivência de ações de educação em saúde no contexto comunitário.
Descrição da experiência
A ação educativa foi realizada na sala de espera da Unidade Móvel de Saúde Oncológica, em parceria com a Atenção Primária à Saúde (APS) no município de Santa Luzia, envolvendo os dois coordenadores do curso e os alunos do primeiro módulo do curso técnico de enfermagem. Com foco na educação, prevenção e identificação precoce do câncer, realizamos uma roda de conversa com os usuários durante a sala de espera na Carreta da Família, que aguardavam para realização de exames gratuitos de imagem.
Resultados
Os estudantes contemplaram parte da carga horária de atividade extraclasse exigida, vivenciando na prática a importância dos exames de imagem como ferramenta de rastreamento de neoplasias na população alvo e os impactos positivos da detecção precoce. Também puderam introduzir os princípios da educação em saúde e observar a realidade da comunidade sob a perspectiva do profissional de saúde.
Aprendizado e análise crítica
O envolvimento dos estudantes, desde o início do curso, em ações educativas favorece a reflexão sobre o papel do profissional de saúde como corresponsável pela promoção da saúde e agente de educação. A aproximação com a comunidade estimula a valorização das individualidades e possibilita a construção coletiva do conhecimento, fortalecendo o compromisso com a prevenção de doenças e o cuidado integral.
Conclusões e/ou Recomendações
A educação em saúde deve ser inserida de forma inicial na formação dos discentes, uma vez que esta ação permite não apenas o conhecimento científico, mas o conhecimento prévio da educação popular, ou seja, da comunidade. Bem como seu papel social enquanto agentes transformadores no processo de promoção da saúde e prevenção de agravos.
VIVÊNCIAS NA REALIDADE DO SUS: APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NA FORMAÇÃO DE FACILITADORES NOS TERRITÓRIOS VIVOS BRASILEIROS
Pôster Eletrônico
1 Rede Unida
Período de Realização
A formação de facilitadores ocorreu de janeiro a junho de 2025.
Objeto da experiência
Formação de facilitadores do Programa Nacional de Vivências e VER-SUS/Brasil no 1º semestre de 2025, com ações nas cinco regiões do país.
Objetivos
Analisar a experiência formativa de facilitadores para as vivências na realidade do SUS como estratégia inspirada na Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS).
Descrição da experiência
Relato da formação de facilitadores do VER-SUS em 2025, articulada ao Programa Nacional de Vivências. Com base na Portaria nº 6.098/2024, pautou-se em princípios como equidade, interculturalidade e participação popular. A ação, conduzida pela Rede Unida, envolveu estudantes e residentes em todas as regiões do país, promovendo imersões em territórios diversos e fortalecendo a formação crítica em saúde, alinhada às diretrizes da PNEPS e aos princípios do SUS.
Resultados
Foram formados cerca de 405 facilitadores nas cinco regiões do Brasil, com vivências em territórios diversos como quilombos, comunidades ribeirinhas e centros de saúde não formais. A iniciativa está alinhada à PNEPS, promovendo formação crítica e articulando ensino, serviço e território. Valoriza o trabalho coletivo e a reflexão sobre práticas no SUS, superando modelos tradicionais de ensino e fortalecendo a autonomia dos sujeitos em formação na saúde.
Aprendizado e análise crítica
A formação de facilitadores no VER-SUS fortalece os princípios do SUS ao aproximar estudantes dos contextos reais de saúde. Propõe uma aprendizagem significativa, baseada em tecnologias leves e relacionais, superando modelos tecnicistas ainda presentes nas IES. Inspirada na educação popular, a vivência articula ensino, serviço e território, promovendo reflexão crítica, cuidado e transformação social. Alinhada à PNEPS, rompe com a dissociação entre teoria e prática na formação em saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência promoveu a articulação entre ensino e serviços de saúde, fortalecendo a rede como espaço de formação. Alinhada à PNEPS, resgatou ações da Rede Unida e OPAS, incentivou investigações e práticas integradas nos territórios. Favoreceu metodologias ativas, encontros com a alteridade e formação crítica. Fortaleceu o protagonismo estudantil e a atuação interprofissional, comprometida com os princípios do SUS.
EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE COM PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA POR UM PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
Pôster Eletrônico
1 UFMG
Período de Realização
O projeto de extensão “Saúde na Rua”, ocorre desde 2019 na Universidade Federal de Minas Gerais.
Objeto da experiência
Trata-se de um projeto de extensão desenvolvido por estudantes de graduação e pós-graduação com a população em situação de rua.
Objetivos
Descrever, de forma crítica e reflexiva, as ações e experiências de um projeto de extensão que atua com a população em situação de rua na perspectiva da educação popular em saúde.
Descrição da experiência
As ações são realizadas por estudantes da Escola de Enfermagem e Nutrição em parceria com as secretarias de saúde e assistência social, nos Centros de Referência para a população em situação de rua. As atividades são baseadas nas demandas do público e priorizam o diálogo, a valorização dos saberes populares e a construção coletiva do conhecimento. Reuniões científicas quinzenais fortalecem a integração entre pesquisa e extensão, promovendo formação crítica e sensível dos estudantes.
Resultados
Durante o período de atuação do projeto, foram realizadas 88 ações de extensão que atingiram um público total de 1697 usuários. A média de participantes em cada ação oscilou entre 15 a 20 usuários, com predominância de jovens e adultos do sexo masculino. Para cada ação é elaborado um produto educativo de extensão que consiste em um material didático-pedagógico que aproxima e facilita a compreensão dos participantes da temática em saúde.
Aprendizado e análise crítica
A partir das vivências do projeto de extensão, percebe-se o desenvolvimento de competências e habilidades para o trabalho com populações vulneráveis, além da interdisciplinaridade e o estímulo à resolução de problemas, pela reflexão crítica-construtiva, pela autonomia, pelo trabalho em equipe e pela participação ativa dos estudantes nos processos de produção de saúde. A extensão universitária é uma estratégia fundamental e peculiar, que favorece a cooperação e o compartilhamento de saberes.
Conclusões e/ou Recomendações
O projeto de extensão promove o acesso da população em situação de rua aos serviços de saúde por meio da educação popular. Com foco no diálogo, autonomia e participação ativa, adota metodologias lúdicas e interativas para fortalecer vínculos, estimular o pensamento crítico e adaptar ações às necessidades do público. A experiência reafirma o compromisso com a emancipação em saúde e a transformação social, integrando saberes acadêmicos e populares.
A EXPERIÊNCIA DA CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO NA FORMAÇÃO DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA
Pôster Eletrônico
1 EBMSP
Período de Realização
Fevereiro de 2023 a Outubro de 2024
Objeto da experiência
Experiência da primeira turma do curso de Psicologia da EBMSP com a inserção de projetos de extensão na matriz curricular da graduação.
Objetivos
Relatar e analisar os impactos vivenciados por estudantes do curso de Psicologia a partir da implementação da curricularização da extensão, refletindo criticamente sobre suas contribuições para a formação acadêmica e para o desenvolvimento de competências profissionais.
Descrição da experiência
Quatro estudantes de Psicologia participaram do processo de curricularização da extensão: três vivenciaram as quatro primeiras experiências extensionistas do curso, enquanto uma participou apenas no quarto semestre. Essa diferença permitiu observar o contraste entre uma formação com e sem a extensão curricularizada, evidenciando os impactos dessa proposta, com destaque para os desafios enfrentados e para as contribuições à formação acadêmica e profissional.
Resultados
A curricularização da extensão ampliou o desenvolvimento de habilidades práticas e sociais, aproximando a formação acadêmica das realidades da comunidade. Entretanto, foram observadas dificuldades relacionadas à estrutura e organização de alguns projetos, que impactaram em parte da experiência.
Aprendizado e análise crítica
A experiência mostrou-se enriquecedora e desafiadora, promovendo o desenvolvimento de uma postura ética, crítica e comprometida com a realidade social. A análise crítica das dificuldades enfrentadas também revelou a importância da escuta institucional e do planejamento coletivo.
Conclusões e/ou Recomendações
A curricularização da extensão representa um avanço significativo na formação em Psicologia, fortalecendo a articulação entre teoria e prática. Recomenda-se o aprimoramento da estrutura dos projetos, além da valorização da escuta dos estudantes para melhor condução das experiências extensionistas.
CONSTRUÇÃO DE UM PLANO DE ALTA USANDO FERRAMENTAS DIGITAIS PARA AUMENTAR A ADESÃO AO TRATAMENTO ANTIRRETROVIRAL-TARV: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 UFG
Período de Realização
Experiência realizada entre os dias 22/05/2025 e 27/05/2025.
Objeto da experiência
Cuidados prestados por graduandos em enfermagem a uma paciente vivendo com HIV/AIDS em um hospital para doenças infecciosas e tropicais em Goiás.
Objetivos
Descrever a experiência de alunos de graduação em enfermagem da UFG na construção de um plano de alta como estratégia para aumentar a adesão ao TARV utilizando ferramentas digitais.
Descrição da experiência
Durante o período da experiência, foi possível implementar escuta ativa durante a anamnese, que possibilitou a detecção de fatores biomédicos (efeitos colaterais) e psicossociais (preconceito sofrido, medo de buscar atendimento na região de domicílio), que afetam a adesão ao tratamento para o HIV. Mediante ao fenômeno identificado e a iminência da alta hospitalar, resolvemos criar um plano de cuidados pós alta, com orientações para melhorar a adesão à TARV utilizando ferramentas digitais.
Resultados
Foi criado um plano de alta baseado nos determinantes e condicionantes sociais que dificultam a adesão a TARV, que resultou na criação de um poster plano de alta mensal, com objetivos e espaços para registro e utilização de dois aplicativos: o MedisafeⓇ para cadastro de medicações e registro de sintomas, como náuseas e cefaleia, o usuário pode gerar relatórios e o Meu SUSⓇ, com foco em alimentação saudável e atividade física, e a necessidade da família contribuir na adesão ao tratamento.
Aprendizado e análise crítica
Foi possível perceber o impacto das determinantes e condicionantes sociais no acesso à saúde e as limitações impostas pela escassez de pessoal e ferramentas. Observamos o impacto que o diálogo e construção conjunta de ferramental podem gerar para o melhor enfrentamento dos agravos, o uso de ferramentas gráficas e digitais podem se apresentar como aliados para a adesão ao tratamento. Consideramos as limitações de cada indivíduo, sendo necessária a adoção de estratégias individualizadas.
Conclusões e/ou Recomendações
A utilização de ferramentas digitais e analógicas lúdicas, podem ser consideradas como excelentes estratégias para favorecer o protagonismo de pacientes e familiares na criação de seu plano de cuidados. Aplicativos e modelos de planos de alta editáveis podem reforçar a autonomia, adesão e reduzir custos e sofrimento aos pacientes, apesar da utilização se faz necessária a disponibilidade de ferramentas amplas e gratuitas.
APLICAÇÃO DO CONTRATO DIDÁTICO COMO ESTRATÉGIA FORMATIVA NA RESIDÊNCIA DE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM SALVADOR-BA
Pôster Eletrônico
1 Secretaria Municipal de Saúde de Salvador
Período de Realização
Março de 2023 a Março de 2025.
Objeto da experiência
O contrato didático firmado entre os preceptores e os residentes de Medicina de Família e Comunidade em uma Unidade de Saúde da Família em Salvador.
Objetivos
Apresentar as percepções dos residentes sobre o contrato didático, avaliando seu papel no ensino-aprendizagem, no desenvolvimento profissional e na formação médica. Especificamente, busca-se analisar metas, engajamento, vínculo com preceptores e desafios da adoção dessa ferramenta.
Descrição da experiência
O contrato didático é um instrumento pedagógico no qual preceptor e residente elaboram juntos um plano de desenvolvimento com metas e etapas a serem cumpridas em seis meses. Esse plano considera a experiência prévia do residente, as competências a serem desenvolvidas e o suporte esperado da preceptoria e do programa. Após esse período, o contrato é reavaliado para acompanhar o progresso, e um novo acordo é firmado para o semestre seguinte.
Resultados
A experiência permitiu observar os seguintes resultados: 1) Relatos de maior clareza nos objetivos do aprendizado; 2) Personalização efetiva do plano de desenvolvimento; 3) Aumento do engajamento e da proatividade do residente; 4) Estabelecimento de um canal contínuo de feedback e estímulo à autoavaliação; 5) Fortalecimento do vínculo entre preceptor e residente; 6) Relatos de ansiedade e autocobrança excessiva em relação ao alcance das metas; 7) Percepção de maior eficácia do processo formativo.
Aprendizado e análise crítica
O contrato didático demonstrou potencial como instrumento organizador do processo formativo ao estabelecer expectativas mútuas entre preceptor e residente sobre responsabilidades e aprendizados. Contudo, a experiência demonstrou que é necessário flexibilidade diante de situações clínicas imprevisíveis ou de mudanças nos interesses e necessidades inicialmente não previstas. Seu sucesso depende do diálogo constante e da adaptação às demandas específicas do programa e do residente.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência com o contrato didático evidenciou seu potencial como ferramenta de metodologia pedagógica, que proporciona fortalecimento da formação da residência, ao favorecer autonomia, clareza e corresponsabilidade no aprendizado. Destaca-se a importância de espaços institucionais de escuta, acompanhamento e formação dos preceptores, garantindo que o contrato seja dinâmico, sensível às singularidades e integrado à prática da atenção primária.
FORTALECIMENTO DA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE EM TAUÁ-CE: PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO HUMANO, GESTÃO DE ALTA PERFORMANCE E APRIMORAMENTO DO CONHECIMENTO TÉCNICO
Pôster Eletrônico
1 IEGO
2 SESA TAUÁ - CE
Período de Realização
Março / 2024 a Maio / 2025.
Objeto da experiência
Programa de Educação Permanente em Saúde focado em Desenvolvimento Humano, Gestão de Alta Performance e Conhecimento Técnico.
Objetivos
Promover o desenvolvimento dos profissionais de saúde, otimizar processos com gestão de alta performance, garantir atualização contínua, criar ambiente motivador e humanizado, e melhorar a experiência do paciente por meio de capacitação e valorização dos colaboradores.
Descrição da experiência
Realizado pelo Instituto Excelência em parceria com o município de Tauá, foram promovidas capacitações, workshops e encontros estratégicos para fortalecer competências comportamentais técnicas, gestão de processos e atualização de protocolos. A implementação foi acompanhada por indicadores de desempenho, pesquisas de satisfação e feedbacks, envolvendo diversos setores. O foco foi promover cultura de aprendizado, inovação e valorização do capital humano, aprimorando a eficiência institucional.
Resultados
A motivação e satisfação dos profissionais aumentaram, reduzindo o rotativo e melhorando o clima organizacional. Os atendimentos tornaram-se mais eficientes, seguros e de qualidade, com maior engajamento, inovação e colaboração da equipe, fortalecendo autonomia e confiança. A percepção dos pacientes melhorou, destacando atendimento humanizado e eficiente. A integração dos programas potencializa resultados e promove uma transformação na cultura organizacional voltada ao desenvolvimento.
Aprendizado e análise crítica
A experiência ressaltou a importância de uma abordagem integrada que valorize o desenvolvimento humano, técnico e gerencial simultaneamente. A participação ativa dos profissionais e o alinhamento às necessidades locais foram essenciais. Desafios incluíram resistência às mudanças e a necessidade de monitorar os indicadores de desempenho. A avaliação contínua permitiu ajustes eficazes. Investir na capacitação e no bem-estar dos profissionais é fundamental para qualidade dos serviços de saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A implementação do programa de Educação Permanente trouxe benefícios concretos para a equipe e para os pacientes, fortalecendo uma cultura de aprendizado e valorização humana. Recomenda-se ampliar a oferta de ações de desenvolvimento, maior participação dos gestores e definição de metas claras. A continuidade e o fortalecimento dessas iniciativas são essenciais para consolidar uma prática de saúde mais humanizada, eficiente e sustentável.
FORMAÇÃO CRÍTICA E PRODUÇÃO COLABORATIVA DE MATERIAL DIDÁTICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA NA GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA DA UNIFESSPA
Pôster Eletrônico
1 Unifesspa
Período de Realização
De setembro de 2024 até o presente, como parte de um projeto vinculado ao curso de Saúde Coletiva
Objeto da experiência
Construção participativa de um livro técnico-didático vinculado à disciplinas com práticas laboratoriais em Saúde Coletiva e demais Ciências da Saúde.
Objetivos
Fortalecer a formação crítica dos estudantes de Saúde Coletiva e demais Ciências da Saúde por meio da escrita colaborativa de um livro didático sobre práticas laboratoriais, com foco em metodologias acessíveis e uso racional de recursos, vinculando teoria, gestão e prática.
Descrição da experiência
A experiência inspirada em uma disciplina do curso de Saúde Coletiva, que aborda conceitos de micro e parasitologia. Dificuldades observadas entre os discentes sobre procedimentos laboratoriais e sua aplicação motivaram a elaboração de um material técnico-didático que conta com a participação de discentes e docentes com expertise na área. O livro apresentará conteúdos técnicos em linguagem acessível, integrando discussões sobre custo-efetividade, sustentabilidade e uso racional de insumos.
Resultados
A iniciativa promoveu engajamento entre os estudantes envolvidos no projeto, que passaram a refletir criticamente sobre a gestão de recursos laboratoriais no SUS. A escrita colaborativa do material impulsiona debates sobre práticas sustentáveis, linguagem acessível, padronização de rotinas e impacto social, além de estimular autonomia, cooperação e pensamento analítico.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidencia o valor da educação ativa e da construção coletiva de materiais didáticos contextualizados. Mostra-se relevante para conectar conteúdos técnicos à realidade dos serviços de Saúde. A diversidade de perspectivas exige ajustes na curadoria e padronização dos conteúdos, mas fortalece o aprendizado interdisciplinar e o senso crítico sobre gestão, equidade e sustentabilidade na saúde coletiva e demais áreas da Saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência se mostrou potente como estratégia de formação crítica, valorizando a produção coletiva de conhecimento A sua ampliação e continuidade é importante, especialmente em cursos voltados à gestão em saúde. A proposta também pode ser replicada em projetos de extensão e capacitação técnica, reforçando o papel da universidade pública na democratização do saber e na formação para o SUS.
SUPORTE BÁSICO DE VIDA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 Missão Sal da Terra
Período de Realização
As capacitações foram realizadas entre agosto de 2024 a maio de 2025.
Objeto da experiência
Capacitar a atenção primária à saúde sobre conceitos e diretrizes do suporte básico de vida na parada cardiorrespiratória e engasgo.
Objetivos
Aprimorar os conhecimentos dos profissionais das equipes da atenção primária à saúde frente ao cuidado prestado em situações de parada cardiorrespiratória e engasgo; atualizar os conhecimentos e habilidades práticas dos profissionais.
Descrição da experiência
As atividades foram desenvolvidas pela equipe do centro de educação permanente da Missão Sal da Terra, organização social que faz gestão de unidades de saúde de um município em Minas Gerais, com as equipes da fisioterapia, odontologia, educação física, consultório na rua e unidade básica de saúde da família do bairro patrimônio. A metodologia utilizada combinou aulas expositivas e práticas sobre as técnicas de ressuscitação cardiopulmonar e desengasgo, em manequins de baixa fidelidade.
Resultados
As capacitações tiveram excelente adesão, por ser um tema relevante para os profissionais. A prática proporcionou um ambiente controlado para vivenciar a assistência ao usuário, resultando em um aumento na confiança na execução da técnica e um fortalecimento das equipes no que tange a comunicação, bem como na segurança da tomada de decisão diante de alguma situação de parada cardiorrespiratória ou engasgo.
Aprendizado e análise crítica
Evidenciou-se que a teoria associada à prática com manequins proporcionou um aprendizado significativo, no qual os profissionais puderam errar, aprender e aprimorar conhecimentos, gerando segurança para situações reais e fortalecendo a comunicação em equipe. A experiência reafirmou o papel fundamental da educação permanente como estratégia de qualificação do atendimento ao usuário, fortalecendo o atendimento no sistema único de saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A estratégia foi eficaz na qualificação das equipes, promovendo preparo técnico, confiança e integração entre os profissionais. Apesar dos avanços, destaca-se como desafios, a necessidade de uma capacitação anual e sua expansão a outros grupos profissionais da rede. Diante disso, recomenda-se a continuidade e ampliação das ações de educação permanente sobre a temática, o que pode contribuir para uma assistência segura e resolutiva.
EQUIDADE NA FORMAÇÃO MÉDICA: UMA EXPERIÊNCIA DE INTEGRAÇÃO CURRICULAR NO COMBATE ÀS INIQUIDADES EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 Centro Universitário CESMAC
2 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - HCFMUSP
Período de Realização
Junho de 2025
Objeto da experiência
A realização de um evento científico sobre equidade em saúde, com vistas à integração curricular do eixo que aborda Saúde Coletiva na formação médica.
Objetivos
Relatar a experiência de realização da III ExpoISEC, evento que abordou a temática da equidade em saúde, abrangendo todos os estudantes de medicina de uma escola médica, vinculados ao eixo curricular Integração, Serviço, Ensino e Comunidade (ISEC), presente do primeiro ao oitavo período do curso.
Metodologia
A III ExpoISEC, realizada em junho de 2025, teve como tema central a “Equidade em saúde: o desafio da Medicina contemporânea”. O evento contou com uma palestra magna, seguida da apresentação de trabalhos orais, desenvolvidos pelos estudantes. Os trabalhos organizaram-se nas temáticas: Desigualdades em saúde e determinantes sociais da saúde; Atenção integral em saúde; Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde; Saúde da população negra e Gênero, diversidades e saúde.
Resultados
O evento contou com a participação de 619 estudantes de um total de 679 inscritos, além de docentes e gestores acadêmicos. Foram apresentados 119 trabalhos acadêmicos, nos formatos de relatos (de experiência, de pesquisa e de projetos de intervenção). Todas as apresentações foram orais, em 21 rodas de conversa simultâneas, organizadas por linha temática, com a presença de dois avaliadores por sala, os quais conduziram o debate, integrando os estudantes de diversos períodos do curso.
Análise Crítica
A realização de um evento científico sobre equidade em saúde para estudantes de Medicina, fortalece o debate da Saúde Coletiva na formação médica. Ademais, o incentivo à produção e apresentação de trabalhos sobre as linhas temáticas apresentadas, contribui para a integração curricular do eixo ISEC, bem como para a formação de futuros médicos comprometidos com as reais necessidades de saúde da população, com a defesa do SUS e, sobretudo, com o enfrentamento das iniquidades em saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A temática da equidade em saúde deve perpassar toda a formação médica e não se restringir aos componentes curriculares que abordam a Saúde Coletiva, mas sim sendo incorporada aos debates das especialidades médicas e na atenção integral à saúde, com vistas a formar profissionais capazes tecnicamente de reconhecer e enfrentar corretamente as iniquidades em saúde no cotidiano da prática médica.
DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A AIDS: EXPERIÊNCIAS DE UM PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NO CURIMATAÚ PARAIBANO
Pôster Eletrônico
1 UFCG- campus Cuité
Período de Realização
As atividades foram planejadas desde novembro de 2022 e ocorreram em 01 de Dezembro do mesmo ano.
Objeto da experiência
Participar da resposta ao HIV numa comunidade universitária, reunindo ações educativas e testagem rápida conduzidas por extensionistas e SMS.
Objetivos
Promover ações educativas no dia mundial de luta contra a aids para mobilizar o público de um Centro Universitário; Ofertar testagem rápida para o HIV; Integrar estudantes do Projeto de Extensão intitulado: “Bora Combinar”, com alunos do PET- Saúde e Enfermeiros atuantes na Atenção Básica local.
Metodologia
O planejamento e produção foi sistematizado num Plano de Ação Educativa, com descrição das etapas, lista de materiais e distribuição das atribuições. A parceria com a SMS proporcionou a testagem rápida para HIV (insumos e pessoal treinado). Integrantes do Projeto de extensão divulgaram nas redes sociais, prédio do campus e rádio local, elaboraram playlist acolhedora e materiais educativos (jogos, folder, peças artesanais). O PET-Saúde preparou a ambiência e organizou a fila para a testagem.
Resultados
Cerca de 300 pessoas da comunidade acadêmica (estudantes, docentes, servidores e trabalhadores terceirizados) usufruíram das atividades desenvolvidas no Centro de Convivência do campus. As ações ocorreram durante o período das 14 às 20 horas, favorecendo a participação daqueles que transitavam nos cursos de graduação e de pós-graduação, diurno e noturno. Os jogos instigaram diálogos interessantes. Foram realizados 64 testes para HIV, além da distribuição de insumos educativos e preventivos.
Análise Crítica
Promover ações dessa natureza, permitiu o engajamento de grupos distintos, com experiência comunitária variada, e com maior ou menor aproximação do tema central. Proporcionou aprendizado, aprimorando a percepção da pujança do trabalho coletivo. Atividades educativas evidenciaram medos, mitos e estigma, influenciando o número de testes realizados. Acredita-se que tais subjetividades sinalizam a importância de investir na continuidade de trabalhos pautados nos eixos da prevenção combinada.
Conclusões e/ou Recomendações
A produção de ações de extensão conjuntas entre estudantes e profissionais de saúde demonstrou o potencial desses atores ao se engajarem em ações colaborativas para superar desafios da saúde no século XXI, como o fortalecimento da resposta ao HIV até 2030. Recomenda-se que as gestões e comunidades acadêmicas estejam sensíveis e receptivas para manter agendas de mobilização comunitária, dando sentido e visibilidade para as políticas públicas.
ENTRE SABERES E PRÁTICAS: EXPERIÊNCIA NA SAÚDE DA MULHER, CRIANÇA E ADOLESCENTE
Pôster Eletrônico
1 UNIRV
Período de Realização
As ações de promoção da saúde foram realizadas entre agosto de 2024 e maio de 2025.
Objeto da experiência
Atividades educativas de alunos de Medicina em parceria com uma entidade sem fins lucrativos, estimulando a tríade ensino-serviço-comunidade.
Objetivos
Relatar a experiência da disciplina Medicina Integrada à Saúde da Comunidade (MISCO) na realização de atividades educativas junto ao público feminino e infanto-juvenil.
Descrição da experiência
Foram realizadas atividades na Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) em formato de rodas de conversa, valendo-se dos princípios da Educação Popular em Saúde. Os grupos que receberam as intervenções foram de gestantes e jovens assistidos pela entidade. Os temas abordados foram incentivo à amamentação; saúde mental e redes sociais; cuidado e prevenção da violência. Estratégias como mitos e verdades e discussão em grupo foram utilizadas para promover a reflexão dos participantes.
Resultados
Os encontros foram bem recebidos e os participantes demonstraram interesse nos temas, expondo suas contribuições e dúvidas, que foram acolhidas e esclarecidas pelos acadêmicos. Ao final percebeu-se maior abertura para discussão e compreensão dos temas. A experiência mostrou que a metodologia participativa é eficaz para promover reflexão crítica e engajamento de adolescentes, além de evidenciar a necessidade de mais espaços de diálogo para discutir o cuidado em saúde.
Aprendizado e análise crítica
Essa experiência demonstrou que ensino, pesquisa e extensão articulam-se na formação acadêmica de modo a promover uma consciência profissional eticamente fundamentada. A prática de educação popular em saúde é valiosa pois estreita as distâncias entre profissionais de saúde em formação e usuários. A promoção da saúde amplia a participação social, permite o conhecimento das necessidades e possibilita um trabalho mais eficiente; com acadêmicos comprometidos com a transformação social.
Conclusões e/ou Recomendações
As políticas de saúde recomendam a realização de ações de promoção da saúde, visando a integralidade do cuidado, e priorizando estratégias além da assistência curativa, como a educação em saúde e o fortalecimento de vínculos comunitários. Ao considerar as especificidades de cada ciclo de vida, a disciplina reconhece a importância de ações compartilhadas que favoreçam o desenvolvimento do aluno articulado às necessidades da comunidade atendida.
FORMAÇÃO DE GERENTES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO DE UM CURSO INTRODUTÓRIO NO MUNICÍPIO DE CAMAÇARI - BA.
Pôster Eletrônico
1 PMC - SESAU - DIPLAN/COGETHS
Período de Realização
A formação foi desenvolvida no período de fevereiro a maio de 2025.
Objeto da experiência
Formação introdutória para gerentes de Atenção Primária à Saúde (APS) do município de Camaçari-Bahia.
Objetivos
Descrever a experiência de duas facilitadoras no desenvolvimento da 1ª edição da formação introdutória para gerentes da APS de Camaçari-BA. Discutir as potencialidades e desafios da formação para o aprimoramento do processo de trabalho e qualificação da prática de gestão no âmbito municipal.
Metodologia
A formação contou com a carga horária total de 36 horas, sendo 24 horas presenciais e 12 horas de atividades de dispersão, organizada em 3 eixos: Conhecendo o SUS e a Política Nacional de Atenção Básica, Gestão de Cuidado, Gestão de Processos e Comunicação e Liderança; Utilizou-se metodologias ativas, com uso de aula expositiva dialogada, gamificação e dinâmicas de grupo. A avaliação foi processual, formativa, com feedbacks mútuos, utilizando instrumentos coletivos e individuais.
Resultados
A experiência possibilitou a ampliação da compreensão do papel estratégico da APS. Destacou-se o fortalecimento do vínculo com a gestão, além do estímulo à troca de experiências entre os diferentes territórios. Os participantes relataram mudanças na organização das unidades, comunicação com a equipe e condução dos processos de trabalho. A avaliação dos encontros indicou alto nível de satisfação e reconhecimento da relevância da formação para o exercício da função.
Análise Crítica
A formação inova ao propor a adoção de metodologias ativas e de ferramentas de gestão apoiadas na micropolítica e qualificação dos profissionais, como parte fundamental para ativação de mudanças, entretanto, observa-se que as atribuições dos gerentes ainda são, em sua grande maioria, limitadas a aspectos administrativos. Nesse sentido, faz-se necessário avançar na aquisição de competências que implicam na integração de saberes técnicos com as relações intersubjetivas adquiridas nos territórios.
Conclusões e/ou Recomendações
A formação para gerentes da APS mostrou-se estratégica para qualificar a gestão local do SUS. A utilização de metodologias ativas favoreceu o protagonismo dos participantes e a fixação dos conteúdos na prática cotidiana. Recomenda-se avançar na institucionalização de programas formativos regulares e avançados de gestores da APS, integrados às ações de educação permanente, como política de valorização do trabalhador e fortalecimento do SUS.
CUIDADO QUE ACOLHE E EMPODERA: A CONSULTA DE ENFERMAGEM COMO ESPAÇO DE EDUCAÇÃO, ESCUTA E CUIDADO NO RASTREAMENTO CONSCIENTE DO CÂNCER DE COLO DO ÚTERO
Pôster Eletrônico
1 Escola de Governo Fiocruz - Brasília
2 Universidade de Brasília
3 Univassouras - Saquarema
Período de Realização
De abril de 2024 a abril de 2025, na prática de enfermagem, em uma UBS do Distrito Federal.
Objeto da experiência
Educação popular em saúde na consulta de enfermagem para o rastreamento do câncer de colo do útero, fortalecendo o cuidado e o uso racional do exame.
Objetivos
Relatar experiências de acolhimento, cuidado, educação e saúde e promoção do uso racional do rastreamento do câncer do colo do útero, desenvolvidas durante consultas de enfermagem para a realização do exame citopatológico em mulheres do território adstrito à uma Unidade Básica de Saúde (UBS).
Descrição da experiência
A experiência foi desenvolvida em UBS do Distrito Federal no contexto da Residência Multiprofissional em Atenção Básica da Fiocruz Brasília, com foco na qualificação das consultas de enfermagem para o rastreamento consciente do câncer de colo do útero. A educação popular em saúde esteve presente nas práticas educativas, na escuta qualificada, na reorganização dos fluxos, na capacitação da equipe e no uso dos sistemas, alinhando o exame ao cuidado integral, humanizado e às diretrizes vigentes.
Resultados
Observa-se a redução na realização de exames fora dos critérios técnicos, melhoria na compreensão das usuárias sobre o rastreamento consciente, fortalecimento da autonomia e do autocuidado, além da qualificação do processo de trabalho na unidade. A prática da educação popular em saúde e o acolhimento transformaram a consulta de enfermagem em espaço de escuta, vínculo e empoderamento, promovendo um cuidado mais efetivo, integral e alinhado às diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Aprendizado e análise crítica
A experiência reafirma que a educação popular em saúde é ferramenta potente para romper com práticas biomédicas e verticalizadas. A escuta ativa, o reconhecimento dos saberes das mulheres e o diálogo fortalecem sua autonomia e tornam o cuidado mais efetivo. É necessário tempo, sensibilidade e compromisso para transformar as consultas de enfermagem e demais profissões em espaços de empoderamento. Os ganhos traduzem a mudança no cuidado em saúde e na qualidade da atenção às usuárias do SUS.
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que a educação popular em saúde é essencial na qualificação do rastreamento consciente do câncer de colo do útero. É fundamental fortalecer práticas dialógicas, investir na formação das equipes e transformar as consultas em espaços de construção coletiva do cuidado, promovendo autonomia, autocuidado e uso racional dos serviços, alinhados aos princípios do SUS.
SEMINÁRIO DE PESQUISA DO IMS: REGISTRO, MEMÓRIA E CONTINUIDADE DO PROTAGONISMO DISCENTE NO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA DA UERJ
Pôster Eletrônico
1 IMS-UERJ
Período de Realização
Os seminários surgiram em 2006, mas este relato focaliza sua retomada em 2023.
Objeto da experiência
Engajar a comunidade discente do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da UERJ a ocupar os espaços de protagonismo estudantil.
Objetivos
Como objetivo tem-se a descrição e a análise das experiências das comissões organizadoras do Seminário de Pesquisa do IMS-UERJ de 2023, 2024 e 2025 na realização do evento.
Descrição da experiência
Os Seminários do IMS-UERJ tem 18 anos e são organizados pelos discentes do instituto. Após um hiato devido a diversas crises, em 2023 o evento retoma a agenda da mobilização estudantil em sua 13ª edição, imersa em entraves da ausência de transmissão de conhecimento e práticas. Ressurge com novas propostas, como a reunião de memórias e registros de edições anteriores e a publicação dos cadernos de resumos, demandando interesse e disponibilidade institucional e, sobretudo, engajamento discente.
Resultados
Observa-se a fertilidade dos seminários, junto de discussões pertinentes à área através de sua constante construção e renovação. As discussões dos interesses de pesquisa e estudo, compartilhados pelos discentes, evidenciam a pertinência institucional e científica da participação estudantil. O apoio institucional e docente aos discentes são imprescindíveis no desenvolvimento de ferramentas para elaborar trajetórias sem grandes rupturas, mas com contínuo interesse e disponibilidade discente.
Aprendizado e análise crítica
Como desafios, tem-se a conjugação dos períodos breves e sobrecarregados da carga de trabalho do mestrado e doutorado, logo os trabalhos da organização estudantil são desenvolvidos paralelamente. A ausência de memórias e registros das edições anteriores dificulta o presente e o futuro do seminário. Portanto, exigem esforços de planejamento e organização do evento em si, mas também da construção e registro de sua história para a transmissão e o compartilhamento de práticas.
Conclusões e/ou Recomendações
Os seminários têm potentes funções institucionais e ao corpo discente, pelo protagonismo na construção científica, análise institucional e reconstrução da Saúde Coletiva. O deslocamento de espaços de discussão centralizados na figura do docente abre distintas possibilidades para produzir conhecimentos horizontalizados. Junto aos desafios, o seminário de pesquisa representa um exercício formativo e profissional com vasta contribuição científica.
CONTRIBUIÇÕES DO ESTÁGIO EXTRACURRICULAR À FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA EM NÍVEL CENTRAL
Pôster Eletrônico
1 Instituo Aggeu Magalhães - FIOCRUZ
Período de Realização
O estágio extracurricular foi realizado entre dezembro de 2022 e dezembro de 2024.
Objeto da experiência
Estágio Extracurricular na Vigilância Epidemiológica de IST, AIDS e Hepatites Virais da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco.
Objetivos
Apresentar as contribuições do estágio na Vigilância Epidemiológica em nível central como experiência formativa para o fortalecimento do papel do enfermeiro na Saúde Pública, com ênfase na compreensão da gestão, monitoramento e tomada de decisão no SUS.
Descrição da experiência
As atividades desenvolvidas compreenderam o monitoramento e investigação de notificações de HIV, AIDS, sífilis e hepatites virais no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), organização e qualificação de bases de dados, apoio à elaboração de boletins epidemiológicos, participação em reuniões e discussões de planejamento e avaliação de ações, além de capacitações técnicas e ações de testagem rápida para IST em atividades extramuros.
Resultados
O estágio contribuiu para a ampliação da formação em enfermagem no âmbito da vigilância epidemiológica inserindo o graduando em práticas pouco exploradas na graduação. Essa vivência possibilitou o aprimoramento de competências voltadas à análise situacional, gestão de informações de saúde e planejamento de ações incentivando uma postura crítica e reflexiva diante dos processos de gestão, monitoramento em saúde pública
Aprendizado e análise crítica
O estágio extracurricular demonstrou ser um espaço formativo estratégico pois permite vivenciar realidades para além da prática assistencial. Ao inserir o discente em cenários como a Vigilância Epidemiológica, estimula-se o pensamento crítico nas decisões em saúde e o compromisso com o SUS. Essa experiência fortaleceu a articulação entre teoria e prática, ampliando a compreensão do papel do enfermeiro na gestão e no cuidado coletivo.
Conclusões e/ou Recomendações
Desta forma, a experiência evidenciou o potencial do estágio extracurricular na formação do graduando, ampliando e despertando sua atuação para além do cuidado clínico. A inserção em práticas de análise e gestão fortalece competências críticas e reflexivas essenciais na formação de profissionais alinhados às demandas, complexidades e princípios do SUS.
ENTRE O ENSINO E A PRÁTICA: VIVÊNCIAS DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE COLETIVA EM PALMAS - TO
Pôster Eletrônico
1 FESP
Período de Realização
Março de 2024 a maio de 2025, no município de Palmas - TO.
Objeto da experiência
Relato das experiências formativas e educativas desenvolvidas no ambito da Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva no município de Palmas - TO
Objetivos
Refletir sobre a formação em Saúde Coletiva a partir da articulação entre unidades educacionais e cenários de prática, destacando metodologias ativas, construção interprofissional do cuidado, desenvolvimento de competências para o SUS e integração entre teoria e vivência no território.
Descrição da experiência
A residência proporcionou vivências educativas e práticas nos territórios de Palmas-TO. As unidades educacionais abordaram temas como gestão do cuidado, vigilância em saúde, saúde da comunidade e políticas públicas, utilizando metodologias ativas e rodas reflexivas. Nos cenários de prática, as atividades se integraram à realidade dos serviços, favorecendo a aplicação dos saberes construídos em aula. A interdisciplinaridade e a articulação ensino-serviço foram pilares da formação.
Resultados
A residência contribuiu para o desenvolvimento de habilidades técnicas e relacionais, pensamento crítico e atuação em equipe. A vivência em espaços diversos — da educação à assistência, da vigilância à gestão — ampliou o olhar sobre o cuidado em saúde coletiva. A metodologia formativa despertou protagonismo dos residentes, ao mesmo tempo em que expôs desafios como repetição de conteúdos, lacunas entre teoria e prática e necessidade de maior diálogo entre tutores e preceptores.
Aprendizado e análise crítica
A formação evidenciou a importância da escuta ativa, da análise crítica dos contextos e da adaptação constante às realidades do SUS. A experiência nas unidades educacionais desafiou modelos tradicionais de ensino, enquanto os cenários de prática exigiram sensibilidade e criatividade para lidar com vulnerabilidades sociais. A atuação interprofissional fortaleceu o senso ético-político dos residentes e reforçou a importância de espaços formativos que conectem teoria, território e cuidado.
Conclusões e/ou Recomendações
A residência em saúde coletiva mostrou-se uma estratégia potente de formação crítica e integrada. Recomenda-se maior articulação entre teoria e prática, valorização da tutoria e criação de espaços de escuta entre residentes, tutores e preceptores. Destaca-se também a necessidade de reinserção do profissional formado na saúde pública.
CONTRIBUIÇÕES PARA A CONCEPÇÃO DA MATRIZ CURRICULAR DA ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DO SUS DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DE MG: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA DE CONSTRUÇÃO COLETIVA
Pôster Eletrônico
1 Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG)
Período de Realização
A Oficina foi planejada entre fevereiro e agosto de 2024 e realizada em setembro de 2024.
Objeto da experiência
Oficina realizada pela ESP-MG para a construção coletiva de subsídios à Matriz Curricular da 1ª turma do Curso de Especialização em Gestão do SUS.
Objetivos
Produzir, de forma colaborativa, subsídios para a concepção da matriz curricular do Curso de Especialização em Gestão do SUS da ESP-MG a partir da participação de convidados(as) com diferentes atuações em espaços de gestão do Sistema Único de Saúde em Minas Gerais.
Metodologia
Participaram da oficina gestores e coordenadora da atenção municipais, gerentes de unidades dos diversos níveis, membro do controle social, docentes da ESP, gestores do nível central e regional da SES, totalizando 14 convidados. Eles foram provocados a identificar desafios que os gestores do SUS enfrentam para a concretização da saúde como direito e para o fortalecimento das políticas de saúde nos territórios em que atuam, e o perfil desejado do egresso do curso para responder a tais desafios.
Resultados
As questões levantadas pelos participantes foram organizadas e consolidadas a partir da definição de oito grandes eixos: sistemas e modelos de atenção; governança; regulação; financiamento das ações e serviços e ferramentas de planejamento e execução financeira; modelos de gestão de serviços e estabelecimentos; participação social; gestão do trabalho; intersetorialidade. Os resultados subsidiaram a construção, pela coordenação do curso, dos temas, disciplinas e ementas da matriz curricular.
Análise Crítica
Após a construção da matriz curricular com base nos subsídios da oficina, foi necessário realizar rodadas de discussão com docentes da Escola para sua qualificação. Surgiram contribuições adicionais às identificadas na oficina, como a necessidade de reflexão sobre processos sociais que interferem no funcionamento do sistema de saúde brasileiro, além da inclusão no programa de discussões éticas, políticas, técnicas e administrativas que se relacionam com a superação dos desafios da gestão do SUS.
Conclusões e/ou Recomendações
São inúmeros os desafios para a consolidação do SUS, dada sua magnitude e as características do território e organização política do nosso país. Superá-los requer a formação crítica e reflexiva dos profissionais que atuam nas mais diversas atividades de gestão do SUS visando à sua qualificação e fortalecimento. Este é o objetivo dessa ação educacional que, pensada de modo coletivo, reconhece os saberes produzidos no dia a dia do fazer saúde.
AVALIAÇÃO PARCIAL DA OFERTA EAD: CURSO PRÁTICO DE ELABORAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO DO SUS PARA MUNICÍPIOS
Pôster Eletrônico
1 ESPRN
2 UFRN
Período de Realização
Entre 24/02/25 e 24/05/2025, durante a execução de um curso à distância.
Objeto da experiência
Avaliação parcial do curso autoinstrucional - Curso Prático de Elaboração de Instrumentos de Planejamento do SUS para municípios.
Objetivos
Analisar a percepção e o nível de satisfação dos participantes do curso com relação a carga horária, conteúdo, materiais didáticos, organização pedagógica, atividades avaliativas, moodle e resultados da formação (aprendizagem, atendimento das expectativas, dificuldades para permanência).
Descrição da experiência
O 'Curso Prático de Elaboração de Instrumentos do SUS para Municípios', autoinstrucional, ofertado pela ESPRN em parceria com o NESC/UFRN, foi desenvolvido para promover a aprendizagem aplicada dos profissionais das secretarias municipais de saúde na elaboração dos instrumentos de planejamento do SUS: Plano de Saúde, Programação Anual de Saúde e Relatório de Gestão. Esta experiência diz respeito a uma avaliação parcial do curso, realizada ao cabo de 3 meses de sua execução.
Resultados
O instrumento de avaliação do curso incluiu 14 perguntas fechadas sobre satisfação em escala Likert de 5 pontos e 1 aberta sobre dificuldades para permanência/conclusão. Após 3 meses, 105 concluintes (de 690 inscritos) participaram da avaliação. Entre 80-90% manifestaram satisfação nas 14 questões, destacando conteúdo, organização e linguagem. Sobre dificuldades, 70% não relataram, 12% citaram problemas técnicos (vídeos, plataforma, acesso com celular), 10% falta de tempo e 8% questões pontuais.
Aprendizado e análise crítica
A qualificação de profissionais de saúde é desafiadora diante da escassez de recursos humanos, financeiros e tecnológicos, além da limitação de tempo para capacitações presenciais. Esta experiência evidenciou que, ao integrar tecnologias educacionais, modalidades de ensino inovadoras, conhecimento sobre estilos de aprendizagem e recursos didáticos variados (textos, vídeos, tutoriais), é possível ofertar uma formação prática, acessível e contextualizada às diversas realidades dos profissionais.
Conclusões e/ou Recomendações
Cursos autoinstrucionais são uma interessante estratégia de Educação Permanente devido seu amplo alcance geográfico e flexibilidade. Dentro da amostra analisada, o Curso Prático de Elaboração de Instrumentos demonstrou sucesso em termos de uma aprendizagem aplicada. No entanto, é necessário melhorar a usabilidade da plataforma Moodle em diferentes dispositivos, reduzindo as dificuldades e favorecendo a permanência.
BOLETIM SEMANAL DE ATIVIDADES COMO INOVAÇÃO NA QUALIFICAÇÃO DE MÉDICOS DE FAMÍLIA E COMUNIDADE DA UNA-SUS UNIFESP
Pôster Eletrônico
1 Unifesp
Período de Realização
maio de 2024 até o presente momento.
Objeto da experiência
Ferramenta pedagógica de gestão e formação pedagógica no Curso de Especialização em Medicina de Família e Comunidade (MFC).
Objetivos
Apresentar o Boletim Semanal de Atividades (BAS) como inovação pedagógica em comunicação na qualificação de médicos em Medicina de Família e Comunidade, refletindo sobre sua aplicabilidade, impacto formativo, articulação com as práticas da APS e contribuição à consolidação da MFC no âmbito do SUS.
Descrição da experiência
A UNA-SUS Unifesp criou e vem implementando o BAS como ferramenta de articulação e qualificação da mediação pedagógica no Curso de Especialização em MFC. Elaborado semanalmente por equipe multiprofissional, o BAS orienta facilitadores em relação aos conteúdos, práticas de feedback, mediação em fóruns e planejamento dos encontros síncronos, promovendo coesão institucional, engajamento formativo e integração entre teoria e prática.
Resultados
O BAS impacta diretamente cerca de 300 coordenadores, supervisores e facilitadores e de forma indireta 4.000 profissionais estudantes, aproximadamente, contribuindo para a unidade metodológica e pedagógica do curso. A sistematização e periodicidade do boletim qualificam os processos de mediação, favorecem a aprendizagem e promovem vínculos entre os profissionais envolvidos, fortalecendo a cultura organizacional, a identidade profissional em MFC e qualificando o processo formativo.
Aprendizado e análise crítica
A experiência demonstrou que estratégias comunicacionais orientadas por intencionalidade pedagógica fortalecem a formação em larga escala. O BAS promove o engajamento dos facilitadores, a qualificação da mediação e o alinhamento entre coordenação, sem perder a sensibilidade aos contextos locais. Revela-se como prática replicável em outros cursos da APS, com potencial de fortalecer vínculos, corresponsabilidade e identidade profissional.
Conclusões e/ou Recomendações
A adoção de ferramentas como o BAS na qualificação profissional mediada por tecnologias e voltada à MFC, assegura coesão pedagógica e sensibilidade ao território; contribui para a consolidação da identidade profissional e o fortalecimento de vínculos. Sua replicabilidade depende de construção coletiva, da intencionalidade formativa orientada pelos princípios da MFC e do reconhecimento dos profissionais como protagonistas do cuidado na APS.
EQUIDADE EM SAÚDE E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: A FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM SERVIÇO SOCIAL NO TERRITÓRIO
Pôster Eletrônico
1 Fundação Educacional Severino Sombra
Período de Realização
2022.2 a 2024.2
Objeto da experiência
Abordagem no território de Maricá- RJ sobre o papel do Serviço Social e as Políticas de Equidade no SUS e de atendimentos especializados no SUS.
Objetivos
Desenvolver atividades de extensão com ações articuladas, a partir de vivências e aplicação de conhecimentos numa perspectiva ampliada de saúde e educação.
Promover a ampliação do conhecimento da Equidade em saúde no SUS, no território de Maricá- RJ.
Metodologia
Através da extensão universitária foi possível o desenvolvimento do potencial criativo para solução de problemas complexos, utilizando-se as técnicas apreendidas durante as aulas da disciplina de Práticas extensionistas I e II, bem como das implicações no processo de formação acadêmico-profissional e de transformação social. Como produtos foram construídos documentários sobre as experiências em alguns semestres, bem como a construção de ferramentais lúdicas interventivas em outros.
Resultados
Foi possível a compreensão teórica e prática da articulação do tripé universitário: Pesquisa, Ensino e Extensão, bem como a promoção do acesso à informação junto à população maricaenses, o conhecimento da importância da construção de conhecimento junto à população e a ampliação do conhecimento acerca das temáticas abordadas na disciplina.
Análise Crítica
Com os debates teóricos realizados (aulas expositivas, palestras e seminários) foi possível uma compreensão ampliada do conceito de Equidade no SUS, bem como a ampliação da perspectiva de como o conceito é vivenciado pela população maricaense em diversos territórios da cidade de Maricá, proporcionando um diferencial na formação profissional das discentes no curso de Serviço Social.
Conclusões e/ou Recomendações
A extensão universitária é uma instância do tripé universitário que merece fortalecimento e proporciona à formação profissional a construção de conhecimento retroalimentado pelo saber popular e vivido no território. O conceito de equidade em Saúde pôde ser ampliado e vivido pelas discentes junto à população maricaense, bem como o papel do Serviço social paar o fortalecimento e defesa desse conceito.
DESCENTRALIZAÇÃO DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA NA BASE REGIONAL DE IBOTIRAMA: CAPACITAÇÃO CONTINUADA PARA QUALIFICAÇÃO DAS INSPEÇÕES EM LABORATÓRIOS CLINICOS.
Pôster Eletrônico
1 SESAB/NRS OESTE/BRS-Ibotirama
Período de Realização
03 a 06 de Junho de 2025
Objeto da experiência
Implementação da capacitação em Inspeção de Laboratório para Técnicos da VISA - BRS-Ibotirama, fortalecendo a descentralização e a qualificação das ações.
Objetivos
Promover capacitação sobre boas práticas em laboratórios e posto de coleta; Apresentar o ROI dos laboratórios; Ampliar conhecimento biossegurança e segurança do paciente; Aplicar prática dos conhecimentos adquiridos; Garantir atualização constante sobre normativas sanitárias e boas práticas.
Metodologia
A capacitação foi planejada pelo NRS-Oeste com apoio da SESAB/SUVISA/DIVISA e contou com a participação de Técnicos da VISA dos 36 municípios da região. Os profissionais receberam treinamento sobre as diretrizes da RDC 786/2023, Normas de biossegurança, Segurança do paciente, Gerenciamento de resíduos e aplicação do ROI em inspeções. Aulas teóricas e práticas, finalizando com visita técnica ao LACEN, permitindo aos participantes observar in loco os padrões exigidos.
Resultados
O curso possibilitou maior autonomia dos Técnicos na inspeção dos Laboratórios Clínicos e Postos de Coleta, promovendo padronização das ações e fortalecendo a rede regional. A descentralização das inspeções do grupo II da CIB 034/2016 foi facilitada, garantindo que os municípios da BRS-IBOT tenham capacidade técnica para cumprir as Normativas Sanitárias. A inserção da EP contribuiu para a consolidação das boas práticas, promovendo atualização constante e aprimoramento técnico dos profissionais envolvidos.
Análise Crítica
A experiência demonstrou que a Capacitação Contínua é essencial para fortalecer as ações de VISA, especialmente em contextos de descentralização. A necessidade de aprimoramento na comunicação entre municípios e na padronização dos processos de inspeção foi evidenciada. Além disso, ficou claro que investir na qualificação dos Técnicos promove maior eficiência na fiscalização, garantindo segurança sanitária e alinhamento às Normas vigentes.
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se manter a realização periódica de capacitações, possibilitando atualização constante das normativas e aperfeiçoamento das práticas de inspeção. A descentralização das ações deve ser acompanhada de suporte técnico contínuo, garantindo que os municípios tenham autonomia sem comprometer a qualidade da fiscalização. Fortalecer a integração entre os municípios da BRS-IBOT, contribuirá para a melhoria das ações de VISA na região.
OFICINA DE DIVERSIDADE SEXUAL: REFLEXÕES SOBRE IDENTIDADE DE GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL NO PET-SAÚDE EQUIDADE
Pôster Eletrônico
1 UNIFESSPA
Período de Realização
05 de fevereiro de 2025, durante atividade formativa do grupo PET-Saúde Equidade – UNIFESSPA.
Objeto da experiência
Formação intergrupos com foco em diversidade sexual, identidades de gênero e desconstrução de estereótipos.
Objetivos
Promover uma formação que estimule reflexões sobre diversidade sexual e identidade de gênero, desconstruir estereótipos, fomentar empatia e sensibilização entre os grupos do PET-Saúde, contribuindo para ambientes de cuidado mais inclusivos e acolhedores.
Descrição da experiência
A oficina envolveu dinâmicas interativas, como a da identidade “Quem é quem?”, uma linha do tempo dos direitos LGBT+ e uma reflexão sobre o preconceito silencioso. Utilizou-se também áudios da peça "Eu Sempre Soube" para estimular empatia e discussões. Participaram integrantes de diversos grupos do PET-Saúde, o que favoreceu trocas entre diferentes vivências e realidades.
Resultados
Os 40 participantes demonstraram grande envolvimento, relataram surpresa ao perceber julgamentos prévios e ampliaram a compreensão sobre diversidade. As atividades promoveram escuta qualificada, respeito mútuo e valorização do tema, reconhecendo sua relevância para o cuidado em saúde e a formação em equidade.
Aprendizado e análise crítica
A oficina evidenciou a persistência de estereótipos, mesmo em espaços formativos. A participação ativa e os debates destacaram a necessidade de formações contínuas em diversidade e direitos humanos. A vivência real e afetiva das atividades contribuiu para a construção de uma empatia coletiva mais sólida e consciente.
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se a incorporação permanente de ações educativas sobre diversidade sexual nas formações do SUS. Atividades práticas e afetivas são eficazes na desconstrução de preconceitos e na formação de profissionais de saúde mais humanos, respeitosos e comprometidos com a equidade e a inclusão.
OFICINA DE PLANEJAMENTO ACADÊMICO PARA ESTUDANTES 60+: INCLUSÃO E AUTONOMIA GERACIONAL NA UNIVERSIDADE PÚBLICA
Pôster Eletrônico
1 UnB
Período de Realização
06 de novembro de 2024, durante a Semana Universitária da Universidade de Brasília
Objeto da experiência
Promoção da inclusão acadêmica e digital de estudantes 60+ ingressantes no ensino superior por meio de oficina formativa e participativa.
Objetivos
Oferecer suporte técnico, acadêmico e emocional para estudantes idosos ingressantes na universidade; promover o acesso a ferramentas digitais e institucionais; favorecer o acolhimento e o vínculo interpessoal; fortalecer a autonomia e permanência qualificada de pessoas idosas no ensino superior.
Metodologia
A oficina foi realizada presencialmente durante a Semana Universitária da UnB e contou com carga horária de 5h. A atividade incluiu orientação sobre planejamento acadêmico, uso de ferramentas digitais, atendimento às demandas individuais, além de informações sobre serviços universitários. A ação extensionista foi realizada pelo projeto Coletive-se, do departamento de Saúde Coletiva. Foi mobilizado com os centros acadêmicos e finalizada com avaliação dos participantes e emissão de certificados.
Resultados
Os participantes demonstraram alto engajamento e satisfação. 100% avaliaram positivamente a organização, 85,7% relataram clareza nas explicações e 71,4% sentiram-se mais confiantes para planejar o semestre. Sugestões apontaram necessidade de mais tempo para aprofundamento e atividades contínuas para esclarecimento de dúvidas. As avaliações destacaram a importância da escuta ativa e da mediação, indicando que a ação educativa teve efeito acolhedor, informativo para a autonomia dos participantes.
Análise Crítica
A atividade evidenciou os desafios enfrentados por pessoas idosas no contexto universitário, como barreiras tecnológicas e informacionais. A oficina contribuiu para reduzir essas desigualdades, promovendo inclusão intergeracional, melhoria nas relações interpessoais e no fortalecimento da autonomia. Refletiu-se sobre a importância da escuta qualificada e da adaptação de metodologias às necessidades desse público, reafirmando o papel da extensão como promotora de justiça social.
Conclusões e/ou Recomendações
Experiências como esta demonstram a relevância de ações intersetoriais que considerem o envelhecimento como pauta central na política educacional e de saúde. Recomenda-se a institucionalização de programas de acolhimento acadêmico para estudantes idosos, letramento digital, e programas de inclusão. Além da formação continuada para docentes e ampliação de práticas extensionistas que promovam o envelhecimento ativo nas universidades públicas.
TOXOPLASMOSE NA GRAVIDEZ: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA EXTENSIONISTA EM EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO MUNICÍPIO DE SOBRAL-CE.
Pôster Eletrônico
1 Centro Universitário UNINTA
2 Secretaria de Saúde do estado do Ceará / UNINTA
Período de Realização
A atividade foi realizada em 28 de maio de 2025.
Objeto da experiência
Educação em saúde sobre toxoplasmose gestacional, com foco na prevenção da transmissão e promoção do cuidado pré-natal entre gestantes em Sobral-CE.
Objetivos
Promover o conhecimento sobre os riscos e prevenção da toxoplasmose gestacional em território da Estratégia Saúde da Família em área periférica do município de Sobral no Ceará.
Descrição da experiência
A atividade foi realizada no CSF Dom Expedito, Sobral-CE, como requisito da disciplina de Saúde Coletiva do curso de Medicina Veterinária do UNINTA. Planejada com gestantes da ESF, incluiu apresentação oral e panfletos sobre toxoplasmose. A ação promoveu educação em saúde, gerou participação ativa e ampliou o conhecimento das gestantes sobre formas de prevenção, evidenciando impacto positivo na atenção primária.
Resultados
Participaram dez gestantes, com grande interesse e interação. Houve dúvidas sobre gatos, higiene de alimentos e exames pré-natais. A ação evidenciou lacunas no conhecimento sobre transmissão da toxoplasmose e reforçou a extensão como ferramenta educativa. Para os estudantes, promoveu habilidades em comunicação, trabalho em equipe e ampliou a visão integrada da saúde, alinhada ao conceito de Saúde Única.
Aprendizado e análise crítica
A atividade permitiu aplicar conhecimentos teóricos em contexto real, reforçando a importância da comunicação acessível em saúde. Observou-se desconhecimento sobre a toxoplasmose entre as gestantes, o que evidenciou a relevância de ações educativas. A experiência fortaleceu a visão interdisciplinar e o papel do médico veterinário na promoção da saúde coletiva.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência evidenciou o impacto da extensão na promoção da saúde coletiva e no cuidado pré-natal. A toxoplasmose gestacional demanda educação contínua, sobretudo em populações vulneráveis. A ação reforçou o papel formativo da extensão e do médico veterinário no SUS, promovendo atuação crítica e integrada à saúde pública.
DESAFIOS E POTENCIALIDADES NA PROMOÇÃO DO ACESSO AO PARTO HUMANIZADO POR MEIO DA FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA
Pôster Eletrônico
1 UFBA
Período de Realização
A experiência aconteceu em 2023, entre julho e novembro, e em 2025, nos meses de março a julho.
Objeto da experiência
Ação Curricular em Comunidade e Sociedade (ACCS) realizada pela Escola de Enfermagem da UFBA em parceria com serviços da Rede Alyne.
Objetivos
Relatar a experiência de uma ACCS na articulação da universidade, serviços de saúde e comunidade para formar de discentes e futuros profissionais que se posicionem na sociedade enquanto agentes de transformação social e promoção da acessibilidade ao parto humanizado.
Metodologia
A ACCS articula teoria e prática por meio de atividades interdisciplinares envolvendo graduação e pós-graduação. As ações incluem aulas expositivas, rodas de conversa, visitas técnicas a serviços de saúde e construção de tecnologia social como produto final. Valoriza-se o diálogo com profissionais e usuárias, o contato com políticas públicas e as evidências científicas para instrumentalizar discentes para o enfrentamento das práticas violentas que acompanham a excessiva medicalização do parto.
Resultados
O desenvolvimento da ação possibilitou a formação de discentes sensibilizados com a realidade obstétrica e engajados na defesa do parto humanizado. As visitas técnicas favoreceram análises críticas dos serviços e seus fluxos. As intervenções na comunidade ampliaram e disseminaram o debate sobre direitos reprodutivos, autonomia e locais de parto. Apesar dos desafios estruturais e culturais, gerou-se deslocamentos subjetivos e transformações significativas na compreensão dos cuidados em saúde.
Análise Crítica
Sabe-se que as relações de cuidado e os processos de trabalho em saúde não são unilateralmente determinados por estruturas macropolíticas, sendo continuamente reconfigurados por sujeitos nas relações cotidianas. Desse modo, pequenas revoluções localizadas no tempo e no espaço têm lugar quando pessoas responsáveis pelo cuidado em saúde se permitem novos aprendizados e afetações. Nesse sentido, a ACCS impacta o cotidiano das pessoas e dos serviços de saúde por meio de processos micropolíticos.
Conclusões e/ou Recomendações
A potência da experiência reside no fato de que ela assume o papel da universidade na promoção do parto humanizado. Ao integrar ensino e extensão, a ação intervém nos serviços de saúde em que se insere enquanto forma profissionais críticos e engajados na construção de políticas públicas que garantam o direito de escolha quanto ao local e modelo de atenção ao parto.
MONITORAMENTO E GESTÃO NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM RESIDENTE DE GESTÃO EM SAÚDE NO ACOMPANHAMENTO DAS METAS DO PES 2023-2027
Pôster Eletrônico
1 Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (SES-RS)
2 Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul (SES-RS)
Período de Realização
Março a junho de 2025, competência 2025 (em andamento)
Objeto da experiência
Acompanhamento da Meta 1.4.1 do PES 20-27, que trata da estratégia de monitoramento das CAC dos hospitais sob gestão municipal.
Objetivos
Relatar a experiência da inserção do residente em processos de monitoramento e avaliação no setor da atenção especializada, contribuindo para o fortalecimento dos instrumentos de gestão e qualificação da informação para suporte à gestão pública em saúde.
Descrição da experiência
Atuação na Divisão de Monitoramento da Atenção Especializada da SES/RS, com participação no GT PMA e na organização das metas dos instrumentos de planejamento e gestão. Apoio no monitoramento da meta 1.4.1 do PES 2020-2027, relacionada à implantação de estratégia de monitoramento dos contratos hospitalares pelas CAC, contribuindo na revisão normativa, elaboração de ofício circular e sistematização das respostas enviadas pelos municípios.
Resultados
A ação resultou na designação de CAC em portaria de 15 hospitais sob gestão municipal e maior conhecimento das normativas da CAC. O processo fortaleceu a implantação da meta 1.4.1 do PES e contribuiu para a organização das informações do DGAE nos instrumentos de planejamento, promovendo maior integração entre regulação, planejamento e avaliação. Os retornos foram avaliados, identificando ausência ou desconhecimento das designações formais, o que motivou a emissão de novas portarias.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou a importância de processos sistemáticos de monitoramento e da articulação entre áreas técnicas e jurídicas para o enfrentamento de entraves normativos. A implantação efetiva da CAC na gestão municipal favorece o monitoramento dos contratos, contribuindo para uma execução contratual mais efetiva e maior acesso dos usuários aos serviços. Também reforçou a necessidade de qualificar a comunicação com os municípios para garantir a efetividade das estratégias pactuadas.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência demonstrou a relevância da residência como estratégia formativa e de fortalecimento da gestão no SUS. A atuação no acompanhamento da meta contribuiu para qualificar instrumentos de planejamento e fomentar a formalização das CAC, promovendo integração entre regulação, planejamento e avaliação e fortalecendo a gestão pública em saúde.
EDUCAÇÃO PARA A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NA COMUNIDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITARIA
Pôster Eletrônico
1 FEN/UFG
Período de Realização
Evento “UFG em Todo Lugar”, realizado em abril de 2025, no Centro de Abastecimento de Goiás – CEASA.
Objeto da experiência
Projeto de extensão “Mãos Limpas”, do NEPIH da FEN/UFG, que conta com docentes, alunos de graduação e pós-graduação.
Objetivos
Relatar a experiência de incentivo à correta higienização das mãos para a comunidade (população, e trabalhadores do local) que comparece ao Centro de Abastecimento de Goiás.
Descrição da experiência
Para a atividade utilizou-se um recurso didático, “Caixa da Verdade”, trata-se de um recurso interativo que evidencia o desempenho da técnica de HM realizada pelo participante. Confeccionada com madeira, pintada de preto em todo o interior e possui uma luz UV, na lateral existem duas aberturas onde as mãos são inseridas no seu interior, assim, o participante é convidado a proceder à HM utilizando uma solução de álcool gel 70% misturado com Luminol e, após a execução, a performance é conferida.
Resultados
Participaram da ação cerca de 30 pessoas, alguns participantes demonstraram curiosidade, e motivação em participar da atividade, outros inicialmente demonstraram um pouco de receio por achar que iria ter algum dano/custo. A conferência da performance foi feita individualmente, de acordo com a demanda espontânea do desejo de participar, oportunizando o diálogo, tirando dúvidas, bem como os seis passos indicados para a HM (Brasil, 2009).
Aprendizado e análise crítica
A utilização da Caixa da Verdade apresentou-se como importante recuso educativo para promover uma cultura de cuidado e responsabilidade coletiva.
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que a ação de promoção da saúde foi exitosa porque envolveu os participantes de forma ativa, simples e acessível, o que é especialmente relevante em contextos de vulnerabilidade social ou baixo acesso à informação, e com o formato interativo com as pessoas torna o conteúdo mais atrativo e de fácil compreensão.
PESQUISA, EXTENSÃO E EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE: UMA EXPERIÊNCIA DE INTEGRAÇÃO COM A COMUNIDADE DE RODA DE FOGO -RECIFE
Pôster Eletrônico
1 Área Acadêmica de Saúde Coletiva/ Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva/ Centro de Ciências Médicas/ Universidade Federal de Pernambuco
2 Centro Acadêmico de Vitória de Santo Antão, Programa de Pós-graduação em Direitos Humanos, Universidade Federal de Pernambuco
3 Área Acadêmica da Economia da Saúde/ PPGECON, PPGIT, PPGGES/ Núcleo de Gestão-CAA/ Universidade Federal de Pernambuco
4 Universidade Federal de Alagoas
Período de Realização
A experiência teve início em março de 2024 e ocorrerá até 2027 na região de Roda de Fogo/Recife/PE.
Objeto da experiência
Projeto de extensão e pesquisa no âmbito da pós-graduação, cuja proposta fundamenta-se na vigilância em saúde, a partir da sociedade civil.
Objetivos
Geral: Promover ações de vigilância em saúde que visem a redução das desigualdades em territórios vulnerabilizados.
Específicos:
Debater e procurar encaminhar as demandas de saúde da comunidade;
Fortalecer as redes de apoio social;
Promover ações de educação não-formal nas escolas.
Descrição da experiência
A abordagem se fundamenta no aporte teórico da educação popular e da extensão popular, em que o sujeito é visto como transformador da sua realidade.
Diversos encontros foram realizados de alinhamento teórico-prático, com lideranças comunitárias e profissionais que atuam na região. Após a escuta, a escola pública foi identificada como local estratégico para se desenvolver as atividades do projeto.
Estão sendo realizadas oficinas com estudantes do ensino fundamental, mediadas pelos extensionistas.
Resultados
A primeira oficina abordou o território: os alunos identificaram os aspectos positivos e negativos, e o que poderia ser feito para transformar esse ambiente.
Em consequência, identificou-se a importância de uma vivência em sustentabilidade e agroecologia: os alunos foram ao Serviço de Tecnologia Alternativa.
A terceira abordou o tema “Projeto de Vida”: os alunos refletiram sobre os possíveis caminhos a seguir, por meio da metodologia “Roda da Vida”, desenhos, colagens e dinâmicas de interação.
Aprendizado e análise crítica
Ao colocar em interação professores e estudantes universitários com alunos de escola pública reforçamos para esses alunos o importante papel da educação na formação de sujeitos ativos, com potencial para implementar ações que visam transformações sociais em prol de melhor bem viver. Ao mesmo tempo, esse movimento provoca nos estudantes universitários vivências pedagógicas humanísticas, potencialmente capazes de incrementar o nível de ação política, essencial para a formação de sujeitos críticos.
Conclusões e/ou Recomendações
Consideramos fundamental esse trajeto percorrido, pois envolveu de forma efetiva a comunidade, os extensionistas e os professores, permitindo que as vozes das camadas empobrecidas da sociedade sejam ouvidas.
Um dos importantes papéis das universidades públicas é contribuir para o desenvolvimento da dimensão existencial dos sujeitos, por meio da realização de ações humanísticas que têm o potencial de implementar algum tipo de transformação social.
APRENDIZADOS NOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS EM PORTUGAL: REFLEXÕES DE UMA EXPERIÊNCIA FORMATIVA INTERNACIONAL
Pôster Eletrônico
1 Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz
Período de Realização
Início: mar/24 (confecção do plano de estudos e trocas com orientadores). Estágio: nov/24 a jan/25.
Objeto da experiência
Estágio doutoral voltado à análise crítica da contratualização e avaliação de desempenho nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal.
Objetivos
Refletir criticamente sobre os aprendizados obtidos durante estágio doutoral realizado em Portugal, com foco nas concepções, práticas e desafios da contratualização nos Cuidados de Saúde Primários, contribuindo para o debate sobre a formação e a avaliação em saúde.
Metodologia
Desenvolvida no âmbito do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE/CAPES), na Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa. Envolveu revisão documental, construção de roteiro de entrevistas (guião), realização de entrevistas com atores-chave dos CSP e diário de campo. A vivência contribuiu para a formação crítica em saúde coletiva, ao articular investigação empírica, metodologias qualitativas e diálogo entre diferentes sistemas de saúde e práticas avaliativas.
Resultados
A experiência evidenciou contrastes estruturais e culturais entre os sistemas português e brasileiro, revelando limites e potências da contratualização como estratégia de gestão. Em Portugal, notou-se fragilidade na negociação dos indicadores com os profissionais. A vivência gerou insumos teórico-práticos sobre avaliação na APS, destacando a importância e contribuindo para a formação crítica e internacionalizada de profissionais e pesquisadores da saúde coletiva.
Análise Crítica
A vivência possibilitou compreender a contratualização como instrumento de gestão com diferentes sentidos, disputas e implicações contextuais. Destacou a importância da análise crítica na formação em saúde, especialmente diante da crescente institucionalização de práticas avaliativas. O intercâmbio internacional mostrou-se potente como estratégia de qualificação ampliada, integrando teoria, prática e reflexão sobre políticas públicas em saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A internacionalização da formação fortalece a análise crítica sobre políticas e práticas em saúde. A imersão em outro sistema amplia o repertório técnico, político e ético de pesquisadores, com impactos para sua atuação no SUS e para o campo da formação em saúde coletiva. Recomenda-se o estímulo a experiências formativas internacionais e ao diálogo entre diferentes modelos institucionais.
ATENÇÃO À SAÚDE AOS MORADORES DE COMUNIDADES QUILOMBOLAS DE VITÓRIA DA CONQUISTA PARA A PREVENÇÃO E DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS CRÔNICAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 Uesb
Período de Realização
As atividades do projeto de extensão foram desenvolvidas no período de julho de 2024 a maio de 2025.
Objeto da experiência
Relato de ações extensionistas de promoção da saúde em comunidades remanescentes de quilombolas do interior da Bahia.
Objetivos
Descrever a experiência de ações de prevenção e promoção da saúde em comunidades remanescentes de quilombolas do interior da Bahia, localizadas em Vitória da Conquista, realizadas por discentes e docentes do curso de Medicina da Uesb, no âmbito de um projeto de extensão universitária.
Metodologia
Trata-se de um estudo descritivo e qualitativo, do tipo relato de experiência, sobre ações extensionistas realizadas por estudantes de Medicina da Uesb, sob coordenação docente. Foram aplicados questionários socioepidemiológicos, aferida a pressão arterial, realizadas medidas antropométricas e exames de sangue para triagem de doenças crônicas, além da identificação do traço falcêmico e da anemia falciforme. Em seguida, realizou-se consultas médicas e palestras sobre os agravos mais prevalentes.
Resultados
Foram realizadas ações com 90 moradores, que responderam questionários socioepidemiológicos. Desses, 41 fizeram exames laboratoriais, sendo que 28 (68%) apresentaram alguma doença crônica, principalmente hipertensão, diabetes mellitus e/ou obesidade, com início ou ajuste de tratamento. Cerca de 37 pessoas (41,5%) relataram renda entre ½ e 1 salário mínimo e saneamento básico precário ou ausente. As ações ampliaram o acesso e a compreensão em saúde, fortalecendo o vínculo universidade-comunidade.
Análise Crítica
As oficinas ampliaram o conhecimento dos extensionistas sobre doenças crônicas, anemia falciforme e traço falcêmico, além de desenvolver habilidades para se comunicar em linguagem acessível. Os alunos perceberam a vulnerabilidade da comunidade, marcada por carência e pouco acesso à saúde e saneamento. A comunidade trocou informações, ampliou a prevenção e ganhou autonomia para cuidar da saúde. Diagnósticos e ajustes promoveram melhor controle e integração entre ensino, extensão e comunidade.
Conclusões e/ou Recomendações
O projeto beneficiou a comunidade quilombola e os extensionistas, promovendo prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças crônicas. A vulnerabilidade da população, marcada pela falta de saneamento e atendimento médico precário, evidencia a necessidade de ações contínuas. A integração universidade-comunidade fortaleceu vínculos e gerou impacto positivo mútuo. Recomenda-se registrar demandas ao município para ampliar políticas e acesso à saúde.
VISITAS DOMICILIARES: EXPERIÊNCIAS DE UMA EQUIPE DE RESIDENTES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UFTM
Período de Realização
As visitas domiciliares iniciaram em 26 de fevereiro de 2025 e continuam sendo realizadas.
Objeto da experiência
Vivências de residentes em visitas domiciliares na Atenção Primária à Saúde, ampliando acesso, promovendo cuidado integral e vínculo comunitário.
Objetivos
Compartilhar as experiências e os benefícios do trabalho multidisciplinar na prevenção dos agravos e na promoção à saúde dos usuários;
Destacar a importância das visitas domiciliares como uma abordagem singular e integral das pessoas, de modo a garantir o direito à saúde.
Metodologia
A equipe de residentes multiprofissionais em Atenção à Saúde da Pessoa Idosa da Universidade Federal do Triângulo Mineiro realiza, no segundo ano de especialização, atividades na atenção primária, incluindo visitas domiciliares com os agentes comunitários de saúde (ACS). As visitas são realizadas conforme as demandas identificadas pelos ACS e priorizadas pela equipe conforme a necessidade de abordagem multiprofissional e a dificuldade de acesso aos serviços de saúde.
Resultados
As visitas domiciliares foram realizadas com, no mínimo, um ACS, uma fisioterapeuta, uma enfermeira e, conforme a demanda, uma nutricionista. Foram realizadas 39 visitas, beneficiando 80 usuários. Durante os atendimentos, a equipe forneceu orientações sobre prevenção de agravos, promoção e tratamento da saúde, incluindo exercícios, curativos, encaminhamentos para serviços especializados e sensibilização dos familiares sobre a importância das redes de apoio para o bem-estar e saúde.
Análise Crítica
Por meio das visitas, os residentes promoveram a equidade no direito à saúde, levando cuidados a quem não consegue se deslocar até a unidade básica ou desconhece os serviços ofertados. Além disso, compartilharam conhecimentos entre si, ampliando a abordagem e desenvolvendo um olhar multidisciplinar durante o atendimento. Outro fator importante foi a efetivação da referência, por meio da identificação e orientação sobre a necessidade de atendimentos especializados, para continuidade do cuidado.
Conclusões e/ou Recomendações
Diante disso, percebe-se a importância das visitas domiciliares para que as ações de prevenção e promoção à saúde sejam eficazes, pois só com a compreensão do contexto social, familiar e econômico dos pacientes é possível adaptar os atendimentos, promovendo a equidade em saúde. Também se evidencia a importância do atendimento multidisciplinar na atenção primária, pois apenas com ações conjuntas o tratamento torna-se efetivo e resolutivo.
APRENDIZAGEM COOPERATIVA EM AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS EM SAÚDE (ATS): A EXPERIÊNCIA DA PEDAGOGIA DA COOPERAÇÃO EM UM PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL
Pôster Eletrônico
1 Fiocruz Brasilia
2 Projeto Cooperação Comunidade de Serviços
3 Fiocruz Brasília
Período de Realização
julho a dezembro de 2024
Objeto da experiência
O Objeto são os processos cooperativos de aprendizagem em Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) considerando o contexto regional do Brasil.
Objetivos
O objetivo foi instituir uma aprendizagem cooperativa entre estudantes do mestrado partindo da convivência com diversidade e do espírito de comunidade para aprimorar habilidades metodológicas, conhecimentos e atitudes colaborativas.
Descrição da experiência
A Pedagogia da Cooperação fundamenta-se nas premissas de desapego, integridade, plena presença e abertura para compartilhar. Foram realizadas três, das sete Práticas de conexão entre os participantes, de contrato de com-vivência e de compartilhamento de Perguntas Quentes priorizando-se situações problemas vividos na prática profissional. Para dinamizar essas três Práticas, foram utilizadas as metodologias de Comunicação Não Violenta, Aprendizagem Cooperativa, World Café e Jogos Cooperativos.
Resultados
Vinte estudantes participaram, 75% mulheres, 60% do Centro-Oeste, 30% do Nordeste e 10% do Norte. Dez são de ATS em hospitais, dois do judiciário e o restante de serviços de saúde. O trabalho cooperativo gerou:1) Uma rede de conexões na turma. 2) Um Contrato de Convivência desenvolvido com base nas necessidades de bem-estar; 3) Um conjunto de "Perguntas Quentes" a respeito da ATS; 4) Um ambiente afetivo que fomentou a criação da comunidade de aprendizagem colaborativa.
Aprendizado e análise crítica
Os próximos passos envolvem a cocriação e implementação de “Soluções Síntese” pelos próprios estudantes para cada uma das "Perguntas quentes” indicadas pela turma: 1) A tomada de decisão anula um relatório de ATS?; 2) A linguagem da ATS é compreensível para as partes interessadas?; 3) Como conscientizar os juízes?; 4) Como estimular a criação de unidades de ATS em regiões emergentes?; e 5) Qual é o futuro da ATS?
Conclusões e/ou Recomendações
Houve integração do currículo do curso para que as disciplinas relevantes abordassem as perguntas quentes. Desafios permanecem para realizar o balanço da adaptação com as restrições formais do Stricto Sensu. Serão desenvolvidas novas fases do trabalho da Pedagogia da Cooperação para criação de alianças e parcerias mais permanentes ao final do período de formação, além da cocriação e implementação das “Soluções Síntese” para as “Perguntas Quentes”.
IMPACTOS DA IMPLANTAÇÃO DE UMA SALA DE CURATIVOS NO CUIDADO DE FERIDAS NO ÂMBITO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UFTM
Período de Realização
A implementação da sala foi realizada no dia 19 de maio de 2025, e essa mantém-se ativa no momento.
Objeto da experiência
Implementação de uma sala de curativos na Atenção Primária à Saúde e os impactos positivos das consultas realizadas para a resolutividade do cuidado.
Objetivos
Evidenciar os efeitos iniciais da implementação de uma sala de curativos, no acompanhamento de pessoas com lesões e ferimentos;
Assegurar a ampliação do acesso à saúde, promovendo a corresponsabilização do indivíduo por meio da adesão ao tratamento e da participação ativa no cuidado.
Metodologia
Durante as atividades realizadas pela equipe da Residência Multidisciplinar em Atenção à Saúde da Pessoa Idosa da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, na Unidade Básica de Saúde Dona Aparecida Conceição Ferreira, foi possível identificar a alta demanda da população por cuidados com lesões crônicas e agudas. Diante disso os residentes iniciaram as consultas de enfermagem às pessoas com lesões, duas vezes por semana, das 9h40min às 16h30min, promovendo atendimento contínuo e qualificado.
Resultados
A equipe acompanha semanalmente cinco pacientes diabéticos. Dentre as lesões em tratamento, três são resultantes de complicações decorrentes da diabetes e duas por fricção. Com o tratamento adequado e as orientações fornecidas, uma das lesões de cisalhamento está agora na fase de revitalização da cicatrização. Além disso, uma lesão crônica apresentou evolução significativa, com melhora nos tecidos viáveis, e consequentemente redução da extensão e profundidade da lesão.
Análise Crítica
A partir das experiências vivenciadas, observou-se que, além da escolha adequada das coberturas, o envolvimento da família e a participação ativa do paciente no cuidado são fundamentais. Sem esses pilares, o tratamento torna-se ineficaz, uma vez que são essenciais para garantir a continuidade do cuidado domiciliar e prevenir novas lesões. Nesse contexto, a equipe aprimorou suas habilidades de escuta e orientação, além de incentivar o acompanhamento contínuo e autocuidado por parte do paciente.
Conclusões e/ou Recomendações
Portanto, a implantação de salas de curativos na atenção primária é fundamental para oferecer um cuidado integral, humanizado e resolutivo. Fortalecendo o vínculo entre profissional e paciente, oferece-se maior acessibilidade e adesão ao tratamento. Destaca-se, ainda, a importância de fortalecer os serviços que atendem à demanda populacional, garantindo que o Sistema Único de Saúde efetive o princípio da territorialidade e o direito à saúde.
ESTÁGIO NA ÁREA TÉCNICA EM SAÚDE DA MULHER
Pôster Eletrônico
1 Graduanda em Saúde Coletiva, Universidade federal de Mato Grosso (UFMT).Instituto de Saúde Coletiva / Universidade Federal de Mato Grosso.
2 Instituto de Saúde Coletiva / Universidade Federal de Mato Grosso.
3 Biomédica – Mestrado em Saúde Coletiva UFMT. Cuiabá: Área Técnica de Saúde da Mulher/APS/SMS, 2024.
4 Graduanda em Saúde Coletiva, Universidade federal de Mato Grosso (UFMT).
5 Graduando em Saúde Coletiva, Universidade federal de Mato Grosso (UFMT).
Período de Realização
Período de realização: Fevereiro a abril de 2025.
Objeto da experiência
Objeto da experiência: Relato do estágio obrigatório da graduação em saúde coletiva, na área técnica de Saúde da Mulher Secretaria Municipal de Saúde.
Objetivos
Objetivos: Relatar as atividades do estágio, analisando indicadores de saúde da mulher (citopatológico e testagem para sífilis/HIV em gestantes), visando qualificar a atenção primária. Destacar a importância dos dados epidemiológicos no planejamento em saúde e nas desigualdades regionais de Cuiabá-MT.
Metodologia
Descrição da experiência: Coleta e análise de dados do SISAB-Previne Brasil (quadrimestres Q1, Q2 e Q3/2024) para fins de monitoramento que resultaram na elaboração de relatórios técnicos com estratificação porregionais.
Resultados
Resultados: Identificação de baixa cobertura de citopatológico (Q1, Q2 e Q3/2024, abaixo da meta de 40%). Avanço na testagem de sífilis/HIV em gestantes (Q1, Q2, Q3, superando a meta de 60%).
Análise Crítica
Aprendizado e análise crítica:Desafios: Subnotificação, desigualdades regionais e fragilidades no registro de dados. Potencialidades: Integração entre vigilância e atenção básica, e uso de dados para planejamento. Necessidade de fortalecer educação permanente e intersetorialidade.
Conclusões e/ou Recomendações
Conclusões/recomendações: O estágio reforçou o papel do sanitarista na análise crítica de indicadores e na promoção de equidade; Recomenda-se: ampliar horários de coleta, capacitar equipes e implementar estratégias culturais para populações vulneráveis.
CUIDADO E RESPEITO ÀS TRADIÇÕES: AÇÃO SOBRE SAÚDE SEXUAL NA COMUNIDADE ROMANI/CIGANA DE ITUMBIARA, GO.
Pôster Eletrônico
1 UEG
Período de Realização
Ação realizada no primeiro semestre de 2025, durante o turno matutino com o povo
romani em Itumbiara (GO).
Objeto da experiência
Educação em saúde a partir de cartazes, maquetes e imagens, distribuição de kits
de higiene, “Guia de ISTs” e rastreio de IST’s.
Objetivos
Promover educação em saúde para a comunidade cigana, com foco na prevenção
das ISTs, por meio do esclarecimento sobre formas de transmissão, medidas de
prevenção, sinais, sintomas e tratamento, adotando dinâmicas em uma linguagem
acessível e alinhada às suas especificidades socioculturais.
Descrição da experiência
Inicialmente, os discentes se dividiram entre homens e mulheres, a fim de otimizar o
propósito e respeitar as tradições particulares do povo romani. Com o grupo
masculino, foram abordadas as ISTs mais comuns, já com o grupo feminino, além
das ISTs, foram abordados a higiene menstrual e corrimentos vaginais atípicos.
Ademais, para um maior aproveitamento dos adultos e por não atenderem a faixa
etária do tema da palestra, as crianças foram guiadas à atividades recreativas por
parte dos alunos.
Resultados
Como resultado, teve-se uma excelente aderência da comunidade, a qual
demonstrou interesse no assunto, realizando diversos questionamentos acerca das
ISTs, além de testagem rápida. O público, não só aprendeu acerca do próprio corpo,
como demonstrou comprometimento pela saúde ao procurar a UBS de sua
localidade. Isso porque, os alunos conseguiram oferecer um espaço acolhedor a
partir da escuta ativa, estímulo à expressão livre, reconhecimento da cultura romani
e respeito às especificidades.
Aprendizado e análise crítica
O momento com a comunidade Romani foi produtivo, pois a ensinou sobre aspectos
desconhecidos para seus integrantes. Além disso, revelou-se pertinente, visto que a
gestação e a fertilidade são aspectos culturalmente importantes para esse povo e
relacionadas à temática das ISTs, logo, essa correlação ajudou a despertar o
interesse pelo assunto. Portanto, o alinhamento do conhecimento às questões
culturais foi uma estratégia útil para promover a saúde coletiva de modo proveitoso.
Conclusões e/ou Recomendações
Por fim, compreende-se a importância da atenção às comunidades romani, a partir
de uma abordagem empática e pedagógica, a fim de respeitar sua cultura, e por
meio de uma comunicação simples, garantir a adesão do assunto abordado. Assim,
o método utilizado para abordagem sobre a saúde sexual foi fundamental para a
compreensão desta população, que, além de conhecerem melhor o próprio corpo,
também pôde compreender a importância da prevenção de ISTs.Ma
A NOTIFICAÇÃO DAS ISTS COMO OBJETO DA SAÚDE COLETIVA: O ESTÁGIO OBRIGATÓRIO NA GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Pôster Eletrônico
1 Instituto de Saúde Coletiva / UFMT
2 Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá
Período de Realização
Estágio Supervisionado Obrigatório de Saúde Coletiva da UFMT, realizado em fevereiro a maio de 2025.
Objeto da experiência
Trata-se de um relato de experiência de uma estudante do estágio, realizado na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, no núcleo das IST ‘s.
Objetivos
O objetivo geral é relatar a experiência vivenciada no estágio supervisionado no Núcleo das IST ‘s , mais especificamente no acompanhamento das Sífilis em Gestantes e Adquiridas. O objetivo específico é relatar a situação dos casos de sífilis adquirida e em gestantes no município de Cuiabá - MT.
Descrição da experiência
O estágio na SMS, teve como objetivo aproximar o estudante de Saúde Coletiva a vivenciar a gestão em saúde na prática. No Núcleo de IST‘ s foi possível a experiência na organização e coleta de dados das fichas de notificação da sífilis, solicitação de insumos (penicilina) para as unidades de saúde, participação em reuniões e, como produto final a construção de um boletim epidemiológico da sífilis do ano de 2024 e o primeiro quadrimestre de 2025.
Resultados
Analisando os dados coletados do boletim epidemiológico da sífilis foi possível observar que, na distribuição dos casos de sífilis adquirida e em gestantes segundo faixa etária no ano de 2025 houve uma maior prevalência nos indivíduos de 20-39 anos, e a classificação clínica mais notificada foi a Latente seguida da Primária. Ao analisar a Situação do Tratamento do Parceiro das Gestantes com Sífilis 78 parceiros foram notificados como realizando o tratamento e 62 não foram captados.
Aprendizado e análise crítica
A experiência no estágio possibilitou compreender como as três grandes áreas da Saúde Coletiva estão presentes nos serviços de saúde e a importância do papel do sanitarista nesses espaços. As atividades realizadas foram importantes para entender os processos envolvidos, e a construção do boletim epidemiológico como produto de estágio contribuiu para a fixação das tarefas que estavam sendo realizadas em campo, possibilitando a análise crítica do agravo das Sífilis no município de Cuiabá.
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que a inserção do estudante de saúde coletiva no campo de estágio nos programas estratégicos da atenção primária de IST ‘s é um espaço que possui diversas possibilidades de aprendizagem, além de que a metodologia de ensino empregada para realizar um boletim epidemiológico contribui para que o aluno possa elaborar um produto fruto do seu trabalho realizado em campo, com base nos dados coletados por ele mesmo.
COMO TEM SIDO A EXPERIÊNCIA DE DUAS GRADUANDAS EM CIÊNCIAS SOCIAIS EM UMA EQUIPE INTERDISCIPLINAR DA SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UnB
Período de Realização
Aqui propomos o relato sobre um ano completo de trabalho em um projeto interdisciplinar (2024-2025).
Objeto da experiência
Somos duas graduandas em Ciências Sociais atuando no PET-Saúde: Equidade, coordenado pela Faculdade de Saúde e Medicina da Universidade de Brasília.
Objetivos
O Edital do PET 2025 previu a participação de estudantes das Ciências da Saúde e das Ciências Humanas e Sociais para trabalhar em regime de colaboração. Assim, o objetivo é compilar, analisar e relatar as impressões e vivências junto a esses colegas discentes, docentes e preceptores.
Descrição da experiência
Durante este período, tivemos curiosidade e diferenças recíprocas sobre as práticas de trabalho, as premissas metodológicas e epistemológicas das diferentes áreas científicas que compõem a equipe. Apelidamos nosso processo de familiarização com os termos técnicos como “letramento em saúde”. Nosso desconhecimento dos jargões da área foi utilizado como uma ferramenta de autorreflexão crítica sobre saberes já enrijecidos, como a objetividade, a prescritividade e o uso interminável de siglas.
Resultados
Dessa forma, os tensionamentos postos em forma de oposição entre “ciências humanas versus ciências da saúde” se provou frágil. As contribuições que partilhamos alimentou a amistosidade entre os discentes dos cursos e ampliou nossas dimensões epistêmicas e metodológicas do fazer científico de todas as áreas envolvidas na equipe (Nutrição, Enfermagem, Medicina, Serviço Social, Saúde Coletiva, Sociologia).
Aprendizado e análise crítica
Desse modo, a imersão no universo da saúde também proporcionou conhecimentos técnicos e empíricos dessa área tão próxima e distante de nós, assim como também pudemos sensibilizar nossos colegas para desnaturalizar e problematizar as suas próprias áreas. Além dos diálogos presenciais, a leitura e escrita coletivas de texto, a produção de oficinas em parceria com grupos de cultura popular afrocentrada têm potencializado a aprendizagem colaborativa.
Conclusões e/ou Recomendações
Diante disso, o período de vivência no PET proporcionou diversos momentos de estranhamento entre as diferentes ciências atravessadas. Em especial na construção de um projeto conjunto, mesclando teorias e conhecimentos diversos, foi fundamental para o engrandecimento acadêmico de cada um dos participantes, através da troca mútua de saberes.
MAPA CONCEITUAL COLETIVO COMO DISPOSITIVO DE INTEGRAÇÃO DAS DISCIPLINAS NO MESTRADO EM SAÚDE DA FAMÍLIA
Pôster Eletrônico
1 UFCAT
Período de Realização
Treze de Dezembro de 2024
Objeto da experiência
Vivência pedagógica de elaboração de mapa conceitual coletivo integrando os conteúdos das disciplinas do primeiro semestre.
Objetivos
Descrever e refletir criticamente sobre a construção de um mapa conceitual coletivo como estratégia de integração dos saberes desenvolvidos ao longo do primeiro semestre do Mestrado ProfSaúde/UFCAT, estimulando a aprendizagem ativa, a síntese crítica e o trabalho colaborativo.
Descrição da experiência
A experiência ocorreu durante o Encontro Presencial da Semana 16 do ProfSaúde/UFCAT, em 13/12/2024. Participaram 10 mestrandos e docentes das Atividades Integradoras. Após a apresentação dos planos de ação, foi elaborado coletivamente um mapa conceitual integrando conteúdos das quatro disciplinas do semestre. O processo, conduzido de forma horizontal, promoveu intensa troca entre os participantes. O material final foi digitalizado e compartilhado.
Resultados
A atividade gerou maior apropriação dos conteúdos, reforçou vínculos entre os estudantes e ampliou a capacidade de articulação crítica entre os temas. O mapa conceitual foi usado como instrumento de revisão e síntese coletiva, revelando-se um dispositivo potente de reflexão pedagógica. A experiência valorizou a escuta ativa e a horizontalidade nas práticas de ensino-aprendizagem.
Aprendizado e análise crítica
A construção do mapa conceitual evidenciou o valor das metodologias ativas no ensino em saúde coletiva. A prática revelou a importância da integração curricular e da coautoria do saber, fomentando um ambiente de aprendizagem crítico, dialógico e interdisciplinar. Foram reconhecidos limites como o tempo curto e a necessidade de orientação clara para não dispersar o foco da atividade. Ainda assim, a experiência se destacou como formativa e replicável.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência demonstrou que a elaboração de mapas conceituais coletivos é uma prática eficaz para integrar aprendizagens em contextos de formação em saúde. Recomenda-se sua adoção em momentos de fechamento de ciclos formativos, valorizando o diálogo entre disciplinas e sujeitos, e potencializando a construção de sentidos coletivos no processo de ensino-aprendizagem.
EQUIDADE EM FORMAÇÃO: O PAPEL DO PET-SAÚDE NO CONTEXTO DA GESTÃO, FORMAÇÃO E ATENÇÃO À SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UNCISAL
Período de Realização
Maio à novembro de 2024
Objeto da experiência
Relatar a experiência do PET-SAÚDE- Equidade no contexto da gestão, formação e assistência à saúde.
Objetivos
Capacitar os monitores, tutores e preceptores como multiplicadores da equidade no SUS
Descrição da experiência
Trata-se de um relato de experiência , construído pela vivência de monitores da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas no processo de letramento promovido pelo PET-Saúde Equidade, incorporando temáticas diversas, como raça, população LGBTQIAPN+ e pessoas com deficiência, através de recursos educativos interativos como dinâmicas e rodas de conversa
Resultados
A experiência gerou impactos positivos nos serviços de saúde, nos usuários e na formação dos estudantes. Observou-se o fortalecimento do vínculo entre população e UBS, além da valorização do acolhimento e da escuta ativa. Além de contribuir na redução do desgaste emocional e fortalecer o ambiente de trabalho.
Aprendizado e análise crítica
As ações contribuíram para maior adesão às práticas de promoção e prevenção em saúde. Para os profissionais do SUS, as intervenções proporcionaram momentos de autocuidado e reflexão, com foco na equidade, saúde mental e temas como racismo, diversidade e inclusão. A integração de diferentes áreas da saúde incentivou uma atuação interprofissional e maior sensibilidades para as desigualdades estruturais.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência no PET-Saúde mostrou a importância da integração entre formação acadêmica, serviço e comunidade. O projeto promoveu qualificação técnica e sensibilidade ética entre estudantes e profissionais, reforçando os princípios do SUS ao fomentar práticas humanizadas e inclusivas, contribuiu para formar trabalhadores mais preparados para lidar com a diversidade e promover a equidade em saúde para um SUS mais justo, participativo e resolutivo.
A UNIVERSIDADE ABERTA DA TERCEIRA IDADE COMO ESTRATÉGIA DE EXTENSÃO E EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE PARA PROMOÇÃO DO ENVELHECIMENTO ATIVO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 UNESP
2 UENP
Período de Realização
Agosto de 2024 a fevereiro de 2025, na Universidade Aberta da Terceira Idade - UNATI da Universidade Estadual do Norte do Paraná- Campus Luiz Meneghel – UENP-CLM.
Objeto da experiência
Promoção da educação em saúde, envelhecimento ativo e inclusão social de pessoas idosas na Universidade Aberta da Terceira Idade.
Objetivos
Relatar a experiência de atividades de extensão realizadas por enfermeira graduada as quais promovem o envelhecimento ativo por meio de ações educativas, oficinas, palestras e vivências intergeracionais, valorizando os saberes da pessoa idosa e fortalecendo o vínculo entre a universidade - comunidade.
Metodologia
A UNATI, programa de extensão universitária, promove ações educativas em saúde, cidadania e tecnologias para pessoas com 60 anos ou mais. Desenvolvido no ambiente universitário, oferece oficinas, palestras, rodas de conversa, práticas esportivas, eventos culturais e atividades intergeracionais, valorizando o contexto sociocultural dos participantes. As ações são divulgadas nas redes sociais WhatsApp e Instagram.
Resultados
As atividades foram organizadas conforme os módulos do projeto de extensão, criando um espaço onde os participantes são reconhecidos como sujeitos históricos e sociais, com memórias, demandas e saberes. Contando com 60 alunos matriculados, observou-se fortalecimento da autonomia, construção de vínculos, troca de saberes e melhoria da autoestima. Ambientes que promovem o envelhecimento saudável são essenciais para garantir uma vida ativa e bem-estar para as pessoas idosas.
Análise Crítica
A experiência demonstrou que as atividades promoveram uma educação popular em saúde, integrando ensino e comunidade, com foco na escuta ativa, autonomia e protagonismo das pessoas idosas. Evidenciou-se a importância de espaços formativos que fortalecem o trabalho em equipe e a compreensão crítica sobre o cuidado integral à saúde da pessoa idosa. Desafios como a adesão e a diversidade de perfis exigiram sensibilidade e adaptação metodológica.
Conclusões e/ou Recomendações
O programa desenvolvido no ambiente universitário é um espaço de construção coletiva que visa promover autonomia, saúde e fortalece o pertencimento social na terceira idade. Recomenda-se ampliação ações voltadas à pessoa idosa, alinhadas a Década do Envelhecimento Saudável (OMS, 2021-2030), e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, especialmente o ODS 3 (saúde e bem-estar).
INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO ENTRE GRADUAÇÃO EM MEDICINA E EQUIPE DE UBS: RELATO DE EXPERIÊNCIA NO FORTALECIMENTO DA FORMAÇÃO EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UNIMAX
Período de Realização
A experiência teve início em 2019 e permanece em desenvolvimento.
Objeto da experiência
A articulação entre a universidade e a equipe da UBS, com foco na formação dos estudantes e na Educação Permanente dos profissionais.
Objetivos
Fortalecer a integração ensino-serviço por meio da inserção qualificada de estudantes de medicina em UBS, promovendo aprendizagem significativa, colaboração interprofissional e melhoria das práticas de saúde no território.
Descrição da experiência
Desde 2019, estudantes de medicina vêm sendo inseridos de forma longitudinal em uma UBS municipal. As atividades incluem acolhimento de usuários, participação em reuniões de equipe, elaboração de projetos terapêuticos singulares, ações educativas em grupos e visitas domiciliares, sempre supervisionadas por docentes e profissionais da unidade. A metodologia adotada baseia-se na aprendizagem significativa, na problematização da realidade e no trabalho colaborativo.
Resultados
A experiência proporcionou maior vínculo entre estudantes e profissionais da equipe, fortalecimento do trabalho interprofissional e desenvolvimento de competências clínicas, éticas e de cuidado coletivo, para os estudantes e profissionais do serviço. Observou-se ainda maior articulação entre universidade e serviço, além do aprimoramento da resolutividade da UBS.
Aprendizado e análise crítica
O processo evidenciou que a integração ensino-serviço potencializa a formação crítica e comprometida dos estudantes com a Atenção Primária e o SUS, ao promover o contato direto com as complexidades do cuidado em saúde. No entanto, sua efetividade exige investimento contínuo em tutoria qualificada, pactuações institucionais consistentes e espaços de planejamento conjunto. A escuta mútua entre universidade e serviço foi essencial para os avanços obtidos, embora siga como desafio permanente.
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que a integração ensino-serviço fortalece a formação de profissionais comprometidos com o SUS e qualifica a APS, apoiando a qualificação dos seus profissionais e ampliando o cuidado em saúde no território. Recomenda-se a consolidação de espaços formais de planejamento compartilhado, apoio institucional às equipes e continuidade da experiência como política permanente de formação.
PLANIFICASUS E A VIVÊNCIA DA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO FAMILIAR COM AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE EM UM MUNICÍPIO DO INTERIOR DE PERNAMBUCO.
Pôster Eletrônico
1 Centro Universitário Tabosa de Almeida ASCES-UNITA
2 Secretaria Municipal de Saúde de Caruaru-PE
Período de Realização
A Educação Permanente (EP) foi realizada no mês de março de 2025, durante o turno da manhã.
Objeto da experiência
A realização de uma EP com todos os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) com vínculo ativo no município, atuantes no programa PlanificaSUS.
Objetivos
Relatar a experiência da vivência das sanitaristas residentes em Atenção Básica frente a EP com ACS sobre a estratificação de risco familiar, no processo do PlanificaSUS em um município do interior de Pernambuco.
Metodologia
A EP foi realizada em três momentos, o primeiro consistiu na apresentação do PlanificaSUS e seus objetivos, seguido da explanação da escala adotada para estratificação de risco (Coelho e Savassi), onde foram detalhadas individualmente as sentinelas de risco. Para finalizar foram levados casos fictícios para exercício e melhor compreensão da temática, onde os profissionais dividiram-se em grupos, por equipe de saúde da família (eSF), ao qual classificaram e apresentaram os resultados.
Resultados
Foi identificado que poucos ACS conheciam a escala utilizada e sua importância para o processo de trabalho na atenção básica. A EP viabilizou aos ACS uma melhor compreensão da importância da classificação de risco familiar e melhor consolidação do processo de planificação da atenção básica. A oferta da EP pelas sanitaristas proporcionou o fortalecimento do apoio matricial e ampliação dos conhecimentos entre distintos profissionais da saúde.
Análise Crítica
A vivência da EP evidencia desafios e potencialidades, partindo das fragilidades do território. A atuação das sanitaristas residentes nesse processo contribuiu não apenas na carga teórica sobre o PlanificaSUS, mas na troca de saberes com os profissionais da Atenção Primária em Saúde, fortalecendo o vínculo e qualificando o cuidado em saúde para o território.
Conclusões e/ou Recomendações
A EP possibilitou aos profissionais compreender a importância do PlanificaSUS e da escala de Coelho e Savassi, fortalecendo a classificação de risco familiar como ferramenta essencial para a tomada de decisões, o atendimento qualificado e a efetivação da equidade na APS, tornando o processo de trabalho mais resolutivo e alinhado às reais necessidades da população.
INTERCONEXÃO E DIÁLOGOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NO PROGRAMA NACIONAL DE VIVÊNCIAS NO SUS
Pôster Eletrônico
1 UNCISAL
2
Período de Realização
A Vivência foi realizada no período de 25 a 31 de Maio de 2025.
Objeto da experiência
A compreensão da Atenção Primária na realidade do Sistema Único de Saúde como ordenadora do cuidado e coordenadora da Rede de Atenção à Saúde.
Objetivos
Analisar a interconexão e os diálogos estabelecidos nos serviços de atenção primária à saúde (APS) visitados, identificando práticas exitosas e falhas no contexto da Rede de Atenção à Saúde (RAS) na realidade do Sistema Único de Saúde (SUS).
Descrição da experiência
O Programa Nacional de Vivências no Sistema Único de Saúde é uma ação desenvolvida pela Associação da Rede Unida, em parceria com o Ministério da Saúde e com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde. As visitas deste relato ocorreram em Unidades de Saúde da Família e Centros de Atenção Psicossocial, na etapa Nordeste do programa. Foram observadas a percepção das equipes sobre o território, a organização da RAS, políticas públicas e mecanismos de articulação e gestão dos serviços visitados.
Resultados
Alguns profissionais apresentavam vasto conhecimento sobre o funcionamento da RAS, empregando conceitos fundamentais como a territorialização e participação social, e apresentando ampla capacidade de articulação e gestão, com estratégias efetivas, como reuniões mensais com todas as equipes, com movimentos sociais e outros serviços da RAS. Porém, havia dificuldade de comunicação com a população, de parcerias público-privadas e empenho profissional, impactando na continuidade do cuidado
Aprendizado e análise crítica
A experiência proporcionou um aprendizado significativo sobre a importância da articulação e matriciamento na APS para o melhor funcionamento da RAS. A participação social, a integração ensino-serviço-comunidade e a articulação entre os profissionais e os serviços se mostrou fundamental nesse funcionamento, refletindo na estrutura física e gestão dos serviços, na educação permanente, na humanização e empenho dos profissionais e na garantia do acesso à saúde e de políticas sociais efetivas.
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que a interconexão e os diálogos entre os serviços da RAS são essenciais para a efetividade e funcionamento do SUS. Recomendamos a implementação de estratégias que promovam maior integração entre os serviços, a criação de protocolos integrados e maior articulação público-privada. Para suprir as necessidades da população e superar as limitações dos serviços, garantindo a continuidade e integralidade do cuidado.
TERAPIA INTEGRATIVA CONECTAR NO SUS: PROMOVENDO SAÚDE MENTAL E BEM-ESTAR VIA EDUCAÇÃO E CORPOREIDADE
Pôster Eletrônico
1 UNEAL
2 FADICT
Período de Realização
maio a setembro de 2023
Objeto da experiência
Estudo descreve a Terapia Integrativa Conectar no SUS para controle da ansiedade. Visa bem-estar, saúde mental, autonomia e autoconhecimento.
Objetivos
Descrever os benefícios da Terapia Integrativa Conectar na mitigação dos sintomas de ansiedade em adultos usuários do SUS, bem como promover o autocuidado e fortalecer o direito fundamental à saúde.
Descrição da experiência
Realizou-se um estudo de caso descritivo e qualitativo em 12 adultos (30-66 anos) atendidos no SUS em Maceió. Aplicou-se a 'Terapia Integrativa Conectar' (corporeidade e meditação com visualização criativa) em 16 sessões vivenciais (ativação, meditação, partilha e irradiação). O Questionário HAD avaliou a redução da ansiedade (Dia 1 e Dia 16). As partilhas foram analisadas qualitativamente para entender significados e percepções da experiência.
Resultados
A ansiedade era sintoma unânime entre os participantes, com relatos de sua redução ao longo das vivências. As categorias que se destacaram foram leveza, relaxamento e tranquilidade. A Terapia Integrativa Conectar, com movimento e meditação, contribuiu para a autopercepção e autoconhecimento, reduzindo sintomas de ansiedade. A experiência reforça o potencial das Práticas Integrativas e Complementares (PICs) na promoção da saúde mental no SUS, alinhando-se à equidade e integralidade do cuidado.
Aprendizado e análise crítica
A educação em saúde é fundamental para empoderar indivíduos na gestão da saúde mental. A Terapia Integrativa Conectar, como educação popular, promoveu autoconsciência corporal e emocional, essenciais para o bem-estar e redução do estresse crônico que afeta a saúde coletiva. A articulação corpo-mente é fundamental à integralidade do ser, construindo uma saúde democrática e inclusiva. A aplicação das PICs no SUS fortalece o direito à saúde e amplia as opções de cuidado.
Conclusões e/ou Recomendações
A Terapia Integrativa Conectar demonstra ser eficaz no controle da ansiedade em usuários do SUS, promovendo bem-estar e autoconhecimento. Recomenda-se expandir as metodologias que integrem corpo e mente na Saúde Coletiva, valorizando as PICS na formação e educação permanente de profissionais. Disseminar essas experiências fortalece o SUS e contribui para políticas públicas mais inclusivas, garantindo acesso a diversas abordagens terapêuticas.
INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE: EXPERIÊNCIAS PROMOTORAS DA FORMAÇÃO ACADÊMICA DESENVOLVIDAS NUM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL INFANTOJUVENIL
Pôster Eletrônico
1 FURB
2 CAPSI
3 SEMUS
Período de Realização
A atividade no CAPSI ocorreu de Fevereiro de 2025 até o presente.
Objeto da experiência
A experiência é realizada com os profissionais do CAPSI e estudantes da Universidade Regional de Blumenau (FURB) participantes do PET-Saúde.
Objetivos
Aproximar a relação dos bolsistas do PET-Saúde com os trabalhadores e usuários do SUS, observar o trabalho da RAPS, e facilitar a inclusão de pessoas com deficiência na unidade de saúde.
Descrição da experiência
Semanalmente, 4 bolsistas do PET-saúde participam das atividades do Centro de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil (CAPSI) nos grupos de psicoarte, produção textual e acolhimento de pais, crianças e adolescentes. Dessa forma, foi possível participar do planejamento do plano terapêutico individual e de seu seguimento. Além disso, as acadêmicas participam das reuniões de equipe, e procuram maneiras de incluir formas de comunicação alternativa e não-verbal no dia a dia do serviço.
Resultados
A presença das bolsistas do PET-saúde nas atividades oferecidas pelo CAPSI tem se mostrado bastante positiva para suas formações, gerando maiores discussões acerca das dificuldades e direitos dos usuários e familiares, com foco nas pessoas com deficiência. Dessa forma, foram discutidas estratégias de enfrentamento de obstáculos, e sugerida a implementação de pranchas de comunicação alternativa e ampliada (CAA) para tornar o ambiente um local de proteção e cuidado integral de crianças com deficiência.
Aprendizado e análise crítica
Com as atividades, foi permitido aos estudantes uma compreensão mais ampla do trabalho com atenção psicológica no SUS, as dificuldades enfrentadas, tanto por trabalhadores quanto por usuários, buscando uma forma de comunicação mais inclusiva para facilitar o acolhimento e a formação de vínculo. Além disso, foi possível observar fragilidades no sistema, como a falta de informações sobre saúde mental, ou sobre o fluxo do atendimento para outros profissionais, e como isso impacta o trabalho do CAPSI.
Conclusões e/ou Recomendações
Portanto, as atividades em campo propostas possibilitaram que estudantes da graduação, da saúde e outras áreas, tenham maior acesso ao SUS, conhecendo seu funcionamento, suas fraquezas e potências, permitindo acesso universal à saúde mental pelas crianças e adolescentes. Ademais, focando na inclusão de pessoas com deficiência, o trabalho do PET facilita a comunicação de formas alternativas e não-verbais para melhor vínculo com os usuários.
RELATO DE EXPERIÊNCIA: EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE DOENÇAS TROPICAIS NEGLIGENCIADAS
Pôster Eletrônico
1 UNILAB
2 UFRGS
3 Professora de UNILAB
Período de Realização
O trabalho foi realizado no periodo de novembro e dezembro de 2023
Objeto da experiência
Objeto de estudo é avalhar a efetividade de ações educativas sobre doenças tropicais negligenciadas (DTNs) em Unidade Basica de Saúde do municipio de Acarape/CE
Objetivos
Apresentar um relato de experiência vivida sobre as atividades de educação em saúde realizadas nas UBS do município de Acarape/ CE, como bolsista voluntária de programa de extensão da Universidade de Integração Internacional Afro-Brasileiro.
Metodologia
Trata de Relato experiência de projeto de extensão da Unilab. Foram conduzidas ações educativas nas UBS do município de Acarape/ CE, utilizando atividades de educação em saúde ferramenta para conscientização e empoderamento da população. Foram abordados conteúdos sobre agentes etiológicos, transmissão, tratamento e prevenção das DTNs. Questionários foram aplicados antes e após as atividades para avaliar o conhecimento dos usuários. Materiais lúdicos foram utilizados para facilitar a compreensão.
Resultados
Foram realizados 11 encontros de ação educativos com 56 usuários. O resultado obtido mostra que a maioria dos participantes desconhecia DTNs, principalmente suas formas de transmissão, medidas preventivas e de tratamentos. Após as atividades educativa, a maioria conseguiu responder corretamente questionários aplicados sobre essas doenças. A falta de conhecimento prévio sobre DTNs foi evidente, porém, a compreensão do participante melhorou significativamente após atividade educativa.
Análise Crítica
Os participante conseguiram correlacionando o que aprenderam com algumas experiências que tiveram. Isso demonstra a efetividade dessa ação educativa, uma vez que não tinham conhecimento prévio sobre temáticas abordados, Mesmo algumas doenças tropicais negligenciáveis sendo presente nas suas comunidades, além disso manifestaram satisfação com atividade, levando em conta que tiveram oportunidade de ter contacto com as informações dessas doenças
Conclusões e/ou Recomendações
A realização de atividade educativa sobre DTNs foi enriquecedor e demostrou a importância da educação em saúde como ferramenta para conscientizar e empoderar a população. Os resultados obtidos, mostram que as ações educativas, mesmo pequenas, podem ter impacto significativo na compreensão e conscientização da população. Essa experiência reforça a necessidade de investir na educação em saúde para promover a saúde e prevenir doenças na comunidade.
VIVÊNCIAS DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ODONTOLOGIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE.
Pôster Eletrônico
1 PUC PR
Período de Realização
1º semestre de 2025.
Objeto da experiência
Atividades desenvolvidas no Estágio Supervisionado de acadêmicos do curso de Odontologia de uma Universidade de Curitiba-PR em Unidade de Saúde.
Objetivos
Descrever a percepção dos dentistas da UBS Rio Bonito, Curitiba-PR, sobre a recepção de estudantes de Odontologia de uma universidade privada, visando oportunizar atendimentos integrais e desenvolver competências em territorialização, visitas domiciliares, planejamento e PSE.
Descrição da experiência
Nesta disciplina, os acadêmicos participam de seis encontros semanais ao longo do semestre, inseridos em Unidades Básicas de Saúde vinculadas à Estratégia Saúde da Família em Curitiba-PR. Acompanhados pelo preceptor, realizam anamnese, exame clínico, procedimentos preventivos, visitas aos domicílios cadastrados e atividades educativas nas escolas do território, conhecendo a realidade socio-sanitária local. Ao final do semestre, cada grupo elabora um relatório reflexivo detalhando as ações desenvolvidas.
Resultados
As ações com a família, analisando seu contexto e condição de saúde, aliadas ao planejamento em promoção da saúde, desenvolvem pensamento crítico, comunicação e resolução de problemas em equipe. A integração com o PSE articula saúde bucal com promoção intersetorial. Conhecer o território e a UBS permite aos estudantes vivenciar a teoria e reconhecer os determinantes sociais no planejamento em saúde.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou a importância de olhar para a complexidade do território. inicialmente, os estudantes mostraram dificuldade em dialogar com equipes multiprofissionais e compreender os determinantes sociais. Mediante supervisão, desenvolveram olhar mais ampliado, reconhecendo limitações de recursos e priorizando estratégias de cuidado longitudinal. Contudo, apontaram a necessidade de aumentar o tempo de imersão para consolidar as suas habilidades clínicas.
Conclusões e/ou Recomendações
A imersão na APS contribuiu para a formação em saúde coletiva, fortalecendo competências técnicas e um olhar mais humanizado ao SUS dos futuros odontológos. A metodologia em vivência territorial, visita domiciliar e articulação com o PSE mostrou-se efetiva para integrar teoria e prática. Sugere-se aumentar a carga horaria de atividades práticas na UBS e adotar avaliação conjunta entre preceptor e estudante garantindo a continuidade do aprendizado.
O TECER REDES COM O TERRITÓRIO E OS SEUS EFEITOS PARA UMA FORMAÇÃO CRÍTICA EM PSICOLOGIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Pôster Eletrônico
1 UPM
Período de Realização
O projeto Praça do Acolhimento vem sendo desenvolvido continuamente desde 2020.
Objeto da experiência
A construção de redes no território a partir de um projeto de extensão em formato de plantão psicológico, realizado em praças do centro de São Paulo.
Objetivos
Discutir a experiência dos estudantes na construção da rede para o cuidado em saúde mental da população, que vem sendo elaborada no projeto com os dispositivos do território, e apresentar os impactos promovidos por essa atividade na formação dos alunos e os desafios envolvidos nessa trajetória.
Descrição da experiência
Com o estabelecimento dos plantões nas praças abertos à população, foi organizada a entrega de panfletos para a divulgação da ação nas proximidades. A busca também teve como fim construir uma rede de corresponsabilização e encaminhamentos e consiste na divisão dos plantonistas, que se distribuem regularmente entre os locais, para entregar os panfletos impressos. Nos breves contatos que caracterizam a entrega do material, surgem possibilidades de conhecer e ser reconhecido pelo território.
Resultados
Foi realizado um levantamento de dispositivos e espaços de promoção de saúde, incluindo dispositivos da Rede de Atenção Psicossocial. Esse percurso contribuiu para o aprendizado dos participantes acerca da importância da rede, compondo uma vivência do território que não é circunscrita às praças, e colaborou para a realização de parcerias e encaminhamentos. Também foi produzido um mapa da região como instrumento interventivo, o que ampliou o olhar dos estudantes sobre as dinâmicas de cuidado.
Aprendizado e análise crítica
A importância dessa experiência para a formação e aprendizado dos estudantes extensionistas foi a ruptura com o modelo da prática clínica hegemônica, realizada em settings fechados. Em contraposição com o setting clínico tradicional, o contato com o território implica uma concepção social e política do sujeito, reflexo da necessidade de dinamizar e ampliar o campo do cuidado nos atendimentos em espaços públicos, construindo uma visão integral do sujeito, possibilitada pelo trabalho em rede.
Conclusões e/ou Recomendações
A construção de rede no projeto proporcionou um aprendizado construído através de uma práxis de inserção nos espaços públicos, promovendo uma escuta que considere o território enquanto um espaço de trocas dinâmicas e de subjetivação. Portanto, entende-se que este é um processo em constante desenvolvimento, na tentativa de dialogar com os serviços da rede, frequentemente sujeitos aos embates ético-políticos e às mudanças do cenário público.
A EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA COMO FERRAMENTA PARA DIVULGAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 UEFS
Período de Realização
As atividades educativas aconteceram em julho de 2024
Objeto da experiência
Ações educativas sobre o SUS para usuários da Estratégia Saúde da Família, promovendo diálogo e construção de conhecimento sobre o SUS.
Objetivos
Relatar as experiências de atividades educativas sobre o SUS, evidenciando seu impacto na sensibilização dos usuários da Estratégia Saúde da Família (USF) e na promoção do direito à informação em saúde.
Descrição da experiência
Foram realizadas duas atividades educativas em duas USF na zona urbana de Feira de Santana por uma estudante e sua professora orientadora, com apoio de outros membros do Programa de Extensão “DIVULGASUS: Divulgação do Sistema Único de Saúde na promoção da saúde enquanto direito de cidadania”. Nas duas atividades foram abordados os princípios, diretrizes e avanços do SUS, para tanto utilizou-se a metodologia da exposição dialogada e foi distribuído um folheto informativo
Resultados
As atividades educativas nas salas de espera ampliaram possibilitam uma maior compreensão dos usuários sobre o SUS. Inicialmente, muitos tinham dúvidas sobre o assunto discutido, mas, ao longo das discussões, mostraram maior engajamento. A exposição dialogada e os materiais informativos facilitaram a interação das pessoas. A interação dos participantes reforçou a importância da comunicação acessível na Atenção Básica
Aprendizado e análise crítica
A desinformação sobre o SUS dificulta o acesso adequado aos serviços e limita a participação democrática na saúde pública. A abordagem dialogada nas atividades educativas foi importante para suscitar nos usuários uma reflexão crítica sobre seus direitos e o funcionamento do SUS. Ao facilitar a difusão de informações acessíveis e confiáveis, essas iniciativas fortalecem o protagonismo da população e contribuem para ampliar o controle democrático sobre as políticas públicas de saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
Garantir acesso a informações claras sobre o SUS fortalece a autonomia dos usuários e melhora a utilização dos serviços públicos de saúde. As atividades educativas foram eficazes no engajamento e na redução da desinformação. Além disso, iniciativas de comunicação acessível fortalecem a participação social e o controle democrático, promovendo um SUS mais inclusivo e equitativo. Recomenda-se ampliar estratégias que incentivem esse protagonismo.
VISITAS TÉCNICAS COMO ESTRATÉGIA DE APRENDIZAGEM ATIVA EM EDUCAÇÃO PERMANENTE NA FORMAÇÃO DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM
Pôster Eletrônico
1 Unichristus
Período de Realização
Março e abril de 2025
Objeto da experiência
Vivência acadêmica por meio de visitas técnicas a serviços de educação permanente em saúde por estudantes de enfermagem.
Objetivos
Relatar a experiência de visitas técnicas realizadas por estudantes do curso de Enfermagem de uma instituição de ensino superior de Fortaleza-CE a equipamentos de educação permanente, visando aproximar a teoria e a prática da formação em saúde.
Descrição da experiência
A experiência ocorreu na disciplina "Métodos e Técnicas Aplicadas ao Processo Ensino e Aprendizagem", no 7º semestre do curso de Enfermagem, em 2025.1. Foram realizadas visitas técnicas a dois equipamentos de educação permanente, com programação previamente articulada, incluindo acolhimento, apresentação institucional, projetos em andamento e rodas de conversa. A atividade integrou-se à metodologia ativa da disciplina, com acompanhamento e avaliação docente.
Resultados
A atividade permitiu aos estudantes vivenciar os princípios da educação permanente, reforçando a articulação entre ensino, serviço e gestão. Houve maior compreensão da formação em saúde como processo contínuo, além de ganhos em motivação, apropriação de saberes sobre a política de educação permanente e ampliação da visão sobre possibilidades de atuação profissional na área.
Aprendizado e análise crítica
A experiência destacou a importância da articulação entre ensino superior e espaços formativos do SUS, promovendo aprendizagem significativa. As visitas técnicas estimularam pensamento crítico, autonomia e corresponsabilidade dos estudantes, além de valorizarem o trabalho interprofissional e a educação permanente como estratégia de qualificação do cuidado, aproximando a formação da realidade do SUS e das necessidades sociais.
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que visitas técnicas são estratégias potentes na formação em saúde, sobretudo com metodologias ativas. Recomenda-se sua inclusão nos currículos para fortalecer a integração ensino-serviço-comunidade, destacando a importância do diálogo interinstitucional e do planejamento conjunto entre universidade e serviços para o êxito das ações.
REGULAÇÃO DE PROCESSOS EDUCACIONAIS NO NO ÂMBITO DA SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO TOCANTINS.
Pôster Eletrônico
1 Secretaria de Saúde do Tocantins
Período de Realização
Janeiro de 2021 a dezembro de 2024.
Objeto da experiência
A atuação do Comitê de Regulação de Processos Educacionais na Saúde (CREPES) no âmbito da Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES/TO).
Objetivos
Apresentar os dados referentes às propostas educacionais submetidas à SES/TO, por meio do CREPES, destacando seu papel como instância colegiada, os fluxos de aprovação e os resultados na gestão da formação e qualificação de trabalhadores do SUS.
Metodologia
O CREPES é um comitê multiprofissional responsável por regular cursos e eventos formativos na SES/TO. O processo exige submissão técnica, relatoria e deliberação coletiva. Aprovados, os projetos seguem para execução e posterior certificação via ETSUS. As reuniões ocorrem mensalmente e os pareceres têm validade de 36 meses. Projetos podem ser aprovados, reprovados ou devolvidos com pendências. A certificação é condicionada à aprovação prévia do CREPES.
Resultados
De 2021 a 2024, o CREPES recebeu 123 propostas de processos educacionais, das quais 95 foram aprovadas: Gestão (n=67) e Assistência (n=28). Foram registradas 9 reprovações e 19 arquivamentos. O prazo médio para emissão de parecer foi de 72 dias. 26 projetos receberam parecer em até 30 dias; 97 projetos receberam parecer em período superior à 30 dias. A Escola Tocantinense do SUS apresetou o maior número de propostas (n=23). Os Núcleos de Educação Permanente submeteram 18 propostas.
Análise Crítica
A atuação do CREPES fortalece a gestão administrativa e educacional da qualificação dos trabalhadores do SUS na SES/TO. A experiência evidencia que a regulação colegiada valoriza os processos formativos em saúde. As exigências técnicas e orçamentárias promovem uma cultura de qualificação acessível às áreas proponentes, destacando a necessidade de integrar o planejamento educacional às prioridades da atenção à saúde nos territórios.
Conclusões e/ou Recomendações
O CREPES atua na regulação, análise e aprovação de projetos educacionais em saúde no Tocantins. Sua estrutura colegiada e multiprofissional almeja transparência e qualidade nos processos de formação e capacitação do SUS. As regras de indenização por instrutoria reforçam seu papel estratégico na gestão da educação em saúde no estado.
A EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL E INTEGRAÇÃO DE PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA EM SAÚDE NA QUALIFICAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE NO ESPÍRITO SANTO, BRASIL
Pôster Eletrônico
1 ICEPi/SESA/ES
Período de Realização
A experiência relatada se dá entre os anos de 2020 e 2025.
Objeto da experiência
Descrever a integração teórica e prática entre residências multiprofissionais em Cuidados Paliativos, Saúde Coletiva, Saúde da Família e Saúde Mental.
Objetivos
O objetivo deste trabalho é apresentar as estratégias de Educação Interprofissional em Saúde (EIP) e integração entre Programas de Residência Multiprofissional de uma instituição de ensino de gestão estadual, no estado do Espírito Santo–Brasil, que contempla 12 categorias profissionais distintas.
Descrição da experiência
Esses programas foram planejados de forma colaborativa entre seus coordenadores e têm currículos integrados por competência cujas unidades educacionais (UE) se relacionavam a áreas de competência em saúde. Essas UE abrangem conteúdos de áreas de conhecimento comuns a todos os programas ou específicas segundo a área de concentração de cada programa. Os profissionais residentes estão distribuídos de maneira multiprofissional abrangendo mais de um programa nas UE compartilhadas.
Resultados
As atividades são desenvolvidas tendo o perfil de competência como base. Com exceção dos atendimentos individuais, todas as outras ações realizadas preconizam o trabalho interprofissional e colaborativo, executados por meio de estratégias pedagógicas de problematização da realidade, tanto pelos preceptores como por tutores das UE teóricas, provocando mudança nos processos de trabalho instituídos nos cenários de prática, buscando romper a fragmentação do cuidado, dos saberes e das práticas.
Aprendizado e análise crítica
O trabalho em equipe em saúde fica em evidência para mudanças dos modelos de assistência à saúde frente a um contexto sociocultural e econômico complexo e cada vez mais dinâmico. Segue a tendência na literatura de reconhecer a interdependência e complementaridade das ações de profissionais para melhorar a qualidade da assistência, e que o grau de integração entre estes pode estar relacionado à qualidade do cuidado, maior resolutividade dos serviços prestados e qualidade à atenção à saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
Os residentes ampliam a compreensão sobre outras profissões e áreas dos programas e desenvolvem habilidades que favorecem o trabalho em equipe, a comunicação, a capacidade de negociação e a corresponsabilização. A integração entre residências de áreas de concentração distintas se dá, dentre outros elementos, a duas questões fundamentais: a existência de currículos semelhantes e a gestão compartilhada, colaborativa e integrada entre os coordenadores.
RELATO DE EXPERIÊNCIA DO MINICURSO "AVALIAÇÃO DE CONTATO EM HANSENÍASE NA APS: UMA ABORDAGEM HANDS-ON PARA INTEGRAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA”.
Pôster Eletrônico
1 UFPI
Período de Realização
21 de maio de 2025
Objeto da experiência
Ministrar minicurso "Avaliação de Contato em Hanseníase na APS" para graduandos/pós-graduandos em Enfermagem.
Objetivos
Qualificar discentes para exame dermatoneurológico em hanseníase conforme protocolos MS; refletir criticamente sobre iniquidades em saúde; integrar teoria e prática através de metodologias ativas.
Descrição da experiência
O minicurso, com foco em aprendizagem ativa e participação coletiva, contou com 26 participantes (21 discentes e 5 ministrantes), organizados em 4 grupos para rodízio em estações práticas. Iniciou-se com aula dialógica (1h) sobre epidemiologia, determinantes sociais e aspectos clínicos da hanseníase. Seguiram-se 3h de práticas: inspeção da pele, palpação de nervos, testes de sensibilidade e montagem de kits de avaliação para APS.
Resultados
Os participantes demonstraram domínio das técnicas de exame físico após as estações práticas. A metodologia participativa e hands-on fortaleceu o aprendizado e o vínculo entre academia e serviços. A divisão em pequenos grupos permitiu correção imediata. Discutiu-se estigma e exclusão, destacando a dignidade do paciente. A formação é ação política, pois qualifica o cuidado e fortalece o controle social. A curta duração limitou temas como racismo estrutural.
Aprendizado e análise crítica
A integração de determinantes sociais, estigma e aspectos clínicos enriqueceu a formação em saúde, superando o ensino técnico. A metodologia hands-on foi eficaz ao reduzir a lacuna teoria-prática, desenvolver competências técnicas e críticas, e sensibilizar para desafios em contextos vulneráveis. Lição aprendida: abordagens práticas e reflexão social são cruciais para uma formação humanizada, preparando profissionais para a APS e o enfrentamento de doenças negligenciadas.
Conclusões e/ou Recomendações
Este relato mostra como a educação em saúde transforma, unindo formação técnica, equidade e direitos humanos. É relevante para o congresso ao demonstrar que práticas pedagógicas inovadoras fortalecem a luta por um sistema de saúde justo e democrático. O minicurso enfatizou que a qualificação em hanseníase deve ir além do biomédico, incorporando uma visão ampliada de saúde, alinhada à Saúde Coletiva e ao SUS.
PET SAÚDE EQUIDADE: PROPOSITURA E VIVÊNCIAS
Pôster Eletrônico
1 UFPE
2 Secretaria de Saúde do Recife
Período de Realização
Iniciamos as atividades em maio de 2024 e encontram-se em execução até o presente.
Objeto da experiência
Percurso de discentes, preceptoras e docentes, com estudos, debates e ações sobre a valorização das trabalhadoras e equidade no trabalho em saúde no Recife.
Objetivos
Implementar ações de ensino-aprendizagem, na perspectiva coletiva, interdisciplinar e interprofissional, visando fortalecer a formação em saúde, bem como o cuidado e a valorização das trabalhadoras do SUS, considerando equidade de gênero, sexualidades, raça, etnia, geração e deficiências.
Descrição da experiência
Experiência desenvolvida por um grupo tutorial de aprendizagem do Programa de Educação pelo Trabalho - PET Saúde Equidade, proposto e realizado em parceria pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Secretaria de Saúde do Recife. No primeiro ano do projeto foram realizadas pesquisas teórica e de campo sobre ações, programas e normativas voltadas para valorização das trabalhadoras e futuras trabalhadoras do SUS com ênfase na promoção da equidade no trabalho em saúde.
Resultados
Aponta-se: processo de grupalização e criação de espaço de reflexão e trabalho coletivo amalgamado pela interdisciplinaridade; aproximação ao debate da equidade e da equidade em saúde tanto no que se refere à população usuária do SUS, quanto na especificidade do trabalho em saúde e nos atravessamentos das desigualdades de raça, gênero, geração e deficiências; participação em processos de planejamento, monitoramento e execução de atividades como elemento diferenciado da formação acadêmica.
Aprendizado e análise crítica
Em um ano de vivências, aprendizagens e trabalho coletivo, no âmbito do PET SAÚDE: Equidade, aprendemos que: o fortalecimento da equidade, na formação acadêmica e no trabalho em saúde, é um devir que demanda decisão política; ações de promoção, estudos e pesquisas sobre trabalho em saúde com ênfase no fortalecimento da equidade, podem servir como subsídios para planos e investimento do município do Recife na promoção e consolidação da equidade.
Conclusões e/ou Recomendações
Equidade no trabalho em saúde problematiza a divisão sexual e racial do trabalho. As requisições de cuidado impostas às mulheres na organização desigual de gênero, em geral, dificulta que sejam reconhecidas como pessoas com direito ao cuidado. Estudos e debates sobre valorização das trabalhadoras e das futuras trabalhadoras e promoção da equidade no SUS, podem contribuir na prevenção e enfrentamento das iniquidades no trabalho em saúde.
O ATENDIMENTO CENTRADO NA PESSOA NO CONTEXTO DA POPULAÇÃO DE MULHERES IDOSAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 Universidade Estadual do Centro-Oeste
Período de Realização
Maio a Dezembro de 2024
Objeto da experiência
Relatar a experiência do projeto Viver Bem, no qual o público alvo foi a população de mulheres idosas, em um município no interior do Paraná.
Objetivos
Promover a saúde da mulher idosa por meio de ações educativas, preventivas e assistenciais.
Metodologia
Trabalho realizado na forma de relato de experiência de acadêmicos de medicina participantes do projeto de extensão Viver Bem, no qual o público alvo foi a população de mulheres idosas. O projeto foi realizado em uma unidade do centro de referência da assistência social (CRAS) em um município no interior do Paraná. O projeto ocorreu de modo presencial e consistia em momentos informativos conduzidos por acadêmicos de medicina acerca de vários temas prioritários para a terceira idade.
Resultados
Foram realizadas atividades com as temáticas vacinação e uso correto de medicações, alimentação saudável, prevenção de quedas e osteoporose, menopausa, direito do idoso, dentre outros temas. Todos os encontros eram finalizados com o acolhimento aos idosos, que consistia em aferir a pressão e conversas individuais. Ao longo deste processo, habilidades como a comunicação médico-paciente e a empatia foram desenvolvidas.
Análise Crítica
O contato com as idosas por meio do projeto de extensão, foi uma oportunidade para os acadêmicos desenvolverem habilidades inerentes da prática profissional, como: fala, escuta e empatia. Essa interação a longo prazo resultou em acadêmicos mais atenciosos e capacitados para compreenderem a complexidade da vida dos idosos, oferecendo assim um cuidado adequado e humanizado.
Conclusões e/ou Recomendações
O projeto permitiu a percepção da importância do contato entre o profissional da saúde e o paciente desde o começo da formação acadêmica, pois a falha de comunicação existente no cuidado da saúde vem sendo uma das principais defasagem na área médica, que pode ser resolvida com o simples e negligenciado ato de escuta.
QUALIFICAÇÃO SOBRE MANEJO DE SÍFILIS NA ATENÇÃO BÁSICA: REPERCUSSÕES DO TRABALHO DE UMA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 Universidade Estadual de Feira de Santana
Período de Realização
A experiência relatada foi realizada em 22 de maio de 2025, em um município do interior da Bahia.
Objeto da experiência
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível que pode causar complicações e morte, a Atenção Básica é muito relevante no seu enfrentamento.
Objetivos
Relatar uma experiência de qualificação em manejo de Sífilis para enfermeiros e cirurgiões-dentistas da Atenção Básica de um município do interior da Bahia.
Descrição da experiência
A qualificação sobre sífilis contou com a presença de 13 cirurgiões-dentistas e 17 enfermeiros. Ocorreu em um município do interior da Bahia, onde é desenvolvido projeto de extensão, uma solicitação do referido município. A mediadora foi uma enfermeira especialista em saúde da família, egressa de residência, que utilizou metodologias ativas e participativas. A qualificação foi fruto de um experiência construída com outra profissional durante o período em que a mediadora era residente
Resultados
Foi aplicado um pré-teste em grupo no qual foram abordadas questões sobre o manejo de sífilis. Após esse momento, a facilitadora apresentou aspectos sobre a Sífilis, como conceito, diagnóstico, estratégias de tratamento e acompanhamento. Em seguida a essa breve apresentação, foram distribuídos entre os participantes casos clínicos que deveriam ser resolvidos de forma interprofissional. Foi aplicado o pós-teste e, ao fim, os participantes avaliaram verbalmente a experiência positivamente.
Aprendizado e análise crítica
Os profissionais da Atenção Básica são de suma importância no manejo da sífilis, por isso precisam compreendê-la para poder orientar a população sobre sua prevenção e repercussões. A Residência Multiprofissional em Saúde da Família é um espaço que promove a integração de conhecimentos e contribui para criação de novos/ outros saberes que podem impactar positivamente as práticas e o cuidado em saúde e pode contribuir na qualificação desses profissionais.
Conclusões e/ou Recomendações
As Residências Multiprofissionais em Saúde são potentes aliadas da Atenção Básica, considerando que são uma estratégia de educação permanente. As ações promovidas pelos residentes e os que passaram por esse processo formativo, favorecem a aprendizagem significativa fixando de forma eficaz conhecimentos que serão importantes para qualificar as práticas de saúde nesse espaço. Recomenda-se assim que mais experiências semelhantes sejam executadas.
PROMOÇÃO DA SAÚDE, ATIVIDADE FÍSICA E DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS: UMA EXPERIÊNCIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 Universidade de Pernambuco (UPE)
2 Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz - PE)
3 Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Período de Realização
Entre os meses de Março e Junho de 2024.
Objeto da experiência
Mulheres com doenças crônicas não transmissíveis que participam de grupo na atenção primária à saúde.
Objetivos
Descrever a vivência em um grupo de atividade física para mulheres com doenças crônicas não transmissíveis na atenção primária à saúde no município do Recife - Pernambuco, sob a ótica de uma nutricionista residente.
Metodologia
Trata-se de um relato de experiência de caráter descritivo, desenvolvido na modalidade de intervenção comunitária em saúde, realizada em uma Unidade de Saúde da Família (USF) no Recife-PE. Organizado por profissionais residentes de Nutrição e Educação Física, as atividades físicas eram semanais em um espaço comunitário. A participação foi por demanda espontânea e os dados foram coletados por meio de Diário de Campo.
Resultados
Ao final das atividades, o grupo contava com 25 mulheres ativas. As aulas foram planejadas considerando limitações de infraestrutura e mobilidade, incluindo atividades aeróbicas e de força. Relataram-se melhorias nas atividades do cotidiano, na qualidade do sono, disposição física e humor. O grupo tornou-se espaço de convivência, fortalecimento de vínculos e promoção da atividade física na comunidade.
Análise Crítica
O trabalho é relevante pelos benefícios da atividade física na promoção da saúde e prevenção de doenças associadas ao sedentarismo e excesso de peso. Grupos de saúde fortalecem a coletividade por meio do apoio social e vínculos entre indivíduos. Durante os encontros, destacou-se como desafio a baixa adesão dos profissionais da USF, o que se mostrou um obstáculo à continuidade das ações do grupo após a saída das residentes.
Conclusões e/ou Recomendações
O relato destaca a importância dos grupos como ferramenta eficaz de promoção da saúde e ampliação de redes de convivência. Mostra que, com apoio técnico e institucional, podem se tornar espaços de transformação social e fortalecimento do cuidado. Contribuem também para o enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis e para a promoção de um envelhecimento saudável e ativo.
TELEEDUCAÇÃO: A EXPERIÊNCIA DO CURSO A DISTÂNCIA ‘PROCESSO DE TRABALHO NA APS‘ NA AMAZÔNIA PARAENSE
Pôster Eletrônico
1 UFPA
Período de Realização
O relato refere-se ao período de 22/01/2024 a 09/06/2024.
Objeto da experiência
Implementação e monitoramento do curso autoinstrucional “Processo de Trabalho na APS” no estado do Pará.
Objetivos
Relatar a experiência de implementação e monitoramento do curso autoinstrucional “Processo de Trabalho na APS” ofertado Telessaúde UFPA, destacando desafios e impactos formativos e contribuições para a atuação de profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) no Pará.
Metodologia
O curso foi desenvolvido e implementado pelo Telessaúde UFPA com foco na qualificação de profissionais da APS, utilizando metodologias ativas e o Arco de Maguerez como base pedagógica. Disponibilizado na plataforma Moodle, foi estruturado em três módulos, com recursos como vídeos, podcasts e e-books. A metodologia autoinstrucional e centrada no aluno visou à autonomia e à aplicabilidade prática dos conteúdos.
Resultados
Com 349 profissionais matriculados e 149 concluintes, o curso alcançou ampla adesão. A exigência de 70% de aproveitamento e o monitoramento contínuo permitiram intervenções oportunas para solucionar dificuldades técnicas, favorecendo a permanência dos cursistas. A experiência evidenciou o potencial da modalidade para formação profissional em territórios com desafios de acesso.
Análise Crítica
A experiência evidenciou que a teleeducação pode superar barreiras geográficas, promovendo formação de qualidade. No entanto, destaca-se como desafio a regularidade de acesso à plataforma, impactada pela infraestrutura tecnológica, visto que algumas localidades enfrentam dificuldades de acesso à internet, o que pode impactar a participação e o desempenho dos profissionais durante o curso e levar a desistência do aluno em finalizar o curso.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência reforça o potencial da teleeducação como estratégia para na qualificação em saúde na Amazônia. O uso de plataformas digitais e metodologias ativas amplia o acesso à formação de qualidade para profissionais em regiões remotas, contribuindo para a melhoria dos serviços prestados. Recomenda-se fortalecer a infraestrutura digital e investir em práticas pedagógicas inclusivas e sustentáveis na formação permanente no SUS.
ENTRE CUIDADOS E APRENDIZADOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE AS VIVÊNCIAS DE ESTUDANTES DE MEDICINA NA UTI PEDIÁTRICA DE UM HOSPITAL PARTICULAR NO INTERIOR DA BAHIA
Pôster Eletrônico
1 Uesb
Período de Realização
As atividades foram desenvolvidas no mês de maio de 2025.
Objeto da experiência
Trata-se do relato das atividades desenvolvidas por estudantes de medicina, durante um estágio num hospital particular no interior da Bahia.
Objetivos
Relatar a experiência de estudantes de medicina da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia(UESB), num estágio em unidade de terapia intensiva(UTI) pediátrica de um hospital particular, destacando as vivências teórico-práticas supervisionadas por uma médica docente e funcionária do hospital.
Descrição da experiência
Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo, do tipo relato de experiência, sobre as vivências de estudantes de Medicina da UESB, durante um estágio realizado em UTI pediátrica num hospital particular. Os estudantes integraram a rotina hospitalar, participando de atendimentos e do acompanhamento diário dos pacientes junto a equipe multidisciplinar em saúde. Além disso, os estudantes participaram de aulas teóricas e discussão dos casos dos pacientes, ampliando seus conhecimentos na prática.
Resultados
A participação dos estudantes na rotina da UTI pediátrica trouxe benefícios para o hospital, funcionários e pacientes, uma vez que por meio de sua presença foi potencializada a troca de saberes entre os profissionais, ao proporcionar um ambiente de constante atualização e reflexão sobre as práticas assistenciais. A dinâmica de troca de conhecimentos com a equipe multidisciplinar de saúde permitiu a construção da visão do cuidado ampliado e integral na pediatria.
Aprendizado e análise crítica
Os estudantes imergiram na rotina da UTI pediátrica, acompanhando atendimentos, procedimentos como gasometria, intubação, drenagem de abscesso e videotoracoscopia em pneumonia complicada. Discutiram temáticas relevantes como ventilação invasiva e não invasiva, além de afecções respiratórias prevalentes no período. Também acompanharam casos raros como Tetralogia de Fallot e Síndrome de Barrett. A vivência integrou teoria, técnica e ética, promovendo aprendizado e humanização das práticas médicas.
Conclusões e/ou Recomendações
O estágio no setor de UTI pediátrica foi extremamente proveitoso e desafiador aos estudantes. O acompanhamento de procedimentos neste ambiente complexo, alinhado ao atendimento individualizado para análise da evolução diária dos pacientes, permitiu a consolidação de conhecimentos teóricos, fortalecimento da empatia, responsabilidade profissional e senso de trabalho em equipe, fundamentais para uma prática clínica mais crítica e consciente.
TECITURAS PARA UMA UNIVERSIDADE PLURIEPISTÊMICA E CONFLUÊNCIAS PARA UMA FORMAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA IMPLICADA COM SABERES E PRÁTICAS DESCOLONIZADORAS.
Pôster Eletrônico
1 UNIRIO
2 SES RJ
Período de Realização
Em processo há 10 anos, mas ganhou intensidade desde a pandemia até a atualidade.
Objeto da experiência
Experienciações em rede, que confluem para uma formação implicada com as diversidades nos territórios, em prol do cuidado comunitário e ambiental.
Objetivos
Transpor os muros universitários, fomentando vivências de encontro de saberes.
Integrar redes interdisciplinares acadêmicas e populares com a perspectiva do cuidado comunitário e ambiental.
Incentivar a problematização de práticas racistas e colonizadoras na formação na saúde e no cuidado no SUS.
Descrição da experiência
Na pandemia, o Observatório de Políticas de Cuidado e Educação na Saúde, sediado desde 2015 no ISC UNIRIO e composto por projetos de ensino, pesquisa, extensão, PET e outros, foi rebatizado como Comunidade de Aprendizagem Sumaúma Saúde Coletiva, evocando florestania e cuidado recíproco. Intensificando a problematização da colonização acadêmica, tem participado de redes que ressoam as diversidades e potencialidades existentes nos saberes dos territórios para uma saúde coletiva pluriepistêmica.
Resultados
Integração curricular da temática em disciplinas da saúde, das humanas, das artes e das técnicas.
Criação do Núcleo de Agroecologia da UNIRIO e realização anual da Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agraria Popular.
Atuação nos Conselho Estadual de Direitos Indígenas RJ, Fórum Povos Rede Unida e Aprendizagem Selvagem Ciclo da Vida.
Composição de atividades formativas com quilombolas.
Participação em coletivos urbanos periféricos (Morro da Providência e Casa das Pretas).
Co-publicações
Aprendizado e análise crítica
Com inspiração freiriana, muitas aprendizagens emergem nos territórios envolvidos, provocando deslocamentos na perspectiva acadêmica euro-norte-americana focada. Ainda que, a proposta siga contra hegemônica na Educação e na Saúde Coletiva, o tema da descolonização vem ganhando mais ressonância nestas. Mudanças na cultura acadêmica que produzam formas mais compartilhadas de produção de conhecimento para efetivação de políticas públicas equitativas requerem enfrentamentos coletivos em rede.
Conclusões e/ou Recomendações
As cotas na universidade contribuíram bastante para a problematização de suas estruturas colonizadoras. A permanência destes estudantes e a permeabilidade às diversidades epistemológicas que trazem são necessárias. O campo da Saúde Coletiva tem sido friccionado a compor com os saberes que emergem dos territórios de vida. A pandemia reforçou a importância, em conjuntura necropolítica, dos saberes pluriepistêmicos na defesa da vida.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA PERDA DENTÁRIA DA POPULAÇÃO IDOSA NO TERRITÓRIO DO SISAL, BAHIA – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PET ODONTOLOGIA
Pôster Eletrônico
1 UEFS
Período de Realização
As atividades foram realizadas nos meses de julho / agosto nos anos 2023 e 2024
Objeto da experiência
Atividades Acadêmicas de Pesquisa realizadas pelo Pet Odontologia/UEFS, nos municípios de Ichú e Retirolândia – BA.
Objetivos
Relatar as atividades de pesquisa do Pet Odontologia da Universidade Estadual de Feira de Santana, realizadas com indivíduos de 65 – 74 anos, para analisar os aspectos epidemiológicos da perda dentária da população idosa.
Descrição da experiência
Estudos teóricos foram realizados para embasamento da atividade, assim como a Calibração dos discentes acerca dos indicadores de Cárie dentária e do Uso e Necessidade de Prótese. Para execução da atividade de levantamento epidemiológico, reuniões de planejamento foram realizadas entre os participantes do PET Odontologia e da gestão de saúde bucal dos dois municípios. Visitas domiciliares foram utilizadas para a coleta dos dados. Aprovação pelo CEP-UEFS (CAAE: 0096.0.059.000-10).
Resultados
Foram realizados os exames epidemiológicos da perda dentária dos idosos nos municípios de Ichú, em 2023, e Retirolândia em 2024. O CPO-D médio observado foi de 23,5 (com 86,7% de perda dentária) em Ichú e 20,7 (com 93,7% de perda dentária) em Retirolândia. Observando o uso e necessidade de prótese, foi possível perceber que a prótese mais utilizada pelos idosos examinados foi a Prótese Total (PT), sendo 36,3% e 100%, em Ichú e em Retirolândia, respectivamente.
Aprendizado e análise crítica
A partir das experiências vivenciadas foi possível proporcionar o compartilhamento de saberes e a construção de olhares, numa perspectiva de integração ensino, serviço e comunidade. A efetivação dos exames epidemiológicos permitiu analisar as condições de saúde bucal dos idosos, além de contribuir para a formação de um profissional com olhar crítico para o reconhecimento das dificuldades de cuidado e acesso da população ao serviço odontológico.
Conclusões e/ou Recomendações
As experiências desenvolvidas estão além do simples cumprimento de atividades do PET Odontologia, mas representam um compromisso na formação social, humana e científica do estudante. Essa experiência buscou também fornecer dados importantes para a caracterização do perfil epidemiológico de idosos dos dois municípios baianos do Território do SISAL, visando auxiliar na compreensão da realidade dessa população.
TECNOLOGIAS LEVES DE CUIDADO À SAÚDE MENTAL COLETIVA DE MULHERES IDOSAS EM UMA COMUNIDADE PERIFÉRICA DE SANTO ANTÔNIO DE JESUS (BA): DESAFIOS PARA A FORMAÇÃO EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UFRB
Período de Realização
Outubro a dezembro de 2024, em uma comunidade periférica de Santo Antônio de Jesus, Bahia.
Objeto da experiência
Vivências de práticas extensionistas orientadas pelas tecnologias leves do cuidado em saúde junto às mulheres idosas e periféricas em comunidade.
Objetivos
Discutir as experiências e os desafios das práticas extensionistas orientadas pelas tecnologias leves junto ao coletivo de mulheres idosas. Refletir sobre a formação ampliada em Educação Popular em Saúde Mental nos territórios periféricos.
Descrição da experiência
Foram realizados encontros semanais na associação de moradores da comunidade, reunindo mulheres idosas nas rodas de acolhimento mútuo e escuta ampliada. O espaço foi construído para que cada participante pudesse compartilhar seus desafios emocionais e vivências pessoais. Dos encontros emergiram os temas geradores: luto não reconhecido, ansiedade, depressão, abandono afetivo e fragilização das redes de apoio familiar. A participação horizontal, o diálogo e a amorosidade conduziram nossas rodas.
Resultados
Os encontros, cada vez mais numerosos, possibilitaram o compartilhamento de relatos sensíveis e dolorosos, antes silenciados, e a reconhecer o valor do acolhimento coletivo diante das experiências de solidão, evidenciando a adesão e a construção processual do vínculo entre as mulheres. Houve reconhecimento das nossas rodas de Terapia Comunitária como via de enfrentamento do sofrimento social. A atuação conjunta da comunidade propiciou um ambiente seguro para o suporte mútuo.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou a atualidade da Educação Popular no cuidado à saúde mental tanto para a formação em saúde quanto para territórios marcados por vazios assistenciais, bem como a inegável importância da escuta dialógica e horizontal a ambos, irredutível à dimensão técnica. Foi fundamental o manejo de desafios como o fatalismo, as resistências e os discursos orientados pela normatividade cristã. A prática destacou a potência da co-construção do cuidado entre extensionistas e comunidade.
Conclusões e/ou Recomendações
A Terapia Comunitária mostrou-se estratégia relevante para consolidar a atenção humanizada como horizonte formativo e para fortalecer as redes de apoio social de mulheres marcadas por histórias de abandono, negligência, violência e solidão. Recomenda-se sua implementação integrada às políticas de saúde e educação superior, considerando os recursos disponíveis, as especificidades socioculturais e articulada à atenção primária à saúde.
O DIÁRIO REFLEXIVO COMO FERRAMENTA DE APRENDIZADO NO INTERNATO EM NUTRIÇÃO EM SAÚDE COLETIVA (INSC) DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (UERJ)
Pôster Eletrônico
1 UERJ
Período de Realização
Março a junho de 2025, durante o ciclo regular do internato em saúde coletiva da UERJ.
Objeto da experiência
Uso do diário reflexivo como ferramenta de aprendizagem crítica no INSC da UERJ, promovendo reflexões sobre a prática profissional em saúde coletiva.
Objetivos
Relatar a experiência de uso do diário reflexivo como estratégia de formação no INSC, destacando sua contribuição para o desenvolvimento de saberes críticos, sensíveis e dialógicos, essenciais à atuação ética, interprofissional e humanizada em saúde coletiva.
Descrição da experiência
O INSC atua em serviços de atenção primária à saúde, de gestão em alimentação e nutrição, vivenciando práticas interprofissionais e comunitárias. O diário reflexivo é um instrumento de acompanhamento do processo formativo, produzido individual e diariamente, sistematizado por semana e entregue aos docentes para debate coletivo em plenária mensalmente. Nele, os acadêmicos registram percepções, sentimentos, análises e articulações entre os saberes e as vivências nos campos de prática.
Resultados
O diário tem promovido o protagonismo dos estudantes, permitindo ressignificar experiências vividas nos diferentes campos de atuação, estimulando o reconhecimento das dinâmicas institucionais, das relações de poder e entre os pares, das práticas interprofissionais, da participação dos usuários e diferentes atores. Os registros descritivos, enriquecidos pelos relatos pessoais e a subjetividade dos internos, contribuíram para que estes pudessem identificar seus próprios avanços, limites e afetos.
Aprendizado e análise crítica
O diário mostrou-se potente enquanto estratégia formativa, possibilitando aos acadêmicos identificar desafios, avanços e limites a partir da experiência. A sistematização escrita das vivências contribuiu também para o desenvolvimento da escuta sensível de si e do outro. Ao tornar visíveis aspectos subjetivos que atravessam o cotidiano do trabalho em saúde, o diário revelou-se um mediador importante da reflexão crítica, reforçando sua centralidade na qualificação do cuidado em saúde coletiva.
Conclusões e/ou Recomendações
A escrita reflexiva, provocada pelo diário reflexivo, demonstrou-se uma estratégia potente na integração da teoria, prática e das vivências, contribuindo para o autoconhecimento, estímulo, liberdade à reflexão crítica e o amadurecimento profissional. Reafirma-se a importância de sua incorporação em estágios supervisionados, como recurso formativo no fortalecimento de um cuidado ético e humanizado em saúde coletiva.
A TUTORIA DE CAMPO COMO ESPAÇO DE ANÁLISE DE PRÁTICAS COLABORATIVAS NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL
Pôster Eletrônico
1 USP
Período de Realização
Realizada semanalmente desde 2020 até 2025
Objeto da experiência
A tutoria de campo com residentes de um programa de Residência Multiprofissional de Atenção Integral à Saúde (RMAIS) na atenção primária à saúde.
Objetivos
Relatar a experiência da tutoria de campo de um programa de Residência Multiprofissional de Atenção Integral à Saúde como espaço de Educação Permanente em Saúde e análise de práticas colaborativas em uma unidade de atenção primária à saúde
Descrição da experiência
A RMAIS atua na Rede de Atenção à Saúde de Ribeirão Preto-SP com atividades teóricas e práticas entre sete áreas da saúde nos três níveis de atenção. A tutoria de campo envolve o acompanhamento do desenvolvimento de competências de residentes de forma processual, formativa e participativa na atenção primária à saúde. Trata-se de um espaço de educação permanente de profissionais em formação em serviço no SUS e de ativação de processos de colaboração no trabalho em equipe, mediado por um docente.
Resultados
Evidenciou-se a relevância da adoção de processos de análise coletiva, potencializando espaços de tutoria de campo a fim de avançarmos para um modelo de formação pautado na educação interprofissional em saúde que tem como finalidade o fortalecimento da colaboração interprofissional. A partir da reflexividade, os residentes ressignificam suas práticas, tomando posicionamentos e compartilhando espaços decisórios para qualificar o cuidado integral em saúde.
Aprendizado e análise crítica
Evidencia-se a necessidade de ampliar os momentos de cogestão e de reflexão sobre os espaços comuns de formação e práticas, considerando a potência desses espaços para questionarem seu papel enquanto profissionais de saúde, e retomarem seu objetivo central de produção de vida, com ênfase na colaboração interprofissional centrada nas necessidades de saúde dos usuários e integralidade do cuidado. Considera-se ampliar a experiência a outros cenários de prática na RMAIS.
Conclusões e/ou Recomendações
Uma dimensão da colaboração interprofissional que precisa ser fortalecida nesse contexto é a governança, que inclui aspectos como o compartilhamento de responsabilidades com lideranças locais, processos de educação permanente e manutenção de espaços que favoreçam o diálogo para discussão de problemas e soluções e criação de ferramentas de compartilhamento e conectividade nas equipes de Estratégia de Saúde da Família.
GÊNERO E SEXUALIDADE COMO ASPECTOS CONTEMPORÂNEOS À FORMAÇÃO MÉDICA: RELATO DE EXPERIENCIA DISCENTE NO CURSO DE MEDICINA.
Pôster Eletrônico
1 Discente medicina/UFF
2 Docente do ISC/UFF
Período de Realização
Atividades realizadas no semestre 2024.2 na medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF)
Objeto da experiência
Aulas teóricos/práticas na disciplina Trabalho de Campo Supervisionado (TCS) 1B sobre gênero/sexualidade/saúde da população LGBT no 2° período da UFF.
Objetivos
Descrever a importância da temática na formação para discentes de medicina; contextualizar barreiras de acesso ao sistema de saúde; demonstrar importância da temática no cuidar em saúde às populações em contexto de vulnerabilidade social; ressignificar práticas cisnormativas em corpos dissidentes.
Metodologia
Aulas teórico/práticas sobre gênero, sexualidade, história do movimento LGBT no Brasil; vivencias em espaços de Cuidado Ampliado em contextos de diversidade e interseccionalidade humana com participação de representantes do movimento social LGBT: MST, Associação Brasileira interdisciplinar de AIDS, Mães Pela Diversidade, Ambulatório Trans, Instituições de Pesquisa, Centro de Cidadania LGBT, Coletivo Negrex, Pessoas com Deficiência, Povos Originários em rodas de conversa e debates coletivos.
Resultados
As atividades desvelam histórico de inequidade à saúde da população LGBT geradores de estigmas, preconceitos e exclusão dos diversos espaços de sociabilidade, dentre estes, o Sistema Único de Saúde (SUS), em todos os seus níveis de atenção. A conformação cisheteronormativa no cuidar e padrões sócio culturais no processo ensino-aprendizagem, desconsideram subjetividades da sexualidade humana que podem gerar ações deletérias na saúde e inviabilizar a equidade e integralidade do cuidado.
Análise Crítica
As vivencias possibilitaram me reconhecer/entender como um sujeito racializado, branco, dotado de gênero e orientação sexual com que me identifico, o que me faz romper com a lógica da neutralidade, prejudicial e forjadora de uma suposta democracia racial, sexual e de gênero. Promoveu olhares à produção do cuidado em saúde para além do modelo hegemônico da medicina e evidenciou o pulsar da vida para além de protocolos clínicos, que reduzem o existir a padrões fisiopatológicos na prática do cuidar.
Conclusões e/ou Recomendações
A disciplina de TCS estende horizontes do pensamento sobre a medicina necessários à contemporaneidade. Amplia visões de mundo de médico(a)s em formação no contato com realidades interseccionadas por raça, gênero, classe e sexualidade. Evidencia-se necessidade da temática ao longo do curso em outros componentes curriculares, e não de forma pontual. Assim, fomenta-se formação trasversalizada sobre processo saúde-doença e reduzem inequidades.
CALCE MEUS LOUCOS SAPATOS” - INTERVENÇÃO TEATRAL: A CULTURA E O DIÁLOGO À SERVIÇO DA DIMINUIÇÃO DE ESTIGMAS SOCIAIS DA LOUCURA
Pôster Eletrônico
1 UFRJ
Período de Realização
A intervenção realizou-se no primeiro semestre do ano de 2024, durante o mês de maio antimanicomial.
Objeto da experiência
Foram construídos três sapatos cenográficos, um para cada usuário que queríamos representar na ação.
Objetivos
Promover experiência imersiva de colocar-se no lugar do outro calçando sapatos vinculados a relatos de usuários da RAPS, para pessoas que frequentam um campus universitário de uma faculdade federal do Rio de Janeiro, de modo a contribuir para uma melhor convivência entre a população deste local
Descrição da experiência
Na Tenda Paulo Freire montada, foram disponibilizados três áudios de 3 a 6 minutos, contendo relatos do cotidiano de pessoas usuárias da RAPS. Os facilitadores do projeto de extensão ExpressArtes/UFRJ, convidaram o público para escutar a história de vida destas pessoas através destes relatos. Ao final, recolhiam-se as impressões dos participantes causadas pelos áudios, enfocando a conversa para aspectos como convivência, direitos humanos e arrefecimento de estigmas vinculados à loucura.
Resultados
Promoveu-se a ampliação dos diálogos entre as pessoas passantes pelo campus sobre os dispositivos da RAPS presentes no local, justificando a presença de usuários(as)(es) no campus, sobre a importância da convivência pacífica, dado que pessoas com experiência com a loucura tem igualmente diretos de ir e vir em locais públicos da cidade, bem como lembrou-se sobre a histórica relação conflituosa com a loucura a qual aquele território conserva, que deve ser respeitada inclusive nos dias atuais.
Aprendizado e análise crítica
Como afirma Freire (2005), nosso papel não é impor visões de mundo, mas viabilizar o diálogo. Assim, a ação CLMS, alinhada às diretrizes da luta antimanicomial, apostou em um diálogo lúdico e sensível com a sociedade, sobretudo com os estudantes, para reforçar que os direitos cidadãos de pessoas com experiência com a loucura devem ser respeitados e distanciados de estigmas.
Conclusões e/ou Recomendações
Em síntese, a ação proporcionou muitos benefícios para a comunidade universitária no quesito sociocultural, fazendo-os experienciar a empatia e ampliar o respeito para com o outro. Recomenda-se a aplicação deste tipo de ação artístico-educativa em locais que têm história íntima com a loucura e desejam promover uma reflexão crítica na população local, de modo a promover uma melhor convivência.
SAÚDE INTEGRAL DAS PESSOAS LGBTQIA+: SUS PARA TODOS E TODAS (PROSAIN): A CAPACITAÇÃO PARA O CUIDADO E EQUIDADE NA SAÚDE PÚBLICA.
Pôster Eletrônico
1 UFF
2 docente ISC/UFF
Período de Realização
As atividades foram desenvolvidas no projeto de extensão (PROSAIN) entre abril e dezembro de 2024.
Objeto da experiência
Trabalhadores da Rede de saúde pública (REP-SUS), do município de Niterói, e discentes de medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Objetivos
Capacitar profissionais, da REP-SUS, sobre aspectos conexos à saúde da população LGBTQIA+; promover ações/atividades sobre gênero e sexualidade que impactam os atendimentos de corpos dissidentes; complementar os processos de educação permanente, na REP-SUS, na direção da equidade em saúde.
Descrição da experiência
A elaboração e realização das atividades conta com a participação de pessoas LGBTQIA+ em parceria com profissionais de saúde. As rodas de conversa, palestras, seminários e oficinas sensibilização, são espaços de produção de material informativo dos diferentes aspectos da saúde das pessoas LGBTQIA+, abordando-se diretrizes, manejo, acolhimento, cuidado, direitos humanos e dificuldades enfrentadas nos espaços de saúde e sociabilidade. A equidade em saúde norteia todas as atividades.
Resultados
As atividades são baseadas no conceito ampliado de saúde (integralidade e intersetorialidade). Observa-se claramente as mudanças de postura dos profissionais que participam das capacitações, com o frequente relato de despreocupação anterior em obter ou aprofundar conhecimentos sobre a
saúde da população LGBTQIA+, ou outros aspectos da vida destas pessoas. As reflexões e reconhecimento da sua responsabilidade no processo de saúde impactam a percepção da importância de mudar práticas e atitudes.
Aprendizado e análise crítica
O desconhecimento sobre gênero, sexualidade conformam uma estrutura social que promove violação dos direitos humanos e desigualdades com reflexos no acesso aos serviços de saúde. No imaginário social, há relação direta entre pessoas LGBTQIA+ e práticas socialmente estigmatizadas e marginalizada (prostituição, drogas, IST etc.), isso gera impactos diretos na exclusão e acesso aos serviços de saúde. A interseccionalidade de fatores individuais, pode agravar o grau e intensidade da exclusão.
Conclusões e/ou Recomendações
As atividades do PROSAIN têm como objetivo ampliar a formação dos profissionais que atuam na REP-SUS e estudantes da área da saúde, além de, fomentar reflexões sobre gênero e sexualidade que removam barreiras de acesso e iniquidades na saúde. É fundamental ampliar as ações de formação para outros setores como o da educação, assistência social, segurança pública, à luz dos direitos humanos e justiça social, promovendo o conceito ampliado de saúde.
A INTERDISCIPLINARIDADE NA PRÁTICA DA OFICINA EXPRESSARTES: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PSIQUIÁTRICO NO RIO DE JANEIRO
Pôster Eletrônico
1 UFRJ
2 UERJ
Período de Realização
Relata-se a prática vivida em 2024 e 2025 ( até maio).
Objeto da experiência
É observado na realização da oficina a importância da intersecção de saberes na luta contra o discurso biomédico no cuidado com a loucura.
Objetivos
Relatar a experiência da interdisciplinaridade na oficina do projeto de extensão ExpressArtes - da Promoção da Saúde Mental ao enfrentamento da crise psiquiátrica, da UFRJ.
Descrição da experiência
Os extensionistas/facilitadores acompanham os usuários durante a oficina artística livre em grupo. São oferecidos materiais como papel, tinta, lápis de cor, miçangas, argila, para que os participantes possam ter contato com esses recursos e, a partir deles, se expressarem livremente. As produções são diversas: desenhos associados às próprias histórias de vida, passando por bijuterias para presentear um familiar, ou reflexões sobre o adoecimento e desafios da inclusão social.
Resultados
Após a oficina, os extensionistas reúnem-se em roda para relatar momentos importantes que saltaram ao seu olhar profissional, como comportamentos, afetações provocadas pelo uso de certos recursos artísticos, envolvimento, sustentação e engajamento na atividade. Neste momento, dois registros são realizados: um referente ao coletivo, sobre o funcionamento da atividade no dia, e outro individual, referente ao comportamento do participante e sobre sua produção, que é incorporado ao prontuário.
Aprendizado e análise crítica
A multidisciplinaridade proporciona diferentes perspectivas sobre o envolvimento e produção dos usuários durante a oficina, dialogando com os projetos terapêuticos singulares propostos pelas equipes clínicas. Estas trocas fortalecem a colaboração e ampliam os saberes individuais, proporcionando uma vivência e formação mais dialogada em saberes, aberta à escuta e construção pelo coletivo que não se encerra no saber profissional, contemplando sobretudo os saberes partilhados pelos participantes.
Conclusões e/ou Recomendações
Assim, a abordagem interdisciplinar da oficina possibilita o questionar das certezas profissionais, estimulando a comunicação horizontal entre os facilitadores e participantes. Tal abordagem reconhece a subjetividade e a complexidade das pessoas envolvidas, considerando que muitos dos elementos presentes nas produções artísticas refletem elaborações significativas que remetem à trajetória de vida daqueles que participam deste espaço.
SAÚDE DIGITAL NO BRASIL: RECONHECIMENTO CIENTÍFICO E DESAFIOS AVALIATIVOS NAS ESTRUTURAS DE FORMAÇÃO, PESQUISA E INOVAÇÃO
Pôster Eletrônico
1 SBIS
2 UFSC
Período de Realização
Experiência no contexto pós-pandêmico, a partir de 2020, marcada por debates sobre digital na saúde
Objeto da experiência
Reflexão crítica sobre os entraves à institucionalização da Saúde Digital como área multidisciplinar nas estruturas de avaliação e fomento no Brasil.
Objetivos
Evidenciar como a ausência de reconhecimento formal da Saúde Digital como área multidisciplinar compromete a articulação entre saberes das ciências da saúde e das tecnológicas, limitando o potencial avaliativo, formativo e científico do campo, bem como a definição de competências específicas.
Metodologia
O relato baseia-se na atuação e vivência em sociedades científicas, participação em comissões avaliadoras e interlocução com gestores, pesquisadores e instituições de ensino. A ausência de reconhecimento formal da Saúde Digital como área multidisciplinar tem gerado conflitos de escopo, exclusão de estudos, dificuldades em editais e incompreensões em processos formativos e avaliativos, evidenciando fragmentação da área e sobreposição com outras disciplinas.
Resultados
A ausência de reconhecimento da SD como área multidisciplinar impacta negativamente a avaliação de artigos, projetos, editais e currículos. Observa-se que, mesmo em eventos científicos relevantes, a SD nem sempre aparece explicitamente entre os eixos temáticos, o que indica que o conceito ainda não é amplamente conhecido ou compreendido, mesmo entre especialistas, avaliadores e pesquisadores com alta titulação. Isso compromete a valorização da área e a coerência das avaliações.
Análise Crítica
Embora, atualmente, haja avanços em políticas públicas relevantes para a transformação digital na saúde, a ausência de institucionalização da SD como área de conhecimento multidisciplinar compromete a integração entre saúde e tecnologia. A experiência evidencia a necessidade de marcos conceituais construídos coletivamente, formação de avaliadores com saberes múltiplos e fortalecimento de redes interdisciplinares para consolidar a SD como um eixo transversal e estruturante da saúde no Brasil.
Conclusões e/ou Recomendações
A consolidação da Saúde Digital no Brasil como campo estruturante, requer seu reconhecimento institucional como área de conhecimento legítima, capaz de articular inovação tecnológica, cuidado em saúde e formação profissional. Recomenda-se fomentar espaços de interlocução entre áreas, criar critérios institucionais claros para sua avaliação e incentivar iniciativas intersetoriais que fortaleçam os sistemas educacional, científico e de saúde.
IMPLANTAÇÃO DE RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS NO INTERIOR DO ESTADO DE SÃO PAULO: AVANÇOS E DESAFIOS NA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
Pôster Eletrônico
1 FMB Unesp
2 FMB- UNesp
3 FMB- Unesp
4 Unifesp
Período de Realização
Janeiro a agosto de 2023.
Objeto da experiência
Implantação de duas Residências Terapêuticas tipo II como estratégia de cuidado em liberdade na RAPS, no interior do estado de São Paulo.
Objetivos
Proporcionar moradia digna e suporte psicossocial contínuo, a pessoas com transtornos mentais graves e longas internações, favorecendo a reabilitação, autonomia, emancipação, inclusão comunitária e fortalecimento da rede substitutiva de atenção psicossocial no município.
Descrição da experiência
Com o fechamento dos leitos de longa permanência do hospital psiquiátrico, foram implantadas duas RTs tipo II em Adamantina, uma masculina e uma feminina. A seleção dos moradores foi realizada por equipe técnica do CAPS e DRS, considerando o grau de dependência e perfil psicossocial. A RT feminina abriga 10 mulheres e a masculina, 10 homens, com variados graus de autonomia. A experiência envolveu articulação intersetorial, adaptação dos usuários e integração com os serviços da RAPS.
Resultados
Os moradores passaram a frequentar espaços públicos e atividades comunitárias, promovendo reinserção social. Observou-se redução no uso de medicamentos, melhora na autonomia e emancipação, retomada de vínculos familiares e diminuição da dependência para atividades diárias. A resistência inicial da população foi superada com ações de educação em saúde e acompanhamento dos resultados positivos. O modelo mostrou-se eficaz na promoção do cuidado em liberdade, no território e na reabilitação psicossocial.
Aprendizado e análise crítica
O processo revelou desafios como resistência comunitária, adaptação dos moradores e articulação da equipe multiprofissional. A experiência reforçou a importância do suporte contínuo, qualificação das equipes e sensibilização da população. A prática cotidiana evidenciou que o cuidado em liberdade é possível, eficaz e humanizado. A integração entre CAPS, ESF e gestores municipais foi fundamental para superar obstáculos e fortalecer a rede de atenção.
Conclusões e/ou Recomendações
A implantação das RTs em Adamantina, representa avanço no processo de desinstitucionalização. Recomenda-se a continuidade do investimento em serviços substitutivos, formação permanente das equipes, apoio institucional e financiamento adequado para garantir a sustentabilidade. A experiência confirma a importância do cuidado territorializado, centrado na autonomia e inclusão de pessoas com sofrimento psíquico.
TRILHA ICONOGRÁFICA COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA DE ENSINO DA HISTÓRIA DO SISTEMA DE SAÚDE DO BRASIL PARA O PRIMEIRO SEMESTRE DO CURSO DE MEDICINA
Pôster Eletrônico
1 UNISA
Período de Realização
Essa estratégia pedagógica teve início em agosto de 2024, e, foi utilizada novamente em março de 2025.
Objeto da experiência
Compreensão crítica da história do sistema de saúde brasileiro por meio da construção e vivência de uma "trilha iconográfica" na formação médica.
Objetivos
Analisar os marcos históricos da saúde no Brasil, compreendendo os contextos sociais, políticos e epidemiológicos que moldaram as políticas públicas e permitiram a criação do SUS, com protagonismo estudantil na construção coletiva da discussão em sala.
Descrição da experiência
A metodologia adotada foi a construção de uma “trilha iconográfica” interativa. Após leitura prévia sobre seis períodos da história da saúde no Brasil, os estudantes, divididos em grupos, escolheram imagens representativas de sua fase, discutiram e negociaram trocas entre si. Em seguida, apresentaram os períodos em ordem cronológica, com base nas imagens e com mediação dos professores, promovendo reflexão crítica sobre os contextos históricos e suas influências na saúde pública.
Resultados
A atividade gerou alto engajamento e participação com construção coletiva da linha do tempo da saúde pública no Brasil. A necessidade de desempenhar um papel ativo na discussão e apresentação do tema favoreceu o desenvolvimento do pensamento crítico, da análise contextual e da valorização do SUS como conquista histórica. A inserção dessa aula no primeiro semestre do curso de medicina propiciou reflexão importante sobre a atuação médica nos diferentes contextos históricos do sistema de saúde.
Aprendizado e análise crítica
A atividade proporcionou um espaço de diálogo e reflexão sobre o papel da medicina nos processos históricos que culminaram na criação do SUS, favorecendo o protagonismo estudantil e o reconhecimento crítico da prática médica em diferentes contextos. A discussão articulou os marcos históricos às dimensões sociais, políticas e epidemiológicas, com mediação docente, sendo especialmente relevante para a fase inicial da formação médica.
Conclusões e/ou Recomendações
A trilha iconográfica constitui uma ferramenta potente e inovadora no ensino da saúde coletiva, integrando metodologias ativas com conteúdos estruturantes da formação médica, além de possibilitar uma participação ativa dos alunos na discussão de temas fundamentais para a formação em saúde construindo uma visão crítica reflexiva do processo histórico da saúde no Brasil, evidenciando o marco do surgimento do SUS na história brasileira.
CURSO DE EPIDEMIOLOGIA DO COLETIVO NEGRO MAKOTA VALDINA: EXPERIÊNCIAS DE 2019 A 2023
Pôster Eletrônico
1 UERJ
Período de Realização
De 2019 a 2023
Objeto da experiência
Preparar pessoas negras, indígenas, transgêneras e mais para o ingresso no Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva/Epidemiologia do IMS/UERJ.
Objetivos
Relatar o planejamento acadêmico e a experiência de um grupo de estudos de alunos negros durante o curso preparatório. Além de relatar as dificuldades e barreiras enfrentadas durante este processo.
Descrição da experiência
A metodologia de ensino ativa se mantém desde o início das atividades. Estudantes facilitadores organizam os tópicos das discussões do curso, além de cooperarem na elaboração/atualização do material didático, em um cronograma de aulas noturnas. O curso não ocorreu em 2020 e não recebeu inscrições em 2022. Após o período da pandemia de covid-19, os encontros presenciais foram substituídos por online. Desse modo, o preparatório teve 8 aulas, em 2019, 5 aulas em 2021 e 6 aulas, em 2023.
Resultados
Foram um total de 31 pessoas inscritas em três anos. Sendo 28 para o mestrado e 3 para o doutorado: 48,3% em 2019 (n=15), 38,7% em 2021 (n= 12), e 12,9% em 2023 (n=4). Em cada ano, 1 a 2 participantes recebeu aprovação. O presente relato é parte de um projeto mais amplo, com módulos das outras áreas de concentração da Saúde Coletiva (Ciências Humanas e Políticas), aulas de inglês, escrita de projetos e preparação para a entrevista — atividades que podem ter dado maior suporte aos participantes.
Aprendizado e análise crítica
Da preparação a execução das aulas, organizou-se o conteúdo didático em aulas mais acessíveis a estudantes que não tinham contato direto com os conteúdos estabelecidos. Propor uma lógica não hierárquica de aprendizado, com diálogos de alunos para alunos, na tentativa de socializar e traduzir conteúdos densos, proporcionou lições acadêmicas e sociais para além de uma forma de ensino inflexível. Este tipo de iniciativa é importante durante o processo de ensino-aprendizagem.
Conclusões e/ou Recomendações
É imprescindível apoiar e agir para a manutenção e evolução das ações afirmativas. De modo que se faz continuamente necessário apoiar ações que façam da pós-gradução um ambiente mais acolhedor e livre das barreiras impostas pelo racismo estrutural, pela cisheteronormatividade e demais sistemas opressivos. Iniciativas que partem de alunos para alunos são importantes por propor uma lógica não hierárquica de aprendizado.
INTEGRAÇÃO ENTRE CLÍNICA E VIGILÂNCIA NA FORMAÇÃO MÉDICA NA ZONA SUL DE SÃO PAULO
Pôster Eletrônico
1 UNISA
Período de Realização
Primeiro semestre de 2025, especificamente, de fevereiro a maio
Objeto da experiência
Imersão dos alunos do terceiro semestre de medicina da Universidade Santo Amaro no exercício das atividades de vigilância em saúde no SUS
Objetivos
Desenvolver a capacidade de compreensão analítica e crítica dos riscos à saúde da população e à articulação entre a prática clínica, as ações coletivas de vigilância em saúde e os determinantes sociais da saúde.
Descrição da experiência
Após dez semanas teóricas sobre epidemiologia e vigilância em saúde, os alunos foram divididos para práticas em serviços de saúde na zona sul de São Paulo. Atuaram na Atenção Primária (NUVIS/UBS), Secundária (SAE HIV/Aids) e em três unidades de vigilância em saúde. As práticas abrangeram vigilância epidemiológica, sanitária e ambiental, conforme o serviço. A vigilância em saúde do trabalhador não foi contemplada por falta de campo disponível no período da atividade.
Resultados
Houve a compreensão, na prática, da relação entre clínica e vigilância em saúde. Verificou-se como o trabalho médico excede o cuidado individual, ampliando-se para ações coletivas e preventivas. A interdependência entre clínica e vigilância ficou evidente, com dados clínicos alimentando a vigilância e vice-versa, gerando reflexões sobre o impacto do trabalho médico e da epidemiologia para a superação de desigualdades sociais e territoriais na saúde.
Aprendizado e análise crítica
As práticas evidenciaram que, como o cuidado de um único paciente, com o serviço da vigilância em saúde, geram-se dados fundamentais para a competência na saúde coletiva, revelando o papel estratégico da clínica como elo inicial na cadeia que estrutura ações para a investigação de problemas de saúde. Contudo, essa função é pouco percebida na rotina dos serviços de saúde, onde predomina uma lógica centrada no atendimento individual, dissociada do impacto coletivo que esse cuidado pode gerar.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência mostrou que integrar clínica e vigilância é essencial para formar médicos comprometidos com a integralidade do cuidado. A vivência nos serviços de vigilância ampliou a compreensão sobre a atuação médica, conectando o cuidado individual às ações coletivas. Recomenda-se expandir os campos de prática, incluindo a VISAT, e institucionalizar essas vivências no currículo, com maior tempo de inserção e supervisão docente qualificada.
ATRAVESSAMENTOS ANTINEOLIBERAIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA FORMATIVA NA MONITORIA VOLUNTÁRIA EM SAÚDE COLETIVA NA AMAZÔNIA
Pôster Eletrônico
1 CESUPA
Período de Realização
A experiência foi realizada de 6 de março a 2 junho de 2025.
Objeto da experiência
Experiência de monitoria na disciplina de saúde coletiva, com foco nos impactos do neoliberalismo na saúde mental.
Objetivos
Refletir sobre a monitoria em saúde coletiva como espaço de formação clínico-política e como resistência pedagógica frente à patologização da vida e às desigualdades sociais na Amazônia.
Descrição da experiência
A monitoria voluntária em Saúde Coletiva foi realizada no curso de Psicologia em uma Instituição privada, com foco em aula crítica sobre os impactos do neoliberalismo na saúde mental e desresponsabilização estatal; o acompanhamento em visitas domiciliares em uma Estratégia de Saúde da Família e a Formação em Saúde Mental de Agentes Comunitários de Saúde. A experiência estimulou a participação dos estudantes e uma reflexão coletiva sobre as desigualdades sociais, prioritariamente na Amazônia.
Resultados
Houve engajamento dos estudantes, essencial para compreender como a lógica neoliberal do enhancement — busca incessante por otimização e performance — afeta a saúde mental, sobretudo dos mais vulneráveis. A prática no território permitiu refletir sobre a patologização da vida e a desresponsabilização estatal, fortalecendo a monitoria como espaço crítico sobre desigualdades sociais na Amazônia.
Aprendizado e análise crítica
A participação na experiência permitiu análise crítica do neoliberalismo, evidenciando como a priorização do lucro sobre o bem-estar impacta a saúde mental. Essa compreensão reforçou uma leitura crítica das desigualdades sociais, com foco nas comunidades do Norte, demonstrando que a saúde está diretamente ligada às políticas econômicas e requer atenção às vulnerabilidades regionais.
Conclusões e/ou Recomendações
Houve o impulsionamento da análise do impacto do neoliberalismo, o engajamento estudantil confirmou a eficácia da monitoria na análise do sistema político-econômico, que consolidou-se como campo de formação docente. Recomenda-se que a análise crítica e aprofundada do sistema mundial seja um pilar nos currículos de graduação, especialmente na saúde, considerando as particularidades regionais como a Amazônia.
PREVENÇÃO, PROMOÇÃO E TRATAMENTO E REABILITAÇÃO NA AMAZÔNIA: UM RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA FORMATIVA.
Pôster Eletrônico
1 Centro Universitário do Estado do Pará
Período de Realização
A experiência foi realizada no período de 06 de Março a 02 de Junho de 2025.
Objeto da experiência
Prática de monitoria no território em ações de promoção, prevenção e tratamento e reabilitação em saúde mental na Amazônia.
Objetivos
Vivenciar teoria e prática das ações de prevenção, promoção, tratamento e reabilitação, através de capacitação, observação e intervenção junto a estudantes de psicologia e à Estratégia de Saúde da Família, em contexto de vulnerabilidade social na periferia de um centro urbano amazônida.
Descrição da experiência
A monitoria ocorreu na disciplina de Saúde Coletiva de uma instituição educacional privada na Amazônia junto a discentes do 3º período de Psicologia. As autoras atuaram na condução de capacitação teórica acerca do campo da prevenção, promoção, tratamento e reabilitação; e foram realizadas visitas técnicas e domiciliares em uma Estratégia de Saúde da Família, culminando em uma formação em saúde mental aos Agentes Comunitários de Saúde.
Resultados
Os discentes relataram importantes aprendizados com o conteúdo ministrado pelas monitoras, especialmente quando associado ao território e às dificuldades relatadas pelos usuários para a obtenção e continuidade de suporte psicológico eficaz na atenção básica. As visitas domiciliares trouxeram aprendizados sobre os acolhimentos iniciais e seus limitados benefícios. Na formação foi possível garantir a capacitação para ferramentas e estratégias de cuidados integral aos Agentes Comunitários de Saúde.
Aprendizado e análise crítica
Conhecer e saber diferenciar as ações de prevenção, promoção e tratamento e reabilitação no SUS é fundamental para garantir que as conduções da equipe tragam segurança, eficácia e singularidade aos cuidados ofertados à cada usuário/território. Esta percepção clínica e política, dentro de um contexto de múltiplas vulnerabilidades é imprescindível, podendo ser aplicada em diferentes estratégias de ação, promovendo melhorias significativas às demandas de cada conjuntura.
Conclusões e/ou Recomendações
Na unidade, a equipe foca em prevenção, tratamento e reabilitação. Contudo, as ações de promoção são poucas e dependem de parcerias externas de instituições privadas. Isso ocorre por falta de formação da equipe e negligência do Estado em garantir estrutura e investimentos para a saúde integral. Esta é uma pauta necessária e urgente.
INTEGRAÇÃO DAS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS À SAÚDE COLETIVA: RELATO DA EXPERIÊNCIA NA DISCIPLINA OPTATIVA
Pôster Eletrônico
1 ISC/UFBA
Período de Realização
A experiência foi desenvolvida no período de 08/10/2024 a 28.01.2025, correspondendo a 30 horas/aula
Objeto da experiência
A concepção e implementação do componente curricular "Fundamentos de Fisiologia Humana na Perspectiva da Saúde Coletiva" nos cursos da área de saúde.
Objetivos
Descrever a experiência da concepção da disciplina optativa "Fundamentos de Fisiologia Humana na Perspectiva da Saúde Coletiva", para contribuir na compreensão mais abrangente acerca dos processos saúde/doença/cuidado, a partir das interações entre campos das Ciências Biológicas e da Saúde Coletiva.
Metodologia
A disciplina foi concebida como um espaço de diálogo, reflexão crítica e construção coletiva do conhecimento, partindo do pressuposto da educação como processo contínuo de formação cidadã, e fomentando a participação ativa dos estudantes para compreensão dos desafios contemporâneos da saúde coletiva. A estrutura curricular contemplou políticas públicas, equidade em saúde, inclusão de grupos historicamente marginalizados e os impactos do racismo e outras formas de opressão na saúde da população.
Resultados
As discussões de artigos científicos e a análise crítica de casos concretos evidenciaram a importância do pensamento reflexivo e da construção coletiva do conhecimento. O debate acadêmico e espaço de questionamento e proposição de soluções, fortaleceu o entendimento sobre as injustiças sociais e as desigualdades. Nesse sentido, a disciplina se consolidou como um espaço plural, voltado à compreensão da realidade social e à tomada de consciência sobre os desafios no campo da saúde coletiva.
Análise Crítica
A disciplina é importante para a compreensão das necessidades e desafios dos determinantes sociais da saúde e a estratégia de abordagem entre teoria e prática favoreceu o pensamento crítico e reflexivo, essenciais à formação de profissionais na área da saúde. Ficou evidenciado a necessidade de espaços acadêmicos que proporcionem um aprofundamento maior sobre os temas abordados, da interdisciplinaridade e pluralidade de olhares na construção da disciplina para impacto positivo no modelo de ensino.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência evidenciou a importância da integração de saberes para uma compreensão mais ampla e crítica da saúde. Recomenda-se que futuras edições da disciplina considerem a ampliação da carga horária e das discussões, visando um aprofundamento das temáticas abordadas para contribuir com a formação de profissionais aptos para os desafios contemporâneos da Saúde Coletiva, comprometidos com a equidade e a justiça social.
INICIAÇÃO CIENTÍFICA CONTÍNUA NA GRADUAÇÃO EM MEDICINA: UMA EXPERIÊNCIA INOVADORA
Pôster Eletrônico
1 Centro Universitário Euro-Americano (UNIEURO)
Período de Realização
O período foi o ano de 2024.
Objeto da experiência
As unidades curriculares de iniciação científica do primeiro ao oitavo semestre de um curso de medicina.
Objetivos
Descrever a estrutura do modelo de iniciação científica implantado no curso de graduação em medicina de uma universidade privada do Distrito Federal, Brasil.
Metodologia
A premissa básica do modelo implantado baseia-se na ideia originalmente desenvolvida por Alexander von Humboldt, responsável pela criação de um modelo emblemático de universidade voltada para a pesquisa, ressaltando aspectos como a interdisciplinaridade, a formação pela pesquisa e a indissociabilidade do ensino e da pesquisa.
Resultados
As ementas incluem: IC 1 metodologia científica, IC 2 fundamentos de estatística para ensaios clínicos, IC 3 bioestatística, IC 4 epidemiologia descritiva, IC 5 epidemiologia analítica, IC 6 pesquisa qualitativa, IC 7 vigilância em saúde e IC 8 medicina baseada em evidências. A metodologia empregada é ativa, Team Based Learning. Durante todos os semestres é incentivada a leitura e a crítica de artigos científicos. Na semana científica, os trabalhos desenvolvidos pelos alunos são apresentados.
Análise Crítica
Nesse modelo de iniciação científica os alunos são imersos em uma fundamentação contínua no método científico. O pensamento crítico e a capacidade de resolver problemas complexos, habilidades essenciais para o exercício da medicina baseada em evidências, são estimulados. Ao se depararem com desafios durante o desenvolvimento de suas pesquisas, os estudantes são incentivados a buscar soluções criativas e a analisar criticamente a literatura científica disponível.
Conclusões e/ou Recomendações
A iniciação científica promove uma abordagem holística da prática médica, incentivando os estudantes a considerarem não apenas os aspectos clínicos, mas também os aspectos científicos, éticos e sociais envolvidos no cuidado com o paciente. Ao integrar a pesquisa à sua formação, eles estarão mais bem preparados para enfrentar os desafios da profissão e contribuir de forma significativa para o avanço da ciência e o bem-estar da sociedade.
PROMOÇÃO DO AUTOCONHECIMENTO E DA SAÚDE MENTAL EM ADOLESCENTES: RELATO DE INTERVENÇÃO PSICOEDUCATIVA NA AMAZÔNIA PARAENSE
Pôster Eletrônico
1 CESUPA
Período de Realização
Abril a maio de 2024.
Objeto da experiência
Intervenção com adolescentes de escola pública, incentivando o autoconhecimento por meio da metodologia ativa.
Objetivos
Promover o autoconhecimento em adolescentes por meio de práticas educativas, comunicação e empatia, contribuindo para um ambiente escolar mais saudável, com base em princípios da integralidade e da participação social em saúde.
Descrição da experiência
A intervenção foi realizada por estudantes de psicologia em escola pública de Belém (PA). Após diagnóstico situacional, aplicaram-se dinâmicas de autoconhecimento e resolução de conflitos. Com abordagem participativa, promoveu-se escuta ativa e fortalecimento dos vínculos, utilizando a escola como espaço de cuidado e produção de saúde.
Resultados
Houve adesão ativa dos adolescentes, com engajamento nas dinâmicas e escuta mútua. As ações favoreceram a identificação de potencialidades e o enfrentamento coletivo das dificuldades de relacionamento grupal. A experiência promoveu vínculo e empatia no ambiente escolar em território de cuidado compartilhado.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou o potencial das práticas educativas no território escolar como ações de cuidado em saúde mental. Revelou a importância da escuta, da horizontalidade e do acolhimento para a promoção de vínculos e da autonomia dos sujeitos. Para os interventores, foi uma vivência potente de formação ampliada, conectando teoria e prática nos princípios da integralidade e da equidade
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se ampliar ações intersetoriais entre saúde e educação. Estratégias simples e dialógicas, como esta, podem promover saúde mental, fortalecer vínculos e tornar o ambiente escolar um espaço de escuta, cuidado e construção coletiva, alinhado aos princípios do SUS.
VISITAS DOMICILIARES: UMA PONTE ENTRE A COMUNIDADE E A UNIVERSIDADE – AVALIAÇÃO DOS MONITORES DE SAÚDE COLETIVA QUANTO A VIVÊNCIA DOS ACADÊMICOS NO CUIDADO À SAÚDE BUCAL
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG)
Período de Realização
Os dados foram coletados entre o segundo semestre de 2024 até o primeiro semestre de 2025.
Objeto da experiência
Avaliar a percepção de monitores das atividades práticas de Saúde Coletiva da UNIFAL-MG,
frente a vivência dos universitários em visitas domiciliares.
Objetivos
Avaliar a vivencia dos monitores ao acompanhar as visitas domiciliares nos núcleos familiares
com os discentes de Odontologia no que se remete a orientação e encaminhamento referente
aos cuidados com a saúde bucal.
Descrição da experiência
Trata-se de um estudo transversal no qual os discentes realizaram visitas domiciliares com alunos
das escolas públicas de Alfenas/MG, a partir de um levantamento prévio das condições de saúde
bucal. A visita foi acompanhada por um monitor da disciplina, que faz a condução das ações de
prevenção e orientação quanto aos cuidados sobre a saúde bucal de todo o núcleo familiar, além
de realizar a avaliação dos acadêmicos. Para avaliação foi utilizado um instrumento estruturado
no google forms.
Resultados
As visitas foram realizadas em duplas com a presença do monitor. Foram analisadas 14 avaliações
contendo 10 itens: sendo que 67,6% mantiveram uma reação natural ao adentrar na casa, 88,2%
conduziram a entrevista de forma dialogada, 97,05% tiveram interação familiar e 91,17%
observaram preparo da dupla. Somente 23,5% depararam com situações inusitadas e apenas
20,5% necessitaram ter intervenção do monitor. A grande maioria (91,1%) dos acadêmicos
respeitaram as normas estabelecidas na disciplina.
Aprendizado e análise crítica
A experiência demonstrou que é possível planejar e implementar ações de saúde bucal que
visem melhorar e manter a saúde da população no contexto da saúde coletiva, além de capacitar
o acadêmico a compreender os problemas e as necessidades provenientes do público abordado,
considerando os determinantes sociais em saúde. Ademais, os monitores identificaram a
importância do suporte emocional e científico no amparo dos discentes em meio a sua primeira
vivencia no núcleo domiciliar.
Conclusões e/ou Recomendações
Considera-se de fundamental importância a experiência das visitas domiciliares no que tange ao
processo de formação acadêmica, no âmbito da prática da sensibilização e capacitação sobre os
conceitos de saúde bucal, promove diálogo e troca de saberes, além de transformar
necessidades coletivas. Também contribui para a formação humanística dos discentes ao expô-
los aos desafios enfrentados por profissionais da Rede de Atenção à Saúde.
A FORMAÇÃO EM SAÚDE E A INVISIBILIDADE DA VIOLÊNCIA DE GÊNERO: REFLEXÕES A PARTIR DA INICIAÇÃO CIENTÍFICA
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal Do Paraná (UFPR)
2 Universidade Federal Fluminense (UFF)
Período de Realização
De fevereiro a junho de 2025.
Objeto da experiência
Iniciação científica de alunas de Serviço Social, Medicina e Enfermagem em projeto voltado a mulheres vítimas de violência por parceiro íntimo (VPI).
Objetivos
Evidenciar lacunas na formação em saúde sobre violência de gênero e demonstrar como projetos de extensão e iniciação científica representam espaços fundamentais de formação complementar e cidadã diante da ausência/fragilidades de abordagem curricular estruturada.
Descrição da experiência
A experiência se desenvolve no projeto “Eu Decido”, que propõe uma plataforma inédita de apoio à decisão e segurança para mulheres em situação de VPI. A ausência de formação curricular sobre o tema resulta em despreparo profissional e práticas de revitimização. A atuação no projeto permite abordar criticamente a violência de gênero e desenvolver competências éticas. No entanto, essa formação permanece restrita a poucos estudantes.
Resultados
O tema é abordado superficialmente nos cursos de saúde, exigindo dos estudantes uma busca individual por formações complementares. Projetos de pesquisa se revelam espaços fundamentais para o aprofundamento crítico sobre a violência de gênero e o fortalecimento da escuta qualificada, evidenciando a urgência de mudanças nos componentes curriculares.
Aprendizado e análise crítica
A escassez e superficialidade do tema nos currículos refletem uma formação de profissionais de saúde ainda centrada no modelo biomédico e hospitalocêntrico, que prioriza doenças e procedimentos em detrimento de questões sociais, éticas e relacionais, como a violência contra a mulher. O tema ainda carrega tabus sociais, e muitas vezes é tratado como questão individual e não como problema de saúde pública e violação de direitos humanos.
Conclusões e/ou Recomendações
A ausência do tema na formação multiprofissional em saúde representa não apenas uma falha curricular, mas sem embasamento crítico e ético, também enfraquece a capacidade de resposta diante de uma demanda. Por isso, é essencial que os cursos de graduação incorporem conteúdos que tratem da violência de gênero e das políticas públicas de enfrentamento. Enquanto isso não ocorre, a alternativa encontrada pelos estudantes são os projetos de pesquisa e extensão.
DESAFIOS NO MAPEAMENTO DA REDE INTERSETORIAL DE ATENDIMENTO ÀS MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA POR PARCEIRO ÍNTIMO PARA SUBSÍDIO NA PLATAFORMA (WEBSITE/APP) “EU DECIDO”
Pôster Eletrônico
1 UFF
2 UFPR
Período de Realização
fevereiro a junho de 2025
Objeto da experiência
Levantamento de dados sobre serviços da rede de atendimento às mulheres vítimas de violência por parceiro íntimo (VPI) para a plataforma “Eu-decido”.
Objetivos
Descrever os limites e potencialidades no levantamento de dados dos serviços da rede de apoio intersetorial para alimentar uma plataforma online de apoio à decisão e planejamento de segurança às vítimas de VPI, com dados dos 5.570 municípios do Brasil.
Metodologia
Inicialmente foi realizada uma revisão sobre VPI e Sistemas de Apoio à Decisão (SADs), com discussões com equipe de pesquisa formada por técnicos e especialistas para a criação dos instrumentos de coleta e definição dos equipamentos mínimos por município em redes, o que nos permitiu padronizar a coleta. Por se tratar de uma plataforma online que possibilitará o apoio à tomada de decisão e planejamento de segurança utilizamos apenas os serviços públicos, em rede intra e intersetorial.
Resultados
Iniciamos a coleta na região Sul e Sudeste, a partir de cinco áreas: saúde, justiça, assistência, segurança pública e demais equipamentos da rede intersetorial. O maior desafio foi a persistência do trabalho analógico das instituições, especialmente em áreas rurais, o que dificulta a informatização das usuárias e a integração entre os serviços da rede. O Painel 180 e o CNES forneceram informações fidedignas de abrangência nacional, em especial em municípios urbanos, de grande porte populacional.
Análise Crítica
Informações como telefone e endereço divergem em sites oficiais. A falta de dados padronizados e atualizados, especialmente em cidades pequenas, compromete o mapeamento eficaz dos serviços. Incluímos dados de coletivos que apoiam mulheres vítimas de VPI, ampliando o acesso a redes de apoio, sobretudo em municípios remotos. Apesar dos avanços tecnológicos, persiste a desinformação, reflexo de retrocessos em escala global nesse campo temático.
Conclusões e/ou Recomendações
A plataforma “Eu-Decido” configura-se como uma estratégia inovadora para o enfrentamento da VPI que reconhece e estimula a ampliação do uso da rede intersetorial em âmbito nacional. Ao identificar lacunas na disponibilidade de informações contribui para qualificar o acesso de mulheres aos serviços e fortalecer respostas institucionais à VPI.
COTIDIANO DE TRABALHO DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE ATRAVÉS DA PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES DE MEDICINA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Pôster Eletrônico
1 UEG
Período de Realização
A experiência a relatada ocorreu no período de março a maio de 2025.
Objeto da experiência
Vivência das atividades cotidianas junto aos agentes comunitários de saúde (ACS) pelos estudantes do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Goiás.
Objetivos
Descrever a experiência vivenciada no acompanhamento das atividades desenvolvidas pelos agentes comunitários de saúde, as dificuldades enfrentadas por estes profissionais da saúde e as possíveis estratégias para minimizar os desafios no cenário de atuação profissional na Atenção Primária à Saúde.
Descrição da experiência
Inicialmente, fez-se o reconhecimento da Unidade de Saúde, uma Clínica Popular, que abrange três Estratégias da Saúde da Família (ESFs) e possuí atualmente, 20 Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Cada ACS é responsável por aproximadamente 500 habitantes. Semanalmente, houve acompanhamento pelos estudantes de medicina nas visitas domiciliares realizadas pelos ACS, anotação das atividades, observações e informações obtidas junto à comunidade.
Resultados
Foram realizadas 10 visitas domiciliares na área de abrangência da unidade visitada. As atividades nas visitas domiciliares foram baseadas em perguntas sobre o número de pessoas na moradia, condições de saúde, consumo de água potável e orientação na busca de atendimento na Unidade de Saúde. Muitos domicílios não receberam a visita dos ACS devido ao crescimento populacional do bairro resultando em áreas descobertas e sobrecarga mental para estes trabalhadores.
Aprendizado e análise crítica
Ficou evidenciada a dificuldade dos agentes comunitários de saúde em exercer as atribuições profissionais, no que diz respeito à integralidade e participação comunitária, que são princípios do Sistema Único de Saúde, visando atender as demandas e necessidades dos usuários. O acompanhamento pelos estudantes dos trabalhadores possibilitou o conhecimento das necessidades das famílias e da realidade do trabalho em saúde de acordo com as características locais.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência vivenciada pelos estudantes de Medicina mostrou que os Agentes Comunitários de Saúde são cruciais na atenção primária à saúde, exercendo um papel fundamental na promoção da saúde coletiva e no fortalecimento do vínculo entre usuários e as equipes de saúde. As dificuldades e desafios estão relacionados às condições de trabalho e a necessidade de concurso público para contratação de novos profissionais.
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE BUCAL COM METODOLOGIAS ATIVAS: UMA EXPERIÊNCIA INTERPROFISSIONAL NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA EM SANTA CATARINA
Pôster Eletrônico
1 UFSC
2 Prefeitura Municipal de São José (PMSJ)
Período de Realização
Maio e junho de 2024, em uma Unidade Básica de Saúde do município de São José (SC).
Objeto da experiência
Atividade educativa com equipe da Estratégia Saúde da Família, utilizando metodologias ativas para qualificar o cuidado integral em saúde bucal no território.
Objetivos
Descrever e analisar uma ação de educação permanente voltada à equipe multiprofissional da ESF, com foco na promoção do cuidado integral em saúde bucal, abrangendo todas as fases do ciclo de vida, mediante metodologias ativas que incentivem a interprofissionalidade e a aprendizagem coletiva.
Descrição da experiência
A atividade foi desenvolvida com a equipe da ESF (ACS, enfermeiros, médicos, dentistas e técnicos de enfermagem) por meio da análise de casos clínicos fictícios, ambientados no território e em diferentes fases da vida. Foram utilizados envelopes com personagens e situações-problema, discutidas coletivamente com mediação das cirurgiãs-dentistas, promovendo a troca de saberes e a construção conjunta de condutas. A metodologia favoreceu o protagonismo da equipe e a abordagem integral do cuidado.
Resultados
A experiência promoveu engajamento dos profissionais, ampliou a visão integral da saúde bucal e fortaleceu o vínculo entre membros da equipe. A abordagem favoreceu a interprofissionalidade e a troca de saberes, destacando a importância da escuta ativa, da corresponsabilização e da transversalidade no cuidado. A proposta foi bem acolhida e apontada como estratégia replicável em diferentes temáticas na educação permanente em saúde.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou o potencial transformador das metodologias ativas na formação em serviço, rompendo com práticas tradicionais e promovendo reflexão crítica, escuta qualificada e construção compartilhada do saber. Fortaleceu a integração da saúde bucal às ações da ESF e reafirmou o valor da educação permanente como eixo estruturante de um cuidado qualificado, ético e alinhado aos princípios do SUS, sobretudo no enfrentamento das necessidades reais dos territórios.
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se a adoção estruturada de estratégias formativas que incorporem metodologias ativas no cotidiano dos serviços, com foco na educação interprofissional e na integralidade do cuidado. Experiências colaborativas e territorializadas, como a descrita, revelam-se essenciais para qualificar práticas em saúde, tornando-as mais sensíveis às singularidades dos territórios e às necessidades concretas da população.
A MONITORIA COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA NO ENSINO: RELATO DE EXPERIÊNCIA NA DISCIPLINA EPIDEMIOLOGIA VII DO CURSO DE ENFERMAGEM DA UFF
Pôster Eletrônico
1 UFF
Período de Realização
A atividade foi realizada no 1° semestre de 2025 por acadêmicas de Enfermagem da UFF.
Objeto da experiência
Foram desenvolvidos três projetos de iniciação à docência vinculados à monitoria da disciplina Epidemiologia VII.
Objetivos
Ampliar a compreensão dos alunos sobre os conteúdos da disciplina, por meio de um tutorial sobre sistemas de informação, exercícios temáticos e a articulação entre teoria e prática na vigilância epidemiológica.
Metodologia
Os três projetos foram apresentados aos alunos como estratégias de apoio ao aprendizado. O primeiro material didático contou sobre sistemas de informação em saúde, com foco no acesso e interpretação de dados. O segundo incentivou o contato com questões de concurso, destacando a importância da disciplina. O terceiro explorou a vigilância epidemiológica no território e o papel do enfermeiro no enfrentamento de doenças e agravos no âmbito do SUS.
Resultados
As atividades ampliaram o engajamento discente, estimularam a aprendizagem ativa e fortaleceram o vínculo entre os conteúdos da disciplina com a prática profissional da enfermagem no âmbito da epidemiologia.
Análise Crítica
Do ponto de vista formativo, a monitoria proporcionou um espaço privilegiado para a qualificação pedagógica das alunas envolvidas, fortalecendo suas competências didáticas, analíticas e comunicativas.
Conclusões e/ou Recomendações
A implementação dos projetos de iniciação à docência é uma estratégia eficaz para aprimorar o ensino de epidemiologia e formar profissionais comprometidos com o SUS. Essa abordagem incentiva o protagonismo dos estudantes, aproxima teoria e prática, fortalece habilidades pedagógicas e comunicativas essenciais para a atuação em saúde pública, além de promover reflexão crítica sobre os desafios reais do sistema.
EXPEDIÇÃO MARIA FELIPA: EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA ODONTOLOGIA COMO ESPAÇO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL E RESPONSABILIDADE SOCIAL - RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 HIAE
2 FICSAE
3 USP
Período de Realização
14 a 21 de dezembro de 2024, no município de Vera Cruz (BA), localizado na Ilha de Itaparica.
Objeto da experiência
Expedição multidisciplinar com ações de saúde bucal, diagnósticos e educação em saúde em comunidade vulnerável.
Objetivos
Oferecer atendimento odontológico gratuito, desenvolver competências críticas e técnicas dos estudantes, aplicar diagnóstico situacional e promover educação permanente aos profissionais locais por meio de capacitação e troca de saberes com a rede pública municipal.
Descrição da experiência
A expedição envolveu 6 alunas de Odontologia, 4 dentistas, 2 técnicas e 1 docente. Houve capacitação prévia, organização logística e atendimentos diários em comunidades rurais com baixa cobertura. Aplicou-se a Escala de Vulnerabilidade Odontológica e ministrou-se curso aos profissionais locais sobre urgências e terapêutica medicamentosa.
Resultados
Foram realizados 228 atendimentos, com 190 procedimentos clínicos. Apenas 17,9% tinham acompanhamento odontológico; 97,5% usavam creme dental como única fonte de flúor; 37,65% relataram alto consumo de açúcar. Todos tinham banheiro em casa, 97,53% luz elétrica, mas só 10,49% coleta de esgoto.
Aprendizado e análise crítica
A ação proporcionou vivência prática e crítica sobre desigualdades, saúde pública e responsabilidade social. Estudantes aprimoraram habilidades clínicas, comunicação e empatia. A atuação mostrou a importância da extensão na formação de profissionais comprometidos com realidades sociais complexas e vulneráveis.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência demonstrou o potencial da extensão como elo entre ensino, serviço e comunidade. Reforça-se a necessidade de projetos contínuos que contribuam com o SUS e fortaleçam a formação ética, crítica e sensível de estudantes, promovendo saúde, inclusão e transformação social em territórios vulneráveis.
CONSTRUÇÃO DE INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO COM FEEDBACK PARA PROCESSOS FORMATIVOS DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Período de Realização
A experiência ocorreu em junho de 2025.
Objeto da experiência
Desenvolver um instrumento avaliativo com feedback para qualificar o processo formativo de agentes comunitários de saúde sobre o cuidado com o diabetes.
Objetivos
Descrever a construção de um instrumento de avaliação com feedback voltado à formação de Agentes Comunitários de Saúde no contexto da Atenção Primária à Saúde, com foco na qualificação do cuidado às pessoas com diabetes e no fortalecimento do papel dos ACS como educadores em saúde.
Descrição da experiência
A experiência foi realizada na disciplina Estudos Avançados em Educação na Saúde, do Doutorado Profissional em Saúde da Família (RENASF), e consistiu na construção de um instrumento avaliativo para processos formativos. A estrutura foi baseada em princípios da educação dialógica, prevendo aplicação em oficinas com simulações, dramatizações, rodas de conversa e observação supervisionada em campo.
Resultados
O instrumento apresenta potencial para apoiar práticas avaliativas formativas no SUS, ao promover reflexão crítica sobre o aprendizado e a atuação dos ACS. Estruturado em três dimensões — conhecimentos, atitudes e habilidades —, contém 10 itens com respostas em escala Likert, escore final por conceitos e devolutiva por técnica do sanduíche, com feedback específico e motivador
Aprendizado e análise crítica
A construção do instrumento evidenciou a importância de alinhar critérios objetivos de avaliação com princípios da educação popular em saúde. A proposta busca valorizar o papel dos ACS como sujeitos do processo educativo e reconhece que o feedback construtivo é fundamental para desenvolver competências profissionais em contextos reais de cuidado.
Conclusões e/ou Recomendações
O instrumento de avaliação com feedback representa uma ferramenta estratégica para a qualificação de processos formativos no SUS. Sua aplicabilidade em atividades educativas pode contribuir para uma avaliação mais humana, formativa e comprometida com a realidade do território. Recomenda-se sua validação em contextos práticos e sua adaptação a outras temáticas da APS.
MONITORIA EM SAÚDE COLETIVA DURANTE A FORMAÇÃO MÉDICA: UMA ESTRATÉGIA FORMATIVA PARA O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 CESMAC
Período de Realização
A experiência vivenciada ocorreu entre abril e junho de 2025.
Objeto da experiência
Monitoria em saúde coletiva, no módulo Integração Serviço, Ensino e Comunidade III, realizada por estudantes de Medicina.
Objetivos
Relatar a experiência da monitoria em saúde coletiva, no módulo Integração Serviço, Ensino e Comunidade III, realizada por estudantes de medicina de uma Instituição de ensino superior nordestina como uma estratégia formativa.
Descrição da experiência
A monitoria do módulo Integração Serviço, Ensino e Comunidade III tem por objetivo proporcionar ao estudante de medicina a união entre teoria e prática da saúde coletiva, com o enfoque na Vigilância em Saúde e na Epidemiologia. Diante da vivência teórico-prática da produção em saúde e suas implicações sociais, a monitoria busca maximizar o aprendizado, despertando o interesse pela vigilância, produção, análise, monitoramento e avaliação em saúde, como também pela carreira acadêmica.
Resultados
A vivência da monitoria apresenta pontos positivos e negativos. Como positivos, o desenvolvimento de habilidades didáticas, comunicação interpessoal, aprofundamento teórico, vivência prática da análise situacional, dos processos decisórios baseados em evidências e da dinâmica e complexidade do sistema de saúde. Como negativos, a monitoria revela o distanciamento dos discentes às temáticas relacionadas à saúde coletiva, condição que repercute em desânimo e sensação de impotência entre os monitores.
Aprendizado e análise crítica
A vivência da monitoria consegue conferir ao monitor a curiosidade e proatividade durante a produção do conhecimento e a tomada de decisões baseadas em evidências. Para além disso, a monitoria desenvolve no estudante de medicina um espírito de pertencimento e de engajamento em defesa do Sistema Único de Saúde, pois as dificuldades vivenciadas, especialmente, pela não valorização das temáticas, desencadeiam uma noção de compromisso e responsabilidade diante do processo formativo em saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
O relato sobre a monitoria em saúde coletiva vivida por estudantes de Medicina revela as potencialidades e dificuldades da formação em saúde e para o Sistema Único de Saúde. Contudo, as dificuldades desertam compromisso e engajamento com vistas a mudança de atitudes acerca das temáticas desenvolvidas durante a formação médica.
ADESÃO AO PROGRAMA NACIONAL DE MESTRADO PROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA - PROFSAÚDE, PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE - CAMPUS FLORESTA
Pôster Eletrônico
1 UFAC
Período de Realização
Agosto de 2023 a setembro de 2024.
Objeto da experiência
Adesão ao Programa Nacional de Mestrado Profissional em Saúde da Família (PROFSAÚDE).
Objetivos
Relatar o processo de adesão ao Programa Nacional de Mestrado Profissional em Saúde da Família (PROFSAÚDE) pela Universidade Federal do Acre (UFAC), Campus Floresta, no contexto do fortalecimento da pós-graduação na Região Norte do Brasil.
Descrição da experiência
Com a ampliação do número de vagas do PROFSAÚDE e o interesse da CAPES em implantar e fortalecer a pós-graduação na região Norte do Brasil, ocorreram tratativas entre a Coordenação Nacional do PROFSAÚDE e a UFAC. O Campus Floresta, situado em Cruzeiro do Sul, foi escolhido para receber o mestrado devido a inexistência de programas de mestrado em saúde e a necessidade de qualificação profissional na região. Então, os procedimentos para institucionalização da parceria foram realizados.
Resultados
O programa foi implantado com oferta de 14 vagas. Onze docentes vinculados ao curso de Bacharelado em Enfermagem foram cadastrados e passaram por um processo formativo para o adequado alinhamento das ações educativas. A primeira turma iniciada em setembro de 2024 tem 7 enfermeiros, 4 médicos, 1 nutricionista, 1 assistente social e 1 odontólogo, sendo 3 baseados em Rio Branco e 11 em Cruzeiro do Sul.
Aprendizado e análise crítica
A chegada de um programa de Mestrado Profissional no extremo Oeste da Amazônia brasileira representa um marco importante para a educação e a saúde desta localidade à medida que oportuniza aos profissionais da Atenção Primária à Saúde uma formação baseada em evidências e a transformação do território a partir das reais necessidades identificadas na especificidade do contexto amazônico. A turma já relata mudanças em suas práticas profissionais a partir dos aprendizados no PROFSAÚDE.
Conclusões e/ou Recomendações
A interiorização do PROFSAÚDE é uma estratégia importante para a redução das desigualdades regionais em relação às possibilidades formativas, pois proporciona o fortalecimento científico e assistencial local no contexto da Saúde Coletiva. Estudos futuros devem ser realizados para acompanhar o progresso do programa e seus reais impactos na região.
A EXPERIÊNCIA DE RESIDENTES EM UM MAPEAMENTO ÀS USFS DO DSSCV DO MUNICÍPIO DE SALVADOR
Pôster Eletrônico
1 Instituto de Saúde Coletiva (ISC/UFBA)
2 Secretaria Municipal de Jaboatão dos Guararapes
Período de Realização
A experiência ocorreu entre agosto e outubro de 2024.
Objeto da experiência
Mapeamento das Unidades de Saúde da Família do Distrito Sanitário São Caetano/Valéria, do município de Salvador.
Objetivos
Relatar a experiência de residentes em saúde coletiva, com concentração em planejamento e gestão, na realização de um mapeamento às USFs do DSSCV, de Salvador.
Descrição da experiência
Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com os gerentes, a fim de compreender o funcionamento das USFs, seguidas de visitas às dependências das unidades. O instrumento orientador possuía 15 perguntas sobre a estrutura física, os serviços, o processo de trabalho, a articulação com as redes, entre outros. Quanto às observações, a todo momento foi tempo de fazê-las. Foram contempladas 15 USFs, número total do DSSCV.
Resultados
Cada território era singular, quanto a potencialidades e demandas. Contudo, alguns aspectos foram similares nas USFs, como os impasses nas relações trabalhistas, muitos, advindos dos vínculos de trabalho. Em geral, as reuniões de equipe ocorriam diante de uma urgência. Nos bairros atravessados pela violência, os policiais ocupavam o lugar dos agentes de portaria das unidades. Observou-se que em algumas, a estrutura física, dificulta a acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida.
Análise Crítica
A prática se mostrou uma estratégia importante, uma vez que as residentes consolidaram a ideia de um fazer planejamento de forma descentralizada e crítica, visto que os desafios e necessidades são diferentes, a partir de cada território. Além disso, foi observado como a situação sociopolítica e de gestão perpassa, enquanto potência ou entrave, a existência e continuidade de uma unidade de saúde família, tendo em vista a relevância desse dispositivo para a consolidação dos pressupostos do SUS.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência foi valiosa nesse processo formativo de residência. Além disso, ajudou a levantar dados para os técnicos do DSSCV e facilitar uma possível intervenção, a partir das demandas e potenciais presentes em cada unidade, qualificando o planejamento em saúde. Salienta-se a necessidade de realização do mapeamento futuramente, como uma forma de monitorar os serviços e fortalecer a articulação das equipes locais e a gestão distrital.
A EXPERIÊNCIA DE ESTAGIÁRIAS E RESIDENTES COMO RELATORAS EM UMA CONFERÊNCIA DE SAÚDE, NO ESTADO DA BAHIA.
Pôster Eletrônico
1 Instituto de Saúde Coletiva (ISC/UFBA)
Período de Realização
A experiência ocorreu nos dias 19 e 20 de maio de 2025.
Objeto da experiência
Relatoria da 5ª Conferência Macrorregional Leste de Saúde da Trabalhadora e do Trabalhador da Bahia, realizada na cidade de Salvador.
Objetivos
Relatar a experiência de estagiárias e residentes como relatoras na 5ª Conferência macrorregional Leste de Saúde da Trabalhadora e do Trabalhador da Bahia; Compreender a importância da participação social na construção das políticas públicas para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Descrição da experiência
Os delegados previamente eleitos em seus municípios elaboraram propostas sobre o tema “saúde do trabalhador”. As proposições respondiam às demandas coletivas e foram organizadas por 3 eixos: política estadual de saúde da trabalhadora e do trabalhador; novas relações de trabalho e a saúde; participação popular na saúde para efetivação do controle social. A relatoria assumiu o papel de discorrer as propostas aprovadas em cada grupo e informar os delegados eleitos para a conferência estadual.
Resultados
Houve troca de experiências dos diversos atores sociais, divididos em grupos de trabalho para debater os temas específicos, contribuindo para o desenvolvimento de políticas que irão favorecer a população. Nos grupos, havia discussões recorrentes sobre a necessidade de concursos públicos, revogação da reforma trabalhista e a ampliação dos CEREST. E, apesar das disputas políticas, a sociedade ainda faz parte deste cenário exercendo influência no resultado final do debate.
Aprendizado e análise crítica
Através dessa prática, as residentes e estagiárias articularam a teoria à prática, vivenciando a importância da participação social na identificação e resolução dos problemas, através do diálogo e formulação de propostas. Além disso, foi perceptível o quanto o suporte da relatoria auxilia na coleta das proposições dos delegados e na consolidação daquilo que foi discutido e está sendo proposto pela sociedade, contribuindo para o princípio da participação da comunidade do SUS.
Conclusões e/ou Recomendações
Foi alcançada uma compreensão sobre o papel das conferências na construção das políticas públicas e na elaboração de propostas, evidenciando a potência da participação social como um instrumento de construção democrática no SUS. A experiência foi oportuna e valiosa para a prática das residentes e estagiárias, visto que foi viável visualizar a coletividade e a disputa de poderes, além de observar as temáticas urgentes à saúde dos trabalhadores.
VIVÊNCIAS NO SUS: CONSTRUINDO SABERES, SENTIDOS E COMPROMISSOS COM A SAÚDE PÚBLICA BRASILEIRA
Pôster Eletrônico
1 Instituto Aggeu Magalhães/ IAM – FIOCRUZ Pernambuco
Período de Realização
A vivência foi realizada no período de 25 a 31 de Maio de 2025, na cidade do Recife, Pernambuco.
Objeto da experiência
Descrever a imersão no Programa Nacional de Vivências no Sistema Único de Saúde (SUS), envolvendo graduandos e residentes na área da saúde.
Objetivos
Trata-se de um relato de experiência enquanto residente do Programa Multiprofissional de Saúde Coletiva do Instituto Aggeu Magalhães -IAM/ Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ Pernambuco, que objetiva apresentar uma vivência no SUS pautada na ativação da aprendizagem significativa nos territórios.
Metodologia
Durante a vivência, ocorreram atividades como rodas de conversa, palestras, oficinas e visitas técnicas à diferentes cenários das Redes Temáticas de Atenção à Saúde, prioritárias pelo Ministério da Saúde, incluindo também espaços não hegemônicos de cuidado, como terreiros, movimentos sociais e grupos no território. Esse panorama ampliou as perspectivas sobre os modos de produção de saúde, promovendo uma formação comprometida com a realidade brasileira.
Resultados
Nessa lógica, foi possível aprofundar a compreensão sobre o funcionamento do SUS e seus desafios, revelando tanto entraves estruturais quanto potências institucionais e comunitárias. Dessa maneira, as discussões em coletivo contribuíram para o fortalecimento do Sistema de Saúde Brasileiro, baseando-se na determinação social da saúde, gestão participativa, interseccionalidade, educação permanente e educação popular em saúde.
Análise Crítica
A vivência proporcionou trocas com participantes de diferentes estados do Nordeste, permitindo diálogos interterritoriais e a construção coletiva de saberes, pois haviam viventes dos estados da Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco e Sergipe. Soma-se a isso, a reflexão sobre a importância de práticas formativas que valorizam a pluralidade, os saberes populares e a construção de um cuidado pautado em uma lógica decolonial, antirracista e transformadora.
Conclusões e/ou Recomendações
Portanto, as vivências reforçaram a importância desses processos na formação, possibilitando que projetos semelhantes sejam realizados para estudantes da saúde, pois representam mais do que uma oportunidade curricular, constroem uma formação com potência crítica, ética e política para a construção de um SUS plural, equânime e emancipador.
EDUCA SAMU: SABERES E APRENDIZAGENS SOBRE MEDIDAS BÁSICAS EM PRIMEIROS SOCORROS EM UNIDADES ESCOLARES DE UM MUNICÍPIO DA BAHIA
Pôster Eletrônico
1 SAMU 192 Alagoinhas
Período de Realização
Maio e Junho de 2025
Objeto da experiência
Implantação do projeto EDUCA SAMU para a capacitação de trabalhadores de unidades escolares em medidas básicas em Primeiros Socorros
Objetivos
Relatar a experiência de implantação do projeto EDUCA SAMU visando capacitar trabalhadores de unidades escolares de um município da Bahia em medidas básicas em Primeiros Socorros, atendendo aos requisitos da Lei Lucas .
Descrição da experiência
Realizou-se uma reunião com representantes da Secretaria Municipal de Educação e a Equipe responsável pelas ações de educação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU 192 local, com a definição inicial de duas creches escolas, listadas como unidades piloto. As atividades foram realizadas in loco, alcançando um total de 115 trabalhadores com duração de quatro horas por grupo, com práticas monitoradas e uso de simuladores de baixa fidelidade, proporcionando interação grupal.
Resultados
Os conteúdos teóricos (Obstrução de via aérea por corpo estranho, trauma/hemorragias, convulsão, pré-sincope/síncope, avulsão dentária, epistaxe nasal, parada cardiorrespiratória, acidentes com animais peçonhentos), foram apresentados com cenários disparadores passíveis de ocorrência. Realizou-se o feedback, após as habilidades treinadas, com a intenção de ampliar o olhar crítico, reflexivo e abrangente sobre as medidas básicas em primeiros socorros e de prevenção de acidentes.
Aprendizado e análise crítica
As vivências expressadas pelos trabalhadores; a construção de um Checklist para montagem de um Kit de Primeiros Socorros com validação de um selo cedido pela equipe do SAMU 192, bem como as visitas realizadas as unidades escolares para reconhecimento de riscos de prováveis incidentes para o ambiente escolar, contribuíram para a formação de novos saberes sobre a prática do socorro no processo das atividades de ensino e/ou recreação.
Conclusões e/ou Recomendações
Potencializou-se, durante o processo de formação dos trabalhadores das creches escolas, a inserção de práticas seguras, pautadas em evidências, com contribuições dos múltiplos saberes de forma criativa, realística, propositiva e oportuna, consoante com a multiplicação de medidas básicas em Primeiros Socorros para a minimização de incidentes em ambiente escolar.
PROTÓTIPO DE TÉCNICAS DE ENSINO PARA EDUCAÇÃO PERMANENTE DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 RENASF/UVA
Período de Realização
Experiência realizada no período de 30/05/2025 a 12/06/2025
Objeto da experiência
Protótipo de técnicas de ensino para educação permanente dos Agentes Comunitários de Saúde a partir da Metodologia da Espiral Construtivista
Objetivos
Relatar a experiência da criação de um protótipo de Técnicas de Ensino para a Educação Permanente dos Agentes Comunitários de Saúde, com base na Espiral Construtivista, como atividade da disciplina Estudos Avançados de Educação na Saúde, do Doutorado Profissional em Saúde da Família RENASF/UVA
Metodologia
A experiência refere-se à elaboração de um protótipo de Técnicas de Ensino para a Educação Permanente em Saúde (EPS) dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), desenvolvido na disciplina Estudos Avançados de Educação na Saúde, do Doutorado Profissional em Saúde da Família (RENASF). A proposta baseou-se na Espiral Construtivista, que valoriza a aprendizagem como processo contínuo, dialógico e coletivo, alinhado aos princípios da EPS.
Resultados
A criação de técnicas de ensino contribui para os processos formativos, atendendo à necessidade contínua de Educação Permanente, especialmente dos Agentes Comunitários de Saúde. Com base na metodologia da Espiral Construtivista, essas técnicas aproximam os participantes da realidade, promovem o diálogo com as práticas, produzem sentido e buscam estratégias para o enfrentamento os problemas. O protótipo facilita a educação permanente dos ACS, contribuindo com a formação no SUS.
Análise Crítica
A Educação Permanente dos ACS fortalece as práticas no SUS. Em um Sistema de Saúde Escola, é essencial utilizar técnicas de ensino dialógicas e reflexivas, conectadas à realidade. Superar o modelo tradicional de transmissão do conhecimento e estimular a reflexão crítica sobre o cotidiano favorece transformações. Assim, as técnicas de ensino se tornam ferramentas potentes para promover mudanças nas práticas de saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
Ao valorizar o diálogo, a reflexão crítica e a realidade vivida pelos trabalhadores, o protótipo contribui para a superação de práticas educativas tradicionais e fomenta a transformação das práticas de saúde. Espera-se que essa proposta inspire ações formativas mais significativas e comprometidas com a construção coletiva do saber, a autonomia dos profissionais e a qualificação do cuidado em saúde nos territórios
A EXPERIÊNCIA DE UM CURSO DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL COM FOCO NA LUDICIDADE NA PRIMEIRA INFÂNCIA
Pôster Eletrônico
1 Escola de Saúde Pública Visconde de Saboia (ESPVS)
2 RENASF/UVA
3 Escola de Saúde Pública Visconde de Saboia (ESPVS).
Período de Realização
: O Curso aconteceu no período de 05/09/2023 à 24/10/2023
Objeto da experiência
A Ludicidade no desenvolvimento infantil: relato de produção técnica do Curso de Desenvolvimento Infantil com foco na Ludicidade na Primeira Infância
Objetivos
Relatar a experiência de um Curso de Desenvolvimento Infantil, com foco na Ludicidade na Primeira Infância no município de Sobral-CE.
Descrição da experiência
Relato de experiência de um curso sobre desenvolvimento infantil com foco na ludicidade, promovido pela ESPVS, em Sobral-CE. O curso, com carga horária de 40h, teve como objetivo qualificar práticas de atenção na primeira infância e promover um novo olhar sobre a ludicidade nos territórios. Participaram 30 profissionais da Atenção Primária à Saúde, coordenadores e docentes. A ludicidade foi destacada como ferramenta essencial no cuidado infantil
Resultados
O curso teve 90% de frequência e foi bastante proveitoso. Evidenciou-se que a ludicidade ainda é pouco considerada como estratégia de cuidado na primeira infância. A formação possibilitou aos profissionais reconhecerem o valor do lúdico na promoção da saúde infantil e na interação com a sociedade, ressaltando a importância do envolvimento da família e cuidadores nas necessidades do brincar.
Aprendizado e análise crítica
A realização do curso representou um avanço significativo na qualificação das práticas profissionais voltadas à primeira infância, especialmente no contexto da Atenção Primária à Saúde (APS). A elevada adesão (90% de frequência) indica o interesse e o reconhecimento da importância do tema pelos participantes. No entanto, a constatação de que a ludicidade ainda é pouco integrada às práticas cotidianas revela uma lacuna formativa e assistencial que precisa ser enfrentada de forma contínua e estruturada
Conclusões e/ou Recomendações
A proposta do curso, ao destacar o brincar como uma ferramenta estratégica de cuidado, contribuiu para desconstruir a visão limitada do lúdico como mero entretenimento, reposicionando-o como eixo fundamental para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social da criança. Além disso, ao estimular o olhar sensível dos profissionais sobre os territórios e o cotidiano das famílias, promoveu uma abordagem mais humanizada e centrada na infância
ESTRATÉGIA METODOLÓGICA INOVADORA NA ELABORAÇÃO DE CURSO DE QUALIFICAÇÃO PARA O RASTREAMENTO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: UMA EXPERIÊNCIA EXITOSA NO ESTADO DA BAHIA
Pôster Eletrônico
1 Escola de Saúde Pública da Bahia
Período de Realização
Ano de 2022
Objeto da experiência
Elaboração de curso baseado em modelo metodológico integrado e em evidências, visando qualificar a prática de coleta de lâminas citopatológicas para rastreamento.
Objetivos
Apresentar uma experiência inovadora na construção metodológica de curso para qualificação no rastreamento do câncer do colo do útero na Bahia, focado nas competências de profissionais da Atenção Básica.
Metodologia
O curso combinou Gestão de Projetos Educativos, Avaliação da Reação (Nível 1) e o Modelo IMPACT para suporte à transferência do aprendizado. Uma linha de base diagnóstica com 2323 profissionais mapeou perfil, tempo de formação e lacunas na coleta de lâminas, revelando a heterogeneidade do grupo e direcionando a personalização do conteúdo do curso.
Resultados
Análise revelou que 53% dos participantes não tinham qualificação específica e 30% nunca tiveram formação para coleta de lâminas. A heterogeneidade subsidiou a personalização do curso, potencializando a efetividade da formação para os profissionais da Atenção Básica.
Análise Crítica
A metodologia inovadora e o diagnóstico inicial promoveram maior aderência do conteúdo às necessidades reais dos profissionais, aumentando o engajamento e a transferência do aprendizado. Cursos sem esse diagnóstico tendem a não responder satisfatoriamente às lacunas do serviço e fragilidades existentes nos processos.
Conclusões e/ou Recomendações
Metodologias integradas de gestão e avaliação educacional são exitosas no SUS. Recomenda-se incorporar processos diagnósticos no planejamento de cursos, garantindo coerência entre necessidades, objetivos e impactos. Isso reforça a importância de alinhar educação permanente e gestão do cuidado na Atenção Básica para enfrentar fragilidades no rastreamento do câncer.
EXPERIÊNCIA EXTENSIONISTA EM EDUCAÇÃO PERMANENTE NO SUS: O CASO DA MONITORIA VOLUNTÁRIA NO CURSO FORMASB
Pôster Eletrônico
1 UFF
Período de Realização
Projeto desenvolvido entre abril e novembro de 2024.
Objeto da experiência
A participação da monitoria voluntária no curso FormaSB: Processo de trabalho e implementação municipal da Política Nacional de Saúde Bucal.
Objetivos
Apresentar a organização e a contribuição da monitoria voluntária de acadêmicos de odontologia e de pós graduação em saúde coletiva (SIGPROJ-UFF n° 401537.2258.124741.15022024) na iniciativa que apoiou o curso FormaSB, promovida pela Coordenação Geral de Saúde Bucal/MS e executada pela UFMG.
Descrição da experiência
A experiência foi desenvolvida no formato de projeto de extensão e os monitores se envolveram em três linhas de atuação. Um grupo inicial trabalhou na criação, produção de material e a divulgação do curso nas redes sociais e; contribuiu na elaboração e divulgação do edital de abrangência nacional para a seleção dos monitores. Por fim, cada monitor selecionado foi associado a um tutor e apoiou a mediação de duas turmas do FormaSB, compostas de equipes de saúde bucal e coordenadores municipais.
Resultados
Dos 92 foram homologados, 72 exerceram a monitoria voluntária. A principal causa da desistência foi a falta de tempo. A formação incluiu a apresentação do curso e as atribuições da monitoria. A maior parte dos monitores foram mulheres, de instituições públicas e autodeclarados negros/pardos. A monitoria foi importante desde a divulgação do curso até o apoio aos tutores e cursistas. Para os monitores, a experiência atendeu às expectativas, agregou conhecimentos e indicariam a outros estudantes.
Aprendizado e análise crítica
A presença de monitores qualificou o ambiente online, especialmente no desenvolvimento das metodologias participativas durante os momentos síncronos. De outra forma, se mostrou uma oportunidade desenvolvimento pessoal e acadêmico do monitor, bem como contribuiu para aproximar a formação do perfil proposto pela Diretrizes Curriculares Nacionais. Considerar a inclusão de uma ajuda de custo, em novas edições, pode representar maior adesão à proposta e uma forma de valorização da experiência.
Conclusões e/ou Recomendações
Uma sala de aula virtual que carece de interação substantiva se torna ineficaz. Nessa lógica, a presença de monitores aumenta potencialmente o engajamento dos cursistas e aprimora o seu processo de formação. De outro modo, projetos de extensão que se aproximam de iniciativas que apresentam a diversidade, os acertos e os desafios do mundo do trabalho, particularmente do SUS, oportunizam experiências formativas que a salas de aula não alcançam.
EXTENSÃO CURRICULARIZADA EM ESCOLAS PÚBLICAS COMO PRÁTICA DE PROMOÇÃO DO CUIDADO E FORMAÇÃO CRÍTICA
Pôster Eletrônico
1 Bahiana
Período de Realização
Agosto de 2024 a junho de 2025
Objeto da experiência
Vivência da curricularização da extensão em primeiros socorros e saúde coletiva com discentes cursos de saúde em escolas públicas.
Objetivos
Relatar experiência formativa que articula ações educativas em saúde com enfoque em primeiros socorros e saúde coletiva. Estimular o diálogo entre discentes e comunidade escolar, refletindo criticamente sobre o cuidado, o território e as desigualdades sociais e raciais.
Metodologia
A experiência se organiza em quatro encontros: acolhimento; escuta no território com a comunidade escolar; retorno à universidade para estudo e planejamento; e ação final junto aos escolares. O foco está na promoção da saúde a partir da educação popular com base nas demandas locais. A prática extensionista é fundamentada nos conteúdos teórico-práticos dos componentes e nos princípios da educação popular em saúde. No entanto, é contextualizada com as demandas da comunidade escolar.
Resultados
Os estudantes relataram “sair da bolha”, ampliando a compreensão sobre determinantes e determinação social da saúde, além do papel da saúde coletiva nos diversos componentes curriculares da universidade. A ação revelou tensões interseccionais entre raça, classe e juventudes, e provocou reflexões sobre o lugar simbólico da extensão. O engajamento com as escolas favoreceu a valorização do cuidado e das práticas educativas situadas na educação popular em saúde.
Análise Crítica
A experiência evidenciou que muitos estudantes reproduzem, mesmo em ações de educação popular, uma visão hierárquica do saber. O campo exigiu dos docentes atenção à maturidade, às dinâmicas de classe e à racialização das relações. A escuta das demandas e o esforço de descentralização do saber acadêmico foram caminhos pedagógicos para formação crítica. O processo envolve desafios relacionados, à construção da escuta ativa, à superação da hierarquia entre saberes acadêmicos e comunitários.
Conclusões e/ou Recomendações
A extensão nas escolas mostrou-se potente para iniciar a formação de profissionais mais críticos e sensíveis ao território e ao SUS. Recomenda-se ampliar o tempo de campo, investir na formação docente para mediação dialógica e repensar o valor simbólico da extensão no currículo. A escuta ativa e o reconhecimento da comunidade como produtora de saber são fundamentais para práticas educativas emancipatórias.
O USO DO PORTFÓLIO REFLEXIVO NA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE PSICOLOGIA PARA O CONHECIMENTO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO INTERSETORIAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 UNINASSAU
Período de Realização
Experiência entre os meses de julho a dezembro de 2024 - referente ao período letivo 2024.2.
Objeto da experiência
Ação na disciplina Técnicas de Intervenção Psicossocial com estudantes de Psicologia de uma Instituição de Ensino Superior no interior da Bahia.
Objetivos
Relatar sobre o uso do portfólio reflexivo como método ativo de ensino e aprendizagem, em disciplina teórico-prática para atuação intersetorial, no curso de Psicologia de uma Instituição de Ensino Superior no interior da Bahia.
Descrição da experiência
As atividades foram acordadas com a turma no início do semestre, baseadas na ementa da disciplina, trabalhadas por meio de mapa mental, sala de aula invertida, participação em palestra da rede de Atenção Primária e Especializada à Saúde, resolução de estudo de caso e análises fílmicas, com síntese e feedback ao final de cada aula. As vivências de campo ocorreram em Centros de Atenção Psicossocial, Departamento de Polícia Técnica e Centro de Referência Especializado da Assistência Social.
Resultados
O portfólio reflexivo foi utilizado como método ativo para avaliação na disciplina Técnicas de Intervenção Psicossocial, com discentes em curso no 8º período. Foram desenvolvidos 11 encontros, com as atividades individuais e/ou grupos, em sala de aula ou campo. Todos os encontros foram documentados individualmente pelos alunos e registrados por fotos/vídeos, com reflexões sobre a vivência articuladas com base teórica. Foram agendados dois encontros para a socialização do portfólio à turma.
Aprendizado e análise crítica
A proposta metodológica do componente curricular foi inovadora nesse curso de Psicologia e importante para desenvolver competências específicas para atuação em Rede de Atenção Psicossocial e Rede Socioassistencial de municípios, com ênfase no desenvolvimento de habilidades para o trabalho em equipe interprofissional, modalidade de atendimento em grupos e ações intersetoriais, necessárias durante o processo de formação de profissionais para atuarem em diferentes contextos sociais.
Conclusões e/ou Recomendações
O uso de métodos ativos em componentes curriculares na área da Psicologia ainda é pouco explorado e documentado. Com base nessa experiência, o uso do portfólio reflexivo mostrou-se como ferramenta que potencializa a criatividade e autonomia dos discentes, bem como promove discussões para ampliação de pensamento crítico e reflexivo na formação em saúde. Neste sentido, recomenda-se o uso do método na formação de profissionais de Psicologia.
VIVÊNCIAS NA SALA DE ESPERA NA ATENÇÃO SECUNDÁRIA NO SUS: SAÚDE BUCAL EM SEU CONTEXTO
Pôster Eletrônico
1 UERJ
Período de Realização
De 2019 até a atualidade.
Objeto da experiência
O objetivo do estudo foi descrever a experiência do projeto de extensão Vivências em Salas de Espera: Saúde Bucal em seu Contexto.
Objetivos
A principal finalidade que é a de criar e/ou mudar percepções e atitudes, além de trocar conhecimentos com a população em um tempo que seria ocioso.
Descrição da experiência
Duas vezes por semana, bolsistas e/ou voluntários e docentes têm realizado atividades educativas em duas salas de espera de atendimento médico na Policlínica Piquet Carneiro/ UERJ, num sistema de rodízio, abordando-as de forma particular. Também são elaborados e divulgados vídeos e publicações em meio digital, garantindo a continuidade da educação em saúde bucal. Ademais, um projeto de pesquisa de mesmo nome tem sido desenvolvido.
Resultados
O projeto ativo e iniciado em março de 2019, realizou 415 salas de espera, atingindo aproximadamente 8.400 usuários. Em 2020, também passaram a ser elaborados e divulgados vídeos e publicações em meio digital (73 posts e 28 vídeos) nas redes sociais do projeto. Ademais, projeto de pesquisa de mesmo nome aprovado no CEP/HUPE pelo CAAE no. 13042519.9.0000.5259. Como produto três Trabalhos de Conclusão de Curso, sendo um formatado em artigo científico em submissão, outro já publicado.
Aprendizado e análise crítica
O projeto tem assumido um papel diferenciado na formação dos graduandos, pois permite que o graduando inexperiente acompanhe o avançado e o docente na realização das atividades educativas. Assim, um aluno também aprende com a experiência do colega, com a experiência do professor, ocupa os espaços dos serviços de saúde, troca saberes com colegas de projetos de outras áreas de formação, começa a se sentir parte integrante de uma equipe multiprofissional, além de desenvolver sua própria oratória.
Conclusões e/ou Recomendações
A inserção prematura do graduando no serviço amplia seu olhar e contribui para a formação do profissional humanizado, reflexivo e sensível às questões bio-psico-sociais da comunidade. Ao mesmo tempo, usuários são beneficiados com o estímulo à saúde bucal enquanto aguardam atendimento médico.
FORMAÇÃO EM SERVIÇO E FORTALECIMENTO DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE: A EXPERIÊNCIA DE RESIDENTES NA PRODUÇÃO DE MATERIAIS TÉCNICOS NO INTERIOR DA BAHIA
Pôster Eletrônico
1 Vigilância Epidemiológica Juazeiro-BA /UNIVASF
2 SESAB/UNIVASF
3 Vigilância Epidemiológica Juazeiro-BA /UFBA
Período de Realização
03 de março a 03 de junho de 2025, durante o estágio no campo da Vigilância em Saúde municipal.
Objeto da experiência
Produção de documentos técnicos por residentes em saúde e equipe da Vigilância Epidemiológica (VIEP) municipal em contexto de ensino em serviço.
Objetivos
Relatar a experiência de produção de materiais técnicos por residentes em saúde, destacando seu potencial formativo e contribuição para qualificação dos profissionais do serviço e das equipes de saúde da família (eSF) no monitoramento e notificação dos agravos e eventos de saúde pública.
Descrição da experiência
A experiência ocorreu em um município do interior da Bahia, com residentes em saúde e profissionais da VIEP. Foram elaborados boletins e informes epidemiológicos, manuais e protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas (PCDT) baseados em evidências e adaptados ao contexto local. O processo foi construído coletivamente com os responsáveis técnicos pelos agravos, articulado à atenção primária à saúde (APS), qualificando o trabalho, o georreferenciamento e o matriciamento em saúde no território.
Resultados
A atuação dos residentes em saúde qualificou a equipe da VIEP, melhorou indicadores de processo de trabalho e fortaleceu fluxos e protocolos. Os materiais produzidos subsidiaram o monitoramento e a notificação pelas equipes da APS, além de apoiar ações de matriciamento e georreferenciamento. A experiência ampliou a circulação de informações relevantes, desenvolveu competências técnico-científicas e foi incorporada à rotina, valorizando o trabalho interprofissional e técnico.
Aprendizado e análise crítica
A experiência revelou lacunas no processo de trabalho da equipe, como na produção e sistematização de informações nos serviços, evidenciando como a presença de residentes pode impulsionar a institucionalização de práticas técnico-científicas. Expôs a fragilidade de registros e a importância da VIEP como espaço estratégico para a gestão do cuidado e apoio à APS, destacando-se como desafio a sustentabilidade das ações após o encerramento do estágio dos residentes.
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se ampliar a inserção qualificada de residentes em saúde em setores estratégicos como a Vigilância em Saúde, fortalecendo a gestão local, a produção técnica e a integração com a APS. A experiência demonstrou que a formação em serviço pode qualificar profissionais e subsidiar ações como matriciamento e georreferenciamento, desde que sustentada por apoio institucional, espaços de escuta e supervisão estruturada.
PELOS CAMINHOS DO SUS: PERCURSO FORMATIVO DE UMA RESIDENTE MULTIPROFISSIONAL DESDE RAPS À GESTÃO FEDERAL DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UFPB
Período de Realização
A experiência retrata os anos de 2023 e 2024 na Residência Multiprofissional em Saúde Mental - UFPB.
Objeto da experiência
Os caminhos que na residência em saúde mental contribuíram para o desenvolvimento de uma reflexão crítica sobre o trabalho no SUS.
Objetivos
Apresentar, a partir do resgate de diários de campo, os caminhos e dinâmicas que na residência contribuíram para o desenvolvimento de repertório prático e visão ampliada a respeito do trabalho no SUS.
Descrição da experiência
São apresentadas e discutidas vivências e reflexões a partir de três caminhos explorados ao longo do percurso formativo: A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), a Atenção Primária à Saúde e a Gestão Federal SUS a partir do Ministério da Saúde. Destaca-se neste relato o lugar privilegiado do residente no que diz respeito à possibilidade de desenvolver inúmeras ferramentas ao longo do processo de trabalho-aprendizagem através da inserção em diferentes redes, serviços e níveis de atenção à saúde.
Resultados
O primeiro ano de residência (R1) é marcado por interrupções nos cenários de prática em uma RAPS desestruturada e sob ataque substanciados pela interdição de um CAPS AD III cujo teto desmorona e pela paralisação das atividades coletivas de um CAPS III. Neste contexto, o R2 da residência estabelece enquanto cenário de prática a Atenção Primária à Saúde e a Gestão Federal do SUS no Ministério da Saúde enquanto linhas de fuga frente a um contexto de ataques as políticas públicas de saúde.
Aprendizado e análise crítica
A dinâmica formativa da residência possibilita ao profissional o encontro com diferentes de espaços de atuação, apresentando ao residente as diversas facetas e caminhos possíveis para o trabalho no SUS. Destaca-se ao longo desta trajetória a Atenção Primária à Saúde enquanto uma linha de fuga valorosa frente aos processos de agudização da contrarreforma psiquiátrica a nível local e nacional, e a gestão pública como um espaço de aplicação de conhecimentos e enfrentamento às iniquidades.
Conclusões e/ou Recomendações
As diferentes realidades dos cenários de prática no SUS e as dinâmicas e organização do percurso formativo na residência carregam consigo os dilemas de uma experiência de constante deslocamento, adaptação e readaptação aos cenários que por um lado fornece uma circulação fragmentada entre os espaços formativos, por outro, vivências e possibilidades distintas que em conjunto viabilizam ampliação de repertório prático e visão ampliada acerca do SUS.
AÇÃO EDUCATIVA NA REDUÇÃO DO LIXO INFECTANTE EM UNIDADE HOSPITALAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
2 Hospital Geral Prado Valadares
Período de Realização
A ação educativa foi realizada no período de outubro de 2024 a março de 2025
Objeto da experiência
Sensibilizar a equipe multiprofissional sobre os impactos do descarte incorreto dos resíduos hospitalares, com ênfase nos perfurocortantes.
Objetivos
Relatar a experiência vivenciada pelo Núcleo de Educação Permanente e Serviço de Higienização Hospitalar no desenvolvimento de atividades educativas voltadas para sensibilização sobre descarte correto de resíduos.
Descrição da experiência
Na primeira etapa foi realizado um acompanhamento, por noventa dias, do volume de resíduos perfurocortantes gerados na unidade. Na segunda etapa, foram desenvolvidas qualificações presenciais in loco para a equipe multiprofissional em todas as enfermarias da instituição por um período de trinta dias. Na terceira etapa, consistiu em analisar a repercussão das atividades educativas comparando o volume de resíduos perfurocortantes antes e depois das atividades educativas.
Resultados
Os dados coletados evidenciam impactos positivos na redução de resíduos perfurocortantes da instituição. Foi coletado na primeira etapa, antes do desenvolvimento das atividades educativas, um total de 8.769,63 kg de perfurocortantes e na terceira etapa, após a realização das atividades educativas, percebeu-se uma redução para 4.964.27 kg, o que corresponde a uma redução de 43,3% de resíduos perfurocortantes coletado na unidade em um período de 180 dias.
Aprendizado e análise crítica
A realização das atividades de educação permanente in loco apresentaram resultados importantes na redução dos resíduos perfurocortantes e consequentemente no custo hospitalar, uma vez que estes resíduos possuem coleta especifica com custo mais elevado quando comparado aos outros resíduos. Ao incorporar essas atividades educativas na instituição a educação permanente demonstra o potencial dessas ações para qualificação da equipe que impacta na assistência e na gestão financeira da instituição.
Conclusões e/ou Recomendações
o desenvolvimento das atividades educativas permitiu constatar que estas são uma importante ferramenta de gestão, sendo capazes de contribuir com a mudança de práticas dos profissionais de saúde.
EXPERIÊNCIA EDUCATIVA EM SISCOLO E SISMAMA PARA ENFERMEIROS RESIDENTES: ALINHAMENTO DE CONDUTAS E PRÁTICA NO SISTEMA
Pôster Eletrônico
1 Prefeitura Municipal de Guarulhos
Período de Realização
25 de abril de 2025
Objeto da experiência
Realização de uma aula teórico-prática focada nos programas SISCOLO e SISMAMA para enfermeiros residentes.
Objetivos
Conhecer o sistema SISCOLO e SISMAMA; Conhecer os protocolos municipais de rastreamento do câncer do colo do útero e de mama; Alinhar as condutas durante as consulta de enfermagem.
Descrição da experiência
A atividade foi desenvolvida com a participação de sete enfermeiros residentes, provenientes dos polos da residência multiprofissional de Guarulhos. A aula foi estruturada em duas etapas: uma parte teórica, caracterizada por uma abordagem expositiva e dialogada, que permitiu a troca de conhecimentos e o esclarecimento de dúvidas. Posteriormente, foi realizada uma etapa prática, focada no manuseio e utilização do sistema.
Resultados
Os resultados observados foram bastante positivos e demonstraram o sucesso da iniciativa. Houve um significativo alinhamento das condutas entre os enfermeiros participantes, indicando uma padronização e melhoria nas práticas relacionadas ao rastreamento e manejo dos casos de câncer do colo do útero e de mama. Além disso, a aula proporcionou a aquisição de conhecimento aprofundado e a prática efetiva no sistema.
Aprendizado e análise crítica
A análise da experiência revela que a metodologia empregada, combinando teoria e prática, foi altamente efetiva para o aprendizado dos residentes. Embora o desafio de conhecer e trabalhar com o sistema de suas unidades tenha sido identificado como um ponto a ser superado, a abordagem teórico-prática demonstrou ser uma ferramenta poderosa para mitigar essa dificuldade, proporcionando um ambiente seguro para a prática e o esclarecimento de dúvidas.
Conclusões e/ou Recomendações
A aula teórico-prática sobre SISCOLO e SISMAMA foi uma experiência avaliada positivamente pelos residentes, que demonstraram maior segurança e alinhamento em suas condutas. O sucesso da iniciativa foi tal que interessou ao programa replicar essa ação, o que reforça a relevância e o impacto positivo da experiência na formação dos enfermeiros residentes e na melhoria da qualidade da assistência à saúde.
A PÓS-GRADUAÇÃO PROFISSIONAL COMO INSTRUMENTO DE TRANSFORMAÇÃO CIENTÍFICA E PRÁTICA NOS SERVIÇOS DE SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UFMA
Período de Realização
Abril de 2024 até a presente data.
Objeto da experiência
Aplicação prática do conhecimento científico na APS, adquiridos durante doutoramento na Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família (RENASF).
Objetivos
Refletir sobre o impacto da pós-graduação profissional na promoção da ciência aplicada e na melhoria dos serviços de saúde, através de experiências práticas integradas.
Metodologia
Este relato descreve a vivência de doutorandos da RENASF, nucleadora UFMA, com foco na aplicação prática do conhecimento científico no SUS. Os discentes exploraram ferramentas como matriz GUT e Planejamento e Programação Local em Saúde (PPLS) para priorizar problemas e desenvolver intervenções baseadas em evidências. A metodologia das disciplinas incluiu análise crítica da prática, desenvolvimento de projetos e aplicação de teoria em contextos reais.
Resultados
As atividades possibilitaram aos profissionais a identificação de problemas prioritários, análise de indicadores, uso de ferramentas para planejamento estratégico, subsidiando decisões com maior governabilidade. Os projetos desenvolvidos resultaram em propostas de intervenção com otimizações no atendimento e acolhimento. Observou-se maior integração entre equipe, valorização do conhecimento local, promoção do protagonismo profissional e a produção de ciência voltada à realidade do SUS.
Análise Crítica
A formação promoveu o desenvolvimento de soluções práticas, integração entre pesquisa e prática clínica e empoderamento dos profissionais na geração de conhecimento científico aplicável ao SUS. Os conhecimentos apreendidos resultaram em avanços imediatos dos processos de trabalho na Atenção Primária à Saúde, resultando em melhorias na assistência à saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A pós-graduação profissional mostrou-se essencial para transformar o fazer cotidiano dos serviços de saúde. Promoveu reflexões críticas, desenvolvimento de soluções aplicáveis e integração entre ciência e prática. Destaca-se seu papel estratégico na qualificação dos profissionais e na consolidação de uma saúde pública mais resolutiva e baseada em evidências.
“DIVULGASUS” - PARTICIPAÇÃO SOCIAL E DIVULGAÇÃO DA COMISSÃO NACIONAL DE INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIAS EM SAÚDE NO SUS - CONITEC
Pôster Eletrônico
1 UEFS
Período de Realização
O projeto está em desenvolvimento em 2025, no âmbito do Programa de Extensão “DivulgaSus”.
Objeto da experiência
Ações voltadas para a divulgação da CONITEC e fortalecimento da participação social nos processos de Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) no SUS.
Objetivos
Ampliar o conhecimento da população sobre a CONITEC e seus processos decisórios, promover a participação em consultas públicas e incentivar o envolvimento de usuários e profissionais nas escolhas sobre tecnologias que impactam diretamente o cuidado em saúde.
Descrição da experiência
A experiência divide-se em três etapas: (1) aprofundamento teórico por meio de leituras e discussões sobre ATS e a CONITEC; (2) elaboração de materiais educativos acessíveis, como cartilhas, cards e vídeos, sobre os critérios e o funcionamento da CONITEC; (3) divulgação desses conteúdos em redes sociais e espaços físicos da UEFS. Todo o conteúdo produzido respeita a legislação de direitos autorais e utiliza fontes públicas e oficiais.
Resultados
Até o momento, foram elaborados materiais visuais divulgando a CONITEC, o passo a passo de como participar das consultas públicas e a importância da participação da sociedade na ATS. As publicações têm alcançado progressivamente mais visualizações e interações nas mídias sociais do NUPISC, promovendo a circulação de informações entre estudantes, professores e demais usuários.
Aprendizado e análise crítica
A experiência mostra que o engajamento social é potencializado quando há acesso a informações claras e contextualizadas. A mediação da informação tem se mostrado fundamental para traduzir conteúdos técnicos em linguagens acessíveis. As atividades fortaleceram a articulação entre ensino, serviço e comunidade. A ação contribui significativamente para a formação crítica e política do discente em saúde coletiva.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência destaca a importância de integrar extensão e comunicação em saúde para fortalecer a cidadania e a equidade no SUS. A transparência nos processos de ATS qualifica o controle social e fortalece a legitimidade das decisões públicas, garantindo maior participação popular nas decisões que impactam os cuidados em saúde. Replicar a experiência pode ampliar a transparência e o protagonismo da sociedade civil no sistema de saúde.
AVALIAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA DE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE EM UMA USF DO INTERIOR DA BAHIA PELO OLHAR DA PRECEPTORA
Pôster Eletrônico
1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA BAHIA
2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
3 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÕNCAVO DA BAHIA
Período de Realização
O relato de experiência será realizado em um periodo de dois anos
Objeto da experiência
Avaliar o processo de implantação dos programas de residência em MFC no município de Santo Antônio de Jesus - BA.
Objetivos
Identificar os desafios de práticas de ensino em serviço. Relacionar clínica e subjetividade do cuidado para o enfrentamento das iniquidades em saúde e a educação permanente para aprimorar as práticas em saúde na ESF. Implantar uma agenda formativa para as ESF que serão campos de ensino
Descrição da experiência
O PRMFC foi implantado no ano de 2018, e a alocação dos residentes se dá em decisões unilaterais da gestão sem comunicação e preparo prévio das equipes. Cada preceptor é responsável pela aproximação e por firmar o compromisso de estar próximo aa equipe para prestar assistência e construir o processo de cuidado ao território através do diálogo horizontal, com valorização de práticas centradas no trabalho vivo, que envolvem protocolos, afetações e subjetividade.
Resultados
Os serviços que recebem os programas são marcados por fragmentação do trabalho, alta rotatividade de profissionais médicos e na produção do cuidado centrado no modelo biomédico. A elevada pressão assistencial, em detrimento das atividades de ensino, representa o principal desafio para o desenvolvimento das atividades.
Aprendizado e análise crítica
Junto ao residente cada preceptor precisa construir estratégias para superar dificuldades apresentadas com desenvolvimento de atividades formativas e assistenciais que contribuam para aprimorar a qualidade do serviço ofertado e para formar médicos de família críticos, reflexivos, mediadores de conflitos e modificadores de realidades, com ações contextualizadas com a dinâmica de cada território
Conclusões e/ou Recomendações
Para superar as dificuldades apresentadas propõe-se a construção de uma agenda de atividades de formação para as equipes que irão receber residentes em seus serviços nos próximos anos de modo a aproximar os trabalhadores do desenovolvimento de atividades de ensino em serviço.
QUANDO O TERRITÓRIO FORMA E O SERVIÇO ENSINA: EXPERIÊNCIA DE ARTICULAÇÃO ENTRE GESTÃO LOCAL E A ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM CAMARAGIBE-PE
Pôster Eletrônico
1 Secretaria Municipal de Saúde de Camaragibe - PE
2 Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
3 Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória (UFPE/CAV)
4 Secretaria Municipal de Saúde de Cumaru - PE
Período de Realização
A experiência foi realizada entre maio e junho de 2025, no contexto da APS em Camaragibe - PE
Objeto da experiência
Proposta de integração ensino-serviço, desenvolvida na USF Timbi, a partir da articulação entre a gestão local e a equipe da ESF
Objetivos
Relatar a experiência de integração ensino-serviço com atuação conjunta da gerência de território, equipe da ESF e estagiários de medicina da FMO e UFPE, valorizando o trabalho como prática formativa e o território como espaço vivo de aprendizagem, cuidado e construção coletiva.
Metodologia
Camaragibe já atua como rede escola para cursos de graduação em saúde e programas de residência multiprofissionais. Essa experiência integrou equipe de saúde, gerente de território, estudantes e residentes que estagiam em um mesmo território. Realizou-se planejamento e avaliação das vivências realizadas de forma integrada entre todos os participantes, fortalecendo o território como espaço-escola e ampliando a compreensão da equipe de saúde sobre a importância da preceptoria no SUS.
Resultados
A experiência fortaleceu os vínculos entre gestão, equipe e estagiários, aproximando teoria e prática. Para os estudantes, participar da dinâmica do serviço ampliou o pertencimento e a visão do território como espaço de aprendizado. Os profissionais passaram a ver os estagiários como parceiros, o que favorece trocas horizontais e ressignificou o trabalho. Já a gestão local reconheceu o potencial formativo do serviço, impulsionando práticas mais sensíveis e integradas às necessidades locais.
Análise Crítica
A experiência evidenciou que a integração ensino-serviço fortalece a formação e qualifica o cuidado. Apesar da rotatividade de estagiários e variações nos períodos, o território mostrou-se fértil para processos formativos vivos. Campos (2000) reforça esse olhar ao afirmar que “a micropolítica do trabalho em saúde é também uma micropolítica da formação”, ressaltando o caráter transformador dos encontros cotidianos na produção do cuidado.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência reafirma o território como lugar de formação e o trabalho como prática pedagógica. É fundamental garantir espaços institucionais permanentes de escuta, partilha e construção coletiva. Valorizar o protagonismo de estudantes e preceptores, em diálogo com as instituições formadoras, é indispensável para consolidar práticas formativas potentes, críticas e alinhadas aos princípios e diretrizes do SUS.
ARTICULAÇÃO ENTRE ENSINO E SERVIÇO NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL: A EXPERIÊNCIA DO DIÁRIO DE CAMPO NO MESTRADO PROFISSIONAL DE SAÚDE DA DA FAMÍLIA - PROFSAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UEMA
Período de Realização
março a junho de 2025.
Objeto da experiência
Vivência do diário de campo como ferramenta formativa no mestrado em Saúde da Família, integrando ensino, serviço e território na APS.
Objetivos
Refletir criticamente sobre o território e os processos de cuidado em saúde a partir da inserção da mestranda em uma unidade de Atenção Primária, utilizando o diário de campo como instrumento pedagógico, político e reflexivo, fortalecendo a integração ensino-serviço-comunidade.
Metodologia
A experiência foi realizada como parte da disciplina Promoção da Saúde, no contexto do Mestrado Profissional em Saúde da Família (PROFSAÚDE). A mestranda foi inserida em uma unidade da Atenção Primária à Saúde, onde desenvolveu atividades de observação, escuta qualificada, cartografia participativa e rodas de conversa com adolescentes. O diário de campo foi utilizado como instrumento para sistematizar percepções, registrar vivências e promover análise crítica da realidade local e das práticas em saúde.
Resultados
A construção do diário de campo possibilitou à mestranda uma leitura ampliada do território, identificando vulnerabilidades, potências, redes de cuidado e dinâmicas de vínculo com a comunidade. A partir das escutas, foi proposta uma roda de conversa com adolescentes, fortalecendo práticas educativas, a produção de vínculos e a escuta ativa. A experiência gerou uma proposta de continuidade da ação com apoio da equipe local.
Análise Crítica
A experiência evidenciou a potência do diário de campo como ferramenta formativa e instrumento de articulação entre ensino e serviço. A aproximação da realidade do território favoreceu a compreensão da prática em saúde como campo de produção de conhecimento, estimulando o olhar crítico, a reflexão situada e o compromisso com práticas transformadoras no SUS.
Conclusões e/ou Recomendações
A vivência reafirma a importância de estratégias formativas que integrem ensino, serviço e território. O diário de campo contribui para a formação crítica de profissionais, ao estimular a reflexão sobre práticas, sujeitos e contextos. Recomenda-se sua ampliação como dispositivo pedagógico no âmbito da formação em Saúde da Família.
A EXPERIENCIA DISCENTE NA CONSTRUÇÃO DE TERRITÓRIOS SAUDÁVEIS E SUSTENTÁVEIS EM UM PROJETO DE EXTENSÃO DE ECONOMIA SOLIDÁRIA COM MOVIMENTOS SOCIAIS
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal de Catalão
2 Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra
3 Universidade Federal de Goiás
Período de Realização
23/10/2024 a 01/01/2026 Atividades contínuas com 20horas semanais
Objeto da experiência
O trabalho discente como bolsista na construção de territórios saudáveis e sustentáveis em um projeto de extensão de economia solidaria.
Objetivos
Relatar a experiência como bolsista no projeto de extensão de economia solidária e agricultura familiar, e as interlocuções com os processos de aprendizagem em saúde e a construção coletiva de saberes e fazeres com a realidade camponesa conhecimento acadêmico.
Descrição da experiência
Como bolsista na ação de extensão com 20 horas semanais, participo da produção e organização de materiais didáticos de divulgação das feiras, das produções de plantios dos assentamentos e a confecção de materiais que emergiram das realidades de cada produtor, uso de redes sociais e articulação com os assentamentos. Todas as ações são definidas e compartilhadas com autorização dos protagonistas dos territórios com a construção de dados desde o plantio, beneficiamento e escoamento da produção.
Resultados
O projeto já realizou feiras, trocas de saberes e criou redes sociais. Busca fortalecer a autogestão, organização e autonomia campesina e juvenil, com redução de agrotóxicos e fortalecimento à economia sustentável. Estão previstas parcerias, site, vídeos e ações culturais. Espera-se produzir artigos, relatos, catálogos, e-books e vídeos com saberes de produtores e consumidores, promovendo convivência e o compartilhar de ações integradas a economia solidaria, sustentabilidade e bem viver.
Aprendizado e análise crítica
Aprendemos a importância do diálogo com os saberes populares e da escuta ativa nas práticas extensionistas. A vivência com os assentamentos ampliou a compreensão sobre agroecologia, autogestão e economia solidária e o desenvolvimento de habilidades de articulação, organização de eventos e comunicação comunitária. A compreensão do conceito de saúde ampliado e suas conexões com os saberes ancestrais, territórios, meio ambiente e formação crítica comprometida com práticas sociais transformadoras.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência evidenciou o potencial formativo da extensão e a força da economia solidária como possibilidade para o bem-viver. Recomenda-se a valorização de projetos de extensão com financiamentos que possibilitem a integração campo- cidade e participação discente com ampliação das parcerias, apoio institucional. É essencial valorizar os saberes populares e promover práticas sustentáveis e colaborativas.
INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO NA FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM: RELATO DE AULAS PRÁTICAS COM PROFISSIONAL DA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO SOBRE CATETERIZAÇÕES E VENTILAÇÃO MECÂNICA
Pôster Eletrônico
1 Prefeitura Municipal de Betim
2 Faculdade Anhanguera- Campus Betim
Período de Realização
Março e maio de 2024, durante as aulas práticas da disciplina de Saúde do Adulto, em Betim/MG.
Objeto da experiência
A integração entre ensino e serviço na formação de estudantes de enfermagem, por meio da participação de profissional da UPA em atividades práticas.
Objetivos
Fortalecer a formação dos estudantes, promovendo a aproximação com a realidade dos serviços de saúde; possibilitar a troca de saberes entre profissionais da rede e alunos; qualificar a aprendizagem de temas complexos como cateterizações e ventilação mecânica, aliando teoria e prática.
Metodologia
Foram realizadas duas aulas práticas na disciplina de Saúde do Adulto, em parceria com um enfermeiro da UPA de Betim/MG. A primeira aula, em março, abordou cateterizações, com demonstrações de DVE, Shilley e dreno de tórax. A segunda, em maio, integrou turmas de enfermagem e fisioterapia, tratando de ventilação mecânica invasiva e não invasiva, com uso de ventilador mecânico cedido. Além dos aspectos técnicos, discutiu-se a rotina da UPA e os fluxos assistenciais do SUS no município.
Resultados
Houve excelente aceitação dos alunos, que relataram maior compreensão dos temas após as aulas, destacando a importância de visualizar os dispositivos e compreender os fluxos da rede. A experiência potencializou a aprendizagem, fortaleceu o entendimento da prática profissional e gerou maior interesse pelos campos de estágio na UPA. Para o profissional convidado, a vivência foi extremamente satisfatória, reforçando a importância da aproximação entre universidade e serviço.
Análise Crítica
A experiência demonstrou que a inserção dos trabalhadores da rede no processo formativo gera benefícios mútuos: enriquece a formação dos alunos e valoriza os saberes práticos dos profissionais. Evidenciou-se que os temas de alta complexidade tornam-se mais acessíveis quando articulados à realidade dos serviços. Além disso, reafirma-se a potência da integração ensino-serviço como estratégia para formar profissionais mais preparados, críticos e alinhados às necessidades do SUS.
Conclusões e/ou Recomendações
A inserção de profissionais da rede nas atividades de ensino é uma estratégia potente, que fortalece tanto a formação acadêmica quanto o próprio serviço. O êxito da experiência motivou outros docentes a replicarem a prática e reforçou o vínculo entre universidade e UPA. Recomenda-se que instituições de ensino estimulem sistematicamente essas parcerias, consolidando processos formativos mais coerentes com as demandas e desafios do SUS.
CINE SUS: CINEMA COMO DISPARADOR DE REFLEXÕES EM GRUPO DE ADOLESCENTES SOBRE SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA EM TERRITÓRIO VULNERÁVEL
Pôster Eletrônico
1 Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis, SC.
2 Escola de Saúde Pública, Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis, SC.
Período de Realização
Junho de 2025
Objeto da experiência
Grupo educativo com adolescentes em território vulnerável, utilizando o cinema como ferramenta de educação em saúde sexual e reprodutiva.
Objetivos
Estimular reflexões sobre gravidez na adolescência e saúde sexual a partir da linguagem audiovisual; promover educação em saúde acessível e participativa; estreitar o vínculo com a Estratégia Saúde da Família (ESF); e ampliar o acesso a cuidados em saúde sexual e reprodutiva extramuros.
Descrição da experiência
Diante do aumento de gestações na adolescência, a ESF realizou um grupo de adolescentes em uma escola na comunidade em um sábado, com roda de conversa sobre sexualidade e planejamento reprodutivo a partir da exibição do filme Juno. A ação incluiu outras atividades abertas à comunidade, como vacinação, contracepção, coleta de preventivo, auriculoterapia e testagem rápida para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Materiais simbólicos e perguntas disparadoras promoveram o diálogo.
Resultados
Onze adolescentes participaram do cinema, que atuou como ferramenta de engajamento e reflexão sobre sexualidade e gravidez na adolescência. Perguntas anônimas foram discutidas em um círculo de cultura freireano, com temas como contracepção, gravidez na adolescência, prevenção de ISTs, direitos reprodutivos e acesso à saúde. Os jovens manusearam itens como preservativos, lubrificantes, testes de ISTs e contraceptivos. A atividade foi encerrada com uma nuvem coletiva de palavras sobre o debate.
Aprendizado e análise crítica
O cinema se mostrou uma ferramenta potente para o trabalho com adolescentes, ao provocar emoções, reflexões e ampliar as possibilidades de expressão e escuta. Associado a metodologias de educação popular, torna-se um catalisador de discussões críticas e emancipatórias. A experiência evidencia a importância de inovar nas estratégias educativas com jovens, especialmente em contextos de vulnerabilidade, onde há barreiras estruturais e simbólicas para o acesso à saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
O uso do cinema como linguagem de aproximação com adolescentes em ações extramuros da ESF mostrou-se eficaz e replicável. Recomenda-se sua incorporação em estratégias educativas em saúde sexual e reprodutiva, associadas a metodologias participativas de educação popular. A integração entre educação, cultura e saúde pode fortalecer o vínculo com o território, ampliar o acesso e contribuir para a promoção do cuidado integral aos adolescentes.
DE VIVENTE A MILITANTE: EXPERIÊNCIA TRANSFORMADORA NO CORAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 Universidade de Brasília
Período de Realização
07 a 13 de junho de 2025, durante a edital Nº07/2025 – Vivências no SUS Facilitadores – Região Centro-Oeste
Objeto da experiência
Vivenciar os princípios do SUS, ampliando a visão crítica sobre cuidado, gestão, equidade e formação integrada em saúde coletiva.
Objetivos
Vivenciar os princípios do SUS por meio da imersão em serviços de saúde, compreendendo suas potências e fragilidades, e refletir sobre a formação ética e o papel social dos profissionais diante das desigualdades e desafios da saúde pública brasileira.
Descrição da experiência
A vivência incluiu visitas técnicas a UBS, CAPS, Ministério da Saúde, Casa de Saúde Indígena e MST, com rodas de conversa e oficinas mediadas por facilitadores. A convivência coletiva favoreceu reflexões críticas, diálogo interdisciplinar e trocas significativas entre os participantes.
Resultados
A experiência revelou as múltiplas realidades da saúde pública, fortalecendo o olhar crítico, empático e socialmente engajado. Evidenciou desigualdades e também a resistência cotidiana do SUS. Reforçou o compromisso com práticas humanizadas e com a defesa incondicional do sistema.
Aprendizado e análise crítica
O Vivências no Sistema Único de Saúde ampliou minha compreensão sobre saúde como direito e prática coletiva. Aprendi a escutar os territórios, a reconhecer os saberes populares e a importância da formação crítica. O SUS se mostrou potente, apesar das adversidades, e essencial à justiça social.
Conclusões e/ou Recomendações
A vivência foi transformadora e reafirmou meu compromisso com a saúde pública. Saio fortalecida para atuar com ética, empatia e responsabilidade social. O Vivências no SUS revelou a potência do coletivo, da escuta e da luta por um SUS mais justo, inclusivo e acessível a todos.
VIVÊNCIA DE ACADÊMICOS DA FACULDADE DE MEDICINA DO SERTÃO NO RECONHECIMENTO DO TERRITÓRIO COMO FERRAMENTA DE CUIDADO E ENSINO
Pôster Eletrônico
1 Faculdade de Medicina do Sertão (FMS)
2 FMS
Período de Realização
Fevereiro a Maio de 2025, com acadêmicos de medicina atividades práticas Arcoverde – PE
Objeto da experiência
Vivência de acadêmicos de medicina de territorialização, diagnóstico e cuidado em comunidade da área de abrangência da ESF no Sertão de PE.
Objetivos
Consolidar a integração ensino-serviço-comunidade através da territorialização como eixo estruturante da formação médica, fortalecendo o protagonismo estudantil, a análise crítica do contexto local e a qualificação da atenção prestada às famílias na Atenção Primária à Saúde.
Metodologia
Acadêmicos de medicina da Faculdade do Sertão atuaram na territorialização de uma USF em Arcoverde-PE. Realizaram visitas domiciliares, entrevistas com moradores, elaboração de mapas afetivos, levantamento de indicadores sociais e ambientais e reuniões com equipe multiprofissional, utilizando genograma e ecomapa e integrando os dados à construção de intervenções em saúde.
Resultados
A experiência permitiu mapear vulnerabilidades, como ausência de saneamento e casos de doenças crônicas não monitoradas, além de identificar lideranças comunitárias e saberes populares. Acadêmicos propuseram ações educativas, ampliaram a percepção crítica sobre o cuidado territorializado e fortaleceram vínculos com equipe e usuários. Trabalharam a saúde em cima dos determinantes de saúde rompendo qualquer gênesis de modelo Flexineriano do cuidado e da assistência prestada.
Análise Crítica
A territorialização evidenciou a importância do território como cenário vivo de formação, onde o cuidado ganha sentido concreto. Os acadêmicos desenvolveram escuta qualificada, olhar ampliado sobre determinantes sociais e percepção das limitações estruturais do SUS. O exercício prático reforçou o compromisso ético-social do médico em formação. As intervenções aconteceram de forma humanizada.
Conclusões e/ou Recomendações
A territorialização deve ser valorizada nos currículos médicos como prática essencial à formação crítica, ética e comprometida com o SUS. Recomenda-se que universidades fortaleçam a inserção dos estudantes no território desde os primeiros semestres, estimulando o vínculo, a responsabilização e a construção coletiva do cuidado.
CLIMATÉRIO E A FORÇA DE TRABALHO DO SUS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM SEMINÁRIO DE SENSIBILIZAÇÃO DE GESTORES PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE DE MULHERES NO MUNICÍPIO DE BETIM
Pôster Eletrônico
1 Prefeitura Municipal de Betim
2 PUC-Betim
Período de Realização
O seminário foi realizado em 24 de abril de 2025, no município de Betim, Minas Gerais.
Objeto da experiência
Sensibilização dos gestores da saúde de Betim sobre os impactos do climatério na força de trabalho feminina do SUS.
Objetivos
Sensibilizar gestores sobre os impactos do climatério na vida das trabalhadoras do SUS, promover o cuidado e bem-estar, garantir apoio institucional às ações do projeto PET-Saúde e fomentar oficinas terapêuticas e educativas, fortalecendo a valorização e o cuidado no ambiente laboral.
Descrição da experiência
O seminário, é uma das metas do Projeto PET-Saúde 2024-2026, teve como tema "Entendendo e vivendo o climatério", voltado à força de trabalho feminina do SUS Betim. Realizado em 24/04/2025, reuniu 63 gestores e participantes de diversos setores. Contou com palestrantes das áreas de psicologia, terapia ocupacional, endocrinologia e uma deputada autora do Projeto de Lei que instituiu o Dia Estadual do Climatério. Foi um espaço de diálogo, sensibilização e construção de estratégias.
Resultados
O seminário obteve ampla adesão e engajamento. A sensibilização dos gestores resultou em maior apoio institucional, fortalecimento das ações do projeto e no compromisso com a garantia de agenda protegida para as trabalhadoras. Além disso, gestores passaram a demandar oficinas específicas em suas unidades, ampliando o alcance da iniciativa e fortalecendo a cultura do cuidado no ambiente de trabalho, com impacto direto na qualidade de vida e satisfação das servidoras.
Aprendizado e análise crítica
A experiência revelou que abordar o climatério no contexto laboral promove transformação cultural nas instituições. A escuta qualificada, o diálogo intersetorial e a participação ativa dos gestores foram determinantes para o sucesso. Evidenciou-se a necessidade de romper com estigmas, reconhecer o impacto do climatério na saúde das mulheres e entender que cuidar da força de trabalho do SUS é também cuidar da qualidade dos serviços prestados à população.
Conclusões e/ou Recomendações
O seminário se consolidou como ação estratégica para qualificar a gestão do trabalho no SUS Betim. A sensibilização dos gestores gerou não só maior adesão das trabalhadoras às ações, como também uma mobilização espontânea dos próprios gestores, que passaram a solicitar oficinas em suas unidades. Isso demonstra o impacto positivo e a potência de iniciativas que colocam o cuidado com as trabalhadoras como eixo central da gestão em saúde.
VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR: CONTRIBUIÇÃO PARA A FORMAÇÃO DE ENFERMEIROS NA SAÚDE COLETIVA
Pôster Eletrônico
1 UNESP
Período de Realização
A atividade foi realizada do dia 10/03/2025 ao dia 03/04/2025.
Objeto da experiência
Prática em Vigilância em Saúde do Trabalhador no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) de um município do interior do estado de São Paulo.
Objetivos
O estágio teve como objetivo compreender a relação entre o trabalho e o processo de adoecimento, identificando os fatores ocupacionais que impactam a saúde dos trabalhadores e desenvolvendo uma reflexão crítica sobre as condições laborais, visando à prevenção de agravos relacionados ao trabalho.
Descrição da experiência
A experiência integrou a unidade curricular de Vigilância em Saúde, no curso de Enfermagem de uma universidade pública do interior paulista. Em grupos de quatro a cinco discentes, os estudantes realizaram a atividade prática de três dias no período da manhã no CEREST, onde acompanharam ações do serviço, com ênfase nas consultas multiprofissionais, discussão de casos, identificação de agravos relacionados ao trabalho e análise do papel do CEREST no apoio técnico à rede de atenção à saúde.
Resultados
Os estudantes acompanharam atendimentos realizados por equipes multiprofissionais, como enfermeiro, assistente social, psicólogo e fisioterapeuta, identificaram a articulação entre os determinantes sociais, trabalho e agravos à saúde. Compreenderam os fluxos de notificação e encaminhamentos, a atuação do CEREST como articulador da rede de cuidados e sua relevância para a saúde do trabalhador, bem como a importância da escuta qualificada e do acolhimento aos trabalhadores.
Aprendizado e análise crítica
A experiência permitiu ampliar a compreensão sobre a vigilância em saúde do trabalhador, destacando o impacto dos determinantes sociais no processo saúde-doença. Além disso, reforçou a importância de identificar a ocupação como dado clínico relevante e de desenvolver o raciocínio crítico para correlacionar sintomas, agravos e condições laborais, promovendo uma atuação mais ética e resolutiva, considerando a assistência de enfermagem.
Conclusões e/ou Recomendações
A atividade prática foi essencial para a formação de graduandos de enfermagem, pois contribuiu para ampliar a visão na saúde coletiva e compreensão sobre a associação entre trabalho e processo de saúde doença. Proporcionou reflexões sobre o papel do enfermeiro na vigilância em saúde do trabalhador e a necessidade de uma atuação crítica, comprometida e sobre a função estratégica do CEREST na promoção da saúde do trabalhador.
RODA DE CONVERSA SOBRE OS DESAFIOS DA INTERPROFISSIONALIDADE NA APS: UMA VIVÊNCIA NO 18º CONGRESSO DA MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE
Pôster Eletrônico
1 PROFSAÚDE-UFAL
Período de Realização
05 de junho de 2025, durante o 18º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade
Objeto da experiência
Vivência formativa por meio de roda de conversa sobre os desafios e potencialidades da interprofissionalidade na Atenção Primária à Saúde (APS)
Objetivos
Proporcionar um espaço de troca e escuta qualificada sobre o trabalho interprofissional na APS.
Estimular reflexões críticas sobre os limites do modelo multiprofissional predominante.
Promover a valorização da educação interprofissional como caminho para práticas mais integradas e colaborativas no SUS
Descrição da experiência
A roda foi organizada por duas mestrandas do PROFSAÚDE como atividade autogestionada no congresso. Em círculo, todos foram convidados a compartilhar vivências, desafios e percepções sobre o trabalho em equipe na APS. Perguntas disparadoras facilitaram a construção coletiva de ideias. O ambiente favoreceu uma escuta horizontal e respeitosa. A diversidade dos participantes, profissionais de diversas áreas da saúde, enriqueceu o diálogo e revelou diferentes olhares sobre a prática cotidiana no SUS.
Resultados
A atividade gerou trocas potentes entre pessoas de diferentes formações, instituições e realidades. Os relatos mostraram que ainda é comum a coexistência de profissionais sem verdadeira articulação entre saberes. Por outro lado, ficou evidente o desejo coletivo por uma atuação mais integrada. A experiência também evidenciou a escassez de espaços formativos interprofissionais, tanto na graduação quanto na educação permanente, apontando para uma lacuna importante a ser preenchida.
Aprendizado e análise crítica
A roda evidenciou o quanto as formações em saúde ainda reforçam barreiras entre as profissões, dificultando práticas colaborativas, especialmente a formação médica. Destaca-se ainda a ausência sistemática de espaços como este na formação tradicional. Fica evidente que encontros interprofissionais devem ser fortalecidos e institucionalizados, contribuindo para superar o modelo multiprofissional ainda presente na APS.
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que apenas com uma educação verdadeiramente interprofissional será possível superar o modelo multiprofissional fragmentado na APS.Espaços de troca devem ser incorporados de forma sistemática na formação e na prática em saúde. É essencial promover uma cultura de colaboração, pois a construção de equipes realmente interprofissionais fortalece o SUS e amplia a resolutividade no cuidado.
A ATUAÇÃO DE UMA SANITARISTA EM FORMAÇÃO NO CONTEXTO DE UMA ONG: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 ENSP/Fiocruz
Período de Realização
A experiência foi vivenciada entre os meses de julho a dezembro de 2024.
Objeto da experiência
A atuação como sanitarista em formação em uma Organização Não Governamental (ONG) localizada em um território periférico.
Objetivos
Relatar a experiência da realização do estágio formativo da Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva e Atenção Primária em uma ONG situada em um território periférico e marginalizado, e suscitar reflexões críticas sobre as possibilidades de ações a serem desenvolvidas como sanitarista.
Descrição da experiência
Movida pela premissa de que saúde se faz no território e motivada pela tentativa de unir a minha formação prévia como nutricionista, escolhi realizar o estágio formativo da residência em uma ONG que auxilia na garantia do direito à alimentação. A instituição está localizada em uma periferia da zona norte de São Paulo. Nela pude acompanhar as atividades laborais dos trabalhadores, incluindo os gestores e dialogar com os moradores e profissionais da Unidade Básica de Saúde (UBS) do território.
Resultados
A ONG é composta por trabalhadores que são em sua maioria, pessoas negras, mulheres e moradores da comunidade. Observou-se que a instituição organiza-se em hierarquias imbricadas em uma lógica corporativista e adoecedora para todos os trabalhadores. As principais ações desenvolvidas foram: fortalecer o vínculo com a UBS, coordenar uma roda de conversa com a comunidade local sobre o SUS e suscitar reflexões com os gestores da ONG por meio de uma análise institucional.
Aprendizado e análise crítica
Em territórios vulnerabilizados, onde o Estado é omisso, a atuação das instituições assistencialistas garante o acesso a direitos básicos. Contudo, o esvaziamento da responsabilidade do Estado enquanto garantidor de direitos e a absorção da lógica corporativista empresarial na ONG contribui para gerar conflitos inter-relacionais dentro da instituição e moldar o sentido do trabalho exercido, resultando em uma sobrecarga aos trabalhadores invisibilizada pela lógica do dever assistencialista.
Conclusões e/ou Recomendações
A formação em saúde coletiva propicia aparato técnico-crítico-reflexivo para tensionar debates no interior da instituição sobre o sentido do trabalho assistencialista e auxilia na incorporação de uma noção política à práxis exercida. O sanitarista pode atuar no território, além do contexto da atenção primária. Sua inserção em uma ONG possibilita ampliar as possibilidades de articulação e mobilizar a participação social no SUS por outras vias.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE CÂNCER COM ACS: UMA EXPERIÊNCIA EXTENSIONISTA DA LIGA ACADÊMICA DE ONCOLOGIA LAONCORB
Pôster Eletrônico
1 UFRB
Período de Realização
Foram realizados cinco encontros no ano de 2024.
Objeto da experiência
Trabalho de educação continuada com agentes comunitárias de saúde (ACS) sobre câncer de mama e câncer de cabeça e pescoço.
Objetivos
Promover a educação em saúde com ACS da atenção primária sobre câncer, ampliando o conhecimento e fortalecendo a comunicação entre estudantes da Liga Acadêmica de Oncologia, oncologista e comunidade.
Descrição da experiência
Realizamos encontros presenciais na UFRB com ACS locais, utilizando linguagem acessível e materiais educativos abordando sinais, prevenção e fluxo de atendimento do câncer de mama e cabeça e pescoço. As atividades incluíram rodas de conversa para esclarecer sinais, prevenção e fluxo de atendimento do câncer de mama e de cabeça e pescoço, promovendo troca de saberes e fortalecendo o vínculo com a comunidade.
Resultados
Os agentes mostraram interesse nos conteúdos apresentados e os estudantes aprimoraram a escuta ativa, reconhecendo a importância da educação popular para prevenção e detecção precoce do câncer.
Aprendizado e análise crítica
Evidenciamos que a presença do especialista contribuiu significativamente para o diálogo. Os ligantes identificaram desafios na adaptação da linguagem técnica e a importância da empatia para o sucesso da educação em saúde no território.
Conclusões e/ou Recomendações
A integração entre médico, ligantes e ACS reforça a eficácia da extensão universitária na promoção da saúde e formação de profissionais sensíveis às desigualdades sociais. Recomenda-se ampliar essas parcerias para fortalecer vínculos e ampliar o acesso à prevenção oncológica na atenção primária.
EDUCAÇÃO CONTINUADA NA AMAZÔNIA MARAJOARA PARA O FORTALECIMENTO DAS AÇÕES EM IMUNIZAÇÃO
Pôster Eletrônico
1 Instituto de Ciências da Saúde (ICS), Universidade Federal do Pará (UFPA)
2 Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), Universidade Federal do Pará (UFPA)
3 Universidade do Estado do Pará
Período de Realização
As ações aconteceram no período de novembro a dezembro de 2024, em Salvaterra, Marajó/Pará.
Objeto da experiência
A educação continuada como estratégia de fortalecimento das ações em imunização.
Objetivos
Realizar uma oficina de educação continuada sobre ações e cuidados em imunização com uma Equipe de Saúde da Família (ESF) do município de Salvaterra, Marajó, Pará.
Metodologia
No período de novembro de 2024, foi elaborado pelas responsáveis da atenção básica e imunização no município uma oficina de educação continuada, versando sobre temas relacionados a cadeia de rede de frios e a sala de vacina. Na oportunidade também foi debatida a responsabilidade técnica da equipe em manter a qualidade da conservação e administração dos imunobiológicos. A oficina utilizou metodologias ativas que envolveram todos os profissionais da unidade de saúde.
Resultados
A oficina se deu em uma ESF e envolveu toda a equipe de saúde. Durante a execução do trabalho foi constatado que a equipe não compreendia a dinâmica de funcionamento e a importância da sala de vacina. Na atividade foram descritas a ordem das ações que envolvem a cadeia de frios, tais como transporte, recebimento do imuno, armazenamento, administração de forma adequada e a importância de todos os passos para a garantia da qualidade dos imunobiológicos para a proteção efetiva da população.
Análise Crítica
Percebeu-se por parte dos profissionais que não lidam rotineiramente com as vacinas, o entendimento de que a equipe inteira deve atuar na proteção dos imunobiológicos da sua unidade e com isso auxiliar na manutenção da saúde de sua população. O treinamento mostrou que a responsabilidade compartilhada da salvaguarda dos imunos, melhora o processo de trabalho relacionado a imunização e faz grande diferença em uma realidade em que a precarização do trabalho em saúde é constante.
Conclusões e/ou Recomendações
Após a realização do treinamento pode-se perceber maior integração entre a equipe, onde cada profissional passou a atuar como multiplicador da importância da vacinação junto à comunidade. Com a experiência constatou-se que a educação continuada se caracteriza como uma ferramenta transformadora das dinâmicas de processo de trabalho em saúde o que reforça a necessidade de fortalecer a coletividade em todos os espaços.
FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA PARA ATUAÇÃO NAS POLÍTICAS DE SAÚDE SEXUAL E SAÚDE REPRODUTIVA: URGÊNCIAS E CAMINHOS POSSÍVEIS
Pôster Eletrônico
1 UFMG
Período de Realização
Em 2024 e 2025, foi ofertada a disciplina Psicologia, Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva na UFMG.
Objeto da experiência
Apresentar a importância da educação em SSSR na formação de psicologia, fomentando que ela seja ampliada e inserida de modo formal nos currículos.
Objetivos
Evidenciar caminhos possíveis para a formação em psicologia inserida nas políticas públicas de SSSR e comprometida ético-políticamente a partir de referenciais da Psicologia Latinoamericana, Psicologia Feminista e Decolonial.
Descrição da experiência
A metodologia consiste em abordagem teórico-prática na qual a coletividade rege a construção horizontal do conhecimento. Em cada aula são utilizados métodos ativos de ensino-aprendizagem como quizz, oficinas, encenações, debates, etc… Os temas são apresentados a partir da perspectiva da justiça reprodutiva e analisados interseccionalmente. Ao longo do semestre as turmas são convidadas a visitarem um serviço de saúde sexual, construírem um diário de parto, produzirem materiais científicos.
Resultados
A disciplina cumpre uma função importante ao abrir espaços de discussão sobre tema que, apesar de urgente como demanda de saúde pública, ainda é pouco priorizado na formação dos profissionais (Gonzaga, 2022). Ela permite que futuras psicólogas sejam formadas para atuar com responsabilidade nas políticas públicas de SSSR além de possibilitar um maior engajamento das alunas com a temática, apresentação em congressos, publicação de artigos, visitas e aprendizado de práticas de intervenções grupais.
Aprendizado e análise crítica
É inédito em nossas trajetórias acadêmicas métodos de ensino que se preocupam não só com a apropriação teórica, mas também em como somos afetadas subjetivamente. Isso é perceptível desde a primeira aula quando somos convocadas a pensar como foi nosso parto, nos relatórios e também no diário de parto em que somos incentivadas a escrever como fomos atravessadas por cada tema e visita. Em cada aula, há sempre espaço de escuta e acolhimento de nossas vivências, a partir de uma lente interseccional.
Conclusões e/ou Recomendações
Ainda que prevista nas equipes de atuação em SSSR, a psicologia não possui uma discussão curricular consolidada. Para Gonzaga (2022) , temos formado profissionais precários na compreensão da complexidade de fenômenos sociais que não cabem em leituras deterministas. Essa disciplina surge como caminho possível, apostamos que possa ser inspiração de percurso formativo a ser realizado em outros cursos da área da saúde que atuam nas políticas de SSSR.
ABORDAGEM TEÓRICO-PRÁTICA SOBRE A VIGILÂNCIA AMBIENTAL EM SAÚDE NO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Pôster Eletrônico
1 Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP)
Período de Realização
A atividade foi realizada no período entre 27/02/2025 e 03/04/2025.
Objeto da experiência
Compreender a atuação da Vigilância Ambiental em Saúde por meio de uma abordagem teórico-prática no Curso de Graduação em Enfermagem.
Objetivos
Compreender a atuação da Vigilância Ambiental em Saúde e sua importância, por meio da metodologia ativa espiral construtivista e estágio em campo prático, com ênfase em Saúde Coletiva.
Metodologia
A atividade foi dividida em duas etapas. Primeira etapa: espiral construtivista, na qual os alunos embasaram-se em referências bibliográficas sobre o tema para posterior discussão em sala de aula. Segunda etapa: atividade prática na Vigilância Ambiental em Saúde do município, na qual os alunos, em pequenos grupos, tiveram a oportunidade de acompanhar o trabalho dos Agentes de Combate as Endemias (ACE) por dois dias.
Resultados
A combinação de metodologias ativas, como a espiral construtivista, com o estágio em campo prático mostrou-se fundamental para a consolidação dos conhecimentos sobre a temática. Tal abordagem possibilitou aos alunos compreender a atuação da equipe de Vigilância Ambiental em Saúde bem como a importância de seu trabalho, contribuindo para o fortalecimento da prática e ampliando sua visão enquanto futuros profissionais.
Análise Crítica
A atividade prática associada ao uso de metodologias ativas proporcionou aos alunos um aprendizado aplicado ao serviço, fortalecendo sua autonomia e possibilitando a compreensão da importância da Vigilância Ambiental em Saúde com ênfase em Saúde Coletiva. Ademais, a experiência estimulou o pensamento crítico e reflexivo dos alunos e destacou o papel dos AGE na promoção da saúde e no enfrentamento à desinformação sobre a prevenção de doenças e agravos de notificação compulsória.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência demonstra os benefícios de integrar metodologias ativas e atividades práticas na abordagem de conceitos complexos, como a atuação da Vigilância Ambiental em Saúde. Sendo assim, destaca-se a necessidade de manter este tipo de abordagem no currículo do Curso de Graduação em Enfermagem, garantindo um aprendizado significativo e imersivo, e preparando recursos humanos com olhar ampliado para as questões da coletividade.
CONECTANDO CONHECIMENTO E PRÁTICA: A JORNADA DE ESTÁGIOS NA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO RIO GRANDE DO NORTE
Pôster Eletrônico
1 ESPRN/SESAP
2 UERN
3 UFRN
Período de Realização
Janeiro de 2021 a maio de 2025, envolvendo atividades de estágios curriculares e extracurriculares.
Objeto da experiência
Estágios desenvolvidos na ESPRN com estudantes de Odontologia, Saúde Coletiva, Administração e Publicidade, com foco na integração ensino e serviço.
Objetivos
Apresentar uma análise descritiva dos estágios realizados na ESPRN, destacando atividades, aprendizados, dificuldades enfrentadas e sua contribuição na formação discente, na perspectiva da construção da autonomia e do conhecimento da saúde pública nos processos de Educação Permanente em Saúde (EPS).
Metodologia
No período, a ESPRN recebeu 28 estagiários, supervisionados por preceptores, que organizaram planos de trabalho para realização do estágio. As atividades incluíram participação em reuniões, colegiados, atividades de extensão, acompanhamento de formação em EPS, elaboração de relatórios, revisão de documentos, participação em eventos e suas comissões, produção e formatação de materiais didáticos. O estágio motivou o estudo, a criatividade e a resolução de problemas críticos pela problematização.
Resultados
Os estágios contribuíram para o fortalecimento das competências profissionais, promovendo a interação interprofissional e a compreensão da Educação Permanente em Saúde no SUS. Os estagiários desenvolveram habilidades técnicas, interprofissionais e sociais, ampliando sua autonomia e responsabilidade. Os desafios incluíram a adaptação à rotina, gestão do tempo e dinâmica administrativa. A ESPRN assegurou a gestão qualificada do estágio, com preceptores atentos e planos de trabalho estruturados.
Análise Crítica
A experiência da ESPRN, como campo de práticas, revelou a importância do estágio na formação dos estudantes, destacando a apreensão crítica da realidade do SUS, das demandas do setor público e das necessidades para EPS. Os desafios enfrentados reforçam a importância de orientações claras e estruturadas. A interação interprofissional foi fundamental para ampliar a visão dos estagiários sobre a educação permanente em saúde, promovendo formação mais humanizada e comprometida com a saúde coletiva.
Conclusões e/ou Recomendações
A ESPRN é um campo estratégico para o estágio em saúde, favorecendo a integração ensino e serviço, preparando os estudantes para os desafios do mercado de trabalho, fomentando práticas colaborativas e se consolidando como um espaço profícuo para a formação de futuros profissionais. Recomenda-se ampliar as oportunidades de estágio e integrar atividades que estimulem a inovação, contribuindo para uma formação alinhada às demandas do SUS e da EPS.
CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO EM SAÚDE COLETIVA: EXPERIÊNCIA EM COMUNIDADES RIBEIRINHAS E INDÍGENAS NO OESTE DA BAHIA
Pôster Eletrônico
1 UFOB
Período de Realização
Maio a junho de 2025
Objeto da experiência
Vivências em comunidades tradicionais ribeirinhas e indígenas no Oeste Baiano
Objetivos
Relatar a experiência de vivenciar práticas de saúde coletiva em comunidades ribeirinhas e indígenas do Oeste da Bahia, aplicando instrumentos epidemiológicos e promovendo ações de educação popular em saúde, com foco na escuta sensível, análise crítica e valorização dos saberes locais.
Descrição da experiência
As vivências ocorreram nos finais de semana em ações de pesquisa e extensão. Foram desenvolvidas atividades de educação popular em saúde na Aldeia Kiriri Barreiras. Durante a ação foram realizadas avaliações de medidas antropométricas, pressão arterial e glicemia capilar, e rodas de conversas sobre saúde mental e qualidade da água. Já nas comunidades ribeirinhas de Penedo e Morrão, foram realizadas visitas ao território e domiciliares durante as entrevistas de um inquérito epidemiológico.
Resultados
As vivências foram fundamentais para o fortalecimento da escuta ativa, da importância da construção de vínculos comunitários e da compreensão da realidade social e sanitária desses territórios. Contribuíram significativamente para formação enquanto graduanda em Medicina, fortaleceram o compromisso social, ampliaram a compreensão sobre os determinantes sociais da saúde e reforçaram a importância da pesquisa e da extensão sensível às realidades locais e construídas em conjunto com a comunidade.
Aprendizado e análise crítica
As visitas semanais às comunidades tradicionais catalisaram uma análise crítica dos paradigmas teóricos e aprofundaram minha compreensão das relações entre saúde, território e identidade. Impulsionaram a desconstrução de referenciais hegemônicos e reforçaram a formação médica, ao promover escuta ativa, empatia e a valorização de metodologias participativas, centradas na participação comunitária e nos saberes locais. Assim como, promoveu habilidades comunicativas para dialogar com a pluralidade.
Conclusões e/ou Recomendações
As vivências contribuíram significativamente para formação médica da estudante ao ampliar a compreensão das dimensões sociais, culturais e históricas que permeiam a saúde dessas populações. O contato direto com os moradores fortalece o exercício da escuta ativa, do respeito à diversidade e da construção de vínculos comunitários, aspectos essenciais para a atuação em saúde coletiva.
QUEBRANDO MUROS, CONSTRUINDO CUIDADO: O SUS NO SHOPPING COMO ESTRATÉGIA DE ACESSO E ACOLHIMENTO ÀS MULHERES NO OUTUBRO ROSA: QUANDO O CUIDADO VAI AONDE AS MULHERES ESTÃO
Pôster Eletrônico
1 Faculdade Anhanguera- Campus Betim
2 Prefeitura Municipal de Betim
Período de Realização
De 01 a 31 de outubro de 2024
Objeto da experiência
Ampliação do acesso à saúde das mulheres com ações itinerantes no shopping, integrando cuidado, ensino e comunidade.
Objetivos
Ampliar o acesso ao rastreamento dos cânceres de mama e colo do útero, ofertar testagem rápida de IST, promover educação em saúde sexual e reprodutiva, ofertar agendamento de DIU e contribuir para a formação crítica de acadêmicos de enfermagem, mediante práticas supervisionadas em ambiente real.
Metodologia
Estruturação de estação com salas de coleta, testagem e educação em saúde no Shopping Monte Carmo, em Betim (MG), durante outubro de 2024, nos turnos manhã e noite. Acadêmicos de enfermagem atuaram nas atividades sob supervisão da professora e de quatro enfermeiras da APS. As ações incluíram rodas de conversa, coleta de exame citopatológico, solicitação de mamografias, testagem rápida para HIV, sífilis, hepatites B e C, orientações contraceptivas e agendamento para inserção de DIU nas UBS.
Resultados
Foram realizadas 127 coletas de amostras para rastreio do câncer de colo do útero, 136 solicitações de mamografias, 166 atendimentos para testagem rápida, com a realização de 664 testes e 18 agendamentos de DIU. Além dos números, o impacto social foi notório, tanto para as usuárias quanto para os alunos. A presença do SUS no shopping humanizou o cuidado e ressignificou o espaço, transformando-o em lugar de escuta, acolhimento, oportunidade de oferta de cuidados à saúde das mulheres.
Análise Crítica
A experiência reafirmou a potência das práticas integradas entre gestão, formação e território. A escolha de um espaço de grande circulação popular foi decisiva para alcançar um público invisibilizado pelas ações tradicionais. O modelo de supervisão com preceptoria ativa qualificou a atuação dos acadêmicos. A ação desafiou a lógica fragmentada do cuidado e demonstrou que é possível (e necessário) reinventar o acesso, romper muros institucionais e levar o SUS para onde o povo está.
Conclusões e/ou Recomendações
O espaço itinerante foi uma estratégia exitosa, replicável e de baixo custo para fortalecer o cuidado integral à mulher e a formação em serviço. Recomenda-se sua institucionalização no calendário municipal, bem como o estímulo a parcerias com instituições de ensino, potencializando a integração ensino-serviço-comunidade. Ações como esta reafirmam a potência do SUS vivo, que resiste, escuta, acolhe e transforma — mesmo em um shopping center.
PARTICIPAÇÃO SOCIAL NA FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA: UMA EXPERIÊNCIA EXTENSIONISTA NO SUS
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
Período de Realização
A experiência deriva de um projeto de extensão, em andamento, que teve início em abril de 2025.
Objeto da experiência
Centrada na diretriz da Participação Social no SUS, a ação extensionista aborda a inserção de estudantes na construção de um Plano Municipal de Saúde
Objetivos
Inserida no contexto da graduação em Psicologia, a ação busca promover a aproximação entre formação e ação política, por meio do envolvimento de estudantes em atividades voltadas ao controle social, à democratização da saúde e à elaboração de instrumentos da gestão pública, como os planos de saúde.
Descrição da experiência
A partir de sua imersão no processo de construção do PMS de Santa Cruz/RN, sob supervisão docente, os estudantes têm participado de todas as etapas: reuniões de alinhamento junto a atores estratégicos da Secretaria e do Conselho Municipal de Saúde; construção de propostas por meio de consultas públicas, realizadas em encontros comunitários; relatoria dos diálogos com a população; sistematização e priorização das propostas; e apresentação e validação do Plano nas instâncias de Controle Social.
Resultados
Até o momento, ocorreram 25 encontros com diferentes grupos populacionais do município, os quais geraram importantes diálogos que possibilitaram a produção de leituras diagnósticas quanto ao sistema local de saúde, sob a perspectiva dos usuários, bem como a elaboração de propostas para sua melhoria. Com a experiência, os estudantes reconhecem o quanto a construção de iniciativas políticas no campo saúde, alinhadas às necessidades da população, exige mecanismos robustos de participação social.
Aprendizado e análise crítica
O projeto tem se constituído como dispositivo ativador de experiências de aprendizagem e, ao mesmo tempo, fomentador de intervenções de caráter psicossocial e comunitário, ao possibilitar a aproximação estudantil dos espaços de produção política da saúde em uma perspectiva coletiva e participativa. Por meio de encontros sistemáticos com profissionais, gestores e usuários do SUS, o envolvimento no processo de construção do PMS, tem gerado aprendizados que não se podem desenvolver em sala de aula.
Conclusões e/ou Recomendações
Ao final, cabe destacar a oportunidade de o projeto contribuir efetivamente para a produção do PMS de Santa Cruz, cuja materialidade se dará, ao final de todo o processo, em documento técnico a ser entregue à gestão local. Ademais, menciona-se seu potencial, mediante a mobilização estudantil, em fomentar a participação social, o fortalecimento dos espaços de construção comunitária e maior engajamento da população nas tomadas de decisão em saúde.
FORMAÇÃO DE AGENTES COMUNITÁRIAS EM SAÚDE MENTAL: POTÊNCIAS E DESAFIOS
Pôster Eletrônico
1 UFSC
2 REMULTISF ESP PMF
3 PMF
4 RM Saúde Mental
Período de Realização
Março a Abril de 2025
Objeto da experiência
Formar ACS para acolhimento em saúde mental, aprimorando competências no atendimento às demandas psíquicas da população.
Objetivos
A formação visa dar segurança aos ACS no acolhimento em saúde mental, com estratégias para o manejo, promovendo cuidado integral e educação continuada, e contribuindo para um atendimento mais humanizado e efetivo às pessoas em situação de sofrimento psíquico no SUS
Descrição da experiência
A experiência ocorreu em um centro de saúde de Florianópolis, em março e abril de 2025, como continuidade do projeto de Marília C. Gouveia de 2024. Foram realizados dois encontros presenciais com seis ACS, com método de grupo focal. Discutiram-se a rede de saúde mental, mudanças no trabalho influenciadas pelo neoliberalismo e o uso de tecnologias que deslocaram as profissionais ACS do território. A pesquisa destacou fragilidades na identidade profissional e o potencial da formação continuada.
Resultados
Os resultados indicam que os ACS veem a formação como essencial para qualificar o acolhimento em saúde mental, diante da insegurança no manejo do sofrimento psíquico. Os encontros favoreceram a criação de estratégias e o fortalecimento da identidade profissional, mas apontaram desafios como o adoecimento das trabalhadoras e o afastamento do território, destacando a necessidade de apoio contínuo.
Aprendizado e análise crítica
A experiência permitiu refletir sobre o acolhimento em saúde mental, evidenciando a importância da formação continuada para o empoderamento e segurança de manejo das ACS. Apesar dos avanços, persistem barreiras como violência, pressão no trabalho e falta de reconhecimento do acolhimento na APS. O fortalecimento das relações sociais e o apoio institucional são fundamentais para aplicar as estratégias aprendidas.
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que a formação em saúde mental para ACS é viável e necessária, pois qualifica o atendimento e empodera essas trabalhadoras. Recomenda-se ampliar essa formação, criar redes de apoio e compartilhamento de experiências entre ACS e promover políticas que valorizem seu papel comunitário, reduzam o adoecimento e favoreçam um cuidado mais humanizado e acolhedor.
UM MUNDO DE POSSIBILIDADES: RELATO DE EXPERIÊNCIA DA PARTICIPAÇÃO DE UMA DISCENTE DE GRADUAÇÃO EM UM PROJETO MULTICÊNTRICO INTERNACIONAL
Pôster Eletrônico
1 UFG
Período de Realização
O projeto teve início em junho de 2024 e tem sua conclusão prevista para dezembro de 2025.
Objeto da experiência
Participação em um projeto multicêntrico internacional para formação de enfermeiros da Atenção Primária de países africanos.
Objetivos
Implementar um projeto de formação profissional para enfermeiras(os) da Atenção Primária de países africanos para melhoria da prestação de serviços de saúde, na promoção da saúde, prevenção das doenças e na redução das desigualdades em saúde nas comunidades atendidas.
Descrição da experiência
A experiência envolve nove instituições de oito países países Íbero-americanos e africanos. No âmbito do projeto, foram desenvolvidas duas ações principais: a realização do I Fórum Internacional de Atenção Primária à Saúde (APS) como Pilar de Justiça Social, em formato híbrido, e a implementação do Curso de Formação para qualificação das competências do enfermeiro na APS, destinado a profissionais das cidades de Praia (Cabo Verde), Maputo e Nampula (Moçambique), atualmente em andamento.
Resultados
As contribuições discentes no âmbito da graduação em Enfermagem concentraram-se na participação em reuniões de planejamento e acompanhamento do projeto, na elaboração de materiais didático-pedagógicos voltados à formação de profissionais da Atenção Primária à Saúde e no oferecimento de suporte aos estudantes matriculados no curso, favorecendo o desenvolvimento das atividades e o fortalecimento do processo formativo.
Aprendizado e análise crítica
A experiência tem favorecido uma vivência concreta dos processos de internacionalização da educação superior, evidenciando, na prática, a importância da interculturalidade, da cooperação internacional e da superação de barreiras estruturais, linguísticas e culturais. Além disso, ressalta-se a relevância de estratégias bem delineadas para o fortalecimento articulado do ensino, da pesquisa e da extensão em contextos internacionais.
Conclusões e/ou Recomendações
Compreende-se como uma experiência enriquecedora no processo de formação.A participação no projeto contribuiu para o aprimoramento de competências essenciais à formação profissional em Enfermagem,como o letramento em saúde,a mediação de barreiras linguísticas e culturais,além da ampliação do entendimento sobre a atuação da enfermagem em diferentes realidades,especialmente nos contextos africanos e nos desafios inerentes a esses cenários.
RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA DA UEFS: IMPLANTAÇÃO, DESAFIOS E CONTRIBUIÇÕES NO CONTEXTO DO SUS
Pôster Eletrônico
1 Universidade Estadual de Feira de Santana
Período de Realização
2018 a 2025
Objeto da experiência
Implantação e acompanhamento da Residência Multiprofissional em Saúde da Família da Universidade Estadual de Feira de Santana
Objetivos
Relatar o processo de construção, implementação e consolidação da Residência Multiprofissional em Saúde da Família da UEFS, destacando seus desafios, e impactos na formação profissional em saúde e no fortalecimento do SUS, com ênfase na experiência desenvolvida no município de Santo Estêvão–BA.
Metodologia
A experiência da Residência Multiprofissional em Saúde da Família da UEFS, iniciada em 2018, destaca-se pela construção coletiva, enfrentando desafios como a pandemia de COVID-19 e a implantação em município parceiro. Com foco na formação crítica e humanizada, promove integração ensino-serviço-comunidade, fortalecendo a Atenção Primária em Saúde, contribuindo para a qualificação do SUS, por meio de práticas interprofissionais e educação permanente em saúde.
Resultados
A Residência Multiprofissional em Saúde da Família da UEFS trouxe resultados expressivos para a formação profissional e para o fortalecimento do SUS. Entre os principais avanços, destaca-se a qualificação das práticas em saúde na Atenção Básica, por meio da atuação integrada e interdisciplinar dos residentes junto às equipes de saúde. A presença dos residentes contribuiu para a ampliação do cuidado, fortalecimento da vigilância em saúde e desenvolvimento de tecnologias de trabalho em saúde
Análise Crítica
A equipe de implantação da residência passou por um processo de intenso aprendizado, superando desafios institucionais e sanitários. A vivência prática exigiu flexibilidade, articulação e construção coletiva. A análise crítica evidencia que o programa não apenas fortaleceu a formação profissional, mas também promoveu mudanças concretas nas práticas dos serviços, com foco na educação em saúde, integralidade, no trabalho em equipe e na qualificação do cuidado no SUS.
Conclusões e/ou Recomendações
A implantação da residência evidenciou avanços significativos na formação e no fortalecimento do SUS local. Recomenda-se ampliar recursos, fortalecer parcerias entre universidade e serviços, e investir em educação permanente para consolidar as mudanças nas práticas de saúde, garantindo sustentabilidade e maior impacto na qualidade da atenção à população.
DESAFIOS NO CUIDADO À PESSOA COM OBESIDADE: REFLEXÕES DE UMA ESTUDANTE DE MEDICINA SOBRE ESTIGMA, ESTRUTURA PRECÁRIA E LACUNAS NA FORMAÇÃO MÉDICA PÚBLICA
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal de Ouro Preto
2 Secretaria Estadual de Saúde do Mato Grosso do Sul
3 Ministério da Saúde
4 Universidade Federal da Paraíba
5 Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Período de Realização
O presente relato de experiência se refere ao período compreendido entre 11/11/2024 e 12/04/2025.
Objeto da experiência
Esse relato trata do processo de atenção à saúde das pessoas com obesidade que são atendidas no ambulatório por alunos do curso de Medicina.
Objetivos
Compartilhar as experiências vividas durante os atendimentos ambulatoriais sob a perspectiva de uma aluna do curso de Medicina, no presente momento do 6º período, evidenciando a precariedade da abordagem da temática da obesidade e do atendimento à pessoa com obesidade durante a formação médica.
Descrição da experiência
No contexto dos atendimentos ambulatoriais realizados no período referenciado, foi possível observar, a partir da troca de experiências entre os alunos envolvidos na condução das consultas, o impacto da falta de equipamentos adequados no atendimento de pessoas com obesidade, como manguitos apropriados para aferição da pressão arterial, macas reforçadas e mobiliário que oferecessem conforto e segurança para essas pessoas.
Resultados
A falta de infraestrutura nos ambientes de atenção à saúde reforça a marginalização e a estigmatização das pessoas com obesidade, privando-as do atendimento médico de qualidade. Considerando os espaços da rede pública de saúde, o quadro se torna ainda mais problemático e evidencia que os princípios do Sistema Único de Saúde de universalidade, equidade e integralidade não são aplicados em sua totalidade para as pessoas com obesidade, o que impacta na efetivação do direito à saúde destas pessoas.
Aprendizado e análise crítica
A falta de ferramentas adequadas para o atendimento das pessoas com obesidade reforça o estigma sociocultural em relação a essas pessoas, bem como impacta no acompanhamento longitudinal delas, que recebem medidas imprecisas sobre a situação de saúde. Além disso, essa situação reflete diretamente na formação dos estudantes de medicina da rede pública de ensino que teriam, nos atendimentos ambulatoriais, a oportunidade de aprender como o atendimento dessas pessoas deve ser feito de forma adequada.
Conclusões e/ou Recomendações
A formação médica carece de discussões baseadas em evidências sobre obesidade, favorecendo o estigma. Ignoram-se fatores multifatoriais e desigualdades sociais. Nos estágios, faltam ferramentas para um cuidado adequado, o que reforça o preconceito. É essencial que o sistema público de saúde ofereça suporte e que a formação médica inclua abordagens interdisciplinares sobre o tema.
DESAFIOS E ESTRATÉGIAS PARA A EFETIVAÇÃO DA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE NAS UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO (UPAS) DO DISTRITO FEDERAL
Pôster Eletrônico
1 IGESDF
Período de Realização
Os treinamentos foram realizados entre os meses de janeiro a maio de 2025.
Objeto da experiência
Desafios e estratégias para a implementação e efetivação da Educação Permanente em Saúde nas UPAs do Distrito Federal (DF).
Objetivos
Compartilhar os resultados, desafios percebidos e estratégias desenvolvidas pelo Núcleo de Educação Permanente (NUDEP) nas UPAs do DF, voltada à atualização teórico-prática das equipes, diante de barreiras logísticas, disputas com a rotina assistencial e resistência dos profissionais e da gestão.
Metodologia
A experiência ocorreu por meio de treinamentos realizados nas UPAs abrangendo toda a equipe multiprofissional com proposta de atualização dos profissionais. Durante os cinco meses referidos, foram oferecidos treinamentos em todas as 13 UPAs, totalizando 22 temas multiprofissionais, ofertados de acordo com a demanda específica de cada UPA, e registrando um total de 1.300 participações de colaboradores. Durante sua execução, foram encontrados desafios que exigiram adaptações por parte do NUDEP.
Resultados
Durante a execução dos treinamentos, foram identificadas dificuldades relacionadas à logística do transporte da equipe técnica, desconhecimento dos gestores sobre as ações do NUDEP, resistência dos trabalhadores aos treinamentos, adesão limitada da equipe médica às capacitações, a alta rotatividade de profissionais, disputas com a rotina assistencial e desafios relacionados à fragilidade na consolidação da cultura de educação permanente como prática cotidiana nos serviços de saúde.
Análise Crítica
Diante dos desafios percebidos, a atuação do NUDEP nas UPAs evidenciou que a aproximação dos educadores com a gestão e as equipes foram determinantes para a aderência aos treinamentos. A resistência foi reduzida com o levantamento de necessidades de cada unidade, utilização de metodologias ativas, adaptação de horários à realidade de cada UPA e reserva prévia dos espaços de ensino. Estratégias que para serem sustentadas dependem de recurso humano, infraestrutura e apoio institucional.
Conclusões e/ou Recomendações
Portanto, foi possível identificar a necessidade de planejamento, flexibilização da rotina, apoio da gestão, mudança da cultura organizacional das equipes e investimento institucional para efetivar a educação permanente. Recomenda-se ações de sensibilização, escuta dos profissionais, aproximação com gestores e continuidade das capacitações, conduzidas por equipe multiprofissional para atender as demandas institucionais e integrar o cuidado.
PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO NA PÓS-GRADUAÇÃO: REALIZAÇÃO DE WEBNAR COMO ESTRATÉGIA DE FORTALECIMENTO DA SAÚDE COLETIVA NA AMAZÔNIA
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Ciências da Saúde (ICS), Laboratório de Monitoramento e Laboratório de Monitoramento e Avaliação em Saúde – MASA – Belém, Pará, Brasil.
2 Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Ciências da Saúde (ICS) – Belém, Pará, Brasil.
3 Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Ciências da Saúde (ICS), Belém, Pará, Brasil.
4 Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Ciências da Saúde (ICS).
Período de Realização
Foi organizado entre março e abril de 2025, com a realização do evento em 25 de abril de 2025.
Objeto da experiência
Relato da vivência de mestrandos na organização de um webnar como ferramenta para produzir conhecimento e fortalecer a pós-graduação.
Objetivos
Relatar a experiência de discentes de mestrado na construção de um webnar, com intuito de disseminar conhecimentos no campo da Saúde Coletiva e promover um debate multiprofissional sobre a articulação entre teoria e prática, como estratégia pedagógica.
Descrição da experiência
Após inscrições via formulário digital e ampla divulgação, o evento "I Webnar - Saúde Coletiva: Um olhar sob a teoria e prática" foi realizado. Foi concebido e apresentado por mestrandos do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva na Amazônia da Universidade Federal do Pará. A equipe de conferencistas era composta por cirurgiões-dentistas, enfermeiros, médicos, nutricionistas, biomédicos, profissionais de educação física e fisioterapeutas. A transmissão ocorreu ao vivo via YouTube.
Resultados
O webnar alcançou 92 participantes inscritos, com representatividade de diversas regiões do Brasil, superando a expectativa inicial de alcance local. A transmissão ao vivo favoreceu um alcance geográfico ampliado e evidenciou o interesse pelos temas abordados. A abordagem multiprofissional e a qualidade das apresentações discentes funcionaram como vitrine da formação oferecida, promovendo interação qualificada e despertando o interesse externo pelo programa de pós-graduação na Amazônia.
Aprendizado e análise crítica
A experiência permitiu que os discentes assumissem o papel de produtores de conhecimento, ao sistematizarem e apresentarem conteúdos complexos. Demonstrou-se o potencial de tecnologias digitais como ferramentas pedagógicas inovadoras, capazes de ampliar o saber para além dos muros acadêmicos. A análise crítica revela que a metodologia adotada transcende a avaliação tradicional, consolidando o aprendizado e fortalecendo a identidade dos pós-graduandos como pesquisadores.
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que o webnar foi uma estratégia de alto impacto para o fortalecimento da pós-graduação, atuando na qualificação interna dos discentes como produtores de conhecimento e na projeção externa do programa. Recomenda-se a incorporação de tais atividades como práticas pedagógicas para consolidar a formação de novos mestres e atrair talentos para a Saúde Coletiva na Amazônia.
DEZ ANOS DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS PARA O SUS: DESAFIOS DE UM SERVIÇO QUE FORMA PROFISSIONAIS PARA PESQUISAS E INOVAÇÃO NA SAÚDE COLETIVA
Pôster Eletrônico
1 Hospital Nossa Senhora da Conceição
Período de Realização
Dez anos (2015 – 2025) do PPG em Avaliação de Tecnologias para o SUS do Grupo Hospitalar Conceição.
Objeto da experiência
Experiências de formação, pesquisas científicas e intervenções técnicas produzidas em mestrado profissional vinculado a serviço de saúde.
Objetivos
Problematizar desafios e potencialidades da pós-graduação profissional em Saúde Coletiva, frente ao acirramento das contradições entre modelos de atenção (universalidade e integralidade) e regimes de trabalho precarizados e sujeitos à lógica da terceirização.
Descrição da experiência
O PPG forma profissionais da gestão, assistência e educação para fortalecer o SUS, desenvolvendo habilidades e capacidade técnico-científicas. Princípios pedagógicos orientam a formação: centralidade no trabalho em saúde, promoção da educação permanente, diversidade de espaços e metodologias educativas, valorização do conhecimento aplicado e das práticas coletivas, com a maioria dos docentes do GHC e que desenvolvem ações na atenção, gestão ou educação em saúde.
Resultados
O PPG possui 99 egressos e 43 discentes. Atualmente, 74% dos egressos afirmam relação entre seu trabalho e o Mestrado. Os dados indicam elevada aplicação prática das pesquisas, com inserção do conhecimento produzido nas rotinas dos serviços. Como as demandas dos serviços orientam os problemas e objetivos das pesquisas, os produtos são desenvolvidos a partir dos princípios, diretrizes e necessidades do SUS, demonstrando uma relação orgânica entre impacto social e tecnológico.
Aprendizado e análise crítica
A motivação para a realização do mestrado profissional, muitas vezes, não é a ascensão de carreira, a mudança de cargo ou a obtenção de maior remuneração, mas o desenvolvimento de instrumentos para aprimorar os processos de trabalho. Ao mesmo tempo em que essa é uma das principais potencialidades dessa modalidade de formação, aproximando impacto social e tecnológico, se constitui também em um dos maiores desafios, visto a dificuldade de reter trabalhadores em atividades de formação e pesquisa.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência confirma o potencial do mestrado profissional para articular produção de conhecimento e transformação do serviço. Recomenda-se fortalecer políticas institucionais de liberação de tempo, reconhecimento e carreira para pesquisadores-trabalhadores, assegurando condições para continuidade das inovações e ampliação do impacto no SUS.
DIÁLOGOS INTERDISCIPLINARES EM EDUCAÇÃO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE NO ACAMPAMENTO ZÉ MARIA DO TOMÉ: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DA PÓS-GRADUAÇÃO DA UECE
Pôster Eletrônico
1 UECE
2 REFLORA SAFS
Período de Realização
Ocorreu entre maio e junho de 2025, envolvendo planejamento e um dia de vivência na comunidade.
Objeto da experiência
Encontro para “Diálogos Interdisciplinares em Educação, Saúde e Meio Ambiente” no Acampamento Zé Maria do Tomé, em Limoeiro do Norte – Ceará.
Objetivos
Relatar uma ação extensionista interdisciplinar com diálogos e reflexões críticas sobre direitos humanos à terra, à saúde, à alimentação e soberania alimentar, destacando aprendizados, impactos sociais, caráter inovador e aplicabilidade das ações vinculadas à pós-graduação.
Metodologia
O evento integrou o projeto "Uece e sociedade em diálogo", com professores, estudantes (graduação e pós-graduação), técnica agroflorestal e moradores de acampamento Zé Maria do Tomé, ligado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Após consulta prévia às demandas locais, realizou-se uma roda de conversa sobre luta pela terra, agrotóxicos, produção de alimentos saudáveis e cuidados em saúde. Foram oferecidos cuidados em saúde como vacinação, em parceria com a prefeitura local.
Resultados
A ação integrou 3 pós-graduações e 6 graduações, fortalecendo a formação acadêmica e cidadã. Utilizou-se metodologias da educação popular, promovendo diálogos sobre relação entre educação, saúde e ambiente, valorizando os saberes coletivos. Os resultados indicam potencial para práticas profissionais e advocacy socioambiental. A comunidade manifestou interesse em diversificar a produção com agroflorestas, e o grupo aderiu ao movimento “Revoga já”, contra a pulverização de agrotóxicos por drones.
Análise Crítica
O movimento dos acampados é uma luta legítima pelo direito à terra e à soberania alimentar. O sistema alimentar local prioriza o agronegócio e tem impactado negativamente o meio ambiente e a saúde das pessoas. Essa luta culminou na criação de uma lei estadual que proíbe a pulverização aérea de agrotóxicos no estado, e a recente liberação da utilização de drones para este fim é um retrocesso. Observa-se interesses privados sobressaindo-se os interesses públicos.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência interdisciplinar evidenciou a relevância da extensão na pós-graduação para a formação cidadã e a produção de conhecimento social. A interação dialógica com diferentes saberes estimulou um pensamento complexo e estratégias inovadoras para enfrentar questões sociais. Observou-se a pouca participação dos moradores, desgastados por anos de conflitos fundiários, indicando a necessidade de investigações mais aprofundadas sobre o tema.
CURSO “VIGILÂNCIA DA SÍFILIS CONGÊNITA E NA GRAVIDEZ” E SUA IMPORTÂNCIA COMO INSTRUMENTO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE AOS PROFISSIONAIS DA APS NO ESTADO DO PARÁ
Pôster Eletrônico
1 UFPA
Período de Realização
O relato refere-se ao período de 20/11/2024 a 16/04/2025.
Objeto da experiência
O curso autoinstrucional “Vigilância da sífilis congênita e na gravidez”, ofertado no formato de ensino à distância.
Objetivos
Descrever a relevância do curso à distância e autoinstrucional “Vigilância da sífilis congênita e na gravidez” para a educação permanente dos profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) no estado do Pará.
Descrição da experiência
A sífilis congênita e gestacional é um desafio a ser mitigado no estado do Pará. Por isso, o Telessaúde UFPA produziu o curso “Vigilância da sífilis congênita e na gravidez”, para capacitar profissionais da APS no cuidado com gestantes e recém-nascidos. O conteúdo foi construído com base em situações problema, para despertar a reflexão crítica do aluno. Produzido e organizado por equipe multiprofissional, duas médicas de família e comunidade, coordenação pedagógica, equipes de produção e de TI.
Resultados
O curso, estruturado em 3 módulos, aborda temas como definição, classificação, manifestações clínicas, fatores de risco e tratamento da sífilis congênita e gestacional, bem como o quadro epidemiológico dessa IST no estado. Além disso, o curso destaca a importância do rastreamento da sífilis para a prevenção de novos casos, para que o profissional da APS esteja apto a realizá-lo, a fim de evitar agravos e, desse modo, permitir o tratamento da sífilis e a prevenção da transmissão vertical.
Aprendizado e análise crítica
O curso ofereceu uma abordagem abrangente da sífilis congênita e gestacional no estado, contribuindo para a qualificação dos profissionais da APS. Contudo, alguns obstáculos dificultam o processo de educação permanente dos profissionais, dentre eles, a irregularidade de acesso ao curso, que pode estar relacionada à problemas de conexão e à sobrecarga dos profissionais de saúde, o que pode comprometer o processo de aprendizagem e consequentemente, impactar o objetivo pedagógico do curso.
Conclusões e/ou Recomendações
O curso é uma ferramenta de educação permanente essencial para qualificar os profissionais da APS na prevenção, diagnóstico e tratamento da sífilis congênita e gestacional, com ênfase na vigilância dos casos. A abordagem centrada na autonomia do cursista para um bom raciocínio clínico permite a construção de bases sólidas para a prática profissional, o que reflete positivamente na qualidade dos serviços de saúde prestados à população.
DIÁLOGOS NO TERRITÓRIO: CAPACITAÇÃO EM MEDIDAS BÁSICAS DE PRIMEIROS SOCORROS PARA AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 FSSS
Período de Realização
Junho de 2024.
Objeto da experiência
Capacitação de Agentes Comunitários de Saúde em primeiros socorros, com ênfase em pré-síncope, síncope e parada cardiorrespiratória.
Objetivos
Relatar uma experiência de educação em saúde realizada por discentes de enfermagem voltada ao desenvolvimento de habilidades entre Agentes Comunitários de Saúde para reconhecimento precoce e manejo em situações de urgência e emergência ocorrentes no território.
Metodologia
A atividade foi realizada por graduandos de Enfermagem, que organizaram uma ação educativa com base em conteúdos teóricos e práticos sobre primeiros socorros. Foram utilizados materiais visuais e simulações clínicas adaptadas à realidade local. A capacitação contou com a participação de 10 Agentes Comunitários de Saúde da área de abrangência, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde.
Resultados
Os participantes identificaram sinais precoces de pré-síncope e síncope, além de praticarem manobras básicas de reanimação cardiopulmonar, com realização de compressões torácicas de qualidade e uso do Desfibrilador Externo Automático (DEA). A ação favoreceu a troca de saberes e o fortalecimento do cuidado no território através da repetição de práticas seguras e problematização de casos reais fundamentados nas novas evidências sobre primeiros socorros.
Análise Crítica
A experiência evidenciou o potencial da educação em saúde como estratégia futura e formação contínua para os Agentes Comunitários de Saúde. O uso de simulações aproximou teoria e prática, promovendo reflexão sobre a atuação precoce em casos que necessitam de socorro imediato, principalmente em locais com acesso limitado a serviços de emergência.
Conclusões e/ou Recomendações
Capacitações práticas com problematizações de situações que necessitam de medidas de primeiros socorros são essenciais para qualificar a resposta imediata no território. Recomenda-se a inclusão de ações educativas nas rotinas da Atenção Primária, em articulação com instituições formadoras e gestores locais, valorizando os saberes do território em cenários de urgência e emergência.
APRENDENDO COM A COMUNIDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA DAS AÇÕES DA EXTENSÃO CURRICULAR NO 1º SEMESTRE DO CURSO DE MEDICINA
Pôster Eletrônico
1 UNINTA
2 UFC/UNINTA
Período de Realização
A experiência foi desenvolvida durante os meses de abril a junho de 2025.
Objeto da experiência
Curricularização da extensão em um curso de Medicina, com foco em ações educativas voltadas à população idosa.
Objetivos
Relatar a experiência vivenciada no curso de Medicina junto à comunidade por meio da extensão, promovendo diálogo, trocas de saberes e formação interprofissional, com foco na automedicação em idosos.
Descrição da experiência
Foram realizadas ações educativas sobre automedicação e autocuidado em um centro de convivência para idosos em Sobral (CE). As atividades incluíram rodas de conversa, teatro, dinâmicas, danças e brincadeiras, promovendo diálogo, escuta ativa e interação afetiva. A experiência foi encerrada com café da manhã coletivo e entrega de lembranças. Houve integração intergeracional e aprendizados relevantes para a formação em saúde.
Resultados
A participação dos idosos evidenciou que uma abordagem lúdica, acessível e respeitosa favorece a compreensão dos riscos da automedicação. Para os estudantes, a experiência ampliou a percepção do papel social do médico, fortalecendo empatia, escuta sensível e cuidado humanizado, demonstrando que a curricularização da extensão é essencial para uma formação ética, crítica e alinhada às reais demandas da comunidade.
Aprendizado e análise crítica
A vivência permitiu o contato com realidades desafiadoras, favorecendo reflexões sobre o papel do futuro profissional de saúde. Evidenciou-se a importância da extensão como eixo formativo para uma prática ética, crítica e humanizada, fortalecendo a integração entre ensino, serviço e comunidade. Essa experiência ampliou a sensibilidade social e reafirmou o compromisso com uma medicina pautada no cuidado responsável e no diálogo com as necessidades reais da população.
Conclusões e/ou Recomendações
A curricularização da extensão é uma estratégia formativa essencial para integrar o ensino médico às demandas reais da sociedade. Ao incentivar metodologias ativas e a atuação em territórios vulneráveis, fortalece uma formação ética, crítica e humanizada. Por isso, recomenda-se sua ampliação como eixo estruturante da educação médica, alinhada ao compromisso social e à transformação da realidade.
FORTALECIMENTO DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE NO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS-RJ: INTEGRAÇÃO ENSINO, SERVIÇO E COMUNIDADE.
Pôster Eletrônico
1 UNIFASE
2 UFF/NF
Período de Realização
Ano de 2024
Objeto da experiência
Avaliar o papel do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto – UNIFASE/FMP na Rede de Atenção à Saúde do município de Petrópolis - RJ.
Objetivos
Na perspectiva ampliada do cuidado à saúde, pretende-se apresentar estratégias inovadoras que reafirmam o compromisso do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto –UNIFASE/FMP com o SUS, através da análise descritiva da produção ambulatorial do Ambulatório Escola (AMBE) no ano de 2024.
Descrição da experiência
Visando alinhar os processos de formação ao fortalecimento do SUS, a UNIFASE/FMP mantém 4 Unidades Saúde da Família (com 5 equipes) próprias, com gestão municipal, além do Ambulatório Escola (AMBE), complexo assistencial da instituição, conveniado com SUS, que além de garantir cenários indispensáveis para as práticas acadêmicas dos cursos da área da Saúde — Medicina, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Enfermagem e Radiologia — contribui para a ampliação da atenção à saúde da população.
Resultados
Foi analisada da produção ambulatorial do AMBE em 2024. Em relação às consultas médicas, percebe-se que dentre as 27.449 realizadas, a especialidade Clínica Médica foi a que apresentou o maior quantitativo (n=7.419), seguida pela Pediatria (n=4.330) e pela Cirurgia Geral (n=4.288). Dentre os procedimentos, foram contabilizados 18.205 registros. Destacaram-se as atividades educativas (n=3.692), seguidas pelos curativos (n=3.165) e administração de medicamentos (n=2.682).
Aprendizado e análise crítica
A complexidade do contexto social exige a construção de um processo de trabalho integrado, que contemple as múltiplas dimensões presentes nas necessidades de saúde dos usuários, famílias e comunidades. A integração entre as instituições de ensino superior e os serviços de saúde permite o desenvolvimento de habilidades e competências necessárias, como capacidade de comunicação, construção de vínculo, articulações interprofissionais e intersetoriais, necessárias para a integralidade da atenção.
Conclusões e/ou Recomendações
Os resultados demonstram que a interação entre ensino e serviço fortalece e potencializa a Rede de Atenção à Saúde, tanto por meio de uma articulação mais eficaz entre os diferentes atores, quanto pela qualificação da formação dos estudantes e pelo aprimoramento dos profissionais da rede municipal. Como consequência, promove-se a oferta de ações e serviços de saúde mais eficientes e de qualidade para a população.
INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE NO USO DE METODOLOGIAS ATIVAS DE ENSINO E PROMOÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO DO MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO (M&A) NO SASISUS
Pôster Eletrônico
1 ENSP/Fiocruz
2 EMNSP/Fiocruz
3 IOC/Fiocruz
Período de Realização
Novembro de 2024 a Novembro de 2025, com oficinas presenciais em Distritos Sanitários Indígenas
Objeto da experiência
Formação em Monitoramento e Avaliação (M&A) para profissionais da saúde indígena através de metodologias ativas
Objetivos
Desenvolver capacidades em M&A de profissionais, gestores e conselheiros dos DSEI; promover reflexão crítica sobre realidades locais com diálogo e valorização de experiências; propor soluções contextualizadas e culturalmente adequadas para aprimorar a PNASPI.
Descrição da experiência
Oficinas de 32h conduzidas pelo LASER/ENSP/FIOCRUZ usam metodologias ativas para estimular e subsidiar a incorporação de M&A em intervenções na saúde indígena. O processo envolve identificação/priorização de problemas, modelização com teorias de mudança, definição de objetivos, metas e plano de monitoramento. Utiliza-se tecnologias digitais e Manual específico. Grupos elaboram produtos com problema contextualizado, intervenção, modelo lógico e indicadores.
Resultados
A formação ocorre em 14 oficinas (2024-2025), conduzidas pelo LASER/ENSP/FIOCRUZ com metodologias ativas, tecnologias digitais e material didático. Cada oficina (32h) gera um produto com problema priorizado, causas críticas, intervenção realista, modelo lógico, objetivos, metas, indicadores e fichas técnicas. As intervenções são modeladas com teorias de mudança, ação e interação. A avaliação das oficinas ocorre via instrumento apócrifo, com sugestões de aprimoramento e contextualização.
Aprendizado e análise crítica
A proposta de formação inova ao abordar o tema técnico de M&A com linguagem acessível, aprofundando conceitos e métodos e contribuindo para sua institucionalização no SASISUS. Estimula conexões entre práticas cotidianas, atos e objetos, possibilitando novas interpretações e ressignificações que ampliam o ferramental de trabalho, fortalecem a atuação profissional e aumentam o alcance social das ações em saúde indígena.
Conclusões e/ou Recomendações
As relações entre trabalho e ensino, entre os problemas e hipóteses para solucioná-los, devem ter sempre, como pano de fundo, as características socioculturais do meio em que esse processo se desenvolve, sobretudo considerando o contexto sócio cultural indígena, suas especificidades étnicas, linguísticas, ritualísticas, entre outras singularidades que influenciam diretamente a condução dos processos de trabalho em saúde.
AUTOCUIDADO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA MULHERES EM SITUAÇÃO DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 FPP
Período de Realização
A ação foi realizada no período de abril a maio de 2025.
Objeto da experiência
O objeto da experiência foi a população de mulheres com dependência química, recebendo cuidado na Instituição Mosteiro Monte Carmelo, em Curitiba-PR.
Objetivos
Abordar em uma comunidade terapêutica de mulheres com dependência química sobre saúde da mulher, vinculando o cuidado no contexto da Atenção Primária à Saúde (APS), com orientações sobre rastreio do câncer de colo de útero e mama, métodos contraceptivos, ISTs e a relevância do diagnóstico precoce.
Descrição da experiência
A experiência foi realizada por meio de uma roda de conversa com as 13 mulheres acolhidas na comunidade terapêutica. A ação foi aplicada em dois momentos: uma conversa inicial para suscitar o diálogo e posteriormente, através de uma dinâmica com a entrega de cartões com as palavras “mito” e “verdade” para, com eles, as participantes responderem às perguntas realizadas a respeito dos temas abordados. Após cada resposta, a equipe sintetizou o assunto e respondeu a eventuais dúvidas levantadas.
Resultados
Na conversa, para elas, autocuidado significava manter a higiene, hábito negligenciado durante o uso de substâncias; praticar exercícios, boa alimentação e procurar por serviços de saúde quando necessário. A dinâmica abordou exames de rastreio, contracepção e infecções sexualmente transmissíveis, demonstrando bom conhecimento por parte das participantes, evidenciando que o tema já era trabalhado com elas pela equipe de saúde local e reconhecido como relevante em seus processos de recuperação.
Aprendizado e análise crítica
A experiência foi essencial para a compreensão das necessidades do público vulnerável abordado. As dinâmicas também permitiram a ampliação do entendimento incorporando dimensões preventivas, afetivas e espirituais do cuidado de si. O vínculo entre as mulheres e a Unidade de Saúde (UBS) da região também foi fortalecido ao perceber que as mulheres relataram que a UBS era um ambiente de acolhimento e cuidado.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência demonstrou-se enriquecedora tanto para a formação acadêmica dos estudantes do projeto quanto para ampliação da educação em saúde e fortalecimento do cuidado integral, considerando as especificidades das mulheres em situação de dependência química. Além disso, recomenda-se a continuidade e expansão de ações educativas interdisciplinares, com foco na escuta qualificada, vínculo com a APS e abordagem abrangente do autocuidado feminino.
“CAMINHOS DA PESQUISA QUALITATIVA": RELATO DE EXPERIÊNCIA DE GAMIFICAÇÃO NO ENSINO DA INVESTIGAÇÃO QUALITATIVA EM SAÚDE COLETIVA
Pôster Eletrônico
1 UFG / IPTSP / PPGSC
2 UFG / FM / PPGCS
3 UFG / FEN
Período de Realização
O jogo foi aplicado nas turmas de 2023 (19 discentes), 2024 (23 discentes) e 2025 (20 discentes)
Objeto da experiência
Trata-se de um jogo de tabuleiro criado a partir da necessidade de experimentar novos modos de ensinar pesquisa qualitativa em saúde coletiva.
Objetivos
O objetivo deste relato é discutir a experiência de criação e implementação do Jogo “Caminhos da pesquisa qualitativa”, avaliando os resultados desta estratégia pedagógica no ensino da abordagem qualitativa de pesquisa em saúde coletiva.
Descrição da experiência
Criamos um jogo de tabuleiro contendo 50 casas, das quais 22 são perguntas ou provocações teóricas e conceituais sobre investigação qualitativa em saúde coletiva. O jogo foi aplicado na disciplina de “Metodologia Científica”. Em todas as aplicações dividimos a turma, aleatoriamente, em 4 subgrupos com 4 ou 5 pessoas. As perguntas e provocações reflexivas do jogo foram elaboradas seguindo as etapas e momentos de organização e execução das pesquisas qualitativas.
Resultados
No que diz respeito à avaliação geral, a atividade foi considerada como muito positiva, com destaque para sua abordagem lúdica e didática. Os estudantes elogiaram a dinâmica do jogo por ser divertida e facilitar a compreensão dos conceitos da pesquisa qualitativa. A estratégia de ensino permitiu a troca de conhecimentos e a reflexão sobre as etapas da pesquisa e também proporcionou emoções positivas como alegria, motivação, curiosidade e engajamento.
Aprendizado e análise crítica
Os estudantes consolidaram conceitos fundamentais da pesquisa qualitativa bem como aprendizados sobre técnicas de coleta e análise de dados e a importância da interpretação contextualizada foram destacados. A atividade também ajudou a despertar o interesse pela pesquisa qualitativa e a quebrar tabus sobre sua relevância. Muitos relataram que o jogo os fez perceber a necessidade de aprofundar seus conhecimentos e respeitar as etapas do processo de pesquisa.
Conclusões e/ou Recomendações
O mostrou-se uma estratégia eficaz para o ensino de metodologias de pesquisa, promovendo engajamento, reflexão e aprendizado significativo. A experiência destacou a importância de metodologias ativas na pós-graduação, especialmente em conteúdos complexos, como os métodos qualitativos na área da Saúde Coletiva.
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE, ARTE E EDUCAÇÃO: UMA EXPERIÊNCIA LÚDICA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 CASSI
2
Período de Realização
A atividade foi planejada de abril de 2023 a abril de 2024 e executada de abril a junho de 2024.
Objeto da experiência
Projeto de Educação Permanente em Saúde (EPS) desenvolvido em operadora de plano de saúde, cujo modelo de cuidado é o da Atenção Primária à Saúde (APS).
Objetivos
Realizar treinamentos sobre a APS para profissionais de saúde e administrativos foi o principal objetivo deste projeto. Objetivou-se também envolver diferentes áreas do saber e da empresa, fortalecer o sentimento de equipe e desenvolver uma EPS inovadora, através de metodologias ativas.
Metodologia
Tendo em vista a expansão da APS vivenciada pelas Unidades CASSI, o Núcleo de Educação Permanente da Bahia propôs uma Gincana educativa fundamentada nos princípios das metodologias ativas, através das quais discutiu-se temas como: o que é APS, Acesso Avançado, Conciergeria em Saúde, Acolhimento e Escuta qualificada, Educação em Saúde, Avaliação e Classificação de Risco e Vulnerabilidade e Coordenação de cuidados. Os encontros para preparação e aprendizagem aconteceram presencial e remotamente.
Resultados
Com um número expressivo de provas diárias e tarefas semanais, houve grande engajamento dos colaboradores, maior interesse na temática e conscientização sobre a importância da EPS para um cuidado efetivo em saúde. Isso produziu impacto no acolhimento, melhorias no fluxo de atendimento e integração entre áreas, antes distantes no cotidiano laboral; despertou-se criatividade – atributo importante para resolução de problemas, e a solidariedade, pois foram arrecadados muitos alimentos para doação.
Análise Crítica
No contexto de uma empresa sob lógica bancária, a Gincana surge como uma iniciativa inovadora e potente para promover novos olhares sobre as relações de trabalho e sobre a temática da APS. As tarefas foram embasadas na Aprendizagem Baseada em Projetos e Problemas, Aula invertida, estudos de caso e gameficação do próprio processo de trabalho, o que nos ensinou que a prática é o próprio eixo da aprendizagem e desvelou o tamanho da influência exercida mutuamente entre os colegas e os seus fazeres.
Conclusões e/ou Recomendações
Na interseção Saúde-Artes, a ludicidade é importante para desenvolvimento de tecnologias educacionais disruptivas, na educação presencial ou híbrida. Novos arranjos são criados quando o processo educativo valoriza a multiplicidade do fazer coletivo, todos os saberes profissionais e pessoais (onde o sujeito e sua história estão no centro da construção) e a essência da integralidade do cuidado - do ambiente de trabalho ou do usuário do serviço.
O PROGRAMA NACIONAL DE VIVÊNCIA NO SUS COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA, DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL E POLÍTICA.
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Período de Realização
A edição Nordeste II ocorreu no período de 25 a 31 de Maio de 2025, no Estado do Maranhão.
Objeto da experiência
O Programa Nacional de Vivência no SUS enquanto promotor de uma vivência nos serviços de saúde, valorizando as realidades dos territórios vivos.
Objetivos
Relata a experiência no Programa Nacional de Vivência no SUS por meio da vivência com os serviços e territórios do SUS no Maranhão, contribuindo para a formação profissional crítica e humanizada, além de estimular o entendimento das dinâmicas políticas e sociais que estruturam o sistema de saúde.
Descrição da experiência
A vivência ocorreu no Maranhão durante sete dias, o qual foi possível visitar e conhecer vários espaços do Sistema Único de Saúde, de cultura, ancestralidade e religiosidade da rede que compõe o Estado. O programa é estruturado na pedagogia da alternância que intercala atividades teóricas e práticas nos ambientes de trabalho, os participantes eram compostos por estudantes de graduação e residentes da área da saúde, que eram subdivididos em núcleos de base para conhecer esses dispositivos.
Resultados
As visitas possibilitaram compreender o funcionamento dos serviços de saúde no Maranhão, a relação da comunidade com a cultura, religiosidade e seu território, e como os determinantes sociais da saúde influenciam o processo saúde-doença. Essa nova visão, proporcionada pela vivência no ensino-serviço-comunidade, permite que os profissionais reflitam sobre a formação, o trabalho em saúde, a gestão participativa, as formas de resistência dos territórios e o fortalecimento do SUS.
Aprendizado e análise crítica
O uso da metodologia da alternância viabiliza a troca de experiências e o contato com o ambiente de trabalho no cotidiano, possibilitando novos olhares no processo de formação, que não ocorrem quando ele se restringe à sala de aula. Além disso, observa-se a forte influência do modelo biomédico curativo, que desconsidera o contexto cultural, religioso e territorial dos usuários. Compreender esses aspectos permite um atendimento mais integral e humanizado às famílias e comunidades.
Conclusões e/ou Recomendações
As vivências proporcionadas pelo programa possibilitam integrar teoria e prática no processo formativo, levando em consideração as características e saberes daquele território, a cultura e a religiosidade locais . Essa experiência fortalece o olhar crítico sobre o modelo biomédico tradicional, incentivando uma formação mais humanizada, integral e alinhada aos princípios do SUS e às realidades dos usuários.
CONHECER PARA CUIDAR: INTRODUÇÃO À SAÚDE LGBTQIAPN+, UMA INICIATIVA PARA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 ESP--MG
2 ESP-MG
Período de Realização
Agosto de 2024 a Junho de 2025
Objeto da experiência
Processo de elaboração do Curso Conhecer para cuidar: Introdução à saúde LGBTQIAPN+ na modalidade educação a distância (EaD).
Objetivos
Esse relato visa descrever o processo de elaboração do curso em EaD, voltado para os profissionais da Atenção Básica da Saúde (APS) de Minas Gerais, a partir da necessidade de formação encontradas na literatura e apontadas no 1º Congresso Municipal de Saúde Integral LGBTQIA+ de Belo Horizonte.
Descrição da experiência
O curso foi elaborado de forma participativa pelos membros da equipe do projeto menos preconceito, representantes de movimentos sociais LGBTQIAPN+ e equipe da EaD / ESP-MG. Etapas: elaboração do projeto pedagógico e conteúdo; definição do projeto gráfico; revisões e aprovação da versão final; processo de inscrição, incluindo: divulgação em redes sociais; análise das inscrições; início do curso na plataforma; acompanhamento e monitoramento da certificação; análise das avaliações preenchidas.
Resultados
O resultado foi um curso autoinstrucional, com carga horária de 30 horas, dividido em 3 módulos. Dos 1594 inscritos, 1351 cumpriam os critérios e foram distribuídos em 3 turmas, na plataforma Moodle. A princípio, o curso ficou disponível no período de 12/05 a 12/06/2025. Após a finalização do curso, foi disponibilizado um formulário eletrônico para os discentes avaliarem o curso. As informações coletadas permitirão aos coordenadores conhecer as percepções e sugestões dos participantes.
Aprendizado e análise crítica
A experiência de construção compartilhada de um curso em EaD foi enriquecedora e desafiadora. O acompanhamento de todo o processo de elaboração do curso e a troca de experiência com profissionais de diversas áreas proporcionou a ampliação do conhecimento sobre a temática, enriquecendo a produção. Por outro lado, foi um desafio adaptar a linguagem e produzir um material acessível, com informações e conhecimentos aplicáveis à realidade dos profissionais e gestores de saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
Em síntese, o curso aborda uma temática ainda pouco explorada na formação dos profissionais da APS, preenchendo uma lacuna importante de formação. Trata-se de uma iniciativa valiosa, com potencial para subsidiar os profissionais de saúde em suas práticas cotidianas, além de proporcionar um ambiente mais acolhedor e inclusivo da população LGBTQIAPN+ no estado de Minas Gerais.
REDUÇÃO DE DANOS DECOLONIAL: ARTICULANDO SABERES INTERCULTURAIS E TRANSFORMANDO O CUIDADO A PESSOAS E TERRITÓRIOS
Pôster Eletrônico
1 UNIFESP
Período de Realização
2024-2025
Objeto da experiência
Produção de conhecimento sobre saúde mental, redução de danos e bem-viver, entre universidade, povos indígenas e pessoas em situação de rua.
Objetivos
Apresentar o processo de contrução de conhecimento a partir da extensão universitária;
Sistematizar as estratégias pedagógicas interculturais
Analisar resultados e efeitos para o cuidado territorial, comunitário e emancipatório.
Descrição da experiência
O Grupo DiV3rso desenvolve estudos e práticas sobre metodologias emancipatórias de cuidado, além de promover transformações sociais por meio de oportunidades de participação e protagonismo popular. A articulação com pessoas usuárias radicais de drogas, em situação de vulnerabilidade, povos indígenas e populações do campo, adensa e promove trocas culturais sensíveis às peculiaridades e singularidades, ao mesmo tempo em que promove oportunidades de construção do bem viver em comunidade.
Resultados
Foi iniciada a construção do Nhimonguetá Renda, na Tekoá Tabaçu em Peruíbe/SP, num movimento liderado por mulheres, para a realização de um processo de cuidado às situações de sofrimento e dor, com os saberes Tupi-Guarani em articulação com os conhecimentos científicos sobre cuidado comunitário e entre pares em saúde mental. Os mutirões para a bioconstrução envolveram estudantes da universidade e membros da comunidade produzindo reencontros com a ancestralidade e reconexão com a natureza.
Aprendizado e análise crítica
A percepção de outras formas de relação e de cuidado vem se fortalecendo no Grupo DiV3rso, que segue agora rumo a investir em soluções tecnológicas que possam reduzir as barreiras de acesso às populações que enfretam distâncias culturais e físicas, além da estigmatização no cuidado em saúde mental.
Conclusões e/ou Recomendações
A extensão universitária é um eixo fundamental para a construção de conhecimento socialmente referenciado, com oportunidades de promoção de trocas culturais e transformação social.
O protagonismo das populações de interesse possibilita a articulação entre saberes tradicionais, acadêmicos e populares, ampliando seus possíveis efeitos de proteção à vida e ampliação de acessos.
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, BRASIL
Pôster Eletrônico
1 UnB
Período de Realização
De abril de 2024 até a presente data.
Objeto da experiência
Relato do curso de Especialização em Medicina de Família e Comunidade, do Programa Mais Médicos (PMM).
Objetivos
O Curso tem como objetivo formar médicos com competências para a prática clínica, em consonância com as políticas públicas do SUS, com foco na atenção primária.
Descrição da experiência
A formação inclui atividades em EaD e presenciais, com enfoque em aprendizagem autônoma e desenvolvimento de habilidades. A especialização tem duração de dois anos, com carga horária mínima de 1.185 horas. Utiliza AVA baseado na plataforma Moodle. O PMM busca melhorar o atendimento aos usuários do SUS em regiões com escassez ou ausência de médicos, promovendo a qualidade e humanização do atendimento. Nacionalmente o curso é coordenado pela SAPS/MS, SGTES, Fiocruz e UNA-SUS.
Resultados
Na Universidade de Brasília a oferta contempla 1.787 cursistas ingressantes, de 26 estados e 807 municípios brasileiros, com início do curso em abril de 2024. A coordenação da oferta envolve docentes responsáveis pela coordenação de tutoria, de atividades síncronas e assíncronas que acompanham 160 turmas em desenvolvimento.
Aprendizado e análise crítica
Participar do curso de Especialização em Medicina de Família e Comunidade, do Programa Mais Médicos (PMM) possibilita ao docente a estreita relação teórica com os temas implementados no curso, para além de qualificar os(as) trabalhadores(as) médicos e médicas atuantes no programa.
Conclusões e/ou Recomendações
Ao especializar-se como Médico(a) de Família e Comunidade os profissionais vinculados ao programa, para além de se qualificarem, possibilitam um cuidado centrado no usuário, com utilização de instrumentos de cuidado e de gestão capazes de apoiar as práticas profissionais e melhor responder às demandas de saúde da população.
RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA: PRÁTICAS INTEGRADORAS E SALUTOGÊNICAS NO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA (PSE)
Pôster Eletrônico
1 UFS
2 FANEB
Período de Realização
06 de maio de 2024, turno da tarde, em escola pública da zona oeste de Aracaju/SE.
Objeto da experiência
Vivência de um Residente em Saúde da Família da área da Educação Física no PSE, promovendo valores de paz e cooperação por meio de jogos cooperativos.
Objetivos
Relatar a experiência de um profissional de Educação Física (PEF), residente em Saúde da Família, atuando com equipe multiprofissional na articulação entre uma Unidade de Saúde da Família e uma escola estadual, no âmbito do PSE.
Metodologia
A intervenção foi realizada com cerca de 58 alunos do 3º e 4º anos, com média de 8 a 10 anos. A atividade incluiu exposição dialogada com recursos audiovisuais, intitulada “Por uma Escola de Paz: Valorizando o Respeito e a Cooperação por meio de Jogos Cooperativos” e dinâmica com balões, na perspectiva dos jogos cooperativos. O conteúdo abordou temas como respeito às diferenças, trabalho em equipe e tipos de violência escolar, valorizando práticas integradoras.
Resultados
Os estudantes participaram ativamente, refletindo sobre o respeito e a cooperação. A dinâmica com balões promoveu interação e empatia. A ação fortaleceu vínculos entre saúde e educação, mostrando a eficácia dos jogos cooperativos como ferramenta para desenvolver valores humanos no ambiente escolar.
Análise Crítica
Destacou-se, também, o potencial da atuação do PEF no âmbito do PSE, especialmente ao romper com práticas tradicionalmente biomédicas e ao valorizar a dimensão relacional do cuidado. Nesse contexto, a adoção da teoria da Salutogênese como abordagem inovadora contribuiu para a valorização da saúde e do potencial de vitalidade dos sujeitos, mesmo em situações adversas, diferenciando-se do modelo patogênico, centrado na doença.
Conclusões e/ou Recomendações
A presença do PEF no PSE pode ampliar abordagens em saúde, favorecendo a construção de ambientes escolares mais saudáveis, inclusivos e centrados no respeito mútuo. Contribui, também, na promoção de práticas menos engessadas e mais integradoras e salutogênicas no âmbito do PSE, ampliando o olhar para a saúde integral e o protagonismo dos sujeitos.
ARTE, EDUCAÇÃO E SAÚDE NA FORMAÇÃO DOS TRABALHADORES DO SUS: EXPERIÊNCIAS COM METODOLOGIAS DA EDUCAÇÃO POPULAR NA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO RN (ESPRN).
Pôster Eletrônico
1 ESPRN - Escola da Saúde Pública do Rio Grande do Norte
Período de Realização
O relato diz respeito à execução das ações formativas na ESPRN, entre outubro/23 e outubro/24.
Objeto da experiência
Análise de um ciclo de formação oferecido a trabalhadores da ESPRN com base em metodologias ativas de Educação Popular em Saúde.
Objetivos
Qualificar os trabalhadores da ESPRN e demais profissionais interessados, para o uso de metodologias de Educação Popular nos processos formativos, promovendo a escuta ativa, o protagonismo e a humanização das práticas educativas em saúde.
Descrição da experiência
A experiência relatada avaliou um ciclo de formação pedagógica com oficinas voltadas a servidores da ESPRN e público externo, focadas em três metodologias ativas da Educação Popular em Saúde: círculo de cultura, teatro do oprimido e artesanário. A avaliação buscou compreender a percepção dos participantes por meio de um formulário contemplando perguntas abertas e fechadas com relação às metodologias apresentadas.
Resultados
Dos participantes, 58,3% atuam há mais de 10 anos na saúde pública. Participaram: 75% do círculo de cultura, 66,7% do artesanário e 50% do teatro do oprimido. As análises das respostas abertas geraram categorias temáticas centrais: círculo de cultura (diálogo, acolhimento, produção criativa); teatro do oprimido (expressão corporal, empatia, coletividade); artesanário (arte, memória, pertencimento). A arte foi valorizada como elemento essencial, integrador e transformador na educação e saúde.
Aprendizado e análise crítica
A análise revelou que na perspectiva dos participantes, as metodologias do Teatro do Oprimido, Círculo de Cultura e Artesanário promovem empatia, diálogo, expressão e consciência crítica, fortalecendo o vínculo entre arte, saúde e educação. A arte foi reconhecida como instrumento essencial para práticas mais humanas, inclusivas e transformadoras, valorizando a cultura local, a subjetividade e a construção coletiva do conhecimento.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência formativa, serviu como subsídio para repensar os processos pedagógicos, ao evidenciar a potência das metodologias da Educação Popular em Saúde na qualificação de trabalhadores do SUS. As práticas vivenciadas promoveram escuta, empatia, protagonismo e vínculo, reforçando o papel essencial da arte na construção de processos educativos mais humanos, democráticos e territorialmente enraizados.
DESAFIOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS NA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA EM SAÚDE: VIVÊNCIA EM UMA DISCIPLINA NO DOUTORADO EM SAÚDE COLETIVA
Pôster Eletrônico
1 UFBA
Período de Realização
Disciplina cursada entre março a junho de 2025, durante o doutorado em saúde coletiva
no ISC/UFBA.
Objeto da experiência
Participação em disciplina que discutiu criticamente referenciais teóricos e abordagens metodológicas na pesquisa em políticas e práticas de saúde.
Objetivos
Relatar a experiência ao cursar a disciplina e refletir sobre os fundamentos epistemológicos e metodológicos da investigação científica no campo da saúde coletiva, a fim de qualificar a formulação de perguntas de pesquisa e a escolha de abordagens investigativas.
Descrição da experiência
Durante o semestre, participamos de aulas com discussões da leitura de capítulos do livro ofício de sociólogo (Bourdieu, Passeron, Chamboredon, 2015), e outras relacionadas à formação científica. As discussões abordaram a pluralidade epistemológica do campo, Em atividades práticas, realizamos análises dos próprios projetos, debatendo os limites e potências das pesquisas. A interação com colegas com multiplos temas que enriqueceu à experiência.
Resultados
A disciplina possibilitou a ampliação da capacidade crítica frente ao desenvolvimento de pesquisa utilizados em políticas públicas de saúde. Foi possível reconhecer a importância do alinhamento entre referencial teórico, problema de pesquisa e método. Houve também avanços na elaboração dos projetos de teses, com redefinição do objeto e da abordagem metodológica. A produção de notas permitiu sistematizar os conhecimentos adquiridos.
Aprendizado e análise crítica
A disciplina aprofundou a distinção entre objeto sociológico e problema social, ressaltando a importância da construção teórica que exige delimitação e ruptura com o senso comum. A análise dos obstáculos epistemológicos e das rupturas necessárias para produzir ciência contribuiu para o amadurecimento da abordagem investigativa. Por fim, compreende-se que a construção do objeto é uma criação guiada teoricamente, o que exige clareza conceitual e rigor metodológico.
Conclusões e/ou Recomendações
A disciplina foi fundamental para consolidar uma postura investigativa crítica e reflexiva. Recomenda-se que programas de pós-graduação priorizem espaços de formação que estimulem o debate epistemológico e metodológico, favorecendo esa autonomia intelectual dos estudantes. A articulação entre teoria e método é indispensável para produzir conhecimentos que contribuam com as políticas e práticas de saúde.
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO E QUALIFICAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA COM ÊNFASE NA ATENÇÃO MATERNO-INFANTIL E O FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA DA PARAÍBA
Pôster Eletrônico
1 ESP/PB
2 UFRN
3 SMS/Carrapateira
4 UFPB
Período de Realização
Três edições Especialização e Qualificação em Saúde da Família, entre maio de 2022 à março de 2024.
Objeto da experiência
Formar gestores, trabalhadores da ESF, ESB, com o intuito de qualificar e organizar os trabalhos das equipes para a garantia de um cuidado integral.
Objetivos
Relatar a experiência enquanto orientador de aprendizagem de aprendizagem no Curso de Especialização e Qualificação em Saúde da Família com Ênfase na Atenção Materno-Infantil na 3ª macrorregião de saúde da Paraíba; Apresentar os principais resultados advindos da vivência de educação na saúde na APS.
Metodologia
Os cursos ocorrem nos polos das gerências de saúde, com carga horária de 360 horas, em 04 módulos e o TCC, com ações educacionais executadas por meio de oficinas de trabalho, escrita de portfólio, execução da espiral construtivista, e construção de Projetos de Intervenção. O orientador de aprendizagem tinha como atribuições, o desenvolvimento/escrita dos materiais didáticos, como também garantir suporte e apoio técnico, político e pedagógico aos facilitadores de aprendizagem e estudantes.
Resultados
As ações educacionais embasada em matrizes de competências, oportunizaram aos trabalhadores aprendizagem significativa. As iniciativas contempladas nos TRs, com oficinas de trabalho; espiral construtivista; narrativas; portfólio; projeto de intervenção; TBL; atividades de dispersão, com avaliações formativas e somativas, desencadearam reflexões sobre as práticas de trabalho da atenção materno-infantil, garantindo espaços protegidos de dialogo e compartilhamento de vivências e problemas.
Análise Crítica
No acompanhamento dos facilitadores, e apoio nas atividades pedagógicas, e análise conjunta das avaliações formativas e somativa, ficou evidente no trabalhador o desenvolvimento de um perfil de competências colaborativas, e a abertura para o trabalho em equipe. Nos momentos de interações em grupos por meio dos movimentos da espiral construtivista, houveram maior aproximação com instrumentos normativos das ações, e que serão consultados para tomadas de decisões e direcionamento das práticas.
Conclusões e/ou Recomendações
As experiências na elaboração Projeto de Intervenção a partir dos momentos do PES (Matus, 1993), por atores de distintos núcleos de formação, resultaram em atividades na APS da 3ª macro. A iniciativa de EPS entregou ao SUS paraibano, trabalhadores comprometidos, qualificados, repletos de desejos de mudanças, sendo possível o fortalecimento da atenção materno-infantil, e a oferta de serviços integrais a gestante, puérpera, criança.
CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA DO CATÁLOGO DE AÇÕES EDUCACIONAIS REGULARES DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DE MINAS GERAIS NO PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL (PDI) 2024–2028
Pôster Eletrônico
1 ESP-MG
Período de Realização
A experiência ocorreu no período de junho de 2024 a março de 2025.
Objeto da experiência
Elaboração coletiva do catálogo de ações educacionais regulares da ESP-MG, realizada por meio de oficinas participativas no contexto do PDI 2024–2028.
Objetivos
As oficinas tiveram como objetivo apresentar e discutir com trabalhadores da ESP-MG, informações sobre a oferta de ações educacionais realizadas entre os anos de 2014 e 2024, a fim de subsidiar a definição dos cursos que integrarão o catálogo de oferta regular e sua respectiva periodicidade.
Descrição da experiência
Foram realizadas três oficinas para discutir as informações das ações educacionais ofertadas pela ESP-MG nos últimos 10 anos, identificar aquelas a serem ofertadas regularmente e levantar propostas de novos cursos. Na 1ª oficina, foram discutidos os cursos de especialização e técnicos; e nas 2ª e 3ª, os de qualificação, organizados por áreas temáticas. Os 36 participantes eram distribuídos em grupos, tendo ao final de cada oficina o compartilhamento das discussões para construção de consensos.
Resultados
As oficinas possibilitaram ricas discussões sobre as ações educacionais desenvolvidas pela ESP-MG. Foram definidos os cursos que comporão o catálogo de oferta regular: três especializações (Saúde Pública, Saúde Mental e Direito Sanitário), o curso Técnico em Saúde Bucal e 15 cursos de qualificação em diversas áreas. O catálogo, de caráter dinâmico, ficará disponível no site da ESP-MG, no menu “Cursos”, com informações como nível, carga horária, modalidade, público, forma de entrada e outras.
Aprendizado e análise crítica
As discussões permitiram aos trabalhadores apropriarem-se das informações sistematizadas sobre as ações educacionais (público, área, modalidade e nível), possibilitando a identificação de áreas de maior atuação da ESP e as que precisam ser fortalecidas. Pactuou-se a regularidade na oferta de alguns cursos de especialização e técnicos, em um esforço coletivo de superação de desafios contextuais e políticos. A baixa participação de quem não atua diretamente nos cursos foi vista como um limitador.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência evidenciou a importância de um processo coletivo e participativo na definição de parte da agenda institucional da ESP-MG, envolvendo atores de diferentes equipes técnicas e propiciando uma análise coletiva de conjuntura e de necessidades formativas. Durante as oficinas, identificou-se a necessidade de integrar as discussões entre as equipes responsáveis pelos diferentes objetivos estratégicos do PDI, considerando suas interfaces.
REESTRUTURAÇÃO DO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE: AMPLIAÇÃO DE VAGAS, NOVAS ÁREAS E FORTALECIMENTO DO SUS
Pôster Eletrônico
1 FORP-USP
Período de Realização
2025
Objeto da experiência
Apresentar o Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Integral à Saúde (RMAIS) e a reestruturação com ampliação de áreas profissionais
Objetivos
Relatar a experiência da reestruturação do curso de pós-graduação lato sensu, estruturado na lógica da educação em serviço com foco na inclusão das áreas de Educação Física e Enfermagem e seus impactos na formação interprofissional e na integração à rede SUS.
Descrição da experiência
Criado em 2010, o programa conta com 48 residentes (R1 e R2), com atividades teóricas e práticas organizadas em eixos comuns e específicos. Com 5880 horas, 60% são na atenção primária, 20% na secundária e 20% na terciária, em cenários da rede de Ribeirão Preto. Executado pela USP e SMS, o RMAIS inicialmente incluía cinco áreas (Farmácia, Fonoaudiologia, Psicologia, Terapia Ocupacional e Odontologia) e, em 2025, foi reestruturado com ampliação de vagas e inclusão de Educação Física e Enfermagem.
Resultados
A reestruturação ampliou o escopo formativo do programa e a diversidade das equipes, permitindo maior articulação entre saberes e fortalecimento das práticas. A inclusão das novas áreas potencializou a atuação das equipes de saúde em resposta às necessidades apresentadas pela população, além da inclusão de novos cenários de práticas para atuação dos residentes, favorecendo a vivência na rede de atenção do município.
Aprendizado e análise crítica
O RMAIS distingue-se pela formação baseada no trabalho em saúde, com vivências em todos os níveis de atenção do SUS. Nesse sentido, a parceria formalizada por meio de convênio com a SMS foi essencial para viabilizar a ampliação do programa, garantindo cenários de prática e integração ensino-serviço. A inserção de Educação Física e Enfermagem ampliou a diversidade das equipes, favorecendo a formação interprofissional e fortalecendo práticas colaborativas centradas nas necessidades dos usuários.
Conclusões e/ou Recomendações
A reestruturação do programa RMAIS em 2025, com ampliação de vagas e inclusão de novas áreas, fortaleceu a formação interprofissional e contribui de forma decisiva para a qualificação do SUS, ao preparar profissionais alinhados às necessidades do sistema, dos territórios e da população.
RELATO DE EXPERIÊNCIA: EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE COMO FERRAMENTA DE PREVENÇÃO E CONTROLE DA SÍFILIS NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DE UMA USF EM RONDONÓPOLIS- MT
Pôster Eletrônico
1 UFR
Período de Realização
As ações foram estudadas, preparadas e realizadas entre 14 de maio de 2024 e 06 de agosto de 2024.
Objeto da experiência
Elaboração de uma Educação Popular em Saúde para abordar a questão da sífilis no território de abrangência de uma USF por meio do Projeto Aplicativo.
Objetivos
Relatar a experiência de delineamento e realização do Projeto Aplicativo na construção de uma estratégia de educação popular em saúde, voltada para a conscientização sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da sífilis.
Descrição da experiência
O projeto, desenvolvido na disciplina Interação Comunitária do curso de Medicina da Universidade Federal de Rondonópolis, iniciou pelo levantamento das doenças mais prevalentes na UBS. A sífilis foi eleita como foco devido à persistência e impacto na comunidade. Foram discutidos os fatores que contribuem para isso e planejadas as intervenções, que incluíram roda de conversa com a comunidade no CRAS, cartazes informativos na recepção da USF e na sala de reuniões (voltado para os profissionais).
Resultados
A ação no CRAS alcançou em média 20 participantes, com alto engajamento nas discussões, situação que demonstra uma lacuna de conhecimentos sobre a sífilis. Na USF, houve a participação de 13 usuários e dos profissionais presentes. Apesar da menor participação, os usuários também demonstraram interesse e elogiaram a abordagem explicativa do cartaz antes de fixá-lo. Houve um menor envolvimento dos profissionais, sobretudo em razão da rotina de trabalho.
Aprendizado e análise crítica
O projeto revelou como estereótipos sobre sífilis persistem, sustentados por lacunas no conhecimento sobre as ISTs. A abordagem direta, ressaltando a testagem gratuita e o aconselhamento na USF, faz a ponte necessária entre a comunidade e o cuidado, uma das funções primordiais da atenção primária. Contudo, a Educação Popular em Saúde ainda é mais frequente em ações acadêmicas do que na rotina dos profissionais, tornando ações como esta pontuais para uma população cuja demanda é contínua.
Conclusões e/ou Recomendações
O Projeto Aplicativo demonstrou ser uma ferramenta eficaz para educação em saúde, integrando-se às necessidades da Estratégia de Saúde da Família. O diálogo com a comunidade revelou fragilidades no conhecimento sobre sífilis, problema que provavelmente se estende a outros territórios. Isso indica que a iniciativa pode ser expandida a diferentes contextos, fortalecendo a prevenção na atenção primária e educando a população de maneira essencial.
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: INOVAÇÃO E EFICIÊNCIA EM JUAZEIRO DO NORTE.
Pôster Eletrônico
1 PMJN-CE
Período de Realização
Entre Fevereiro/2024 a Setembro/2024.
Objeto da experiência
Modernização dos serviços e dos processos administrativos do Departamento de Educação Permanente em Saúde de Juazeiro do Norte.
Objetivos
Implementar estratégias que promovessem agilidade e eficiência nos processos administrativos; Garantir maior acessibilidade aos serviços; e Melhorar a comunicação entre o departamento e seus públicos, utilizando ferramentas digitais que permitissem interações mais rápidas e eficientes.
Descrição da experiência
A implementação da experiência foi conduzida por meio de uma abordagem estruturada e participativa. O processo iniciou-se com um diagnóstico detalhado dos processos administrativos e das necessidades dos usuários, identificando pontos de melhoria e oportunidades para a adoção de tecnologias digitais. Em seguida, foi elaborado um plano de ação que incluiu a seleção de ferramentas digitais adequadas, como plataformas de gestão, sistemas de comunicação online e softwares para automação de tarefas.
Resultados
Digitalização através da adoção de medidas de e procedimentos por meios digitais de trabalho, Emissão de anuências virtuais, Melhoria na formação dos profissionais de saúde. Ocorreu uma redução de 60% no tempo médio para aprovação de documentos e um aumento de 40% na satisfação dos usuários, medido por pesquisas realizadas após a implementação de melhorias dos processos internos; Economia de recursos materiais, como papel e transporte, alinhando-se a práticas sustentáveis.
Aprendizado e análise crítica
A Transformação Digital no Departamento de Educação Permanente em Saúde de Juazeiro do Norte resultou em processos mais ágeis, redução de custos, maior acessibilidade e comunicação eficiente. A modernização ampliou o alcance das capacitações e otimizou a gestão, impactando positivamente a saúde pública.
Conclusões e/ou Recomendações
A adaptação às novas ferramentas digitais exigiu treinamentos específicos para assegurar o domínio técnico e a eficiência nas atividades cotidianas. O processo de digitalização representou um avanço significativo, mas não foi isento de desafios. De forma geral, o projeto foi bem-sucedido, pois cumpriu os objetivos estabelecidos e trouxe melhorias consideráveis na eficiência dos processos.
CONSTRUINDO GENERALISTAS: A EXPERIÊNCIA DO INTERNATO RURAL NA APS
Pôster Eletrônico
1 UFOB
Período de Realização
Formação médica na UFOB fortalece a APS com internato em UBS urbanas e rurais, integrando o SUS.
Objeto da experiência
Internato em Territórios Rurais: Formação Generalista e Prática em Saúde da Família
Objetivos
Aprofundar os princípios da formação médica generalista no contexto da ESF rural
Descrição da experiência
Metodologicamente, trata-se de um estudo qualitativo, estruturado como pesquisa-ação, no qual foram analisadas as experiências dos discentes durante o internato rural da UFOB.
Resultados
Desde 2019, o internato rural da UFOB impacta positivamente a formação médica e a assistência em saúde. De um município inicial, expandiu-se para seis até 2024. Estudantes atuam com equipes locais em atividades como visitas domiciliares, reuniões multiprofissionais e ações educativas. A experiência reforça o papel transformador da Medicina de Família e Comunidade, unindo aprendizado técnico, valorização do território e humanização do cuidado, especialmente em áreas vulneráveis.
Aprendizado e análise crítica
A experiência reforça o potencial transformador da Medicina de Família e Comunidade na formação médica, uma vez que possibilita que os estudantes experimentem, na prática, os desafios e as potencialidades do trabalho na APS
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se a continuidade e ampliação do internato rural, com fortalecimento do apoio institucional e incentivos a médicos recém-formados para atuarem em áreas remotas. Essas ações são essenciais para promover equidade na distribuição de profissionais e consolidar a APS como base do SUS, sobretudo em regiões vulneráveis
CHEGANÇA: DISPOSITIVO DE FORMAÇÃO DE GRUPALIDADE NUMA EQUIPE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - DEAMBULATÓRIO NA GINGA DA PENHA
Pôster Eletrônico
1 UFF
2 SMS/RJ
Período de Realização
Janeiro/2024 a Junho/2025
Objeto da experiência
Dispositivo grupal denominado “Chegança”, realizado a cada início de supervisão clínico-institucional da equipe do Deambulatório Na Ginga da Penha.
Objetivos
Espaço de compartilhamento de estratégias de cuidado coletivo, a partir de um exercício de criatividade de cada trabalhador/a, possibilitando a diminuição das resistências para o trabalho com grupos na atenção psicossocial e construindo grupalidade entre a própria equipe.
Descrição da experiência
A chegança é o momento inicial das supervisões de equipe, uma atividade proposta a cada semana por um/a profissional diferente, que se compromete em trazer para o grupo um momento reflexivo, uma dinâmica ou atividade corporal para ativar a grupalidade. Já tivemos produção e leitura de poemas, desenho em grupo do que seria um serviço de saúde ideal, encontro com seu “eu” de 5 anos atrás, compartilhamento de sonhos de viagens, práticas integrativas em saúde, acolhimentos, entre outras propostas.
Resultados
A cada semana, durante a chegança, cada profissional conhece melhor seu/sua colega de trabalho, construindo um laço afetivo e de confiança a partir de cada atividade proposta e experimentada. Talentos foram descobertos, dificuldades puderam ser trabalhadas, tristezas e adversidades foram acolhidas, muitos risos, surpresas e lágrimas puderam ser vividos, tendo como acontecimento principal a formação de uma grupalidade e o exercício da criatividade para o trabalho em atenção psicossocial.
Aprendizado e análise crítica
Sabemos que colocar pessoas de diferentes categorias profissionais para trabalharem juntas, todos os dias, não necessariamente forma uma equipe. No cuidado em saúde mental e atenção psicossocial, vários entraves se colocam para a construção de uma grupalidade, como questões trabalhistas, violência territorial, formação profissional, entre outras coisas. A chegança aposta em trabalhar a partir disso, sendo um dispositivo de experimentação, integração e conexão entre os trabalhadores.
Conclusões e/ou Recomendações
No trabalho territorial em saúde mental o/a profissional é convocado/a à criatividade, ao vínculo, à disponibilidade e criação de redes. Poder exercitar isso desde o início da composição da equipe de trabalho, nas atividades de chegança propostas pelos(as) colegas, se abrir ao novo, experienciar o corpo e os afetos têm efeitos importantes na grupalização da própria equipe, construindo um trabalho territorial, coletivo, ético e cuidadoso.
EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ÂMBITO DA ATENÇÃO BÁSICA EM RECIFE/PE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 UFPE
2 UFRN
Período de Realização
Fevereiro a Abril de 2025
Objeto da experiência
Realizar ações de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) para usuários em sala de espera de uma Estratégia de Saúde da Família, em Recife/PE.
Objetivos
Descrever a experiência na implementação de ações práticas de EAN, por discentes e docentes, no âmbito de uma Unidade de Saúde da Família (USF), em Recife/PE
Metodologia
A experiência fez parte da disciplina “Nutrição em Saúde da Família”, ofertada no curso de Nutrição, da Universidade Federal de Pernambuco. O grupo composto por três docentes e seis discentes planejou e executou cinco encontros para os(as) usuários(as) que estiveram no momento de “sala de espera” da USF, sendo: (1) refeições nutritivas e saborosas; (2) prato saudável e mente saudável; (3) higienização e armazenamento; (4) rotulagem de alimentos; (5) síntese sobre os encontros.
Resultados
Obteve-se presença e participação ativa dos participantes em todos os encontros e notou-se que a integração entre universidade pública e SUS pôde contribuir tanto para a formação qualificada dos discentes, como contribuiu com o acolhimento e cuidado em saúde realizado pela ESF. Ao fim, foi possível produzir e enviar ao serviço um banner informativo, composto por uma síntese dos conteúdos, que foi exposto permanentemente para os(as) usuários(as).
Análise Crítica
Além das ações, para alguns estudantes, representarem o primeiro contato com a Atenção Básica, permitiram o desenvolvimento de uma nutrição e saúde ampliadas, proporcionando a abordagem de conteúdos para além daqueles biológicos/clínicos, gerando aprendizagens necessárias para identificar as necessidades do público, para integrar conhecimentos científicos aos populares, para desenvolver habilidades de comunicação e para produzir as avaliações a respeito de cada momento.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência contribuiu para o desenvolvimento de habilidades dos discentes, produzindo uma aprendizagem significativa e resolutiva, proporcionando uma noção ampliada sobre saúde e nutrição. Além disso, as ações práticas são oportunidades para vivenciar o SUS e consolidar os conhecimentos teóricos previamente apreendidos. Por fim, é possível afirmar que também foi possível contribuir para o cuidado em saúde promovido pelo serviço.
MOVI-MENTE-SE: HISTÓRIA EM QUADRINHOS COMO FERRAMENTA EDUCATIVA PARA PROMOÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA NA ADOLESCÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)
Período de Realização
Entre maio e junho de 2024
Objeto da experiência
objeto o desenvolvimento de material didático em formato de história em quadrinhos (HQ), voltado à promoção da prática de atividade física entre adolescentes
Objetivos
O objetivo principal foi elaborar e aplicar uma HQ educativa, com linguagem acessível e visual atrativo, que incentivasse a adoção de hábitos ativos entre jovens, contribuindo para o letramento em saúde e para a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis
Descrição da experiência
HQ “Movi-mente-se!” foi criada na disciplina “Estudos Avançados em Educação na Saúde” do Doutorado em Saúde da Família (RENASF/PPGSF/UVA). Com linguagem pop art e diálogos próximos da juventude, a história mostra adolescentes e idosos interagindo em um parque e trocando vivências sobre atividade física, destacando os benefícios do movimento corporal, o lazer ativo e a superação do sedentarismo
Resultados
O material foi apresentado aos docentes e discentes na disciplina, discutiu-se a possibilidade do aumento da participação nas atividades físicas propostas, além de relatos espontâneos sobre mudanças de comportamento, como o início de caminhadas em grupo ou práticas de alongamento em casa. Educadores e profissionais da saúde envolvidos na atividade também reconheceram o potencial pedagógico da HQ, destacando sua aplicabilidade tanto no ambiente escolar quanto na Atenção Primária à Saúde
Aprendizado e análise crítica
O desenvolvimento da HQ possibilita reflexões significativas sobre estratégias educativas que dialogam com o cotidiano e o universo simbólico da adolescência. A utilização de elementos gráficos e narrativos contribuiu para a adesão dos jovens ao conteúdo, revelando o potencial das tecnologias educacionais na promoção de saúde. A experiência demonstrou, ainda, a importância de superar formatos tradicionais e investir em abordagens mais criativas, dialógicas e contextualizadas
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que HQs são eficazes na educação em saúde com adolescentes, incentivando hábitos saudáveis. Recomenda-se seu uso na Estratégia Saúde da Família, escolas e projetos intersetoriais. Sugere-se ampliar o tema para alimentação, saúde mental e prevenção de violências, reforçando a comunicação educativa no cuidado integral à saúde juvenil
IMERSÃO “ENTRE RIOS E SABERES: VIVÊNCIA EM SAÚDE COMUNITÁRIA NA AMAZÔNIA” - A CONSTRUÇÃO DE PROFISSIONAIS MÉDICOS NO INTERIOR DA AMAZÕNIA.
Pôster Eletrônico
1 UFOPA - Mestrado profissional PROFSAUDE
2 UFOPA - Mestrado Profissional PROFSAUDE
3 UFOPA- acadêmica de medicina
Período de Realização
Nos dias 26 a 30 maio de 2025
Objeto da experiência
comunidades ribeirinhas Carão e Anumã em Santarém- PA.
Objetivos
propiciar a vivência dos acadêmicos e docentes em comunidade, afim de conhecer a realidade ribeirinha, modos de vida, subsistência, e vivências em saúde na região de rios. Para tanto foram propostos momentos de convivência entre comunidade, universitários e facilitadores do PSA.
Descrição da experiência
A experiência foi vivenciada enquanto docente no processo de ensino junto aos estudantes do curso de medicina do primeiro semestre em duas comunidades ribeirinhas. Para programação nas comunidades houve debates entre lideranças, representantes da secretaria de saúde do município, instituição Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) e Projeto Saúde e Alegria (PSA).Entre os participantes estavam dezoito alunos do curso de medicina, dois docentes e uma mestranda do PROFSAUDE.
Resultados
A participação dos acadêmicos nas atividades com a comunidade contribui para construção de novos paradigmas na profissão e fortalece o papel social da medicina. A formação de uma geração de novos médicos comprometidos com o bem-estar da comunidade, com seus contextos de vida, hábitos, cultura e conhecimento popular fortalece a atenção primária como ferramenta de saúde integral na Amazônia e confere protagonismo aos atores regionais sobre saúde e autocuidado.
Aprendizado e análise crítica
Experiências como essas são fundamentais para formação de profissionais comprometidos e preocupados com o indivíduo e a comunidade, responsáveis pela construção colaborativa de saúde. Atividades como essa contribuem para desmistificar os territórios amazônicos, esclarece sobre os determinantes sociais da saúde, o funcionamento do SUS em contextos ribeirinhos e remotos; e elucidam a importância das equipes de saúde que atuam em territórios vulnerabilizados
Conclusões e/ou Recomendações
Para tanto, faz-se necessário incentivar projetos como esse. Para, fortalecer a formação acadêmica e profissional dos universitários, fortalecendo a formação de vínculo com a comunidade e propiciando a fixação do profissional médico no território.
FUNDAMENTOS EM SAÚDE COLETIVA: UMA EXPERIÊNCIA FORMATIVA NA CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO CRÍTICO E SANITARISTA
Pôster Eletrônico
1 UEA
Período de Realização
10 a 24 de março de 2025.
Objeto da experiência
Relatar a experiência discente da quinta turma do mestrado acadêmico em saúde coletiva durante a disciplina de fundamentos em saúde coletiva.
Objetivos
Destacar a formação crítica e reflexiva dos futuros sanitaristas formados por esse Programa de Pós-Graduação com ênfase na formação crítica e ampliada em saúde e na construção histórica e social dos movimentos de saúde até a construção do Sistema Único de Saúde.
Descrição da experiência
A disciplina Fundamentos em Saúde Coletiva foi ofertada pela primeira vez após a mudança na estrutura curricular do curso e integrou a matriz curricular da 5ª turma do Programa de Mestrado Acadêmico em Saúde Coletiva da UEA. Abordou os elementos do debate contemporâneo com ênfase na produção de saberes e práticas na Amazônia. O processo pedagógico combinou metodologias ativas, promovendo reflexões sobre a complexidade do campo e estimulando o protagonismo discente.
Resultados
Houve ampliação da visão dos estudantes sobre desafios e potencialidades do sistema de saúde brasileiro, contribuindo para o fortalecimento do pensamento crítico e da identidade sanitarista. As discussões possibilitaram reconhecer os vínculos entre saberes acadêmicos e práticas sociais, além de promover trocas enriquecedoras entre docentes e discentes, fortalecendo o espaço formativo da pós-graduação como ambiente reflexivo e transformador.
Aprendizado e análise crítica
A experiência revelou o potencial das metodologias ativas e da mediação docente para promover o pensamento crítico e o aprofundamento conceitual do campo da saúde coletiva. O processo formativo permitiu aos estudantes refletirem sobre o SUS não apenas como política pública, mas como construção histórica, social e política, reforçando o compromisso ético e transformador da formação em saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A disciplina representou uma experiência formativa de grande valor para a consolidação de saberes e práticas no campo da Saúde Coletiva. Esta vivência evidenciou a importância de práticas comprometidas com o princípio do SUS e com a formação de profissionais éticos, críticos e comprometidos com a transformação social por meios das políticas públicas de saúde.
CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE COLETIVA - GESTÃO EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 Escola de Saúde Pública do RS
Período de Realização
2019 a 2025
Objeto da experiência
Construção de um novo Programa de Residência Multiprofissional de Saúde
Objetivos
Relatar os processos envolvidos na construção/desenvolvimento de um Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva - Gestão em Saúde na Escola de Saúde Pública do RS
Descrição da experiência
O Programa de Saúde Coletiva - Gestão em Saúde da Residência Multiprofissional da ESP/RS foi idealizado a partir de espaços formais de avaliação da residência em que ficou evidenciada a dificuldade de encontrar profissionais qualificados para o trabalho específico da gestão em saúde no contexto do SUS. O projeto pedagógico inicial foi escrito em 2019 pela coordenação e tutoria do programa, a fim de subsidiar a sua abertura com o início da primeira turma de residentes em março de 2020.
Resultados
Para inicar o processo de construção do programa nos fizemos a pergunta: qual gestor queremos formar? E foi a partir deste questionamento que surgiu a necessidade construir um projeto pedagógico com conhecimentos, habilidades e atitudes que atendessem as necessidades de uma formação para gestores em saúde voltada para o SUS. Assim, o projeto pedagógico inicial vem sendo reformulado com a colaboração dos atores envolvidos no programa: coordenação, preceptores, tutores, docentes e residentes.
Aprendizado e análise crítica
A atualização e desenvolvimento do projeto pedagógico do Programa de Saúde Coletiva - Gestão em Saúde são pautas recorrentes do Núcleo Docente Assistencial Estruturante, que está em constante aperfeiçoamento. Durante o andamento de cada turma, novas propostas e necessidades do cotidiano do trabalho vão sendo incorporadas no projeto pedagógico existente, a fim de desenvolver as competências necessárias para a formação de um gestor.
Conclusões e/ou Recomendações
A construção de um programa de residência multiprofissional que não está focado em um núcleo profissional, mas sim na formação de gestores para o SUS é um desafio constante, que deve ser estimulado em outros espaços, pois é capaz de desacomodar o cotidiano do trabalho onde está inserido, ao mesmo tempo que dá concretude à competência constitucional da formação de trabalhadores balizada pelos princípios e diretrizes do SUS.
A GESTÃO DE ESTÁGIOS CURRICULARES (OBRIGATÓRIOS) NA REDE DA SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO (SES-RJ): POTENCIALIDADES E DESAFIOS
Pôster Eletrônico
1 SES-RJ
Período de Realização
Os estágios curriculares ocorrem continuamente, mas o trabalho aborda o primeiro semestre de 2025.
Objeto da experiência
A oferta de estágios curriculares de nível médio e superior para Instituições públicas e privadas nas unidades da rede estadual de saúde do RJ.
Objetivos
Apresentar o trabalho desempenhado na Divisão de Gestão Acadêmica (DIVGA), Coordenação de Ensino (COOENS) e Superintendência de Educação em Saúde (SUPES), da SES-RJ, na gestão dos estágios curriculares/obrigatórios ofertados na rede estadual de saúde, com suas potencialidades e desafios.
Descrição da experiência
A Superintendência de Educação em Saúde (SUPES) promove a articulação com as instituições de ensino para o desenvolvimento de atividades de educação e formação em saúde no âmbito da SES-RJ, por meio de sua Coordenação de Ensino. A oferta de estágios curriculares de nível médio e superior está prevista na Resolução SES-RJ 3215/2023 que estabelece o Termo de Cooperação Técnica (TCT) como instrumento jurídico. As solicitações de TCT são administradas pela Divisão de Gestão Acadêmica (DIVGA).
Resultados
Nos estágios curriculares no primeiro semestre de 2025, proporcionou-se a entrada de 1417 (mil quatrocentos e dezessete) estagiários em dez Unidades da Rede SES-RJ, sendo 309 (trezentos e nove) de nível médio e 1108 (mil cento e oito) de nível superior de dezesseis instituições de ensino públicas e privadas, o que representa um acréscimo de 128% em relação ao mesmo período do ano anterior, onde houve a entrada de 620 (seiscentos e vinte) estagiários de doze escolas.
Aprendizado e análise crítica
A gestão dos estágios apresenta importantes potencialidades: oferece formação técnica integrada ao cotidiano do SUS, promove contrapartidas acadêmicas com ações educativas e apoio às unidades, beneficiando tanto os profissionais quanto os serviços. Contudo, há desafios a enfrentar: a ampliação dos campos de estágio sem perda de qualidade, diante da alta demanda e de dificuldades locais, como equipes reduzidas, contingenciamento de recursos, precarização do trabalho e violência nos territórios.
Conclusões e/ou Recomendações
A SES-RJ reconhece a importância dos estagiários curriculares em seus serviços e avança no papel de ente gestor na formação em saúde, desenvolvendo estratégias de qualificação dos campos de estágio considerando o seu histórico de crescimento. Medidas como o acompanhamento quantitativo e qualitativo das contrapartidas, fortalecimento dos órgãos de educação nas unidades e qualificação dos preceptores são entendidas como prioritárias.
VIVÊNCIAS EM SAÚDE EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE FLUVIAL NA AMAZÔNIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DOCENTE
Pôster Eletrônico
1 Mestranda PROFSAUDE e Professora do Instituto de Saúde Coletiva na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)
2 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação na Amazônia – PGEDA, Associação Plena em Rede (EDUCANORTE). Professora do Instituto de Saúde Coletiva na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).
3 Professora do Instituto de Saúde Coletiva na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).
4 Acadêmica do Mestrado em Políticas Públicas pela Universidade Federal de Pernambuco. Administradora do Instituto de Saúde Coletiva na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).
Período de Realização
A experiência descrita no presente relato ocorreu no período de 26 a 30 de maio de 2025.
Objeto da experiência
comunidades ribeirinhas do município de Belterra-PA
Objetivos
Buscou-se promover a formação dos alunos de medicina com capacidades de reconhecer as diversidades do espaço amazônico e as dificuldades locais. A experiência foi vivenciada enquanto docente no processo de ensino junto aos estudantes do curso de medicina do primeiro semestre
Descrição da experiência
vivências ocorreram no período de 26 a 30 de maio de 2025, os atendimentos incluíram quatro comunidades ribeirinhas do município de Belterra-PA. Para esta programação na UBSF contamos com a participação de dezessete alunos do curso de medicina e sete alunos da residência multiprofissional da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).Ao chegar na UBSF o usuário era direcionado a triagem e preenchimento de informações no prontuário. Em seguida eram encaminhados aos serviços de saúde.
Resultados
A grande demanda por consultas medicas, não propiciou o desenvolvimento de outras atividades direcionadas a promoção e prevenção na UBSF. Diante deste cenário os residentes e estudantes de medicina acompanhavam a realização dos procedimentos, como a triagem, consultas médicas e pequenas cirurgias, voltado principalmente para o atendimento clínico individualizado.
Aprendizado e análise crítica
A imersão durante esses quatro dias na UBSF, enquanto docente, permitiu refletir sobre a importância do serviço de saúde com a comunidade, promovendo estratégias para criação de vínculos e identificação de dificuldades que interferem no processo saúde-doença-cuidado. Foi relevante a percepção dos estudantes sobre as dificuldades de acesso aos serviços de saúde, os impactos das queimadas e as doenças ocupacionais ligadas à pesca, agricultura e produção de farinha de mandioca.
Conclusões e/ou Recomendações
A dificuldade de transporte até os centros urbanos torna a UBSF Abaré como a única opção de atendimento em algumas comunidades, pois a Unidade de Saúde Ribeirinha fica distante das demais comunidades atendidas, contando apenas com a presença do Agente Comunitário. Nesse contexto, reafirma-se a relevância da UBSF nesse território, propiciando o acesso à saúde e a formação de profissionais qualificados e sensíveis às realidades dessa população.
PROJETO “TRANSCENTRAR PARA TRANSFORMAR O CISTEMA”: EXPERIÊNCIA DE LETRAMENTO DE GÊNERO NA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
Pôster Eletrônico
1 UFRGS
Período de Realização
O projeto de extensão "Transcentrar para Transformar o Cistema" iniciou suas atividades em 2025.
Objeto da experiência
Promoção de letramento de gênero na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em evento aberto à comunidade externa.
Objetivos
A ação buscou apresentar o projeto à comunidade, demonstrar a existência de espaços seguros e acolhedores para pessoas trans na universidade e fomentar a reflexão sobre o uso de pronomes, tema muitas vezes invisibilizado por pessoas cisgêneras.
Descrição da experiência
A experiência ocorreu simultaneamente em três campi da UFRGS com diferentes metodologias que consistiam no convite das pessoas extensionistas à comunidade presente no evento para conhecimento sobre a importância dos pronomes para pessoas trans e orientações sobre como abordar o tema. Foram utilizados como instrumentos panfletos explicativos sobre o conteúdo e desenvolvimento de uma prática para a construção de etiquetas em que cada pessoa preencheu e auto identificou seus pronomes de tratamento.
Resultados
A experiência apresentou entre os resultados a inserção positiva e bem aceita dentro da programação do evento na universidade. Foi possível apresentar o projeto de extensão à comunidade presente, além de dialogar com os desconfortos e estranhamentos referentes à temática de trabalho. Contudo houve momentos de aproximações e manifestações de acolhimento à temática por parte de algumas pessoas. Um resultado importante a ser destacado foi o protagonismo de pessoas trans na realização da atividade.
Aprendizado e análise crítica
A experiência junto a comunidade, no âmbito do território universitário, oportunizou um espaço de escuta e diálogo com distintos públicos sobre respeito e importância da diversidade de gênero. Pautas que carecem de investimento dentro da academia quanto a divulgação teórica e incidência prática. Ademais, corroborou enquanto produção de um espaço institucional da UFRGS onde foi demarcada a existência das diversidades a fim de democratizar acesso à informação de forma construtiva.
Conclusões e/ou Recomendações
O desenvolvimento desta experiência obteve resultados exitosos que oportunizaram a divulgação do projeto Transcentrar para Transformar o Cistema, a partir da atividade de letramento de gênero realizada em três campi da UFRGS. Compreendeu-se a partir dessa vivência que são necessários mais espaços para acolhimento, escuta e produção de conhecimento, tanto de estudantes quanto da comunidade externa, sobre a temática de diversidade de gênero.
COREMU SES-RJ – UMA ESTRATÉGIA PARA AMPLIAÇÃO DE PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL E UNIPROFISSIONAL EM ÁREAS DA SAÚDE PELA SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO RJ
Pôster Eletrônico
1 SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE
Período de Realização
Experiência iniciada em 2022 com desdobramentos e impactos ainda em curso.
Objeto da experiência
Criação da COREMU SES-RJ e ampliação da oferta de Programas de Residência Multiprofissional e Uniprofissional em Áreas de Saúde na rede hospitalar SES-RJ.
Objetivos
Descrever o processo de criação da COREMU SES-RJ como estratégia de gestão e ampliação da oferta de Programas de Residência em áreas da Saúde na rede hospitalar da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, diminuindo a disparidade em relação a oferta de Programas de Residência Médica.
Metodologia
A SES-RJ criou a COMISSÃO DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL OU EM ÁREA PROFISSIONAL DA SAÚDE - COREMU SES-RJ em 2022, através da Resolução SES Nº 2842 de 30 de Agosto de 2022. Sua criação se insere no contexto da formação de especialistas para o SUS e no papel das Secretarias de Estado de indutora de políticas públicas de formação de Recursos Humanos. Descreve a ampliação dos Programas podendo prescindir das Instituições de Ensino como proponentes para o credenciamento de novos Programas.
Resultados
Desde a criação da COREMU SES-RJ em 2022 foi credenciado o Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Cardiovascular no IECAC. Em 2024 foi solicitado o credenciamento de Programa de Residência Uniprofissional em Cirurgia Bucomaxilofacial no HEAT, e, em 2025, solicitamos o credenciamento do mesmo Programa também no HEGV. Além disso, outras Unidades Hospitalares estão sendo apoiadas na construção de projetos para apreciação da COREMU SES-RJ, com base em seu perfil assistencial.
Análise Crítica
A COREMU SES-RJ foi instituída como um órgão de gestão centralizada da SES-RJ para credenciamento de programas de residência em Áreas de Saúde junto à Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde. A COREMU-SES/RJ é constituída por um colegiado formado por um coordenador escolhido pela Superintendência de Educação/Coordenação de Ensino; Coordenadores de cada Programa; Representante da gestão SES/RJ; Representantes de Preceptor, Tutor ou docente de cada Programa.
Conclusões e/ou Recomendações
A SES/RJ financia 29 programas de residência médica em 11 hospitais. Antes da criação da COREMU SES-RJ, eram financiados os Programas de Residência Multiprofissional em Hemoterapia no Hemorio, em Saúde Mental da UERJ e em Saúde da Família da UFF. A disparidade entre a oferta de Programas de Residência em Áreas de Saúde, comparativamente a Residência Médica, vem sendo minimizada com a estratégia de credenciamento através da COREMU SES-RJ.
SER PROFESSORA DA SAÚDE COLETIVA - TERRITÓRIOS, VIVÊNCIAS E SABERES EM DISCIPLINA DE CAMPO COM ESTUDANTES DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE (UFF) EM NITERÓI
Pôster Eletrônico
1 UFF
Período de Realização
Tratam-se de vivências ocorridas entre outubro de 2024 e junho de 2025.
Objeto da experiência
Os territórios, as vivências e os saberes aprendidos/compartilhados entre docentes e estudantes em formação em medicina em uma universidade federal e pública.
Objetivos
Fomentar reflexões a partir de vivências de ensino-aprendizagem como docentes na disciplina, tendo como temas centrais a produção do cuidado integral em saúde, com enfoques nas “situações de desastres e emergências sanitárias” e em “ecologia e ambiente”.
Metodologia
Consiste em um relato de docentes do Instituto de Saúde Coletiva, da UFF, com base nas atividades da disciplina de Trabalho de Campo, que é parte da grade curricular do curso. São realizados encontros semanais que alternam entre momentos de partilha de saberes conceituais/teóricos e empíricos, diálogos com diversos atores (profissionais e/ou pessoas que vivem nas localidades), visitas a campos/territórios. Os grupos são formados por 1 professora e cerca de 15 estudantes do segundo período.
Resultados
Vivências na disciplina oportunizam diálogos, percursos em territórios e troca de saberes, considerando-se as relações entre saúde e ambiente, intersetorialidade e produção sociohistórica de desastres, enfatizando a determinação social e a atuação interprofissional. Constituem produto dessas construções, relatos, nos quais estudantes registram momentos e reflexões das relações entre teoria e prática. Entre os desdobramentos, atividades de extensão e a produção de trabalhos coletivos.
Análise Crítica
Atuar ativamente na formação de futuros profissionais médicos(as) possibilita aprendizados. Em um campo formativo marcado pela forte hegemonia do saber e atuação pautados pelo modelo biomédico, a dialogicidade e a amorosidade, tais como ensinados por Paulo Freire, são fundamentais. As vivências em campo, contribuem para ampliar e fortalecer laços sociais, repercutindo na formação profissional, com ênfase na valorização do direito à saúde e do cuidado equitativo e integral em saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
Ser docente da Saúde Coletiva no curso de medicina é um desafio, que advém da importância desses temas na formação. Para nós, tecer encontros entre professores, alunos e atores em campo, exige capacidade criativa e de estímulo à reflexão, viabilizando a transformação de perspectivas. Para que haja trocas e vínculos entre diferentes sujeitos, é fundamental exercitar capacidades, em permanente construção, de aproximação, escuta e diálogo.
JOB ROTATION NA ÁREA DA SAÚDE: UMA EXPERIÊNCIA ENRIQUECEDORA
Pôster Eletrônico
1 ALBERT EINSTEIN
Período de Realização
Entre jul e out/24, atuei como fono no CAPS IJ via job rotation, vivenciando a rotina do serviço.
Objeto da experiência
Job rotation na saúde permite vivência em diferentes funções, ampliando a visão dos serviços e promovendo o desenvolvimento profissional.
Objetivos
O job rotation promove o desenvolvimento profissional com novas habilidades e visão ampliada do sistema. Melhora a qualidade do atendimento com trocas de experiências e amplia a flexibilidade institucional ao capacitar profissionais para atuar em diferentes áreas.
Metodologia
Essa vivência foi extremamente enriquecedora e permitiu-me compreender com mais profundidade a importância do cuidado compartilhado entre os diferentes serviços. Observando o funcionamento do CAPS IJ, foi possível avaliar como o papel de cada profissional e serviço se articula para atender às necessidades dos pacientes.
Resultados
Essa experiência reforçou a importância de respeitar as demandas específicas de cada serviço, sempre mantendo o foco central nas necessidades do sujeito. A troca de saberes e a prática interdisciplinar fortaleceram minha compreensão sobre a relevância do atendimento integral e humanizado, evidenciando a importância da articulação entre os diferentes níveis de atenção à saúde mental.
Análise Crítica
O job rotation é uma ferramenta valiosa para o desenvolvimento profissional e para a melhoria da prática clínica. Essa troca de experiências e saberes enriquece a atuação dos profissionais, promovendo um atendimento mais holístico e humanizado.
Conclusões e/ou Recomendações
O job rotation reforça a necessidade de educação e treinamento contínuos para preparar os profissionais para diferentes contextos e situações. Essa abordagem integrada é essencial para construir um sistema de saúde inclusivo e eficiente, centrado no paciente e em suas necessidades.
A EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO EXTRACURRICULAR EM GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE (GPPS) NA SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO (SES-RJ)
Pôster Eletrônico
1 SES-RJ
Período de Realização
O estágio extracurricular GPPS transcorreu entre 01 de junho de 2022 a 31 de maio de 2023.
Objeto da experiência
O percurso formativo no estágio para atuação na gestão de Políticas Públicas na Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ).
Objetivos
Proporcionar a estudantes de nível superior dos cursos de saúde e demais áreas afins, a experiência de contribuir na gestão do Sistema Único de Saúde em nível estadual, oferecendo mais um campo de estágio, além dos já ofertados na prática assistencial.
Descrição da experiência
O compromisso da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) como gestora da formação em saúde proporcionou o Programa de Estágio Bolsista em Gestão de Políticas Públicas (GPPS). 83 vagas foram inicialmente ocupadas em 40 áreas técnicas da SES-RJ, havendo ao menos um profissional de cada departamento como preceptor de estágio. Além das tarefas práticas, encontros multidisciplinares aproximaram a gestão e o trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS) à formação universitária.
Resultados
As avaliações dos estagiários foram positivas, destacando o desejo de continuidade no Programa. Supervisores apoiaram a regularidade do GPPS e houve demanda de novos setores. Os trabalhos de conclusão incluíram textos e vídeos apresentados no encerramento em maio de 2023. Estudantes criaram materiais informativos, e, a partir das dúvidas dos profissionais, foi elaborada a Cartilha do Preceptor, agora usada por toda a SES-RJ.
Aprendizado e análise crítica
O GPPS teve impacto social na formação dos alunos, promovendo vivência prática em políticas públicas e integração com profissionais experientes. Apesar dos desafios da mentoria, os preceptores mostraram dedicação. A SES-RJ adaptou suas rotinas e espaços para acolher os estagiários. O desempenho dos alunos foi destaque positivo. Para o próximo edital, propõem-se cargas horárias flexíveis e um Plano de Atividades para melhor adequação entre estagiários e áreas técnicas.
Conclusões e/ou Recomendações
Esta iniciativa da Divisão de Gestão Acadêmica (DIVGA), da Coordenação de Ensino (COOENS) e da Superintendência de Educação em Saúde (SUPES) da SES-RJ pretende fortalecer a atuação multiprofissional, ao disponibilizar a outras áreas do conhecimento, as ações exercidas no âmbito da gestão em saúde, além de ampliar o campo de atuação de estagiários que permanece muito restrito às unidades assistenciais, especialmente as hospitalares.
FORMAÇÃO EM SERVIÇO E TERRITORIALIZAÇÃO NO AMAZONAS: A RESIDÊNCIA EM SAÚDE COLETIVA NO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA DO DISTRITO RURAL DE MANAUS
Pôster Eletrônico
1 UFAM
Período de Realização
Junho/2025 – Residência em Saúde Coletiva nas Águas, Florestas e Campo da UFAM, Amazonas.
Objeto da experiência
Vivência de residente no Programa Saúde na Escola em comunidades rurais e ribeirinhas do Distrito de Saúde Rural de Manaus, no Amazonas.
Objetivos
Relatar a experiência formativa da residência em saúde coletiva no território amazônico, destacando o papel da formação em serviço e da articulação intersetorial no Programa Saúde na Escola (PSE).
Descrição da experiência
A residente atuou no PSE do Distrito Rural de Manaus, aprendendo sobre indicadores via SISAB e dashboard local, e promovendo devolutiva qualificada à ESF. Participou de reuniões intersetoriais e visitas técnicas com a UBS Fluvial Dr. Ney Lacerda às comunidades ribeirinhas. A atuação integrada favoreceu o preenchimento das fichas, ampliou ações nas escolas e fortaleceu vínculos locais, reafirmando a formação em serviço como estratégia para o SUS na Amazônia.
Resultados
Melhoria na qualidade do preenchimento dos indicadores do PSE; aumento da integração entre saúde e educação; fortalecimento do vínculo com as comunidades atendidas; ampliação das atividades educativas nas escolas; engajamento dos profissionais da saúde e da educação; maior alcance e efetividade das ações do programa em áreas remotas; valorização do papel das UBS Fluviais; desenvolvimento de competências críticas pela residente.
Aprendizado e análise crítica
A residência evidenciou a importância de uma prática contextualizada frente aos desafios amazônicos, como logística e conectividade. Soluções locais, como reuniões presenciais e redes informais, mostraram o valor do conhecimento territorial. A atuação no PSE reforçou a intersetorialidade, a escuta ativa e o respeito cultural. A integração com saberes tradicionais ampliou a adesão comunitária e fortaleceu ações de saúde mais horizontais e eficazes.
Conclusões e/ou Recomendações
A residência possibilitou a construção de práticas potentes e sensíveis às realidades amazônicas. Recomenda-se o fortalecimento das políticas de formação em serviço, com investimento em conectividade, logística e educação permanente, especialmente em territórios rurais e ribeirinhos. A valorização dos saberes locais e o diálogo entre setores devem ser priorizados para consolidar uma atenção primária integral, intersetorial e resolutiva no SUS.
INTERCÂMBIO ENTRE UNIVERSIDADE DE PRINCETON/EUA E UNIFAP: UMA EXPERIÊNCIA EM SAÚDE COLETIVA NA AMAZÔNIA ORIENTAL.
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal do Amapá
2 Fundação Oswaldo Cruz – PROFSAÚDE
3 Fundação Oswaldo Cruz
4 Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB)
Período de Realização
14 a 16 de janeiro de 2025
Objeto da experiência
Intercâmbio internacional em saúde, envolvendo a Universidade de Princeton (EUA) e a Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), com foco em territórios amazônicos
Objetivos
Vivenciar práticas em saúde coletiva no contexto amazônico; desenvolver habilidades interculturais e acadêmicas; fortalecer parcerias internacionais; promover a troca de boas práticas entre instituições de países distintos.
Metodologia
Visita técnica ao quilombo de Mazagão Velho, estado do Amapá, com a participação de docentes e discentes da UNIFAP e da Universidade de Princeton, incluindo visita à Unidade Básica de Saúde local, apresentação do serviço por profissionais da unidade, interação com a equipe e acadêmicos, bem como uma apresentação cultural de Marabaixo, além de visita guiada aos serviços de média e alta complexidade do hospital universitário e palestra com especialista local sobre “Malária na Amazônia”.
Resultados
A experiência proporcionou intercâmbio de conhecimentos sobre diferentes modelos de atenção à saúde, identificação de desafios específicos da região amazônica e reflexão conjunta sobre soluções contextualizadas. A diversidade das áreas de formação dos participantes favoreceu uma abordagem multidisciplinar e ampliou o entendimento sobre determinantes sociais da saúde.
Análise Crítica
O intercâmbio demonstrou o potencial formativo de experiências imersivas, respeitando as especificidades locais. As barreiras linguísticas foram superadas com apoio de intérpretes, garantindo o diálogo entre os participantes e o êxito da atividade.
Conclusões e/ou Recomendações
Pensar no desenvolvimento e melhoria da saúde de diferentes comunidades e suas peculiaridades, como a Amazônia, deve passar pelo pensar as parcerias, destacando o papel que as Universidades e demais ambientes acadêmicos possuem, com todo seu potencial de contribuição para desenvolvimento de processos e avanços. Essa parceria pode ser ainda mais fortalecida quando internacionalizada, tendo sempre em mente o protagonismo das próprias comunidades.
CAPACITAÇÃO DE FISCAIS SANITÁRIOS PARA INSPEÇÃO EM CONSULTÓRIOS ODONTOLÓGICOS NA UNIDADE REGIONAL DE SAÚDE DE LEOPOLDINA (URSLPD), MINAS GERAIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 SESMG
Período de Realização
Este relato descreve a experiência de capacitação realizada durante o ano de 2023.
Objeto da experiência
A capacitação de fiscais sanitários do município da URSLPD, visando aprimorar a condução das inspeções em consultórios odontológicos.
Objetivos
Qualificar a equipe de fiscalização para uma atuação mais segura e eficaz, além de fortalecer o conhecimento técnico sobre biossegurança, estrutura física, manejo de resíduos e legislação específica do setor odontológico.
Descrição da experiência
A metodologia adotada foi teórico-prática, incluindo estudo das legislações sanitárias, discussão de casos e visita técnica a um consultório no município. A visita técnica possibilitou a realização de uma inspeção prática levando em consideração a realidade local de cada um dos municípios adscritos na URSLPD. A atividade durou 8 meses e abordou temas como: biossegurança, manejo de resíduos, estrutura física adequada, controle de infecção e regulamentações vigentes aplicáveis ao serviço.
Resultados
A capacitação alcançou 100% dos municípios jurisdicionados, assegurando a participação de todos os fiscais que realizam inspeções em consultórios odontológicos. O formato teórico-prático favoreceu a consolidação do aprendizado, proporcionando a aplicação dos conceitos apreendido. A estratégia permitiu a identificação e análise de não conformidades de maior risco sanitário, promovendo um olhar mais crítico e técnico sobre os aspectos prioritários a serem verificados durante as inspeções.
Aprendizado e análise crítica
A experiência permitiu aos participantes maior segurança técnica para identificar não conformidades, orientar os profissionais de saúde e elaborar relatórios de inspeção mais detalhados e fundamentados. Reforçou-se ainda a importância de ações educativas contínuas para qualificar os fiscais de Vigilância Sanitária, uma vez que a capacidade técnica contribui para maior garantia de proteção à saúde pública e ao cumprimento das normas sanitárias.
Conclusões e/ou Recomendações
A inspeção sanitária em consultórios odontológicos é uma atividade fundamental para garantir a segurança do paciente e a qualidade dos serviços prestados. No entanto, observou-se a necessidade de aprimorar o conhecimento técnico dos fiscais sanitários em relação às especificidades da prática odontológica.
DIAGNÓSTICO SITUACIONAL NA ATENÇÃO BÁSICA: FERRAMENTA PARA A TOMADA DE DECISÃO
Pôster Eletrônico
1 ISC-UFMT
Período de Realização
Semestre letivo de 2023.2 (Dezembro), 2024.1 (Julho) e 2024.2 (Fevereiro e Março)
Objeto da experiência
Extensão Universitária - “Construção do diagnóstico situacional na atenção básica: ferramenta para a tomada de decisão”
Objetivos
Descrever o processo de qualificação dos participantes do curso de Extensão Universitária- “Construção do diagnóstico situacional na atenção básica: ferramenta para a tomada de decisão”.
Descrição da experiência
Realizado por meio de cinco encontros presencias o curso proporcionou aos participantes a oportunidade de aprender e discutir temas relevantes para realizar o diagnóstico situacional. Foram apresentadas e discutidas: a Política Nacional da Atenção Básica 2.436/2017, o Decreto 7.508/2011, as etapas para operacionalizá-lo, os roteiros de produção dos dados,informações e o diagnóstico situacional, estratégias para análise crítica e os desdobramentos e bem como a divulgação dos resultados.
Resultados
O público foi composto por alunos e egressos do Curso de Graduação em Saúde Coletiva, egressos de outros cursos da UFMT, alunos de outra IES, sanitaristas vinculados a Secretaria Municipal de Saúde e gestores do Município de Cuiabá. Com uma participação proativa, os integrantes avaliaram que o curso atendeu às suas expectativas e ofereceu o conhecimento necessário para a realização do diagnóstico situacional. Satisfeitos com a qualificação recebida, sugeriram maior divulgação no município.
Aprendizado e análise crítica
A compreensão do processo de saúde-doença como um fenômeno multifacetado, resultante de fatores biológicos, psíquicos e sociais, aprimora a análise da realidade local e adequação das intervenções. Nesse sentido, o diagnóstico situacional se apresenta como uma ferramenta chave na Atenção Básica, pois ao identificar problemas, necessidades e potencialidades locais, orienta a tomada de decisão e o trabalho das equipes de Saúde da Família.
Conclusões e/ou Recomendações
O aprendizado auxiliou na compreensão ampliada dos problemas de saúde e instrumentalizou o conhecimento do território adscrito. A troca de saberes entre discentes, egressos e trabalhadores possibilitou compartilhar os desafios reais do campo de atuação e as estratégias eficazes para intervenção em saúde coletiva. O diagnóstico situacional é um caminho para reestruturar a oferta de cuidado a partir da necessidade do território de forma justa e equanime.
OFICINA SOBRE AVALIAÇÃO SITUACIONAL COM MATRIZ SWOT (FOFA): GUIA ESTRATÉGICO PARA PLANO EDUCATIVO SINGULARIZADO
Pôster Eletrônico
1 Escola de Saúde Pública do Ceará
Período de Realização
3ª Encontro de Preceptoria da RESMULTI-ESP/CE em novembro de 2024 em Fortaleza-CE
Objeto da experiência
Aplicação da matriz SWOT (FOFA) para a avaliação situacional e construção do plano educativo singularizado do residente em cenário de prática
Objetivos
Descrever a aplicação da matriz SWOT (FOFA), no momento prático de uma oficina sobre avaliação situacional realizada para preceptores da RESMULTI/ESP-CE, destacando seu papel no desenvolvimento de planos educativos singularizados para residentes em seus cenários de prática.
Descrição da experiência
Na oficina sobre avaliação realizada para preceptores da RESMULTI/ESP-CE, foi apresentada a matriz FOFA, como meio para identificar necessidades de aprendizado individuais do residente no cenário de prática. Mapear junto ao residente suas fragilidades e fortalezas, as oportunidades e as ameaças do cenário, subsidiarão um plano educativo eficaz e um guia de acompanhamento longitudinal da evolução do residente, quanto ao nível de autonomia prática, garantindo a segurança do paciente.
Resultados
A Oficina no seu momento prático, aconteceu por categoria profissional, onde cada grupo enumerou um rol com as fragilidades e fortalezas mais recorrentes do residente ao adentrar no cenário prático. A partir deste rol, foi possível elencar uma fragilidade e simular um plano educativo com uma linha de base, definição de metas passíveis de monitoramento e revisão.
Aprendizado e análise crítica
Realizar um plano educativo baseado nos resultados da avaliação situacional, favorece o acompanhamento do progresso do aluno de forma sistemática, coletando dados e evidências, possibilitando o monitoramento, reavaliação e ajustes necessários dos objetivos, garantindo que o plano permaneça relevante e eficaz.
Conclusões e/ou Recomendações
A utilização da matriz FOFA para o planejamento educativo apresenta-se como uma ferramenta de comunicação eficaz entre o residente e o preceptor, traz uma visão holística do cenário de prática, favorece o feedback e promove a auto reflexão do residente sobre sua prática.
PROMOÇÃO DA SAÚDE NO SISTEMA PRISIONAL: A EXPERIÊNCIA DE UMA RESIDENTE NUTRICIONISTA NO ATENDIMENTO A SERVIDORES EM AÇÃO MULTIPROFISSIONAL
Pôster Eletrônico
1 Programa de Residência Multiprofissional em Gestão de Políticas Públicas para a Saúde - Fiocruz Brasília
2 Núcleo de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas - Fiocruz Brasília
Período de Realização
26 de maio a 6 de junho de 2025
Objeto da experiência
Atendimento nutricional a servidores penitenciários em ação de promoção da saúde no sistema prisional do Mato Grosso.
Objetivos
Relatar a atuação de uma residente nutricionista em ação multiprofissional voltada à promoção da saúde de servidores penitenciários, refletindo sobre os desafios, potencialidades e impactos da experiência formativa no contexto prisional, a partir de uma abordagem interprofissional.
Descrição da experiência
Durante a Ação de Cidadania realizada em quatro unidades prisionais de Mato Grosso, no âmbito do Projeto Valoriza: Saúde em Foco, a residente nutricionista integrou equipe multiprofissional responsável pelo cuidado à saúde de servidores penitenciários. As atividades envolveram avaliação nutricional, bioimpedância, orientações alimentares e articulação com outras áreas do cuidado, promovendo atenção integral em um contexto de vulnerabilidade ocupacional.
Resultados
Foram realizados 178 atendimentos nutricionais e 178 exames de bioimpedância, com orientações individuais baseadas nas necessidades identificadas. A ação favoreceu o acolhimento dos servidores, o reconhecimento da alimentação como dimensão do cuidado em saúde no ambiente prisional e o fortalecimento de práticas colaborativas entre residentes, profissionais e gestores das unidades.
Aprendizado e análise crítica
A vivência evidenciou a potência da residência como espaço de formação crítica, sensível às desigualdades e aos atravessamentos do mundo do trabalho. O cenário prisional, frequentemente negligenciado pelas políticas de saúde do trabalhador, mostrou-se campo desafiador e fértil para práticas éticas, interdisciplinares e humanizadas. A escuta qualificada e a atuação conjunta permitiram construir vínculos e oferecer cuidado para além da técnica.
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se ampliar as ações de promoção da saúde para trabalhadores do sistema prisional, com reconhecimento institucional de suas demandas. A inserção de residentes em ações interprofissionais fortalece sua formação crítica e contribui para consolidar o SUS como espaço de cuidado também para quem cuida. É essencial garantir políticas públicas que integrem saúde do trabalhador, educação permanente e equidade.
FORMAÇÃO INTERDISCIPLINAR E PRÁTICA INTERSETORIAL: UM BALANÇO DA PROPOSTA FORMATIVA “EDUCAÇÃO, SAÚDE E ASSISTÊNCIA SOCIAL: REDES COMPLEMENTARES NA PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA”
Pôster Eletrônico
1 Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EE-USP)
2 Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP)
3 Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
4 Universidade Presbiteriana Mackenzie
5 Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP)
Período de Realização
A proposta teve três edições, cada uma com duração de um semestre: em 2021, 2023 e 2024.
Objeto da experiência
A proposta interdisciplinar e interinstitucional de formação “Educação, saúde e assistência social: redes complementares na proteção social básica”.
Objetivos
Debater o papel de instituições de ensino superior (IES) no enfrentamento da desigualdade social e garantia de acesso a direitos sociais; na superação de lacunas em estudos sobre formação para gestão intersetorial; e de colaboração com esta gestão nos territórios com a curricularização da extensão.
Metodologia
Surgida como resposta à demanda de uma rede de escolas públicas diante dos desafios da pandemia de COVID-19, a experiência é uma proposta formativa de 100 horas (60h de atividades teóricas e 40h práticas) com dupla entrada: como disciplina optativa curricularizada para graduandos; e como curso de difusão cultural gratuito para profissionais das redes públicas, representantes ou lideranças comunitárias, prioritariamente ligados a quatro territórios da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).
Resultados
A proposta tem permitido diálogo entre estudantes de graduação e pessoas que atuam nas políticas públicas; entre experiências de distintos territórios; e entre conteúdos acadêmicos e a prática dos serviços públicos. Isso tem permitido compreender as especificidades de cada contexto; as diferenças, aproximações e processos comuns entre as políticas; e uma parceria entre IES e serviços de nível básico com foco no território, valorizando os saberes locais e a construção coletiva de soluções.
Análise Crítica
A experiência demostra que é fundamental aproximar práticas acadêmicas e atuação profissional para promover avanços na gestão intersetorial das políticas sociais e enfrentar crises multidimensionais. A proposta articula teoria e prática com centralidade no cotidiano, favorecendo a produção de conhecimento e o enfrentamento das desigualdades, sobretudo nas periferias urbanas. A curricularização da extensão tem se mostrado uma aliada estratégica nesse processo.
Conclusões e/ou Recomendações
Após 3 edições, nota-se um enraizamento da proposta, ainda que heterogêneo, tanto nas IES, enquanto experiência inovadora de ensino; quanto nos territórios, enquanto fórum de encontro e articulação. Tal resultado reflete tanto esforços de superação de uma estrutura institucional fragmentada, quanto aprendizados acadêmicos importantes, sobretudo na elaboração de propostas de curricularização da extensão em colaboração com serviços e territórios.
GESTÃO ESTRATÉGICA DA FORMAÇÃO EM SAÚDE: A ATUAÇÃO DA GEPOS NA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ
Pôster Eletrônico
1 ESPCE
Período de Realização
janeiro de 2019 a maio de 2025
Objeto da experiência
Relatar a experiência da Gerência de Pós-Graduação (GEPOS) em Saúde na realização dos cursos de pós-graduação da Escola de Saúde Pública do Ceará.
Objetivos
As ações apresentadas visam descrever o planejamento pedagógico para a realização dos cursos de Especialização da Gerência de Pós-Graduação em Saúde, a partir de reuniões de alinhamento com os técnicos da Secretaria de Saúde do Ceará (SESA/CE) e técnicos da (ESP/CE).
Metodologia
Com a atualização da estrutura organizacional da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP), a GEPOS insere-se como parte integrante da Diretoria de Pós-Graduação em Saúde (DIPSA), contribuindo na formação de profissionais de diferentes áreas no âmbito do SUS/Ceará. Conforme pactuação anual com a SESA,e outros parceiros, os cursos são estabelecidos mediante análise histórica de formações e cenário atual, inerentes à prestação de serviços à sociedade, onde as vagas são ofertadas através de editais específicos.
Resultados
A GEPOS vem ofertando nos últimos anos cursos em diversas áreas, como a Especialização em Atenção Integral à Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, Especialização em Estratégias no Enfrentamento a Violência contra a mulher, Especialização em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde, Atenção Primária à Saúde, Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), Vigilância Sanitária e Vigilância e Controle de Endemias.
Análise Crítica
Os cursos utilizam metodologias ativas de aprendizagem nos processos de ensino-aprendizagem, conforme Projeto Político Pedagógico (PPP) da instituição, sendo este um importante documento norteador de orientação da prática pedagógica como uma ferramenta essencial, viva e eficiente para o planejamento e a avaliação dos cursos. Com o aumento das capacitações e fortalecimento das ações de educação permanente e educação continuada, com um lugar de destaque seguindo com proficiência os preceitos do SUS.
Conclusões e/ou Recomendações
Evidencia- se a importância da gestão qualificada e integrada na condução dos cursos de pós-graduação, fortalecendo o compromisso da ESP/CE com a formação permanente dos profissionais do estado do Ceará. O planejamento pedagógico articulado, o uso de metodologias ativas e a pactuação interinstitucional revelam uma prática de gestão estratégica voltada para as necessidades reais dos serviços de saúde e a consolidação de políticas públicas.
DINÂMICAS E VIVÊNCIAS SOBRE GESTÃO DEMOCRÁTICA E MODELOS INOVADORES DE GESTÃO DO ENSINO NO HC/UFMG/EBSERH
Pôster Eletrônico
1 UFMG
2 HC/UFMG/EBSERH
Período de Realização
Projetos e ações recorrentes realizados nos anos de 2023, 2024 e primeiro semestre de 2025.
Objeto da experiência
Conjunto de práticas de gestão inovadora adotadas no âmbito da Unidade de Gestão de Graduação, Ensino Técnico e Extensão do HC/UFMG/EBSERH.
Objetivos
O conjunto de práticas tem/teve por objetivos: implementar práticas de gestão condizentes com a abordagem participativa, democrática e resolutiva no âmbito da gestão de ensino no HC/UFMG/EBSERH e; realizar uma gestão de processos com redução do uso desnecessário de papeis.
Descrição da experiência
O conjunto de atividades da UGETE envolve, de forma significativa, a promoção de um ambiente de ensino propositivo, acolhedor e colaborativo. Com estes princípios, ao longo dos últimos 03 anos a equipe de trabalho implementou processos de gestão documental e atividades de aproximação entre o serviço assistencial e os setores de ensino da instituição. Fizeram parte das ações propostas: seminários para o público docente e discente e editais de fomento para projetos de extensão universitária.
Resultados
A incorporação de processos de gestão mais eficazes e adequados ao cenário de transformação no setor saúde com redução de burocracias e do uso excessivo de papel; aproximação entre distintos setores do hospital de ensino e projetos de extensão universitária e a incorporação de processos de trabalho orientados pelo conceito de gestão participativa e democrática.
Aprendizado e análise crítica
As vivências proporcionadas revelaram o caráter transformador da gestão orientada por valores colaborativos e democráticos. Foi possível observar o impacto positivo nas relações de trabalho desenvolvidas durante o período. As práticas de gestão incorporadas nos convidam à reflexão sobre a formação em saúde e a necessidade de processos mais ágeis, sustentáveis e eficazes na gestão de ensino dos hospitais de ensino.
Conclusões e/ou Recomendações
As ações aqui relatadas evidenciam a amplitude das ações de gestão do ensino no ambiente dos hospitais universitários e apontam para a potência apresentada nestes espaços de construção do conhecimento como fontes de inovação e capacitação para uma gestão efetiva e transformadora corroborada pelos valores colaborativos e participativos.
EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE COMO AÇÃO EDUCATIVA DIALÓGICA SOBRE PROCESSOS SAÚDE-DOENÇA E USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS EM ASSENTAMENTO DE REFORMA AGRÁRIA NO CAPARAÓ CAPIXABA
Pôster Eletrônico
1 UFES
Período de Realização
Março a dezembro de 2025 com agricultores familiares da região do Caparaó Capixaba.
Objeto da experiência
Planejamento de rodas de conversa como prática emancipadora na compreensão do processo saúde-doença de moradores de assentamento de reforma agrária.
Objetivos
Explorar por meio de rodas de conversa, as representações de saúde-doença e uso de medicamentos dos moradores do Assentamento Floresta (Alegre/ES), promovendo a articulação entre saberes populares e científicos visando o fortalecimento de práticas de cuidado e compreensão do direito à saúde.
Descrição da experiência
A experiência foi realizada na Feira Agroecológica da UFES e através de visitas ao Assentamento Floresta, abrangendo cerca de 100 famílias. A metodologia baseou-se na educação popular em saúde e na teoria das representações sociais de Moscovici, utilizando rodas de conversa para mapear e dialogar sobre concepções e práticas relativas à saúde, medicamentos e cuidados cotidianos. O trabalho busca articular as dimensões social, cultural e política da saúde no contexto do SUS e da saúde coletiva.
Resultados
Os relatos evidenciaram precariedade do acesso a serviços de saúde, como ausência de farmácia popular, limitações na atenção primária e especializada. Nota-se coexistência de práticas tradicionais e uso de medicamentos alopáticos, refletindo uma pluralidade de saberes. As rodas de conversa potencializam o compartilhamento de percepções, fomentando a construção coletiva de compreensões sobre o processo saúde-doença e promovendo o uso racional de medicamentos como parte de um cuidado emancipador.
Aprendizado e análise crítica
A experiência ressalta a complexidade do conceito de saúde no meio rural, entrelaçado às condições de vida, à memória coletiva e às relações com o território. A pedagogia freiriana orienta a construção de espaços formativos que valorizam os saberes locais e promovem a participação dos sujeitos. Destaca-se o papel do farmacêutico como agente educador, comprometido com a integralidade do cuidado e a consolidação do SUS como projeto ético-político que combate as desigualdades estruturais em saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se o investimento em metodologias participativas e territoriais, para uma formação em saúde que respeite e valorize saberes populares e vise o fortalecimento da autonomia comunitária. A atuação do farmacêutico deve transcender o enfoque biomédico tradicional, incorporando a educação popular e a saúde coletiva na promoção do uso racional de medicamentos, especialmente em contextos rurais vulnerabilizados.
RESIDÊNCIA EM SAÚDE COM APOIO DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA/SES/MS: TRAJETÓRIA DA EXPANSÃO E QUALIFICAÇÃO DO CUIDADO
Pôster Eletrônico
1 Escola de Saúde Pública/SES/MS
Período de Realização
O período compreendeu de 2013 a 2025.
Objeto da experiência
Expansão dos Programas de Residência Multiprofissional e Uniprofissional em Saúde em parceria com a Escola de Saúde Pública/SES (ESP/MS).
Objetivos
Relatar a experiência da parceria entre a Escola de Saúde Pública/SES/MS e universidades de Mato Grosso do Sul nos programas de residência, visando a expansão na qualificação do cuidado e o fortalecimento dos princípios do SUS.
Descrição da experiência
As residências em saúde, especialmente as multiprofissionais, são estratégias fundamentais para qualificar o cuidado e responder às necessidades socioepidemiológicas da população. Os programas priorizam a integração ensino-serviço-comunidade, considerando os determinantes sociais do processo saúde-doença.
Resultados
Os primeiros programas de residência em saúde, em parceria entre a ESP/MS e a UFMS, ocorreram em 2013 e 2014, nas áreas de Enfermagem Obstétrica e Cuidados Continuados Integrados (CCI), com ênfase no atendimento a idosos. A partir dessa data a SES ampliou suas parcerias com novos programas de residência em saúde como a Reabilitação Física Multiprofissional e Saúde da Família com foco em povos indígenas. Em 2025 serão contemplados novos programas atendendo objetivos estratégicos na área da saúde.
Aprendizado e análise crítica
As residências em saúde, especialmente o programa multiprofissional, constituem uma das estratégias fundamentais para qualificar o cuidado e responder às necessidades socioepidemiológicas da população. Priorizam a integração ensino-serviço-comunidade, considerando os determinantes sociais do processo saúde-doença e tem como foco a saúde do idoso, materno-infantil e atenção à saúde da pessoa com deficiência e, além de populações vulneráveis no estado, como povos indígenas.
Conclusões e/ou Recomendações
As residências fortalecem o SUS ao promover formação integrada ao serviço, com ênfase nas demandas regionais. A parceria entre gestão, universidades e ESP/MS potencializa o desenvolvimento de competências alinhadas às necessidades locais, ampliando o acesso a cuidados de qualidade e uma atenção mais eficiente.
TEATRO COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE DO ESCOLAR: RELATO EXTENSIONISTA DO CURSO DE SAÚDE COLETIVA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ (UNIFESSPA)
Pôster Eletrônico
1 UNIFESSPA
Período de Realização
O planejamento da ação ocorreu de agosto a setembro de 2023 e a execução em outubro de 2023.
Objeto da experiência
Ação extensionista de promoção da saúde em escola de Ensino Infantil de Marabá-PA desenvolvida pelo Curso de Graduação em Saúde Coletiva/Unifesspa.
Objetivos
Contribuir com a construção de um ambiente escolar que valorize o bem-estar e sensibilizar o público infantil para a adoção de práticas saudáveis, como foco na qualidade de vida individual e coletiva, por meio de integração ensino-serviço-comunidade da Unifesspa com o Programa Saúde na Escola.
Descrição da experiência
Adotou-se uma abordagem participativa e dialógica, em que os personagens interagiam com o público, seja para saber suas percepções sobre o que fazer em determinada situação, seja para colocar o público para experimentar alguma prática de saúde, ou para participar dos momentos de quizz. Os personagens possuíam indumentárias coloridas e o cenário se modificava ao longo das estações, com o trem caminhando no meio do público entre uma estação e outra, o que gerava um ambiente lúdico e descontraído.
Resultados
A linguagem teatral permitiu um processo de ensino-aprendizagem bastante rico e com o compartilhamento de experiências: as crianças que estavam assistindo ficaram encantadas e queriam participar a todo tempo. Ao mesmo tempo, em termos da formação do sanitarista, a utilização de linguagens artísticas permitiram aprimorar suas habilidades de comunicação, bem como demonstrar a importância das linguagens artísticas no trabalho com educação em saúde com o público infantil.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou que a utilização da linguagem teatral potencializa a promoção da saúde em contextos escolares, propiciando o envolvimento ativo e lúdico das crianças. Além disso, configurou-se como um recurso pedagógico eficaz para fortalecer a articulação entre profissionais da saúde e da educação. Ressaltou-se a necessidade de implementação de ações contínuas visando assegurar a sustentabilidade dessas práticas no cotidiano escolar, com apoio dos diversos profissionais ali existentes.
Conclusões e/ou Recomendações
A ação demonstra a arte como ferramenta transformadora na promoção da saúde no âmbito escolar, possibilitando a execução do PSE de forma inovadora no município de Marabá/PA. Para garantir a sustentabilidade e espraiamento desse modo de fazer PSE, faz-se necessário educação permanente em saúde dos profissionais da atenção básica, elemento que tem sido incorporado nas ações extensionistas do Laboratório de Metodologias Ativas da Unifesspa.
VIVÊNCIA INTERDISCIPLINAR DE ESTUDANTES DA UFF EM AÇÃO EDUCATIVA REALIZADA EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE EM NITERÓI (RJ)
Pôster Eletrônico
1 UFF
Período de Realização
A ação educativa ocorreu em outubro de 2024, em uma UBS de Niterói (RJ).
Objeto da experiência
No contexto da campanha Outubro Rosa, que promove a prevenção e conscientização do câncer de mama e do colo do útero.
Objetivos
Teve como objetivo promover educação em saúde para a população atendida pela UBS, incentivando o conhecimento sobre o câncer e ressaltando a importância do autocuidado, especialmente por meio de consultas e exames periódicos na atenção primária.
Descrição da experiência
A ação ocorreu durante a realização de mamografias e coletas de preventivo, propiciando um momento estratégico para reforçar informações sobre prevenção, rastreamento e tratamento associados ao câncer de mama e do colo de útero. A equipe interdisciplinar, formada por estudantes de enfermagem, serviço social, nutrição, psicologia, farmácia e medicina, prestou orientações, entregou folders informativos, abordou sobre alimentação saudável, vacinação, uso de preservativos e sorteou brindes.
Resultados
A adesão da comunidade foi expressiva, com grande interesse nas informações repassadas e participação ativa nas dinâmicas realizadas. A ação fortaleceu a educação em saúde, estimulou práticas de autocuidado e destacou a importância da atuação interdisciplinar na atenção primária.
Aprendizado e análise crítica
A ação possibilitou maior contato dos estudantes com a comunidade, favorecendo o desenvolvimento de habilidades comunicativas, didáticas e de escuta ativa. Ao vivenciarem a atividade, os alunos ampliaram o conhecimento sobre a importância da educação em saúde, da atuação multiprofissional e da autonomia estudantil na promoção do diálogo e na troca de informações em saúde com a população.
Conclusões e/ou Recomendações
A atividade mostrou como o trabalho interdisciplinar contribui para a promoção da saúde na atenção primária. Recomenda-se a continuidade e ampliação dessas iniciativas, com planejamento conjunto entre os cursos envolvidos e as equipes das unidades de atenção primária. A inserção dos estudantes nessas ações destaca a importância da saúde coletiva e reforça o papel da extensão universitária na formação profissional e no vínculo com a comunidade.
INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PROJETO DE EXTENSÃO UFJ E SUS CUIDANDO DA COMUNIDADE
Pôster Eletrônico
1 UFJ
Período de Realização
O projeto UFJ e SUS: Cuidando da Comunidade, de frequência semestral, ocorreu em 23 de abril de 2025.
Objeto da experiência
Realizar atividades educativas e informativas, fundamentadas no aporte teórico-metodológico da Política Nacional de Educação Popular em Saúde.
Objetivos
O objetivo do projeto de extensão foi promover a educação popular em saúde à comunidade, nos diferentes ciclos de vida, com temas voltados à saúde da mulher, da criança e do homem, vacinação, doenças crônicas não transmissíveis e infecções sexualmente transmissíveis (IST).
Descrição da experiência
Realizada por discentes e docentes do curso de Medicina da Universidade Federal de Jataí (UFJ) em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e 41° Batalhão de Infantaria Mecanizado. As ações ocorreram em praça pública do município de Jataí-GO, e organizadas em tendas temáticas, com uso de metodologias interativas, incluindo rodas de conversa, jogos e distribuição de materiais informativos, além da verificação de pressão arterial e glicemia capilar, vacinação e testagem para IST e tuberculose.
Resultados
A ação de extensão atendeu cerca de 200 pessoas, principalmente homens, adultos, autodeclarados pardos, baixa escolaridade e que buscavam atendimento em serviços públicos de saúde (Unidade Básica de Saúde/ hospital). Promoveu a interação universidade-comunidade, fomentando a adesão a práticas promotoras de saúde preventivas, atividade prática e formação humanizada aos discentes, desenvolvendo competências em educação popular em saúde, comunicação interpessoal e atuação em equipe interdisciplinar.
Aprendizado e análise crítica
O projeto favoreceu a construção do conhecimento e articulação entre atores sociais, com diálogo, escuta e trocas entre os estudantes, profissionais e a comunidade. Os alunos ampliaram habilidades práticas em educação popular em saúde, comunicação interpessoal e trabalho interdisciplinar. A ação possibilitou a autonomia dos estudantes, a tomada de decisões e a reflexão crítica sobre a realidade rumo à transformação no modo de agir e pensar as práticas educativas em saúde com e para a comunidade.
Conclusões e/ou Recomendações
Este projeto de extensão contribuiu de maneira significativa para o aprendizado dos alunos do curso de medicina, uma vez que a prática permitiu a aplicação dos conhecimentos adquiridos em sala de aula, tornando o processo de aprendizagem dinâmico e inserido na realidade local, formando profissionais mais qualificados. Ademais, a extensão universitária fortalece o vínculo entre a universidade e sociedade, promovendo o desenvolvimento social.
PRECEPTORIA EM ÁREA PROFISSIONAL DA SAÚDE: MATRIZ CURRICULAR DE UM CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO A DISTÂNCIA NA QUALIFICAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA NO SUS
Pôster Eletrônico
1 HMV
2 SGTES/MS
Período de Realização
Outubro de 2024 a dezembro de 2025.
Objeto da experiência
Curso de especialização em preceptoria, tutorado, a distância e destinado a preceptores de programas de residência em área profissional da saúde.
Objetivos
Formar preceptores capazes de atuar com excelência nos programas de residência em saúde, por meio de uma matriz curricular baseada em competências, com ênfase na diversidade, equidade e inclusão, integrando conteúdos pedagógicos, éticos, comunicacionais e de gestão.
Descrição da experiência
O curso é estruturado em três módulos e 360h totais, ofertado em modalidade EAD tutorada. A matriz curricular contempla conteúdos sobre processos de ensino e aprendizagem, avaliação, comunicação, trabalho em equipe, ensino centrado no residente, segurança do paciente, gestão e políticas públicas. Os materiais abordam de forma transversal temas como diversidade, equidade de gênero e raça, direitos humanos e ações afirmativas, articulando teoria e prática na produção de produtos educacionais.
Resultados
A matriz curricular do curso possibilita o desenvolvimento de competências alinhadas às necessidades dos programas de residência em saúde, promovendo uma formação crítica e contextualizada. A inclusão de temas estruturantes como equidade, diversidade e inclusão, de forma transversal, para abordar o ensino e avaliação da comunicação, do trabalho em equipe, da gestão, entre outros, favorece a construção de práticas pedagógicas mais inclusivas e comprometidas com os princípios do SUS.
Aprendizado e análise crítica
A proposta curricular promove aprendizagem significativa e crítica, com ênfase na realidade dos serviços e na valorização da pluralidade dos sujeitos em formação. A mediação tutorada e a produção de produtos educacionais potencializam a reflexão sobre as práticas e ampliam a atuação ética, inclusiva e transformadora dos preceptores.
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se a ampliação de formações com base em matrizes por competências que incluam transversalmente os temas da equidade, diversidade e inclusão. A abordagem adotada consolida a preceptoria como eixo pedagógico nos programas de residência, articulando ensino, serviço e transformação social no SUS.
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE E O CONTROLE DAS ARBOVIROSES NA REGIÃO DE SAÚDE DO LITORAL LESTE/JAGUARIBE NO ESTADO DO CEARÁ
Pôster Eletrônico
1 ESP/CE
Período de Realização
2023 a 2024
Objeto da experiência
Experiência com os Cursos Básicos de Vigilância e Controle das Arboviroses, no Litoral Leste/Jaguaribe, Ceará, da Escola de Saúde Pública do Ceará.
Objetivos
O estudo analisou boletins epidemiológicos de 2023 e 2024, disponíveis no site da Secretaria de Saúde do Ceará, com foco na região do Litoral Leste/Jaguaribe, onde ocorreram, em 2023, capacitações para Agentes de Combate às Endemias e técnicos da vigilância epidemiológica.
Metodologia
No ano citado, o curso ocorreu por aulas síncronas via plataforma Meet, com carga horária de 40 horas, abordando técnicas de manejo, controle e vigilância do Aedes aegypti. Foram capacitados cerca de 90 profissionais, com o objetivo de criar um cenário em que a disseminação do vetor transmissor das arboviroses fosse reduzida, por meio de ações de educação permanente em saúde voltadas aos trabalhadores da vigilância epidemiológica.
Resultados
Em 2024, foram confirmados 503 casos de dengue e chikungunya na Superintendência analisada, representando redução de 78,8% em relação a 2023 (2.178 casos). Fortim, Potiretama e Limoeiro do Norte registraram circulação do sorotipo DENV1; Jaguaribara e Russas, do DENV2. Em Jaguaribe, houve circulação simultânea de DENV2 e CHIKV. Observa-se, portanto, queda nas taxas de incidência em relação ao ano anterior.
Análise Crítica
A experiência reforça a importância da educação permanente em saúde como estratégia essencial para o fortalecimento das ações de vigilância e controle no âmbito do SUS. Assim fica averbado que as capacitações dos profissionais de saúde inseridos no SUS no ano em questão, podem ter sido um dos causadores para a mudança do cenário epidemiológico na região, enfatizando a importância da educação permanente em saúde para os profissionais no âmbito do sistema único de saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
Assim fica averbado que as capacitações dos profissionais no ano em questão, podem ter sido um dos causadores para a mudança do cenário epidemiológico na região, enfatizando a importância da educação permanente em saúde para os profissionais no âmbito do sistema único de saúde.
BEM-ESTAR E ERGONOMIA NO TRABALHO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA AÇÃO DE EXTENSÃO COM TRABALHADORES DE UMA EMPRESA PRIVADA
Pôster Eletrônico
1 UFJ
Período de Realização
A ação ocorreu no mês de março de 2025.
Objeto da experiência
Promover educação em saúde sobre ergonomia do trabalho conduzida por acadêmicos de Medicina em uma empresa privada do ramo da biotecnologia.
Objetivos
Orientar os colaboradores de uma empresa privada nas maneiras de levantamento, de transporte individual de cargas e na postura nos postos de trabalho, visando melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e fortalecer o vínculo entre a Universidade e a comunidade.
Descrição da experiência
Após breve exposição teórica sobre conceitos de ergonomia, como postura adequada ao sentar-se, ajuste da estação de trabalho e posicionamento dos punhos durante a digitação, os participantes foram organizados em trios para uma dinâmica gamificada. Cada grupo respondeu uma sequência de perguntas e respostas. A estratégia estimulou a cooperação entre os estudantes de medicina, o raciocínio conjunto e a fixação dos conteúdos de forma lúdica, tornando o processo educativo mais engajador.
Resultados
A interação dos acadêmicos com os trabalhadores permitiu o engajamento dos participantes e a conscientização da importância da ergonomia, com um ambiente descontraído, por meio da gamificação. A ação alcançou 30 trabalhadores, abrangendo setores administrativos, laboratoriais e operacionais. A ação demonstrou que estratégias de educação em saúde são eficazes para sensibilizar trabalhadores sobre práticas ergonômicas, mudanças de comportamento e aproximação entre a Universidade e o setor produtivo.
Aprendizado e análise crítica
A ação extensionista mostrou-se uma ferramenta de transformação social, conectando a universidade, os trabalhadores da empresa em torno de um objetivo em comum, a saúde do trabalhador. Além disso, a ação integrou diferentes saberes acadêmicos com práticas de promoção e prevenção dentro do ambiente corporativo, com a adaptação de metodologias ativas, a gamificação.
Conclusões e/ou Recomendações
A implementação do projeto favoreceu a construção coletiva do conhecimento e a articulação entre os estudantes, trabalhadores e gestores da empresa. A vivência permitiu um processo de aprendizagem dinâmico, sensível às condições laborais da comunidade atendida. Além disso, fortaleceu o vínculo entre a Universidade e a empresa, estimulando o protagonismo estudantil e o desenvolvimento social por meio da promoção da saúde no ambiente ocupacional.
RESIDÊNCIAS MÉDICAS: A EXPERIÊNCIA DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO RIO GRANDE DO NORTE COMO ESTRATÉGIA DE INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-GESTÃO
Pôster Eletrônico
1 SESAP/RN
2 UFRN
Período de Realização
Fevereiro de 2021 a junho de 2025.
Objeto da experiência
A experiência do Núcleo de Residências da ESPRN no o apoio às residências médicas.
Objetivos
Descrever a articulação do Núcleo de Residências da Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (ESPRN) com os programas de residências médicas da Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP), evidenciando estratégias de apoio e integração institucional.
Metodologia
Desde sua criação, em 2020, a ESPRN assumiu novos papéis, incluindo a pós-graduação. Em 2022, com a Política Potiguar de Educação Permanente em Saúde, as residências em saúde ganham destaque. Existiam três residências médicas na Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (SESAP): cirurgia geral, psiquiatria e neonatologia. A ESPRN promoveu aproximação e apoio técnico aos programas, fortalecendo a articulação ensino-serviço e o campo das residências no estado.
Resultados
O Núcleo de Residências viabilizou apoio técnico aos programas da SESAP em parceria com a Subcoordenadoria de Gestão da Educação em Saúde (SGES). Destacam-se o processo seletivo unificado, ações de incentivo à preceptores e tutores, articulação ensino-serviço e o Encontro de Residências em Saúde, promovendo integração entre ESPRN, SGES, residentes e comissões, fortalecendo a formação no estado.
Análise Crítica
A experiência evidenciou a necessidade de maior integração entre as residências médicas e o fortalecimento da gestão do processo formativo. No cenário macropolítico, destaca-se a urgência de uma Política Nacional de Residências, financiamento adequado, práticas pedagógicas humanizadas e articulação entre programas, instituições formadoras e serviços.
Conclusões e/ou Recomendações
A integração entre gestão, escola e programas de residência é essencial para o fortalecimento das residências no estado. Recomenda-se a criação de uma Política Nacional de apoio às residências e a ampliação de espaços de diálogo entre gestores, formadores e residentes, visando qualificação da formação e impacto positivo nos serviços de saúde.
DESENVOLVIMENTO DE CONTEÚDO EDUCATIVO PARA REDES SOCIAIS: EXPERIÊNCIAS DA LASC COM CAMPANHAS MENSAIS DE SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 LASC/EEAAC/UFF
2 ISC/UFF
Período de Realização
Janeiro de 2024 a junho de 2025, com ações contínuas de educação em saúde realizadas mensalmente.
Objeto da experiência
Produção de conteúdos digitais educativos, vinculados ao calendário da saúde pública, veiculados por redes sociais da LASC/UFF.
Objetivos
Relatar a experiência da LASC/UFF na criação e veiculação de campanhas mensais de saúde nas redes sociais, destacando o processo formativo dos discentes, a articulação com a extensão universitária e os impactos na promoção da saúde e no engajamento com a comunidade.
Descrição da experiência
A atividade foi desenvolvida por discentes da área da saúde da UFF, vinculados à LASC, sob supervisão docente. Mensalmente, era selecionado um tema de relevância em saúde pública (ex.: vacinação, tuberculose, saúde mental, SUS, uso racional de medicamentos). Os conteúdos foram elaborados com base em fontes científicas, adaptados para linguagem acessível e convertidos em postagens visuais, vídeos e quizzes, com revisão técnica prévia e publicação nas redes sociais da Liga.
Resultados
As campanhas geraram aumento expressivo no alcance e engajamento digital da LASC, com crescimento de seguidores, curtidas, comentários e compartilhamentos. Os conteúdos sobre vacinação infantil, 34 anos do SUS e saúde mental foram os mais visualizados. Estudantes relataram fortalecimento de habilidades em comunicação científica, autonomia e senso de responsabilidade social. A iniciativa foi elogiada por docentes e profissionais da atenção básica, destacando seu potencial educativo.
Aprendizado e análise crítica
A experiência demonstrou o potencial das redes sociais como ferramenta de extensão e formação em saúde. Os discentes desenvolveram competências em linguagem acessível, síntese científica, design digital e planejamento de campanhas educativas. Desafios incluíram manter o engajamento da equipe, respeitar os prazos de publicação e equilibrar apelo visual com precisão técnica. O processo colaborativo favoreceu o protagonismo estudantil e o compromisso com a educação popular em saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A utilização de redes sociais na promoção da saúde se mostrou eficaz e formativa, contribuindo para a articulação ensino-extensão e o fortalecimento da educação crítica em saúde. A experiência evidencia a importância de fomentar iniciativas estudantis em comunicação e saúde, com apoio institucional, formação em mídia-educação e incentivo à integração com serviços de saúde e territórios.
FORMAÇÃO DE GESTORES PARA O SUS: EXPERIÊNCIA DA ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DE SISTEMA E SERVIÇOS DE SAÚDE NO CEARÁ
Pôster Eletrônico
1 ESPCE
Período de Realização
Março de 2023 a abril de 2024
Objeto da experiência
Formação de gestores públicos por meio de curso de especialização voltado à qualificação da gestão no SUS.
Objetivos
Relatar a experiência da especialização em Gestão de Sistema e Serviços de Saúde promovida pela ESP/CE, com foco na qualificação de gestores para atuação nos territórios do SUS, fortalecendo competências em planejamento, gestão em rede, controle social e políticas públicas
Descrição da experiência
O curso ofertado pela ESP/CE teve carga horária de 460h, com encontros presenciais e participação de profissionais de 33 municípios. A construção pedagógica foi baseada em matriz de competências e uso de metodologias ativas. Os conteúdos abrangeram temas como SUS, governança, regulação, saúde do trabalhador, educação popular e pesquisa, integrando teoria e prática a partir das realidades locais, com participação de docentes experientes na gestão pública.
Resultados
A formação alcançou taxa de conclusão superior à esperada, com 37 concludentes de 33 municípios. Os participantes demonstraram envolvimento com a proposta pedagógica e destacaram a aplicabilidade dos conteúdos no cotidiano da gestão. As atividades práticas estimularam o reconhecimento de problemas e a proposição de soluções nos territórios. A avaliação dos coordenadores e alunos foi positiva, indicando o impacto da formação na atuação profissional dos egressos.
Aprendizado e análise crítica
A experiência reforça o papel da educação permanente como ferramenta estratégica para o SUS. O curso contribuiu para o fortalecimento de competências gerenciais e a articulação entre os conteúdos e a prática. O compartilhamento de experiências entre os alunos favoreceu a construção coletiva do conhecimento e a identificação de desafios comuns. Observou-se evolução na capacidade crítica, de autogestão e de intervenção qualificada nos serviços públicos de saúde
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se a continuidade e expansão de iniciativas formativas voltadas à gestão do SUS, com foco nas realidades locais. A escuta ativa das demandas dos alunos e o alinhamento às prioridades estaduais são fundamentais para fortalecer o impacto da formação. Sugere-se manter o formato presencial, com atividades que valorizem a prática nos territórios e promovam maior articulação entre os serviços e as instâncias de gestão.
RELATO DE EXPERIÊNCIA DE TUTORES DO CURSO EMULTI EM FORMAÇÃO COMO ESTRATÉGIA PARA O FORTALECIMENTO DO TRABALHO INTERPROFISSIONAL NA APS
Pôster Eletrônico
1 Secretaria Municipal de Saúde de São Bento,PB- SMSSB
2 Secretaria Estadual de Saúde do Ceará-SESA
Período de Realização
Janeiro a junho de 2025
Objeto da experiência
Tutoria no curso eMulti em FormAÇÃO, destinado à qualificação de profissionais das Equipes Multiprofissionais na APS.
Objetivos
Relatar a experiência de tutoria no curso “eMulti em FormAÇÃO” , voltado à qualificação das equipes multiprofissionais na APS, evidenciando desafios, estratégias e potencialidades na (re)organização do trabalho interprofissional no SUS.
Descrição da experiência
Atuamos como tutoras de uma turma com 27 profissionais, finalizada por 19, com perfis diversos e de distintas regiões do país. A formação, na modalidade de atualização, articulou momentos síncronos e assíncronos em módulos temáticos. A tutoria mediou o processo pedagógico, favorecendo a reflexão crítica, a troca de saberes e a ressignificação de práticas no território. O curso apoiou a implementação das eMulti, conforme a Portaria GM/MS nº 635/2023.
Resultados
Houve notável ampliação da compreensão dos cursistas sobre o papel das eMulti na Atenção Primária, com valorização do trabalho interprofissional em apoio às equipes de Saúde da Família. A tutoria fortaleceu o protagonismo dos profissionais, fomentando a articulação entre teoria e prática, a construção coletiva de práticas utilizando as ferramentas discutidas e o reconhecimento das especificidades locais como elementos estruturantes da atuação multiprofissional no SUS.
Aprendizado e análise crítica
A experiência revelou disparidades regionais na implementação das eMulti e fragilidades institucionais, como baixa integração com a gestão municipal e desconhecimento das diretrizes da política. Por outro lado, evidenciou o potencial transformador do curso e da tutoria enquanto dispositivos pedagógicos potentes, capazes de provocar mudanças na organização do processo de trabalho, na autonomia profissional e na prática colaborativa e corresponsável.
Conclusões e/ou Recomendações
A tutoria no curso eMulti em FormAÇÃO revelou-se uma estratégia potente de educação permanente, fortalecendo o trabalho interprofissional e ampliando a capacidade resolutiva da APS. Recomenda-se a continuidade de políticas formativas tutoriadas, com incentivo à formação crítica, articulação com a gestão local e respeito à diversidade dos territórios. Tais ações são fundamentais para consolidar a implementação das eMulti no SUS.
PET-SAÚDE EQUIDADE: EXPERIÊNCIAS FRENTE ÀS VIOLÊNCIAS DE GÊNERO E AO AGRAVO DA SAÚDE MENTAL DAS TRABALHADORAS DO SUS NO CONTEXTO DE SANTA MARIA/RS.
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
2 Prefeitura Municipal de Santa Maria -RS
Período de Realização
Ações de extensão em andamento, ocorridas a partir de maio de 2024 a junho de 2025.
Objeto da experiência
Ações do PET-Saúde Equidade voltadas à formação e às trabalhadoras do SUS no eixo saúde mental e violências relacionadas ao trabalho.
Objetivos
Promover práticas de equidade permeadas pela integração Ensino-Serviço-Comunidade, oportunizando a vivência teórico-prática alinhada com os princípios do SUS;
Articular núcleos de trabalho na rede intersetorial para fortalecimento de ações de enfrentamento de violências e promoção de saúde mental.
Metodologia
A 11ª edição do PET incorporou a equidade como tema central. Cada grupo atua em uma ESF e um CAPS AD II. As ações ocorrem semanalmente, a fim de formar vínculo entre bolsistas, preceptores e trabalhadores para fomentar discussões e ações acerca da saúde mental e das violências relacionadas ao trabalho. O grupo, formado por bolsistas de cursos das áreas da saúde e humanas, preceptores, tutora e coordenadora, se reúne quinzenalmente para estudo, planejamento de ações e discussões da prática.
Resultados
Ocorreram mais de 200 participações em atividades em ambos os serviços, refletidas a partir de maior embasamento teórico sobre as temáticas que envolvem a equidade. Realizou-se diagnóstico situacional de cada serviço com mapeamento dos riscos ocupacionais e psicossociais, para o desenvolvimento de ações voltadas para saúde mental e violências no contexto do trabalho. Iniciou-se abordagem sobre violência de gênero em momentos de reuniões de equipe. Criou-se um Zine para abordagem educativa.
Análise Crítica
As temáticas relacionadas à equidade são extremamente complexas e sensíveis, sendo necessário ampliar discussões e reflexões embasadas em pressupostos teóricos, éticos e legais. É urgente trabalhar esses temas na formação, contudo, também resgatá-los junto aos profissionais que já atuam na linha de frente do sistema e, à comunidade, de modo a produzir mudanças mais efetivas na busca pela garantia dos direitos, do cuidado integral e respeito à diversidade.
Conclusões e/ou Recomendações
Por meio da observação participante e oficinas, mapearam-se pontos de tensão nas relações no âmbito institucional e interpessoais entre trabalhadoras e usuários. Foi possível apontar para o gênero como principal fator de desigualdade, produtor de violências e sofrimento psíquico para as trabalhadoras dos serviços, sendo necessário promover ações e intervenções que promovam diálogos e o combate às desigualdades e à violência de gênero.
GESTÃO LOCAL E CUIDADO TERRITORIALIZADO: A EXPERIÊNCIA DO PROJETO SAÚDE NA COMUNIDADE EM LÁBREA - AMAZONAS
Pôster Eletrônico
1 SEMSA/Lábrea
Período de Realização
De 2019 a 2024, na gestão da CASA Zacarias Xavier da Costa, no município de Lábrea/AM.
Objeto da experiência
Relato da condução do Projeto Saúde na Comunidade pela gestão da UBS CASA Zacarias Xavier em territórios vulneráveis de Lábrea/AM.
Objetivos
Levar ações de saúde a territórios de difícil acesso; fortalecer a presença institucional; reorganizar o trabalho na UBS para incluir ações externas; qualificar o vínculo com a comunidade e com lideranças locais, ampliando o alcance da atenção básica.
Descrição da experiência
A gestão da UBS propôs o Projeto Saúde na Comunidade para alcançar populações com acesso limitado à saúde. Com apoio do Núcleo de Educação em Saúde e do NASF, atendeu comunidades como Tauaruã, Morro da Macaca e Santa Mônica. As ações incluíram atendimentos, rodas de conversa, vacinação e uso de espaços comunitários. O planejamento permitiu conciliar ações externas e o funcionamento interno da UBS, fortalecendo vínculos e ampliando a cobertura assistencial.
Resultados
Houve ampliação da cobertura de atendimentos e vacinação, fortalecimento do vínculo com a população e reconhecimento da presença da UBS nos territórios. O projeto favoreceu a corresponsabilidade da equipe, otimizou agendas e consolidou a cultura de planejamento coletivo e atuação integrada.
Aprendizado e análise crítica
A experiência mostrou que a gestão ativa e territorializada é essencial no contexto amazônico. Superar os desafios logísticos exige escuta qualificada, planejamento e presença institucional. Mesmo em cenários adversos, é possível reorganizar o trabalho da atenção básica para garantir cuidado integral e equitativo.
Conclusões e/ou Recomendações
A gestão local é fundamental para consolidar o SUS em áreas vulneráveis. A experiência mostra que a saúde pode ir além dos muros da UBS por meio do planejamento, escuta ativa e valorização dos espaços comunitários. Recomenda-se replicar iniciativas com gestão presente e estratégias adaptadas ao território.
PROMOVENDO EQUIDADE E HUMANIZAÇÃO NA REDE SUS: PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO PARA UMA SOCIEDADE INCLUSIVA
Pôster Eletrônico
1 UFSM
Período de Realização
Maio de 2024 com término previsto para maio de 2026.
Objeto da experiência
Descrição dos resultados do PET-Saúde Equidades da Universidade Federal de Santa Maria
Objetivos
Descrever resultados da integração ensino-serviço-comunidade de estudantes em saúde e ciências humanas, com foco na equidade em saúde por meio do PET-Saúde Equidades.
Metodologia
O PET-Saúde promove a integração ensino-serviço-comunidade, qualificando a formação de profissionais para atuação multidisciplinar na atenção básica. A edição 2024-2026 da UFSM foca na equidade em saúde, com três eixos: Gênero e raça, saúde mental e maternagem. Envolve tutores, preceptores e estudantes da saúde e ciências humanas, fortalecendo práticas inclusivas e interdisciplinares nos serviços do SUS.
Resultados
A atividade resultou em ações educativas com foco em equidade no SUS, como visitas domiciliares, rodas de conversa, participação ativa em conferências municipais. Vários materiais formativos foram criados (podcasts, cursos virtuais e presenciais e uma disciplina complementar de extensão), assim como publicações científicas em eventos. Todos com amplo diálogo sobre temas como racismo, gênero, maternagem e saúde mental nos serviços de saúde.
Análise Crítica
Os temas deste PET exigem debate ampliado entre ensino, serviço e comunidade. Surgiram questões sobre raça, cor, gênero e saúde dos trabalhadores, muitas além da capacidade de atuação do grupo. O desafio está na conciliação com a carga horária dos cursos. O principal aprendizado é que essas temáticas são transversais e devem estar presentes nos currículos da formação em saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência do PET-Saúde na UFSM reafirma a importância da formação interprofissional e da abordagem das equidades em saúde no SUS. A integração entre universidade, serviço e comunidade fortaleceu práticas mais sensíveis às diversidades e promoveu reflexões fundamentais para a construção de um cuidado mais justo, acolhedor e resolutivo na atenção básica. Recomenda-se que os temas sejam ampliados nos projetos pedagógicos dos cursos do ensino superior
FORTALECIMENTO DAS RESIDÊNCIAS EM SAÚDE: A EXPERIÊNCIA DA CRIAÇÃO DO NÚCLEO DE RESIDÊNCIAS DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO RIO GRANDE DO NORTE
Pôster Eletrônico
1 SESAP/RN
2 UFRN
Período de Realização
De 2023 até os dias atuais.
Objeto da experiência
A contribuição do Núcleo de Residências da Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (ESPRN) para a estruturação dos programas de residências em saúde.
Objetivos
Relatar a criação e consolidação do Núcleo de Residências da ESPRN e destacar sua contribuição para a implantação, fortalecimento e qualificação dos programas de residência em saúde no estado, ampliando o campo da formação em serviço no SUS-RN.
Metodologia
Criado em 2023, o Núcleo de Residências da ESPRN iniciou com uma equipe enxuta, composta por um servidor e um bolsista, com o objetivo de apoiar os programas de residência em saúde. Com três residências médicas em andamento, identificou-se a necessidade de ampliar para áreas multiprofissionais. Foram realizadas oficinas pedagógicas e encaminhados pedidos de credenciamento institucional ao Ministério da Educação (MEC), além da submissão de três programas multiprofissionais e um uniprofissional.
Resultados
Em 2023, as oficinas pedagógicas construíram coletivamente os programas, com foco em redes, equidade e metodologias ativas. Em 2024, foi instituída a Comissão de Residências Multiprofissional (COREMU/ESPRN) e submetidos quatro programas ao SINAR. Em 2025, dois foram aprovados e os demais seguem em análise. A equipe do Núcleo cresceu, ampliando a capacidade de gestão pedagógica e institucional das residências e fortalecendo a ESPRN como espaço de formação em serviço no SUS.
Análise Crítica
A criação do Núcleo de Residências ampliou a atuação da ESPRN e reafirmou seu papel como instituição formadora. Entre os desafios, destacam-se a escassez de profissionais, lentidão nos trâmites de credenciamento e a insuficiência de recursos financeiros. A experiência demonstrou a importância de articulação institucional, planejamento pedagógico e investimento para garantir a sustentabilidade e qualidade das residências.
Conclusões e/ou Recomendações
A implantação do Núcleo foi estratégica para a consolidação da formação em serviço na ESPRN, com impactos na qualificação da assistência e na gestão educacional no SUS-RN. Recomenda-se a criação de políticas de incentivo financeiro para garantir a sustentabilidade dos programas, bem como o fortalecimento das estruturas institucionais que apoiam a residência como política pública.
INSERÇÃO DE ALUNOS DO ENSINO BÁSICO COMO SUJEITOS, NA MINIMIZAÇÃO DO AEDES AEGYPTI, ATRAVÉS DE ABORDAGEM GEOGRÁFICA
Pôster Eletrônico
1 Professor do Departamento de Geografia, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava, PR.
2 Pós-graduando do Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava, PR.
Período de Realização
O período de realização da experiência aqui relatada foi de 01/11/2022 a 30/04/2025
Objeto da experiência
O objeto da experiência foi a inserção de escolares na minimização dos focos do mosquito Aedes aegypti, em Guarapuava, Paraná.
Objetivos
O objetivo geral foi inserir escolares como sujeitos na minimização do Aedes aegypti. Especificamente procurou-se: a) localizar onde tinha ou existia a possibilidade de haver o transmissor da dengue; b) geocodificar o que foi localizado; c) mapear o geocodificado; d) disponibilizar o mapa.
Descrição da experiência
Na experiência foram localizados endereços onde tinha ou existia a possibilidade de haver o transmissor da dengue. O endereço convencional foi geocodificado, no Aplicativo Planilhas da Google, com o complemento Geocode da Awesome, sendo transformado em coordenada geográfica. Pelas coordenadas produziu-se o mapeamento, pelo aplicativo Mapas, da Google, sendo aquele disponibilizado como arquivo em meio digital.
Resultados
Os resultados foram: a produção do mapa pelos escolares, com o auxílio de professores, sendo possível visualizar espacialmente as ocorrências do Aedes aegypti; o domínio da técnica de produção do mapa; a produção de armadilha para capturar o mosquito, a produção de minilaboratório para observar o ciclo de vida do inseto; a produção de história em quadrinhos.
Aprendizado e análise crítica
Quanto ao aprendizado, o mesmo ocorreu a contento, em especial por conta da inserção participante dos escolares.
Conclusões e/ou Recomendações
Com a experiência concluiu-se que a participação foi essencial para que ocorresse o aprendizado significativo dos escolares. Ainda, o uso de aplicativos gratuitos e de fácil manuseio contribuiu para a execução do trabalho, o mesmo ocorrendo com a armadilha o minilaboratório, sendo estes dois itens construídos com material reciclável, que no caso foram recipientes plásticos, papelão, cola, água e arroz.
EXPANSÃO DE PROGRAMAS DE RESIDÊNCIAS EM ÁREAS ESTRATÉGICAS NA PERSPECTIVA DA EQUIDADE TERRITORIAL: A SAÚDE DO CAMPO, FLORESTAS E ÁGUAS ENQUANTO SUS-ESCOLA
Pôster Eletrônico
1 Universidade de Brasilia - UNB
2 UFBA
3 Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde do Ministério da Saúde (SGTES/MS)
Período de Realização
A presente experiência ocorreu entre abril e agosto de 2024
Objeto da experiência
Expansão dos Programas de Residência Médica e em Área Profissional da Saúde (multiprofissionais) em Saúde do Campo, Floresta e Águas no âmbito do SUS.
Objetivos
Apresentar o percurso de um relato de experiência frente ao processo de apoio à criação de programas de residências nas realidades do campo, floresta e águas para o SUS, na perspectiva da equidade.
Descrição da experiência
A iniciativa conduzida pelo Ministério da Saúde ocorreu a partir do: 1. Reconhecimento da necessidade de expansão de programas a partir de relatórios de conferências e reivindicações de movimentos sociais; 2. Mapeamento de Instituições de Ensino Superior (IES) com interesse em implementar programas; 3. Construção de oficinas junto a experiências pilotos da saúde do campo, florestas e águas; 4. Apoio institucional para a criação e credenciamento dos projetos políticos pedagógicos.
Resultados
A experiência demonstra impacto positivo frente ao processo de indução para criação de programas em área profissional (multiprofissionais) e ano adicional (R3) para a medicina de família e comunidade. As instituições de ensino puderam construir seus projetos à luz da realidade territorial. Foram credenciados em 2024, 05 projetos na área profissional e 05 ano adicional de medicina de família e comunidade pelo MEC, apontando perspectivas de um número maior de especialistas formados por ano.
Aprendizado e análise crítica
Entre 2015 e 2023 eram apenas 02 (dois) programas de residências com essa ênfase em todo o Brasil. A partir da parceria firmada entre IES, Governo Federal e Movimentos sociais, hoje soma-se 12 projetos em torno de uma rede colaborativa com diversos programas de residências médicas e multiprofissionais em todas as regiões do país. Ofertando opções formativas que possibilitem inserção contextualizada de profissionais de saúde em territórios rurais, assentamentos, quilombos, indígenas e de pesqueiro.
Conclusões e/ou Recomendações
Entre desafios e conquistas apontamos o rompimento gradual de processos formativos urbanocentrados que insistem em formar profissionais apenas nas cidades, a partir de atores engajados com um projeto de formação popular para o SUS. Por outro lado, o desafio maior tem sido encontrar IES que aceitem o desafio estrutural, logístico e político para implementação destes programas, sabe-se que a sustentabilidade dos programas requer apoio contínuo.
MAPEAMENTO PARA AUXILIAR NA MINIMIZAÇÃO DO AEDES AEGYPTI, ATRAVÉS DE ABORDAGEM GEOGRÁFICA, COM UTILIZAÇÃO DO QGIS
Pôster Eletrônico
1 Professor do Departamento de Geografia, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava, PR.
2 Pós-graduando do Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava, PR
Período de Realização
O período de realização da experiência aqui relatada foi de 01/11/2022 a 30/04/2025
Objeto da experiência
O objeto da experiência é o mapeamento com o QGIS, para a minimização dos focos de onde existiam os criadouros do mosquito Aedes aegypti, em Guarapuava, Paraná
Objetivos
O objetivo geral foi mapear onde tinha ou existia a possibilidade de haver o Aedes aegypti, tendo por base os levantamentos efetuados pela secretaria municipal de saúde de Guarapuava. Especificamente procurou-se: a) geocodificar os endereços; b) mapear; c) disponibilizar o mapa.
Descrição da experiência
Na experiência os endereços convencionais foram geocodificado, no Aplicativo Planilhas da Google, com o complemento Geocode da Awesome, sendo transformados em coordenadas geográficas. Pelas coordenadas produziram-se mapas, pelo aplicativo QGIS, sendo aqueles disponibilizados.
Resultados
Os resultados foram: a produção de mapeamento pelo QGIS, propiciando visualizar espacialmente as ocorrências do Aedes aegypti; o domínio da técnica de produção do mapa; possibilidades de direcionar de modo mais adequado as ações para minimizar o Aedes aegypti.
Aprendizado e análise crítica
Quanto ao aprendizado, o mesmo ocorreu a contento, em especial por conta da inserção de atividades através do sistema de informação geográfica (SIG) QGIS, junto aos alunos de graduação e pós-Graduação.
Conclusões e/ou Recomendações
Com a experiência concluiu-se que o QGIS se comportou como um bom SIG, pois além de gratuito, contribuiu para a execução do trabalho.
VIVÊNCIA IMERSIVA DE DISCENTES DE SAÚDE COLETIVA NO COTIDIANO DA ESF: ENTENDENDO O PAPEL DO SANITARISTA NA GESTÃO NA APS
Pôster Eletrônico
1 UEPA
Período de Realização
A visita técnica foi realizada no dia 23 de outubro de 2024, através de uma narrativa cartográfica.
Objeto da experiência
Narrar a vivência de graduandos de saúde coletiva da Universidade do Estado do Pará, no contexto da Estratégia Saúde da Família (ESF).
Objetivos
Promover aos discentes do curso de Saúde Coletiva a imersão do cotidiano da ESF e o papel do sanitarista na gestão na Atenção Primária à Saúde, bem como ampliar a compreensão sobre as redes de atenção à saúde e revelar a relevância da APS como coordenadora das linhas de cuidado.
Metodologia
Os graduandos de saúde coletiva foram guiados por todo o estabelecimento podendo presenciar as rotinas de cada setor e acolhimento desde a entrada até a saída do local. Observou-se a infraestrutura e ambiência proporcionada aos usuários, disponibilizando segurança e apoio para quem procurasse, com sala de espera e informações expostas com horário de atendimento e serviços ofertados. Além da oportunidade de uma roda de conversa com a gerente para compreender melhor o funcionamento da unidade.
Resultados
A visita técnica possibilitou aos discentes conhecer a estrutura física, os serviços oferecidos aos usuários e o funcionamento da USF. A atividade permitiu observar a organização da atenção ofertada e os programas desenvolvidos, além de apresentar o papel dos profissionais e da gestão na unidade, destacando a importância da realização de atividades como essa durante a graduação, que os aproxime da realidade dos serviços de saúde, contribuindo para uma formação mais humanizada e qualificada.
Análise Crítica
A visita técnica à USF expôs os desafios e potencialidades da Atenção Básica, como a gestão, as deficiências estruturais e o esforço da equipe em manter o atendimento humanizado. Evidencia-se a importância do contato direto com o território para a formação crítica de futuros sanitaristas, pois estimula a reflexão crítica, fortalece o entendimento sobre o SUS e desenvolve habilidades E competências essenciais para a atuação ética, estratégica e comprometida com a melhoria da saúde pública.
Conclusões e/ou Recomendações
A visita à USF proporcionou aos discentes uma vivência enriquecedora, possibilitando a compreensão prática da atuação na APS. A experiência enfatizou o papel essencial da gestão, da estrutura e do cuidado humanizado na qualidade das ações e serviços ofertados, evidenciando a importância da formação crítica, empática e comprometida dos futuros profissionais da saúde coletiva, preparados para fomentar o SUS.
AÇÃO INTERDISCIPLINAR DE ENSINO, SERVIÇO E COMUNIDADE: IMPLEMENTANDO O PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA NO “DIA DA FAMÍLIA”.
Pôster Eletrônico
1 UEPA
Período de Realização
O planejamento foi durante a disciplina “Economia em saúde” e a prática no dia 16 de maio de 2025.
Objeto da experiência
Projeto de extensão com interface interdisciplinar e intersetorial em uma comunidade escolar de Belém, no Pará.
Objetivos
Descrever a experiência exitosa de ação preventiva interdisciplinar em saúde, realizada por graduando de Saúde Coletiva em escola pública, com foco na gestão e articulação, destacando elementos essenciais para a prática no contexto da saúde. Além de fortalecer o Programa Saúde na Escola (PSE).
Descrição da experiência
A ação ocorreu em uma escola pública e envolveu o planejamento utilizando o método do PES, a execução e a avaliação por meio da Matriz SWOT. A interdisciplinaridade alinhou a ação às demandas do público-alvo, formado por alunos, pais/responsáveis, professores e colaboradores, de diversas faixas etárias. Ofertou-se rastreamento para o Hiperdia, educação em saúde sobre bullying, TEA, saúde mental e vocal, prevenção e testagem para ISTs, práticas integrativas em saúde e feira vocacional.
Resultados
A ação envolveu 338 participantes, destacando a importância de parcerias entre escola, universidade e unidade de saúde para a promoção e prevenção em saúde. O apoio da gestão escolar e a colaboração da UBS, com o fornecimento de insumos, foram decisivos. Os 64 graduandos aplicaram conhecimentos teóricos, vivenciando a realidade do SUS e contribuindo diretamente para o fortalecimento do PSE, que visa promover a saúde e melhorar o desempenho dos estudantes por meio de ações em saúde nas escolas.
Aprendizado e análise crítica
Atuar na comissão organizadora oportunizou vivenciar a curricularização da gestão, base da graduação em Saúde Coletiva da UEPA. Tratou-se de um exercício de gestão em saúde, com articulações intersetoriais para viabilizar insumos junto a universidade, escola e a Unidade Básica de Saúde do território. Porém, por meio da aplicação da matriz SWOT evidenciou-se nós críticos no planejamento com falhas na comunicação, na ação com desistência de outras graduações e gargalos no fluxo do público.
Conclusões e/ou Recomendações
As fortalezas da experiência expressas na condução democrática da docente, na disponibilidade da escola e na capacidade organizacional dos alunos para ajustar o planejamento e adaptar-se frente às ameaças e oportunidades, afirma o profissional sanitarista como indispensável para a gestão em saúde, com sua formação apoiada em extensões como a relatada. Todavia, deve-se fortalecer o PSE e sua interface com as universidades como estratégicas.
CURRICULARIZAÇÃO DA GESTÃO NA APS EM PÓS-GRADUAÇÃO: FORMAÇÃO PARA A COMPLEXIDADE DO SUS E FORTALECIMENTO DA ARTICULAÇÃO ENSINO-SERVIÇO
Pôster Eletrônico
1 ENSP/FIOCRUZ
2 Secretaria Municipal de Saúde/RJ
3 Universidade Castelo Branco
Período de Realização
Janeiro de 2024 a junho de 2025, em uma pós-graduação lato sensu em Gestão em Saúde na APS
Objeto da experiência
Formação em gestão em saúde na APS por meio da integração entre teoria, prática e metodologias ativas no currículo.
Objetivos
Relatar a experiência da curricularização da gestão em saúde em um curso de pós-graduação voltado à Atenção Primária à Saúde, visando desenvolver competências críticas e sistêmicas para atuar frente à complexidade e intersetorialidade do SUS.
Descrição da experiência
A experiência foi realizada em um curso de especialização em Gestão em Saúde na APS, ofertado por uma instituição privada de ensino superior no Rio de Janeiro. A proposta curricular integrou conteúdos como redes de atenção, planejamento, liderança, indicadores, financiamento, entre outros, utilizando metodologias ativas e inserção nos territórios do SUS. O enfoque crítico e prático permitiu vivência concreta da gestão como produção do cuidado.
Resultados
A formação ampliou a visão crítica sobre a gestão pública, superando a lógica tecnocrática. Os pós-graduandos relataram maior capacidade de leitura do território, planejamento das ações, articulação com equipes e uso estratégico de dados. A abordagem fortaleceu o vínculo entre gestão e cuidado, contribuindo para maior efetividade na atuação em rede.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou a importância de formar gestores com pensamento sistêmico, capazes de articular diferentes dimensões da APS. A presença nos territórios revelou que a gestão exige escuta, negociação e análise crítica. A integração ensino-serviço se mostrou fundamental para consolidar a gestão como campo estratégico do SUS.
Conclusões e/ou Recomendações
A curricularização da gestão em saúde na APS fortalece o SUS ao qualificar profissionais críticos, reflexivos, comprometidos com a qualidade gerencial e assistencial e com a integralidade do cuidado. Recomenda-se ampliar essa estratégia em cursos de graduação e pós-graduação, valorizando metodologias ativas, inserção prática, corpo docente qualificado e a gestão como eixo estruturante da formação em saúde.
EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL: PLANEJANDO UMA OFICINA PARA ATORES-CHAVE DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA DE RECIFE, PERNAMBUCO
Pôster Eletrônico
1 UFPB
Período de Realização
As oficinas de planejamento aconteceram entre os meses de março e junho de 2025.
Objeto da experiência
Educação Interprofissional (EIP) e trabalho colaborativo (TC) nos espaços de formação da Residência Multiprofissional em Saúde da Família (RMSF).
Objetivos
Descrever o planejamento de uma oficina intitulada “Educação Interprofissional na Atenção Primária à Saúde”, que tem como objetivo a formação de residentes, profissionais e gestores para potencializar o trabalho interprofissional e colaborativo na Estratégia Saúde da Família de Recife, PE.
Descrição da experiência
O planejamento embasou-se no referencial da EIP e do TC. Participaram preceptores, tutores, gestores e residentes do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família, inseridos no Distrito Sanitário I de Recife/PE. Os encontros mensais aconteceram durante o planejamento estratégico para o trabalho interprofissional e colaborativo, de uma pesquisa maior. Os dados foram coletados por meio da observação participante e registrados em diários de campo.
Resultados
Foi definido pelo grupo a organização de uma oficina em EIP a ser ofertado pela Escola de Saúde do Recife (ESR) a todos atores-chave da RMSF. Acontecerá no formato híbrido, com espaços presenciais (sala de aula) e virtuais (AVA da ESR), entre agosto e outubro/25, duração de 40 horas, utilizando metodologias ativas. Os seguintes temas serão abordados: Importância da EIP; TC e a Colaboração na ESF; gestão de agenda; potencialidades e fragilidades do trabalho em equipe; Competências para EIP e TC.
Aprendizado e análise crítica
Através da organização e oferta desta oficina a todos atores envolvidos, pretende-se: promover e fortalecer a EIP; sensibilizar os profissionais ao TC; potencializar o TC e interprofissional na ESF; estimular o compartilhamento e troca de saberes; promover o aprendizado sobre e com o outro; aumentar os indicadores e metas do trabalho em equipe; qualificar o cuidado e a gestão do processo de trabalho com base na integralidade e resolutividade.
Conclusões e/ou Recomendações
Espera-se, com este relato de experiência, disseminar as potencialidades da construção coletiva de uma oficina em Educação Interprofissional, considerando diferentes perspectivas e olhares sobre temas transversais na formação em Saúde, além de fortalecer a formação dos residentes no SUS e para o SUS.
USOS TERAPÊUTICOS DA CANNABIS: EXPERIÊNCIA DE DISCIPLINA ELETIVA PARA INTRODUÇÃO DO CONTEÚDO NA GRADUAÇÃO EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UNESP
2 UNICAMP
3 UNB
4 UNIFESP
Período de Realização
A disciplina eletiva foi realizada no primeiro semestre de 2024, entre os meses de abril e junho.
Objeto da experiência
Projeto pedagógico para introdução de conteúdo relativo aos usos terapêutico da cannabis no ensino em saúde, em nível de graduação
Objetivos
Introduzir conteúdo relativo aos usos terapêuticos da cannabis na graduação médica. Contemplar aspectos históricos, políticos, sociais, jurídicos, fisiológicos, farmacêuticos e clínicos na abordagem do tema. Elaborar um projeto pedagógico para superar a lacuna de conhecimentos no ensino em saúde.
Descrição da experiência
A disciplina “Introdução ao sistema endocanabinoide e aos usos terapêuticos da Cannabis” foi ofertada a estudantes do terceiro ano da graduação médica. A proposta pedagógica partiu de aspectos etnobotânicos, históricos e políticos dos usos terapêuticos da planta, seguido da apresentação do sistema endocanabinoide, da planta e seus compostos de reconhecido potencial terapêutico, farmacodinâmica, definição de qualidade e acesso aos produtos. Finalmente, casos clínicos foram descritos e discutidos.
Resultados
A disciplina contou com boa adesão por parte dos estudantes, com uma demanda de vagas adicionais, sugerindo haver interesse discente acerca dos temas propostos. O desenvolvimento do conteúdo se deu a partir de perspectiva multidisciplinar, com a participação de bioeticistas, neurocientistas, juristas, médicos psiquiatras e sanitaristas. A pertinência da introdução do conteúdo na formação profissional, no nível da graduação foi destacada pelo corpo discente ao final do curso.
Aprendizado e análise crítica
Em 2024, cerca de 672 mil pessoas fizeram uso terapêutico de cannabis no Brasil. Entretanto, a presença de conteúdo relativo ao sistema endocanabinóide e o potencial terapêutico da planta ainda é baixa na formação profissional em saúde, resultando em comprometimento da capacidade de responder com qualidade à demanda e barreiras de acesso ao tratamento pela população. Introduzir o conteúdo na formação profissional é uma necessidade incontornável para garantia de acesso e segurança no tratamento
Conclusões e/ou Recomendações
Apesar dos avanços na regulamentação dos usos terapêuticos da Cannabis observados na última década, a crescente demanda da população brasileira por essa ferramenta terapêutica encontra na capacitação profissional uma barreira de acesso. A introdução do tema na formação em saúde é imprescindível e deve ser multidisciplinar, atentando aos aspectos históricos, políticos e sociais que permeiam o banimento e a relegitimação dos usos da planta.
CURSO PARA APOIADORES INSTITUCIONAIS EM EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA À LUZ DOS/DAS CURSISTAS
Pôster Eletrônico
1 Superintendência de Saúde da Região de Fortaleza
2 Universidade Estadual do Ceará
3 Escola de Saúde Pública/ESP-CE
4 Secretaria de Saúde de Aquiraz
5 Superintendente Regional do Sertão Central - SRCEN
6 Escola de Saúde Pública/ESP-CE e Secretaria da Saúde do Ceará
7 Escola de Saúde Pública do Ceará
8 Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto
Período de Realização
02 a 06 de junho de 2025
Objeto da experiência
Curso de Apoiador Institucional em Educação Permanente em Saúde realizado pela Escola de Saúde Pública do Ceará e a Rede Saúde Escola do Ceará (RESE).
Objetivos
Relatar a experiência dos/das cursistas, com análise crítica e foco na percepção sobre a organização do curso, qualidade e pertinência dos materiais didáticos, metodologias de ensino empregadas, conteúdos teóricos trabalhados e estratégias de aprendizagem adotadas no processo formativo.
Descrição da experiência
O curso foi desenvolvido como estratégia de formação para apoiadores institucionais da Política Estadual de Educação Permanente em Saúde no Ceará. O material didático, elaborado pela equipe do Projeto RESE da ESP/CE, utilizou metodologias como exposição dialogada, roda de conversa, estudo de caso, dinâmicas, vivências, trabalho em grupo, ensino no ambiente de trabalho, exibição de vídeos e círculos de cultura.
Resultados
Participaram 15 cursistas, os quais demonstraram, ao longo do curso, apropriação da competência proposta pela atividade formativa de implementar a Política Estadual de Educação Permanente em Saúde nos municípios e regiões de saúde do Ceará. Destacam-se a consistência teórico-metodológica, a articulação entre teoria e prática nos territórios, as vivências significativas, o acolhimento cultural e o material didático estruturado, que fortaleceram o papel dos apoiadores institucionais.
Aprendizado e análise crítica
A Política Estadual de Educação Permanente em Saúde adota como estratégia a instituição da RESE, composta pelos Núcleos Municipais e Regionais de Educação Permanente em Saúde. A atuação dos apoiadores institucionais nas cinco regiões de saúde do Ceará baseia-se no Método Paidéia, que valoriza a escuta, o diálogo e a construção coletiva. O curso fortaleceu a educação no território como eixo transformador do SUS, mediando formulação e execução da política.
Conclusões e/ou Recomendações
O curso evidenciou a relevância dos(as) apoiadores(as) institucionais na articulação entre teoria e prática, favorecendo a integração entre a práxis e a transformação crítica e participativa no SUS. Consolidou-se que a atuação do apoiador institucional contribui para qualificar a Educação Permanente em Saúde nos territórios, ao facilitar diálogos, mediar conflitos e ampliar reflexões nos processos de trabalho, de forma sinérgica e integrada.
RESIDÊNCIA DE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE: A TUTORIA DE NÚCLEO EM GRUPO COMO APOIO E ESPAÇO DIALÓGICO
Pôster Eletrônico
1 Prefeitura Municipal de Campinas
Período de Realização
No período de março de 2024 a fevereiro de 2025 na cidade de Campinas/SP
Objeto da experiência
Foram realizados encontros de tutoria em grupo com residentes dos diferentes anos do Programa Mais Médicos Campineiro (PMMC).
Objetivos
relatar a experiência da tutoria de núcleo realizada em grupo para os residentes do Programa Mais Médicos Campineiro (PMMC) no distrito sudoeste do Município de Campinas/SP.
Descrição da experiência
Foram realizados encontros semanais com duração de 120 minutos, inspirados pela metodologia ativa, com 13 residentes, primeiro (R1) e segundo ano (R2), alocados em diferentes centros de saúde do Distrito Sudoeste do Município de Campinas/SP. Os encontros eram organizados para discussão de temas previamente definidos pelos alunos, bem como para discussão de casos, avaliação dos campos de estágio e mediação de conflitos institucionais e entre os pares.
Resultados
O espaço de grupo tornou-se um lugar de aprendizado contínuo e acolhimento. Observa-se que o espaço de tutoria foi sendo utilizado para compartilhamento das dificuldades teórico-práticas, experiências que acontecem nos diferentes centros de saúde, relações interpessoais incluindo a gestão, desafios enfrentados na responsabilidade da tomada de decisões. Além disso, o espaço grupal parece fortalecer as relações entre os pares, bem como o estreitamento das relações entre residentes e tutora.
Aprendizado e análise crítica
Diante dos desafios encontrados na rotina das unidades básicas de saúde, o momento da tutoria em grupo, rapidamente é capturado pelo cansaço, angústias e impotências postas pela realidade vivenciada pelos residentes.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência realizada com os residentes do Programa Mais Médicos Campineiro (PMMC) no distrito sudoeste, possibilitou a troca de saberes, o fortalecimento do ensino democrático e a emancipação dos alunos.
GESTÃO DA APRENDIZAGEM E EDUCAÇÃO PERMANENTE NA SAÚDE SUPLEMENTAR: ESTRATÉGIAS DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM UMA OPERADORA DE AUTOGESTÃO
Pôster Eletrônico
1 Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil - CASSI
Período de Realização
Fevereiro de 2020 a junho de 2025, com ações contínuas planejadas e realizadas mensalmente.
Objeto da experiência
A atuação do Núcleo de Educação Permanente (NEP) em uma autogestão, com foco no planejamento e monitoramento de indicadores de práticas educativas.
Objetivos
Apresentar as estratégias desenvolvidas pelo NEP, visando fortalecer a cultura da educação permanente, promover o desenvolvimento profissional contínuo, qualificar os processos de trabalho e alinhar as práticas às necessidades da equipe e da instituição.
Descrição da experiência
As ações incluíram a divulgação mensal de trilhas pedagógicas alinhadas ao perfil dos profissionais, tanto em plataformas virtuais abertas como em contratadas; sensibilização sobre a educação permanente; monitoramento de indicadores, como hora-treinamento, para acompanhamento e apoio à tomada de decisão. A proposta combinou oferta formativa, gestão do conhecimento, e contato personalizado com cada colaborador, objetivando o desenvolvimento profissional e fortalecimento dos processos de trabalho.
Resultados
As ações do NEP ampliaram o acesso às ofertas formativas, fortaleceram a cultura da educação permanente e geraram maior alinhamento entre práticas e necessidades dos serviços. O monitoramento favoreceu ajustes no planejamento e estimulou o protagonismo dos trabalhadores. A atuação do NEP contribuiu para manter, nos últimos três anos, mais de 90% dos colaboradores com resultado superior à 30h de hora-treinamento/ano, alcançando 96% em 2024, o melhor resultado da série histórica.
Aprendizado e análise crítica
O trabalho do NEP é fundamental para o fortalecimento da educação permanente na autogestão. A construção de trilhas formativas, aliada ao levantamento de necessidades e ao monitoramento de indicadores, favoreceu uma gestão transparente dos resultados. A sensibilização constante dos profissionais mostrou-se essencial para superar os desafios inerentes a carga de trabalho e consolidar a cultura da educação permanente como estratégia de desenvolvimento profissional e institucional.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência mostra que a atuação do NEP, pautada em planejamento, escuta ativa e monitoramento, foi decisiva para os resultados alcançados. Recomenda-se sua continuidade, com investimento em tecnologias educacionais, institucionalização das trilhas formativas e fortalecimento da cultura de aprendizagem como prática estruturante na saúde suplementar.
SAÚDE DA MULHER EM UM SUPERMERCADO: AÇÃO INTERDISCIPLINAR DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO AMBIENTE DE TRABALHO.
Pôster Eletrônico
1 Centro Universitário do Estado do Pará
Período de Realização
A experiência foi realizada no dia 22 de Outubro de 2024.
Objeto da experiência
Prática, em ação interdisciplinar, sobre saúde da mulher, com trabalhadoras de um Supermercado.
Objetivos
Promover uma ação interdisciplinar entre os cursos de Enfermagem, Fisioterapia, Psicologia e Direito para garantir melhoria da qualidade de vida e de trabalho, por meio de discussões sobre temas que permitam a reflexão sobre equidade de gênero e saúde das trabalhadoras.
Descrição da experiência
A ação ocorreu por intermédio entre o Supermercado e o Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde (PET-Saúde), em que as autoras promoveram uma palestra às trabalhadoras de um Supermercado, gerando discussões acerca da equidade de gênero e seus desdobramentos na saúde mental, saúde da mulher em diferentes etapas da vida e orientações sobre ergonomia no ambiente de trabalho. Também foram distribuídas cartilhas sobre prevenção do câncer de mama e colo de útero.
Resultados
Com a apresentação das temáticas centrais, as participantes da ação relataram dúvidas e experiências que apontam a divergência entre o que foi apontado como direitos básicos que deveriam ser garantidos e a realidade em suas rotinas laborais. Algumas sugeriram que a palestra fosse conduzida com os gestores do Supermercado, fazendo com que eles tenham acesso ao que foi pontuado e possam discutir, em conjunto, quais práticas devem ser aplicadas naquele ambiente.
Aprendizado e análise crítica
O conhecimento sobre seus direitos e práticas de cuidado em saúde são fundamentais para melhoria de qualidade de vida e trabalho. Entretanto, as práticas voltadas para aumento do lucro empresarial negligenciam diretamente as condições de trabalho dessas mulheres, marginalizando suas demandas pessoais e ignorando seus direitos, visando o enriquecimento de proprietários e fortalecendo o sistema neoliberal para sustento de uma desigualdade social que garanta o distanciamento de uma realidade social equânime.
Conclusões e/ou Recomendações
Percebe-se que no Supermercado em questão as ações que promovem discernimento sobre condições mínimas e necessárias à prática laboral são pontuais e provém de parcerias externas. Acredita-se que é importante o treinamento da gestão e funcionários para que eles possam entender seus direitos e reivindicá-los, além da intervenção de órgãos estatais para fiscalização e regularização desses direitos que deveriam ser garantidos por lei.
FORMAÇÃO POPULAR EM SAÚDE: A EXPERIÊNCIA DA TURMA SEBASTIÃO REGO DO AGPOPSUS – ANEPS NÚCLEO PR - LONDRINA
Pôster Eletrônico
1 ANEPS
2 ASSEMPA
3 CES PARANA
4 UEL
5 CMP
Período de Realização
fevereiro a julho de 2025
Objeto da experiência
Formação de agentes populares de saúde com base na educação popular, especialmente em territórios da zona sul do município de Londrina (PR)
Objetivos
Ativar e Fortalecer o protagonismo popular por meio da formação política e vivencial de agentes populares de saúde, estimulando a participação popular, a defesa do SUS e o enfrentamento das desigualdades sociais a partir da realidade territorial vivida pela comunidade.
Descrição da experiência
A Turma Sebastião Rego faz parte de um programa de formação de educadores populares de saúde em Londrina, promovido pela ANEPS-PR, Fiocruz e Ministério da Saúde. A formação inclui encontros mensais e atividades comunitárias, utilizando a Educação Popular em Saúde. A turma homenageia Sebastião Rêgo, um ativista negro local, e busca valorizar as práticas populares e o SUS. Participam líderes comunitários, universitários e jovens de áreas periféricas.
Resultados
Estão sendo formados 20 educandos e mais de 80 participantes em ações comunitárias. Os resultados incluem fortalecimento da identidade territorial, resgate de saberes em saúde, produção de materiais autorais e articulação com movimentos sociais, gerando impacto positivo na autoestima e capacidade crítica da comunidade.
Aprendizado e análise crítica
A experiência mostrou como a educação popular pode transformar a formação de sujeitos políticos em saúde. Revelou limites das políticas públicas e fortalezas do trabalho coletivo e da escuta. Desafios incluíram falta de recursos e necessidade de sensibilização das equipes de saúde. A formação incentivou o diálogo entre saberes científicos e populares, desafiando hierarquias e promovendo práticas emancipatórias de cuidado.
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se aumentar as políticas públicas que reconhecem os agentes populares como essenciais na construção do SUS. A experiência mostra que programas formativos nas comunidades ajudam a fortalecer a participação social, a promoção da saúde e a mudança da realidade local. É importante o apoio institucional, político e financeiro para iniciativas como o AGPOPSUS.
A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NAS PRÁTICAS DO CUIDADO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE – CONTRIBUIÇÕES DA ECOLOGIA INTEGRAL
Pôster Eletrônico
1 UERJ
Período de Realização
Compreende as ações extensionistas desenvolvidas entre janeiro de 2023 a dezembro de 2024.
Objeto da experiência
Desafios na produção do cuidado a grupos populacionais específicos na atenção primária da cidade do Rio de Janeiro, a luz da ecologia integral.
Objetivos
Busca-se com esse trabalho refletir sobre as experiências de intervenção na produção do cuidado na atenção primária carioca, a partir do diálogo sobre as práticas de cuidado a grupos populacionais específicos, partindo de uma ecologia de saberes mediada pela Educação Popular em Saúde.
Descrição da experiência
Desafios enfrentados por estudantes de graduação e residência em Enfermagem, no cenário de ensino prático na APS, em uma região de saúde da cidade do Rio de Janeiro. Tal cenário se caracteriza pela presença de territórios peculiares, sob a lógica de cuidado da Estratégia Saúde da Família. Dentre os grupos populacionais de interesse, podemos destacar uma comunidade indígena urbana, um dos mais antigos redutos de prostituição do Brasil, e uma concentração crescente de moradores em situação de rua.
Resultados
O processo de revisitar a atenção à saúde, construído junto aos trabalhadores e usuários da unidade de saúde, tem possibilitado ampliar o olhar sobre o cuidado, de forma a reconhecer suas nuances, singularidades e aplicabilidade a cada segmento populacional, ressignificando as práticas e reconhecendo suas identidades. Um conjunto de recomendações e atitudes têm sido propostas e, incorporadas ao serviço, tanto quanto servido de orientador ao percurso formativo dos estudantes que ali se inserem.
Aprendizado e análise crítica
As ações extensionistas advindas do projeto buscam relativizar os desafios, mostrando que ora avançam-se as discussões e novas consciências são tomadas, de modo a possibilitar a construção de estratégias de enfrentamento, mas que ora a proposta se inviabiliza por forças contrárias, que insistem em permanecer sem mudanças. É como num caminho acidentado, que por vezes precisamos parar, retirar os obstáculos, sacudir a poeira e retornar a trilha, atentos ao melhor momento para atuar.
Conclusões e/ou Recomendações
O aprendizado adquirido tem sido fundamental para o fortalecimento da APS. Destaca-se a relevância de um cuidado integral que abarque múltiplas dimensões da vida e a necessidade de um processo pedagógico contínuo e adaptável aos contextos locais. A colaboração entre diferentes áreas do conhecimento, para além da saúde, mostrou-se essencial no desenvolvimento de respostas sustentáveis, capazes de atender às demandas emergentes das comunidades.
PET- SAÚDE EQUIDADE E OS MARCADORES SOCIAIS DA DIFERENÇA EM DUAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE NA CEILÂNDIA/DF
Pôster Eletrônico
1 Faculdade de Ciências e Tecnologias em Saúde da Universidade de Brasília
2 Secretaria de Saúde do Distrito Federal
3 Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Brasília
Período de Realização
A atividade foi realizada em novembro de 2024.
Objeto da experiência
Intervenção sobre marcadores sociais da diferença realizada por grupo de aprendizagem tutorial em duas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Ceilândia-DF.
Objetivos
Descrever processo de elaboração de dois murais interativos direcionados a profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS), planejados por estudantes e preceptoras de um grupo do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde).
Descrição da experiência
Iniciou-se as atividades do grupo de aprendizagem tutorial com o “Bloco Conceitual”, no qual foram discutidos, por meio de materiais desencadeadores, conceitos-chave, como: identidade social; diferença e desigualdade; marcadores sociais; interseccionalidade; interculturalidade; equidade e ética. No final, os estudantes foram orientados a elaborar um produto a respeito dos conceitos abordados a ser empregado na UBS de atuação da respectiva preceptora.
Resultados
Os estudantes optaram pela elaboração de murais interativos que foram fixados em duas UBS de Ceilândia, Região Administrativa mais populosa de Ceilândia. Um dos murais conduziu os profissionais à reflexão sobre sua própria identidade. Uma fotografia do profissional vinha acompanhada, em seu interior, de uma autodescrição. O segundo mural abordou, com apoio de um relato de caso, como os marcadores sociais fazem parte do
cotidiano das pessoas, sendo por vezes determinantes para seus afetos e dores.
Aprendizado e análise crítica
A 11ª edição do PET-Saúde, cujo tema norteador é a equidade, teve início em 2024 e, pela primeira vez, estabeleceu a obrigatoriedade de participação de estudantes de outras áreas do conhecimento, além da saúde. A intervenção foi realizada por um grupo de aprendizagem do PET-Saúde: Equidade responsável por ações sobre diversidade étnica e combate ao racismo. A problematização a respeito dessas temáticas ganha robustez com essa composição interdisciplinar.
Conclusões e/ou Recomendações
Os murais interativos serviram como um disparador inicial para a discussão de temas densos, mas intrínsecos às atividades de um profissional da APS. Os murais não foram feitos sem desafios, pelo contrário, mas acredita-se que contribuíram para a formação de futuras trabalhadoras do Sistema Único de Saúde, incorporando nos processos formativos as temáticas de equidade, identidade, raça e etnia.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM ADOLESCENTES: REFLEXÃO SOBRE A PREVENÇÃO DO USO ABUSIVO DE SUBSTÂNCIAS
Pôster Eletrônico
1 Universidade de São Paulo - USP
2 Universidade de São Paulo - USP
Período de Realização
A experiência foi desenvolvida entre 19 de março de 2025 a 4 de junho de 2025.
Objeto da experiência
Adolescentes do nono ano do Ensino Fundamental de um Centro de Ensino Unificado (CEU) da Zona Leste do município de São Paulo.
Objetivos
Produzir materiais educativos para reflexão sobre prevenção do uso abusivo de substâncias.
Descrição da experiência
Ação articulada aos ODS 3 Saúde e Bem-Estar da ONU, que propõe “Reforçar prevenção e tratamento do abuso de substâncias, incluindo o abuso de drogas entorpecentes e uso nocivo do álcool”. Foi criado vídeo e jogo educativo para adolescentes. O conteúdo abordou aspectos culturais do uso de substâncias, características das substâncias e importância da rede de apoio constituída por família, amigos, escola e serviços de saúde para pessoas em situação abuso de substâncias
Resultados
Foi construído um vídeo de 5 minutos e um jogo contendo cartões e uma trilha. Participaram 23 alunas e alunos (sendo uma aluna PcD e um aluno neurodivergente) do 9º ano do Ensino Fundamental do CEU, localizado na Zona Leste de São Paulo. Após as atividades foi aplicado um questionário de avaliação. A atividade foi avaliada como satisfatória, o conteúdo compreendido e o tema considerado relevante. Sugeriram maior duração do vídeo e redução do número de questões do jogo.
Aprendizado e análise crítica
A experiencia é parte do conteúdo extensionista da disciplina Resolução de Problemas I, com participação de discentes de Lazer e Turismo e Obstetrícia e permitiu articular teoria e prática, tendo como referência os ODS. Foi possível já no início da graduação, realizar atividade prática com a comunidade, com uso de metodologias ativas e componentes lúdicos adequados à faixa etária, com adoção de postura horizontal e dialógica no contato com as/os adolescentes.
Conclusões e/ou Recomendações
A ação de educação em saúde mostrou-se ferramenta importante no contexto escolar, destacando a importância de incluir abordagens que considerem a diversidade sociocultural dos estudantes, o diálogo e a inclusão para fomentar o pensamento crítico. Consideramos importante a aproximação da universidade com as escolas para o desenvolvimento de ações de educação em saúde.
COORDENADORIA DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL: UMA ESTRATÉGIA PARA PERMANÊNCIA UNIVERSITÁRIA
Pôster Eletrônico
1 Universidade Estadual do Ceará
Período de Realização
A experiência ocorreu de junho de 2024 a junho de 2025.
Objeto da experiência
Ações de uma Coordenadoria de Assistência Estudantil (CAE) de um campus universitário do interior do Ceará.
Objetivos
Relatar a experiência de uma coordenadoria de assistência estudantil no interior do Ceará.
Metodologia
Trata-se de um relato de experiência de uma CAE. A experiência foi sistematizada a partir das atividades realizadas por docentes dos cursos de Medicina, Biologia e Pedagogia. Foram atendidos estudantes dos cursos de graduação de Biologia, Pedagogia, História, Medicina e Química. A apresentação dos resultados sintetizam as ações realizadas no referido período.
Resultados
A CAE foi institucionalizada em junho de 2024, com o objetivo de colaborar com ações que promovam a permanência dos estudantes na Universidade. As atividades são realizadas sobretudo na dimensão da saúde mental e aspectos sociais. Destacam-se entre elas: acolhimentos; plantão psicológico e acolhimento com psicoterapia breve e focal; estímulo à prática de exercício físico a partir da colaboração na realização dos jogos universitários.
Análise Crítica
Há uma grande demanda relacionada ao adoecimento mental dos estudantes, causado por fatores socioeconômicos, autocobrança e sobrecarga de atividades, seja pelo acúmulo entre trabalho e Universidade, ou pelo acúmulo de atividades extracurriculares. É notável a necessidade de garantir condições para a permanência Universitária, com a necessidade de ampliação de auxílios financeiros, como bolsas estudantis, transporte público e alimentação.
Conclusões e/ou Recomendações
A expansão universitária que ocorreu pela ampliação de ofertas de cursos e de vagas levanta a necessidade de melhoria das condições de permanência estudantil, sobretudo pela mudança do perfil socioeconômico dos estudantes ingressantes, nos últimos anos. Destaca-se ainda a necessidade de que espaços como a CAE, sejam fortalecidos. Nesse sentido, é urgente que uma política pública intersetorial de assistência estudantil seja criada.
DA ATENÇÃO BÁSICA À ALTA COMPLEXIDADE: O PAPEL ESTRATÉGICO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA UFTM PARA A QUALIFICAÇÃO DO CUIDADO EM SAÚDE EM MINAS GERAIS
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Período de Realização
Entre março de 2024 e junho de 2025.
Objeto da experiência
Cenários de prática do Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Saúde da UFTM (PRIMAPS) inseridos nos três níveis de atenção do SUS.
Objetivos
1) Relatar as experiências obtidas a partir da estrutura metodológica do PRIMAPS/UFTM; 2) Refletir sobre a importância da Residência Multiprofissional na construção de interlocuções entre os níveis de atenção do SUS como um caminho possível para a integralidade em saúde.
Metodologia
O PRIMAPS/UFTM é uma pós-graduação lato sensu elaborada na perspectiva do ensino em serviço para profissionais da saúde. O Programa nasceu em 2010, a partir de uma parceria entre a Universidade e o governo municipal de Uberaba - MG para qualificar a saúde da cidade e da região. Atualmente, fazem parte da Residência profissionais da Biomedicina, Enfermagem, Fisioterapia, Nutrição e Psicologia, os quais são inseridos nos Eixos de Concentração de Saúde da Criança, do Adulto ou do Idoso.
Resultados
No primeiro ano, foram experienciados cenários de prática inseridos nos níveis secundários e terciários, incluindo enfermarias hospitalares e ambulatórios de especialidades multiprofissionais. No segundo ano, as atividades estão sendo desenvolvidas no contexto da Atenção Primária, como também em ILPI e centros de assistência social. Já no âmbito da formação teórica, foram exploradas as mais diversas temáticas concernentes à atenção, à gestão e à extensão e pesquisa em saúde.
Análise Crítica
A partir da concepção metodológica do PRIMAPS/UFTM observa-se a possibilidade de construir processos formativos ancorados na compreensão do cuidado integral às necessidades da população, com o estabelecimento de vínculos e acompanhamento dos usuários nas Redes de Atenção à Saúde em que os residentes estão inseridos. Destaca-se também a multiprofissionalidade como facilitadora para o aumento da resolutividade em saúde e da qualificação das ações a partir da integração ensino-serviço-comunidade.
Conclusões e/ou Recomendações
Sendo a Residência em Saúde considerada o padrão-ouro de formação de especialistas, revela-se a importância da construção de projetos político-pedagógicos que explorem os múltiplos cenários de atuação do SUS, de forma articulada entre os níveis de atenção e entre a gestão, com a finalidade de formar profissionais mais qualificados e pautados no princípio da integralidade do cuidado, com vistas à promoção do bem-viver para todos os brasileiros.
SEMINÁRIO SOBRE IMPACTOS DOS EMPREENDIMENTOS DE ENERGIA EÓLICA NOS TERRITÓRIOS: UMA ARTICULAÇÃO NO NORDESTE A PARTIR DE UMA RESIDÊNCIA EM SAÚDE COLETIVA
Pôster Eletrônico
1 IAM/FIOCRUZ
2 UPE
3 FCM/UPE
4 Comunidade Sobradinho
5 IAM/FIOCRUZ; UPE
Período de Realização
A construção e execução da experiência deu-se entre Março e Junho de 2023.
Objeto da experiência
Seminário sobre impactos da implementação e operação de empreendimentos de energia eólica em territórios tradicionais do nordeste brasileiro.
Objetivos
Relatar a experiência de construção do seminário na perspectiva do residente em saúde coletiva, ressaltando sua relevância como estratégia de fortalecimento da articulação entre os movimentos sociais, a sociedade civil e academia, e enquanto processo formativo e pedagógico no âmbito da residência.
Metodologia
O seminário surgiu a partir da atuação da Residência em Saúde Coletiva junto a comunidades rurais afetadas por empreendimentos eólicos. Participaram docentes, pesquisadores e representantes de comunidades afetadas no Nordeste Brasileiro. Foram realizadas mesas virtuais transmitidas ao vivo. Abordou-se o panorama geral do tema, impactos socioambientais, processos de vulnerabilização, cine debate de documentário, momento estratégico de enfrentamento, partilha de mudas, sementes e momento cultural.
Resultados
O seminário representou um amplo espaço de disseminação de informações sobre efeitos de empreendimentos de energia eólica em territórios tradicionais. A participação e protagonismo comunitário foi fundamental para entender tais impactos e suas vulnerabilizações a partir da vivência dos territórios. O evento proporcionou contato e compartilhamento entre comunidades que, apesar de distantes, vivem problemas semelhantes. O momento estratégico de articulação territorial foi um ponto chave do evento.
Análise Crítica
A atividade se baseou na promoção da articulação entre territórios, movimentos sociais e academia. A variedade de atividades e atores permitiu um rico repertório acerca da problemática, que se mostra emergente. O formato online permitiu a participação de pessoas e comunidades de diversos estados, oportunizando a profundidade e amplitude do debate. A articulação entre a sociedade civil, movimentos sociais e academia se mostra potente e fundamental para o enfrentamento de injustiças sociais.
Conclusões e/ou Recomendações
O seminário foi uma experiência pedagógica importante para os residentes no sentido da articulação entre atores, e da importância da valorização da fala das comunidades no contexto acadêmico. A residência em saúde, em sua interface territorial e acadêmica, pode e deve auxiliar na construção e fortalecimento de vínculos e redes entre comunidades, para uma articulação sociopolítica de enfrentamento de processos críticos e injustiças sociais.
O SUS EM SUAS MÚLTIPLAS REALIDADES: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE UMA VIVÊNCIA DO PROGRAMA NACIONAL DE VIVÊNCIAS NO SUS
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal do Triângulo Mineiro
2 Universidade Federal do Espírito Santo
3 Universidade Federal Fluminense
4 Universidade Nove de Julho
Período de Realização
Entre os dias 10 e 17 de abril de 2025.
Objeto da experiência
Programa de vivências formativas no SUS para estudantes e residentes a partir da integração ensino-serviço-comunidade e da participação popular.
Objetivos
Relatar a vivência formativa do Programa Nacional de Vivências no SUS, destacando a imersão territorial como estratégia de articulação entre teoria e prática para o fortalecimento das redes comunitárias e para a compreensão ampliada do cuidado e das políticas públicas de saúde e de proteção social.
Metodologia
A vivência aqui relatada ocorreu no território da Região Metropolitana de Vitória (ES) e contou com a participação de estudantes e residentes em saúde dos 4 estados da Região Sudeste. Ao todo, foram 8 dias de vivência imersiva com uma programação que unia atividades teóricas e práticas que contemplava os três turnos do dia. Adotou-se o método político-pedagógico da Educação Popular em Saúde, o qual favoreceu a construção de espaços formativos ativos, reflexivos e auto-organizados.
Resultados
Foram desenvolvidas atividades teórico-práticas, por meio de rodas de conversa, debates sobre redes de atenção, oficinas de educação popular em saúde e participação social. Os viventes visitaram territórios vivos, como comunidades tradicionais, onde foi possível a troca de saberes populares. Também houve imersão nos serviços de gestão e nos três níveis de atenção à saúde do estado. As atividades foram socializadas por meio de reflexões artísticas e produções de autoria dos próprios viventes.
Análise Crítica
As vivências permitiram uma formação crítica ancorada na escuta ativa, no diálogo com lideranças populares e na imersão em realidades complexas do SUS. Desafios como a adaptação à auto-organização e à horizontalidade das decisões impulsionaram reflexões sobre a rigidez dos modelos tradicionais de ensino. A experiência evidenciou que a participação social e a integração com saberes comunitários são fundamentais para repensar práticas e políticas de saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
O Programa Nacional de Vivências no SUS se mostra como um importante caminho para a reorientação da formação de profissionais da saúde pautada nos princípios do SUS e comprometida com a transformação social no campo da saúde. Ademais, o diálogo propiciado pelas vivências entre os diversos atores envolvidos na saúde revelam a importância de ações intersetoriais para o estabelecimento de um SUS efetivo que atenda às demandas dos brasileiros.
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA PARA FORMAÇÃO DE PRECEPTORES EM SAÚDE: UMA EXPERIÊNCIA NACIONAL NO ÂMBITO DO PROADI-SUS
Pôster Eletrônico
1 HMV
2 SGTES/MS
Período de Realização
Outubro de 2024 a dezembro de 2025
Objeto da experiência
Formação nacional em nível de especialização, tutorada, ofertada a distância e destinada a preceptores de programas de residência em saúde no SUS.
Objetivos
Qualificar profissionais da saúde para o exercício da preceptoria nos programas de residência, por meio de um curso de especialização em modalidade EAD, tutorado, com foco no desenvolvimento de competências pedagógicas, de gestão e pesquisa, em consonância com as diretrizes do SUS.
Descrição da experiência
O curso, desenvolvido no âmbito do PROADI-SUS pela Faculdade de Ciências da Saúde Moinhos de Vento, em parceria com o Ministério da Saúde, é ofertado em modalidade EAD tutorada, com abrangência nacional e carga horária de 360h. Estruturado em três módulos, adota metodologias ativas, objetos de aprendizagem e produtos educacionais aplicados à realidade dos serviços. A primeira edição (2022–2023) formou 947 especialistas. A segunda e a terceira edição estão em andamento com um total de 1600 vagas.
Resultados
A primeira edição do curso certificou 1.119 profissionais de todas as regiões do país em diferentes níveis formativos: 947 com especialização, 60 com aperfeiçoamento (dois módulos) e 112 com qualificação (um módulo). A atual oferta mantém ampla adesão nacional. Os produtos educacionais desenvolvidos pelos alunos vêm demonstrando apropriação crítica dos conteúdos e aplicação efetiva nos cenários de prática da preceptoria, fortalecendo a integração ensino-serviço no SUS.
Aprendizado e análise crítica
A experiência demonstra que a formação em larga escala na modalidade EAD é viável e efetiva, especialmente quando sustentada por mediação pedagógica tutorada e metodologias de aprendizagem significativa. A contextualização baseada em cenários reais de prática, aliada à reflexão crítica, configura-se como estratégia potente para o desenvolvimento de competências em preceptoria nos programas de residência em saúde no âmbito do SUS.
Conclusões e/ou Recomendações
A formação de preceptores por meio da especialização EAD representa uma estratégia relevante e sustentável para a qualificação das residências em área profissional da saúde. Recomenda-se sua continuidade e expansão, com foco no acompanhamento pedagógico, na valorização da preceptoria como prática estruturante da formação no SUS e no fortalecimento da articulação entre ensino, serviço e gestão.
REDE HOSPITALAR SES/RJ COMO CAMPO LONGEVO DE RESIDÊNCIA MÉDICA: UM PLANO DE AÇÃO PARA O SEU MONITORAMENTO E QUALIFICAÇÃO
Pôster Eletrônico
1 SES/RJ
Período de Realização
O plano de ação que este trabalho trata foi executado de abril de 2023 a junho de 2025.
Objeto da experiência
Execução de um plano de ação de qualificação dos Programas de Residência Médica da Rede Hospitalar da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro (SES/RJ).
Objetivos
Identificar os problemas prioritários dos Programas de Residência Médica da SES/RJ e qualificar os campos da residência médica da Rede SES/RJ através de um plano de ação.
Descrição da experiência
A SES/RJ exerce papel crucial na formação de especialistas no campo médico quando financia 141 bolsas de residência em 29 programas de 11 hospitais. A qualificação da formação se impõe. Foram identificadas as prioridades da rede docente e criado um cronograma de visitas técnicas e um rol de objetivos. Foram incluídos os grupos de atores relevantes: coordenadores das COREMEs e residentes. Os pontos prioritários identificados foram monitorados até que as mudanças necessárias fossem implementadas.
Resultados
Das doze unidades que ofertam programas de residência, 10 foram visitadas com o aprimoramento das escalas em duas. Foram elaboradas 7 notas técnicas orientadoras em relação à matrícula dos residentes, fluxo de emissão de certificados, trabalho de conclusão, estágios optativo e obrigatório e solicitação de novo Programa de Residência Médica - PRM. A Coordenação de Ensino também apoiou a criação de 5 novos PRM em 3 hospitais, além do início da elaboração do Histórico escolar.
Aprendizado e análise crítica
Planejamento e execução de um plano de ação são fundamentais para a implementação das necessidades de qualificação das residências médicas. Desta forma, percebeu-se a importância de padronizar os processos avaliativos nesses campos, bem como educação permanente regular dos preceptores.
Conclusões e/ou Recomendações
O desenvolvimento do plano de ação de qualificação dos campos práticos permitiu a estruturação administrativa da gestão central da SES-RJ junto aos PRM e apontou para a necessidade da uma ação de educação permanente para preceptores da rede docente assistencial. Isso nos permitirá avançar na oferta de PRM que cumpram seu efetivo papel de qualificação e especialização profissional para o mercado de trabalho.
COMUNICAÇÃO EFETIVA, SEGURA E AFETIVA: CONSTRUINDO LAÇOS PARA O CUIDADO CENTRADO NO PACIENTE
Pôster Eletrônico
1 FIOCRUZ/BRASÍLIA
2 UFC/CEARÁ
3 ESP/CE
Período de Realização
Ocorreu no período de janeiro a fevereiro de 2025.
Objeto da experiência
A comunicação efetiva baseia-se no estabelecimento de vínculos fortalecidos pela comunicação afetiva, resolutiva, ética, humana e respeitosa.
Objetivos
Promover reflexões sobre como a comunicação efetiva impacta nas condutas e desfechos dos pacientes e analisar como a comunicação efetiva está entre os profissionais da equipe.
Metodologia
Realizou-se uma oficina e a metodologia utilizada foi a fishbowl seguindo as etapas propostas. A sessão iniciou com quatro participantes especialista na área de saúde mental (psiquiatras) e durou 50 minutos. Participaram da sessão três residentes das categorias psicologia, serviço social e educação física, além de cinco profissionais da equipe multiprofissional, um psicólogo, um assistente social e um profissional da educação física dentre eles, dois enfermeiros, totalizando doze profissionais.
Resultados
Evidenciou-se a necessidade de fortalecer a comunicação efetiva, com linguagem simples, direta, através de registros seguros de acesso a todos, de forma escrita em prontuário, através de protocolos clínicos construídos coletivamente. Identificou-se necessidade de reuniões multiprofissionais, construção de planos terapêuticos e Projeto Terapêutico Singular (PTS). Além disso, notou-se que alguns profissionais se sentem inseguros para opinar visto que a construção das condutas são uniprofissionais.
Análise Crítica
A metodologia escolhida para trabalhar a temática foi muito proveitosa, promovendo reflexões sobre si, sobre os outros e as ações coletivas para benefício dos pacientes como centro do cuidado, as potencialidades e desafios da comunicação efetiva no cuidado em saúde mental. Diante disso, os objetivos de aprendizagem foram alcançados. Entretanto, aplicação da metodologia requer, a necessidade de seguir etapas, controlar o tempo de cada sessão sendo recomendado que seja conduzida por um moderador.
Conclusões e/ou Recomendações
A temática é essencial em ambientes que requerem segurança do paciente, como ambientes hospitalares, sendo relevante ações colaborativas, multiprofissionais e interdisciplinares, além do uso de ferramentas, tecnologias, protocolos e propostas para a comunicação efetiva. É imprescindível que essas ações sejam realizadas com os profissionais de saúde para fortalecimento da comunicação efetiva na segurança do paciente e integração da equipe de saúde.
PROGRAMA NACIONAL DE VIVÊNCIAS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NO PROJETO PILOTO PARA FACILITADORES EM RECIFE/PE
Pôster Eletrônico
1 ESPBA/SESAB
2 SESAB
Período de Realização
A vivência foi realizada no período de 25 de maio a 31 de maio de 2025
Objeto da experiência
Vivência de imersão nos serviços do SUS através de visitas aos territórios e análises dos dispositivos de saúde encontrados em Recife/PE.
Objetivos
A vivência foi realizada objetivando a formação de facilitadores para o projeto, onde eles serão responsáveis por elaborar vivências em seus territórios. Dessa forma será possível expandir o projeto em território nacional, formando profissionais que entendem a importância dos dispositivos do SUS.
Descrição da experiência
A experiência reuniu estudantes de graduação e residência em saúde de 5 estados do Nordeste para visitas aos serviços de saúde em Recife. Inicialmente, exploraram a APS, observando a articulação das redes e o fluxo das ações. Em seguida, visitaram serviços hospitalares para compreender seu papel na atenção, refletindo sobre desafios e potencialidades. Por fim, conheceram organizações sociais do território, ampliando a visão sobre o cuidado e reconhecendo as práticas em espaços comunitários.
Resultados
A vivência proporcionou imersão crítica nos dispositivos do SUS, fortalecendo o vínculo entre formação e prática com ênfase nas análises territoriais dos dispositivos de saúde. Destacaram-se o reconhecimento da integralidade do cuidado, a valorização dos saberes populares e a ampliação da escuta sensível. Houve fortalecimento do compromisso ético com o sistema e compreensão das redes e suas complexidades com intuito de formar profissionais capazes de defender o SUS.
Aprendizado e análise crítica
A proposta revelou-se potente, pois evidenciou desafios como a escassez de dados, privatização de serviços e dificuldades de acesso. O que gerou nos viventes o senso de urgência em relação à reforma sanitária. A vivência tensionou a prática institucionalizada e destacou a importância das organizações comunitárias para um cuidado mais justo e enraizado nos territórios. Formar facilitadores é formar sujeitos críticos e capazes de trazer reflexões robustas nos seus territórios.
Conclusões e/ou Recomendações
O projeto mostrou-se um forte aliado para a formação crítica em saúde. Reafirma-se a importância de expandi-lo nacionalmente, respeitando os contextos locais e trazendo olhares para as especificidades territoriais. Recomenda-se o fortalecimento de redes entre facilitadores e a valorização da educação permanente como prática transformadora na construção de um SUS público, equitativo e integral.
INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE: SITUAÇÃO-PROBLEMA COMO ESTRATÉGIA INTEGRADORA NO ESTÁGIO COMUNITÁRIO INTERPROFISSIONAL EM SAÚDE COLETIVA
Pôster Eletrônico
1 UFG
Período de Realização
Trata-se das temáticas desenvolvidas pelos acadêmicos na atenção primária no ano de 2024.
Objeto da experiência
A utilização da situação-problema como ferramenta de integração interprofissional no Estágio Comunitário realizado na Atenção Primária à Saúde.
Objetivos
Relatar as principais temáticas da “situação-problema” como método de integração entre os cursos de graduação do Estágio Comunitário Interprofissional realizado no Campus Firminópolis da Universidade Federal de Goiás.
Descrição da experiência
O Estágio Comunitário Interprofissional é realizado por discentes de Enfermagem, Medicina, Nutrição e Odontologia no Campus Firminópolis da Universidade Federal de Goiás (UFG), sendo desenvolvidas ações de saúde na Atenção Primária. A “situação-problema” é uma atividade prevista no plano de ensino e trata-se da realização de um estudo produzido pela proposição e execução de soluções para problemas diagnosticados a partir das experiências vividas ou cenários que os estagiários estejam inseridos.
Resultados
Estiveram 122 estagiários; 51,6% medicina; 32,8% odontologia; 11,5% enfermagem e 4,1% nutrição. Foram desenvolvidas 63 situações-problema, sendo 15,2% sobre dengue; 6,1% pré-natal; 6,1% desidratação e 6,1% saúde bucal e sistêmica. Além disso, emergiram categorias como: saúde da criança e da mulher, doenças transmissíveis e agravos de interesse em saúde pública; atenção primária, gestão e organização da unidade; saúde do adulto, idoso e trabalhador e temas transversais e formação profissional.
Aprendizado e análise crítica
A situação-problema é para além de um método de avaliação, pois apresenta-se como estratégia de integração entre os estagiários e promove uma prática colaborativa não só entre discentes, mas também professores e preceptores, possibilitando a formação de profissionais capacitados para atuar alinhados com os princípios do Sistema Único de Saúde. No entanto, a realização de práticas colaborativas exige discussão para alinhamento da temática, bem como engajamento dos atores envolvidos.
Conclusões e/ou Recomendações
A utilização da situação-problema fortalece a integração ensino-serviço-comunidade, pois promove a construção coletiva do conhecimento, práticas colaborativas e traz benefícios para serviços de atenção primária e comunidade. Também fortalece a integração entre teoria e prática, interprofissionalidade, desenvolvimento do raciocínio crítico e clínico e favorece a proximidade com o território e com as necessidades da população.
A DETERMINAÇÃO SOCIAL DA SAÚDE NA FORMAÇÃO DE AGENTES POPULARES EM SAÚDE DOS POVOS DAS ÁGUAS NO CEARÁ: EM CENA A MATRIZ DE PROCESSOS CRÍTICOS
Pôster Eletrônico
1 Fiocruz Pernambuco
2 Fiocruz Ceará
Período de Realização
De dezembro de 2024 a março de 2025, com carga horária de 60h presenciais, realizada no estado do Ceará.
Objeto da experiência
Formação de agentes populares de saúde a partir da análise dos processos críticos vivenciados nos territórios pesqueiros tradicionais do Ceará.
Objetivos
Compartilhar a experiência da utilização da matriz de processos críticos como metodologia pedagógica na formação de agentes populares de saúde dos povos das águas, promovendo reflexões sobre proteção e ameaça à vida nos territórios da pesca artesanal.
Descrição da experiência
No primeiro módulo do Curso, os educandos foram provocados a refletir sobre o que ameaça e protege a vida nos territórios. Construíram mapas participativos, gerando uma matriz coletiva de processos críticos. Os conteúdos foram analisados segundo os níveis: geral (infraestrutura, políticas), particular (modo de vida, trabalho) e singular (saúde, cotidiano). A atividade combinou metodologias da educação popular e da Determinação Social da Saúde.
Resultados
A Matriz revelou processos protetores como o SUS, vínculos afetivos com o território, saberes tradicionais e práticas de autocuidado. Entre os processos destrutivos, emergiram impactos de empreendimentos eólicos, contaminação ambiental, conflitos fundiários e adoecimentos físicos e mentais. A atividade gerou engajamento, visibilizou os sujeitos e estimulou a análise crítica sobre o contexto de vida e trabalho. As falas destacaram a consciência ecológica e o sofrimento diante da degradação ambiental.
Aprendizado e análise crítica
A prática possibilitou aos pescadores historicamente silenciados assumir papel central na análise de seus territórios. Articulando saberes e teoria crítica da saúde, fortaleceu-se a percepção sobre as causas estruturais do adoecimento e da desigualdade. O uso da matriz como instrumento formativo favoreceu o protagonismo e a capacidade de intervenção dos sujeitos. A experiência demonstrou a potência da escuta ativa, da arte e do mapeamento coletivo na formação em saúde com populações tradicionais
Conclusões e/ou Recomendações
A Matriz de processos críticos foi uma ferramenta potente para a formação crítica, valorizando os saberes tradicionais e a territorialidade. Recomenda-se sua ampliação em ações formativas com comunidades tradicionais, aliando diagnóstico participativo e mobilização social. Destarte, esses processos educativos territorializados são fundamentais para as Políticas Públicas de Saúde considerarem a diversidade e os modos de vida dos Povos das Águas
VISITAS TÉCNICAS PEDAGÓGICAS DA ESPECIALIZAÇÃO EM VIGILÂNCIA SANITÁRIA DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ
Pôster Eletrônico
1 ESP/CE
2 SMS Itaiçaba/CE
3 SESA/CE
Período de Realização
Visitas técnicas pedagógicas em serviços hospitalares realizadas no dia 27 de março de 2025.
Objeto da experiência
Experiência das visitas técnicas em serviços hospitalares da Especialização em Vigilância Sanitária, da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE).
Objetivos
A prática apresentada visa descrever as atividades desenvolvidas durante as visitas técnicas realizadas na unidade didática “Gerenciamento do Risco Sanitário da Área de Serviços relacionados à Saúde” do módulo “Risco Sanitário”, como parte essencial da matriz curricular do curso.
Descrição da experiência
Com reuniões de planejamento previamente agendadas com a equipe técnica da Coordenadoria de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde do Ceará (SESA/CE), considerando a matriz curricular e as competências necessárias, foram planejadas as visitas técnicas aos hospitais localizados em Fortaleza, como meio prático de constatação da aprendizagem, compreendendo as Boas Práticas como ferramenta indispensável para a prevenção dos riscos e a garantia da segurança nos serviços de saúde.
Resultados
Com autorização de cinco hospitais em Fortaleza, a turma de 38 alunos foi dividida em grupos e entre os setores, supervisionados por facilitadores do curso. Os ambientes sugeridos foram: Centro de Material e Esterilização, Centro Cirúrgico, Laboratório, Setor de Imagem, Lavanderia, Nutrição, Unidade de Terapia Intensiva, Gerenciamento de Resíduos e Central de Saneantes. Os alunos foram orientados a realizarem somente a observação dos ambientes e processos de trabalho, sem caráter fiscalizatório.
Aprendizado e análise crítica
As visitas técnicas pedagógicas estão alicerçadas às metodologias ativas de ensino-aprendizagem do curso, valorizando a apreensão de novos conhecimentos, a tomada de decisões conjuntas, fortalecendo as Boas Práticas como ferramenta indispensável no gerenciamento do risco sanitário, de forma que os alunos possam aplicar os critérios de análise de riscos em serviços de saúde para reduzir, minimizar ou eliminar fatores que possam comprometer a qualidade dos serviços prestados à população.
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que as visitas técnicas pedagógicas permanecem como estratégia pedagógica essencial do curso, com observação prática dos processos de trabalho nos diferentes setores hospitalares, compreendendo e avaliando o risco sanitário, e sobretudo, desenvolvendo nos alunos o reconhecimento da importância do planejamento da inspeção como etapa indispensável para o bom desenvolvimento do trabalho em Vigilância Sanitária.
GERASUS: CURSO DE EXTENSÃO EM “ENFRENTAMENTO DE VIOLÊNCIAS DE GÊNERO, RAÇA/RACISMO, CLASSE NO TRABALHO DO SUS”.
Pôster Eletrônico
1 ISC/UFBA
2 UFSCAR
Período de Realização
14 de abril a 25 de julho de 2025
Objeto da experiência
Elaboração e execução de curso de extensão sobre o enfrentamento de violências baseadas no gênero, raça, classe, nas relações de trabalho no SUS.
Objetivos
Contribuir para a formação de trabalhadores/as do SUS para o enfrentamento das situações de violência de gênero, raça, etnia, baseada em orientação sexual, raça, classe e outras discriminações nos ambientes de trabalho
Metodologia
O curso está sendo realizado de maneira síncrona e assíncrona, estruturado a partir de quatro eixos temáticos:Gênero, Trabalho e Saúde; Raça/Racismo, etnia e interseccionalidade; Discriminações múltiplas; Violências no Trabalho em Saúde. Com carga horária de 40 horas, cada eixo foi coordenado por especialistas responsáveis por elaborar as ementas, os objetivos, conteúdo, delinear a metodologia, indicar docentes, dentre outros. Os materiais estão disponibilizados na plataforma MOODLE.
Resultados
O projeto está em curso e será finalizado em julho do corrente ano. Foram selecionados/as 100 profissionais de saúde do SUS Bahia, com diferentes formações e vínculos empregatícios. A maioria se declarou como mulher cis, negra e com escolaridade superior. As avaliações dos primeiros módulos mostram um alto grau de satisfação com o curso, com destaque para a avaliação sobre o conteúdo atualizado, a metodologia dinâmica e o domínio do conteúdo pelas/os docentes.
Análise Crítica
O principal desafio é a evasão dos cursistas, semelhante ao que ocorre em outros processos formativos. A coordenação tem adotado diferentes estratégias de acompanhamento da frequência dos discentes, buscando estimulá-los ao retorno à frequência regular. Em iniciativas semelhantes deve ser avaliada escolha do formato, síncrono e assíncrono e, sobretudo, fortalecido o contato institucional com as secretarias de saúde, de modo que a participação dos profissionais seja mais apoiada pelas chefias.
Conclusões e/ou Recomendações
Dado o amplo interesse nas temáticas abordadas, o curso poderia ser replicado para outras turmas de modo a atingir mais profissionais do SUS. Importante ressaltar que no âmbito do mesmo projeto, está previsto um curso de aperfeiçoamento, em formato semipresencial, com carga horária de 180 horas, e que inclui a elaboração de projetos de intervenção vinculados a estratégias de enfrentamento das violências no âmbito do trabalho do SUS.
APLICAÇÃO DA GOVERNANÇA DA INFORMAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DE CURSOS DIGITAIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DA UNA-SUS/UFMA
Pôster Eletrônico
1 UFMA
Período de Realização
De 2023 a 2025
Objeto da experiência
Princípios de governança da informação nos cursos da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde da Universidade Federal do Maranhão (UNA-SUS/UFMA).
Objetivos
Descrever a aplicação dos princípios da governança da informação nos cursos digitais da UNA-SUS/UFMA, voltados à educação permanente de profissionais de saúde do SUS.
Descrição da experiência
A UNA-SUS/UFMA aplica os princípios da governança da informação — qualidade, segurança e ética — no desenvolvimento de cursos digitais para qualificar profissionais do SUS em todo o país. Utiliza a educação digital com situações de aprendizagem que promovem a reflexão entre conteúdo e prática. Essa governança assegura formação integrada ao trabalho, uso ético dos dados dos alunos e aprimora a qualidade das informações coletadas.
Resultados
Desde sua criação, a UNA-SUS/UFMA ofertou 281 cursos digitais, formando 1.960.569 profissionais do SUS e acadêmicos da saúde. Aplicando os princípios da governança da informação desde o planejamento até o monitoramento, com conteúdo baseado em evidências, revisões técnicas e pedagógicas, e avaliações contínuas. Garantindo também a segurança com protocolos conforme a LGPD e uso ético dos dados. A análise via Power BI aprimorou a formação e a resposta às demandas do SUS.
Aprendizado e análise crítica
A experiência da UNA-SUS/UFMA mostrou que a governança da informação na Educação Digital vai além da gestão tecnológica, exigindo cultura de dados, capacitação técnica e integração entre equipes pedagógicas e analíticas. Evidenciou a importância da análise crítica de dados para aprimorar práticas educacionais e a necessidade de conformidade com a LGPD, que reforça princípios como ética, segurança da informação e uso responsável dos dados dos alunos.
Conclusões e/ou Recomendações
A promoção da governança da informação é de suma importância na educação digital. Desse modo, reforçamos a necessidade de criação de indicadores de maturidade em governança da informação e sua articulação com políticas de formação permanente no SUS. Ademais experiência da UNA-SUS/UFMA demonstra que o uso qualificado da informação pode fortalecer a formação em saúde e apoiar o SUS de forma estratégica e responsável.
PARTICIPAÇÃO EM ASSOCIAÇÕES INDÍGENAS COMO ESTRATÉGIA DE FORTALECIMENTO POLÍTICO-SOCIAL NA FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal do Pará
Período de Realização
Janeiro de 2024 a maio de 2025
Objeto da experiência
Descrever a atuação de graduanda indígena de Enfermagem na Associação de Estudantes Indígenas da UFPA como espaço de formação política e social.
Objetivos
Narrar a trajetória de uma graduanda indígena Tembé na Associação de Estudantes Indígenas da UFPA, evidenciando como assembleias e fóruns internos fomentaram a consciência política.
Avaliar os impactos dessa participação na formação acadêmica e na construção de representatividade política.
Descrição da experiência
Entre janeiro de 2024 e maio de 2025, a graduanda indígena Tembé de Enfermagem atuou na Associação de Estudantes Indígenas da UFPA, participando de Assembleias e fóruns internos: proposição de pautas sobre currículo e inclusão de saberes tradicionais; debates colaborativos que estimularam o desenvolvimento de habilidades de negociação e liderança política.
Resultados
Visibilidade e protagonismo: consolidação de espaços de fala na CoP e nos colegiados.Proposições políticas: encaminhamento de moções para cotas específicas em Enfermagem; inclusão de conteúdos sobre medicinas indígenas no PPC.Rede de apoio ampliada: construção de parcerias com lideranças de outras universidades e organizações não governamentais.Desenvolvimento de competências políticas: aprimoramento em elaboração de pautas, negociação institucional e advocacy.
Aprendizado e análise crítica
A participação associativa se mostrou fundamental para legitimar demandas culturais e fortalecer a autonomia política das graduandas. O engajamento expôs lacunas curriculares, evidenciando a necessidade de um currículo reflexivo e intercultural. Contudo, a conciliação entre compromissos acadêmicos e atividades políticas revelou-se desafiadora, sinalizando a urgência de políticas institucionais que ofereçam suporte estruturado (bolsas, horários flexíveis) para manter o protagonismo conquistado.
Conclusões e/ou Recomendações
O relato demonstra que a inserção em associações indígenas é uma estratégia eficaz de formação política-social para estudantes de Enfermagem, gerando mudanças curriculares e fortalecendo a representatividade. Recomenda-se a criação de mecanismos institucionais de apoio (tutorias, bolsas de liderança); Inclusão formal de disciplinas sobre epistemologias indígenas nos PPCs.
PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL REGIONALIZADO EM SAÚDE DA FAMÍLIA: EDIFICANDO PRÁTICAS DO CUIDADO COMO POTÊNCIA FORMATIVA, PELA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DA BAHIA
Pôster Eletrônico
1 SESAB
Período de Realização
O Programa PERMUSF está em execução desde 2015, com entrada bianual e tendo finalizado 5 turmas
Objeto da experiência
Reflexão sobre aspectos pedagógicos do PERMUSF, que influenciam na formação de profissionais para atuar na APS, com vistas à transformação de práticas
Objetivos
Relatar a experiência pedagógica de uma década do Programa de Residência Multiprofissional Regionalizado em Saúde da Família, da Escola de Saúde Pública da Bahia, considerando as práticas do cuidado como potência formativa na estratégia de saúde da família, em municípios do interior do estado
Descrição da experiência
As estratégias pedagógicas pautam-se no currículo integrado, baseado na teoria crítica e referencial de sua construção como fatos sociais, proporcionando compreensão global do conhecimento, promovendo mais interdisciplinaridade e interprofissionalidade. Contribui significativamente para formação com autonomia, criticidade e reflexão sobre mudanças que ocorrem cotidianamente nos cenários de práticas da atenção primária, superando a dicotomia entre teoria, prática, conhecimento, trabalho e vida
Resultados
Cinco turmas concluídas, 206 profissionais especialistas em saúde da família, práticas em 30 municípios do polígono das secas. Espiral construtivista pelo trabalho em equipe de residentes e preceptores, possibilitando aprendizagem significativa. R1, ênfase às práticas integradas do cuidado e gestão, rodízio na rede local para conhecimento do território e itinerário traçado à resolução de problemas. R2, ênfase às práticas integradas do cuidado e intervenções em equipe, que geram o Trabalho final
Aprendizado e análise crítica
Os princípios do PERMUSF fundamentam-se na territorialidade, trabalho em equipe, educação permanente, matriciamento, redes de atenção a saúde e interprofissionalidade, possibilitando desconstruir e retrabalhar concepções, implementando a nova práxis na atenção primária, relacionada à transformação de realidades. O desafio é relatar vivências expressivas, que contribuam com futuros estudos e com a construção de conhecimento para a saúde da família, além da fixação de profissionais especialistas.
Conclusões e/ou Recomendações
Estrutura pedagógica formada por preceptores, tutores de nucleo (discussão teórica e acompanhamento do diário cartográfico), além de coordenadores locais tem facilitado o aprendizado dos residentes: “identificando problemas”; “formulando explicações”; “elaborando questões”; “construindo novos significados”; “avaliando processo e produtos”. Assim, possibilita-se desconstruir, retrabalhar concepções e implementar a nova práxis na Atenção Primária
COMPOSIÇÕES ENTRE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE E ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO: APRENDIZAGENS DESINSTITUCIONALIZANTES EM UM PROJETO DE EXTENSÃO EM NATAL-RN
Pôster Eletrônico
1 UFRN
Período de Realização
Esta experiência iniciou-se em setembro de 2024 e segue em andamento em 2025.
Objeto da experiência
Educação Permanente em Saúde (EPS) com equipes de Residências Terapêuticas (RT) de Natal-RN, associada a acompanhamentos terapêuticos (ATs).
Objetivos
Fortalecer a articulação ensino-serviço, com ações de Educação Permanente em Saúde e de Acompanhamento Terapêutico, em composição, para transformar o cotidiano das Residências Terapêuticas (RT) em Natal-RN em usinas de produção de saberes e tecnologias de cuidado, com equidade e autonomia.
Descrição da experiência
As RTs de Natal-RN têm acolhido egressos do hospital de custódia, com estigma de periculosidade. Os desafios desta desinstitucionalização levaram ao pedido de apoio à UFRN. Via projeto de extensão, realizam-se mensalmente rodas de conversa de 2h30min, com 18 trabalhadores. Nestas, o cotidiano de trabalho das três RTs é coletivizado para construção coletiva de saberes e práticas antimanicomiais. O AT ocorre nas RTs mediando cenas domésticas e urbanas, construindo vínculos e contratualidade social.
Resultados
EPS e AT têm promovido relações mais horizontais e dialógicas em equipe e no cuidar em regime de moradia, que possibilitam a criação de saberes pelos trabalhadores, estudantes e usuários, ao acolherem o vivido singular, sem submetê-lo à captura dos discursos e práticas tutelares e estigmatizantes. As rodas de conversa de EPS abrem espaços para ações in loco nas RTs, para sustentar as aprendizagens em curso e driblar obstáculos que surgem com o desmonte dos serviços.
Aprendizado e análise crítica
A falta de técnicos de enfermagem nas escalas e os vínculos frágeis de trabalho dos funcionários de copa e limpeza colocam obstáculos para sua participação na EPS e nos ATs realizados, bem como para a construção de processos de trabalho com participação e protagonismo da equipe. Esta realidade de desmonte da RAPS de Natal-RN interpela a universidade sobre seu lugar de apoiar os serviços e trabalhadores sem ser mero paliativo das lógicas de precarização das políticas públicas no município.
Conclusões e/ou Recomendações
Articular a educação permanente à clínica do acompanhamento terapêutico é uma potente estratégia para sustentar uma desinstitucionalização resistente à tutela e à individualização dos problemas que surgem no cotidiano, construindo saberes e práticas inéditos e contextualizados. É crucial aliar tais ações à produção de visibilidades para o desmonte dos serviços, efetivando a indissociabilidade entre clínica, política e educação/formação no SUS.
DA ESCUTA À AÇÃO: VIVÊNCIA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM DIANTE DA EXPERIÊNCIA DE UMA PUÉRPERA COM FILHO PREMATURO E AS IMPLICAÇÕES PARA A FORMAÇÃO EM SAÚDE MENTAL MATERNA
Pôster Eletrônico
1 UEG - Campus Ceres
2 FAC SENAC - DF
Período de Realização
A experiência ocorreu em maio de 2025, no âmbito das atividades curriculares da graduação.
Objeto da experiência
Vivência de acadêmicos de Enfermagem frente ao relato de uma puérpera de recém-nascido prematuro e sua saúde mental no puerpério.
Objetivos
O presente relato objetiva analisar as percepções dos discentes acerca da escuta empática e do cuidado humanizado na saúde mental da puérpera, bem como refletir sobre os efeitos formativos dessa vivência na construção de competências emocionais e técnicas no contexto da assistência perinatal.
Descrição da experiência
Durante atividade formativa, discentes da Universidade Estadual de Goiás realizaram escuta ativa do relato de uma acadêmica que, no puerpério de um parto prematuro com internação do bebê na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), vivenciou sentimentos de culpa, medo e solidão, além da falta de apoio emocional da equipe de enfermagem. Essa escuta promoveu reflexões e a consequente elaboração de um estudo sobre as emoções de puérperas e as lacunas na formação em saúde mental perinatal.
Resultados
O relato confirma que a vivência com a colega, cujo filho foi prematuro, promoveu nos acadêmicos uma significativa compreensão da importância da escuta empática e do cuidado humanizado na saúde mental materna. Os estudantes relataram maior sensibilização para as necessidades emocionais das pacientes, favorecendo habilidades técnicas e emocionais. A experiência contribuiu significativamente para a formação de profissionais preparados para oferecer cuidado integral e acolhedor na área perinatal.
Aprendizado e análise crítica
A análise revelou que essa experiência favorece o desenvolvimento de habilidades emocionais e técnicas essenciais para o cuidado perinatal, promovendo uma postura mais sensível e acolhedora. Destacou-se a necessidade de integrar essas práticas na formação, fortalecendo a atenção às dimensões emocionais das puérperas e aprimorando a assistência de forma integral. Observou-se que a escuta ativa e terapêutica é uma área transversal e deve ser trabalhada durante toda a formação.
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que vivências com puérperas de recém-nascido prematuro são fundamentais para ampliar a compreensão discente sobre o cuidado humanizado e a escuta empática na saúde mental materna. Recomenda-se a inserção sistemática de práticas formativas que articulem teoria e sensibilidade clínica, para oferecer um cuidado mais sensível, acolhedor e integral, qualificando a assistência perinatal de forma integral.
RECONHECENDO O ENVELHECIMENTO ATIVO: ANÁLISE DA CADERNETA DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA
Pôster Eletrônico
1 UNIRV
2 UECE
Período de Realização
A ação de promoção de saúde foi realizada em Goiânia, em abril de 2025, no período matutino.
Objeto da experiência
Atividade educativa de discentes de Medicina em parceria com a assistência social, que promoveu o conhecimento da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa.
Objetivos
Descrever e refletir sobre a atividade de divulgação da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, destacando sua importância como ferramenta de registro efetivo da saúde dos idosos. Além disso, buscou-se promover a saúde e fortalecer o vínculo entre a comunidade e os serviços públicos.
Descrição da experiência
A atividade promoveu rica troca de saberes entre discentes e idosos. Muitos desconheciam o instrumento e sua utilidade no registro de vacinas, medicamentos e consultas. A temática foi introduzida com uma breve fala dos acadêmicos acerca da proposta da caderneta e os principais tópicos foram discutidos em roda de conversa. Abordou-se as medidas de prevenção de quedas, uso racional de medicamentos, bem como a assistência farmacêutica no Sistema Único de Saúde (SUS) e hábitos de vida saudável.
Resultados
A população se mostrou sensibilizada quanto à relevância da caderneta para a continuidade do cuidado em saúde. Foram esclarecidas dúvidas sobre o acesso gratuito a medicamentos e insumos pelo SUS, ressaltando os critérios exigidos para essa dispensação. As orientações sobre atividades básicas e instrumentais de vida diária salientaram os mecanismos de prevenção de quedas no domicílio, bem como a repercussão positiva da atividade física e alimentação saudável na capacidade funcional do idoso.
Aprendizado e análise crítica
A experiência ampliou saberes sobre práticas educativas em saúde, destacando a caderneta como ferramenta essencial para o cuidado longitudinal e registro sistemático das informações. O uso da caderneta favorece a autonomia dos idosos, promove o autocuidado e contribui para a organização das ações de saúde coletiva. Logo, a atividade evidenciou a necessidade de estratégias educativas acessíveis que valorizem o diálogo e a troca de saberes entre profissionais da saúde e comunidade.
Conclusões e/ou Recomendações
A ação possibilitou reconhecer a Caderneta como subsídio para a prevenção de agravos e o acompanhamento da saúde. A ação também evidenciou barreiras no acesso à saúde, como o desconhecimento dos recursos disponíveis no SUS, tornando-se necessária a reorientação dos processos de trabalho na atenção primária acerca da educação em saúde. Esse processo contribui para o envelhecimento ativo, ao incentivar saúde, participação e segurança.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE E METODOLOGIAS ATIVAS NO GRUPO DE APOIO À CESSAÇÃO AO TABAGISMO EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE SANTA CATARINA
Pôster Eletrônico
1 UFSC
2 PMSJ
Período de Realização
Realizada em outubro de 2024, durante quatro encontros do Grupo de apoio à cessação ao Tabagismo.
Objeto da experiência
Fortalecimento do grupo apoio à cessação do tabagismo, conduzidas pela eSF e Residência Multiprofissional da UFSC-REMULTISF em unidade de saúde de SC.
Objetivos
Analisar a promoção de ações educativas e terapêuticas para apoiar a cessação do tabagismo, fortalecendo vínculos, autonomia e autocuidado, fomentando espaços de diálogo e de práticas integrativas, como a auriculoterapia, visando ampliar a participação e a permanência no grupo de apoio.
Descrição da experiência
Em outubro de 2024, a construção conjunta de um grupo de apoio à cessação do tabagismo, fruto da articulação entre a eSF e a REMULTISF. A seleção dos participantes foi feita a partir de busca ativa e por entrevistas baseadas nos protocolos do INCA. Os encontros ocorreram ao longo de quatro semanas, com metodologias ativas: dinâmicas de rede, árvore dos obstáculos, meditação, cartão de segurança e o “caminho dos benefícios”, além da aplicação de auriculoterapia segundo protocolo da UFSC.
Resultados
Houve formação significativa de vínculos entre participantes e profissionais, especialmente com os residentes, que se tornaram referência para apoio na unidade. A adesão ao grupo foi expressiva, com participação ativa e valorização das metodologias aplicadas. A auriculoterapia foi relatada como um importante recurso para o manejo da ansiedade. O grupo se consolidou como espaço de acolhimento, escuta e promoção da autonomia, fortalecendo o protagonismo dos usuários na cessação do tabagismo.
Aprendizado e análise crítica
A experiência demonstrou que as metodologias ativas fortaleceram vínculos e promoveram maior autonomia no cuidado. A permanência dos residentes ao longo dos encontros levou a maior vinculação com os usuários. As estratégias participativas estimularam o protagonismo dos usuários e foram efetivas quando aliadas ao acolhimento e à escuta qualificada, ampliando a continuidade do tratamento. Destacou-se a necessidade de reduzir a rotatividade profissional e garantir a continuidade do acompanhamento.
Conclusões e/ou Recomendações
O uso de metodologias ativas e práticas integrativas em grupos de cessação do tabagismo parece ser essencial para os resultados de saúde. A experiência evidenciou o potencial transformador dessas estratégias na promoção da saúde e no fortalecimento dos vínculos. Ressalta-se a importância do comprometimento das equipes para a manutenção dos resultados e sugere-se a replicação em outros contextos, respeitando-se as especificidades locais.
RETORNO AOS CENTROS DE SAÚDE DA FAMÍLIA PARA DEVOLUTIVA DOS RESULTADOS ENCONTRADOS NA COLETA DE DADOS DE UM ESTUDO MULTIDIMENSIONAL - RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 UEG
Período de Realização
Junho de 2024.
Objeto da experiência
Proporcionar aos mestrandos a experiência de comunicação e compromisso e desenvolver a capacidade de oratória dos mesmos.
Objetivos
Descrever como foi retornar aos Centros de saúde da família e apresentar para os profissionais de saúde de acordo com cada unidade os resultados da coleta de dados realizada de um estudo multidimensional que avaliou as pessoas idosas.
Descrição da experiência
Após a finalização da coleta de dados de um estudo multidimensional realizado na cidade de Goiânia, três mestrandos, sob orientação de uma professora doutora responsável pela pesquisa, desenvolveram um material de devolutiva para os profissionais de saúde. De acordo com cada unidade, foi realizado um levantamento do perfil das pessoas idosas com dados referentes a faixa etária, sexo, nível cognitivo, capacidade funcional e força muscular.
Resultados
Sete unidades de saúde participaram da devolutiva. Os gestores das unidades foram receptivos com os mestrandos e a supervisora. A maioria dos participantes eram Agentes Comunitários de Saúde, mas também participaram enfermeiros, técnico de enfermagem, médico, entre outros. Os mestrandos desenvolveram a capacidade de oratória, bem como tomaram conhecimento da importância de dar um retorno para quem atua na prática com as pessoas idosas levando a pesquisa científica no lugar que ela é necessária.
Aprendizado e análise crítica
Cada unidade de saúde proporcionou uma experiência diferente, o qual pôde-se notar a carência da comunicação entre os profissionais que atuam diretamente na atenção primária e os pesquisadores. Algumas unidades as participações foram representativas. Ou seja, é necessário conhecer a realidade de cada unidade e fortalecer vínculos para o desenvolvimento de mais pesquisas que levem essa devolutivas para as unidades e contribuir para a qualificação do cuidado que é oferecida na atenção primária.
Conclusões e/ou Recomendações
Os mestrandos e a supervisora da atividade ficaram satisfeitos com a participação das equipes e com o desenvolvimento da atividade de modo geral, o qual pôde ser desenvolvido habilidades de oratória, manejo de dados, comunicação, e reflexão sobre o verdadeiro intuito de desenvolver pesquisa e se tornar um pesquisador.
DIÁLOGOS, DISCUSSÕES E EXPERIÊNCIAS SOBRE AS PRÁTICAS TERAPÊUTICAS EM SAÚDE: A PERSPECTIVA DA PRODUÇÃO DO CUIDADO A PARTIR DE UM PROCESSO FORMATIVO MULTIPROFISSIONAL.
Pôster Eletrônico
1 ENSP/FIOCRUZ
2 CSEGSF/FIOCRUZ
Período de Realização
O período de realização dos seminários ocorreu nos dias: 10/06 , 30/09 e 10/12/2024.
Objeto da experiência
A construção coletiva de uma nova maneira de pensar no cuidado em saúde coletiva para a turma de especialização, por meio de seminários avaliativos.
Objetivos
Refletir sobre as potencialidades, fragilidades e desafios das práticas terapêuticas em saúde na perspectiva do cuidado, no âmbito da saúde coletiva. Questionando a centralidade do saber biomédico e valorizando os saberes e experiências interprofissionais nas práticas de cuidado em saúde.
Descrição da experiência
A experiência ocorreu nos Seminários de Situações Críticas em Saúde, como novo eixo temático. O grupo, formado por mulheres profissionais da saúde, promoveu reflexões críticas sobre as práticas terapêuticas, articulando sob múltiplas perspectivas, confrontando a centralidade histórica do saber biomédico, trazendo para a cena as tecnologias leves e leve-duras, centrado no diálogo interprofissional, na valorização dos saberes e na construção coletiva de sentidos sobre o cuidado.
Resultados
A experiência ampliou o debate sobre práticas de cuidado na saúde pública, reconhecendo e legitimando saberes historicamente silenciados. Promoveu a escuta ativa entre profissionais de distintas formações, ampliou a visão crítica das relações de poder e fortaleceu o compromisso com práticas horizontais e plurais, evidenciando o papel fundamental da educação na transformação da atenção em saúde.
Aprendizado e análise crítica
O processo revelou a urgência de espaços formativos que confrontem discursos únicos sobre o cuidado e valorizem práticas decoloniais, interdisciplinares e afetivas. Evidenciando a importância de um olhar integral para o indivíduo, além do diagnóstico, destacando os aspectos psicossociais. Ademais, tensionou formas de comunicação interpessoais, ampliando a compreensão da saúde como campo político e relacional.
Conclusões e/ou Recomendações
Criar espaços de formação em saúde coletiva, pautados no diálogo contribuiu para a formação de profissionais comprometidos com os processos de cuidado. Logo, é necessário fortalecer e expandir ambientes que promovam o pensamento crítico, que valorizem a pluralidade de saberes e reconheçam o cuidado focado no indivíduo como uma prática terapêutica central. Assim, a permanência do eixo temático se deu para as turmas subsequentes.
AÇÃO EDUCATIVA SOBRE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA CRIANÇAS : PARCERIA UNIVERSIDADE E ESCOLA
Pôster Eletrônico
1 UFVJM
2 CTPMMG
Período de Realização
Julho a novembro de 2024, em parceria entre a UFVJM e o Colégio Tiradentes de Diamantina-MG.
Objeto da experiência
Ação educativa sobre alimentação saudável com crianças do 2º ano do ensino fundamental em escola pública.
Objetivos
Proporcionar vivência prática aos alunos de enfermagem em ações educativas com crianças, promovendo o cuidado em saúde na infância e incentivando hábitos alimentares saudáveis por meio de atividades lúdicas e participativas em ambiente escolar.
Descrição da experiência
A convite da professora do Colégio Tiradentes, docentes e discentes do curso de graduação em enfermagem da UFVJM realizaram uma ação educativa em três etapas: educação em saúde com teatro de bonecos e lanche saudável; produção de material com curvas de peso, altura e IMC conforme OMS, avaliação antropométrica na escola e orientações enviadas às famílias; e vídeo explicativo para os pais apresentado em reunião escolar. Esta atividade era parte de uma feira de ciências do colégio.
Resultados
Os alunos de enfermagem vivenciaram práticas educativas e de avaliação antropométrica, exercitando habilidades técnicas e comunicativas. As crianças mostraram-se receptivas e interessadas, e os pais foram sensibilizados para a importância do acompanhamento do crescimento. A ação aproximou escola, família e enfermagem. Ao final do processo esta atividade saiu vencedora da feira de ciências do colégio.
Aprendizado e análise crítica
A ação evidenciou a importância da integração entre universidade e escola na promoção da saúde infantil. Os acadêmicos de enfermagem puderam vivenciar práticas educativas com crianças, exercitando a comunicação e a empatia. A experiência revelou a necessidade de abordagens lúdicas e adaptadas à faixa etária e destacou o papel da enfermagem na vigilância do crescimento infantil e no diálogo com a comunidade escolar.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência demonstrou o potencial das parcerias interinstitucionais para o fortalecimento da educação em saúde na infância. Recomenda-se ampliar iniciativas semelhantes, incorporando a participação ativa dos familiares e profissionais da saúde da Atenção Primária, fortalecendo o cuidado integral e o vínculo com a comunidade.
O OBSERVATÓRIO DE INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇOS DE SAÚDE DO RJ (OIESS-RJ) COMO DISPOSITIVO DE PROBLEMATIZAÇÃO DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL.
Pôster Eletrônico
1 ISC-UFF
Período de Realização
Período de realização: De janeiro de 2021 a junho de 2025
Objeto da experiência
As práticas reflexivas utilizadas no OIESS-RJ na formação dos internos de Medicina da Universidade Federal Fluminense-UFF
Objetivos
a) Refletir como o OIESS-RJ problematiza situações vividas pelos internos nas suas práticas na ESF e a correlação com aspectos socioeconômicos e culturais da população nos territórios; b) Construir, por meio da Educação Popular, novos olhares e perspectivas de solução para os problemas da população.
Descrição da experiência
O OIESS-RJ é um projeto de extensão que dá suporte para o IOABS da Medicina-UFF em sua atuação na ESF em Niterói-RJ. É organizado em 2 eixos: a) Análise das condições de vida no território- onde, por meio de bancos de dados e vivencias comunitárias, servem como contextualização e olhar abrangente sobre os problemas e potencialidades locais. b) Educação Popular -em diálogo com a equipe e a população local, alguns problemas são analisados e discutidos, e ações educativas são desenvolvidas
Resultados
Participaram 20 internos por trimestre, 320 no período, atuando em 7 unidades de ESF e seus territórios. Processaram dados dos territórios na perspectiva de conhecê-los e contextualizar os problemas verificados no atendimento à população assim como observar potencialidades nos recursos públicos e comunitários na solução dos problemas. Algumas questões relativas à sexualidade na juventude, prevenção de doenças e outros, foram objetos de ações utilizando o referencial da Educação Popular
Aprendizado e análise crítica
Embora as práticas sofram resistência inicial por parte dos internos por considerarem “práticas não-médicas”, a aceitação se dá pela ampliação de perspectivas de compreensão- intervenção nos problemas e o diálogo com a equipe e a comunidade mediado pela supervisão da equipe do OIESS-RJ. Depoimentos dos internos revelam seus estranhamentos com as formas de vida nas comunidades e colocam em crise o saber médico hegemônico e a necessidade de outras abordagens para a relação com a população local.
Conclusões e/ou Recomendações
As práticas reflexivas oferecidas pelo OIESSRJ tem sido um importante dispositivo de problematização das práticas médicas hegemônicas junto aos internos de Medicina, tem servido para a ampliação de olhares e compreensões sobre os problemas e soluções possíveis. Podem contribuir significativamente na construção do SUS e servem como eixo de formação de profissionais de saúde, tanto na graduação quanto na Educação permanente
TRABALHO, CULTURA E CUIDADO NO TERRITÓRIO AMAZÔNICO: DESAFIOS DA SAÚDE DO TRABALHADOR NA FORMAÇÃO EM RESIDÊNCIAS EM SAÚDE - EXPERIÊNCIA EXITOSA NO 14º ENRS EM BELÉM, 2024
Pôster Eletrônico
1 FIOCRUZ BRASÍLIA
Período de Realização
26/08/2024 a 29/08/2024
Objeto da experiência
Relatar minha participação como residente no Encontro Nacional das Residências em Saúde, destacando as vivências culturais, pedagógicas e políticas.
Objetivos
Compartilhar uma experiência imersiva de participação em evento nacional voltado às residências em saúde, destacando as potencialidades formativas, os debates sobre condições de trabalho dos residentes e o fortalecimento da identidade profissional a partir da diversidade cultural do Norte do Brasil
Descrição da experiência
participei do congresso como representante do meu programa, com apoio institucional, vivenciando momentos de intercâmbio com profissionais de diversas regiões, atividades culturais e debates políticos. A programação incluiu mesas temáticas sobre a democracia, condições de trabalho e papel das residências na consolidação do SUS. O contato com a cultura paraense, os passeios à Ilha do Combu e à Estação das Docas, e a visita a uma UBS fluvial, enriqueceram a experiência formativa e humana.
Resultados
A vivência ampliou o meu repertório político e técnico, fortalecendo o sentimento de pertencimento ao SUS e a importância da luta por condições dignas de trabalho. As discussões sobre precarização, jornada excessiva e invisibilidade dos residentes promoveram reflexões críticas sobre os desafios enfrentados. O evento resultou na construção coletiva de uma carta política e na escolha da próxima sede do Encontro Nacional. Além dos vinculos e amizades formados com pessoas de todo canto do país.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou as residências como territórios pedagógicos de resistência, espaços vivos de formação cidadã, construção crítica e prática da participação social. Ressaltou-se o papel estratégico desses programas na consolidação do SUS e na formação de sujeitos comprometidos com a equidade e a justiça social. O evento reafirmou a potência dos encontros como catalisadores de vínculos, trocas de saberes e integração entre dimensões técnicas, humanas e culturais da formação em saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
Foi uma experiência marcante que reafirmou a importância das residências como espaços de formação integral. A diversidade cultural amazônica, a troca entre pares e o compromisso coletivo com a saúde pública contribuíram para fortalecer o engajamento político e o senso de pertencimento à luta pelo SUS, foi um marco na trajetória formativa, reafirmando a necessidade de defesa dos direitos e da dignidade dos trabalhadores em formação.
UM BRASIL ALÉM DOS LIVROS: APRENDIZADOS EXTENSIONISTAS DO NÚCLEO RONDON UFCSPA NO ÚLTIMO TRIÊNIO
Pôster Eletrônico
1 UFCSPA
Período de Realização
Últimas operações realizadas nos anos de 2023, 2024 e 2025, com ações em diferentes regiões.
Objeto da experiência
Atuações extensionistas em comunidades rurais e ribeirinhas por meio do Projeto Rondon, com foco em saúde, cultura, educação e direitos humanos.
Objetivos
Compartilhar a experiência extensionista do Núcleo Rondon da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - UFCSPA em territórios vulneráveis, promovendo oficinas de educação permanente e educação em saúde.
Descrição da experiência
A experiência ocorreu em comunidades rurais e ribeirinhas de municípios de Rondônia, Amazonas, Sergipe, Pernambuco e Mato Grosso do Sul, marcadas por vulnerabilidades sociais e desigualdades no acesso à saúde e educação. Estudantes e docentes atuaram de forma interdisciplinar, promovendo oficinas educativas, rodas de conversa, dinâmicas lúdicas e escutas qualificadas, integrando ações em saúde, cultura e cidadania, com respeito aos saberes locais e participação comunitária
Resultados
Foram realizadas mais de 410 oficinas, com cerca de 37 mil participantes entre moradores, lideranças e profissionais locais. Os temas incluíram saúde, violência, meio ambiente e direitos sociais. As ações fortaleceram vínculos comunitários, ampliaram o acesso à informação e incentivaram a atuação de multiplicadores. Estudantes destacaram maior sensibilidade social, empatia e desenvolvimento de habilidades de comunicação e trabalho em equipe.
Aprendizado e análise crítica
A vivência proporcionou imersão em contextos diversos, reforçando o papel social da universidade. O intercâmbio de saberes entre academia e comunidade evidenciou a extensão como ferramenta de aprendizado crítico, formação humanizada e desenvolvimento de competências. A atuação multiprofissional e interdisciplinar foi essencial para abordar as múltiplas dimensões das necessidades locais. O respeito à cultura e à autonomia comunitária foi central para o sucesso das ações.
Conclusões e/ou Recomendações
O Projeto Rondon mostra-se eficaz para a promoção da saúde coletiva, educação e cidadania em territórios vulneráveis, ao mesmo tempo em que fortalece a formação dos futuros profissionais de saúde. Recomenda-se a ampliação e continuidade de iniciativas extensionistas interdisciplinares, com investimento em políticas públicas que incentivem a integração entre universidade e comunidade, promovendo o desenvolvimento sustentável e a equidade.
"TERRITÓRIO DAS AFETAÇÕES": DIÁRIOS DE CAMPO COMO DISPOSITIVO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UFBA
Período de Realização
Primeiro semestre de 2025.
Objeto da experiência
Uso de diários de campo como dispositivo de ensino-aprendizagem com estudantes de Terapia Ocupacional na Atenção Primária à Saúde.
Objetivos
Relatar a experiência docente com o uso de diários de campo como dispositivo de ensino-aprendizagem no processo de formação de terapeutas ocupacionais na Atenção Primária à Saúde, refletindo sobre suas potencialidades na articulação entre território, subjetividade e prática profissional.
Descrição da experiência
Realizada com estudantes do 3º semestre de Terapia Ocupacional, em cenários da Atenção Primária à Saúde (APS), a experiência envolveu o (re)conhecimento do território por meio de vivências com Agentes Comunitários de Saúde, equipamentos sociais, culturais e de saúde e diálogos com moradores. Como estratégia, os estudantes elaboraram diários de campo intitulados “Território das Afetações”, narrando uma cena vivida e refletindo sobre mobilizações, sentimentos e aprendizagens.
Resultados
Com devolutivas individuais e coletivas que estimularam o raciocínio profissional, os diários consolidaram-se como estratégia de elaboração de sentidos e articulação teórico-prática.Reconhecendo o território como espaço vivido, atravessado por experiências subjetivas,coletivas, saberes populares,científicos, desejos e interesses, os estudantes ampliaram seus olhares.Conceitos como territorialização, injustiça ocupacional,determinantes sociais de saúde,atributos da APS e acessibilidade emergiram.
Aprendizado e análise crítica
A socialização de trechos dos diários ampliou as percepções coletivas e aprofundou a leitura crítica sobre o território, favorecendo a emergência de saberes situados. Os estudantes identificaram como competências fundamentais para atuar na APS: escuta sensível e ativa, olhar analítico para contextos sociais e culturais, reconhecimento e uso de recursos locais, respeito à diversidade e subjetividades, manejo de processos institucionais e postura ética, crítica e politicamente implicada.
Conclusões e/ou Recomendações
O uso de diários de campo,enquanto dispositivo de escrita de si, demonstrou potencial para fomentar escuta sensível, análise crítica e articulação teórico-prática desde os primeiros semestres da formação. Reforça-se a importância de estratégias que promovam vínculos com os territórios, fortalecendo uma formação ética e implicada. Destaca-se o desafio da universidade na integração ensino-serviço e no reconhecimento de necessidades de saúde no SUS.
EDUCAÇÃO PERMANENTE COMO ESTRATÉGIA PARA GERENCIAMENTO DE LESÕES
Pôster Eletrônico
1 UCB
Período de Realização
Projeto executado de março a junho de 2025 no Pronto Socorro de um hospital em Brasília.
Objeto da experiência
Implementar a educação permanente como estratégia para capacitação técnica do cuidado com lesões.
Objetivos
Estruturar guia padronizado de gerenciamento de lesões cutâneas, e orientar a equipe sobre como utilizá-lo para otimizar o cuidado e a evolução positiva das lesões.
Descrição da experiência
Projeto de intervenção, conduzido por 8 graduandas de enfermagem, foi implementado no Pronto Socorro (PS) de um hospital do Distrito Federal. A iniciativa surgiu da observação de falhas no manejo de lesões. O guia foi adaptado de um Procedimento Operacional Padrão (POP) institucional e incorporado aos carrinhos de curativos dos setores contendo QR code para acesso a conteúdo complementar, como modelos de evoluções, POPs de coberturas e cursos.
Resultados
O guia aprimorou a prática clínica dos profissionais e acadêmicos. Foi disponibilizado de forma física e fixado de maneira visível nos carrinhos de curativos, o que possibilitou consulta rápida à equipe. A implementação favoreceu a evolução positiva das lesões e mitigou o desperdício de insumos. Os recursos complementares do QR code e visuais no guia deram clareza e compreensão rápida, facilitaram a aprendizagem e execução dos procedimentos, e melhoraram a retenção de informações.
Aprendizado e análise crítica
A educação permanente é indispensável para enfrentar a alta incidência de feridas crônicas e as falhas assistenciais, como o uso inadequado de coberturas e a baixa adesão a protocolos. A interrupção do cuidado e a ausência de atualização profissional resultam em desfechos clínicos desfavoráveis e aumento de custos. Portanto, a capacitação é essencial para garantir uma assistência adequada, promovendo a qualidade de vida do paciente e aprimorando o desenvolvimento da equipe.
Conclusões e/ou Recomendações
A educação permanente revelou-se crucial para transformar o cuidado com lesões. Em resposta a falhas identificadas no cuidado de feridas, o projeto implementou um guia e treinamentos teórico-práticos realizados pela Comissão de Pele do setor. As ações, alinhadas aos protocolos institucionais, reforçaram o protagonismo do enfermeiro e a segurança do paciente. Para tanto, a colaboração intersetorial foi vital para a concretização da iniciativa.
RELATO DE EXPERIÊNCIA: A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA EM CURSOS DA SAÚDE COM CURRÍCULO INTEGRADO
Pôster Eletrônico
1 Faculdade Sírio-Libanês
Período de Realização
O relato de experiência considerou 3 semestres letivos, entre os anos de 2024 e 2025.
Objeto da experiência
Relato de experiência extensionista em saúde, articulada à Saúde Coletiva e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em currículos integrados
Objetivos
Fortalecer a compreensão da natureza público-social da Faculdade, promovendo a aproximação com a população/território e garantindo que os resultados da extensão retornem em forma de benefícios concretos para os diferentes grupos atendidos pela atividade acadêmica.
Descrição da experiência
Ao longo das semanas acadêmicas, o percurso dos estudantes nas unidades curriculares com extensão articula os pilares da Saúde Coletiva às práticas extensionistas, organizadas em preparação, execução e avaliação de ações em projetos sociais, serviços de saúde e instituições de ensino. O estudante atua como sujeito ativo na construção do cuidado e na produção de vínculos com os territórios.
Resultados
As atividades contaram com 239 alunos, 9 docentes e apoio administrativo. Firmaram-se 5 parcerias com serviços/organizações sociais: centro de acolhimento para idosos, cozinha comunitária em ocupação urbana, associação de familiares de pessoas em situação prisional, acolhimento para mulheres trans/travestis e escola de educação infantil. Os alunos atuaram no campo da Saúde Coletiva, construindo saberes com as práticas extensionistas, desenvolvendo competências pessoais, sociais e profissionais.
Aprendizado e análise crítica
Destaca-se a riqueza do processo de sistematização das ações, que envolveu escuta, diagnóstico, produção de materiais, implantação e avaliação. Cada ciclo extensionista projetou ações vinculadas às demandas locais e aos contextos político-sociais. Buscou-se que a presença da faculdade contribuísse para a autonomia dos sujeitos e coletivos, evitando relações assistencialistas e promovendo construção crítica e emancipadora, a partir do olhar das diretrizes da extensão.
Conclusões e/ou Recomendações
A Extensão tem se mostrado um eixo formativo essencial para o desenvolvimento de competências voltadas à atuação crítica e comprometida com as demandas sociais. O desafio é sustentar esse modelo acadêmico e fortalecer sua articulação com o SUS, com as populações e com os seus territórios. A presença da faculdade deve tentar compartilhar seu conhecimento, em prol de contribuir para a construção da autonomia dos sujeitos e coletivos envolvidos.
MATRICIAMENTO EM SAÚDE MENTAL E EDUCAÇÃO PERMANENTE: DESAFIOS E POTENCIALIDADES
Pôster Eletrônico
1 UECE, Mestranda pelo PPSAC
2 UECE, Professora Permanente
Período de Realização
Foi realizada entre agosto de 2023 a julho de 2024.
Objeto da experiência
Doze encontros de matriciamento em Saúde Mental (SM) com quatro equipes da Atenção Básica (AB), com abordagem pela Educação Permanente em Saúde (EPS).
Objetivos
Relatar a experiência de matriciamento em SM na AB, por profissionais e residentes do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), utilizando a EPS, em um município cearense.
Descrição da experiência
Três reuniões de planejamento, entre Coordenação/AB e onze matriciadores multiprofissionais em saúde, definiram utilizar EPS, em encontros mensais, com três matriciadores por equipe/AB. Após apresentar o matriciamento, levantou-se principais demandas do território (transtornos ansiosos e depressivos), na percepção da equipe. Utilizou-se exposição dialogada e estudos de caso. Houve um momento coletivo de avaliação dos encontros, com construção de painel: “Que bom”, “Que pena” e “Que tal”.
Resultados
A renovação de receitas e o atendimento em demanda espontânea, centrados no médico e enfermeiro, eram as principais ações em SM. Observou-se pouca participação ativa, dificuldade de compreensão sobre matriciamento e pedidos de “cuidando do cuidador”. Houve baixa assiduidade dos matriciadores e dois desistiram, relatando desinteresse. Observou-se que a EPS trabalhou dúvidas sobre avaliação, manejo e seguimento dos casos. O matriciamento proporcionou realização de visitas e consultas conjuntas.
Aprendizado e análise crítica
Propor uma construção compartilhada entre CAPS e AB foi desafiador. Alguns pontos estavam escassos ou ausentes: compreensão do matriciamento pela AB e pelo CAPS; habilidades em EPS (facilitação de aprendizagem baseada na prática, metodologias ativas); recursos multimídia (notebook); transporte; priorização nas agendas; vínculos entre equipes e matriciadores. Três reuniões de manutenção durante o processo buscaram discutir as dificuldades, mas os pontos citados se mostraram difíceis de superar.
Conclusões e/ou Recomendações
O matriciamento ainda se apresenta como uma metodologia pouco utilizada e compreendida, necessitando de capacitação e apoio da gestão municipal, assim como a EPS. Esta se mostrou adequada no contexto matricial, na construção coletiva e corresponsabilização do cuidado, a partir do cotidiano de trabalho. É preciso discutir o campo da SM na composição dos processos de trabalho da AB de forma sistemática.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA IDOSOS: EXPERIÊNCIA MULTITEMÁTICA COM ENFOQUE NA QUALIDADE DE VIDA
Pôster Eletrônico
1 UniRV
Período de Realização
As ações foram realizadas durante o mês de abril de 2025.
Objeto da experiência
Atividades educativas de alunos de Medicina em um CRAS com grupo de idosos, estimulando a tríade ensino-serviço-comunidade.
Objetivos
Relatar a experiência da disciplina Medicina Integrada à Saúde da Comunidade (MISCO) na realização de atividades educativas junto ao público idoso.
Descrição da experiência
Foram realizadas atividades no CRAS-Centro de Assistência Social Novo Horizonte, compostas por exposição dialogada, estimulando a participação dos idosos, valendo-se dos princípios da Educação Popular em Saúde. Os encontros abordaram temas essenciais ao envelhecimento saudável: alimentação balanceada, atividade física, hipertensão, diabetes e uso correto de medicamentos. As ações contaram com dinâmicas como mito ou verdade, bingo, música e jogos, buscando sanar possíveis dúvidas existentes.
Resultados
A ação gerou uma resposta positiva, visto que as perguntas emergentes foram sanadas e as atividades propostas promoveram engajamento e participação do público. Além disso, os encontros oportunizaram prática de habilidade de comunicação, trabalho em equipe e administração para os discentes, para a realização das ações com base na educação popular em saúde. A experiência também permitiu estimular a participação social dos futuros médicos.
Aprendizado e análise crítica
Observamos que a ação contribuiu para a formação acadêmica humanizada, pois os discentes puderam por meio desses encontros colocar em prática os conhecimentos adquiridos nas aulas, colaborando com a promoção da saúde na comunidade. As atividades realizadas desenvolveram nos alunos a escuta ativa, empatia e a capacidade de abordar de forma acessível temas científicos para a população leiga, sendo essa a principal dificuldade encontrada.
Conclusões e/ou Recomendações
Ações como essas são imprescindíveis para a formação acadêmica, pois têm o olhar voltado par a integralidade, com cuidado focado na pessoa, entendendo a comunidade e o território em que essa está inserida. Podendo assim, estimular o pensamento crítico reflexivo do estudante, integrando ensino, pesquisa e extensão.
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: PRECEPTORIA COMO ESTRATÉGIA PARA FORTALECER O TRABALHO DOS ACS NO CURSO “MAIS SAÚDE COM AGENTE”
Pôster Eletrônico
1 SMS DE ARAPIRACA/AL
2 UNINASSAU/CAMPUS ARAPIRACA
Período de Realização
Abril a junho de 2025
Objeto da experiência
Acompanhamento formativo de 20 ACS em encontros quinzenais de 4 horas cada no curso “Mais Saúde com Agente”, vinculado à UFRGS e CONASEMS.
Objetivos
Relatar a experiência da preceptoria no curso “Mais Saúde com Agente”, destacando metodologias, desafios e impactos na formação dos ACS e no fortalecimento das práticas de atenção e vigilância em saúde no território.
Metodologia
Foram realizados quatro encontros quinzenais com 20 ACS, cada um com 4 horas de duração, totalizando 16 horas. Os participantes assistem às aulas teóricas online pela plataforma AVA e, em seguida, desenvolvem atividades práticas presenciais com o preceptor enfermeiro. Utilizam-se metodologias ativas como rodas de conversa, dramatizações, estudos de caso, debates e trabalho de campo.
Resultados
Os participantes demonstram maior compreensão de seu papel, com avanços na escuta qualificada e nas ações intersetoriais. Observa-se fortalecimento do vínculo com as famílias e melhor articulação com a equipe da APS. Os principais desafios incluem limitações de conectividade e sobrecarga de trabalho.
Análise Crítica
A experiência tem evidenciado o potencial da preceptoria como estratégia de educação permanente. As metodologias participativas ampliam o engajamento e valorizam os saberes locais. A condução requer adaptações à realidade do território e à rotina dos serviços, respeitando os limites e possibilidades dos ACS.
Conclusões e/ou Recomendações
A preceptoria tem se mostrado eficaz para qualificar a atuação dos ACS e fortalecer a APS. Recomenda-se que as formações continuadas aliem momentos presenciais, apoio institucional e valorização dos contextos locais, assegurando educação em serviço conectada ao território.
ENTRE O PROTOCOLO E O VÍNCULO: VIVÊNCIAS DE ESTUDANTES DA SAÚDE E CIÊNCIAS SOCIAIS NO PET-SAÚDE EQUIDADE
Pôster Eletrônico
1 UNEB
2 Secretaria Municipal de Saúde – Salvador/BA
Período de Realização
Trabalho realizado entre o período de julho de 2024 até junho de 2025.
Objeto da experiência
Interdisciplinaridade no PET-Saúde/Equidade sobre saúde mental de trabalhadores da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).
Objetivos
elatar experiências e os desafios da interdisciplinaridade entre estudantes de Saúde e Ciências Sociais da UNEB no PET-Saúde Equidade.
Descrição da experiência
O PET-Saúde Equidade desenvolve reuniões, visitas técnicas e discussões teóricas sobre saúde mental, saúde dos trabalhadores e SUS, com enfoque em gênero, raça e interseccionalidades. As ações são construídas de forma interdisciplinar, com estudantes da saúde e ciências humanas, docentes, gestores de saúde e profissionais da RAPS.
Resultados
A experiência evidenciou que as “tecnologias leves”, como vínculo, escuta e confiança, são essenciais para articular as práticas na rede RAPS além dos protocolos formais. As Ciências Sociais contribuíram para problematizar normas e aparatos científicos, mostrando que compreender a construção social dos processos é fundamental para ampliar o cuidado em saúde mental de forma crítica e contextualizada.
Aprendizado e análise crítica
O intercâmbio entre as Ciências Sociais e a Saúde aprofunda a compreensão dos impactos dos determinantes sociais e das condições de vida no cuidado em saúde. Essa troca de saberes mobiliza conteúdos vivenciados na graduação, articula experiências e fortalece o trabalho em equipe. Em sintonia com a Política Nacional de Humanização, estimula o protagonismo estudantil, valoriza a escuta e amplia a criticidade no SUS.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência mostrou que articular diferentes saberes é essencial para repensar o cuidado. A interdisciplinaridade revela tensões entre estruturas rígidas do conhecimento e a vulnerabilidade diante da complexidade. A transversalidade se apresenta como espaço crítico de construção coletiva, promovendo autonomia, corresponsabilidade e um cuidado mais humano, integral e sensível às aprendizagens entendidas como tecnologias leves.
CONTRIBUIÇÕES DA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE NA IMPLEMENTAÇÃO DO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL INFANTO-JUVENIL DE UM MUNICÍPIO DO INTERIOR DO CEARÁ
Pôster Eletrônico
1 UECE, Mestranda pelo PPSAC
2 UECE, Professora Permanente
3 Prefeitura Municipal de Horizonte/CE, servidora
Período de Realização
A experiência ocorreu de agosto a dezembro de 2024.
Objeto da experiência
Oito encontros de Educação Permanente em Saúde (EPS) entre enfermeira psiquiátrica e equipe de Centro de Atenção Psicossocial infanto-juvenil (CAPSi).
Objetivos
Relatar a experiência em EPS junto à equipe multiprofissional do CAPSi de Horizonte/CE, durante sua implementação.
Descrição da experiência
Foram realizadas oito rodas de conversa quinzenais, no CAPSi, durante reunião de equipe. Participou um profissional por categoria: Psicologia, Enfermagem, Terapia Ocupacional, Psicopedagogia e Artes, além da Diretora de Saúde Mental municipal. Uma enfermeira do CAPS Geral, do mesmo município, mediava os encontros. Levantou-se conhecimento prévio e surgiram dúvidas relacionadas à Atenção Psicossocial e às principais atividades de CAPS. Isso direcionou seleção de material para discussão.
Resultados
Uma profissional trabalhava em CAPSi, as demais eram inexperientes em CAPS e relatou-se insegurança na atuação. Observou-se participação passiva inicial, o que levou a metodologias ativas, como estudos de caso e manifestação de dificuldades cotidianas. Houve leitura do projeto de implantação do serviço (com público-alvo, atividades), e parte da Política Nacional de Saúde Mental. Ao final dos encontros, a equipe iniciou atendimentos em grupo, apoio aos cuidadores e reuniões intersetoriais.
Aprendizado e análise crítica
Implementar um CAPSi é desafiador e ter uma equipe qualificada é fundamental no processo. A EPS foi uma estratégia potente, pois valorizou saberes prévios, problematizou a prática, incentivou a integração intersetorial, discutiu Atenção Psicossocial e forneceu suporte técnico-pedagógico às trabalhadoras. Apesar dos resultados, as agendas profissionais não priorizaram a continuidade dos encontros, apontando fragilidade na organização do serviço para esse processo.
Conclusões e/ou Recomendações
A EPS foi fundamental para acolher e aproximar trabalhadoras e mediadora, compreender as dúvidas, promover uma aprendizagem contínua e contextualizada, gerar segurança profissional, inaugurando práticas coletivas e em rede, numa construção interdisciplinar e social do cuidado. Recomenda-se que a Política de EPS seja fortalecida nos municípios, atuando na qualificação do trabalho e do cuidado, em uma agenda protegida.
RASTREAMENTO E EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE NO CONTEXTO DO HIPERDIA: UMA VIVÊNCIA DE DISCENTES DE SAÚDE COLETIVA
Pôster Eletrônico
1 UEPA
Período de Realização
O planejamento da ação ocorreu no período de 29/04 a 07/05 e foi realizada dia 16/05 das 13h às 17h.
Objeto da experiência
A ação organizada por discentes de Saúde Coletiva teve como público alvo os pais dos alunos e docentes de uma escola pública em Belém (PA).
Objetivos
Promover ação de educação em saúde e rastreamento de hipertensão e diabetes no ambiente escolar, fortalecendo a integração ensino-serviço-comunidade e ampliando o acesso da população aos serviços de atenção primária em saúde.
Metodologia
A equipe foi composta por 3 discentes de Saúde Coletiva e 4 discentes de Medicina da Universidade do Estado do Pará (UEPA), a ação contou com a realização do círculo da cultura de Paulo Freire sobre prevenção e cuidados com hipertensão e diabetes. Posteriormente, realizou-se o fluxo para realização do rastreamento em saúde com estações de aferição de medidas antropométricas, verificação de glicemia, preenchimento das fichas de marcadores alimentares do E-SUS e aferição de pressão arterial.
Resultados
A ação em saúde sobre Hipertensão e Diabetes (HIPERDIA) teve a adesão de 12 participantes, que contribuíram de forma ativa e produtiva integralmente às atividades do plano de ação. No momento da aplicação da educação em saúde, por meio do círculo de cultura, os componentes transformaram o processo em um espaço de diálogo oportuno e reflexivo, promovendo o bem-estar e o autocuidado a partir da compreensão a respeito das Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT) e seus fatores de risco.
Análise Crítica
A aplicação de metodologias como prática circular em contexto de educação em saúde são fundamentais para protagonizar o agente participante, estimulando a autonomia, possibilitando a transformação social por meio da compreensão de compartilhamento de saberes populares e de sua realidade. A experiência dos discentes perpassou por replanejamentos em função do empecilho inicial na captação de participantes. Todavia, por meio da interrelação pessoal das equipes, o trabalho pôde se tornar efetivo.
Conclusões e/ou Recomendações
A ação mostrou-se exitosa, à medida que, houve contínuos diálogos e escuta ao longo do processo, tanto do planejamento quanto da execução, reafirmando a flexibilidade de um planejamento envolvendo diversos atores com diferentes atuações e com diferentes perspectivas. Assim, espera-se que haja mais estudos que envolvem a interdisciplinaridade no contexto do HIPERDIA, dando ênfase nos critérios de prevenção, promoção e monitoramento de DCNT.
RASTREAMENTO DE MULHERES EM ATRASO PARA O EXAME CITOPATOLÓGICO EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA EXTENSIONISTA
Pôster Eletrônico
1 Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP)
2 Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP))
Período de Realização
De 04 de abril a 11 de junho de 2025, às quartas-feiras no período noturno.
Objeto da experiência
Rastreamento do câncer do colo do útero em duas UBS via busca ativa de mulheres em atraso, no contexto da extensão universitária.
Objetivos
Ampliar acesso ao exame citopatológico por meio de estratégias de busca ativa e coleta em horário alternativo; sensibilizar mulheres sobre a importância do rastreamento oportuno e proporcionar vivências concretas aos estudantes, articulando teoria, prática e realidade social no contexto da extensão.
Descrição da experiência
A atividade de extensão foi desenvolvida com foco na promoção da saúde da mulher, por meio da articulação entre universidade, serviço e comunidade. Estudantes de Enfermagem e Medicina atuaram em dois grupos: um na busca ativa de mulheres em atraso para o exame citopatológico; outro na realização das coletas, após capacitação. As ações ocorreram à noite, ampliando o acesso e promovendo cuidado mais próximo e humanizado.
Resultados
Foram contatadas 220 mulheres por telefone, das quais 98 realizaram o exame citopatológico. A ação alcançou usuárias fora do fluxo regular de atendimento. A oferta em horário noturno favoreceu a adesão. Houve fortalecimento da integração entre ensino, serviço e comunidade. Estudantes vivenciaram na prática ações integradas ao SUS, exercendo escuta, acolhimento e educação em saúde, desenvolvendo competências profissionais e cidadãs voltadas ao cuidado e à equidade.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou lacunas no conhecimento das mulheres sobre a prevenção do cancer do colo uterino, reforçando a importância de ações educativas contínuas. A baixa adesão ao contato telefônico e as ausências apontaram para desafios logísticos que dificultam o acesso aos serviços. Contudo, o envolvimento dos estudantes, orientados por docentes, favoreceu o diálogo com o território, fortalecendo vínculos, o compromisso ético e social e a formação crítica para o cuidado em saúde
Conclusões e/ou Recomendações
A ação mostrou-se exitosa nas dimensões assistencial e formativa, reafirmando o papel transformador da extensão universitária. Recomenda-se a institucionalização de práticas com protagonismo estudantil supervisionado, fortalecendo a articulação ensino-serviço-comunidade, ampliando o cuidado integral às mulheres e consolidando o SUS como campo de formação crítica.
ENFERMAGEM NA PROMOÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE CÂNCER DO COLO DE ÚTERO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 UFRB
2 UNEF
Período de Realização
A atividade foi realizada entre os dias 21 a 23 de novembro de 2024
Objeto da experiência
Ação educativa sobre prevenção do câncer do colo do útero voltada para a população negra.
Objetivos
Relatar a experiência de discentes de Enfermagem em uma ação educativa sobre prevenção do câncer do colo do útero, destacando a importância da Enfermagem na promoção de saúde, especialmente junto à população negra, sensibilizando sobre autocuidado, vacinação e realização do exame preventivo.
Metodologia
Trata-se de um relato de experiência de uma ação extensionista desenvolvida por discentes de Enfermagem de uma Universidade pública da Bahia, durante o Fórum Internacional Pró-Igualdade Racial, em parceria com a Feira de Saúde da População Negra, promovida pelo Estado da Bahia. Utilizou-se levantamento bibliográfico, mesa interativa com folders, peças anatômicas e jogo educativo, favorecendo a participação do público-alvo e esclarecendo dúvidas relacionadas ao tema.
Resultados
A atividade alcançou um público significativo de mulheres, demonstrando que os recursos lúdicos e interativos facilitaram o compartilhamento das informações e aproximaram a comunidade. Observou-se aumento do interesse sobre o tema, fortalecimento do autocuidado e estímulo à realização do exame preventivo, gerando efeito multiplicador na disseminação do conhecimento.
Análise Crítica
Com a experiência tornou-se perceptível que a mediação dialógica e o uso de ferramentas lúdicas em educação em saúde. Refletiu-se sobre a importância de práticas que considerem especificidades culturais e sociais, da população negra, para promover mudanças de comportamento, empoderamento no autocuidado e valorização dos serviços de saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A realização de ações educativas, quando conduzidas de forma participativa e culturalmente sensível, são essenciais na promoção da saúde e na prevenção do câncer do colo do útero. Recomenda-se a aplicação dessas estratégias em diversos territórios, no intuito de influenciar o autocuidado, a busca pelos serviços de saúde e o fortalecimento de medidas preventivas.
ANDANÇAS E INVENTIVIDADES: CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO NAS LUTAS PELAS IDENTIDADES, ANCESTRALIDADE E TERRITÓRIOS
Pôster Eletrônico
1 UNEB
Período de Realização
Ação realizada durante a décima primeira edição do PET-Saúde Equidade em fevereiro de 2025.
Objeto da experiência
Vivência extensionista de universitários durante visita técnica ao Ambulatório LGBTQIAPN+ de Salvador, no âmbito do PET-Saúde Equidade – GT-3.
Objetivos
Apresentar reflexões de dois universitários extensionistas em visita técnica realizada em um Ambulatório Especializado em cuidado da saúde LGBTQIAPN+ em Salvador, e contribuições para formação profissional, interseccionando equidade, sobrecarga laboral e saúde mental dos trabalhadores do serviço.
Descrição da experiência
A visita ao ambulatório LGBTQIAPN+ em Salvador nos mostrou um serviço com profissionais dedicados que oferece atendimento humanizado em saúde mental e outros cuidados, como hormonização e prevenção de ISTs. Apesar dos desafios como alta demanda laboral e sobrecarga da equipe, testemunhamos o comprometimento dos profissionais em garantir cuidados essenciais. A experiência reforçou a importância de investimentos no SUS para ampliar serviços especializados no cuidado específico a essa população.
Resultados
O ambulatório, pioneiro no setor saúde, atende a um número crescente de usuários. Oferece linhas de cuidado em saúde integral, sexual e reprodutiva, saúde mental e hormonização. Destaca-se pela qualidade do atendimento, mas sofre com a sobrecarga, especialmente no setor da psiquiatria. Profissionais relatam exaustão devido à complexidade dos casos e ausência de suporte institucional com a saúde mental dos profissionais, agravada pela identificação dos trabalhadores com a população atendida.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou para os extensionistas como a potência do atendimento humanizado e multidisciplinar impacta positivamente tanto na vida dos usuários quanto na trajetória dos profissionais envolvidos, muitos dos quais também fazem parte da comunidade LGBTQIAPN+. Essa identificação fortalece o vínculo com os pacientes e reforça o sentido de pertencimento e compromisso ético com a causa. Contudo, a alta demanda e limitações estruturais do serviço exigem maior investimento.
Conclusões e/ou Recomendações
O ambulatório representa um avanço na saúde equitativa, fruto da mobilização política e engajamento profissional. Contudo, sua continuidade e eficácia dependem do fortalecimento de políticas públicas com financiamento adequado, ampliação da rede de apoio e suporte à saúde dos trabalhadores. É crucial criar programas de saúde mental para equipes, combater a discriminação, promover equidade racial e fortalecer a Rede de Atenção Psicossocial.
AÇÕES EDUCATIVAS EM PRIMEIROS SOCORROS VISANDO A CAPACITAÇÃO DE PESSOAS EM AMBIENTE ESCOLAR, UM PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
Pôster Eletrônico
1 UNINOVE
Período de Realização
Realizado entre fevereiro de 2024 e maio de 2025, com etapas de capacitação e práticas.
Objeto da experiência
Alunos, pais e funcionários vivenciam o impacto de aprender a agir em emergências, realizando manobras adequadas com responsabilidade e sensibilidade.
Objetivos
Capacitar alunos (9–17 anos), pais, professores e funcionários de escolas de Mauá-SP em Suporte Básico de Vida e Primeiros Socorros, desenvolvendo habilidades práticas em ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e desengasgo para prevenir mortes evitáveis e agir corretamente em emergências.
Descrição da experiência
Houve a capacitação teórica e prática da equipe à frente do projeto por um professor docente da nossa universidade. Após essa capacitação, foram realizadas palestras e simulações práticas em ambientes escolares, envolvendo mais de 200 participantes, entre alunos, pais e professores. Foram realizados um pré-teste para saber o conhecimento dos jovens sobre o assunto e após a intervenção (palestra e simulação) os alunos refizeram o teste.
Resultados
Entre os 239 participantes — compostos por alunos, pais e professores — que participaram do projeto, 66% relataram já ter presenciado uma situação envolvendo uma vítima desacordada. Dentre esses, 86% não souberam como agir ou adotaram condutas inadequadas para a situação. No entanto, observou-se um aumento significativo no número de acertos entre o pré-teste e o pós-teste, com uma média de 12% de melhora.
Aprendizado e análise crítica
A implementação das ações do projeto extensionista de Suporte Básico de Vida (SBV) em 3 escolas de Mauá resultaram em impactos positivos e socialmente relevantes para o aprendizado de desengasgo e RCP com ênfase na capacitação de crianças e adolescentes. Após palestras, uma criança que assistiu soube orientar corretamente um adulto durante um episódio de engasgo que vivenciou. O caso evidencia a aplicabilidade do projeto e seu potencial em preparar a comunidade escolar para emergências reais.
Conclusões e/ou Recomendações
A proposta de capacitar a comunidade escolar de Mauá quanto às técnicas de suporte básico de vida mostrou-se eficaz, alcançando os objetivos. A experiência para os escolares resultou em significativa aquisição de conhecimento, promovendo segurança e preparo frente a emergências, reduzindo riscos de mortes evitáveis. Para nós, alunos, a experiência cumpre o papel da extensão na nossa formação médica, nos aproximando da população no pré-internato.
AÇÕES EXTRAMUROS: ESTRATÉGIA PARA AMPLIAR A COBERTURA VACINAL
Pôster Eletrônico
1 UFG
Período de Realização
O projeto teve início em janeiro de 2025 e tem como previsão ser finalizado em novembro de 2025.
Objeto da experiência
Projeto de ações extramuros de vacinação como estratégia de fortalecimento da cobertura vacinal.
Objetivos
Relatar a experiência de como as ações extramuros realizadas pela Sala de Vacinas da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás (FEN/UFG) contribuem para o fortalecimento da cobertura vacinal em Goiânia.
Metodologia
No início do semestre, foram realizadas capacitações sobre o funcionamento do sistema. Em seguida, a equipe da Sala de Vacinas da FEN/UFG articulou ações extramuros em Goiânia, com planejamento baseado na estimativa de doses a serem aplicadas e na definição dos insumos necessários. As ações foram intensificadas com o início da estratégia de vacinação contra a Influenza.
Resultados
Durante o primeiro semestre de 2025, até o momento, foram realizadas 17 ações de vacinação extramuros em Goiânia, com a administração de 1.920 doses e um total de 1.648 pessoas vacinadas. Dessas, 1.546 doses foram da vacina contra a Influenza. Além da administração dos imunobiológicos, foram feitas análises da situação vacinal e orientações sobre a importância das vacinas, visando ao enfrentamento da hesitação vacinal.
Análise Crítica
As ações extramuros ampliaram o entendimento sobre os desafios da cobertura vacinal, especialmente a hesitação vacinal, exigindo educação em saúde eficaz e humanizada. O aprendizado incluiu a importância do planejamento, capacitação contínua da equipe e uso adequado dos sistemas de informação. A experiência reforça que essas ações contribuem significativamente para ampliar a equidade no acesso às vacinas.
Conclusões e/ou Recomendações
As ações extramuros promovidas pela Sala de Vacinas da FEN/UFG auxiliam no aumento da cobertura vacinal do município, incidindo diretamente na redução de doenças imunopreveníveis. Além disso, a iniciativa fortalece o tripé acadêmico, integrando ensino, pesquisa e extensão, e combate a hesitação vacinal por meio da educação e conscientização da comunidade.
PRECEPTORIA NO SUS: ELO VIVO ENTRE TEORIA E PRÁTICA QUE RESSIGNIFICA O CUIDADO, FORTALECE VÍNCULOS E TRANSFORMA A FORMAÇÃO EM SAÚDE NO COTIDIANO DA APS
Pôster Eletrônico
1 Instituto Aggeu Magalhães IAM- Fiocruz-PE
2 Uninassau Caruaru-PE
3 Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Período de Realização
Junho a setembro de 2024, com atuação semanal junto à equipe da Residência Multiprofissional em Caruaru-PE.
Objeto da experiência
Vivência em preceptoria como instrumento formativo e transformador da prática, fortalecendo a integração ensino-serviço-comunidade no SUS.
Objetivos
Compartilhar a experiência de estágio em preceptoria na Residência Multiprofissional em Saúde da Família em Caruaru-PE, destacando sua potência na formação crítica, na construção de competências colaborativas e na qualificação do cuidado e dos serviços ofertados à população.
Descrição da experiência
Trata-se de um relato vivenciado no estágio em preceptoria, entre junho e setembro de 2024, por uma residente de Saúde Coletiva, atuando junto à equipe da Residência Multiprofissional em Caruaru-PE. A prática envolveu mais de 30 residentes de diversas áreas em atividades como PTS, PSE, matriciamento, visitas domiciliares e educação permanente, promovendo um espaço rico de integração, escuta ativa, troca de saberes e construção compartilhada do cuidado no SUS.
Resultados
preceptoria se consolidou como potente ferramenta de aprendizagem e transformação. Houve ampliação de competências clínicas, éticas e relacionais dos residentes, fortalecimento do trabalho em equipe e maior adesão às práticas colaborativas. Mesmo com desafios estruturais, observou-se maior compromisso com a realidade local, surgimento de propostas de intervenção e produção acadêmica crítica, reafirmando o papel da preceptoria como motor de qualificação da formação e dos serviços.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou que a preceptoria vai além do ensino técnico: ela é espaço vivo de reflexão, escuta e construção horizontal do saber. O cotidiano revelou desafios como agendas sobrecarregadas e necessidade de suporte institucional, mas também potências, como o despertar crítico dos residentes, o fortalecimento de vínculos com a comunidade e a transformação mútua entre os sujeitos envolvidos. Formar em serviço exige coragem, diálogo e um compromisso ético com o cuidado.
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que investir em preceptoria é investir em cuidado de qualidade e formação comprometida com a realidade. Recomenda-se fortalecer o apoio institucional, ampliar parcerias entre ensino e serviço e reconhecer o preceptor como ator fundamental na formação crítica e humana. Que essa experiência inspire políticas públicas que valorizem a educação em serviço e consolidem um SUS formador, resolutivo e sensível às singularidades de cada território
METODOLOGIA DE ENSINO RELACIONADA À APLICAÇÃO PRÁTICA DOS CONHECIMENTOS RELACIONADOS AOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE (SIS) PARA DISCENTES DO CURSO DE MEDICINA
Pôster Eletrônico
1 UESC
Período de Realização
A realização dessa experiência ocorreu no período de maio de 2024 a março de 2025.
Objeto da experiência
Contribuir com a formação dos estudantes do curso de Medicina da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) acerca dos conhecimentos sobre os SIS.
Objetivos
Disseminar os conhecimentos relacionados aos SIS aos estudantes do 1° e 2° ano do Curso de Medicina, além de colocá-los em contato, através de simulações práticas, com os principais documentos utilizados na atenção básica, reforçando a importância do tema na sua formação profissional.
Descrição da experiência
Consistiu em uma série de experiências e simulações práticas acerca dos conhecimentos referentes aos SIS. Foram realizados encontros presenciais bimensais com os alunos de cada série, de maneira intercalada. Foram realizados 3 encontros temáticos com cada turma, totalizando 6 encontros. Os encontros tiveram como temas respectivamente em ordem: “SIS“; SISAB - Prontuário do cidadão e Coleta de Dados Simplificada (CDS); e o SINAN e o Sistema de Vigilância Epidemiológica.
Resultados
Os encontros foram fundamentais para preparar os alunos para a prática clínica dentro da Atenção Primária à Saúde (APS), uma vez que atribui aos profissionais a necessidade de preencher os documentos necessários para a segurança do paciente e profissional e para o financiamento e valorização da atenção básica. Trabalhamos com casos clínicos e exemplos práticos para que os alunos preenchessem as fichas mais comumente usadas na APS.
Aprendizado e análise crítica
Os dados de avaliação coletados ao final de cada encontro nos mostraram a importância da mudança de estratégias de ensino para preparar os estudantes para a vida profissional, entendendo a real significância dos SIS na vida prática. Ainda, apesar da interação necessária nas oficinas entre alunos e professor, é árduo deixar o ensino tradicional para obter uma via recíproca de aprendizado e construção do conhecimento
Conclusões e/ou Recomendações
Este projeto de iniciação à docência propõe uma nova forma de ensinar os temas referentes à Saúde Coletiva, de modo a engajar os alunos no aprendizado prático dos temas teóricos visto ao longo do Curso de Medicina. Ainda, torna o aluno o agente produtor do próprio conhecimento resultando na valorização e entendimento dos SIS como componente fundamental na estrutura do SUS.
PROCESSO CIRCULAR: FERRAMENTA PARA EMANCIPAÇÃO ACERCA DE PREVENÇÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS E GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 UEPA
Período de Realização
O planejamento iniciou no dia 24 de março e a Experiência foi realizada no dia 16 de maio de 2025.
Objeto da experiência
Relatar a vivência de discentes no planejamento e intervenção sobre ISTs e gravidez na adolescência.
Objetivos
Narrar o processo de planejamento e a aplicação do processo circular em uma intervenção do programa saúde na escola com estudantes de nível médio de uma escola estadual em Belém/PA.
Metodologia
Foram abordados a gravidez na adolescência, métodos contraceptivos e uso correto dos preservativos. Discutiram-se as ISTs: gonorreia, sífilis, HPV e herpes, com apoio de cartazes ilustrados. A aplicação do círculo de cultura, com recursos visuais e lúdicos, promovendo aproximação e empoderamento acerca das ISTs, de forma acolhedora e emancipadora, formando o diálogo aberto e proporcionando acesso às informações e troca de saberes. Também se aplicaram dinâmicas lúdicas e interativas.
Resultados
O uso de atividades em processos circulares permite estratégias de acolhimento com os participação e revela-se extremamente eficaz, tanto consolidar o conhecimento quanto para promover a emancipação dos estudantes. Essa metodologia, ao aliar elementos lúdicos aos conteúdos educativos, colaborou significativamente para os objetivos da intervenção, especialmente no enfrentamento da desinformação e na sensibilização do público de maneira lúdica, participativa e envolvente.
Análise Crítica
Considerando os tabus e resistência por parte dos alunos acerca do tema, a vivência foi extremamente enriquecedora para as discentes. Planejar, executar e avaliar uma ação real reforçou habilidades como trabalho em equipe, comunicação, escuta ativa e empatia, os pilares fundamentais da prática da educação popular em saúde. E ainda possibilitou a integração entre teoria e prática, contribuindo para uma formação mais crítica, humana e comprometida com os princípios do SUS e da promoção da saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A intervenção desenvolvida pelas discentes evidenciou, na prática, a potência transformadora da educação popular no ambiente escolar. Esse ambiente se mostrou um espaço estratégico e receptivo para o diálogo, onde temas relevantes puderem ser abordados de forma acolhedora e respeitosa. Essa vivência fortalece os futuros profissionais para perpetuar ações voltadas para o PSE, pautado nos princípios da Educação Popular em Saúde.
FORMAÇÃO E PRÁTICA NA DISCIPLINA DE SAÚDE FAMILIAR: RELATO DA EXPERIÊNCIA NA APS.
Pôster Eletrônico
1 UnB
Período de Realização
Outubro/2024 a Fevereiro/2025
Objeto da experiência
Monitoria da disciplina Saúde Familiar, com foco no fortalecimento da APS como ordenadora do SUS.
Objetivos
Fortalecer o processo de ensino-aprendizagem da disciplina Saúde Familiar, atuando como facilitadoras de conhecimento, apoiando alunos nas discussões teóricas, atividades práticas e no entendimento da APS e das redes de atenção à saúde.
Descrição da experiência
Atuamos como monitoras da disciplina, participando ativamente das discussões em sala, mediando dúvidas, disparando reflexões e facilitando a compreensão dos conteúdos. Acompanhamos os alunos nas atividades de reconhecimento do território das UBS e nas ações extensionistas, fortalecendo a compreensão sobre a atuação da APS na organização do SUS.
Resultados
Houve fortalecimento do vínculo entre alunos, docente e monitoras, além de maior participação e engajamento nas atividades. Os estudantes demonstraram melhor compreensão dos conceitos de APS, redes de atenção e organização do SUS. Para as monitoras, a experiência desenvolveu habilidades pedagógicas e aprofundou a formação acadêmica.
Aprendizado e análise crítica
A experiência proporcionou desenvolvimento de habilidades como comunicação, escuta ativa e mediação de saberes. Contribuiu para uma visão crítica sobre os desafios da APS, a importância do território na construção do cuidado e o papel da formação acadêmica na consolidação de profissionais comprometidos com o SUS.
Conclusões e/ou Recomendações
A monitoria se mostrou uma estratégia potente para qualificar o processo de ensino-aprendizagem. Recomenda-se a ampliação e o fortalecimento desse espaço formativo, valorizando a participação discente ativa, especialmente em disciplinas que abordam práticas do SUS e os desafios da APS.
FORMAÇÃO PARA DOCÊNCIA EM TEMPOS DE I.A. GENERATIVA: UMA EXPERIÊNCIA CRÍTICA AO “TECNOSOLUCIONISMO”
Pôster Eletrônico
1 Fiocruz
Período de Realização
maio-junho de 2025
Objeto da experiência
Os impactos do uso de inteligências artificiais generativas nos processos formativos de estudantes de pós-graduação.
Objetivos
Os objetivos são: discutir os desafios que o uso de inteligência artificial generativa acarreta aos processos formativos e analisar uma experiência docente com estudantes de pós-graduação em uma abordagem crítica à presença do “tecnosolucionismo” nas atividades de ensino-aprendizagem e pesquisa.
Descrição da experiência
Trata do processo de elaboração e aplicação do plano de aula “Imaginação e escrita na pesquisa social em tempos de I.A. Generativa: uma perspectiva crítica ao ‘tecnosolucionismo’”. A aula foi construída como atividade de avaliação final da disciplina obrigatória de Formação para Docência do Programa de Pós-graduação em Informação e Comunicação em Saúde do Icict/Fiocruz. A aula será realizada em 24/06/2025 com recém ingressantes no mestrado e doutorado e prevê o uso de metodologias ativas.
Resultados
Os resultados esperados são: a) reflexão sobre escrita e produção do conhecimento como atividades inseparáveis; b) mapeamento de percepções e usos de ferramentas de inteligência artificial generativa em processos formativos na pós-graduação; c) debate sobre a relação entre produtivismo, “tecnosolucionismo” e adoecimento na academia.
Aprendizado e análise crítica
A expectativa é que a atividade promova um aprendizado sobre as maneiras como a comunidade acadêmica está incorporando as ferramentas de inteligência artificial generativa — e as ideologias que lhe embasam — e, assim, contribua para fomentar as reivindicações pela regulação dessas tecnologias no âmbito da educação e da produção do conhecimento.
Conclusões e/ou Recomendações
Consideramos que o uso de inteligências artificiais generativas acarreta desafios para os processos formativos e investigativos em contextos de promoção da democracia, da equidade e da justiça climática. Assim, concluímos que, a despeito de sua aparente inevitabilidade, a prática docente e discente deve fomentar uma visão crítica acerca dos limites que envolvem o uso dessas ferramentas na atualidade.
CONTRIBUIÇÕES DO ESTÁGIO EM ENFERMAGEM PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL: INTEGRANDO PESQUISA E PRÁTICA NOS SERVIÇOS DE SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 Centro de Estudos, Pesquisa e Prática em Atenção Primária a Saúde e Redes (CEPPAR)/ Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein
2 Centro de Estudos, Pesquisa e Prática em Atenção Primária a Saúde e Redes (CEPPAR)
Período de Realização
Março a novembro de 2025
Objeto da experiência
Vivência no estágio extracurricular no Centro de Estudos, Pesquisa e Prática em Atenção Primária à Saúde e Redes (CEPPAR) no município de São Paulo.
Objetivos
Refletir sobre contribuições da experiência do estágio na graduação de Enfermagem para formação profissional com enfoque na diminuição da lacuna entre pesquisa e prática nos serviços de saúde.
Metodologia
A experiência ocorreu durante o estágio no CEPPAR, no contexto de Unidades Básicas de Saúde e Centros de Atenção Psicossocial. As atividades envolveram a participação nos Núcleos Locais de Pesquisa e Melhores Práticas desses serviços e as seguintes ações: O estímulo à produção científica com base em problemáticas vivenciadas no cotidiano do cuidado e a organização de eventos científicos, apoiando a produção e valorização dos trabalhos.
Resultados
O estágio permitiu maior aproximação com os desafios enfrentados nos territórios e com a realidade dos serviços, fortalecendo a percepção da importância da pesquisa na melhoria da qualidade do cuidado. Observou-se uma valorização dos saberes locais, ao incentivar a sistematização de experiências, como a organização de eventos científicos protagonizados por profissionais dos serviços, promovendo sua atuação como produtores de conhecimento, fortalecendo os vínculos entre universidade e rede.
Análise Crítica
A pesquisa aplicada em territórios reais evidenciou que o conhecimento se constrói em diálogo com a prática. A valorização dos saberes dos profissionais e a construção coletiva de soluções podem qualificar os processos de trabalho, podendo gerar impactos concretos na melhoria do cuidado. A experiência ampliou a compreensão da estudante sobre o SUS e sua potência transformadora, revelando que a equidade se faz ouvindo quem vive os desafios do cuidado e construindo juntos caminhos possíveis.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência formativa no CEPPAR demonstrou o potencial transformador da inserção de estudantes em núcleos de pesquisa na APS, ao articular formação, serviço e realidade dos territórios. Recomenda-se a ampliação de iniciativas semelhantes, que integrem ensino, serviço e pesquisa, como estratégia para qualificação da formação em saúde e fortalecimento da equidade, da participação e da justiça social nos territórios.
ARTE, INTERSECCIONALIDADE E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DECOLONIAIS NA FORMAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Pôster Eletrônico
1 Instituto de Saúde Coletiva - UFBA
Período de Realização
Segundo semestre letivo de 2024 (2024.2)
Objeto da experiência
Relato de experiência formativa no tirocínio com estudantes da saúde, unindo arte, criação e pedagogia crítica para refletir sobre desigualdades
Objetivos
A experiência promoveu abordagens educativas que unem arte, sensibilidade política e saberes em saúde, estimulando a expressão crítica dos estudantes e valorizando narrativas diversas, respeitando a singularidade dos saberes em temas da Saúde Coletiva
Descrição da experiência
A experiência na disciplina de Introdução à Saúde Coletiva rompeu formatos tradicionais e incentivou produções autorais em diversas linguagens (fotografia, vídeo, poesia etc.). Guiados por eixos como corpo, território, memória e resistência, os estudantes apresentaram temas de forma livre e dialogada. A visita ao Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira foi fundamental, inspirando registros e reflexões sobre identidade e epistemologias periféricas
Resultados
As produções revelaram múltiplas perspectivas, com olhares críticos e sensíveis sobre saúde, desigualdades e cuidado. Fotografias, vídeos, poemas e textos mostraram a força da linguagem artística como mediadora do conhecimento, resgatando saberes e experiências no espaço acadêmico, culminando em um portfólio final
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou o valor de práticas pedagógicas sensíveis e decoloniais na formação crítica em Saúde Coletiva. A articulação entre arte, subjetividade e teoria ampliou o envolvimento dos estudantes e fortaleceu o vínculo com os territórios e sua importância na formação. A escuta das narrativas estudantis gerou deslocamentos significativos nos modos de ensinar e aprender, promovendo uma formação mais plural e significativa
Conclusões e/ou Recomendações
Concluímos que integrar arte à formação em Saúde Coletiva amplia a produção de sentidos, favorece o pensamento crítico e valoriza a diversidade de saberes. A criação artística potencializa o aprendizado ao envolver afetos, experiências e reflexões, enriquecendo o conhecimento e fortalecendo a formação no campo.
ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL E PARTO (PNP) EM COMUNIDADES RIBEIRINHAS E INDÍGENAS DA AMAZÔNIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM MINICURSO
Pôster Eletrônico
1 Ufopa/ProfSaude
Período de Realização
Nos dias 09 e 10 de abril de 2025 durante o I Seminário de Atenção Primária na Amazônia, em Santarém, PA
Objeto da experiência
Relatar a realização do minicurso: Assistência ao pré-natal e parto em comunidades ribeirinhas e indígenas da Amazônia
Objetivos
Discutir o pré-natal na realidade das comunidades amazônicas; apresentar a influência dos saberes tradicionais na assistência ao pré-natal e parto e demonstrar como ocorre o trabalho de parto com base na experiência de parteiras tradicionais das regiões do Marajó e Baixo-Amazonas.
Metodologia
Minicurso dividido em 2 dias, 1h30 cada. No 1º: teorização do pré-natal, parto habitual e de alto risco, com base nos manuais do MS, e das principais intercorrências presentes na região. No 2º: interação em 5 grupos divididos de forma aleatória para discussão a partir de questões norteadoras sobre desafios e potências do PNP. Diálogo com enfermeira obstetra sobre a importância da humanização no PNP e, diálogo sobre a experiência de uma parteira indígena da aldeia Maró, região do Baixo Amazonas.
Resultados
Das 37 pessoas inscritas participaram 19 no 1º dia e 17 no 2º dia. 94,7% eram mulheres, 63,16% dos cursos de graduação e 15,79% da residência em ESF, ambos da UFOPA. Os 21,05% restantes corresponderam a 1 aluno de graduação, 1 médica, 1 enfermeira e 1 mestranda. As respostas às perguntas disparadoras apresentaram: protagonismo, acolhimento, cuidado, prevenção, infraestrutura, acesso e capacitação profissional.
Análise Crítica
A saúde materna e infantil é tema fundamental para a saúde global, mas na Amazônia, onde vivem populações tradicionais, como indígenas e ribeirinhas, há desafios como escassez de recursos, de infraestrutura, barreiras interculturais que comprometem o cuidado às gestantes e bebês. Estratégias adaptadas a essa realidade como a realização do minicurso são essenciais para propor equidade e qualidade de vida à essa população, com enfoque à pluralidade cultural e no cuidado singular da nossa região.
Conclusões e/ou Recomendações
A implementação de pré-natal de qualidade em comunidades ribeirinhas e indígenas da Amazônia deve respeitar as culturas locais, integrando saberes tradicionais e médicos, promovendo atenção humanizada, acessível e eficaz. Com o minicurso foi possível apresentar práticas e conhecimentos de trabalhadores e detentores de saberes tradicionais para a implementação da adequada assistência ao PNP em diversos contextos amazônicos.
PRECEPTORIA NO PROGRAMA MAIS SAÚDE COM AGENTE: FORTALECIMENTO DAS PRÁTICAS EM TERRITÓRIO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
Pôster Eletrônico
1 UFS
Período de Realização
março a junho de 2025, um recorte do período de execução do curso.
Objeto da experiência
O desenvolvimento da atividade de preceptoria dos Agentes Comunitário de Saúde (ACS) no Programa Mais Saúde com Agente (PMSA).
Objetivos
Analisar o processo de preceptoria no curso técnico do PMSA, identificar os desafios enfrentados pelos ACS na adaptação tecnológica e compreender como supervisão pedagógica e apoio técnico contribuíram para a qualificação profissional.
Descrição da experiência
A experiência ocorreu no contexto da formação técnica dos ACS, ofertada pelo PMSA na modalidade híbrida, com atividades teóricas realizadas no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e atividades práticas presenciais nos territórios com as atividades práticas supervisionadas em campo. Como preceptora, acompanhei os ACS nas unidades de saúde, articulando teoria e prática por meio de rodas de conversa e mediação pedagógica, além do planejamento de ações em saúde.
Resultados
Com relação às atividades práticas, a experiência resultou em maior integração entre ACS e equipe multiprofissional, fortalecimento do planejamento em saúde e ampliação das ações educativas nas comunidades. Identificou-se que os ACS enfrentaram limitações de conectividade e domínio digital para realizar as atividades no AVA. Apesar disso, com apoio da preceptoria, colegas e familiares, superaram os obstáculos e se apropriaram dos conteúdos.
Aprendizado e análise crítica
A experiência como preceptora evidenciou o papel essencial da mediação pedagógica na formação de trabalhadores da saúde. A preceptoria foi fundamental para facilitar a integração entre teoria e prática e incentivar a troca de experiências no cotidiano dos serviços. Desafios como desigualdades digitais e baixa familiaridade com a educação à distância (EAD) exigiram sensibilidade, escuta ativa e estratégias contextualizadas.
Conclusões e/ou Recomendações
A formação técnica do PMSA, aliada à preceptoria, contribuiu significativamente para a autonomia dos ACS e aprimoramento das práticas em território. A modalidade EAD mostrou-se potente, mas requer apoio pedagógico contínuo. Faz-se necessário ampliar a formação de preceptores, investir em inclusão digital e garantir políticas que sustentem a educação permanente como estratégia de fortalecimento do SUS
CONSTRUINDO INTEGRAÇÃO ENSINO, SERVIÇO E COMUNIDADES NO MUNICÍPIO DE SALVADOR: COSTURANDO RELAÇÕES E AMPLIANDO HORIZONTES
Pôster Eletrônico
1 Escola de Saúde Pública de Salvador
2 Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
3 Universidade do Estado da Bahia
Período de Realização
A experiência coletiva do CIESC entre instituições de saúde e educação iniciou-se em junho de 2024.
Objeto da experiência
Implantação do Colegiado de Integração Ensino, Serviço e Comunidades (CIESC) na Escola de Saúde Pública de Salvador - Bahia.
Objetivos
Relatar o processo de criação e implantação do Colegiado de Integração Ensino, Serviço e Comunidades (CIESC) da Escola de Saúde Pública de Salvador - Bahia.
Descrição da experiência
O colegiado de integração ensino, serviço e comunidades constitui-se em uma instância deliberativa que atua no âmbito municipal, na negociação, articulação, planejamento, discussão, proposição, monitoramento, avaliação e fortalecimento das ações de integração ensino, serviço e comunidades entre a Escola de Saúde Pública de Salvador (ESPS) e Instituições de Ensino Superior e Técnico públicas e privadas que utilizam os cenários de prática do município.
Resultados
Na perspectiva de proporcionar cenários de formação que permitam aliar o domínio da técnica com o agir político, visando atender as necessidades de saúde da população, direitos sociais, atenção integral à saúde, equidade, universalidade e controle social. Nos encontros e oficinas realizadas foram definidos composição, regimento interno de funcionamento, diagnóstico, perfil e percepção dos supervisores/preceptores e planejamento das ações para o plano de trabalho anual do CIESC.
Aprendizado e análise crítica
O processo de implantação do CIESC tem sido uma experiência de construção dialógica, que vem provocando reflexões críticas acerca das especificidades das relações de integração ensino, serviço e comunidades, em um contexto plural de pessoas e instituições. Com a finalidade de planejar, discutir e propor estratégias de melhoria da articulação pedagógica entre as IES e os campos de prática e estágios na rede SUS de Salvador, o CIESC enfrenta a dificuldade de representação das comunidades.
Conclusões e/ou Recomendações
A integração ensino, serviço e comunidades deve ser fortalecida, permitindo a corresponsabilização de estudantes, docentes, trabalhadores, gestores, e controle social nas transformações necessárias. Para isto, o CIESC é estratégico para reorientar a formação profissional com metodologias participativas e colaborativas, busca de consensos, proximidade com a comunidade e a utilização dos instrumentos de monitoramento e avaliação.
EXPERIÊNCIA DE UMA SANITARISTA ATUANDO NA DOCÊNCIA NO DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA DA UFRN
Pôster Eletrônico
1 UFRN
Período de Realização
Fevereiro de 2024 a Junho de 2025 no Departamento de Saúde Coletiva na UFRN.
Objeto da experiência
Relatar a experiência da egressa da graduação em Saúde Coletiva atuando enquanto professora substituta no Departamento de Saúde Coletiva na UFRN.
Objetivos
Descrever as dificuldades e potencialidades na atuação docente para formação dos bacharéis em Saúde Coletiva e Medicina na Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Descrição da experiência
Contribuir para a formação de futuros profissionais médicos e sanitaristas é uma responsabilidade significativa. Enquanto egressa da graduação em Saúde Coletiva, trago comigo reflexões construídas no período em que fui estudante, as quais hoje aprofundo a partir do meu lugar como docente. Essa trajetória me permite analisar criticamente os desafios enfrentados na formação em saúde e, ao mesmo tempo, pensar em formas de contribuir e fortalecer os processos de aprendizagem.
Resultados
Utilizar metodologias ativas é um grande diferencial na atuação docente, principalmente para quebra de paradigmas nas formações em saúde, visando romper essa lógica apenas com o enfoque da doença. Isso permite a compreensão do conceito ampliado de saúde, com ênfase nos determinantes e condicionantes sociais em saúde e com uma abordagem crítica e reflexiva do processo saúde-doença.
Aprendizado e análise crítica
Nesse tempo como docente, as principais limitações analisadas são o tempo de contrato, o vínculo frágil de trabalho e o prazo do contrato, o qual pode ser renovado por semestre letivo - impactando no tempo limitado de atuação profissional. No campo da formação, atuar com metodologias ativas, casos clínicos, simulações, simulados, e ministrar o conteúdo teórico e em seguida resolver questões com a turma contribuem para a fixação do conteúdo e promovem uma aprendizagem significativa entre os discentes.
Conclusões e/ou Recomendações
No exercício da docência, a escuta ativa, bem como a coerência entre o discurso e a prática é um compromisso em ato para formação crítica dos discentes. Tornar-se professora jovem é ocupar um espaço de poder que desafia expectativas sociais e institucionais. Apesar dos desafios, essa experiência fortaleceu minha compreensão de que a autoridade docente se constrói no cotidiano.
O QUE A UPA TEM A NOS ENSINAR SOBRE A REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA DE INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO
Pôster Eletrônico
1 UFRJ - Macaé
Período de Realização
Tal experiência acontece durante o segundo período da graduação de medicina da UFRJ Macaé
Objeto da experiência
Campo prático da disciplina Saúde da Comunidade II a partir da entrada do usuário na rede de atenção à saúde (RAS) pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA)
Objetivos
Descrever a construção do campo prático da disciplina de Saúde da Comunidade II, durante o processo formativo da graduação em medicina, no contexto da entrada do usuário do SUS na RAS a partir da UPA
Descrição da experiência
A Saúde da Comunidade II pertence ao 2º período do curso de medicina da UFRJ/Macaé e tem como eixo central a discussão das RAS. Optou-se por construir o campo prático apresentando aos alunos a entrada do usuário na rede pela urgência e emergência. As vivências na UPA envolvem discutir estrutura física, fluxos de pacientes, processos de trabalho de profissionais de saúde, observação do acolhimento, classificação de risco, consultas, fluxos de encaminhamento e integração com outros pontos da RAS.
Resultados
A disciplina propõe uma mudança de paradigma ao mostrar que o acesso do usuário à RAS pode ocorrer por qualquer serviço, mesmo que a atenção primária seja preferencial. Tais vivências permitiram a identificação de questões sobre o papel da UPA na organização da rede e sobre as barreiras enfrentadas pelos usuários. Observa-se a importância deste equipamento na construção da rede de atenção, mesmo que com limitações percebidas pelos alunos no que se refere ao vínculo e a continuidade do cuidado.
Aprendizado e análise crítica
Discutir a entrada do usuário do SUS pela UPA é uma oportunidade de avaliar as formas de cuidado possíveis na rede de urgência e emergência, as necessidades e vulnerabilidades da população e as barreiras de acesso impostas também pela APS. Destacou-se a necessidade de fortalecer a integração entre níveis de atenção e superar tais barreiras. Os estudantes relataram maior capacidade crítica para analisar fluxos assistenciais e sugerir melhorias na rede.
Conclusões e/ou Recomendações
Vivenciar este campo prático permite uma ampliação de perspectivas no que, pedagogicamente, está convencionado: iniciar as práticas de Saúde Coletiva pela APS para construção de um raciocínio em rede. Recomenda-se a reflexão sobre as formas de apresentação das redes de atenção à saúde nas atividades práticas oferecidas pelos cursos de medicina, reforçando a importância de diversificar os cenários de prática em diferentes pontos da rede.
VIVÊNCIAS NO SUS: ENTRE POVOS, TERRITÓRIOS E BIOMAS
Pôster Eletrônico
1 ESCOLA DE GOVERNO FIOCRUZ
Período de Realização
Junho de 2025, de 7 a 13, na região Centro-Oeste, durante a sétima vivência do ciclo VERSUS.
Objeto da experiência
Promover espaços dialógicos e intersetoriais de reflexão crítica sobre o SUS e sua agenda prioritária.
Objetivos
Favorecer o encontro entre sujeitos e territórios para a construção de compromissos ético-políticos em saúde, a partir da imersão crítica no SUS e da visibilidade às agendas estratégicas do sistema, por meio de vivências com diferentes atores e espaços do cuidado e da gestão.
Metodologia
Trata-se de um relato de experiência construído após a participação na sétima vivência do ciclo VERSUS 2025, retomada do programa voltado à formação de facilitadores. Durante a imersão, participantes atuaram em atividades de educação popular, rodas de conversa e visitas a serviços e territórios, promovendo debates sobre o SUS, suas redes, princípios, políticas públicas e os desafios enfrentados no contexto atual.
Resultados
A vivência permitiu observar o SUS em sua complexidade: da gestão federal ao cuidado nos territórios. Foram visitadas unidades de atenção primária e secundária, espaços de práticas populares e indígenas, serviços de saúde pública e movimentos sociais. Identificou-se o impacto das políticas de financiamento e gestão na efetivação da equidade, da integralidade e da participação social.
Análise Crítica
O VERSUS revelou-se uma experiência potente de formação crítica, ao aproximar teoria e prática com base na educação popular. Destaca-se o fortalecimento dos vínculos entre sujeitos e territórios, o reconhecimento da diversidade dos modos de cuidar e da importância das lutas coletivas como motor de resistência e transformação do SUS.
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se a continuidade e expansão do programa como estratégia de educação permanente e popular em saúde. A experiência contribui para consolidar práticas comprometidas com a democracia, com o direito à saúde e com o fortalecimento dos territórios, por meio da escuta, da convivência e da articulação intersetorial.
ANÁLISE DE POLÍTICAS DE SAÚDE BUCAL NO BRASIL — EIXO DO OBSERVATÓRIO DE ANÁLISE POLÍTICA EM SAÚDE (OAPS): CONTRIBUIÇÕES PARA A RESIDÊNCIA EM SAÚDE COLETIVA
Pôster Eletrônico
1 ISC/UFBA
Período de Realização
Baseia-se na experiência dos residentes no Eixo de Saúde Bucal do OAPS, no período de 2024 a 2025.
Objeto da experiência
Contribuir nas pesquisas, discussões científicas do Eixo e participar do processo de coleta e análise de informações do campo da Saúde Bucal Coletiva.
Objetivos
Relatar a experiência de 4 cirurgiões-dentistas (CDs) residentes em Saúde Coletiva (Planejamento e Gestão) no Eixo de Saúde Bucal (Eixo-SB) do Observatório de Análise de Políticas em Saúde - OAPS (ISC/UFBA) e as possíveis contribuições desse espaço à formação do CD enquanto sanitarista.
Descrição da experiência
Os residentes são inseridos no OAPS podendo optar por um dos 12 eixos. O Eixo-SB possui quatro dimensões: Implantação, Financiamento, Participação Social e Resultados Alcançados, apresentadas em relatórios anuais, que integram uma matriz, produzidos com a participação dos residentes, através da coleta de dados em sites oficiais e sistemas de informação em saúde. Os residentes também participam apresentando trabalhos sobre temas relevantes para o campo da SBC e nas discussões científicas do Eixo.
Resultados
A participação no Eixo tem possibilitado o registro e a análise de fatos importantes no campo da SBC, bem como a integração entre os saberes de diversos estudantes, desde a graduação até o doutorado. Os residentes desenvolvem suas habilidades em pesquisa e uma consciência crítica sobre a SBC, inclusive sob um perspectiva sociológica e histórica, expandindo o olhar para além da boca. Ao final de cada ano os residentes têm seus achados incluídos na matriz anual do Eixo, divulgada no site do OAPS.
Análise Crítica
O Eixo-SB é um espaço oportuno para a formação do CD enquanto sanitarista e iniciante na pesquisa em saúde bucal coletiva, visto o seu comprometimento com a pesquisa e a análise de políticas de saúde bucal que impactam diretamente na saúde da população, possibilitando a discussão e aprimoramento de produções técnicas desenvolvidas nos campos práticos da residência (DS, SMS e SES). O Eixo-SB tem seu posicionamento pautado na defesa do SUS e da saúde bucal como um direito humano universal.
Conclusões e/ou Recomendações
A participação dos residentes no Eixo deve ser incentivada dada a sua evidente contribuição para a formação em saúde coletiva, mas também por ser um espaço ativo e atualizado que incentiva a continuidade da formação acadêmica na área da pesquisa através do mestrado e doutorado. Destaca-se que a participação no Eixo-SB se dá de forma voluntária e não é exclusiva para CD, contudo, uma maior identificação é apresentada por egressos de Odontologia.
CAMPANHA MULTIVACINAL NA UNIVERSIDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 UEA
Período de Realização
Campanhas multivacinais: Dez. de 2023, Maio e Out. de 2024, na Universidade do Estado do Amazonas.
Objeto da experiência
Aproximar a prevenção vacinal junto aos acadêmicos da Escola de Saúde, apresentando a atuação da atenção Básica como experiência de ensino-serviço.
Objetivos
Descrever a integração entre ensino e serviço durante as campanhas de multivacinação na Escola Superior de Ciências da Saúde da Universidade do Estado do Amazonas.
Descrição da experiência
Após uma visita técnica, a UBS firmou uma parceria com a Unidade de Desenvolvimento Docente e Apoio ao Ensino da Escola Superior de Ciências da Saúde (UDDAE/ESA) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), com o objetivo de aumentar a cobertura vacinal na academia, sendo ofertadas as seguintes vacinas Influenza, Covid moderna XBB, Hepatite B, Difteria e tétano, Tríplice Viral, Febre Amarela, Meningite, HPV até os 19 anos (com receita médica).
Resultados
Na primeira campanha, foram administradas 540 doses de vacinas, enquanto na segunda foram 780 doses em dois dias e 354 doses foram administradas na terceira campanha.
A parceria entre a Universidade e a UBS, possibilitou a atualização do status vacinal da comunidade acadêmica, fato este primordial para a manutenção da segurança nas práticas assistenciais e prevenção de doenças por contaminação por fluídos orgânicos e outros agravos transmissíveis.
Aprendizado e análise crítica
A interação entre acadêmicos, professores e colaboradores da UDDAE/ESA/UEA com os profissionais da atenção básica foi algo a ser destacado, sendo harmoniosa e efetiva. Em relação à participação nas atividades executadas, os alunos puderam ter a experiência, não apenas prática, mas de interação profissional discente, e com isso adquiriram maior conhecimento sobre as vacinas e todo o processo de vacinação.
Conclusões e/ou Recomendações
Elencar teoria a prática contribui para desenvolver habilidades na formação de profissionais críticos e reflexivos capazes de atuar em ações de prevenção e promoção da saúde. Foi salutar levar a campanha multivacinal para dentro da universidade, promovendo a saúde através da cobertura vacinal, proporcionando a integração entre a academia e o serviço de atenção básica
CURSO DE FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DAS EQUIPES MULTIPROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: PERCEPÇÃO E VIVÊNCIA DE UMA DUPLA DE DOCENTES DE APRENDIZAGEM
Pôster Eletrônico
1 Universidade de São Paulo, USP
2 Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP
3 Universidade Federal de Pernambuco, UFPE
4 Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, PM/RJ
Período de Realização
Início da primeira turma do Curso: 6 de fevereiro de 2025. Previsão de término: 3 de julho de 2025
Objeto da experiência
Experiência da dupla de docentes em uma turma da 1ª edição do Curso de Formação dos Profissionais das eMulti, durante o primeiro semestre de 2025
Objetivos
Descrever a experiência vivida e a percepção de dois docentes de aprendizagem durante o período de realização da 1ª edição do Curso de Formação dos Profissionais das eMulti, considerando: metodologia, participação de alunos, encontros semanais síncronos, atividades de dispersão assíncronas
Metodologia
A 1ª edição do Curso de Formação dos Profissionais das eMulti aconteceu no primeiro semestre de 2025. Previamente, houve 10 turmas do curso de preparação dos futuros docentes, para aprendizado da metodologia Balint-Paideia e dos principais temas a serem trabalhados. Os encontros semanais síncronos começaram em fev/25, por meio de plataforma de webconferência (Zoom). A metodologia convoca à troca de experiências e, assim, a turma 93 foi se tornando mais participativa e os encontros, muito ricos
Resultados
Na turma 93 tivemos 18 alunos, dos 25 inscritos, de 6 categorias profissionais: assistente social, educador físico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, psicólogo. Esses profissionais são atuantes em eMulti de 12 municípios, todas de um mesmo estado da Federação. A estrutura dos encontros era: dupla de alunos apresenta caso para discussão e, após intervalo, atividade em subgrupos com circulação da palavra, oferta teórica, avaliação do encontro e orientação da atividade assíncrona
Análise Crítica
O papel dos docentes é apoiar o processo ensino-aprendizagem e construção do conhecimento por meio de metodologia ativa Balint-Paideia e oferta teórica. O enfoque do trabalho é a troca de experiências para ressignificação do próprio fazer profissional no sentido do cuidado integral em saúde. São muitos os desafios na prática, porém vimos alunos muito interessados e com relatos de mudanças positivas ainda no decorrer do curso
Conclusões e/ou Recomendações
Este curso tem amplo alcance. Nesta primeira edição, foram 109 turmas e 2.743 matriculados de todas as regiões do país. Foram trabalhadas diversas competências para o desenvolvimento de estratégias para fortalecimento das eMulti: apoio matricial, interdisciplinaridade, cuidado integral, etc. Consideramos necessidade de formação sobre eMulti para gestores, que pelo relato dos alunos, se trata de um desafio para o desenvolvimento do trabalho
CONTRAPARTIDAS DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO COMO ESTRATÉGIA DE FORTALECIMENTO DO SUS: EXPERIÊNCIA DA SESAP/RN NA INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE
Pôster Eletrônico
1 Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap/RN).
Período de Realização
Janeiro de 2022 a junho de 2025
Objeto da experiência
Implementação de diretrizes para contrapartidas de instituições de ensino como instrumento de fortalecimento do SUS no RN.
Objetivos
Analisar experiências da Sesap/RN nos últimos três anos na formalização e operacionalização das contrapartidas de instituições de ensino, com foco na integração ensino-serviço-comunidade e no fortalecimento da rede SUS, além de discutir desafios e estratégias adotadas.
Descrição da experiência
Com base na Portaria Interministerial nº 1.124/2015, a Sesap/RN criou diretrizes para contrapartidas de instituições de ensino por meio das Portarias nº 001/2018 e nº 1344/2019. Os NEPs articulam demandas locais, mediando a atuação das instituições e assegurando coerência com os serviços, fortalecendo a integração ensino-serviço-comunidade.
Resultados
A experiência fortaleceu o SUS no RN, ampliando o acesso, qualificando os serviços e incentivando a formação em serviço. As contrapartidas resultaram na chegada de equipamentos e melhoria da infraestrutura das unidades, beneficiando o cuidado à população e os campos de prática. A mediação dos NEPs consolidou a integração ensino-serviço-comunidade.
Aprendizado e análise crítica
Evidenciou-se que normas claras e mediação dos NEPs são essenciais para a efetividade das contrapartidas. Dentre os desafios estão burocracias excessivas, fragilidade na pactuação e necessidade de qualificação das equipes. Estratégias como capacitação e padronização de fluxos foram adotadas para fortalecer a integração ensino-serviço-comunidade.
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se fortalecer os NEPs, ampliar a adesão ao COAPES e institucionalizar o monitoramento das contrapartidas. A experiência reafirma o papel estratégico das IEs na qualificação do SUS e a relevância da integração ensino-serviço-comunidade para consolidar arranjos institucionais sustentáveis e efetivos.
MULTIPROFISSIONALIDADE, INTERPROFISSIONALIDADE E A EXPERIÊNCIA DA RESIDÊNCIA EM SAÚDE COLETIVA
Pôster Eletrônico
1 FMUSP
Período de Realização
Este relato refere-se à experiência do primeiro ano de residência multiprofissional, no ano de 2025.
Objeto da experiência
O objeto é a Residência em Saúde Coletiva e Atenção Primária, com foco no trabalho interprofissional e colaborativo no Sistema Único de Saúde (SUS).
Objetivos
Compreender a dimensão do trabalho interprofissional dentro do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva e Atenção Primária;
Analisar a diferenciação entre prática interprofissional e a atuação no contexto do serviço em contraposição ao conceito de multiprofissionalidade.
Descrição da experiência
A Residência, coordenada pelo Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP, é composta por seis categorias: enfermagem, farmácia, psicologia, saúde coletiva, serviço social e terapia ocupacional, atuando no Centro de Saúde Escola Samuel Barnsley Pessoa (CSEB). Apesar do reconhecimento da importância das práticas colaborativas no SUS, o trabalho em campo acontece, em sua maioria, de forma uniprofissional e fragmentada. Assim, os grupos surgem como um potencializador do trabalho interprofissional.
Resultados
No contexto do CSEB, as residentes desenvolvem atividades de gestão e assistência, acompanhadas dos tutores das respectivas categorias, promovendo, institucionalmente, uma atuação fragmentada, que dificulta a interlocução para um cuidado integral. Como forma de integrar saberes e subverter essa lógica, utilizam-se dos espaços grupais, fóruns, movimentos e lutas sociais para que a interprofissionalidade se torne central no trabalho em saúde.
Aprendizado e análise crítica
As graduações em saúde formam profissionais com foco em uma atuação uniprofissional, pautadas no modelo biomédico, com um distanciamento significativo da atuação no SUS. Embora os pilares da Saúde Coletiva sejam norteadores da Residência, essa tendência se mantém ao longo do conteúdo programático. Mesmo com uma equipe multiprofissional, a interprofissionalidade não é construída no cenário de atuação, de modo a não promover a integralidade do cuidado e a atenção centrada no paciente (ACP).
Conclusões e/ou Recomendações
Por fim, torna-se evidente que a ausência estrutural de práticas interprofissionais colaborativas representa o viés neoliberal nas formações em saúde, refletindo o desmonte da Atenção Primária à Saúde e da política pública. Espaços coletivos e comunitários mostraram-se como potencializadores do processo formativo de profissionais para o SUS. Diante do exposto, é fundamental o incentivo à prática interprofissional nos programas de Residência.
DOCÊNCIA NA FORMAÇÃO DAS EQUIPES MULTIPROFISSIONAIS DA APS: EXPERIÊNCIA NO CURSO EMULTI EM FORMAÇÃO NO ÂMBITO DO SUS
Pôster Eletrônico
1 IAM/FIOCRUZ-PE
2 UNOESC, Joaçaba/SC e UNIARP, Caçador/SC
3 ENSP/FIOCRUZ
4 UNICAMP
Período de Realização
Fevereiro a julho de 2025, 1ª edição do Curso de formação dos profissionais das eMulti.
Objeto da experiência
Atuação como docente na formação de profissionais das equipes multiprofissionais da APS no curso eMulti em FormAÇÃO.
Objetivos
Relatar a experiência docente no curso eMulti, com ênfase na construção coletiva de saberes, metodologias ativas e uso do Balint-Paideia na qualificação do cuidado na APS.
Descrição da experiência
O curso de atualização profissional, com 120h, incluiu encontros síncronos via Zoom e atividades assíncronas na plataforma da ENSP/Fiocruz. A turma de 24 profissionais da região Sul do Brasil foi acompanhada por duas docentes. A docência envolveu facilitação, articulação teórico-prática e condução de Grupos Balint-Paideia. Os conteúdos abordaram gestão, problemas prioritários e dispositivos de cuidado. Os docentes passaram por seleção e formação, com supervisão quinzenal e apoio contínuo da coordenação.
Resultados
Dos 24 profissionais, 18 aderiram ao curso (75%). Houve diversidade nas trajetórias, lacunas sobre o papel das e-Multis e predominância em práticas assistencialistas. Os alunos relatam como resultados preliminares que o curso tem proporcionado reorganização da agenda, fortalecimento da escuta e uso de dispositivos como projetos terapêuticos. A metodologia Balint-Paideia favorece reflexões críticas e aproximação entre teoria e prática, fortalecendo a atuação das equipes eMulti na APS.
Aprendizado e análise crítica
A experiência demonstra fortalecer o processo formativo dos profissionais e a atuação docente, ao evidenciar a potência de propostas pedagógicas alinhadas à realidade dos serviços como a abordagem Balint-Paideia. A construção coletiva do conhecimento, articulada à prática e à escuta qualificada, revelou-se fundamental para o desenvolvimento de competências críticas e para a ressignificação das ações em saúde na APS, promovendo maior coerência entre teoria, prática e território.
Conclusões e/ou Recomendações
A docência no curso eMulti evidencia o potencial da Educação Permanente em Saúde na qualificação do cuidado na APS. A escuta e a problematização promoveram atualização e ressignificação do trabalho. Desafios institucionais persistem, exigindo compromisso da gestão com a EPS e valorização das práticas colaborativas. Recomenda-se seguir investindo em formações que articulem teoria, prática e saberes dos trabalhadores.
POLÍTICA É MAIS QUE O SINTÉTICO: EXPERIÊNCIA FORMATIVA ENTRE VIDA, SAÚDE E AFETOS NA GRADUAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA
Pôster Eletrônico
1 FSP/USP
Período de Realização
A experiência ocorreu no espaço-tempo de 13 encontros de 11 de fevereiro a 26 de março de 2025.
Objeto da experiência
Experiência formativa interdisciplinar na disciplina obrigatória da graduação em Saúde Pública: Promoção da Saúde, Comunicação e Educação em Saúde.
Objetivos
Experimentar modos de aprender e formar-se que rompam com o paradigma técnico e prescritivo do campo da saúde, ao criar um processo de afetar e ser afetado, encontros, compartilhamentos e (micro)política(s), como práticas vivas e relacionais para produção da formação sanitarista na prática do SUS.
Descrição da experiência
Partindo do tema "Política é mais que sintético", em diálogo com Nego Bispo, o grupo construiu um percurso coletivo contra-hegemônico com aposta na potência da implicação. Mobilizados por um processamento coletivo, criamos um dispositivo comunicacional composto por cerâmica, terra e ramo de hortelã, expressão simbólica da confluência entre política-vida-saúde. A arte foi “começo, meio e começo” e o dispositivo, artefato rizomático e inventivo, ativou modos outros de comunicar-construir-aprender.
Resultados
A experiência possibilitou um campo comum de sentido sobre o "ser sanitarista" como vivente relacional e implicado. A simbologia material produzida favoreceu a comunicação entre dimensões subjetivas e epistemológicas, potencializando olhares para micropolíticas do cotidiano. A vivência (re)afirmou que a produção da saúde e formação são constituídas por tecnologias leves-relacionais: escuta, encontro e invenção compartilhada, com um saber que emergiu da escuta porosa dos encontros coletivos.
Aprendizado e análise crítica
Do processo, emergiu que formar-se sanitarista envolve mais que acumular conhecimentos: um afetar/ser afetado, escutar, coproduzir sentidos, criar-inventar partilhado. Apostar na potência da arte e do afeto como recursos de comunicação e compreensão dos atravessamentos entre política-vida-saúde. Produzir-se na disciplina de maneira centrada nas relações, diz de uma formação em saúde comprometida com a vida e seus atravessamentos, um processo implicado, como o SUS nos exige no cotidiano.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência mostra a potência de superarmos lógicas sintéticas e fragmentadas da saúde, em busca de processos coletivos e relacionais. Apostar na produção da vida-saúde em ato, reconhecendo a dimensão política do cotidiano como eixo formativo. Perceber os trajetos de micropolíticas vivas, que se reinventam nos encontros e experimentações que fazem a formação acontecer no caminho. Não existe fim: ser sanitarista é “começo, meio e começo".
DA COMUNIDADE AO INDIVÍDUO: REFLEXÕES SOBRE A SAÚDE COLETIVA EM DIFERENTES CENÁRIOS DA FORMAÇÃO EM FISIOTERAPIA
Pôster Eletrônico
1 UFVJM
Período de Realização
Abril a maio de 2023 (3º período) e maio a junho de 2025 (8º período)
Objeto da experiência
Vivência na formação em Fisioterapia e sua relação com a Saúde Coletiva e o impacto das ações no território nas práticas clínicas.
Objetivos
Relatar como experiências em território, com abordagem em Saúde Coletiva, permitem ampliar a compreensão do cuidado integral em saúde, ao se abordar os indivíduos numa Clínica Escola de Fisioterapia.
Descrição da experiência
A primeira experiência, no 3º período (2023), ocorreu em um território urbano vulnerável de Diamantina/MG. A partir do vínculo prévio da docente com o local, os estudantes, em diálogo com moradores e a Associação de Bairro, identificaram formas de contribuir coletivamente. Um dos problemas centrais foi o lixo espalhado nas ruas. Assim, realizaram visitas domiciliares para divulgar os horários da coleta e propor estratégias para evitar que cães rasgassem os sacos antes da passagem do caminhão.
Resultados
A segunda experiência, realizada em 2025, no período de maio a junho, ocorreu na Clínica Escola de Fisioterapia. Foram atendidos nove pacientes com distintos diagnósticos clínicos. Identificou-se que os locais de moradia, os contextos sociais e as ocupações influenciaram diretamente no plano terapêutico, refletindo desigualdades no acesso aos cuidados. Enquanto uns dispunham de suporte familiar e recursos, outros enfrentavam barreiras como o custo do transporte.
Aprendizado e análise crítica
Embora o foco principal na Clínica Escola fosse a reabilitação funcional, a experiência prévia ampliou a abordagem para além do indivíduo, permitindo associar como os aspectos coletivos emergem no espaço clínico individualizado. Isso apareceu, sobretudo, nas desigualdades no acesso e continuidade do cuidado, evidenciadas por pacientes com dificuldades para comparecer às sessões, conciliar o tratamento com a jornada de trabalho ou manter o autocuidado sem rede de apoio.
Conclusões e/ou Recomendações
A integração entre aspectos coletivos e individuais reforça a importância de uma prática ética, crítica e contextualizada, comprometida com o SUS e com a realidade dos usuários. Vivências em saúde coletiva durante a graduação contribuem para formar profissionais mais sensíveis. É essencial que os currículos valorizem a articulação entre território e clínica, fortalecendo o compromisso social da Fisioterapia
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE E O SUS AQUI SE ENSINA NOS TERRITÓRIOS DO RIO GRANDE DO NORTE
Pôster Eletrônico
1 ESPRN/SESAP
2 ESPRNS/SESAP
3 UERN
Período de Realização
De 12 a 13 de junho de 2025, durante o IV Simpósio Potiguar de Educação Permanente em Saúde (EPS).
Objeto da experiência
A Mostra de Iniciativas da Rede Potiguar de Educação Permanente em Saúde (REPEPS) das experiências exitosas em EPS e do SUS aqui se Ensina.
Objetivos
Relatar a experiência da Mostra de Iniciativas da REPEPS, como indutora de experiências e/ou pesquisas em EPS e práticas reconhecidas pelo selo "SUS Aqui Se Ensina", desenvolvidas por serviços de saúde e instituições de ensino.
Metodologia
A Mostra aconteceu durante o IV Simpósio de EPS, em Natal/RN, sob a responsabilidade da SESAP/RN. A submissão de trabalhos à Mostra foi regida por edital. As inscrições ocorreram entre 13/05 e 01/06/2025, com resultados divulgados no site da ESPRN. O evento promoveu o intercâmbio de práticas exitosas, reunindo 349 participantes das 7 regiões de saúde do RN e estimulando a replicação das experiências em diversos contextos do SUS.
Resultados
Foram avaliados 52 trabalhos, com 42 aprovados (80,8%). Do eixo "SUS Aqui Se Ensina", 13 trabalhos foram aprovados (81,25%) e, no eixo EPS, 29 (80,56%). Entre os desafios, cita-se a baixa adesão da 6ª região de saúde, devido à distância da capital e à ausência de pactuações para viabilizar deslocamentos e diárias dos profissionais.
Análise Crítica
A Mostra contribuiu para o fortalecimento do SUS ao valorizar práticas realizadas sob condições desafiadoras. As experiências apresentadas evidenciaram o compromisso e a criatividade dos profissionais na busca por melhorias no cuidado e na qualificação dos serviços, aproximando gestão, trabalhadores e academia.
Conclusões e/ou Recomendações
A Mostra surgiu como espaço de troca de conhecimentos e estratégia de diálogo entre os profissionais e os gestores a fim de pactuar melhores condições de trabalho a partir de um efetivo apoio de todos, bem como fomentar a inovação e o trabalho coletivo. Assim, seus resultados serão divulgados na Revista Encontros & Ações, da ESPRN, garantido que as experiências realizadas no SUS e apresentadas cheguem a um maior número de trabalhadores do SUS.
EXPERIÊNCIA DE UMA FISIOTERAPEUTA NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA COM ÊNFASE NA POPULAÇÃO DO CAMPO
Pôster Eletrônico
1 Fiocruz Brasília
Período de Realização
Março a junho de 2025
Objeto da experiência
Atuação de fisioterapeuta residente em saúde da família no território rural do DF
Objetivos
Relatar a experiência formativa e assistencial de uma fisioterapeuta residente, destacando os desafios do processo educativo em serviço e as particularidades do cuidado em territórios rurais.
Descrição da experiência
Relato da vivência de uma fisioterapeuta residente na zona rural do DF. A atuação foi guiada por metodologias ativas, educação popular e permanente, com visitas domiciliares, rodas de conversa e ações interprofissionais. A escuta sensível e a territorialização foram centrais no cuidado.
Resultados
Houve dificuldades estruturais como falta de transporte e materiais. Apesar disso, a vivência promoveu vínculo com o território, favorecendo o cuidado e o desenvolvimento de competências como escuta qualificada, planejamento coletivo e trabalho em equipe. Demandas comuns: dores osteomusculares.
Aprendizado e análise crítica
A experiência fortaleceu uma formação crítica e ampliou o olhar para o cuidado integral em territórios rurais. Mostrou a potência da escuta e da articulação comunitária, mesmo diante da precariedade, e reafirmou o papel do SUS como espaço de transformação social e emancipação.
Conclusões e/ou Recomendações
A residência no campo é potente para formar profissionais comprometidos com a integralidade do cuidado. Recomenda-se fortalecer políticas de suporte à atuação no território rural, investir em infraestrutura e valorizar práticas baseadas na educação popular e no vínculo territorial.
PRÁTICA VISITADA COMO METODOLOGIA PARA APROXIMAÇÃO DE SABERES SOBRE O CUIDADO AO PACIENTE CRÍTICO DURANTE A GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Pôster Eletrônico
1 FSSS
Período de Realização
Junho de 2024.
Objeto da experiência
Simulação realística sobre cuidados de enfermagem ao paciente crítico com cateter venoso central, cricotireoidostomia e traqueostomia.
Objetivos
Relatar a experiência de um encontro com a comunidade acadêmica de uma instituição de Ensino Superior da Bahia, para abordar o conhecimento teórico-prático sobre dispositivos em pacientes críticos, indicações, riscos e cuidados, por meio de uma simulação realística com experiência imersiva.
Descrição da experiência
Foi elaborado um caso clínico pelos discentes de enfermagem com uso de simulador, seguida da produção de banners com ilustrações dos dispositivos e indicações cuidados, bem como de folders informativos para os visitantes. A atividade ocorreu no laboratório, onde os visitantes graduandos de enfermagem, psicologia, direito e ciências contábeis, eram recepcionados beira leito pelo grupo condutor, que apresentava o caso, os dispositivos e os cuidados indicados em ambiente hospitalar.
Resultados
A prática contribuiu para a construção do conhecimento tanto de forma coletiva quanto individual, rompendo com o modelo tradicional de ensino em sala de aula e possibilitando a disseminação do saber não apenas entre os discentes de Enfermagem, mas também entre visitantes de outras graduações através da problematização de situações vivenciadas na condição de familiar, discente da área ou profissional.
Aprendizado e análise crítica
A realização da prática proporcionou aos graduandos uma maior aproximação com a temática, favorecendo o aprofundamento do conhecimento acerca dos dispositivos durante o cuidado do paciente crítico e o aprimoramento de habilidades relacionadas à transmissão de saberes, competência fundamental no contexto da educação em saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A prática visitada apresenta-se como uma metodologia ativa enriquecedora, na medida em que estimula os discentes a buscarem de forma autônoma o conhecimento, e favorecer sua disseminação através da integração entre teoria e prática. A utilização de manequins de baixa fidelidade e dispositivos específicos contribuiu significativamente para a experiência ao simular os cuidados somados às evidências científicas, durante a formação acadêmica.
POPULAÇÕES MAIS VULNERABILIZADAS PELO RACISMO, CISSEXISMO, CAPACITISMO E ESTIGMA EM SAÚDE MENTAL - A EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE COMO DISPOSITIVO DECOLONIAL
Pôster Eletrônico
1 VDAL/ENSP/Fiocruz
2 CESTEH/Fiocruz
3 CSEGSF/Fiocruz
4 CRPHF/Fiocruz
Período de Realização
De janeiro de 2024 a maio de 2025
Objeto da experiência
Formação de trabalhadoras/res para a atenção às populações vulnerabilizadas pelo racismo, cissexismo, capacitismo e estigma em saúde mental.
Objetivos
Apresentar a experiência de construção de um ambiente de educação permanente em saúde (EPS) em formato de Comunidade de Práticas (CoP) como dispositivo decolonial que tem provocado novas atitudes para a promoção do cuidado integral à saúde.
Metodologia
A CoP ocupou uma plataforma digital para atividades síncronas, assíncronas distribuídas em webinários, estudos de caso, fóruns de debate, reuniões avaliativas, textos e vídeos, além de repositório audiovisual e textual de temas conexos ao racismo, cissexismo, capacitismo e estigma em saúde mental. A tutoria semanal promoveu a problematização de situações de saúde referentes às Políticas Nacionais de Saúde Integral das Populações Negra, LGBT+, com deficiência e com transtornos psíquicos.
Resultados
O racismo, cissexismo, capacitismo e estigma em saúde mental são barreiras ao diagnóstico oportuno, tratamento, reabilitação ou mesmo à prevenção e promoção da saúde e a criação da Comunidade de Práticas (CoP) foi capaz de mobilizar a construção coletiva de conhecimento sobre as interseccionalidades de raça/cor, gênero e características físicas e psíquicas diversas, além de potencializar a capacidade de (auto)reflexão crítica sobre o contexto em que se desenvolvem as práticas de saúde.
Análise Crítica
A EPS precisa ser provocada com metodologias ativas/participativas de forma que cada trabalhador/a se torne agente ativo de seu aprendizado, refletindo sobre a produção/reprodução da cultura discriminatória que atravessa ações de cuidado no serviço de saúde. Tornou-se agente ativo nos temas abordados na medida em que foi mobilizado a (re)construir significados/sentidos e a ressignificar a realidade de acordo com o repertório de experiências vividas na rotina.
Conclusões e/ou Recomendações
Todo cuidado em saúde é atravessado por macro e micropolíticas e convoca a gestão a potencializar o pensamento crítico e produtivo de trabalhadoras/res em todos os níveis de assistência. Os processos de EPS podem fortalecer as equipes de saúde, integrar setores e unidades de saúde, vislumbrar soluções para problemas encontrados em cada contexto de trabalho e subsidiar o planejamento, monitoramento e avaliação de ações.
AVANÇOS E DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA POTIGUAR DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: EXPERIÊNCIAS DA SESAP/RN.
Pôster Eletrônico
1 SESAP/RN
Período de Realização
Dezembro de 2022 a junho de 2025.
Objeto da experiência
Implementação e monitoramento da Política Potiguar de Educação Permanente em Saúde no RN.
Objetivos
Analisar os avanços e desafios na implementação da Política Potiguar de Educação Permanente em Saúde, destacando estratégias adotadas pela Sesap/RN para fortalecer a formação em serviço e integrar ensino-serviço-comunidade.
Descrição da experiência
Foram adotadas estratégias como o fortalecimento da ESPRN, realização dos Simpósios Potiguares de EPS, do VERSUS Potiguar, criação do Selo SUS Aqui se Ensina, fortalecimento de residências em saúde, implementação de contrapartidas institucionais e desenvolvimento de sistemas de informação em EPS. Também foi criada a revista Diálogos em Saúde Pública para visibilizar a produção científica e as experiências da SESAP/RN.
Resultados
Essas ações resultaram em maior integração ensino-serviço-comunidade, fortalecimento das residências multiprofissionais e médicas, ampliação das atividades formativas e melhor monitoramento da política por meio dos sistemas de informação. A revista ampliou o diálogo técnico-científico no estado, contribuindo para qualificação e fortalecimento da rede estadual.
Aprendizado e análise crítica
O processo tem evidenciado a potência e importância de planejar ações articuladas no campo da gestão da educação e garantir ofertas educacionais que atendam as necessidades dos territórios. A definição de indicadores específicos para o monitoramento, a partir da dissertação de mestrado de uma servidora, se constitui em valiosa estratégia para o processo de avaliação e aprimoramento da Política Potiguar de EPS.
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se a incorporação dos indicadores desenvolvidos para avaliação contínua da Política, além de ampliar suporte institucional e recursos para infraestrutura. O uso desses indicadores, alinhados a características locais, pode fortalecer a gestão e qualificação da educação permanente em saúde no RN.
EXERCÍCIO SIMULADO DE MESA EM EMERGÊNCIA NUCLEAR: A EXPERIÊNCIA DAS AÇÕES DE PREPARAÇÃO DO SETOR SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 Ministério da Saúde
2 Secretaria Municipal de Saúde de Angra dos Reis
3 Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro
Período de Realização
Reuniões de julho a outubro de 2024, visando a saúde pública em simulados de desastre tecnológico.
Objeto da experiência
Simulados em emergência nuclear evidenciam a preparação das equipes respondedoras, sendo balizadores para o aprimoramento da resposta.
Objetivos
Descrever a experiência de articulação das três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), para o planejamento e resposta a um exercício simulado no formato table top em emergência nuclear.
Descrição da experiência
O simulado integra as atividades do Comitê de Planejamento de Resposta a Situações de Emergência Nuclear no Município de Angra dos Reis. Representantes do Ministério da Saúde, da Secretaria de Saúde do estado do Rio de Janeiro e do município de Angra dos Reis (SMS/AR), realizaram seis reuniões para definir objetivos, pontos do cenário e ações de resposta. Testaram-se a distribuição de iodeto de potássio (KI), regulação de leitos de UTI e triagem de usuários com suspeita de contaminação.
Resultados
As ações do exercício simulado envolveram: coordenação entre instituições, uso de software de simulação e ativação de gabinetes de crise, garantindo resposta articulada e avaliação integrada. Os resultados mostraram que a preparação para uma emergência nuclear está em evolução e que a integração da saúde nas três esferas de governo contribui significativamente nas ações de redução de riscos, permitindo testar as ações previstas no Plano de Emergência Complementar da Saúde.
Aprendizado e análise crítica
: O simulado no contexto do treinamento demonstrou a eficácia da coordenação e a capacidade de resposta das esferas de governo e instituições envolvidas. Observou-se a necessidade de aprimorar a integração e a comunicação entre as diversas instituições, além de revisar processos e fluxos para garantir respostas mais ágeis e coordenadas em situações futuras.
Conclusões e/ou Recomendações
O exercício evidenciou avanços significativos na regulação de leitos hospitalares e na coordenação da distribuição de KI assim como ressaltou a necessidade fortalecimento de integração do setor saúde com demais órgãos públicos e privados e a sociedade num processo de gestão de risco.
RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE AÇÃO ANTI TABAGISMO: UMA LUTA CONTRA O CIGARRO ELETRÔNICO
Pôster Eletrônico
1 PUC Minas
2 Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte
Período de Realização
A ação anti tabagismo ocorreu em 30/05/2024 no Senai Renê Giannetti, em três turnos.
Objeto da experiência
A ação teve como objetivo conscientizar os estudantes sobre os malefícios do tabaco e cigarro eletrônico por meio de atividades dinâmicas e roda de conversa.
Objetivos
A atividade visou sensibilizar os participantes sobre os perigos do cigarro eletrônico, promovendo diálogo, aprendizado e reflexão crítica. Utilizou recursos lúdicos e pedagógicos, como jogos interativos (KAHOOT), rodas de conversa e relatos vivenciais dos estudantes para estimular a troca de experiências.
Metodologia
A experiência combinou momentos expositivos e participativos para construir conhecimento coletivo. Foram realizadas palestras sobre os impactos do cigarro eletrônico na saúde física, mental e social, além de dinâmicas interativas, utilizando vídeos, infográficos e modelos anatômicos, recicláveis, e também discussões com a elaboração de estratégias preventivas entre os acadêmicos de Fisioterapia da PUC Minas e estudantes de ensino técnico.
Resultados
A ação mostrou que estudantes técnicos se conscientizaram sobre os riscos do cigarro eletrônico e disseminaram informações em seus círculos sociais. Alguns alunos relataram motivação para reduzir ou cessar o consumo, buscando apoio no SUS. Os acadêmicos de Fisioterapia aplicaram conhecimentos em contexto real, aprimorando habilidades em comunicação, promoção e educação em saúde na comunidade.
Análise Crítica
A experiência evidenciou a importância de ações intersetoriais e interdisciplinares na prevenção do tabagismo, especialmente do cigarro eletrônico entre adolescentes e jovens adultos. Os participantes compreenderam os diferentes tipos de cigarros e seus danos à saúde. A parceria entre universidade, serviços de saúde e ensino técnico fortaleceu a relação entre teoria e prática, promovendo aprendizado significativo e disseminação do conhecimento na comunidade.
Conclusões e/ou Recomendações
A ação destacou o papel da universidade como articuladora de políticas públicas e projetos sociais, contribuindo para a formação de profissionais críticos, éticos e comprometidos com a transformação social, por meio da educação em saúde. Diante dos resultados, há planos para expandir a iniciativa a outras instituições, visando alcançar mais jovens e fortalecer a prevenção, promoção da saúde e bem-estar da população mais afetada.
APERFEIÇOAMENTO EM HORTOS AGROFLORESTAIS MEDICINAIS BIODINÂMICOS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE COMO EDUCAÇÃO PERMANENTE NA SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL.
Pôster Eletrônico
1 Fiocruz
2 Secretaria de Saúde do Distrito Federal
Período de Realização
Houve ofertas em 2023, 2024 e 2025 para a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF).
Objeto da experiência
O objeto é o Aperfeiçoamento em Hortos Agroflorestais Medicinais Biodinâmicos (HAMB), uma parceria entre a SES/DF e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Objetivos
O objetivo geral é relatar o percurso pedagógico do curso de Aperfeiçoamento em Horto Agroflorestal Medicinal Biodinâmico (HAMB). Os objetivos específicos são descrever a proposta pedagógica do curso e apresentar a implementação dos HAMB nos territórios do Distrito Federal (DF).
Descrição da experiência
A Fiocruz oferece o curso desde 2023 e, a partir de 2025, comporá o convênio Colab-PIS, entre a SES/DF e a Fiocruz. O curso tem 200 horas, divididas em 5 módulos de 5 dias consecutivos 1 vez ao mês. A metodologia adota abordagens teóricas e práticas participativas com experiências vivenciais sensório-perceptivas em encontros presenciais. Entre os encontros, são realizadas cerca de 12 implantações de HAMB em serviços públicos. Eles desenvolvem atividades coletivas nos HAMB das unidades de saúde.
Resultados
Como resultado das intervenções das ofertas entre 2023 e 2024, mais de 100 profissionais foram formados e 24 HAMB foram implantados em serviços públicos. Assim, do total de 31 HAMB atuais, mais de 77% foi resultado direto da parceria SES/DF e Fiocruz na realização do aperfeiçoamento. Por outro, até junho de 2025, 19 Regiões Administrativas (RA) do total de 35 existentes no DF, possuiam HAMB. Destas, 15 foram beneficiadas pelo curso, ou cerca de 79% do total de RA beneficiadas.
Aprendizado e análise crítica
A proposta pedagógica foi fundamentada nos princípios do SUS, nas Práticas Integrativas e Complementares, nos Sistemas Agroflorestais Sucessionais Agroecológicos, na Agricultura Biodinâmica e na Antroposofia, entre outros referenciais. A formação utiliza a cartografia afetiva e promove uma visão crítica comprometida com a ampliação da cultura do cuidado. É necessário fortalecer a estratégia com a ativação de redes interinstitucionais para o fortalecimento dos resultados nos territórios.
Conclusões e/ou Recomendações
O curso se consolidou como uma relevante estratégia formativa e de transformação socioambiental para profissionais da SES/DF. A metodologia baseada em práticas participativas e aulas nos HAMB permite vivências significativas, integrando aspectos da agroecologia e da biodinâmica com os fundamentos das práticas integrativas e do cuidado emancipador no Sistema Único de Saúde. Tais temas têm caráter inovador para as formações dos educandos
PSICOLOGIA SOCIAL, EDUCACIONAL E SAÚDE COLETIVA: EXPERIÊNCIAS DE DIRETORIA E INTERSECÇÃO ENTRE LIGAS
Pôster Eletrônico
1 UNICESUMAR
2 UNICESUMAR/ ICETI
3 UNICESUMAR/ICETI
Período de Realização
Atividades desempenhadas durante o primeiro semestre de 2025
Objeto da experiência
Experiência na presidência de uma liga acadêmica da psicologia social e educacional em um projeto com uma liga de enfermagem em saúde saúde coletiva.
Objetivos
Entender o processo de integração entre duas ligas acadêmicas no desenvolvimento de um projeto de extensão da psicologia social e escolar e saúde coletiva, e os efeitos para a formação acadêmica e aquisição de conhecimentos de alunos de graduação de psicologia e enfermagem.
Descrição da experiência
Foi elaborado um projeto de extensão cujo principal objetivo é promover a aproximação entre as demandas escolares e de saúde, com a participação de estudantes dos cursos de Enfermagem e Psicologia. Ao longo do semestre, foram organizadas capacitações, abordando temáticas como Psicologia Social, Ambiental, Educacional e Saúde Coletiva. Trata-se da continuação de uma prática desenvolvida com professores da educação infantil em 2024 que identificaram demandas de saúde e vulnerabilidade social.
Resultados
A iniciativa proporcionou aos estudantes a oportunidade de ampliar sua compreensão sobre a prática multiprofissional, fomentando discussões que envolvem vulnerabilidade social, educação e saúde. Essa vivência contribuiu para a formação crítica dos participantes, ao passo que evidenciou a limitação dos currículos de graduação, que privilegiam conteúdos predominantemente técnicos. Reforça-se a importância das ligas como espaços de articulação entre formação acadêmica e demandas sociais concretas.
Aprendizado e análise crítica
O trabalho no projeto surge da necessidade de criar um espaço que privilegie a discussão ativa acerca de questões sociais e suas interfaces com a saúde. Sendo assim, a proposta assume caráter interdisciplinar, reconhecendo que práticas em educação e saúde não devem ocorrer de forma isolada. Além disso, utilizou-se como base autores frequentemente ausentes dos currículos técnicos dos cursos de graduação, o que amplia a perspectiva crítica e contextualizada da formação dos estudantes.
Conclusões e/ou Recomendações
A integração entre as ligas ocorreu de forma efetiva, possibilitando maior entendimento de demandas voltadas à comunidade e a realidade social, permitindo a ampliação das noções de escola e saúde. A partir disso, recomenda-se que ligas acadêmicas das diversas áreas promovam maior abertura para relação e desenvolvimentos de projetos conjuntos, contribuindo com a formação de profissionais orientados a uma atuação interdisciplinar e comunitária.
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE NO ATENDIMENTO DOMICILIAR DA PESSOA IDOSA: CAPACITAÇÃO DOS AGENTES COMUNITÁRIOS PARA O USO DO ÍNDICE DE VULNERABILIDADE CLÍNICO FUNCIONAL
Pôster Eletrônico
1 UFBA
2 UESB
Período de Realização
Novembro/2022 a abril/2023, em Unidades de Saúde da zona urbana do município do Sudoeste da Bahia.
Objeto da experiência
Capacitação dos ACS para atuação no Programa de Atendimento Municipal Domiciliar ao Idoso com Limitação (PAMDIL) com ênfase na aplicação do IVCF-20.
Objetivos
Promover educação permanente para Agentes Comunitários de Saúde (ACS), capacitando-os quanto ao funcionamento do PAMDIL e à aplicação do Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional – 20 (IVCF-20) na identificação de idosos elegíveis ao atendimento domiciliar.
Descrição da experiência
A atividade foi desenvolvida por acadêmicos da UFBA e UESB vinculados ao PET-Saúde (10ª edição), com apoio da gestão municipal e Ministério da Saúde. Foram realizadas visitas técnicas às UBS para levantamento de demandas, planejamento das capacitações e realização de oficinas com abordagem expositiva-dialogada para formação dos ACS no uso do IVCF-20 e no funcionamento do PAMDIL.
Resultados
A capacitação contemplou 86 ACS em cinco UBS, revelando lacunas no conhecimento sobre o PAMDIL e dificuldades práticas com o IVCF-20. Os ACS relataram dificuldade no preenchimento do IVCF-20, principalmente pela ausência de capacitação prévia e recursos como balança e fita métrica. A experiência promoveu esclarecimento de dúvidas, maior apropriação do papel dos ACS no cuidado domiciliar e fortalecimento dos vínculos com o território.
Aprendizado e análise crítica
O processo formativo evidenciou o valor da escuta ativa e da troca de saberes, qualificando o cuidado e reafirmando a relevância dos ACS como agentes de vínculo entre serviço e comunidade. Foi observada a potência da articulação ensino-serviço como eixo estruturante para o aprimoramento do SUS que permitiu ampliar olhares e integrar conhecimentos. A escuta dos trabalhadores expôs o hiato entre teoria e prática, evidenciando a necessidade de ações formativas mais frequentes e territorializadas.
Conclusões e/ou Recomendações
A educação permanente mostrou-se uma ferramenta potente para qualificação do cuidado no SUS, em especial no contexto da atenção domiciliar e da população idosa. Recomenda-se a institucionalização de momentos formativos com base nas demandas do território, bem como a revisão contínua dos protocolos assistenciais. Ressalta-se o papel do ACS como elo entre usuário e serviço, sendo fundamental sua valorização nos programas voltados à população.
FORMAÇÃO DAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA E CEREST EM TERRITÓRIOS DE COMUNIDADES TRADICIONAIS DA PESCA ARTESANAL: UMA JORNADA DE APRENDIZADOS E SABERES
Pôster Eletrônico
1 UFPB
2 Docente do Departamento de Promoção à Saúde da Universidade Federal da Paraíba
3 Docente do Departamento de Ciências Jurídicas da Universidade Federal da Paraíba
Período de Realização
A formação foi iniciada durante o mês de abril de 2025 e tem término previsto para julho de 2025.
Objeto da experiência
Formação de trabalhadores da APS e CEREST para o cuidado integral à saúde de comunidades da pesca artesanal nos territórios dos povos das águas.
Objetivos
Contribuir com a formação de trabalhadores da saúde que atuam nas áreas de pesca artesanal, fortalecendo o cuidado integral aos povos das águas no SUS, considerando ambiente, trabalho e saúde-doença, e qualificando a vigilância e a Atenção Primária à Saúde, pautadas na Educação Popular em Saúde.
Metodologia
O curso é voltado para trabalhadores da APS e Centros de Referência em Saúde do Trabalhador da Paraíba e Pernambuco. Com carga horária de 185h, combina encontros presenciais e remotos, ancorados na pedagogia da alternância (Tempo escola/Tempo comunidade). As atividades incluem leituras, oficinas e metodologias participativas, focando em temáticas sobre território, determinação social, racismo ambiental, vigilância popular e do trabalhador, além de projeto de intervenção no território de atuação.
Resultados
Participaram da formação 42 trabalhadores de sete municípios: Pitimbu, Caaporã, Cabedelo, Bayeux, Baía da Traição e Lucena (PB), e Goiana (PE). As localidades foram organizadas em Núcleos de Aprendizagem e Ensino, cada um com um tutor. Até o momento, o curso já gerou importantes aprendizados, com reflexões sobre a pesca artesanal, destacando a escuta das demandas reais, valorização dos saberes locais, fortalecimento do vínculo comunitário e promoção de cuidados humanizados e integrados.
Análise Crítica
A formação aprofundou temas como identidades, territorialidades, PNSIPCFA, determinação social da saúde, doenças ocupacionais e agravos da pesca artesanal, desastres e racismo ambiental, além de educação popular. Foram valorizados saberes locais, ampliando a capacidade de resposta das equipes, o relacionamento com as comunidades e a promoção de ações de saúde mais humanas e contextualizadas. Ainda em andamento, o curso prevê a vivência do trabalho da pesca e a vigilância em saúde do trabalhador.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência reforça a importância de formar equipes sensíveis às realidades dos povos das águas, articulando saberes técnicos e comunitários. Recomenda-se expandir esta formação para outros territórios, fortalecer a vigilância em saúde do trabalhador e garantir a continuidade de ações intersetoriais. É essencial manter espaços de escuta e trocas de saberes, para consolidar um cuidado integral, inclusivo e transformador na Atenção Primária.
FORMAÇÃO NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA ÁREA DA SAÚDE COM METODOLOGIAS ATIVAS: EXPERIÊNCIAS DA LIGA DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (LAPS) NA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA.
Pôster Eletrônico
1 UFBA
Período de Realização
Atividades semestrais desde 2023, com a última experiência realizada em maio de 2025.
Objeto da experiência
Participação em componentes curriculares dos cursos de Medicina e Terapia Ocupacional da Universidade Federal da Bahia.
Objetivos
Construir espaços colaborativos de ensino e aprendizagem, utilizar metodologias ativas na formação em saúde, estimular o protagonismo estudantil nos processos de formação acadêmica e promover integração interprofissional desde a graduação, ampliando a compreensão sobre o cuidado integral no SUS.
Descrição da experiência
Membros da LAPS, de diferentes cursos, participaram de aulas nos componentes curriculares de "Medicina Social e Clínica" e “Terapia Ocupacional na Atenção Básica I” na Universidade Federal da Bahia. Em diálogo com as docentes e a partir de materiais desenvolvidos anteriormente pela liga, foram planejados e organizados materiais sobre conceitos da APS e Projeto Terapêutico Singular (PTS), que foram abordados a partir de exposição-dialogada, estudo de caso e atividade grupal de construção de PTS.
Resultados
As aulas envolveram cerca de 70 discentes de Medicina, 27 de Terapia Ocupacional e 6 membros da LAPS discentes de BI de Saúde, Fisioterapia, Medicina e T.O. A experiência favoreceu a articulação entre diferentes cursos da área da saúde, com destaque para a participação ativa dos membros da LAPS e dos demais discentes. Houve troca de saberes entre os diferentes atores, construção coletiva de conhecimentos sobre a APS e fortalecimento do protagonismo estudantil nas atividades de ensino e cuidado.
Aprendizado e análise crítica
As metodologias ativas contribuíram para uma formação mais crítica e participativa, aproximando estudantes da realidade do SUS. A atuação em grupo e na APS fortaleceu competências como escuta ativa e qualificada, empatia, trabalho em equipe e interdisciplinaridade. A experiência também evidenciou a importância de práticas integradoras e horizontais, que problematizam a lógica biomédica e hospitalocêntrica hegemônica.
Conclusões e/ou Recomendações
A participação da LAPS em componentes curriculares mostrou-se uma estratégia potente para qualificar a formação em saúde. Recomendamos que mais espaços como esse sejam criados e valorizados dentro da universidade, fortalecendo a multiprofissionalidade, o protagonismo discente e o compromisso com a formação voltada para o SUS, com foco na atenção primária e no trabalho em equipe.
O FOLDER COMO TECNOLOGIA DE ENSINO EM SAÚDE ALINHADA A TEORIA COGNITIVISTA DE APRENDIZAGEM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 UEVA
Período de Realização
A experiência ocorreu em junho de 2025.
Objeto da experiência
Desenvolvimento de um folder como tecnologia de ensino baseado na Teoria Cognitivista de Aprendizagem.
Objetivos
Relatar a experiência da construção de um folder como tecnologia de ensino baseada na Teoria Cognitivista de Aprendizagem.
Descrição da experiência
A atividade fez parte do módulo de Educação na Saúde do Curso de Doutorado Profissional em Saúde da Família. Envolveu a construção de um folder, com as respectivas etapas: (1) Aprofundamento sobre a teoria de aprendizagem; (2) Escolha do folder como tecnologia educacional; (3) Delimitação da importância do sono para saúde mental como tema, direcionada a estudantes de pós-graduação na saúde; (4) Seleção do conteúdo e estratégias de interação com o público; (5) Diagramação/construção do material.
Resultados
O folder trouxe uma breve elucidação da relação entre a qualidade do sono com a saúde mental; seguida da escala Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI) com resultados de acordo com o score alcançado. Definiu-se também alguns elementos que compõem a higiene do sono e possíveis hábitos que podem favorecer a qualidade do sono e, consequentemente, a saúde mental. Ao final, foi colocado no folder um caça-palavras com palavras-chaves sobre a temática abordada.
Aprendizado e análise crítica
Mediante a construção do folder baseado na Teoria Cognitivista da Aprendizagem foi possível aprofundar os conhecimentos sobre a temática, bem como aprender sobre o processo ativo da aprendizagem, envolvendo princípios como assimilação e acomodação, desenvolvimento de esquemas mentais e resolução de problemas na prática, tendo ênfase a construção ativa do conhecimento.
Conclusões e/ou Recomendações
Destaca-se o potencial do folder enquanto ferramenta educacional fundamentada na teoria cognitivista, promovendo uma aprendizagem ativa e significativa por meio de esquemas mentais e organização das informações de maneira clara, o que facilita a conexão com conhecimentos e hábitos prévios. Considera-se que o material pode ser aplicado em outros contextos do trabalho em saúde e adaptado aos diversos públicos, a depender dos objetivos de aprendizagem.
EXPERIÊNCIA DA CONSTRUÇÃO DO PRODUTO TÉCNICO TECNOLÓGICO (PTT) NO ÂMBITO DO MESTRADO PROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA (PROFSAÚDE)
Pôster Eletrônico
1 UFOPA
Período de Realização
2024-2025
Objeto da experiência
Relatar o processo de construção dos produtos técnicos tecnológicos no contexto de formação do ProfSaúde.
Objetivos
O ProfSaúde tem como campo focal de desenvolvimento das suas atividades a Atenção Primária à Saúde (APS), um dos produtos esperados na conclusão do ciclo de formação são os PTT, que consistem na produção de tecnologias voltada para o cenário de prática e atuação profissional dos mestrandos.
Descrição da experiência
O desenvolvimento dos PTTs são conduzidos pelos estudantes da turma 5 do ProfSaúde da Universidade Federal do Oeste do Pará, formada por 11 discentes das categorias profissionais de medicina, enfermagem e nutrição, distribuídos em municípios do estado do Pará. A elaboração do PTT é feita por etapas a partir do diagnóstico do serviço da APS, revisão bibliográfica e levantamento de PTTs já existentes, e construído em diálogo com os trabalhadores, gestores e usuários dos serviços.
Resultados
Os PTTs se concentram nos eixos de gestão (5) e educação (6), abordam os temas: vigilância popular, cuidado domiciliar, saúde da mulher, saúde indígena, acesso, organização e coordenação do cuidado no âmbito da APS. Os PTTs propostos são: aplicativo móvel (1), cartilha educativa (3), relatório técnico (1), fluxograma (4), produto audiovisual (2). A produção os cenários de inserção de cada um desses profissionais em diferentes equipamentos da APS, incluindo profissionais da saúde indígena.
Aprendizado e análise crítica
O ProfSaúde propõe a discussão sobre a interface da produção acadêmica com o serviço de saúde e a partir de seus trabalhadores, ausente em outras formações. Os benefícios da construção dos PTTs têm sido palpáveis, principalmente por trazerem o protagonismo e novos olhares dos discentes para o contexto de atuação profissional, aspectos essenciais para qualificação profissional e fortalecimento da APS. O desconhecimento dos PTTs tem sido uma barreira para a incorporação por parte dos gestores.
Conclusões e/ou Recomendações
Para garantir a criação de PTTs adequados à conjuntura social e cultural das comunidades e aos serviços de saúde, é fundamental mobilizar e dialogar com os usuários, profissionais e gestores. Em vista disso, é importante manter instâncias de diálogo para a construção coletiva, desde o diagnóstico, aplicação e incorporação do PTT, assim como a sensibilização dos gestores para a importância do papel do profissional em qualificação.
O PAPEL DA MEDIAÇÃO EM EXPOSIÇÕES DE MUSEUS DE CIÊNCIA PARA A EDUCAÇÃO EM SAÚDE: UM RELATO SOB O OLHAR DA SAÚDE COLETIVA
Pôster Eletrônico
1 UFRJ
Período de Realização
A presente experiência se passa durante o período de setembro de 2024 a janeiro de 2025.
Objeto da experiência
Compreender a relação entre saúde coletiva e a mediação nos museus de ciência como um potencial transformador social para a educação em saúde.
Objetivos
A partir de um relato de experiência, o objetivo é propor uma reflexão sobre a educação em saúde presente em espaços de relevância cultural, especificamente em museus, e sobre o diálogo entre mediadores e visitantes como principal contribuinte para a propagação das medidas de prevenção em saúde.
Descrição da experiência
O presente trabalho busca relatar a experiência obtida na equipe de mediação da Casa da Ciência (UFRJ) durante a exposição “Vacina!”, criada pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), baseado em um olhar voltado para um dos principais pilares da graduação em Saúde Coletiva: a Educação em Saúde. A exposição foi criada com o intuito de orientar sobre os fatores que influenciaram na diminuição da cobertura vacinal no Brasil e conscientizar os visitantes a respeito da importância da imunização.
Resultados
A mediação em museus, quando alinhada à Saúde Coletiva e a Educação em Saúde, possui grande potencial na formação de graduandos de maneira individual e coletiva, em responsabilidade com os saberes de diferentes grupos. Além disso, pode responder as desinformações e as práticas higienistas propagadas a respeito das questões de saúde, trazendo uma ampla discussão sobre os determinantes sociais, que impactam diretamente nas condições de saúde, e aproximando a ciência do cotidiano da população.
Aprendizado e análise crítica
Durante o período em que atuei como mediadora na Casa da Ciência durante a exposição “Vacina!”, pude ter contato com vários visitantes de diferentes idades, classes e locais, compreendendo a relevância da divulgação científica, da educação em saúde e da educação museal de forma prática. A partir da mediação, podemos estabelecer um paralelo entre a interação e o diálogo da sociedade com as práticas de prevenção e conscientização em saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A abordagem do aprendizado sobre temas de saúde pública proporcionada pela mediação em museus torna-se muito promissora para um primeiro contato com a educação em saúde. Ressalto o entendimento dos museus de ciência como locais de extrema importância para a formação dos indivíduos, tanto no aspecto educacional quanto na ampliação das interações sociais, características que são necessárias para o desenvolvimento de práticas educativas em saúde.
APROVEITAMENTO INTEGRAL DOS ALIMENTOS: EXPERIÊNCIA COM TRABALHADORES DE CONCESSIONÁRIA DE RODOVIAS
Pôster Eletrônico
1 UFG
Período de Realização
Conduzida no dia 03/06/2024, na sede administrativa de uma concessionária de rodovias em Goiânia.
Objeto da experiência
Educação popular em saúde com trabalhadores a partir de roda de conversa e degustação de preparações.
Objetivos
Promover a prática da utilização integral dos alimentos para o enfrentamento da insegurança alimentar e nutricional e do desperdício de alimentos, assim como utilizar degustações alimentares como ferramenta educativa para conscientização e adoção de práticas sustentáveis entre os trabalhadores.
Descrição da experiência
O grupo PETNUT-UFG realizou com 73 trabalhadores, uma roda de conversa sobre insegurança alimentar, desperdício de alimentos e aproveitamento integral de alimentos. Em seguida, ocorreu uma degustação de três preparações: chips de casca de abóbora, doce de polpa e granola salgada de sementes, elaboradas pelos alunos no Centro de Ciências Culinárias da UFG. Foi disponibilizado um e-book online com receitas de aproveitamento total dos alimentos desenvolvido pelos discentes.
Resultados
Os participantes demonstraram compreensão sobre a importância do aproveitamento integral dos alimentos e interesse em adotar esta prática. Os comentários positivos acerca das preparações ofertadas, aliados ao desejo de reproduzir as receitas do e-book, reforçam o potencial da estratégia como ferramenta educativa eficaz. A iniciativa contribuiu para o enfrentamento da insegurança alimentar e do desperdício, promovendo o desenvolvimento de hábitos sustentáveis entre os trabalhadores.
Aprendizado e análise crítica
A educação em saúde é um processo participativo que, por meio de vivências significativas, transforma saberes, fortalece autonomia e promove o cuidado integral, o que transpassa a divulgação de informações. A ação realizada segue os princípios e pilares da segurança alimentar e nutricional ao valorizar a cultura alimentar, sustentabilidade, acesso aos alimentos e participação social. Ademais, o e-book auxilia na perpetuação de evidências científicas de forma gratuita e com linguagem acessível.
Conclusões e/ou Recomendações
A ação demonstrou que as estratégias adotadas podem ser eficazes para promover o aproveitamento integral dos alimentos e os resultados mostram conscientização sobre insegurança alimentar e adoção de práticas sustentáveis. Recomenda-se ampliar a ação para outros grupos, com adaptações para cada contexto cultural e populacional, com vistas a amplificar seu impacto nutricional e ambiental.
A INTERSECÇÃO ENTRE PROGRAMAS DE RESIDÊNCIAS: POTENCIALIDADE E DESAFIOS DA FORMAÇÃO
Pôster Eletrônico
1 FMUSP
Período de Realização
Este trabalho refere-se à experiência iniciada em março de 2025 até o presente momento.
Objeto da experiência
A intersecção entre a formação da Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva e Atenção Primária e da Residência de Medicina Preventiva e Social.
Objetivos
Compartilhar a experiência das residentes multiprofissionais, que dividirem espaços de atuação e de aulas com residentes da Medicina Preventiva e Social, destacando-se os tensionamentos e aprendizados surgidos a partir do que foi vivido.
Metodologia
As residências são coordenadas pelo Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP e possuem atuação conjunta durante o primeiro ano, no Centro de Saúde Escola Samuel Barnsley Pessoa (CSEB), sendo o conteúdo teórico o mesmo para ambos os programas durante esse período. Algumas aulas são estruturadas apenas a partir do referencial biomédico, limitando as concepções de saúde e doença, enquanto poucas contemplam a heterogeneidade de saberes do grupo.
Resultados
A experiência de compartilhamento de atuação e aprendizagem entre os dois programas de residência causa tensões e discussões ético-políticas. Os diferentes objetivos de cada residência e, por conseguinte, de cada integrante, tornaram a experiência conjunta distanciada da prática interprofissional. Como resposta a isso, a disciplina de Educação Interprofissional proporciona momentos de integração significativos, porém pontuais.
Análise Crítica
Compreende-se que os tensionamentos entre a profissão médica e as demais são atravessados pela estrutura de poder implicada pelo modelo médico hegemônico nessa relação. Apesar de parte dos conflitos serem interpretados como questões das relações interpessoais, identifica-se a influência do poder a nível institucional na perpetuação das relações e dos imaginários simbólicos de cada profissão.
Conclusões e/ou Recomendações
Por fim, a atuação interprofissional é um espaço de grande potência, mas para que ela seja efetivada é necessário repensar os programas respeitando as especificidades de cada profissão e cada projeto político-pedagógico, descentralizando a abordagem médicocentrada e estimulando a construção do saber e da prática interprofissional.
INTERAÇÃO EM REDES SOCIAIS DE TEMÁTICAS RELACIONADAS AO ENSINO DE EPIDEMIOLOGIA EM UM CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM NA REGIÃO DO CARIRI CEARENSE
Pôster Eletrônico
1 URCA
Período de Realização
Fevereiro a Junho de 2025
Objeto da experiência
Aplicação de estratégias de ensino de epidemiologia com temáticas relevantes para saúde coletiva com interação em redes sociais eletrônicas
Objetivos
Relatar a experiência na utilização de metodologias de ensino de epidemiologia com interação em redes sociais em um curso de graduação em Enfermagem na região do Cariri cearense
Descrição da experiência
A disciplina Epidemiologia é ofertada no curso de graduação em enfermagem de uma instituição de educação superior pública estadual na cidade de Crato, estado do Ceará, nordeste brasileiro. Na matriz curricular, é ofertada no terceiro semestre do curso na modalidade obrigatória. Em sua aplicação, conta com uma monitoria acadêmica para ampliação das atividades de integração teoria e prática, com ênfase na utilização de metodologias ativas de aprendizagem e interação nas mídias sociais.
Resultados
Na discussão de riscos e vulnerabilidades no campo da saúde coletiva, a disciplina abordou os conteúdos sobre condições de saúde no Brasil com temas sobre moradia, violência, meio ambiente, insegurança alimentar e educação. Também, em temáticas operacionais da vigilância à saúde, aspectos práticos para notificação de agravos e registros de nascimentos e óbitos. Em questionamentos temáticos, foram elaboradas sínteses críticas e instrutivas para difusão eletrônica em redes sociais.
Aprendizado e análise crítica
As estratégias pedagógicas ativas promovem um aprendizado significativo a partir do envolvimento dos estudantes com a contextualização dos temas relacionados à saúde. Na busca de caminhos para resolução de problemas prevalentes no território vivo a partir de informações epidemiológicas, elaboraram dispositivos eletrônicos com indicações importantes para divulgação do conhecimento em saúde coletiva. A participação do estudante no aprendizado potencializa a inovação das práticas na formação.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência ampliou a sala de aula da disciplina de Epidemiologia para os contextos de vida dos estudantes, pois a publicação de seus produtos educacionais com informações relevantes para epidemiologia, foram acessados pelo público de modo dinâmico e eletrônico. Relevou-se a integração e discussão temática presencial e virtual sobre a saúde da população brasileira em seus riscos, vulnerabilidades e atenção integral.
VIVÊNCIAS ACADÊMICA NO SUS: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UNB
2 UFCAT
Período de Realização
07 a 13 junho de 2025.
Objeto da experiência
Fortalecer a formação em saúde no Centro-Oeste, integrando ensino, serviço e comunidade com foco nos princípios do SUS e na realidade regional.
Objetivos
Valorizar o compromisso ético-político dos estudantes e residentes da saúde na implantação do SUS; ampliar reflexão sobre seu papel como agentes de transformação; promover formação interprofissional, humanizada e crítica, integrando ensino-serviço-comunidade, controle social e práticas de saúde.
Metodologia
O programa Vivências no SUS Centro-Oeste ocorreu de 07 a 13 de junho, reunindo estudantes e residentes da saúde em uma imersão teórico-prática. Foram discutidas temáticas essenciais sobre o SUS e realizadas visitas a pontos estratégicos em Brasília, como o Ministério da Saúde, a Casa de Saúde Indígena e o Hospital Universitário. Participaram viventes do MT, MS, GO e DF, com o objetivo de formar facilitadores para atuação nas redes locais.
Resultados
O programa de Vivências no SUS proporcionou àqueles que participaram aprendizado prático sobre o funcionamento do SUS nos três níveis de atenção através das visitas às UBS, CAPS, policlínicas e ao Hospital Universitário de Brasília. Além disso, houve o estímulo da Interprofissionalidade através do encontro de diversas áreas; Houve também o fortalecimento do protagonismo estudantil, integração de diferentes estados, ampliando a visão crítica sobre o SUS e os determinantes sociais de saúde (DSS).
Análise Crítica
O programa Vivências no SUS Centro-Oeste possibilitou aos estudantes e residentes das áreas da saúde compreender o valor histórico do SUS, seus desafios estruturais e a importância da luta pelo direito à saúde. As vivências nos territórios e serviços de saúde do Distrito Federal expôs as potencialidades e fragilidades do SUS-DF, destacando a participação social, os territórios e os saberes populares como pilares essenciais na construção da saúde coletiva.
Conclusões e/ou Recomendações
A vivência no VER-SUS Centro-Oeste integrou estudantes da saúde, favorecendo a troca de saberes e experiências. As visitas técnicas aos serviços de saúde ampliaram a visão sobre o funcionamento do SUS na prática, reforçando a importância do território e da participação social na construção de uma saúde pública democrática e interprofissional, com compromisso ético. Portanto, recomenda-se que o Ministério da Saúde continue ampliando o programa.
DIFUSÃO DA TÉCNICA DE REDUÇÃO DE ESTRESSE NO SUS/DF
Pôster Eletrônico
1 Fiocruz Brasília
Período de Realização
De 2022 a 2024, com quatro edições de cursos ofertados para profissionais de saúde do Distrito Federal.
Objeto da experiência
Processo formativo em Técnica de Redução de Estresse (TRE) como estratégia de cuidado integral no SUS do Distrito Federal.
Objetivos
Analisar o processo metodológico dos cursos em TRE desenvolvidos pelo PSAT/Fiocruz e SES/DF e suas contribuições nos processos de trabalho. Sistematizar os aspectos político-pedagógicos da formação e investigar a percepção dos profissionais sobre os efeitos da técnica.
Descrição da experiência
Entre 2022 e 2024, foram realizadas formações-ação em Tecnica de Redução de Estresse- TRE por meio de parceria entre PSAT/Fiocruz Brasília e GERPIS/SES-DF. Os cursos foram voltados à qualificação de profissionais da saúde para atuação como facilitadores da técnica em seus territórios. A sistematização da experiência está em andamento, com base em metodologia qualitativa e nos aportes da educação popular em saúde e da sistematização de experiências.
Resultados
Os resultados da sistematização estão em processo de análise. De forma preliminar, têm sido identificadas percepções positivas dos participantes quanto à aplicabilidade da TRE em seus contextos de trabalho, bem como relatos sobre impactos na saúde mental e no fortalecimento do cuidado com os(as) trabalhadores(as). A investigação busca aprofundar como a formação contribui para mudanças nos processos de trabalho e na ampliação das práticas integrativas no SUS.
Aprendizado e análise crítica
A sistematização tem permitido refletir sobre os desafios e potências da formação-ação em TRE como estratégia de cuidado ampliado. Destacam-se, até o momento, o protagonismo dos profissionais no processo formativo, o fortalecimento das práticas integrativas e a valorização do autocuidado como dimensão do cuidado em saúde. A análise crítica segue em curso, ancorada na escuta qualificada e na reconstrução coletiva da experiência vivida.
Conclusões e/ou Recomendações
Ainda em fase de sistematização, a experiência aponta para a relevância da TRE como ferramenta de cuidado integral no SUS. Recomenda-se o fortalecimento das ações formativas em PIS e a ampliação do apoio institucional à inserção dessas práticas nos serviços. A continuidade da análise permitirá aprofundar recomendações para o aprimoramento da política distrital de PIS e da educação permanente em saúde.
POLÍTICA NACIONAL DE RESIDÊNCIAS EM SAÚDE: CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA E DIRETRIZES PARA A QUALIFICAÇÃO DA FORMAÇÃO NO SUS
Pôster Eletrônico
1 Ministério da Saúde
Período de Realização
2023-2025
Objeto da experiência
Construção da Política Nacional de Residências em Saúde
Objetivos
Analisar a construção participativa da PNRS e suas diretrizes estruturantes como resposta aos desafios históricos da formação especializada para o SUS.
Metodologia
A Política Nacional de Residências em Saúde (PNRS) representa avanço na consolidação da formação especializada no SUS. Seu processo de formulação articulou histórico normativo, desafios estruturais e ampla participação social, buscando alinhar os programas às necessidades e prioridades do sistema público de saúde.
Resultados
A análise revelou forte adesão à proposta da PNRS (concordância de até 88%), destacando o reconhecimento da residência como estratégia formativa no SUS. Os eixos valorizam gestão qualificada, integração ensino-serviço-comunidade, valorização dos atores envolvidos, aspectos pedagógicos e modelos de avaliação. Críticas apontaram necessidade de melhorias em financiamento, distribuição de vagas e condições de trabalho.
Análise Crítica
A Política Nacional de Residências em Saúde (PNRS) representa avanço na consolidação da formação especializada no SUS. Seu processo de formulação articulou histórico normativo, desafios estruturais e ampla participação social, buscando alinhar os programas às necessidades e prioridades do sistema público de saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
Estudo descritivo a partir da análise documental e das contribuições recebidas na consulta pública realizada via Participa + Brasil (outubro/2024), com 724 manifestações de residentes, preceptores, tutores, gestores e usuários do SUS. Foram sistematizadas evidências qualitativas e quantitativas relacionadas à formulação participativa, incluindo oficinas, seminários, comissões e instrumentos digitais.
PRÁTICAS ANTIRRACISTAS EM SAÚDE NA GESTÃO: CONTRIBUIÇÃO DA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE PARA IMPLEMENTAÇÃO DE AÇÕES DE REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES RACIAIS EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 Fiocruz Brasília
2 Ministério da Saúde
3 Ministério da saúde
Período de Realização
Realizado em 27 de novembro de 2024.
Objeto da experiência
Trata-se de um relato de experiência em Educação Permanente em Saúde (EPS) acerca do letramento antirracista.
Objetivos
Descrever os efeitos e contribuições da EPS, no processo de transversalização da temática antirracista nas ações e políticas desenvolvidas em um departamento do Ministério da Saúde (MS), bem como promover capacitação dos trabalhadores para fortalecer debates e práticas antirracistas.
Descrição da experiência
Esta ação foi planejada e executada no âmbito de um departamento do MS durante o estágio do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica da Fiocruz. Durante a vivência foi possível acompanhar as atividades aplicadas junto aos trabalhadores e os conteúdos abordados, partindo da contextualização das problemáticas do racismo, numa dinâmica de classificação de situações cotidianas, por meio de frases em categorias específicas para análise e discussão das repercussões do racismo.
Resultados
A discussão, guiada por metodologias ativas, problematizou os efeitos, impactos e desafios a partir da definição de eixos, a mencionar: racismos estruturais, ambientais, recreativos, individuais, institucionais, culturais e sociais. Foi elaborado e sistematizado estratégias que fomentam a cooperação para a superação do racismo, adoção de cultura de paz, a oferta de práticas antirracista para reduzir as desigualdades e promover equidade racial, étnica e social.
Aprendizado e análise crítica
A EPS reforçou o enfrentamento do racismo impulsionando a transversalidade da equidade racial e étnica na implementação das ações e políticas públicas, com recomendações para o cuidado à população negra, a mencionar: desenvolvimentos de planos de cuidado, apoio técnico e financeiro na implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, formação de lideranças negras para o exercício do controle social, escutas, resgates e reconhecimento das práticas ancestrais de cuidado.
Conclusões e/ou Recomendações
A EPS serviu para ampliar o compromisso com o enfrentamento do racismo como determinante do processo de adoecimento da população negra, demonstrando ser uma ferramenta eficaz para ampliar o desenvolvimento do letramento racial no âmbito do MS. As recomendações ofereceram subsídios para promover o desenvolvimento de políticas públicas adequadas e equitativas nos serviços de saúde, contribuindo para a redução das desigualdades raciais em saúde.
VIVÊNCIA NO PARÁ: SUS, CULTURA E TERRITÓRIO COMO MESTRE DA FORMAÇÃO EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UFOPA
Período de Realização
Realizado entre 12 e 18 de maio de 2025, em Belém-PA, com estudantes e residentes da área da saúde.
Objeto da experiência
Vivência idealizada pelo Ministério da Saúde com a Rede Unida, com o apoio da Universidade Federal do Pará, governo local e movimentos sociais.
Objetivos
Promover formação crítica em saúde por meio de vivências imersivas no Sistema Único de Saúde (SUS), valorizando a educação popular, os saberes locais e a integralidade do cuidado, a partir do contato direto com equipamentos da saúde e contextos diversos da região amazônica.
Descrição da experiência
Durante uma semana, vivenciamos o SUS em Belém e arredores, visitando Unidades Municipais em Saúde em reforma adesão à Estratégia Saúde da Família, assentamentos, a Ilha do Combú e a Casa de Saúde em Mosqueiro. Conhecemos iniciativas de saúde mental em Abaetetuba e observamos como os territórios exigem estratégias distintas. A experiência, rica em trocas com profissionais, usuários e saberes populares, ampliou nossa visão sobre a organização do SUS a partir do território.
Resultados
Como resultados dessa vivência, foram construídas produções visuais, escritas e artísticas que possibilitaram compartilhar as experiências individuais com os demais participantes. Também elaboramos propostas de projetos a serem implementados em nossos próprios contextos, como no município de Santarém, no oeste do Pará. A vivência nos mobilizou a pensar o SUS como um sistema vivo, diverso e em constante disputa, que resiste nas comunidades e nos vínculos construídos com a população.
Aprendizado e análise crítica
A vivência nos permitiu desconstruir imagens idealizadas da capital, enfatizando que mesmo em um único estado, os contextos em saúde são múltiplos e exigem estratégias distintas que dependem da compreensão das barreiras enfrentadas. Reconhecer a cultura, os saberes populares e os desafios estruturais nos fez perceber que o cuidado em saúde exige sensibilidade, ética e compromisso com o lugar e com quem o habita. O SUS não se resume à técnica, mas à vivência ética, política e social.
Conclusões e/ou Recomendações
Concluímos que participar dessa vivência foi essencial para nossa formação, pois fortaleceu uma visão ampliada do cuidado e destacou a importância da educação popular, da articulação com os saberes locais e da compreensão profunda dos determinantes sociais em cada contexto. Recomendamos que o programa seja expandido e alcance estudantes de outras áreas, fortalecendo a intersetorialidade e o diálogo entre universidade, serviço e comunidade.
IMPACTO DA EDUCAÇÃO PERMANENTE DURANTE A SUPERVISÃO DE SALA DE VACINA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 Universidade de Pernambuco (UPE)
2 Secretaria de Saúde do Recife
Período de Realização
Realizado no período de abril a junho de 2025.
Objeto da experiência
Trata-se de um relato de experiência de uma residente de saúde coletiva durante uma supervisão em sala de vacina no município de Recife.
Objetivos
Compreender a experiência do profissional de saúde frente às atividades de supervisão em sala de vacina com ênfase na educação permanente.
Descrição da experiência
Durante dois meses de observação, foi possível identificar resistência por parte dos profissionais supervisionados. À medida que percebem o respeito, escuta e o compromisso da equipe de supervisão em orientá-los conforme as diretrizes do Ministério da Saúde, passam a se engajar ativamente no processo de aprendizagem. A experiência demonstra que, quando a educação permanente é conduzida com empatia e propósito, promove mudanças significativas nas práticas profissionais.
Resultados
Observou-se que a abordagem dos supervisores na sala de vacinação realizada de forma estruturada, foi essencial para garantir a eficácia do processo e promover um ambiente de trabalho positivo. Logo, a supervisão tem o intuito de identificar possíveis falhas, além de atualizar os conhecimentos sobre procedimentos e boas práticas.
Aprendizado e análise crítica
Na educação permanente o profissional aprende a partir de suas próprias experiências, ou seja, vivenciando as problemáticas do dia a dia é capaz de refletir sobre suas ações no sentido de melhorar e aprimorá-las. Com isso, a supervisão se torna uma ferramenta eficaz para aprimorar a qualidade do atendimento e fortalecer a confiança entre profissionais e supervisores.
Conclusões e/ou Recomendações
Através de uma supervisão sistemática é possível identificar lacunas no conhecimento, além da ausência na padronização de condutas prestadas aos usuários, acarretando insegurança na administração dos imunobiológicos. Assim, uma supervisão estruturada na sala de vacinação é essencial para otimizar os processos de trabalho, além do fortalecimento e atualização dos conhecimentos sobre procedimentos e boas práticas para qualidade do atendimento.
PET-SAÚDE COMO EXPERIENCIA NA FORMAÇÃO INTERPROFISSIONAL
Pôster Eletrônico
1 PUC Minas
2 SUS Betim
3 SUS BETIM
Período de Realização
Vivência e atuação do grupo do PET- Saúde com encontros semanais do mês de maio de 2024 a maio de 2025.
Objeto da experiência
Compartilhar a experiência interprofissional do grupo tutorial do Pet-Saúde Entendendo e vivendo o climatério, no Município de Betim/MG.
Objetivos
Formação de profissionais orientada para o Sistema Único de Saúde (SUS), capazes de trabalhar em equipe por meio de competências colaborativas e da aprendizagem interprofissional.
Descrição da experiência
Este relato emergiu da vivência do grupo do PET-Saúde: Equidade. Formado por alunos do direito, enfermagem, fisioterapia, medicina e psicologia. As oficinas de estudo e nivelamento sobre climatério e menopausa, permitiu aos acadêmicos conectarem diferentes áreas temáticas e compreenderem como cada profissão contribui para a promoção da saúde.
Resultados
Destaca-se reuniões semanais do grupo tutorial planejando e avaliando, dividindo vivências e atividades desenvolvidas com trabalhadoras do SUS. Feitas 11 oficinas, conduzidas por acadêmicos, preceptores e tutores, observando maior afinidade, habilidades relacionais e aprendizado na prática interprofissional colaborativa. Observa-se equipe mais coesa, com diálogos e ações compartilhadas mais efetivos, melhora da escuta e compreensão das outras profissões, facilitando o trabalho em equipe.
Aprendizado e análise crítica
O principal aprendizado que destacamos é a importância na participação em projetos de extensão e de pesquisa, nas atividades de educação em saúde que facilitem a interação com acadêmicos de outros cursos e suas competências. Sendo essa experiência o ideal a ser perseguido pela universidade para uma formação que valorize os saberes, o trabalho em equipe e a articulação com os serviços de saúde, que permite produzir conhecimento científico com relevância social.
Conclusões e/ou Recomendações
No PET- Saúde a equipe interprofissional permite intercâmbios científicos e humanos, possibilitando vivências além do domínio técnico-cientifico das áreas do conhecimento de cada acadêmico. Espera-se fortalecer trocas de conhecimentos, cooperação solidária, atuação corresponsável, aquisição de competências e habilidades, impactando assim, ações de acolhimento, educação e promoção da saúde das trabalhadoras que vivenciam climatério e menopausa.
ORGANIZAÇÃO DE UM EVENTO SOBRE SAÚDE DA POPULAÇÃO LGBTQIAPN+ E PESSOAS QUE VIVEM COM HIV POR ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 Programa de Pós-Graduação em Assistência Farmacêutica (PPGASFAR/Ufes)
2 Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/FIOCRUZ)
3 Laboratório de Inovação para o Cuidado em Saúde (Linc/Ufes)
Período de Realização
A experiência aconteceu nos dias 7 a 8 de junho de 2024.
Objeto da experiência
Organização do evento “I Encontro sobre cuidado às pessoas vivendo com HIV e à população LGBTQIAPN+” em uma universidade pública do Espírito Santo.
Objetivos
O objetivo deste relato é descrever a experiência de estudantes de graduação e pós-graduação na organização de um evento sobre o cuidado às pessoas vivendo com HIV (PVHIV) e à população LGBTQIAPN+ no Espírito Santo.
Metodologia
O evento foi organizado por estudantes e teve como objetivo sensibilizar estudantes, profissionais de saúde e a sociedade sobre a importância do cuidado às PVHIV e à população LGBTQ+. A organização envolveu reuniões para definir temas, escolher palestrantes, elaborar roteiros para mediações, material gráfico, convites e kits de brindes. A programação contou com rodas de conversa, palestras, apresentações culturais e especialistas que abordaram temas como educação em saúde, estigma e saúde mental.
Resultados
O evento reuniu estudantes, pesquisadores, profissionais de saúde e representantes de movimentos sociais em um ambiente seguro para diálogo e troca de experiências. As rodas de conversa, palestras e apresentações culturais permitiram compartilhar vivências e discutir desafios de acesso a serviços de saúde. Assim, o encontro possibilitou a articulação entre setores como educação, serviços de saúde e organizações sociais.
Análise Crítica
A organização permitiu aos estudantes desenvolver habilidades de planejamento, comunicação e mediação de mesas redondas, além de refletirem sobre as lacunas na formação acadêmica. Contudo, o número limitado de participantes, em sua maioria já sensibilizados com a temática, evidenciou que ações pontuais são insuficientes para mudanças estruturais, sendo necessário o compromisso institucional para que o cuidado integral dessas populações seja efetivamente incorporado nas políticas de saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência propiciou o debate acerca do cuidado integral da população LGBTQIAPN+ e de PVHIV, destacando a importância de um olhar para além do tratamento clínico. Além disso, reforça-se o papel do protagonismo estudantil na construção de práticas sensíveis e inclusivas e recomenda-se a incorporação dessas ações nas políticas institucionais de formação em saúde.
AÇÃO DE PROMOÇÃO DA SAÚDE E EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM PRAIA NO RIO DE JANEIRO POR LIGA DE SAÚDE COLETIVA DURANTE TROTE SOLIDÁRIO DA OCEANOGRAFIA
Pôster Eletrônico
1 UERJ
2 UNISUAM
3 SEEDUC RJ
4 SMS-RJ
Período de Realização
Em um sábado de Março de 2025
Objeto da experiência
Atuação de estudantes da Liga Acadêmica de Saúde Coletiva da UERJ em atividade de extensão no trote solidário do curso de Oceanografia.
Objetivos
Relatar a experiência extensionista desenvolvida por estudantes da Liga Acadêmica de Saúde Coletiva da Faculdade de Enfermagem da UERJ em praia da Zona Sul do Rio de Janeiro, visando a integração ensino-serviço-comunidade com foco em saúde coletiva, preservação ambiental e emergências climáticas.
Descrição da experiência
Durante o trote solidário promovido pelo curso de Oceanografia, estudantes da Liga de Saúde Coletiva participaram de ação em uma praia da Zona Sul do Rio de Janeiro. Foram desenvolvidas atividades educativas com banhistas sobre poluição marinha, doenças relacionadas ao lixo na praia e mudanças climáticas, além de coleta de resíduos sólidos, com destaque para bitucas de cigarro. Estas foram utilizadas como para trocas simbólicas que viabilizaram doação de pranchas de surf.
Resultados
A ação proporcionou interação dos estudantes com a comunidade, permitindo desenvolver habilidades em promoção da saúde e comunicação popular. A quantidade de lixo coletado impactou os participantes, gerando reflexão sobre consumo e descarte inadequado. A campanha envolveu jovens e crianças da comunidade, unindo saúde, esporte e inclusão social. Houve ainda reconhecimento positivo por parte da população e fortalecimento da atuação interprofissional e interinstitucional.
Aprendizado e análise crítica
A vivência promoveu uma percepção ampliada do cuidado em saúde, incorporando o território e o meio ambiente como determinantes sociais. Os estudantes refletiram sobre o papel do profissional da saúde frente às crises ambientais. O trabalho em equipe, o contato com o público e o protagonismo discente foram apontados como aspectos fundamentais da experiência. Também emergiu a consciência crítica sobre políticas públicas de saneamento, resíduos sólidos e justiça ambiental.
Conclusões e/ou Recomendações
Reforça-se a importância da extensão universitária na formação em saúde coletiva. Recomenda-se a ampliação de parcerias interdisciplinares entre cursos da universidade e comunidades locais, com foco em ações sustentáveis e educativas. Conclui-se que o engajamento estudantil em experiências como esta contribui para uma formação ética, crítica e sensível às desigualdades ambientais e sociais.
CURSO SOBRE LETRAMENTO RACIAL PARA TRABALHADORES DA SAÚDE: UMA EXPERIÊNCIA NO RIO GRANDE DO NORTE
Pôster Eletrônico
1 UFRN
2 UNCISAL
3 UFBA
4 EPSJV/Fiocruz(RJ)
Período de Realização
28 e 29 de abril de 2025
Objeto da experiência
Trata-se de um curso de extensão promovido pelo projeto “Fale com Agente”, da UFRN, em parceria com pesquisadores da UFBA e Fiocruz (RJ).
Objetivos
Relatar a experiência do curso “Letramento Racial em Saúde”, que buscou contribuir para a formação de trabalhadores da saúde e acadêmicos, capacitando-os a identificar e combater práticas racistas e a promover a equidade racial no ambiente de trabalho e no atendimento à população.
Descrição da experiência
Foram realizadas quatro oficinas com metodologias ativas. Foi estimulado o desenvolvimento de habilidades para reconhecer o racismo como problema estrutural, compreender identidades raciais e adquirir vocabulário adequado para discutir raça e antirracismo. Além disso, criou-se espaços para estimular o reconhecimento de práticas racializadas e da interseccionalidade, buscando fortalecer a proposição de estratégias para enfrentar desigualdades raciais no SUS.
Resultados
Os cursistas participaram ativamente no processo de construção da aprendizagem relativo ao racismo estrutural na saúde. Foi relatado pelos participantes uma maior percepção sobre a problemática no cotidiano de trabalho. Observou-se, ainda, o levantamento pelos trabalhadores de proposições para a formulação de estratégias antirracistas nos serviços de saúde. O curso reforçou a importância da educação permanente para a promoção da equidade racial no SUS.
Aprendizado e análise crítica
A luta e prática antirracistas não são inauguradas com o surgimento da estratégia do letramento racial. Movimentos negros, especialmente de mulheres negras, muito já produziram e lutaram nesse sentido. No entanto, entende-se que a oferta do curso contribuiu para despertar a necessidade dos trabalhadores em enfrentar o racismo no cotidiano do trabalho, por meio de sua identificação e formulação de estratégias de acordo com as especificidades dos serviços e territórios de inserção.
Conclusões e/ou Recomendações
O curso demonstrou a importância do letramento racial na formação de trabalhadores da saúde, possibilitando reflexões críticas e desenvolvimento de estratégias para enfrentar o racismo institucional. Recomenda-se a continuidade e ampliação dessa iniciativa, garantindo formação contínua e adaptada às realidades locais. A abordagem ativa e interdisciplinar deve ser fortalecida para favorecer a promoção da equidade racial.
OFICINAS DE AURICULOTERAPIA NO CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
Pôster Eletrônico
1 UDESC
Período de Realização
Março de 2023 a maio de 2025.
Objeto da experiência
Prática acadêmica de auriculoterapia entre alunos da graduação em Fisioterapia.
Objetivos
Ampliar os conhecimentos sobre as PICS e desenvolver experiência prática-teórica aos acadêmicos de sobre auriculoterapia, intensificando a aplicação da prática baseada em evidência.
Descrição da experiência
Foram realizadas oficinas de auriculoterapia, dentro de uma disciplina voltada à Saúde Coletiva na 5ª fase do curso de graduação em Fisioterapia do CEFID/UDESC. Cada oficina teve duração de uma manhã, com periodicidade semestral. A primeira parte da oficina envolveu conteúdo teórico sobre auriculoterapia e, em seguida, foram realizadas práticas de aplicação no pavilhão auricular entre os alunos, sob supervisão da professora e das bolsistas de extensão.
Resultados
Ao total, foram 5 oficinas, sendo que cada turma teve a participação, em média, de 20 alunos, de ambos os sexos, e idade entre 18 a 40 anos de idade, de ambos os sexos. Alguns alunos relataram que já conheciam a prática e, inclusive, utilizavam como recurso terapêutico no cuidado de sua saúde. Os encontros destacaram as evidências científicas que respaldam a prática, além de permitir que os alunos experimentassem a aplicação da técnica sob supervisão.
Aprendizado e análise crítica
A oferta de práticas de auriculoterapia na graduação em Fisioterapia permite ampliar o conhecimento dos alunos sobre diferentes possibilidades de cuidado em saúde. Foi importante para ressaltar que a auriculoterapia é uma prática baseada em evidências, com resultados significativos no tratamento de diversos agravos de saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A vivência prática dos acadêmicos com a auriculoterapia durante seu processo de formação na graduação reforça a importância de inserção de disciplinas nos currículos de Fisioterapia que permitam explorar o conhecimento teórico-prático sobre Práticas Integrativas e Complementares. Ressalta-se também a necessidade de fomentar o desenvolvimento de pesquisas na área durante a graduação para melhorar a prática baseada em evidências.
AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA FORMAÇÃO MÉDICA: A IMPORTÂNCIA DAS PRÁTICAS PARA A APROXIMAÇÃO DOS ACADÊMICOS COM O SUS
Pôster Eletrônico
1 UniRV, Campus Formosa
Período de Realização
As ações acontecem todos os semestres, na Disciplina de Medicina Integrada à Saúde na Comunidade
Objeto da experiência
Ações de educação em saúde, em diferentes locais dos territórios (UBS, CAPS, Escolas, CRAS, ILPI, empresas, entre outros)
Objetivos
- Realizar ações de educação em saúde sobre os diferentes temas estudados na disciplina de Medicina Integrada à Saúde na Comunidade (MISCO)
- Aproximar os acadêmicos de medicina da população, de outros profissionais e setores
- Desenvolver diferentes habilidades e competências nos acadêmicos de medicina
Descrição da experiência
A disciplina de MISCO na UnRV, Campus Formosa, é organizada da seguinte maneira: 1º semestre Introdução ao SUS; 2º Atenção secundária e saúde do trabalhador; 3º Idosos e populações vulneráveis; 4º Saúde da Mulher e criança; 5º Epidemiologia; 6º Saúde Mental e Gestão. Em cada um os alunos realizam ações de educação em saúde sobre os temas. Os alunos preparam as ações e as realizam, por meio de palestras, rodas de conversa, teatro, capacitação, atividades lúdicas entre outras metodologias
Resultados
No 1º período a ação de educação em saúde é realizada nas UBS utilizando a Carta dos Direitos dos Usuários do SUS, no 2º a ação é com trabalhadores em alguma empresa, no 3º é ema ILPI, no 4º em Escolas, no 5º nas UBS, em especial sobre TB, HANS e HIV/AIDS, no 6º nos CAPS. Os alunos conseguem, por diferentes metodologias, levar informações à comunidade, conhecer as unidades dos territórios, interagirem com outros setores, além de desenvolverem sua criatividade e conhecimento na execução das ações.
Aprendizado e análise crítica
As ações de educação em saúde fazem parte das atividades a serem realizadas pelos profissionais de saúde, mesmo que alguns profissionais inseridos nos serviços não o façam, é fundamental que durante a formação acadêmica os alunos tenham a possibilidade de realizar tais atividades, se aproximarem da comunidade, conhecerem os diferentes cenários em que poderão atuar, principalmente na atenção primária, fortalecendo a importância da promoção da saúde e prevenção de doenças.
Conclusões e/ou Recomendações
É fundamental que os acadêmicos tenham essa aproximação da população por meio das Ações de Educação em Saúde, é o momento que colocam em prática os assuntos tratados em sala de aula, desenvolvem habilidades e competências e entendem que saúde vai muito além de estarem apenas dentro de um consultório. É gratificante as devolutivas dos acadêmicos e sempre desperta neles a vontade de continuar as ações por meio de Projetos e Programas de Extensão.
FORTALECENDO SABERES E PRÁTICAS: FORMAÇÃO PARTICIPATIVA DE AGENTES POPULARES DE SAÚDE EM ÁREAS DE REFORMA AGRÁRIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO
Pôster Eletrônico
1 Fiocruz/PE
Período de Realização
Entre março de 2024 e agosto de 2024, em assentamentos e acampamentos do MST em Pernambuco
Objeto da experiência
Formação de agentes populares como sujeitos ativos na construção e aplicação de inquérito participativo sobre saúde no campo
Objetivos
Apresentar a experiência de formação de Agentes Populares de Saúde do campo como entrevistadores e a construção participativa de questionários para inquérito domiciliar, com base na vigilância popular em saúde, em territórios da reforma agrária no estado de Pernambuco
Descrição da experiência
Realizou-se um seminário de formação com temas como ética, técnicas de entrevista e epidemiologia crítica. Oficinas participativas auxiliaram na construção dos questionários, integrando saberes locais e demandas sociais. Os agentes utilizaram o REDCap para coleta de dados, fortalecendo a participação comunitário do processo de pesquisa e a vigilância popular.
Resultados
A formação dos agentes ampliou o protagonismo popular e a confiança na pesquisa. A participação coletiva resultou em instrumentos sensíveis à realidade local. Superaram-se desafios com diálogo contínuo. A articulação entre saberes acadêmicos e populares gerou dados mais contextualizados, relevantes e úteis para subsidiar ações e políticas públicas em saúde do trabalhador rural.
Aprendizado e análise crítica
A experiência reafirma o valor da vigilância popular e da participação social como eixos para democratizar a produção de conhecimento em saúde. O uso do REDCap integrado à atuação dos agentes demonstrou viabilidade técnica e metodológica. A aproximação entre academia, SUS e movimentos sociais fortaleceu o protagonismo popular e qualificou os processos de pesquisa e intervenção.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência aponta caminhos potentes para fortalecer a vigilância popular, com agentes populares atuando na produção de dados territorializados. Recomenda-se que políticas públicas reconheçam e integrem essas práticas participativas como estratégia para ampliar o acesso à saúde e garantir o direito à informação qualificada nos territórios do campo.
UM CIRURGIÃO-DENTISTA RESIDENTE NA RELATORIA DA 4ª CNGTES: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 ISC/UFBA
Período de Realização
A 4ª CNGTES ocorreu de 10 a 13 de dezembro de 2024, em Brasília-DF.
Objeto da experiência
Vivenciar como se dá o processo de relatoria e o controle social na 4ª conferência nacional de gestão do trabalho e da educação na saúde (4ª CNGTES).
Objetivos
Tem por objetivo relatar a experiência de um cirurgião-dentista residente em saúde coletiva com área de concentração em planejamento e gestão em saúde (ISC/UFBA), enquanto relator de sistema na 4ª CNGTES, e suas contribuições para a formação em saúde coletiva.
Descrição da experiência
Inicialmente houve um treinamento para capacitar as pessoas relatoras sendo divididas em relatoria afetiva e de sistema, sendo esta responsável por registrar no sistema por meio de notebook as propostas e diretrizes votadas pelas pessoas delegadas (PDs) nos grupos de trabalho (GT). As PDs não podiam incluir texto, apenas solicitar destaque de supressão parcial ou total. Ficando alocado como relator no eixo I - participação social, após conclusão da votação em um GT foi possível atuar em um 2º.
Resultados
Os GTs possuíam uma composição bastante diversa, no 1º houve apenas um destaque, a proposta versava sobre a remuneração de conselheiros(as) de saúde sendo suprimida totalmente por unanimidade, levantando a discussão sobre a importância de ser um cargo não remunerado; no 2º essa proposta sofreu a mesma supressão. Ocorreram momentos de embate no 2º GT sobre propostas favoráveis à terceirização na saúde com a maioria do grupo posicionando-se contra a precarização e em defesa de um SUS 100% público.
Aprendizado e análise crítica
A experiência enquanto relator permitiu vivenciar a participação social na construção da política de saúde, através dos diversos atores e entidades representadas nesse espaço de disputa e defesa de seus ideais que nem sempre estavam alinhados com os princípios do SUS. Também foi possível visualizar que nem tudo o que foi votado era de conhecimento de todas as PDs que, por vezes, suprimiram do texto termos específicos de certas áreas apenas para tornar as diretrizes e propostas mais abrangentes.
Conclusões e/ou Recomendações
Tal experiência contribuiu para o processo formativo em saúde coletiva e deve ser incentivada, visto que também propicia o desenvolvimento da autonomia dos residentes enquanto participantes do controle social, auxiliando nesse processo de trabalho tão necessário para a política de saúde, registro e memória do SUS. Destaca-se também o cuidado da comissão de relatoria no treinamento dos relatores e no suporte para o desenvolvimento dessa atividade.
SENTIDOS EM DISPUTA: CARTOGRAFANDO PODERES SIMBÓLICOS DISCURSIVOS NO TERRITÓRIO DO SUS
Pôster Eletrônico
1 ESP/CE
Período de Realização
13 a 17 de maio de 2024 - Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE)
Objeto da experiência
Construção e aplicação do Mapa do Mercado Simbólico por Apoiadores Institucionais durante curso de formação em Educação Permanente em Saúde no Ceará.
Objetivos
Fortalecer Núcleos Regionais e Municipais de EPS, por meio do Modelo do Mercado Simbólico, ampliando a capacidade crítica dos Apoiadores para identificar e analisar fluxos de comunicação, dinâmicas de poder e redes discursivas que influenciam práticas e políticas públicas de saúde no território
Descrição da experiência
A experiência ocorreu na Unidade VI do curso, ofertado pela ESP/CE por meio da Rede Saúde Escola (RESE). Utilizaram-se metodologias participativas — rodas de conversa, exposições interativas e cartografia — para mapear as Comunidades Discursivas (CD) nos territórios. A construção coletiva do MMS organizou atores institucionais e sociais em quadrantes, diferenciados por cores e intensidades de influência, proporcionando uma visão crítica das relações de poder e fluxos simbólicos
Resultados
O processo possibilitou aos Apoiadores Institucionais a identificação dos principais atores e espaços de interlocução, destacando a centralidade da RESE e da ESP/CE nas redes discursivas. Os participantes ampliaram a compreensão sobre o poder simbólico nas relações institucionais, reconheceram fragilidades na comunicação entre diferentes instâncias e desenvolveram estratégias para fortalecer a articulação territorial em EPS, ampliando sua capacidade de planejamento e atuação
Aprendizado e análise crítica
O Modelo do Mercado Simbólico mostrou-se ferramenta potente para a leitura crítica da realidade e análise dos sentidos que circulam no SUS. Apesar da limitação de tempo, destacou-se a necessidade de aprofundar a reflexão crítica nos processos formativos, valorizando a comunicação como eixo da estruturante da Educação Permanente em Saúde. Evidenciou a complexidade das redes simbólicas, a importância da cogestão e da integração interinstitucional para o fortalecimento do SUS
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência reafirma a importância de modelos teóricos aplicados à prática para transformar realidades locais. Recomenda-se ampliar e aprofundar o uso do MMS na formação e planejamento em EPS, estender o tempo para mapeamento e promover espaços contínuos de reflexão crítica sobre fluxos comunicacionais e dinâmicas de poder no SUS, fortalecendo a atuação dos Apoiadores na construção e articulação de políticas públicas inclusivas e democráticas
AUTONOMIA E PLANEJAMENTO REPRODUTIVO: O IMPACTO DA INSERÇÃO DO DIU NA APS
Pôster Eletrônico
1 Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
2 SES DF
Período de Realização
O projeto iniciou-se em setembro de 2024 e segue em andamento até o presente momento.
Objeto da experiência
O projeto iniciou-se em setembro de 2024 e segue em andamento até o presente momento.
Objetivos
Analisar o DIU enquanto uma ferramenta de autonomia sexual e reprodutiva, investigando as motivações, experiências, percepções e satisfação de mulheres da APS que optaram pelo método, bem como seu impacto no cotidiano, adesão contínua e recomendação do método a outras usuárias.
Descrição da experiência
A experiência envolveu a realização de grupos educativos sobre planejamento reprodutivo, seguido da inserção do DIU em participantes que atenderam aos critérios clínicos. Após o procedimento, as mulheres têm retornado à unidade para consulta de acompanhamento, onde é aplicado um questionário semiestruturado que avalia percepções, motivações, satisfação e o impacto do método na rotina e autonomia. A ação tem fortalecido o vínculo com a equipe e estimulado decisões informadas sobre contracepção.
Resultados
Os resultados têm demonstrado que a maioria das mulheres estão apresentando satisfação quanto ao uso do DIU, destacando maior segurança, liberdade e autonomia nas decisões reprodutivas. Muitas relatam mudanças positivas em sua rotina e na vivência da sexualidade. A escuta qualificada, o acolhimento humanizado e o acompanhamento longitudinal foram apontados como elementos essenciais para a adesão e continuidade do método.
Aprendizado e análise crítica
A realização do estudo tem evidenciado que o acesso à informação qualificada e ao cuidado humanizado tem impacto direto na autonomia reprodutiva das mulheres. O DIU, muitas vezes negligenciado nos serviços de saúde, revelou-se mais do que um método contraceptivo, tornou-se um símbolo de liberdade de escolha e empoderamento. No entanto, a pesquisa também mostra desafios estruturais, como a desinformação, os mitos em torno do método e a necessidade de maior capacitação profissional.
Conclusões e/ou Recomendações
O estudo evidenciou que, inserido em um contexto de cuidado humanizado, o DIU é percebido pelas mulheres como um instrumento de fortalecimento e protagonismo. As participantes demonstraram satisfação com o método e relataram impactos positivos em suas vivências. Contudo, ainda persistem obstáculos como a desinformação, estigmas e dificuldades de acesso, o que reforça a necessidade de ações educativas e qualificação profissional na APS.
APRENDIZADO EM MOVIMENTO: AÇÃO EXTENSIONISTA DE SAÚDE DO TRABALHADOR EM UMA EMPRESA DE BIOINSUMOS
Pôster Eletrônico
1 UFJ
Período de Realização
A ação ocorreu no mês de março de 2025.
Objeto da experiência
Promover educação em saúde sobre uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) em uma empresa de bioinsumos.
Objetivos
Orientar os colaboradores de uma empresa privada sobre o uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), visando melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e fortalecer o vínculo entre a Universidade e a comunidade.
Descrição da experiência
Após breve exposição teórica sobre a importância do uso dos EPIs, bem como uma ação prática demonstrando a forma correta de colocar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). A estratégia estimulou a cooperação entre os estudantes de medicina, o raciocínio conjunto e a fixação dos conteúdos de forma lúdica, tornando o processo educativo mais engajador.
Resultados
A interação dos acadêmicos com os trabalhadores permitiu o engajamento dos participantes e a conscientização da importância do uso de EPIs. A ação alcançou 40 trabalhadores dos setores administrativos, laboratoriais e operacionais. A ação demonstrou que estratégias de educação em saúde são eficazes para sensibilizar trabalhadores sobre promoção da saúde ocupacional, reduz custos com tratamentos médicos, afastamentos e indenizações.
Aprendizado e análise crítica
A ação extensionista mostrou-se uma ferramenta de transformação social, conectando a universidade, os trabalhadores da empresa em torno de um objetivo em comum, a saúde do trabalhador. Além disso, a ação integrou diferentes saberes acadêmicos com práticas de promoção e prevenção dentro do ambiente corporativo.
Conclusões e/ou Recomendações
A execução do projeto possibilitou a construção compartilhada do conhecimento e o fortalecimento da articulação entre estudantes, trabalhadores e gestores da empresa. A experiência proporcionou uma aprendizagem dinâmica, conectada às reais condições laborais vivenciadas pela comunidade atendida. Além disso, a ação consolidou o vínculo entre universidade e setor produtivo, promovendo o protagonismo discente e contribuindo para o desenvolvimento social.
PET-SAÚDE EQUIDADE – OURO PRETO E MARIANA/MG (2024/2026): EXPERIÊNCIA DOS GRUPOS 1 E 4
Pôster Eletrônico
1 UFOP
Período de Realização
2024/2026 - em execução.
Objeto da experiência
Experiência das Coordenadoras e Tutoras dos grupos 1 e 4 do PET-Saúde Equidade – Ouro Preto e Mariana (2024/2026).
Objetivos
Apresentar a experiência das Coordenadoras e Tutoras dos grupos 1 e 4 do PET-Saúde Equidade – Ouro Preto e Mariana (2024/2026).
Descrição da experiência
O grupo 1 trabalha no eixo da valorização das trabalhadoras e futuras trabalhadoras no âmbito do SUS, Gênero, Identidade de Gênero, Sexualidade, Raça, Etnia, Deficiências e as interseccionalidades no trabalho na saúde. Já o grupo 4 trabalha no eixo da valorização das trabalhadoras e futuras trabalhadoras no âmbito do SUS, saúde mental e as violências relacionadas ao trabalho na saúde.
Resultados
Em preparação à atividade do diagnóstico junto aos trabalhadores e às trabalhadoras em saúde dos municípios de Ouro Preto e Mariana/MG, os grupos, formados, ainda, por duas preceptoras cada, trabalhadoras de serviços municipais de saúde; e por estudantes dos cursos de graduação da área da saúde, ciências humanas e ciências sociais aplicadas da UFOP; estão pesquisando, estudando e formando materiais para a capacitação dos/as profissionais nas temáticas.
Aprendizado e análise crítica
Houve a percepção da necessidade do estudo das temáticas para a qualificação das equipes, uma vez que conceitos que envolvem a discriminação, como etarismo e capacitismo, eram desconhecidos. Ademais, percebeu-se falha no conhecimento acerca de processos históricos que justificam medidas de ações afirmativas, como cotas para pessoas negras, por exemplo. A efetivação da equidade em todos os ambientes, em especial no da saúde, demanda o conhecimento de conceitos e sua aplicação sem pré-conceitos.
Conclusões e/ou Recomendações
A formação e qualificação, por meio de pesquisas e estudos, da equipe é crucial para garantir uma formação sólida de trabalhadores e de trabalhadoras na temática da equidade em saúde, afastando pré-conceitos e garantindo a diversidade.
RELATO DE EXPERIÊNCIA: ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM ADOLESCENTES EM CATALÃO - GO.
Pôster Eletrônico
1 UFCAT
Período de Realização
De dezembro de 2023 a fevereiro de 2024.
Objeto da experiência
Vivência de acadêmicos de Enfermagem em ação educativa com adolescentes do Centro de Convivência do Pequeno Aprendiz (CCPA).
Objetivos
Compartilhar a experiência em realizar atividade de educação em saúde com adolescentes, abordando os temas Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes mellitus (DM).
Descrição da experiência
A atividade foi realizada no contexto da disciplina de Saúde Coletiva, do curso de enfermagem da Universidade Federal de Catalão (UFCAT). Os graduandos organizaram a atividade, abordando de forma acessível e dinâmica sobre HAS e DM, apresentando sobre sinais e sintomas, fatores de risco, prevenção, tratamento e fazendo relação com o Janeiro Branco (na temática Saúde Mental). Ao final foi realizado uma dinâmica de quiz com a turma e distribuição de brinde.
Resultados
A atividade foi bem acolhida pelos adolescentes, demonstraram interesse e participação, para os graduandos foi de grande aprendizado, a oportunidade de aplicar os conhecimentos teóricos apreendidos durante a disciplina, além de agregar vivências na trajetória acadêmica em relação a atuação da enfermagem no âmbito da Educação em Saúde, também foi discutidos casos com a equipe de saúde de referência e registrado no e-SUS.
Aprendizado e análise crítica
A vivência demonstrou que ações educativas devem considerar o contexto que a população participante está inserida, trazendo a importância dessa educação para os adolescentes e para os graduandos, mostrando o quanto a parceria entre a universidade e comunidade, é importante na formação dos futuros profissionais de saúde. Evidenciou a importância de abordar sobre as Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) considerando a presença de fatores de risco entre os adolescentes.
Conclusões e/ou Recomendações
As atividades de educação em saúde para adolescentes, podem ter efeitos positivos na prevenção e no cuidado de DCNT, estimulando autonomia para os jovens usuários dos serviços de saúde no autocuidado. Em relação à formação em enfermagem, essas vivências são fundamentais para consolidar competências relacionais, éticas e políticas, além de reafirmar o compromisso dos futuros profissionais de saúde com o SUS e com a promoção da saúde.
FORTALECENDO A FORMAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA: EXPERIÊNCIAS EXTENSIONISTAS E EDUCATIVAS DA LIGA ACADÊMICA DE FISIOTERAPIA EM SAÚDE COLETIVA, DO CURSO DE FISIOTERAPIA DA UFVJM
Pôster Eletrônico
1 UFVJM
Período de Realização
Desde 15 de julho de 2021, data de fundação e início das atividades da liga.
Objeto da experiência
A Liga Acadêmica de Fisioterapia em Saúde Coletiva (LAFISC) visa cumprir objetivos de ensino, pesquisa e extensão, de forma integrada.
Objetivos
Fomentar o estudo e a atuação de acadêmicos de Fisioterapia na saúde coletiva, por meio de ensino, pesquisa e extensão, contribuindo para a formação crítica dos futuros profissionais sobre as ações e o papel do fisioterapeuta no contexto do SUS.
Descrição da experiência
A LAFISC oferece experiências em saúde coletiva por meio de ações de extensão em comunidades, vivências em atividades interdisciplinares e multiprofissionais, grupos de estudos e produção científica. Além disso, busca promover a formação crítica e humanizada dos acadêmicos, fortalecendo a atuação da fisioterapia nas políticas públicas e contribuindo para a transformação social e o fortalecimento do SUS.
Resultados
Os membros ligantes e colaboradores vivenciam oficinas e projetos em comunidades, atuando como ponte eficaz entre a universidade e a comunidade externa, criando um espaço de diálogo produtivo entre acadêmicos e a sociedade. Estando presente em eventos internos e externos à universidade, fortalecendo o tripé ensino-pesquisa-extensão e a interação dialógica da comunidade acadêmica com a sociedade, incentivando a participação ativa nas comunidades.
Aprendizado e análise crítica
A experiência na LAFISC evidencia a importância da atuação do fisioterapeuta na saúde coletiva e fortalece a formação ética e cidadã dos estudantes. A aproximação com a comunidade em realidades sociais diversas permite reflexões sobre as desigualdades existentes no âmbito da saúde e a necessidade de um cuidado integral e humanizado.
Conclusões e/ou Recomendações
A LAFISC contribui significativamente para a formação de fisioterapeutas críticos e engajados na saúde coletiva. Suas ações fortalecem a integração entre a universidade e a comunidade, promovendo experiências que ampliam a visão dos estudantes sobre a atenção primária, reafirmando o papel social da fisioterapia.
CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO NA FORMAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA: EXPERIÊNCIA DE DOCENTES DO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DA UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
Pôster Eletrônico
1 Universidade de Fortaleza (UNIFOR)
Período de Realização
Desde 2023, semestralmente, como parte do módulo Saúde Coletiva, que é comum nos cursos da saúde.
Objeto da experiência
Dissertar acerca de uma ação de extensão de docentes do módulo Saúde Coletiva, em uma Universidade privada na região Nordeste.
Objetivos
A experiência tem como objetivo principal divulgar o SUS como um sistema integral e equânime. Como objetivos específicos, temos: gerar um engajamento de graduandos na área da saúde para defesa do SUS e sentimento de pertença, assim como fomentar o trabalho interdisciplinar.
Descrição da experiência
Docentes e discentes de diferentes cursos organizam, durante o semestre ações educativas relacionadas ao SUS, e que tem como culminância a realização da Mostra intitulada “E aí, SUS!”, no campus. Cada turma, a partir das discussões sobre as potências e fragilidades do nosso Sistema de Saúde, escolhe uma temática e elabora uma ação educativa com uso de metodologias ativas e materiais didáticos como, jogos de tabuleiro, (dominó, jogo da memória, bingo, circuitos, quiz, etc.
Resultados
Até o momento, cerca de 20 docentes e 1700 alunos participaram desta ação, envolvendo cerca de 3000 pessoas. Alunos, professores, gestores, e funcionários, do campus tiveram a oportunidade de se beneficiar com informações úteis sobre o SUS e sua abrangência de atuação, com temáticas como diferenciação das ações por níveis de atenção, tipos de vigilância em saúde, calendários vacinais, saúde mental, saúde dos animais, hábitos e espaços saudáveis, “fake news” sobre o SUS, entre outros.
Aprendizado e análise crítica
A extensão parte da identificação de docentes e alunos quanto lacunas que podem fomentar o desconhecimento sobre o SUS ou visão distorcida por parte da população; assim, o reconhecimento da presença do SUS nos nossos cotidianos, pode sensibilizar para que tenhamos profissionais e usuários conscientes e defensores do SUS. Outro ponto relevante é o exercício interdisciplinar e interprofissional dos alunos na medida em que trabalham em equipe e percebem as relações estabelecidas entre os cursos.
Conclusões e/ou Recomendações
A partir dessa atividade, incluímos na formação de alunos dos cursos da saúde, o reconhecimento da extensão como parte importante do processo de formação, assim como, da aproximação de cursos distintos que se reconhecem como profissionais da saúde com possibilidades de intervenção conjunta e interdependente. Além disso, fortalecer a defesa do SUS na formação profissional em saúde é um exercício de cidadania na busca da efetivação do direito à saúde.
DESAFIOS PARA O ENSINO DE CUIDADOS PALIATIVOS NO CURSO TÉCNICO E BACHAREL DE ENFERMAGEM EM UMA INSTITUIÇÃO FEDERAL DE EDUCAÇÃO NO MUNICIPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES/RJ
Pôster Eletrônico
1 UFF
Período de Realização
Este relato foi desenvolvido entre outubro de 2024 e abril de 2025.
Objeto da experiência
Discentes do último módulo do curso técnico e do quinto período do bacharelado em Enfermagem e docentes de ambos os cursos total de 42 participantes.
Objetivos
Identificar as dificuldades na formação em Cuidados Paliativos (CP) nos cursos técnico e superior em Enfermagem, evidenciadas pelo desconforto de alunos e professores ao lidar com a temática, com pacientes sem possibilidade de cura e ou em fase de terminalidade.
Descrição da experiência
Foram realizados três encontros na modalidade roda de conversa. Este levantamento foi realizado utilizando como referencial teórico-metodológico a Análise Institucional (AI) e a Socioclínica Institucional, onde enfatiza se a não neutralidade, a coletividade e autogestão dos participantes sendo possível pontuar os desafios na abordagem da temática e identificar junto com os participantes deste relato estratégias para uma formação mais humanizada e alinhada aos princípios do SUS.
Resultados
Nos debates os participantes destacaram a associação de CP apenas à terminalidade, os docentes reconhecem a falta de formação específica em CP em suas graduações o que gera insegurança e despreparo na abordagem da temática o que reflete na falta de preparo emocional e técnico durante o processo formativo, também foi evidenciado que a formação em Enfermagem ainda é centrada no modelo curativo, com lacunas no ensino de cuidados paliativos.
Aprendizado e análise crítica
Os achados revelam uma dissonância entre as demandas reais do SUS e a formação, com ênfase excessiva no modelo curativo em detrimento dos cuidados integrais, a abordagem superficial da temática nos currículos atuais resultando em profissionais despreparados para lidar com situações de terminalidade, gerando sofrimento tanto para pacientes quanto para a equipe e família.
Conclusões e/ou Recomendações
O estudo evidenciou lacunas na formação em (CP) nos cursos de Enfermagem, com ênfase excessiva no modelo curativo e despreparo emocional e técnico de docentes e discentes. A Análise Institucional mostrou-se eficaz para identificar desafios e propor mudanças coletivas. É urgente integrar CP nos currículos, alinhando a formação às demandas do SUS e promovendo uma assistência mais humanizada e integral.
VALORIZAÇÃO DAS TRABALHADORAS E FUTURAS TRABALHADORAS NO ÂMBITO DO SUS: UMA IMERSÃO COM A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
Pôster Eletrônico
1 UFRB
Período de Realização
As atividades descritas aconteceram entre abril de 2024 e maio de 2025.
Objeto da experiência
Relatar a valorização de trabalhadoras e futuras trabalhadores da Atenção Primária do Sistema Único de Saúde, através da extensão universitária.
Objetivos
Relatar experiência de uma estudante de psicologia em uma Unidade Básica de Saúde localizada em bairro periférico de uma cidade no Recôncavo da Bahia, visando as intersecções de gênero, identidade de gênero, sexualidade, raça, etnia, deficiências e as interseccionalidades no trabalho na saúde.
Metodologia
As atividades desenvolvidas na unidade de saúde incluíram período de observação da dinâmica do serviço, auxílio nas atividades de marcação de consultas, entrega de exames, pesagem e vacinação de animais. Posteriormente, alinhado ao trabalho com a equipe de saúde, foram realizadas rodas de conversa e reuniões mensais profissionais, abordando temas como gênero, raça, sexualidade e interseccionalidades no contexto do trabalho na saúde pública.
Resultados
A experiência proporcionou maior integração entre estudantes, equipe de saúde e comunidade. As ações promoveram reflexões sobre o cuidado integral, valorização das profissionais da saúde e fortalecimento do vínculo com a população atendida. Houve ainda o reconhecimento, por parte da equipe e usuários, da importância de discutir as interseccionalidades no cotidiano da UBS, contribuindo para uma atenção mais humanizada e inclusiva.
Análise Crítica
A vivência permitiu desenvolver habilidades de escuta qualificada, comunicação e trabalho em equipe, além de proporcionar um olhar crítico sobre as desigualdades de gênero, raça e classe presentes no território. Foi possível compreender os desafios estruturais da Atenção Primária e refletir sobre o papel da formação em saúde na construção de práticas mais equitativas e acolhedoras.
Conclusões e/ou Recomendações
A participação no projeto de extensão demonstrou a importância de ações que articulem formação, serviço e comunidade, visando o enfrentamento das iniquidades em saúde. Recomenda-se a continuidade de projetos que fortaleçam práticas de educação popular e abordem as interseccionalidades como eixo central do cuidado de profissionais na Atenção Primária.
PRIMEIRAS VIVÊNCIAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE COMO ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM NO DF
Pôster Eletrônico
1 UnB
Período de Realização
As vivências ocorreram durante o mês de agosto de 2024.
Objeto da experiência
Aulas práticas do curso de graduação em Enfermagem da Escola Superior de Ciências da Saúde na UBS n° 4 de Samambaia Sul, no Distrito Federal.
Objetivos
Proporcionar o primeiro contato com os pacientes para os estudantes de Enfermagem em seu primeiro ano de graduação a partir da Atenção Primária à Saúde, com o objetivo de aproximá-los da prática da profissão, bem como da realidade do sistema público de saúde do Distrito Federal.
Descrição da experiência
Os estudantes de graduação da primeira série de Enfermagem da Escola Superior de Ciências da Saúde dirigiram-se para a Unidade Básica de Saúde n° 4 de Samambaia Sul, no Distrito Federal, durante os dias previstos das aulas do eixo Habilidades Práticas em Enfermagem. Houve o conhecimento da estrutura física da Unidade Básica de Saúde e o acompanhamento pelos estudantes das práticas realizadas pelos enfermeiros na Unidade e das visitas domiciliares executadas pelos agentes comunitários de saúde.
Resultados
O contato com a realidade da Atenção Primária à Saúde e o seu funcionamento cotidiano proporcionou aos estudantes o conhecimento da prática profissional do enfermeiro em uma de suas possibilidades de atuação, bem como o entendimento da dinâmica de um dos níveis de atenção à saúde pública.
Aprendizado e análise crítica
As vivências práticas dos estudantes em uma Unidade Básica de Saúde durante o primeiro ano do curso de Enfermagem proporcionaram a melhor compreensão do futuro exercício profissional. Ademais, observou-se a interligação mais eficaz entre a teoria aprendida no ambiente universitário e a prática dos profissionais com os pacientes. Demonstrou-se, também, a ampliação da visão dos estudantes sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), a partir do contato direto com o sistema.
Conclusões e/ou Recomendações
As experiências vivenciadas demonstram a relevância do contato dos estudantes de Enfermagem com a prática profissional desde o início da graduação, bem como com os cenários do sistema de saúde do país, visto que, assim, a formação mostra-se eficiente, com a associação entre teoria e prática.
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE BUCAL PARA PROFESSORES DE ESCOLAS PÚBLICAS DE ENSINO INFANTIL: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Ciências da Saúde (ICS), Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Amazônia, Belém, Pará, Brasil.
2 Universidade do Estado do Pará (UEPA), Residencia Multiprofissional em Saúde da Família
Período de Realização
Atividade planejada em janeiro de 2025 e realizada nos meses de fevereiro e março do mesmo ano.
Objeto da experiência
Atividade de educação permanente em saúde bucal para professores de escolas públicas de educação infantil, no município de Belém, no Pará.
Objetivos
Descrever a experiência de uma equipe de saúde bucal da estratégia saúde da família nas práticas de educação em saúde para professores de duas escolas públicas de ensino infantil.
Descrição da experiência
A fase do planejamento consistiu em apresentação para autorização das gestoras das escolas, convite aos professores, organização da logística, elaboração de material educativo e capacitação da equipe. No desenvolvimento, foram realizadas oficinas sobre agravos de saúde bucal e o fluxo de encaminhamento das crianças da escola para o serviço público de saúde. Foram utilizados recursos lúdicos, como jogos e tecnologias digitais, e os conteúdos discutidos foram adaptados às realidades locais.
Resultados
Participaram da atividade 30 profissionais que integram as equipes de ensino infantil das duas escolas. Como principais resultados da formação continuada, destacam-se, o letramento em saúde bucal, o desenvolvimento de habilidades para realizar ações de educação em saúde, o reconhecimento da importância do educador como agente promotor de saúde e a valorização da formação continuada como um processo essencial, com potencial para transformar significativamente o ambiente escolar e a comunidade.
Aprendizado e análise crítica
A educação permanente em saúde é uma estratégia fundamental para aprimorar o conhecimento, as habilidades e a atuação dos promotores de saúde, incluindo os educadores. Oportuniza a atualização contínua, permitindo que os profissionais estejam sempre atualizados com base em novas evidências, tecnologias e melhores práticas no contexto escolar, impactando diretamente na qualidade do cuidado prestado à população, sempre considerando a realidade local e as experiências dos próprios agentes.
Conclusões e/ou Recomendações
O aprendizado da educação permanente, é uma ferramenta essencial para o fortalecimento do sistema de saúde, aprendizagem e de transformação de práticas no processo de trabalho individual e coletivo, devendo ser incorporada à rotina dos educadores que mesmo após a finalização do processo formativo continuam a realizar ações voltadas à saúde, atuando como multiplicadores de saberes na melhoria da qualidade de vida dos escolares e da comunidade.
EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: PROMOVENDO A SAÚDE DA CRIANÇA ATRAVÉS DA PRÁTICA LÚDICA UMA COMUNIDADE PERIFÉRICA EM SÃO LUÍS-MA
Pôster Eletrônico
1 UFMA
Período de Realização
A experiência foi desenvolvida entre agosto e novembro de 2024, com encontros quinzenais.
Objeto da experiência
A promoção da saúde criança utilizando estratégias lúdicas para abordar temas como higiene, alimentação saudável, prevenção de acidentes e vacinação.
Objetivos
Promover educação em saúde de forma acessível e lúdica para crianças; Fortalecer o vínculo entre a academia e a comunidade; Estimular a participação ativa das crianças e familiares nos cuidados com a saúde.
Descrição da experiência
A intervenção foi realizada por alunos de Enfermagem que utilizaram brincadeiras, teatro de fantoches, jogos educativos e contação de histórias para abordar temas de saúde. As atividades foram planejadas conforme as necessidades observadas na comunidade, como baixa adesão à higiene bucal, atrasos nos calendário vacinal e desconhecimento sobre alimentação balanceada. Foram realizadas oficinas quinzenais na sede comunitária com a participação de crianças entre 3 e 10 anos.
Resultados
Os resultados puderam ser observados com o maior engajamento das crianças nas temáticas de saúde, com demonstração de aprendizado durante as dinâmicas com jogos de perguntas e respostas, através também dos relatos positivos dos pais sobre mudanças de hábitos, como aumento da escovação dental, disposição para vacinação e consumo de frutas. As ações extensionistas fortaleceram a relação entre os alunos e a comunidade, com amadurecimento do vínculo por meio de demandas por novas ações.
Aprendizado e análise crítica
A experiência mostrou que a ludicidade é uma ferramenta eficaz para educação em saúde infantil, tornando o aprendizado mais significativo. No entanto, observou-se a necessidade de maior envolvimento dos pais desde o planejamento para fortalecer a sustentabilidade das ações. Como desafios, destacam-se a rotatividade de participantes e a dificuldade de acesso a alguns materiais. Por outro lado, a criatividade da equipe e a adaptação às realidades locais foram pontos positivos.
Conclusões e/ou Recomendações
O projeto evidenciou o potencial da extensão universitária na transformação social, especialmente quando alia conhecimento técnico à ludicidade. A abordagem interativa facilitou a assimilação de conceitos de saúde pelas crianças e reforçou a importância do trabalho comunitário para a formação em Enfermagem. Recomenda-se a continuidade das ações, com maior integração familiar e avaliação de impacto a longo prazo.
PROTAGONISMO JUVENIL E DESINSTITUCIONALIZAÇÃO: ARTICULAÇÕES ENTRE COMUNICAÇÃO, TERRITÓRIO E BEM VIVER
Pôster Eletrônico
1 Fiocruz
2 MPDFT
Período de Realização
12 meses (2º semestre de 2025 – 1º semestre de 2026)
Objeto da experiência
Fortalecimento do protagonismo de jovens em desinstitucionalização no Distrito Federal via educomunicação e engajamento socioterritorial.
Objetivos
Compreender criticamente políticas públicas e direitos juvenis; Capacitar em educomunicação e mídias digitais; Analisar territórios como espaços de cuidado, cultura e pertencimento; Articular redes de apoio e estratégias de inserção comunitária.
Descrição da experiência
A experiência integra a pesquisa “Territórios da Construção de Si: Processos de Desinstitucionalização de Jovens e Adolescentes pela Maioridade”(parceria entre Fiocruz Brasília e MPDFT). O percurso abrange introdução às políticas de juventude e desinstitucionalização; oficinas de produção audiovisual e vivências em feiras e hortos. A metodologia participativa prioriza a construção colaborativa de conhecimento, o letramento midiático e a conexão com o território como ferramenta de inserção social.
Resultados
Fortalecimento do protagonismo juvenil por meio da educomunicação. Ampliação da expressão crítica e a inserção social de jovens em desinstitucionalização. Vivências em feiras e hortos reforçando vínculos comunitários enquanto espaços de cuidado, cultura e comunicação. Tensionamento de práticas institucionais ainda centradas na tutela. Acentuada mobilização de redes intersetoriais e a construção de novos arranjos de inclusão, articulando saúde integral, território e cidadania.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidencia a relevância de abordagens intersetoriais e transdisciplinares para a promoção da saúde coletiva, equidade e justiça social. Ao fortalecer a autonomia e o protagonismo de jovens em situação de vulnerabilidade por meio da comunicação e do engajamento comunitário, contribui-se para a superação de desafios atuais, reafirmando a justiça climática ao valorizar saberes locais, culturas e modos de vida sustentáveis.
Conclusões e/ou Recomendações
A articulação entre educomunicação, políticas públicas e o resgate da centralidade do território mostrou-se uma abordagem robusta para o fomento do protagonismo juvenil e a construção de trajetórias autônomas. Recomenda-se a replicação de modelos formativos intersetoriais, com metodologias participativas que integrem cultura, saúde e comunicação, reconhecendo os jovens como sujeitos políticos e promotores do próprio bem viver.
ESCOLA QUILOMBOLA: IDENTIDADE E CULTURA NO QUILOMBO DA CAMPINA GRANDE/AP, UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 UNIFAP
2 UEAP
Período de Realização
Janeiro a Junho de 2025.
Objeto da experiência
Encontros formativos síncronos do Projeto Escola Quilombola, incluindo visitas, aulas com temas transversais das DCNEEQ, vivências e oficinas.
Objetivos
Contribuir para a valorização das culturas e o aprofundamento dos conhecimentos históricos no Quilombo Campina Grande, através da identificação e incorporação dos saberes e práticas locais nas propostas educacionais.
Metodologia
A formação se baseou nos princípios pedagógicos de Paulo Freire e na análise crítica de Lélia González sobre a dialética entre consciência e memória. Realizou-se encontros para aprofundar as experiências das práticas quilombolas. As atividades foram facilitadas por articulador da comunidades, proporcionando o compartilhamento de saberes em artes manuais, agricultura comunitária, manifestações culturais (Batuque e Marabaixo), práticas de extrativismo, ervas medicinais, entre outros.
Resultados
As memórias são resgatadas por meio das cartografias produzidas pelos próprios atores. Suas tradições, brincadeiras, lutas, resistências e tudo aquilo que marca o que são e quem são. O marabaixo, passado entre as gerações; o panelão, que remete à união e ao cuidado coletivo; a bela capela, que homenageia Nossa Senhora das Dores; o açaí, que fortifica o espírito; o encontro dos tambores, que marca o ciclo do mais belo reconhecimento do resgate da ancestralidade, da memória e dos saberes.
Análise Crítica
1991, com limitações estruturais, tendo o fortalecimento dos estudos sobre a cultura do movimento negro com a implementação da pós-graduação e o engajamento dos discentes em estudos antropológicos.
Conclusões e/ou Recomendações
O Quilombo Campina Grande fica no KM 21 da BR 156, e apesar de tão próximo de Macapá, enfrenta as ausências públicas na saúde, educação e infraestrutura, necessitando ser olhado com mais responsabilidade pelo poder público.
COMER BEM É UM DIREITO: ESTRATÉGIAS VISUAIS E LÚDICAS PARA PROMOVER ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NO TERRITÓRIO
Pôster Eletrônico
1 EGF-Brasília
2 IESB
Período de Realização
Ação realizada no primeiro semestre de 2025.
Objeto da experiência
Educação em saúde sobre alimentação saudável, com foco nos riscos dos ultraprocessados e o Guia Alimentar para a População Brasileira.
Objetivos
Promover hábitos alimentares saudáveis por meio de estratégias educativas visuais e participativas. Conscientizar a população sobre os malefícios dos ultraprocessados e incentivar o consumo de alimentos in natura, com base no Guia Alimentar para a População Brasileira.
Descrição da experiência
Durante o evento foi promovido uma ação educativa durante o evento da Secretária de Saúde, com exposição visual da quantidade de sal, açúcar e gordura presentes em ultraprocessados. Houve distribuição de folhetos baseados no Guia Alimentar e uma oficina participativa de montagem do “prato colorido”, com alimentos cenográficos, que estimulam o aprendizado lúdico e reflexivo sobre a composição de refeições equilibradas.
Resultados
A comunidade demonstrou interesse e engajamento nas atividades. A visualização dos excessos de sal, açúcar e gordura gerou impacto imediato e discussão crítica. O “prato colorido” foi bem recebido e possibilitou maior compreensão sobre alimentação equilibrada. A ação fortaleceu o vínculo entre UBS e território, além de ampliar o alcance das diretrizes do Guia Alimentar de forma prática e acessível.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou que recursos visuais e estratégias lúdicas são eficazes para estimular reflexão sobre hábitos alimentares. A metodologia participativa favoreceu o protagonismo popular na construção do cuidado. Percebeu-se a importância de ações contínuas que integrem saberes técnicos e populares, com linguagem acessível, respeitando o contexto cultural e social da população.
Conclusões e/ou Recomendações
A ação demonstrou que atividades educativas com abordagem visual e participativa são potentes ferramentas para a promoção da saúde. Recomenda-se a ampliação e continuidade dessas práticas no cotidiano da atenção básica, priorizando a escuta ativa, o vínculo comunitário e a valorização dos saberes locais para fortalecimento da alimentação saudável no SUS.
MULTIPLICANDO CONHECIMENTO NAS METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTE POR MEIO DE FERRAMENTA AUDIOVISUAL EDUCATIVA
Pôster Eletrônico
1 ESPDF/FEPECS
2 SES DF
Período de Realização
Este trabalho foi realizado no período de junho a dezembro de 2024.
Objeto da experiência
O objeto da experiência foi a produção de vídeos educativos visando ampliar o alcance das metas internacionais de segurança do paciente no ambiente hospitalar.
Objetivos
O objetivo do trabalho foi contribuir para o desenvolvimento da educação continuada dos profissionais, promovendo a divulgação das metas internacionais de segurança do paciente, utilizando recursos audiovisuais como ferramenta educativa e ampliando o alcance do núcleo de qualidade.
Descrição da experiência
O método utilizado foi o Arco de Maguerez, e quando aplicado possibilitou a identificação da limitação do núcleo de segurança do paciente em alcançar todos os setores do hospital. Como solução foram produzidos vídeos educativos curtos, com duração de dois a três minutos, sobre as metas internacionais e escalas aplicadas. Os vídeos foram elaborados com o uso de ferramentas tecnológicas de domínio público, e divulgados em grupos de mensagens, buscando reforçar o conteúdo apresentado nas ações presenciais.
Resultados
A estratégia ampliou o alcance das ações do núcleo de segurança do paciente, possibilitando acesso contínuo dos trabalhadores ao conteúdo. Apesar de apontada a limitação de interatividade, o material foi reutilizado em diversas ações e sugerido para cursos online e orientação de pacientes, o que reforça seu potencial de continuidade e replicabilidade. A ação evidenciou a importância do uso de tecnologias acessíveis para superar limitações estruturais.
Aprendizado e análise crítica
Foi possível observar que a produção de material educativo pode ser simples e eficaz, promovendo maior alcance e autonomia dos profissionais de saúde. No entanto, percebeu-se que a falta de interatividade pode afetar o engajamento, sendo necessária a integração com outras estratégias pedagógicas.
Conclusões e/ou Recomendações
O projeto desenvolveu competências em gestão, comunicação e inovação, mostrando que vídeos educativos são viáveis para a educação permanente em saúde, principalmente em equipes reduzidas. Recomenda-se ampliar essa estratégia para familiares, pacientes e integrá-la a outras ferramentas educacionais, fortalecendo o aprendizado e o engajamento dos profissionais.
RESIDÊNCIA EM MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE: O CONTEXTO DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE SALVADOR-BA
Pôster Eletrônico
1 UEFS
2 UFSB
3 SMS Salvador
4 UFBA
Período de Realização
2018-2024
Objeto da experiência
Formação médica em Medicina de Família e Comunidade
Objetivos
Analisar a implantação do Programa de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade (PRMMFC) da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador-BA (SMS-SSA), contextualizando as potencialidades e fragilidades para o cuidado em saúde na APS.
Descrição da experiência
Estudo qualitativo onde realizou-se oficina com o supervisor do PRMMFC da SMS/SSA, utilizando a matriz SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threat), para contextualizar a sistematização das potencialidades e fragilidades que influenciam o alcance das metas da residência no impacto sobre os serviços de APS municipal, a partir do fortalecimento da Estratégia Saúde da Família.
Resultados
A matriz SWOT indica o cenário atual favorável a residência em MFC da SMS/SSA com destaque das potencialidades e fortalezas, conforme o supervisor do PRM, enfatizando o apoio político institucional importante da gestão local, com reflexos positivos na implantação da residência; com destaque para o reforço municipal nos valores da bolsa para o residente e a sansão de Lei municipal específica sobre os Programas de Residência em MFC.
Aprendizado e análise crítica
Analisando a implantação do PRMMFC em Salvador-BA, destacando avanços impulsionados por políticas como o Programa Mais Médicos e ações municipais. A escolha da matriz SWOT é pertinente para contextualizar os fatores internos e externos que impactam o programa. No entanto, faltam maiores detalhes sobre as fragilidades e sobre como os dados da oficina foram tratados, o que limita a profundidade analítica do estudo. Ainda assim, revela importantes efeitos positivos na qualificação da APS.
Conclusões e/ou Recomendações
CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo aponta os impactos positivos que as políticas públicas, como o Programa Mais Médicos e leis locais aprovadas, trouxeram para a melhoria da ocupação e expansão das Residências em MFC em Salvador-BA, com ênfase no PRMMFC da SMS/SSA.
VACIMÓVEL COMO APOIO A CAMPANHA DE VACINAÇÃO EM HOSPITAL DE ENSINO
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal de Juiz de Fora
2 Ministério da Saúde
Período de Realização
A campanha de vacinação realizou-se no dia 26 de maio de 2025.
Objeto da experiência
Campanha de vacinação contra influenza no município de Juiz de Fora, MG.
Objetivos
Relatar a experiência da participação de estudantes de graduação em enfermagem junto aos profissionais da secretaria municipal de saúde de Juiz de Fora em atividade de vacinação com apoio do Vacimóvel.
Descrição da experiência
Devido à baixa adesão da população às campanhas tradicionais, novos espaços de acesso aos usuários dos serviços de saúde devem ser explorados. Nesse sentido, identificou-se no ambulatório do hospital universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora uma oportunidade de acessar usuários de diversas faixas etárias buscando ampliar a cobertura vacinal. Para isso, a Secretaria Municipal de Saúde disponibilizou o Vacimóvel para realizar a vacinação dos usuários do serviço contra Influenza.
Resultados
Foram realizadas salas de espera nos diferentes espaços da instituição convidando para a vacinação que foi oferecida em uma área coberta na qual o Vacimóvel foi estacionado. Os alunos participaram do cadastro dos usuários, preparação e administração de vacinas e registro no cartão de vacinas. A atividade possibilitou também a realização de visita técnica ao Vacimóvel com identificação das funcionalidades do veículo.
Aprendizado e análise crítica
As parcerias ensino serviço são oportunidades de crescimento e aprendizado mútuo com colaboração bilateral. Fortalecer essas parcerias permite o aprendizado imersivo em situações reais aproximando o discente da prática profissional futura, além de identificar facilidades e dificuldades inerentes ao processo de trabalho. O Vacimóvel possui estrutura de sala de vacinas garantindo segurança a profissionais e usuários na administração de imunológicos.
Conclusões e/ou Recomendações
O Vacimóvel mostrou-se um dispositivo facilitador do acesso à vacinação, permitindo levar a diferentes espaços a estrutura necessária a administração de vacinas. Os discentes envolvidos puderam aprender sobre o Vacimóvel e contribuíram para a vacinação dos usuários no ambulatório, ampliando o acesso e a cobertura vacinal, além de desenvolver competências técnicas e relacionais.
TECENDO REDES: O PROCESSO DE ARTICULAÇÃO ENTRE GRUPOS DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E O ASSENTAMENTO ELIZABETH TEIXEIRA
Pôster Eletrônico
1 UNICAMP
Período de Realização
Entre abril a Junho de 2025
Objeto da experiência
Descrever o processo de articulação entre grupos de extensão da Unicamp atuantes no Assentamento Elizabeth Teixeira.
Objetivos
Descrever a experiência de articulação entre diferentes grupos de extensão da Unicamp que atuam no Assentamento Elizabeth Teixeira, visando integrar ações, otimizar recursos e qualificar a relação com a comunidade local a partir de agendas compartilhadas e diálogo institucional.
Descrição da experiência
A experiência envolveu três grupos da Unicamp: ITCP, Programa Terra e Grupo Gesto. Atuando com diferentes focos — produção, comercialização e processamento de alimentos — os grupos identificaram sobreposição de ações. Foram realizadas reuniões conjuntas, mapeamento de atividades e construção de uma agenda comum, com base no diálogo com as lideranças do assentamento e entre os grupos, respeitando metodologias distintas e articulando competências.
Resultados
A articulação resultou na construção de um canal de comunicação compartilhado, definição de responsabilidades por eixo temático e planejamento conjunto das ações. O processo permitiu ampliar a eficiência das atividades, reduzir conflitos operacionais, qualificar a escuta das demandas locais e fortalecer os vínculos entre universidade e comunidade, garantindo maior coerência e continuidade nas intervenções extensionistas no assentamento.
Aprendizado e análise crítica
A experiência revelou a importância da escuta ativa e do reconhecimento mútuo entre grupos com metodologias distintas. Mostrou-se fundamental construir espaços de confiança e partilha de objetivos. Ao mesmo tempo, evidenciou os desafios da ausência de financiamento contínuo para ações de extensão, da sobrecarga de trabalho e da dificuldade institucional em reconhecer e apoiar a coordenação intergrupos como prática estratégica para a extensão universitária em territórios com múltiplas iniciativas.
Conclusões e/ou Recomendações
O fortalecimento da extensão requer ações coordenadas e sustentáveis. A articulação entre grupos potencializa resultados e aprofunda o vínculo com a comunidade, evitando sobreposições. Recomenda-se institucionalizar mecanismos de apoio à coordenação extensionista, com financiamento adequado e reconhecimento das especificidades do trabalho coletivo em territórios de alta densidade de atuação universitária.
EDUCAÇÃO E EXTENSÃO EM SAÚDE: O APRENDIZADO E FORMAÇÃO DOS DISCENTES EXTENCIONISTAS NA LIGA ACADÊMICA
Pôster Eletrônico
1 UNB
Período de Realização
As ações aqui descritas ocorreram no período de março a junho de 2025.
Objeto da experiência
Ações de extensão da Liga Acadêmica de Saúde da Família e Comunidade da UnB realizadas em uma Unidade Básica de Saúde do Distrito Federal.
Objetivos
Fortalecer a formação acadêmica, técnica, ética e cidadã dos discentes extensionistas da Liga Acadêmica, por meio da integração entre ensino, pesquisa e extensão, proporcionando experiências práticas em saúde que estimulem senso crítico, responsabilidade social e atuação transformadora na comunidade.
Metodologia
Durante as ações a partir do uso de práticas integrativas é possível promover lívio de dores, relaxamento e acolhimento. Ao final, orientamos alguns cuidados ebSugerimos práticas simples de autocuidado ligadas às queixas trazidas. Tudo é registrado No e-SUS, respeitando a história e o contexto de cada pessoa.
Resultados
As atividades da Liga na UBS possibilitaram a criação de vínculos com a comunidade, fortalecimento da escuta qualificada e promoção da educação em saúde. Observou-se maior engajamento dos usuários em ações preventivas e educativas, além do desenvolvimento do olhar crítico e sensível dos discentes sobre as realidades do SUS. As trocas vivenciadas impactaram positivamente tanto os participantes quanto os profissionais da unidade.
Análise Crítica
discentes de graduação a educação em saúde e a busca pelo conhecimento para além das salas de aula. Além de revelar as potencialidades e fragilidades da Atenção primária em saúde, mas a importância por um SUS mais equânime, que ofereça saúde integral e valorize o território e seus saberes. O olhar da saúde coletiva nesta perspectiva é essencial para a capacitação de profissionais de saúde que compreendem seu papel enquanto agentes de mudança.
Conclusões e/ou Recomendações
A extensão é um pilar essencial do ensino superior, unindo formação acadêmica e transformação social dentro do território. Tendo isso em vista, a Liga Acadêmica de Saúde da Família e Comunidade fortalece essa missão, garantindo a participação nos serviços do SUS em diferentes realidades do Brasil e contribuindo para a formação crítica e comprometida com o desenvolvimento do país, sobretudo fortalecendo o SUS por meio da extensão universitária.
FOLDER EDUCATIVO: TECNOLOGIA INOVADORA DE COMUNICAÇÃO EM SAÚDE NA FORMAÇÃO ACADÊMICA.
Pôster Eletrônico
1 UFJF-GV
Período de Realização
A Parasitologia/UFJF-GV desenvolveu folders como tecnologia educativa no período 2023-2024.
Objeto da experiência
O folder educativo com linguagem clara, objetiva e ilustrações é uma estratégia inovadora e adaptável a diversos contextos e perfis populacionais.
Objetivos
O objetivo da proposta foi trabalhar, entre estudantes, a elaboração de folders educativos como instrumento para o desenvolvimento de habilidades comunicativas, adequação de linguagem, capacidade de síntese do conhecimento e aplicação de estratégias de comunicação em saúde na prática profissional.
Descrição da experiência
Ao final do semestre, os discentes produziram folders sobre temas abordados na disciplina, direcionados a públicos-alvo previamente definidos. Os materiais abordaram tópicos como definição da doença e de seu agente etiológico, mecanismos de patogenia, manifestações clínicas, métodos diagnósticos e medidas de prevenção e controle. A apresentação oral dos folders, acompanhada de sua socialização entre os colegas, foi orientada por monitores da disciplina.
Resultados
Notou-se o envolvimento criativo dos estudantes, que incorporaram elementos lúdicos — como caça palavras, curiosidades, imagens atrativas — e recursos como QR codes com links para páginas de órgãos oficiais, facilitando o aprofundamento das informações. A utilização do folder como tecnologia educativa contribuiu significativamente para o aprimoramento da comunicação científica em saúde, por meio da adequação da linguagem e da organização acessível dos conteúdos.
Aprendizado e análise crítica
Essa experiência reforça o papel das tecnologias leves na formação acadêmica em saúde, com enfoque humanizado e social, promovendo a integração interdisciplinar dos saberes e a compreensão dos determinantes sociais da saúde, em consonância com o conceito de Uma Só Saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
O produto final revela-se aplicável em contextos diversos e replicável na futura atuação profissional, fortalecendo as interfaces entre ensino, serviço e comunidade.
CONSTRUÇÃO DE COMPETÊNCIAS CLÍNICAS E ÉTICO-POLÍTICAS NO R3 EM SAÚDE MENTAL E POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA EM SALVADOR/BA.
Pôster Eletrônico
1 SMS Salvador
Período de Realização
Março de 2023 a março de 2024
Objeto da experiência
Criação e implementação de perfil de competências para ano adicional de residência em MFC com foco em saúde mental e população em situação de rua.
Objetivos
Formar médicos(as) com competências para atuação em Consultórios na Rua, CAPS e APS, integrando saberes biomédicos e psicossociais, com abordagem crítica das desigualdades sociais, raciais e de gênero, promovendo cuidado integral, ético e antimanicomial.
Descrição da experiência
O processo de construção das competências envolveu oficinas com preceptores, validação com residentes e trabalhadores da rede. O perfil gerado articula aspectos teóricos e práticos, com centralidade na clínica ampliada, redução de danos, racialização da clínica, manejo vincular e intensificação de cuidados om vistas a promoção de cuidado em liberdade.
Resultados
Foi estruturado um perfil inédito de competências para o R3, integrando dimensões clínico-relacionais e interseccionais. A matriz orienta estágios e avaliação, e foi incorporada ao currículo 2024, qualificando a formação com base nos princípios da Reforma Psiquiátrica. Destaca-se a reorganização curricular com ampliação do campo em redução de danos e clínica AD. A atuação ombro a ombro com equipes multiprofissionais fortaleceu o cuidado compartilhado e a crítica ao modelo biomédico tradicional.
Aprendizado e análise crítica
A construção coletiva das competências revelou lacunas dos currículos tradicionais em abordar complexidades como sofrimento racializado, violência estrutural e autonomia em saúde mental. O processo valorizou o saber da rede, dos movimentos sociais e dos próprios residentes, reafirmando a importância de uma formação situada, crítica e comprometida com os direitos humanos.
Conclusões e/ou Recomendações
A elaboração do perfil de competências foi decisiva para qualificar a formação em saúde mental e cuidado à população em situação de rua. Recomenda-se que programas similares invistam em construção participativa de currículos, centrados na interseccionalidade, na clínica antimanicomial e nas realidades dos territórios.
O FORTALECIMENO DA SAÚDE COLETIVA POR MEIO DE LIGAS ACADÊMICAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DA DIRETORÍA
Pôster Eletrônico
1 Unicesumar
Período de Realização
Fevereiro – junho de 2025, Universidade Cesumar, Maringá-PR
Objeto da experiência
Criação de liga acadêmica sobre saúde coletiva, visando integrar graduandos/as de cursos da saúde.
Objetivos
Compreender a perspectiva dos graduandos de psicologia e enfermagem dentro da diretoria, e de que forma trabalhar na mesma, de uma liga acadêmica garante um maior entendimento sobre saúde coletiva.
Descrição da experiência
A liga acadêmica foi desenvolvida pelo Prof. Ms. Natan Nascimento, que ministra aula em diversos cursos da saúde, com o intuito de aumentar a interação e vínculos entre os graduandos(as) dessas distintas graduações, mostrando na prática como funciona uma equipe multidisciplinar. Essa liga, mais do que acadêmica, foi um processo de conexão: onde o espaço foi tomado por um sentimento de liberdade e confiança, mostrando que o nosso próximo, por mais que distante, é tão necessário quanto nós.
Resultados
Como estudante de psicologia e membro da diretoria, compreendi que a atuação multidisciplinar envolve uma troca constante com diferentes profissionais do saber, fortalecendo a compreensão da saúde como construção coletiva. A direção da liga exigiu coragem e liderança, pois com um trabalho diretivo, conseguimos ter organização com questões burocráticas e um entendimento maior com questões relacionadas a saúde coletiva.
Aprendizado e análise crítica
Como estudante de psicologia e membro da diretoria, compreendi que a atuação multidisciplinar envolve uma troca constante com diferentes profissionais do saber, fortalecendo a compreensão da saúde como construção coletiva. A direção da liga exigiu coragem e liderança, pois com um trabalho diretivo, conseguimos ter organização com questões burocráticas e um entendimento maior com questões relacionadas a saúde coletiva.
Conclusões e/ou Recomendações
Entender a saúde como uma construção coletiva para criar profissionais com senso de coletividade e interação multidisciplinar, garantindo um melhor atendimento para a sociedade. Recomendo a criação de ligas acadêmicas com eixos semelhantes, para que os demais profissionais da saúde sejam capacitados de agir em equipe e oferecer um atendimento eficaz: multidisciplinar e humanizado.
TREINAMENTO DOS PROFISSIONAIS DE OTORRINOLARINGOLOGIA DA REDE SECUNDÁRIA PARA ATENDIMENTO A PACIENTES COM TONTURAS E QUEDAS RECORRENTES
Pôster Eletrônico
1 Cem Nordeste PBH
Período de Realização
A primeira reunião foi em 26 de junho de 2024 e mantemos planejamento de ações complementares.
Objeto da experiência
Dúvidas na avaliação dos quadros de tonturas e insegurança dos otorrinos gerais foram o ponto de partida deste projeto.
Objetivos
Visamos propiciar ao não especialista (otorrino geral) orientações sobre avaliação otoneurológica, melhorando sua capacidade de diagnosticar diferentes síndromes, escolher de forma sistematizada a melhor estratégia de propedêutica e possibilitar um tratamento mais adequado.
Metodologia
Montamos uma apresentação voltada a fornecer orientações práticas de exames ditos “exames de beira de leito”, que não dependem de equipamentos ou materiais de custo elevado e que são usados para auxiliar no diagnóstico, bem como um roteiro básico de diagnóstico e orientação. Esclarecemos dúvidas e nos colocamos a disposição para discutir experiências e casos específicos. Os encontros são agendados por plataformas online e, caso necessário, agendadas reuniões presenciais
Resultados
Acompanhamos as profissionais treinadas e montamos um programa inclusive para que as mesmas possam ter suporte para replicar o treinamento para as equipes de saúde da família das suas regionais, aumentando ainda mais o alcance de nossa ação. Todas as dúvidas puderam ser esclarecidas e recebemos informações sobre uma maior segurança nos atendimentos após nossas ações.
Análise Crítica
Uma ação simples de treinamento pode ter resultados financeiros, assistenciais, melhorar prognóstico e prevenis morbidades em nossa população. Podemos economizar valores relacionados a exames complementares pedidos de forma errada, diminuir filas, melhorar a assistência com diagnósticos mais precisos e promover maior segurança e qualidade de atendimento para os profissionais envolvidos. A prevenção a quedas e faltas a trabalho e escola também podem ser considerados como resultados positivos.
Conclusões e/ou Recomendações
A otorrinolaringologia é uma especialidade médica com várias subáreas de atuação, como a Otoneurologia. Nem todos os médicos com o título de especialista, tem treinamento na subespecialidade. Pretendemos estender essa experiência para outros centros de especialidades médicas e planejamos envolver equipes multidisciplinares, além de outras especialidades médicas.
A INCORPORAÇÃO DO PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR COMO COMPETÊNCIA NO INTERNATO CURSO DE MEDICINA
Pôster Eletrônico
1 Unicamp
Período de Realização
Março a junho de 2025
Objeto da experiência
Estágio docente em disciplina de Saúde Coletiva do curso de medicina da Unicamp, cujo objetivo educacional é construir projeto terapêutico singular.
Objetivos
Acompanhar como estagiário docente o ensino de práticas de gestão do cuidado e apoio matricial na APS, articulando clínica ampliada, Projeto Terapêutico Singular (PTS) e intervenções interdisciplinares, além de refletir sobre os Determinantes Sociais da Saúde.
Metodologia
A partir de vínculos entre docentes e Centros de Saúde (CS) os alunos de graduação podem praticar os conhecimentos acerca do cuidado ampliado e PTS na APS. O docente ouve a demanda dos alunos e busca contextualizar os elementos chave para o cuidado articulado com a Rede ao construir em conjunto PTS para casos dos CS escolhidos pela equipe. O estagiário, psicólogo, acompanha a elaboração do PTS pelos alunos durante dez dias até a entrega do projeto para a equipe do centro de saúde.
Resultados
Acompanhou-se a racionalidade clínica que opera na conduta dos futuros médicos e presenciou-se como o pensamento biomédico predomina a conduta frente a casos que extrapolam as necessidades biológicas dos pacientes. Observa-se que a formação dos alunos foi importante para treiná-los a responderem de forma objetiva, mesmo à questões das quais não possuem certeza, indicando o ínfimo reconhecimento das limitações da sua área de atuação e consequente dificuldade de exercer uma clínica ampliada.
Análise Crítica
Verificou-se um despreparo por parte dos alunos do internato em conseguir elaborar um cuidado ampliado no tocante a casos complexos e que envolviam a participação de uma rede de atores e campos distintos. As análises foram importantes para o pesquisador que investiga como o cuidado vem sendo pensado na APS e, ao observar a educação dos futuros profissionais, pôde-se traçar novas abordagens para melhor participar os alunos no pensamento articulado que vai além do corpo biológico.
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se um processo formativo que permita com que os alunos entendam a limitação de sua área de conhecimento, além da limitação da própria formação. Para isso é necessário debates e espaços seguros para discutir o percurso de cada um, demonstrando como a assistência não provém de uma única profissão ou profissional, mas sim da intenção coletiva de apoio e cuidado.
VIVENDO O SUS PARA ALÉM DA ACADEMIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PROGRAMA VIVÊNCIAS NO SUS
Pôster Eletrônico
1 UFCAT
2 UFMS
Período de Realização
A imersão ocorreu nos dias 7 a 13 de Junho 2025.
Objeto da experiência
Vivência no SUS edição Centro-Oeste, imersão e interação com as diferentes camadas e realidades do Sistema Único de Saúde.
Objetivos
Descrever a Vivência no SUS no Centro-Oeste, detalhando e analisando as percepções dos participantes sobre o sistema. Reflete sobre o impacto ético-político no fortalecimento do SUS e discute a contribuição da metodologia ativa na formação e no compromisso ativo dos profissionais na saúde pública.
Metodologia
A experiência de imersão permitiu um aprofundamento nas complexidades do Sistema Único de Saúde (SUS), entrando em contato diretamente com as estruturas, os territórios, os desafios e as potencialidades do SUS. Ao passar pelos diferentes níveis de atenção, os viventes puderam observar a articulação das redes de cuidados e como os princípios norteadores do SUS se manifestam (ou não) na prática.
Resultados
A participação do programa Vivências no SUS proporcionou aos viventes uma imersão teórico-prática sobre o Sistema Único de Saúde, por meio de debates e visitas guiadas em pontos de atuação do SUS no Distrito Federal. Além disso, possibilitou debates multidisciplinares e inter-regionais por meio do encontro de estudantes e residentes de todos os estados do Centro-Oeste. A vivência oportunizou contato com comunidades marginalizadas e consequentemente reflexões sobre a atuação em saúde nestes locais.
Análise Crítica
A experiência prática nos campos, revelou a articulação das redes de atenção, desde os serviços de atenção primária até os de alta complexidade, e os desafios constantes em articular esses diferentes níveis para garantir a integralidade do cuidado. Entender o SUS em ação, com suas potencialidades e suas limitações estruturais, foi crucial para uma compreensão mais realista do sistema.
Conclusões e/ou Recomendações
Dessa forma, a experiência consolidou que a existência do SUS tem que ser defendida, e que opera em um cenário de profundos desafios estruturais e sociais. E poder viver o território, foi crucial para compreender como o sistema de saúde se relaciona com as especificidades de cada localidade, considerando as subjetividades dos sujeitos.
A FORMAÇÃO EM SAÚDE E INTERSECCIONALIDADE COMO ESTRATÉGIA PARA A PROMOÇÃO DA EQUIDADE NO PET-SAÚDE UNIEVANGÉLICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 Universidade Evangélica do Goiás - UniEvangélica
Período de Realização
Junho de 2024 a Junho de 2025
Objeto da experiência
Desenvolver ações no eixo “Linguagem e Equidade” com base na interseccionalidade, promovendo inclusão, escuta ativa e cuidado psicossocial no SUS.
Objetivos
Relatar a experiência do grupo 4 do PET-Saúde Equidade da UniEVANGÉLICA na execução do eixo “Linguagem e Equidade”, evidenciando como o curso “Saúde e Interseccionalidade” contribuiu na formação crítica e na construção de práticas inclusivas e interseccionais no SUS.
Descrição da experiência
A experiência foi realizada no PET-Saúde da UniEVANGÉLICA, integrando ensino, serviço e comunidade para o fortalecimento do SUS. Com base em uma abordagem interseccional, foram realizados encontros formativos, rodas de diálogo e levantamento de necessidades nos serviços de saúde. As ações incluíram: (i) produção de manuais sobre linguagem inclusiva; (ii) articulação com ouvidorias do SUS; e (iii) proposta de ambulatório psicossocial voltado a profissionais em situação de vulnerabilidade.
Resultados
As ações evidenciaram a importância da linguagem na mediação do cuidado e na construção de ambientes acolhedores. Foram identificadas práticas excludentes e violências simbólicas que afetam usuários e trabalhadores. A produção de materiais acessíveis e críticos favoreceu a sensibilização das equipes. A articulação com ouvidorias fortaleceu a escuta institucional. O ambulatório foi proposto como resposta à demanda por cuidado em saúde mental de profissionais sobrecarregados e discriminados.
Aprendizado e análise crítica
A vivência contribuiu para o desenvolvimento de escuta sensível e leitura crítica dos determinantes sociais da saúde, ampliando a compreensão das exclusões nas práticas de cuidado. O curso fortaleceu competências pedagógicas, éticas e políticas, ao fomentar a análise das desigualdades nos discursos e instituições. A experiência evidenciou que a promoção da equidade exige ações concretas que assegurem justiça simbólica e material nos serviços de saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A formação no curso “Saúde e Interseccionalidade” ofereceu subsídios para uma atuação voltada à transformação dos serviços de saúde. A implementação do eixo “Linguagem e Equidade” reafirmou o compromisso com a formação crítica, valorização da diversidade, enfrentamento das opressões e a promoção dos direitos humanos, contribuindo para a construção de práticas mais inclusivas, equitativas e comprometidas com a justiça social nos espaços de cuidado
DESAFIOS E APRENDIZADOS NA CONSTRUÇÃO DO CICLO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE NA VIGILÂNCIA SANITÁRIA DE SALVADOR EM 2024
Pôster Eletrônico
1 UFBA
2 Vigilância Sanitaria, SMS de Salvador
Período de Realização
A construção do Ciclo de Educação Permanente em Saúde (EPS) na Visa foi no ano de 2024.
Objeto da experiência
Construção de uma ação educacional voltada para os técnicos da Visa de Salvador, denominado Ciclo de EPS em Visa, composto por ciclos temáticos
Objetivos
Relatar a experiência de construção e planejamento das atividades de educação permanente em saúde na área da Vigilância Sanitária, no município de Salvador.
Metodologia
O Ciclo surgiu com discussões internas da Visa, associadas ao processo de planejamento pedagógico da Escola de Saúde Pública de Salvador, como uma
inovação. Buscou-se a integração da equipe, um espaço de troca de conhecimento e saberes. Foi proposto para envolver todos os técnicos da Visa, a partir de ciclos temáticos, definidos a partir de lacunas de
conhecimento e/ou reorganização dos serviços. Para execução foram constituídos grupos de trabalho, que serviram como espaços de aprendizagem.
Resultados
No Ciclo EPS foram realizados dois ciclos temáticos: Acessibilidade e Estética em Serviços de Saúde. Ao final, foi realizada a Oficina de Lições Aprendidas, a fim de
avaliarmos o planejamento operacional de cada momento e o processo de aprendizagem pelo qual o grupo passou. O desenvolvimento de cada ciclo temático foi
dividido em 03 fases: construção coletiva da proposta da ação educacional; planejamento pedagógico e operacionalização; e avaliação.
Análise Crítica
A avaliação final do Ciclo demonstra a importância desta experiência a partir da riqueza do que foi vivido e da produção grupal realizada, evidenciando a potência da EPS
como um processo de aprendizagem grupal, relacionada à temática, trabalho em equipe, a importância da dinâmica participativa e autogestão para produção grupal e a
capacidade de resolução dos desafios enfrentados em cada momento, de forma singular, por cada grupo.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência de construção de EPS possibilitou a abertura de um espaço de aprendizado na Visa, que foi vivenciado, de forma singular, em cada ciclo temático, devido às diferentes temáticas trabalhadas e a pluralidade do grupo. O Ciclo se destaca como um ponto de partida para a qualificação profissional e discussão para melhorias nos processos de trabalho internos da Visa.
FITOTERAPIA COMO PRÁTICA INTEGRATIVA EM UMA COMUNIDADE QUILOMBOLA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 Faculdade Estácio IDOMED Alagoinhas
Período de Realização
A oficina ocorreu em 15 de abril de 2025 como culminância da extensão iniciada em agosto de 2024.
Objeto da experiência
Compartilhar vivências e aprendizados sobre fitoterapia com uma comunidade quilombola.
Objetivos
Descrever a oficina de fitoterapia realizada em uma comunidade quilombola, evidenciando a troca de saberes, a valorização dos conhecimentos tradicionais, a receptividade da população e os principais aprendizados obtidos durante a atividade extensionista.
Descrição da experiência
A oficina de fitoterapia ocorreu como parte de uma ação extensionista em uma Unidade de Saúde da Família de uma comunidade quilombola no interior da Bahia. Iniciou-se com uma roda de conversa sobre o uso seguro de plantas medicinais. Participaram usuários, lideranças locais e agentes comunitários de saúde. Foram abordadas plantas com propriedades terapêuticas, formas de preparo e precauções no uso. A extensão promoveu troca de saberes com diálogo horizontal e fortalecimento do cuidado popular.
Resultados
A ação extensionista resultou em grande adesão e receptividade da comunidade. O interesse em aprofundar o uso das plantas medicinais e seu diálogo com a alopatia foi notável. A “farmácia viva” foi reconhecida como espaço de resistência e cuidado. A oficina fortaleceu vínculos entre universidade e comunidade, valorizando saberes tradicionais. O processo estimulou o protagonismo local e reafirmou o papel da extensão como promotora de saúde culturalmente integrada.
Aprendizado e análise crítica
A experiência mostrou que a extensão universitária é ferramenta potente para articular saberes técnicos e populares, fortalecendo práticas de cuidado territorializadas. O contato com os conhecimentos da comunidade reforçou a importância da escuta sensível, do respeito à diversidade e da valorização da cultura local. A vivência contribuiu para a formação crítica dos estudantes e ampliou a percepção sobre o papel da universidade no enfrentamento das iniquidades em saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A ação evidenciou a relevância dos saberes ancestrais e o impacto positivo das PICS na promoção do cuidado integral, acessível e culturalmente sensível. A receptividade da comunidade e seu envolvimento durante a oficina indicam a importância de integrar essas práticas no cotidiano do cuidado em saúde. Recomenda-se manter ações semelhantes e fortalecer parcerias entre ensino, profissionais de saúde, pesquisa e comunidades.
RELAÇÃO DO CURSO DE AGENTES POPULARES DE SAÚDE DAS ÁGUAS CURSO DE APERFEIÇOAMENTO PARA PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (APS) NA PESCA ARTESANAL EM PERNAMBUCO
Pôster Eletrônico
1 Instituto Aggeu Magalhães/Fiocruz Pernambuco (IAM/Fiocruz-PE)
Período de Realização
De abril a junho de 2025 no litoral de Pernambuco(PE).
Objeto da experiência
Descrever a relação de realizar o curso livre como o Povo das Águas e o curso de aperfeiçoamento com profissionais de APS em territórios da pesca
Objetivos
Descrever a relação entre o Curso livre de Agentes Populares de Saúde dos Povos das Águas e O Curso de Aperfeiçoamento para profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) em territórios da Pesca Artesanal, como estratégia que fortalecer a Educação Permanente dos profissionais nos serviços de saúde
Descrição da experiência
A experiência do curso livre Como o Povo das Águas possibilitou compreender o processo saúde-doença desse povo, originando o Curso de Aperfeiçoamento para profissionais da APS em territórios da pesca artesanal. Híbrido, com 78h teóricas, 80h práticas e 27h no AVA, articula teoria e prática com base na Educação Popular e Pedagogia da Alternância,com tutoria para garantir qualidade. Acompanhamento por tutores assegura a qualidade do processo formativo e sua articulação com a comunidade.
Resultados
O curso abordou identidade, território, determinação social da saúde, territorialização, interseccionalidade e saúde mental dos(as) pescadores(as). A troca entre gestores e profissionais da APS evidenciou a força desses espaços formativos, que promovem aprendizado coletivo e integração entre saberes populares e acadêmicos, fortalecendo a atuação em saúde nos territórios das águas.
Aprendizado e análise crítica
Aprender sobre identidade, território, saúde mental e interseccionalidade dos(as) pescadores(as) revelou a complexidade desses contextos. A troca entre gestores e profissionais da APS mostrou a importância de espaços formativos que integram saberes populares e acadêmicos, promovendo reflexão crítica e fortalecendo a atuação em saúde nos territórios das águas.
Conclusões e/ou Recomendações
A compreensão das contribuições da Educação Permanente em Saúde, no cuidado integral à saúde das populações das águas, no âmbito da APS, torna-se um pilar fundamental para a construção do SUS de qualidade. A partir desses espaços são fortalecidos os olhares e conexões entre realidades diferentes do profissional de saúde e do profissional da pesca artesanal.
DESCENTRALIZAÇÃO DA FORMAÇÃO EM SAÚDE E BEM-VIVER NO MS: EXPERIÊNCIA FORMATIVA EM UMA REGIÃO DE SAÚDE NO MATO GROSSO DO SUL
Pôster Eletrônico
1 SES/MS
2 ESP/MS
Período de Realização
O curso foi realizado de novembro de 2024 a junho de 2025
Objeto da experiência
Oferta descentralizada do curso Saúde e Bem-Viver com elaboração de projetos de intervenção com base no Arco de Maguerez
Objetivos
Relatar a experiência de tutoria e coordenação no Projeto Piloto do curso Saúde e Bem-Viver na região de Jardim e Guia Lopes da Laguna, destacando a potência da descentralização para formação crítica, o uso do Arco de Maguerez e a construção de respostas locais em saúde mental.
Descrição da experiência
O curso, ofertado pela Fiocruz, Ministério da Saúde e Escola de Saúde Pública do MS, formou trabalhadores do SUS em práticas de cuidado, saúde mental e PICs. Realizado no Baixo Pantanal, região marcada por vulnerabilidades e pela rota bioceânica, utilizou o Arco de Maguerez como metodologia ativa, favorecendo a análise crítica da realidade e a construção de intervenções na atenção primária, com foco em saúde mental e práticas integrativas.
Resultados
A experiência demonstrou resultados expressivos, com evidências de impacto positivo na qualificação das práticas em saúde, fortalecimento da gestão local e articulação interprofissional. Mais de 90% dos alunos chegaram a etapa final dos projetos. Houve apoio integral da gestão, valorização da saúde do trabalhador como tema central e fortalecimento da educação em saúde como estratégia local de cuidado.
Aprendizado e análise crítica
O Arco de Maguerez foi fundamental na mobilização e análise crítica da realidade, fortalecendo a relação teoria-prática (FERREIRA, 2019; BORILLE et al., 2012; CAUDURO et al., 2017). A tutoria aproximada no território fortaleceu vínculos, ativou redes locais e consolidou uma abordagem reflexiva e transformadora da educação em saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A descentralização foi essencial para engajar o território, formar profissionais críticos e fomentar redes de cuidado. A experiência recomenda a ampliação da estratégia e reforça a educação permanente como ferramenta para qualificar a atenção psicossocial, especialmente diante das transformações trazidas pela rota bioceânica.
A MATRIZ CURRICULARUM PROGRAMA DE RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM OBSTÉTRICA: A CONTEMPORANEIDADE COMO CAMINHO .
Pôster Eletrônico
1 UFMS
Período de Realização
2019 a 2022
Objeto da experiência
A formação do enfermeiro obstetra na contemporaneidade.
Objetivos
Apresentar os caminhos metodológicos, reflexivos na implantação de uma matriz curricular em programa de residência em Enfermagem Obstetra na Região Centro Oeste.
Descrição da experiência
A formação de especialistas em enfermagem obstetra requer o dialogo vivo com os indicadores sociais, as políticas públicas, a essência dos saberes em enfermagem. Dito isto, a matriz curricular demandou de enfermeiros obstetras docentes, Núcleo docente estruturante, o olhar acurado para as regionalidades de saberes, fazeres e diversidades de mulheres para quem este cuidado deveria ser prestado.
Resultados
Os encontros entre o grupo de elaboração contou com a participação de residentes, docentes e enfermeiros dos serviços. Foram apontados aspectos essências a formação, como: conhecimento biológico, social, político, humano, ético e estético para o exercício da enfermagem obstétrica.
Aprendizado e análise crítica
A condução de programas de residência e formação em serviço, requer o envolvimento institucional, a capacidade de diálogo, o reconhecimento de limitações e a capacidade de caminhar cada vez mais em busca de evidências que consolidem a formação dialógica entre teoria e prática.
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se que programas de residência e especializações em Enfermagem Obstétrica criem espaços de diálogo entre os futuros especialistas, serviços, preceptores, tutores, docentes e coletivo de mulheres para que este cuidado será prestado. Ademais, precisamos avançar na coerência de formação cidadã, considerando os ODS e o compromisso com a meta 3.1.
AÇÕES EXTENSIONISTAS PARA BOAS PRÁTICAS NO USO DE PSICOFÁRMOS ENTRE UNIVERSITÁRIOS
Pôster Eletrônico
1 Estácio Ananindeua/PA
Período de Realização
A presente atividade foi realizada entre os dias 10 de março a 27 de maio de 2025.
Objeto da experiência
O público-alvo deste projeto foram acadêmicos de cursos de graduação da saúde na modalidade presencial de uma instituição particular em Belém/PA.
Objetivos
Orientar os acadêmicos sobre os riscos da automedicação e uso prolongado de psicofármacos, bem como identificar o nível de conhecimento sobre automedicação e o uso de psicofármacos sem prescrição ou acompanhamento, disponibilizar materiais educativos (cartilha) para fortalecer as informações.
Descrição da experiência
A ação extensionista foi realizada em dois momentos distintos com os acadêmicos, nos turnos da manhã e da noite. No primeiro momento, foi entregue um panfleto contendo uma breve mensagem sobre a temática abordada, acompanhado de um QR Code que direcionava para um formulário, neste instrumento o objetivo principal era levantar dados acerca do nível de conhecimento dos estudantes sobre o tema, bem como identificar a necessidade de ações de educação em saúde e de materiais educativos.
Resultados
A escolha da temática foi motivada pela vivência dos integrantes do grupo, acadêmicos de Enfermagem da instituição, aliada à análise e confirmação por meio de levantamento bibliográfico, o qual evidenciou a necessidade de atenção à saúde mental dos estudantes, os elevados índices de automedicação e o uso inadequado de psicofármacos nesse público, além da escassez de materiais educativos sobre o assunto nos espaços acadêmicos.
Aprendizado e análise crítica
Por meio da atividade destacou-se a importância da promoção de ações de educação em saúde, com o uso de tecnologias educativas, visando não apenas o benefício dos universitários e futuros profissionais, mas também a contribuição para a melhoria da saúde pública de forma geral. Assim fortalecendo a importância de práticas extensionistas que provoquem inquietações e mudanças para além do conteúdo em sala de aula.
Conclusões e/ou Recomendações
Apesar da relevância do tema, observa-se a ausência de materiais educativos específicos, como uma cartilha voltada ao uso adequado de psicofármacos no contexto universitário, o que reforça a necessidade de sua elaboração. Assim, este projeto visou não apenas à elaboração desta cartilha educativa sobre o uso adequado de psicofármacos, mas também à valorização da saúde dos acadêmicos, contribuindo para o bem-estar coletivo.
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DIGITAL: EXPERIÊNCIA COM A PRODUÇÃO EDUCOMUNICATIVA EM LINGUAGEM MULTIMÍDIA
Pôster Eletrônico
1 ISC/UFBA
2 UFBA
Período de Realização
Outubro de 2024 a Maio de 2025
Objeto da experiência
Produção educomunicativa em diferentes linguagens multimídia de materiais didáticos para curso modalidade EAD autoinstrucional em Saúde Digital
Objetivos
- Produzir materiais didáticos autoexplicativos utilizando linguagens claras, recursos diversificados e atividades interativas;
- Contribuir com a formação em Saúde Digital no Brasil;
- Qualificar profissionais para atuar nas diversas dimensões da política de saúde digital do SUS
Descrição da experiência
O Instituto de Saúde Coletiva (ISC/UFBA) lançou, em 2025, o Curso de Especialização em Saúde Digital, com objetivo de qualificar profissionais para atuar nas diversas dimensões da política de saúde digital do SUS. A ação é fruto de uma cooperação técnica com a SEIDIGI do Ministério da Saúde A presente experiência busca discutir a produção educomunicativa em diferentes linguagens multimídia de materiais didáticos para curso modalidade EAD autoinstrucional em Saúde Digital.
Resultados
Em torno de 6 meses, foram produzidos os seguintes materiais: um guia pedagógico para orientação dos docentes na produção de materiais didáticos para o ambiente virtual de aprendizagem, livretos, 20 videoaulas, 30 podcasts e uso de inteligência artificial (IA) para elaboração de questões de aprendizagem. A linguagem podcast vem se destacando no acesso aos materiais perfazendo mais de 4700 acessos até a primeira quinzena de maio de 2025, em uma média de 210 views por episódio.
Aprendizado e análise crítica
Com vistas à produção de conhecimentos tecnocientíficos na perspectiva meta-inter-trans-disciplinar a partir de situações relacionadas à prática em saúde, a equipe docente também se fortalece com a experiência, na medida em que desenvolver a capacidade de aplicar os resultados das inovações em Tecnologias Digitais em Saúde através de materiais educomunicativos inovadores. A participação ativa dos discentes na avaliação dos materiais vem contribuindo com o aprimoramento do curso.
Conclusões e/ou Recomendações
A utilidade e qualidade dos conteúdos abordados, bem como a diversidade de linguagens foram indicadas pela avaliação discente como ponto relevante da oferta educacional aliada à autonomia proporcionada pela modalidade EaD. Experiências desta natureza contribuem para o aprimoramento da produção de materiais educomunicativos para cursos autoinstrucionais potencializando a democratização e acesso ao conhecimento.
MULTIPLICANDO SAÚDE: RELATO DA FORMAÇÃO DE ADOLESCENTES MULTIPLICADORES DE SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 IFRJ
Período de Realização
Trata-se do relato de um projeto de extensão que ocorreu entre 2023 a 2024
Objeto da experiência
Promoção da saúde a partir do protagonismo de adolescentes através de uma parceria intersetorial entre o IFRJ e uma escola municipal
Objetivos
Desenvolver um projeto de extensão universitária em uma parceria com uma escola municipal a fim de Estimular o protagonismo e educação por pares a partir da formação de adolescentes multiplicadores de saúde através da metodologia de construção compartilhada de soluções locais
Descrição da experiência
Foram realizados 11 encontros para discutir a temática de saúde mental e sexualidade, cuja escolha foi feita pelos próprios adolescentes. Sempre respeitou-se a voz deles, dando a chance de todos se expressarem, além de apoiá-los na busca de soluções para as suas demandas de forma compartilhada.
Resultados
Os adolescentes foram participativos e engajados, sendo criado um espaço para compartilhamento de vivências e troca de conhecimentos sobre as temáticas escolhidas , além de temas emergentes. Por se tratar de um projeto de extensão contou-se com duas bolsistas que puderam vivenciar a teoria, aumentar habilidades comunicativas e capacidade de escuta, além de possibilitar a compreensão de novas realidades.
Aprendizado e análise crítica
Aprendeu-se que os adolescentes demandam por ações de educação em saúde e que se engajam quando estas ações são construídas de forma compartilhada respeitando o contexto local. Além disso, aprendeu-se que o cuidado vai muito além da técnica sendo necessário afeto, escuta, criatividade.
Como crítica, o projeto enfrentou algumas limitações, como incompatibilidade de calendário, perfil da escola e grande número de estudantes por atividade
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que é importante estimular o protagonismo adolescente na promoção da saúde sendo a construção compartilhada de soluções locais ferramenta importante. Além disso, o desenvolvimento de ações de extensão universitária contribuem para a formação profissional, humana e ética que permite ampliar a percepção sobre as desigualdades que atravessam o acesso à saúde e promovem a reflexão sobre a responsabilidade dos profissionais de saúde .
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE E GESTÃO DE COLETIVOS
Pôster Eletrônico
1 FIOCRUZ/BRASÍLIA
2 UFC/CE
3 ESP/CE
Período de Realização
Ocorreu no período de maio a junho de 2025
Objeto da experiência
A Educação Permanente em Saúde ( EPS) como ferramenta para potencializar o movimento da gestão de coletivos, processo educativo e construção de conceitos.
Objetivos
Refletir a Educação Permanente em Saúde como Gestão de Coletivos .
Metodologia
Realizou-se uma oficina e a metodologia utilizada foi a fishbowl seguindo as etapas propostas. A sessão iniciou com quatro participantes do Núcleo de Educação Permanente em Saúde (NEPS) e durou 50 minutos. Durante a sessão foram debatidas alguns nós críticos dentre eles: como tornar as EPS espaços de construção de coletivas e de gestão do trabalho, como inserir nas EPS o conceito de processo cotidiano de planejamento, organização, monitoramento e avaliação nos processos de trabalho .
Resultados
Evidenciou-se a necessidade de fortalecer as ações de Educação Permanente em Saúde (EPS), redefinir os processos metodológicos das EPS, identificou-se a importância do planejamento participativo, a incorporação de ferramentas tecnológicas para potencializarem a documentação das ações, monitoramento e avaliação e notou-se a importância de aperfeiçoamentos para os profissionais que fazem a mediação das ações de EPS.
Análise Crítica
Diversos são os desafios para conseguir transformar uma conjuntura favorável às ações de EPS. No entanto, o desenvolvimento de cursos de aperfeiçoamento, estabelecimento de rotinas, guia com as competências metodologias a serem utilizas e o uso de uma plataforma de integração das ações de EPS poderiam potencializar as ações no município.
Conclusões e/ou Recomendações
A proposta da EPS tem como desafio “a formação e o desenvolvimento de modo descentralizado, ascendente e transdisciplinar o qual deve envolver vários saberes”, sendo espaço de democratização do trabalho, que resulta em mudanças nas relações, nos processos, nos produtos e nas pessoas, além de impactar na gestão de coletivos.
INTERCÂMBIO ENTRE RESIDENTES EM SERVIÇO SOCIAL: VIVÊNCIAS INTERPROGRAMAS NA FORMAÇÃO EM SAÚDE DA UFMS
Pôster Eletrônico
1 UFMS
2 SESAU/CG
3 SESAU/MS
Período de Realização
Desde 2024, com continuidade nas turmas vigentes do Premus-Reab/UFMS.
Objeto da experiência
Vivência interprogramas entre residentes em serviço social de diferentes áreas da saúde no contexto do Premus-Reab/UFMS.
Objetivos
Promover a formação ampliada e crítica das residentes em serviço social por meio de intercâmbios entre diferentes programas; fortalecer vínculos entre equipes; fomentar o conhecimento das redes de atenção à saúde com base na integralidade e nos princípios do projeto ético-político da profissão.
Metodologia
A experiência compõe o cronograma da Residência em Serviço Social no Premus-Reab/UFMS. Realizam-se visitas técnicas entre residentes de diferentes programas, como atenção primária e saúde mental, com acompanhamento das rotinas, atribuições e trocas com residentes e preceptores. A ação integra pontos da rede e amplia o olhar crítico sobre os serviços de saúde.
Resultados
A ação é avaliada positivamente por residentes do Premus-Reab e preceptoras dos demais programas. Destacam-se vínculos fortalecidos, rede de saberes e valorização da atuação interprofissional. A vivência amplia conhecimentos sobre referência e contrarreferência no SUS, atuando como ponte entre campos de prática e estimulando o protagonismo das residentes no cuidado em saúde.
Análise Crítica
Essa pratica reforça a importância de estratégias formativas que aproximem teoria e prática, rede e território. Ao permitir a imersão em diferentes campos, contribui para a construção de competências essenciais à atuação do/a assistente social na saúde, conforme princípios do Código de Ética, como a defesa dos direitos sociais, a articulação intersetorial e o compromisso com a qualidade do cuidado.
Conclusões e/ou Recomendações
O intercâmbio entre residentes em serviço social do Premus-Reab/UFMS se mostrou potente estratégia de formação crítica, ética e interprofissional. Recomenda-se sua manutenção e ampliação como política pedagógica institucional dos programas de residência, dada sua contribuição para o fortalecimento da prática profissional no SUS e para o reconhecimento da rede como espaço de aprendizagem permanente.
OSCE COM FEEDBACK: MOMENTOS APROFUNDADOS DE ENSINAGEM
Pôster Eletrônico
1 Residência de Medicina de Família e Comunidade (SMS-CG)
Período de Realização
Segundo semestre de 2024, com dois momentos de feedback para os residentes.
Objeto da experiência
Realização de dois encontros para feedback do exame clínico objetivo estruturado (OSCE) com os residentes de Medicina de Família e Comunidade (MFC).
Objetivos
Descrever a aplicação do OSCE nos processos avaliativos da Residência de MFC, analisar o impacto do feedback estruturado com os residentes, sem experiência prévia na metodologia, e avaliar o aprendizado clínico e reflexivo nos temas abordados nas estações simuladas.
Descrição da experiência
Cinco estações de casos clínicos idealizados, com dois preceptores por estação, um como paciente e outro como observador, tendo como instrumento uma lista de avaliação das habilidades de comunicação, interação com o paciente e conduta. Os residentes, orientados sobre a metodologia OSCE, seguiram regras definidas. O diferencial foi o feedback pós-prova, que ocorreu em dois momentos, 22 e 28 de outubro, possibilitando reflexão crítica, identificação de lacunas e consolidação de aprendizado.
Resultados
Residentes e preceptores vivenciaram uma experiência inédita e intensa. Apesar da tensão inicial e da preocupação com o andamento das estações, a interação prévia entre os residentes foi marcante. O feedback pós OSCE, tendo base na lista avaliativa, mostrou-se rico. Os residentes através da observância dos erros, acertos, identificação de lacunas, atitudes e habilidades, refletiram positivamente sobre o processo de aprendizagem, consolidando a atividade como um potente instrumento formativo.
Aprendizado e análise crítica
Desde 2018, a experiência com os OSCEs mostrou que a avaliação deve ir além da verificação de habilidades, promovendo aprendizagem significativa. O feedback estruturado tornou-se central nesse processo, favorecendo a reflexão crítica e melhoria das práticas. Relatos positivos reforçam que, mesmo em simulações, a interação e o diálogo, como propôs Paulo Freire, são potentes na construção do saber. O sucesso do modelo garantiu sua continuidade como estratégia avaliativa na Residência de MFC.
Conclusões e/ou Recomendações
A vivência com os OSCE revelou a importância de espaços que permitam observar diretamente as competências clínicas, emocionais e comunicacionais dos residentes. Seu caráter formativo, especialmente com o feedback estruturado, justificou sua incorporação ao Projeto Pedagógico da Residência de MFC, fortalecendo o aprendizado reflexivo e consolidando-o como ferramenta essencial no processo de formação.
A INSERÇÃO DA RESIDÊNCIA EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA ENQUANTO FERRAMENTA DE INTEGRAÇÃO E FOMENTO DE PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES
Pôster Eletrônico
1 Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA
2 Escola de Saúde Pública Visconde de Saboia
3 Uiversidade Federal do Ceará- UFC
Período de Realização
07 de abril de 2025 à 06 de junho do 2025
Objeto da experiência
Inserção da residência em Vigilância em Saúde na ESF, enquanto estratégia de integração e fomento de práticas interdisciplinares no território
Objetivos
Relatar a inserção dos residentes em Vigilância em Saúde na Estratégia Saúde da Família enquanto estratégia de integração entre os diversos níveis de atenção
Fomentar práticas interdisciplinares e integradas nos diferentes cenários de atuação para o desenvolvimento de competências.
Metodologia
A vivência aconteceu na ESF de alguns bairros do município de Sobral-CE, respeitando a diversidade local. Em duplas, os residentes foram integrados às equipes da ESF onde realizaram a territorialização e o diagnóstico situacional. A partir da análise dos dados foram definidas metas e ações intersetoriais e interdisciplinares por vigilância, monitoradas semanalmente, de acordo com o plano e as necessidades do território, pautadas na corresponsabilização e no trabalho em equipe
Resultados
Destaca-se a qualificação do uso dos sistemas de notificação, melhor compreensão pelos profissionais dos indicadores locais, melhoria da cobertura vacinal e controle de vetores, ações de vigilância ambiental, além da observação de melhoria na qualidade das notificações, maior integração entre os núcleos de vigilância e as equipes de ESF, fortalecimento do trabalho intersetorial e interdisciplinar, e reconhecimento institucional da residência como fomentadora da articulação entre os serviços
Análise Crítica
A experiência demonstrou a ESF como espaço privilegiado de atuação da Vigilância em Saúde, sobretudo quando há integração entre os diversos atores. Os residentes puderam desenvolver habilidades práticas e reflexivas, compreendendo a complexidade do território e seus determinantes. No entanto, enfrentaram diversos desafios, fragilidades rotatividade de profissionais, entre dificuldades operacionais. Tais aspectos exigem um olhar cuidadoso para a sustentabilidade das ações no território
Conclusões e/ou Recomendações
A vivência consolidou-se como estratégia fortalecedora na qualificação da formação em saúde. A articulação ensino, serviço e comunidade mostrou a consolidação de práticas mais resolutivas e humanizadas. Recomenda-se a ampliação dessa integração nas residências, além do fortalecimento da educação permanente nos serviços, garantindo o protagonismo dos profissionais e a efetivação das ações de vigilância como parte integrante do cuidado em saúde
(TRANS)FORMAÇÃO: PRECEPTORIA COLEGIADA COMO POTENCIALIZADOR DE ESPAÇOS DE FORMAÇÃO EM UM SERVIÇO DE SAÚDE MENTAL
Pôster Eletrônico
1 UERJ
2 SMS - RJ
Período de Realização
O recorte para análise dessa experiência foi de maio de 2024 a maio de 2025.
Objeto da experiência
Preceptoria multiprofissional em CAPS AD como ferramenta coletiva de integração de saberes e experiências na formação em saúde.
Objetivos
Expor o impacto na formação e cotidiano no serviço da preceptoria coletiva.
Explicar a construção de saberes em saúde mental a partir de uma (trans)formação interdisciplinar.
Descrição da experiência
Desde sua criação, o SUS prioriza a formação e capacitação dos profissionais, especialmente na saúde mental, visando uma prática ética e reflexiva. No CAPS ad da zona norte do Rio de Janeiro, a equipe de preceptores implementou ações coletivas de educação em saúde, reconhecendo que a formação no serviço amplia a clínica e promove uma formação interdisciplinar, essencial diante da complexidade da vida e do trabalho em saúde.
Resultados
A formação em saúde mental exige a coletivização das ações e a construção compartilhada das intervenções, como preconiza o SUS. A preceptoria deve favorecer a reflexão interdisciplinar, fundamental à preparação de novos profissionais. Formar pelo serviço é proporcionar um processo que envolva integralmente quem pensa e executa o cuidado, fortalecendo a prática e o desenvolvimento especializado no campo da saúde.
Aprendizado e análise crítica
A preceptoria coletiva beneficia tanto quem está em formação quanto os profissionais em atuação, ao promover a reflexão crítica da prática e fortalecer a atenção psicossocial. Diante de contextos marcados por crises, é essencial cultivar uma práxis interventiva e contínua. Além disso, é necessário romper com hierarquias de saber entre categorias profissionais, promovendo uma construção mais horizontal e compartilhada no campo da saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
Coletivizar as ações de formação aponta para o fortalecimento da clínica ampliada que valoriza a interdisciplinaridade como norte das intervenções profissionais. Possibilita a construção de práticas que sejam marcadas pela constante articulação entre as especificidades das formações. Indicamos a implementação desse modelo de organização por serviços multiprofissionais, tais como os CAPS, no sentido de fomentar os processos de formação.
OFICINA REALIZADA EM 10 DE JANEIRO DE 2025, DURANTE O RONEBAN – REUNIÃO DOS ÓRGÃOS DE BASE DO MOVIMENTO ESTUDANTIL DE NUTRIÇÃO, REALIZADO NA UERJ
Pôster Eletrônico
1 UNIRIO
2 UFRJ
3 UFLA
Período de Realização
Atividade realizada em 10/01/2025 na programação oficial do RONEBAN, realizado na UERJ.
Objeto da experiência
Oficina realizada em 10 de janeiro de 2025, durante o RONEBAN – reunião dos órgãos de base do movimento estudantil de Nutrição, realizado na UERJ.
Objetivos
Promover um espaço de diálogo entre jovens estudantes de Nutrição que integram Centros e Diretórios Acadêmicos, de vários estados das 5 regiões brasileiras, na intenção de refletir sobre o papel das juventudes e do movimento estudantil na luta pelo direito humano à alimentação adequada.
Descrição da experiência
A Oficina foi organizada pelo movimento Comer pra quê? (CPQ) em parceria com a Executiva Nacional de Estudantes de Nutrição (ENEN). Teve 2 horas de duração e contou com os seguintes momentos: a) Apresentação do CPQ e da proposta da oficina; b) Duas rodas de diálogo com as perguntas: Na universidade, comer pra quê? Como o movimento CPQ pode atuar na sua universidade?; c) Criação coletiva de Cartazes-manifesto sobre direito humano à alimentação adequada no ambiente universitário.
Resultados
Destacam-se como principais resultados: a) A potência do encontro e dos diálogos entre jovens sobre a alimentação na universidade e o papel dos Restaurantes Universitários como políticas de assistência estudantil para garantia da segurança alimentar e nutricional (SAN); b) Criação de cartazes-manifesto; c) Reconhecimento do movimento CPQ e da ENEN como coletivos promotores de reflexão e mobilização em prol da SAN; d) A necessidade da participação ativa das juventudes como protagonista dessa luta.
Aprendizado e análise crítica
As diferentes realidades e experiências das juventudes participantes proporcionou um rico compartilhamento de vivências e opiniões sobre a relevância da alimentação na universidade e sobre os desafios enfrentados pelos Centros e Diretórios Acadêmicos na luta por uma universidade justa. Urge a necessidade de lutar por condições que assegurem o direito humano à alimentação e a permanência estudantil com dignidade, reafirmando o papel dos estudantes como agentes de transformação.
Conclusões e/ou Recomendações
Espaços de diálogo voltados a problematização de políticas de ensino, pesquisa, extensão e assistência estudantil desempenham papel fundamental na formação de estudantes conscientes e engajados. Esses debates devem oportunizar ambiente de expressão de opiniões, escuta de diferentes perspectivas, desenvolvimento de habilidades de argumentação e pensamento crítico, fundamentais para as juventudes em sua vida acadêmica, profissional e cidadã.
INTEGRAÇÃO ENTRE O INTERNATO DE SAÚDE COLETIVA DA MEDICINA E A RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL
Pôster Eletrônico
1 Núcleo Trabalho, Ambiente, Saúde e Subjetividades – TRASSUS/UFC
2 Escola de Saúde Pública do Ceará
3 Secretaria de Saúde da Prefeitura Municipal de Fortaleza
4 Universidade Federal do Ceará
5 Centro de Referência em Saúde do(a) Trabalhador(a) Estadual Manuel Jacaré
Período de Realização
A experiência tem sido planejada desde março de 2025 até a presente data.
Objeto da experiência
Trabalhar a interprofissionalidade no internato de Saúde Coletiva de graduandos em medicina na integração com a residência multiprofissional em saúde.
Objetivos
Ampliar as perspectivas de saberes dos graduandos acerca das expertises, conhecimentos e atuação dos diversos profissionais das várias áreas da saúde, favorecendo diálogos interprofissionais dos futuros médicos com esses profissionais da saúde.
Descrição da experiência
Considerando a hegemonia e a centralidade do saber médico, especialmente firmado durante a formação desse graduando, o internato em Saúde Coletiva pretende confrontar essa lógica. O contato e a formação através do saber e da expertise de outros profissionais da saúde, que vão conduzir o aprendizado dos graduandos durante esse estágio, podem romper a lógica de encastelamento do profissional médico que é perversamente construída ao longo dos 6 anos de sua graduação.
Resultados
Desde os primeiros diálogos em março de 2025, coordenadores, supervisores, tutores e preceptores viram nessa proposta uma possibilidade fecunda de conseguir confrontar a lógica de isolamento da formação médica, pois a Escola de Saúde Pública, embora tenha a maior estrutura de residência multi do país, não consegue romper o encastelamento da formação do médico residente para compartilhar saberes. Portanto, alinhar tais percursos pedagógicos na graduação médica é uma aposta de grande potência.
Aprendizado e análise crítica
Os diálogos para essa integração têm ocorrido de forma rápida e o empenho e esforço dos profissionais envolvidos demarcam um novo horizonte para a formação médica. Permitindo que os graduandos possam reconhecer os saberes de outras formações dentro dos seus escopos de atuação profissional. Trabalhar a lógica da interprofissionalidade exige ação proativa de tutores para confrontar o isolacionismo médico antes de finalizada a (de)formação médica, que busca o encastelamento.
Conclusões e/ou Recomendações
Enquanto universidades novas buscam integração com outras áreas da saúde em ciclos básicos a partir do seu projeto político pedagógico; outras, mais antigas, portanto, com estruturas mais rígidas só permitem pequenos avanços por vez. Acredita-se que até o final do ano já teremos evidências concretas do valor dessa experiência, pois se reconhece a capacidade e o potencial dos residentes que adentram a formação da Escola de Saúde Pública do Ceará.
FORMANDO OLHARES, CONSTRUINDO EVIDÊNCIAS: A RESIDÊNCIA, OS DADOS E A PRÁTICA INFORMADA EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UFPE
2 FIOCRUZ
Período de Realização
A disciplina foi planejada e ministrada no 1º semestre de 2025.
Objeto da experiência
Ensino de estatística e sistemas de informação em saúde em programa de residência multiprofissional
Objetivos
Oferecer aos residentes uma base conceitual e prática sobre estatística e sistemas de informação em saúde, promovendo o uso crítico de dados no contexto do SUS para a qualificação do cuidado e do planejamento em saúde.
Metodologia
No 1º semestre de 2025 a disciplina de estatística e sistemas de informação em saúde foi planejada e ministrada junto ao Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica e Saúde da Família de Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, aos residentes do 2º ano. Com uma carga horária total de 40 horas, as aulas mesclaram exposição teórica, gamificação, clube de revistas, simulação de júri, estudo dirigido voltado para a prática com dados reais.
Resultados
Os residentes se mostraram interessados desde a 1ª aula por reconhecerem que esse é um tema importante para a formação deles. Embora boa parte da turma, composta por 28 residentes, não fossem familiarizados com a temática e apresentassem dificuldades iniciais, todos conseguiram cumprir os objetivos da disciplina. Os trabalhos finais revelaram boa capacidade analítica e articulação entre teoria e prática.
Análise Crítica
Foi desafiador adaptar o ritmo às diferentes formações e vivências dos residentes. A experiência reafirmou que estatística e sistemas de informação quando contextualizados, tornam-se ferramentas poderosas para a prática em saúde. A escuta ativa e a flexibilidade metodológica, assim como o emprego de metodologias ativas, foram essenciais para o êxito da disciplina, buscando sempre traduzir tecnicidade em linguagem acessível e dialogada.
Conclusões e/ou Recomendações
A vivência reafirmou o papel do educador como facilitador da prática baseada em evidências exigindo sensibilidade pedagógica e valorização da prática. Além disso, espera-se que os residentes incorporem o aprendizado da disciplina à sua prática profissional diária. Por fim, recomenda-se que tais conteúdos ganhem espaço contínuo e integrado nos currículos de residências em saúde.
DIAGNÓSTICO SITUACIONAL E AÇÃO INTERDISCIPLINAR EM COMUNIDADE VULNERÁVEL NO INTERIOR DA PARAÍBA: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA DE EXTENSÃO
Pôster Eletrônico
1 UNIFIP
2 UFPB
3
Período de Realização
Outubro e novembro de 2023, na cidade de Patos, Sertão paraibano.
Objeto da experiência
Ações interdisciplinares de saúde em comunidade vulnerável próxima a lixão, na cidade de Patos (PB).
Objetivos
Realizar diagnóstico situacional e desenvolver ação interdisciplinar com cursos da área da saúde, promovendo cuidado e educação em saúde em comunidade vulnerável.
Descrição da experiência
A experiência envolveu visitas à comunidade com escuta qualificada e ações coletivas interdisciplinares. As atividades incluíram aferições de saúde, orientações sobre higiene bucal e alimentar, levantamento de animais e interação com crianças, promovendo cuidado integral em saúde única.
Resultados
A escuta revelou impactos das desigualdades sociais na saúde local. A ação gerou vínculo entre estudantes e comunidade, permitindo prática humanizada e educativa. O trabalho interdisciplinar fortaleceu a formação acadêmica e evidenciou o papel da extensão em contextos vulneráveis.
Aprendizado e análise crítica
O projeto demonstrou a potência da escuta ativa e da atuação colaborativa. Estimulou o pensamento crítico dos estudantes, reforçando a importância de intervenções integradas frente aos determinantes sociais da saúde. O contato direto ampliou a compreensão sobre realidades invisibilizadas.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência destacou o valor da extensão como prática transformadora, promovendo cuidado e formação cidadã. Recomenda-se a continuidade das ações, com planejamento de intervenções sustentáveis em saúde única, incentivando a articulação entre ensino, serviço e comunidade.
CURSO DE FORMAÇÃO POLÍTICA PARA ESTUDANTES DA SAÚDE EM UNIVERSIDADE PÚBLICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 UECE
Período de Realização
Maio a junho de 2023.
Objeto da experiência
Realização de curso em formação política para acadêmicos da saúde.
Objetivos
Descrever e analisar o processo de realização de um curso de formação política para acadêmicos da área da saúde, carga horária, temas abordados e objetivo de aprendizagem.
Descrição da experiência
O curso foi a iniciativa conjunta entre o centro acadêmico de enfermagem, Grupo de Pesquisa Fluxos, Redes e Cuidados (GPFRIDA) e o projeto de extensão Comunidade Acadêmica em Ação (COMUNA). A formação teve como principal objetivo discutir sobre os processos de participação política dos estudantes da área da saúde e a importância destes para a formação de bases de movimentos sociais e luta por direitos.
Resultados
O curso dispôs de 40 horas/aula, com dois encontros on-line e quatro presenciais. Buscou-se conceituar e contextualizar a política e a relação entre questões de saúde, gênero, raça e classe social. Exemplo de alguns dos temas abordados: Teoria Neoliberal e Cidadania, Abordagem Marxista, O SUS como prática emergente dos movimentos sociais, Universidade e os Movimentos sociais. No decorrer do curso, realizaram atividades sobre os assuntos discutidos, com requisito de obtenção da certificação.
Aprendizado e análise crítica
O Sistema Único de Saúde (SUS) surgiu em contexto histórico de mudanças políticas, pós-democratização do Brasil. A partir do movimento de Reforma Sanitária, com expressiva participação popular para luta pela garantia de direitos e acesso à saúde. Diante disto, o Curso de Política para estudantes da área da saúde pôde promover espaço para reflexão crítica, engajamento de ações da comunidade acadêmica junto à sociedade e contribuir para formação, em consonância com os princípios do SUS.
Conclusões e/ou Recomendações
O processo formativo político junto a estudantes da área da saúde emerge como proposta de fortalecimento do SUS. Deste modo, a inserção de iniciativas como esta, no ambiente acadêmico, possibilita a compreensão dos fatores políticos e históricos que influenciaram a formação social, no Brasil. Além de corroborar para formação crítica de futuros profissionais que atuarão no campo da saúde coletiva.
DESAFIOS NA FORMAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA: DA GRADUAÇÃO AO PÓS-DOUTORADO
Pôster Eletrônico
1 Universidade de Fortaleza
2 Fiocruz
Período de Realização
Trata-se da experiência das autoras construída no período de 2020 a 2025.
Objeto da experiência
Desafios e estratégias de superação no processo formativo do profissional de Saúde Coletiva
Objetivos
Relatar os principais desafios e superações vivenciados por enfermeiros na perspectiva de docentes e discentes na formação em Saúde Coletiva.
Descrição da experiência
Embora a criação do SUS, por meio da Lei Orgânica da Saúde 8080/90, estimule a formação para profissionais atuarem em Saúde Coletiva, passados quase 33 anos, ainda vivenciamos desafios diários, como docentes e discentes de graduação e pós-graduação: processo histórico social na construção de um sistema solidário, gestão de recursos e de tempo para a formação, incluindo as múltiplas jornadas dos alunos de programas de pós-graduação, além da necessidade de convergências entre teoria e prática.
Resultados
Alguns dos desafios são administrar a carga horária de estudo para uma boa formação profissional; desenvolvimento da habilidade de escrita/leitura/comunicação; envolvimento em pesquisas científicas; associar estudo e trabalho. No enfrentamento temos o desenvolvimento de algumas estratégias como criação de vínculo com o orientador e colegas, participação em grupos de pesquisas, envolvimento em atividades multicêntricas, cursos de capacitação em tecnologias na área da pesquisa e práticas ativas.
Aprendizado e análise crítica
Apesar da ampliação dos cursos e programas de Saúde Coletiva, persistem lacunas na formação crítica e reflexiva dos profissionais. A graduação apresenta deficiências quanto à abordagem territorial, às práticas interdisciplinares e à inserção precoce dos estudantes nos serviços de saúde. Na pós-graduação, as dificuldades giram em torno da concentração da produção científica em temas pouco conectados com as urgências do SUS, além da sobrecarga docente e da escassez de financiamento para pesquisas
Conclusões e/ou Recomendações
A qualificação da formação em Saúde Coletiva exige não apenas ajustes curriculares, mas também uma mudança de paradigma, com foco na integralidade do cuidado, na intersetorialidade e na formação crítica e cidadã. É preciso promover ambientes acadêmicos mais democráticos, fomentar a pesquisa socialmente comprometida e garantir políticas públicas que valorizem a docência e a pesquisa em Saúde Coletiva
ALÉM DO ESPORTE: EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL EM AÇÕES EXTENSIONISTAS DA LIGA ACADÊMICA DE NUTRIÇÃO EM ESPORTES E FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO NAS DIFERENTES FASES DA VIDA
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal de Goiás
Período de Realização
Outubro de 2024 a junho de 2025, com atividades desenvolvidas em Goiânia e na Cidade de Goiás (GO).
Objeto da experiência
Promoção de educação alimentar e nutricional em esportes e integração entre universidade e comunidade.
Objetivos
Descrever um conjunto de ações de educação alimentar e nutricional da Liga de Nutrição em Esportes e Fisiologia do Exercício nas diferentes fases da vida, evidenciando sua contribuição para a promoção da EAN em nutrição esportiva e para o fortalecimento do vínculo entre universidade e comunidade.
Metodologia
As atividades extensionistas desenvolvidas visaram levar conteúdos adequados ao público-alvo e promover dinâmicas interativas que favoreciam a aprendizagem de forma lúdica. Os temas abordaram nutrição em esportes e fisiologia do exercício, como suplementação proteica, hidratação, alimentação adequada e saudável segundo o guia alimentar para a população brasileira, envelhecimento saudável e prevenção de sarcopenia, entre outros.
Resultados
Dentre as atividades desenvolvidas, destacaram-se: oficinas sobre os “10 passos para a alimentação saudável” e a dinâmica “Monte o seu prato”, voltadas para crianças e adultos, com materiais lúdicos; exposição dialogada com jovens sobre a nutrição, escolhas alimentares e uso de suplementos; e a ação “Envelhecer com força”, com idosos, abordando sarcopenia e força muscular com dinamômetro. As atividades foram participativas e focadas na autonomia alimentar e no cuidado em saúde.
Análise Crítica
Para os extensionistas, as ações possibilitaram aplicar conhecimentos teóricos na prática, promovendo o desenvolvimento da comunicação e da empatia com diferentes públicos. Evidenciou-se a importância da utilização de linguagem acessível e de abordagens lúdicas. Há ainda necessidade de avaliação contínua das metodologias e maior alcance das atividades para ampliar o impacto social e a integração efetiva entre universidade e comunidade.
Conclusões e/ou Recomendações
As ações extensionistas mostraram-se eficazes na promoção da educação alimentar e nutricional no contexto esportivo nas diferentes fases da vida, fortalecendo a integração entre universidade e comunidade. Perfaz-se que atividades bem planejadas, com linguagem acessível e foco no público-alvo, contribuem para a formação acadêmica e a transformação social por meio da divulgação científica.
ESTÁGIOS E VIVÊNCIAS NA REALIDADE DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS): A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO ÉTICO-POLÍTICA E CONSTRUÇÃO DO PROCESSO SAÚDE COM A COMUNIDADE
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal de Pernambuco - Centro Acadêmico de Vitória
Período de Realização
25.05.2025 a 31.05.2025
Objeto da experiência
Promover espaços dialógicos e intersetoriais de reflexão crítica que possibilitem o desenvolvimento de um compromisso ético político na área da saúde.
Objetivos
Promover reflexões ao modelo de atenção à saúde, tais como a determinação social do processo saúde-doença-cuidado, gestão do trabalho, redes de atenção à saúde e participação popular e proporcionar ambientes educativos de gestão democrática e participativa por meio da Educação popular em saúde.
Metodologia
As vivências aconteceram entre espaços da saúde e da comunidade debatendo interculturalidade, humanização, solidariedade, equidade e controle social. Promoveu uma quebra da formação acadêmica tradicional, muitas vezes curativista e tecnicista. Foi possível imergir na realidade dos serviços, com seus recursos limitados e profissionais sobrecarregados, e ainda assim encontrar acolhimento e cuidado a partir da valorização do território e da educação popular em saúde.
Resultados
Essa vivência transformou a formação em saúde de vários estudantes e residentes, trabalhando o acolhimento, o interprofissionalismo e o protagonismo do usuário. Conscientizou sobre a importância do controle social, quebrando preconceitos e exaltando a educação popular. Apresentou a necessidade de se ter compromisso social, em prol de um SUS equitativo e de qualidade. Foi uma desconstrução de certezas para construir novas formas de cuidado integral.
Análise Crítica
Essa experiência trouxe aprendizados acerca da importância da integralidade, da transversalidade e do diálogo popular, além de valorizar a resiliência profissional e o potencial de superação do sistema. Também apresentou muitas limitações estruturais, desafios da formação acadêmica, iniquidades e fragilidades do controle social, no entanto, foi uma imersão que trouxe reflexões sobre as iniquidades presentes no sistema e possíveis futuras atuações nesses espaços.
Conclusões e/ou Recomendações
É necessário superar o modelo tradicional de ensino, insuficiente para preparar profissionais para a complexidade e as demandas do SUS. É fundamental integrar mais vivências e experiências práticas desde cedo nas formações. Também é preciso que os docentes e profissionais da rede que atuam como preceptores estejam preparados para guiar essas vivências, promovendo reflexão crítica com metodologias ativas e interação ensino-comunidade-serviço.
DESENVOLVENDO UM PROGRAMA DE EXTENSÃO EM PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS: SUS, SUAS E SINASE EM DIÁLOGO
Pôster Eletrônico
1 UnB
Período de Realização
Março a Julho de 2024
Objeto da experiência
Ação de formação que congrega ensino, estágio e produção de conhecimento, visando atuação transdisciplinar nas políticas públicas (SUS, SUAS, SINASE)
Objetivos
Implementar processos formativos para quem atua nas políticas setoriais; possibilitar espaço de diálogo e integração aos profissionais; desenvolver intervenções psicossociais, sociocomunitárias e em rede, fortalecer o diálogo e a coconstrução entre universidade e políticas.
Descrição da experiência
Para a implementação, foram propostos: 1) Percurso Formativo e 2) Projetos de Extensão e de Estágio. Iniciava-se com o espaço de formação e construção de propostas interventivas dos mais variados campos das políticas setoriais voltados a seus territórios. Posteriormente as ações do percurso formativo eram implementadas nos serviços. Foram 60 profissionais participantes, de diferentes especialidades de cada política setorial (SUS, SUAS e SINASE).
Resultados
O processo de construção e atuação conjunta entre comunidade universitária e trabalhadoras(es) das políticas resultou na concretização da ação em rede a partir da interação dos profissionais do SUS, SUAS e SINASE. Além de materializar a dimensão democrática e focada nos direitos humanos e equidade, o projeto fortaleceu a rede socioassistencial local. A parceria e integração entre as políticas públicas e Universidade atestaram o trabalho conjunto visando justiça social.
Aprendizado e análise crítica
O trabalho mostrou total compatibilidade com a extensão universitária: houve produção de conhecimento engajado, que expressa articulação interinstitucional, com proposta de mútuo desenvolvimento, com transformações na comunidade interna e nos profissionais e em suas práticas. Ressaltou-se o papel da universidade pública e de uma Psicologia ético-politicamente compromissada com as maiorias populares e com melhores condições de vida e sociabilidade.
Conclusões e/ou Recomendações
O projeto piloto foi avaliado de forma coletiva e participativa. Foi recomendada a oferta do percurso formativo anualmente. A coordenação ampliada (composta por gestores do SUAS, SUS e SINASE) avaliou a ação como de grande impacto nos territórios e ressaltou o fortalecimento do diálogo interinstitucional. Recomendou-se a elaboração de materiais educativos, relatórios e produtos acadêmicos, inspirando novas iniciativas dessa natureza.
OFICINA SBAR: CONSTRUÇÃO COLETIVA PARA UMA PASSAGEM SEGURA DE PLANTÃO
Pôster Eletrônico
1 UEG
Período de Realização
Junho de 2025, no âmbito do Projeto de Extensão “Cuidado Seguro”, no Hospital Municipal de Itumbiara-GO.
Objeto da experiência
Oficina educativa para desenvolvimento e implementação da ferramenta SBAR, visando padronizar e aprimorar a comunicação durante a passagem de plantão.
Objetivos
Capacitar profissionais hospitalares no uso da ferramenta SBAR, fortalecendo a comunicação segura na passagem de plantão e promovendo a cultura de segurança do paciente por meio de uma abordagem participativa e prática.
Descrição da experiência
A ação foi conduzida por extensionistas do Projeto “Cuidsdo Seguro”, em parceria com a Gerência de Risco do hospital. A partir da identificação de falhas na comunicação entre turnos, foi organizada uma oficina colaborativa para construção da ferramenta SBAR. A metodologia incluiu exposição teórica, simulações práticas e aplicação da ferramenta em casos clínicos reais, estimulando engajamento e reflexão crítica dos participantes.
Resultados
A oficina teve ampla adesão de setores como enfermaria, maternidade e pronto-socorro, promovendo maior clareza e padronização na transmissão de informações. Os profissionais relataram melhora na qualidade da comunicação, aumento na notificação de eventos adversos e reconhecimento da importância da ferramenta para a segurança do paciente.
Aprendizado e análise crítica
A construção participativa do SBAR fortaleceu a autonomia profissional e impulsionou mudanças na cultura organizacional. A experiência evidenciou a relevância de metodologias ativas na capacitação hospitalar, demonstrando que a transformação na comunicação exige envolvimento coletivo e reflexão crítica sobre práticas diárias.
Conclusões e/ou Recomendações
A abordagem colaborativa e prática revelou-se eficaz na consolidação do uso da ferramenta SBAR e na promoção da segurança do paciente. A replicação da oficina em outros setores e unidades hospitalares pode ampliar o impacto, consolidando a SBAR como instrumento essencial nos protocolos institucionais. A extensão universitária se reafirma como um elo entre teoria e prática, com efeitos concretos na qualidade assistencial.
POÉTICAS DA FINITUDE E DO CUIDADO: PEÇAS POÉTICAS BASEADAS EM VIVÊNCIAS REAIS DE PACIENTES ONCOLÓGICOS COMO DISPOSITIVOS DE EMPATIA, ESCUTA E HUMANIZAÇÃO DA SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 USCS - Universidade Municipal de São Caetano do Sul
Período de Realização
Setembro de 2024 a junho de 2025
Objeto da produção
Peças poéticas dramatizadas baseadas em vivências reais de pacientes com câncer, sob acompanhamento oncológico.
Objetivos
Promover reflexão crítica e sensível sobre o cuidado oncológico, por meio da linguagem poética, permitindo aos profissionais de saúde acessar dimensões subjetivas, simbólicas e afetivas do viver com câncer, contribuindo para práticas mais humanizadas e integrais.
Descrição da produção
As peças poéticas foram criadas a partir de histórias reais de pacientes com câncer atendidos pelo pesquisador principal, oncologista. Seus nomes foram ficcionalizados, mas suas vivências – dor, fé, medo, vínculos, finitude – inspiram narrativas lírico-dramáticas. As peças podem ser apresentadas por meio de leitura dramatizada ou encenação. A linguagem utilizada convoca escuta sensível e imaginação crítica, contribuindo para a formação em saúde.
Resultados
Análise crítica da produção
A produção poética tensiona os limites da linguagem técnica ao introduzir narrativas estéticas no espaço do cuidado. Ao dramatizar experiências reais, oferece uma perspectiva ampliada da pessoa com câncer – não como corpo doente, mas como sujeito de sentido. Essa linguagem intersubjetiva desestabiliza automatismos, propõe outra escuta e sustenta a complexidade do cuidado, afirmando a arte como tecnologia relacional e ética.
Considerações finais
A produção artística apresentada contribui para o fortalecimento de práticas de cuidado sensível e educação crítica em saúde. As peças poéticas funcionam como dispositivos de escuta, vínculo e reflexão existencial. São ferramentas potentes para a formação de profissionais comprometidos com a integralidade do cuidado, em especial diante da dor, da finitude e do sofrimento.
A ARTE DE CUIDAR DE SI: REFLEXÕES SOBRE O AUTOCUIDADO ATRAVÉS DE LENTES FOTOGRÁFICAS DE MULHERES EM TRATAMENTO DE CÂNCER DE MAMA
Pôster Eletrônico
1 INCA
Período de Realização
Junho a outubro de 2024, com exposição principal no Hospital do Câncer III/INCA, no Rio de Janeiro.
Objeto da produção
Exposição com fotografias feitas por pacientes em tratamento oncológico e abertura para seus repertórios interpretativos sobre os cuidados em saúde.
Objetivos
Analisar como a expressão artística, especialmente a fotografia, pode ser um recurso para ampliação das perspectivas de letramento em saúde, legitimando concepções da gestão do cuidado de si, com valores, práticas e realidades diversas frente e junto a saberes técnicos interprofissionais em saúde.
Descrição da produção
A Mostra fotográfica “Sobre o Cuidado” ocorreu no HCIII/INCA com apoio do Centro Cultural do Ministério da Saúde. A partir da metodologia participativa photovoice (WANG et al., 1997), 23 pacientes se inscreveram e enviaram fotografias com narrativas sobre os sentidos do cuidado em seus cotidianos. Profissionais de saúde participaram da seleção das imagens e da curadoria da exposição. A ordenação de eixos temáticos serviu como disparador para posterior roda de conversa coletiva sobre o cuidado.
Resultados
Foram identificados 4 eixos temáticos (Dimensões do autocuidado, Redes de apoio, Viver além do diagnóstico e Redescoberta de si). As fotos revelaram como as ações de autocuidado preconizados pela equipe de saúde tendem a dialogar com outras expectativas das pacientes para a gestão do cuidado de si, tais como: a presença do apoio família/social, a realização/manutenção de projetos pessoais e o processo de elaboração de novo sentido para sua existência, diante de um diagnóstico grave e ameaçador.
Análise crítica da produção
A ocupação do hospital com uma atividade cultural realizada com as pacientes mostrou ser uma estratégia eficaz para produzir reflexões, mudanças de perspectivas e ampliação do letramento em saúde no contexto da assistência oncológica, tanto para os diretamente envolvidos na exposição, quanto para outros 250 atores que a visitaram. O letramento em saúde deve ser compreendido em seu aspecto dialógico e multifacetado, sendo os valores dos pacientes reconhecidos como centro das práticas de cuidado.
Considerações finais
Diante de um contexto marcadamente tecnocientífico, como é o caso da assistência oncológica, tornar a perspectiva de pacientes como centro do cuidado é um desafio ético permanente. A fotografia foi uma ferramenta oportuna para disparar processos de letramento em saúde, ao articular arte e educação. A repercussão local e midiática alcançada pela Mostra fez reverberar as expectativas e necessidades das pacientes com diagnóstico de câncer de mama.
LITERATURA DE CORDEL COMO INSTRUMENTO DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE: VALORIZAÇÃO DA CULTURA, DOS TERRITÓRIOS E DOS SABERES
Pôster Eletrônico
1 UFC
2 UFSCar
3 UniFAP
Período de Realização
O material informativo em formato de cordel foi elaborado no mês de junho de 2025.
Objeto da produção
Literatura de cordel como meio de disseminação de informação em saúde na perspectiva de valorização dos saberes populares, culturais e territoriais.
Objetivos
Promover a disseminação das informações em saúde utilizando mecanismo cultural com uso de literatura de cunho informal e popular.
Elaborar material em formato de cordel organizado entre versos, estrofes e rimas com breve conteúdo sobre a história do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil.
Descrição da produção
Para produção do material utilizaram-se recursos simples como o software Microsoft Word (organização dos conteúdos), folhas de papel coloridas (azul, verde, rosa e amarelo) e brancas ou recicladas, ambas para impressões em tinta na cor preta dos conteúdos do cordel (capa, contracapa e textos), grampeador e grampos. Além disso, utilizou-se o conhecimento em saúde alinhado à imersão cultural e à apropriação sensível como elementos subjetivos norteadores da criação do material.
Resultados
O cordel intitulado “A HISTÓRIA DO SUS: O SISTEMA DE SAÚDE DO BRASIL” retrata uma breve contextualização de como surgiu o sistema de saúde brasileiro desde a sua instituição pela Constituição Brasileira de 1988. Com isso, aborda a participação social a partir dos movimentos populares prévios à implantação do SUS em 1990 pela Lei nº 8.080 como relevantes para sua consolidação, fazendo uma linha do tempo até a elaboração de políticas públicas como de Atenção à Saúde da Mulher e de Saúde Bucal.
Análise crítica da produção
A literatura de cordel é uma ferramenta cultural e popular de apoio a disseminação de informações e, para a saúde, pode ser um potente mecanismo tecedor de saberes. Ao valorizar a cultura e a linguagem popular, o cordel traduz conceitos complexos em versos acessíveis que empoderam as comunidades. É, assim, um canal de comunicação que respeita as identidades de um povo e de suas raízes, fortalecendo a saúde e promovendo apropriação e autonomia culturais.
Considerações finais
Portanto, a literatura de cordel é um recurso capaz de se conectar diretamente com a cultura de um povo e com a oralidade popular, permitindo que conceitos e mensagens alcancem a população de maneira autêntica e compreensível. Ao valorizar os saberes populares e as tradições, o cordel não apenas informa, mas empodera as comunidades transformando-se em um pilar para a saúde pública e para a valorização dos territórios em seus cotidianos.
PODCAST E MÚSICA COMO ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS NÃO CONVENCIONAIS NA FORMAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Pôster Eletrônico
1 UFMT
Período de Realização
De março a maio de 2025, no âmbito da disciplina de Introdução as Ciências Sociais e Humanas da UFMT.
Objeto da produção
Podcast intitulado “Teias do Saber”, e música no estilo rasqueado cuiabano sintetizando o assunto apresentado.
Objetivos
Utilização de podcast e música como recurso para apresentação de projeto de pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva.
Descrição da produção
Criação de um podcast educativo intitulado Teias do Saber, elaborado com o auxílio de ferramentas de inteligência artificial. No episódio apresentado, discutimos o projeto de pesquisa sobre reações medicamentosas com foco na Síndrome de DRESS, destacando as contribuições das CSHS para uma análise crítica do fenômeno. A produção conta com uma música construída no estilo rasqueado cuiabano que transformou as discussões em expressão artística.
Resultados
O podcast, foi um diálogo entre entrevistadora e convidada, no qual se discutiu as reações adversas a medicamentos a partir de uma perspectiva crítica da Saúde Coletiva, destacando temas como a medicamentalização, invisibilização do sofrimento e a importância de ouvir as pessoas adoecidas. Na sequência, os conteúdos foram traduzidos em música: "Se toma o remédio pensando em sarar, mas a reação vem para machucar e quem vai dizer que é só a genética, se tem a pressão, o cuidado a estética”.
Análise crítica da produção
O uso do podcast articula diálogo, reflexão crítica e práticas educativas mais inclusivas, desafiando a centralidade do texto escrito como único meio legítimo de produção e circulação do conhecimento acadêmico. Potencializa o letramento digital em saúde e amplia as fronteiras do ensino. A música, especialmente no ritmo do rasqueado cuiabano, valoriza a identidade territorial local, tornando a reflexão sobre um tema complexo, mais dialógico, afetivo e situado.
Considerações finais
Essa iniciativa, embora desenvolvidas no contexto da disciplina, apontam a importância de metodologias não convencionais tanto para o ensino-aprendizagem quanto para a divulgação das pesquisas. A expectativa é que, ao serem disponibilizadas na página do programa, essas produções contribuam para aproximar a academia da comunidade, por meio de uma comunicação mais acessível e alinha a diferentes formas de construir e compartilhar saberes.
A DOR QUE NÃO CABE NA RECEITA: UM POEMA SOBRE SAÚDE, ESCUTA E RESISTÊNCIA À LUZ DAS CIÊNCIAS SOCIAIS E DA DETERMINAÇÃO SOCIAL DA SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 IAM/Fiocruz-PE
Período de Realização
A construção do trabalho foi realizada no mês de março de 2025.
Objeto da produção
Poema sobre o papel das ciências sociais como eixo da saúde coletiva, produto de disciplina do Mestrado Acadêmico em Saúde Pública da Fiocruz-PE.
Objetivos
Apresentar a importância do estudo e discussão das ciências sociais nos processos relacionados à saúde.
Descrição da produção
A construção surge como material didático para a disciplina, partindo de uma inquietação: como tornar os conceitos aprendidos mais vivos e próximos das realidades dos usuários do SUS? A resposta encontrada foi dar voz à dor – uma dor que não se encaixa nas prescrições biomédicas, não é resolvida apenas com medicamentos, e sim, exige escuta, compreensão e transformação das estruturas. O poema, assim, torna-se um grito de liberdade e de denúncia.
Resultados
A produção do poema “A Dor que Ninguém Vê” resultou da articulação entre vivências, leituras e discussões acadêmicas. O texto expressa, de forma sensível e politizada, a realidade de grupos historicamente marginalizados. Por meio da personagem fictícia Cecília, é possível evidenciar como os marcadores sociais da diferença (raça, gênero, território e classe) produzem desigualdades concretas nos acessos, nas vivências e nas formas de cuidado.
Análise crítica da produção
A produção poética revela-se potente para a saúde pública, pois permitiu integrar os saberes técnico-científicos com a sensibilidade artística, facilitando a comunicação de ideias complexas de forma impactante. Foi possível observar que o poema suscitou debates entre colegas, promovendo empatia e aprofundamento crítico sobre os limites do modelo biomédico, sobre o racismo institucional e sobre a importância de considerar os determinantes sociais no planejamento e na execução das ações em saúde.
Considerações finais
Faz-se necessário destacar a importância de metodologias criativas na formação em saúde, principalmente em contextos de ensino que visam à criticidade e à humanização. A disciplina proporcionou espaço para que essa criação emergisse, conectando teoria e prática, política e estética, técnica e sensibilidade.
OFICINA DE DANÇA E RELAXAMENTO COM TRABALHADORES DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO ESTADO DO PARANÁ
Pôster Eletrônico
1 UFPR
Período de Realização
Realizado 1 (um) encontro, no mês de abril de 2023, no espaço da reunião de equipe daquele mês
Objeto da produção
Ofertar uma prática corporal prazerosa na APS proporcionando redução dos impactos negativos do estresse laboral e fortalecimento de aspectos culturais
Objetivos
Promover práticas e modos de pensar o cuidado de trabalhadores da APS ao propor alternativas frente à crescente demanda em saúde mental relacionada às políticas neoliberais no contexto dos processos de trabalho no SUS, além de fortalecer aspectos culturais e sensação de pertencimento na equipe
Descrição da produção
Realizada durante o espaço da reunião de equipe, na área externa da UBS, a atividade baseou-se nos princípios da Educação Popular em Saúde, buscando promover autonomia e participação ativa, respeitando diversidades e incentivando a construção coletiva do conhecimento. o foco principal foi a introdução de passos básicos de dança de salão - forró, escolhidos por sua capacidade de envolver os participantes de forma divertida e acessível, independentemente do nível de experiência prévia com dança.
Resultados
Construída de forma dialógica entre equipe e estagiárias, a oficina foi avaliada positivamente e todos os trabalhadores participaram. Permitiu que se desconectassem das demandas e estresses do ambiente de trabalho, proporcionando uma pausa revigorante, troca de saberes e um momento de coletividade e autonomia, ao participarem da construção daquela atividade, visto a redução de espaços de elaboração coletiva dos processos de trabalho na lógica gerencialista atual e de subfinanciamento da APS
Análise crítica da produção
Apesar da repercussão positiva, que evidencia a relevância da oferta de atividades relacionadas ao bem estar no local de trabalho, esse tipo de prática, por si só, não é capaz de garantir satisfação dos trabalhadores frente à realidade de precarização da APS, das exigências do modelo gerencialista e da cobrança por produtividade vivenciada no dia a dia, além da escassez de espaços de escuta e construção coletiva, o que gera processos de trabalho adoecedores, particularmente no âmbito da ESF.
Considerações finais
Através dos processos de trabalho e dos modos de gerir saúde na APS, podemos propor práticas e alternativas de cuidado para superação dos processos de trabalho que geram adoecimento psíquico e possíveis soluções para o enfrentamento a políticas neoliberais que visam o desmonte do SUS.
VOCÊ TEM FOME DE QUÊ? O SUS FORA DOS MUROS: FILME-CARTA VIVÊNCIAS NO SUS CENTRO-OESTE
Pôster Eletrônico
1 UFCAT
Período de Realização
A vivência ocorreu entre os dias 7 a 13 de Junho de 2025
Objeto da produção
Filme-carta como produção artística de registro documental da vivência.
Objetivos
Apresentar a experiência do programa Vivência no SUS, objetivando transmitir, por meio de produção audiovisual, parte da imersão e as discussões que foram fomentadas nesse período. Além disso, promover o programa como forma de exaltar as oportunidades do Ministério da Saúde.
Descrição da produção
A partir de registros de vídeo da experiência e escrita poética, a produção será em formato de filme-carta. Essa técnica foi escolhida por possibilitar a expressão dos afetos emergidos na vivência. Segundo Migliorini (2014), a produção de filme-carta possibilita a partilha de formas de ver e vivenciar o mundo. A imersão proporcionou reflexões críticas das práticas em saúde vistas na formação acadêmica, e assim, propiciou inquietudes e potenciais transformações nos viventes.
Resultados
Quanto aos resultados, obteve-se a partilha de experiências multiprofissionais e inter-regionais. Visto isso, os viventes tiveram contato com a teoria das diretrizes que regem o Sistema Único de Saúde ao mesmo passo que visitaram pontos de atuação do SUS. Desse modo, a vivência foi constantemente facilitadora de conversas que transbordam os debates estritamente acadêmicos. Ademais, o programa objetiva a capacitação de multiplicadores para ampliar as discussões ali realizadas para suas regiões.
Análise crítica da produção
A produção do filme-carta revela-se potente ao traduzir afetos e reflexões surgidas na imersão do programa Vivências no SUS. A articulação entre arte e política fortalece o SUS como prática viva e transformadora. A participação da vivência foi um privilégio que mostrou, a partir dos debates, que deveria ser basal na formação em saúde. É crucial evocar a compreensão da saúde para além da doença. Produção de vida é também promoção de saúde.
Considerações finais
Faz-se imprescindível exaltar a experiência de viver o SUS, visto que oportunizou discussões extremamente importantes sobre a estrutura do Sistema Único de Saúde, mas para além disso, promoveu um encontro coletivo de individualidades que tornaram os debates ricos em diversidade de saberes e conhecimentos.
GUIA EM FORMATO DE INFOGRÁFICO PARA OTIMIZAÇÃO DAS REUNIÕES DE EQUIPE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UEFS
2 UFBA
Período de Realização
Desenvolvido no segundo semestre de 2024. Apresentação realizada no segundo semestre de 2024.
Objeto da produção
Infográfico-guia para qualificação das reuniões de equipe na APS, promovendo diálogo, planejamento e educação permanente.
Objetivos
Promover encontros qualificadores entre trabalhadores da APS, por meio de um material visual didático que incentive o planejamento participativo, a troca de saberes, a escuta ativa e a corresponsabilidade na organização do trabalho das equipes de saúde da família.
Descrição da produção
Produto derivado de dissertação de mestrado sobre a Residência Multiprofissional em Saúde da Família. Com base nos dados da pesquisa, criou-se um infográfico com orientações práticas para a condução de reuniões de equipe, a partir dos princípios da educação permanente. O material foi apresentado à gestão, aos participantes da pesquisa e distribuído às USF do município como estratégia para reorganização do processo de trabalho.
Resultados
O material contribui para melhorar o planejamento das ações em saúde, fortalecer a comunicação entre os profissionais, estimular a horizontalidade e qualificar o processo de trabalho. O infográfico pode ser utilizado como ferramenta contínua de apoio à gestão participativa e ao protagonismo dos trabalhadores nas unidades de saúde da família.
Análise crítica e impactos da produção
O produto favorece a apropriação coletiva do planejamento, promovendo práticas colaborativas e valorizando os saberes locais. Ao sugerir a facilitação rotativa das reuniões e o uso de linguagem acessível, amplia a participação e o sentimento de pertencimento da equipe, contribuindo para a melhoria da gestão do cuidado e das condições de trabalho.
Considerações finais
O infográfico pode ser replicado em diferentes contextos da APS, contribuindo para a educação permanente em serviço. A ferramenta favorece o fortalecimento da equipe e a construção de ambientes mais cooperativos e organizados, sendo uma estratégia de baixo custo com alto potencial de impacto nos serviços de saúde.
CAMINHOS DA QUALIFICAÇÃO: TRILHA DE ATUALIZAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE PARA CIRURGIÕES-DENTISTAS DA REDE DE SAÚDE BUCAL DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA
Pôster Eletrônico
1 Escola de Saúde Pública de Fortaleza
2 Secretaria de Saúde de Fortaleza
Período de Realização
Abril a novembro de 2025
Objeto da produção
Curso em formato de Trilha de Aprendizagem estruturada em módulos temáticos, compreendendo uma carga horária total de 28h.
Objetivos
Preparar os profissionais para intervir eficazmente nas urgências odontológicas e manejo farmacológico, no atendimento à paciente com necessidades especiais; capacitar para identificar alterações nos tecidos moles; desenvolver estratégias de promoção e educação em saúde, e acolhimento humanizado.
Descrição da produção
A trilha foi estruturada em módulos temáticos, com carga horária total de 28h. Cada módulo foi dividido em duas turmas, cujas inscrições se deram mediante link disponibilizados a todos os profissionais. As atividades estão acontecendo de forma presencial na Escola de Saúde Pública de Fortaleza ESPFOR. As estratégias utilizadas na trilha formativa são exposição dialogada e metodologias ativas, como estudos de caso, roda de conversa e problematização.
Resultados
Entre os principais resultados que estão sendo observados destaca-se o fortalecimento da integração entre os dentistas da rede, a ampliação da resolutividade nas Unidades de Saúde da Família (USF) e Centros de Especialidades Odontológicas (CEO), bem como, o engajamento dos participantes na construção de um cuidado mais qualificado, equitativo e centrado nas necessidades da população.
Análise crítica e impactos da produção
A condução do curso está permitindo maior alcance e flexibilidade de participação dos profissionais, tornando-os agentes dos processos. Além disso, a apresentação dos conteúdos aplicáveis no cotidiano vem estimulando o protagonismo dos profissionais e a articulação com a realidade dos territórios
Considerações finais
A Trilha de Atualização em Odontologia reafirma o compromisso da gestão municipal com a educação permanente em saúde e representa uma experiência exitosa de valorização dos profissionais e de aprimoramento das práticas assistenciais, contribuindo significativamente para o avanço da saúde bucal no município de Fortaleza.
ROLETAS DA SAÚDE: FERRAMENTA LÚDICA E EDUCATIVA PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE NA APS SUPLEMENTAR.
Pôster Eletrônico
1 CASSI-AL
Período de Realização
MAIO DE 2025.
Objeto da produção
ROLETAS EDUCATIVAS SOBRE HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES MELLITUS UTILIZADAS COMO RECURSO DE ORIENTAÇÃO À SAÚDE NA APS.
Objetivos
INCENTIVAR A COMPREENSÃO DE PARÂMETROS CLÍNICOS RELACIONADOS À HIPERTENSÃO E AO DIABETES; PROMOVER A ADOÇÃO DE HÁBITOS DE VIDA SAUDÁVEIS; AMPLIAR O VÍNCULO COM A APS; FORTALECER AÇÕES EDUCATIVAS ACESSÍVEIS E ESTIMULAR O AUTOCUIDADO À POPULAÇÃO, COM FOCO NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS CRÔNICAS NA APS.
Descrição da produção
FORAM CONSTRUÍDAS DUAS ROLETAS COM TRÊS SETAS: VALOR CLÍNICO (PRESSÃO ARTERIAL OU GLICEMIA), CONDIÇÃO (IDEAL, ALERTA, DOENÇA INSTALADA) E RECOMENDAÇÃO (MANTER HÁBITOS, MUDAR ESTILO DE VIDA OU BUSCAR ASSISTÊNCIA). AS ROLETAS INCLUÍAM IMAGENS EDUCATIVAS E FORAM APLICADAS EM ATIVIDADE COLETIVA COM USUÁRIOS ADULTOS, COM ORIENTAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DA APS.
Resultados
HOUVE AMPLA PARTICIPAÇÃO DOS USUÁRIOS, COM EXPRESSIVO ENGAJAMENTO NAS ORIENTAÇÕES REPASSADAS. OS PARTICIPANTES DEMONSTRARAM MELHOR COMPREENSÃO DOS RISCOS RELACIONADOS AOS VALORES AFERIDOS E PROCURARAM ATIVAMENTE A APS APÓS A ATIVIDADE PARA DAR SEGUIMENTO ÀS RECOMENDAÇÕES, EVIDENCIANDO O IMPACTO POSITIVO DA ESTRATÉGIA NA MOTIVAÇÃO PARA O CUIDADO EM SAÚDE.
Análise crítica e impactos da produção
A PROPOSTA REVELOU-SE EFICAZ NA PROMOÇÃO DO LETRAMENTO EM SAÚDE, NO FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS COM A APS E NA AMPLIAÇÃO DO ACESSO A INFORMAÇÕES CLÍNICAS. A LUDICIDADE FACILITOU A APROXIMAÇÃO ENTRE EQUIPE E USUÁRIOS. A PRODUÇÃO É REPLICÁVEL, DE BAIXO CUSTO E ADEQUADA A DIVERSOS CONTEXTOS. MOSTRA-SE UMA AÇÃO POTENTE PARA ENGAJAMENTO E PREVENÇÃO DE AGRAVOS NA SAÚDE SUPLEMENTAR.
Considerações finais
A ROLETA DA SAÚDE MOSTROU-SE EFICAZ PARA PROMOVER SAÚDE E ESTIMULAR A MUDANÇA DE HÁBITOS EM AÇÕES EDUCATIVAS DA APS. É UMA TECNOLOGIA LEVE, INOVADORA E ACESSÍVEL, QUE CONTRIBUI PARA PRÁTICAS PARTICIPATIVAS, HUMANIZADAS E EFETIVAS, REFORÇANDO OS PRINCÍPIOS DA PROMOÇÃO DA SAÚDE E DA INTEGRALIDADE NO CUIDADO À PESSOA NA SAÚDE SUPLEMENTAR.
FORMAÇÃO À DISTÂNCIA SOBRE O DIREITO À SAÚDE PARA PESSOAS COM ALBINISMO
Pôster Eletrônico
1 UFAL
Período de Realização
Setembro de 2023 à Outubro de 2024
Objeto da produção
Formação à distância sobre o direito à saúde para pessoas com albinismo para os profissionais da saúde, da educação e da assistência social do Brasil.
Objetivos
Oferecer uma formação na modalidade à distância, sobre o direito à saúde para pessoas com albinismo, para profissionais de saúde, de educação e da assistência social.
Descrição da produção
A formação teve uma estrutura pedagógica e um design instrucional de 4 trilhas de aprendizagem, com os temas de quebra de estigma, conceituação do albinismo, determinantes sociais do albinismo, e estratégias de promoção da saúde e de inclusão. O curso ocorreu no ambiente virtual de aprendizagem da Universidade Federal de Alagoas. Os conteúdos foram produzidos pelos pesquisadores do projeto e disponibilizados de maneira acessível (vídeo aulas com intérprete e recursos para baixa visão).
Resultados
O curso teve inscrições de 1233 pessoas, distribuídas por todas as regiões do país. O Estado com maior número de inscrições foi o de Alagoas. O perfil dos inscritos foi de profissionais de saúde (medicina, enfermagem, agente comunitário de saúde, odontologia, técnico de saúde, etc.), de profissionais da educação básica (docentes, administrativos e gestores), de discentes de graduação e de pós-graduação (residentes), e de profissionais da assistência social dos municípios.
Análise crítica e impactos da produção
O produto disseminou conceitos, direitos e estratégias para cuidar das pessoas com albinismo. Essa população possui estigma sobre sua condição, a qual pode ser vencida pelo conhecimento adquirido por esses profissionais. A partir disso, os profissionais de saúde podem identificar e diagnosticar as pessoas com albinismo, consequentemente registrar nos sistemas de informação de saúde dando reconhecimento a essa população para terem acesso aos direitos de saúde, à educação e à assistência social.
Considerações finais
A conquista dos direitos à saúde das pessoas com albinismo depende de uma ação intersetorial e interprofissional. Dessa forma, o conhecimento sobre essa condição precisa ser difundido a fim de quebrar o estigma e melhorar a qualidade da assistência.
GUIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE: UMA FERRAMENTA PARA PROMOÇÃO DO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
Pôster Eletrônico
1 Coordenadoria de Assistência Farmacêutica/Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza
2 Cordenadoria de Assistência Farmacêutica/Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza
3 Universidade Federal do Ceará
4 Coordendoria de Assistência Famacêutica/Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza
Período de Realização
O guia foi produzido em 2024, e lançado em Maio/2025.
Objeto da produção
Guia de Atividades de Educação em Saúde para a Promoção do Uso Racional de Medicamentos
Objetivos
Contribuir com os profissionais de saúde no planejamento e execução de ações de Educação em Saúde, sobre o uso correto e seguro dos medicamentos na Atenção Primária, lúdicas, interativas, que geram engajamento.
Descrição da produção
A Coordenadoria de Assistência Farmacêutica de Fortaleza realizou um chamamento destinado aos profissionais, estudantes e professores atuantes nas Unidades de Atenção Primária à Saúde para selecionar práticas que contribuíssem para a elaboração do “Guia de Atividades de Educação em Saúde para a Promoção do Uso Racional de Medicamentos (URM)”. Realizaram-se também reuniões com profissionais de saúde, estudantes e docentes para identificar dificuldades recorrentes na atuação no território.
Resultados
Foram elaboradas onze práticas que foram somadas a duas práticas oriundas do chamamento, totalizando treze atividades. Cada prática é apresentada no Guia nos seguintes tópicos: Título; Tema relacionado ao Uso Racional de Medicamentos; Objetivo que se deseja alcançar com a atividade; Planejamento das ações a serem realizadas previamente; Materiais utilizados; Desenvolvimento da atividade com suas etapas e dinâmicas.
Análise crítica e impactos da produção
Os profissionais de saúde devem possuir conhecimento técnico, conhecer o público alvo, os problemas prevalentes na comunidade em que atua, e ter habilidades de comunicação para que suas ações tenham impacto real. Por isso, antes da aplicação das atividades propostas, recomenda-se selecionar e adaptar cada atividade ao público-alvo, de acordo com os problemas identificados, reconhecendo características do grupo e adaptando linguagem e materiais a serem utilizados, dentro das possibilidades e necessidades.
Considerações finais
O guia vem para nortear os profissionais de saúde na prática da Educação em Saúde a partir de metodologias dinâmicas e criativas. A proposta é integrar o guia na rede de atenção primária de forma a contribuir, a partir das necessidades dos usuários, para ações de promoção do uso racional de medicamentos de forma lúdica e facilitando a compreensão do uso responsável de medicamentos pela população.
O PAPEL DA ATENÇÃO PSICOSSOCIAL NO ÂMBITO ESTADUAL NA FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS PARA O CUIDADO EM SAÚDE MENTAL EM LIBERDADE: APRENDIZADOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Pôster Eletrônico
1 SES-RJ
Período de Realização
A atenção psicossocial no ERJ trabalhando a formação de profissionais de saúde mental desde 2000.
Objeto da produção
O papel da SES na formação dos profissionais de saúde para o campo da saúde mental pública é o objeto deste trabalho.
Objetivos
Objetiva-se apresentar como isso ocorreu a partir do aporte de qualificação da gestão, que coloca as normas federais em conexão com os territórios existenciais e micropolíticos (ex. desinstitucionalização), bem como o contato com questões macropolíticas como a composição do financiamento em Saúde do SUS.
Descrição da produção
O ERJ atuou durante as duas últimas décadas em parceria com as residências do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPUB) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), trabalhando a formação de ensino em serviço através da desinstitucionalização de pacientes internados em hospitais psiquiátricos. No período de 2006 a 2026, estima-se que 20 profissionais por ano foram qualificados, e que cerca de 400 profissionais.
Resultados
Vale ressaltar que concomitantemente à formação desses profissionais foram fechados todos os leitos de hospitais psiquiátricos conveniados ao SUS no ERJ, referenciando aos dispositivos extra-hospitalares as pessoas com sofrimento mental e com necessidade de cuidado de alta complexidade e reparação histórica como consequência, entre outros, do processo de fechamento do Hospital Estadual Teixeira Brandão e a implantação das SRTs no município de Carmo no período 2000-2005.
Análise crítica e impactos da produção
O análise deste trabalho é longitudinal e considera questões relacionadas a processo dialogado com o território. O processo formativo dos alunos foi consequência das parcerias realizadas e desinstitucionalização. Se por um lado entendemos que o resultado é a formação de profissionais de saúde mental mais qualificados, por outro é observada a ausência de uma política transversal que de aporte técnico e visibilidade à complexidade dos processos formativos e com olhar pedagógico assistido.
Considerações finais
A qualificação técnica e experiencia histórica ensina que a construção do SUS é um processo de alianças e diálogos que precisam de organização, implicação técnica e avaliação constante entre a gestão e os atores em formação e suas instituições parceiras da agenda com olhar para os processos de construção entre preceptores, alunos, supervisores e gestores envolvidos.
MATERIAL DIDÁTICO DO CURSO ON-LINE SOBRE ANOMALIAS CRANIOFACIAIS PARA CIRURGIÕES-DENTISTAS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UFC
Período de Realização
Janeiro de 2022 a março de 2023, incluindo atualização do material e validação por especialistas.
Objeto da produção
Material didático para curso on-line sobre anomalias craniofaciais voltado aos cirurgiões-dentistas da Atenção Primária à Saúde (APS).
Objetivos
Descrever o processo de produção do material didático de um curso on-line sobre anomalias craniofaciais, destinado a cirurgiões-dentistas da APS, com foco na aprendizagem ativa, no uso de tecnologias educacionais e na valorização da autonomia e experiência dos profissionais.
Descrição da produção
A produção baseou-se nos modelos andragógico e heutagógico, com uso do desenho ADDIE. Foram levantadas necessidades formativas (por meio de revisão e consulta a profissionais), organizados conteúdos em duas unidades curriculares (com textos, vídeos, imagens e avatares personalizados). Houve revisão técnica e pedagógica com especialistas, sendo o material avaliado como “excelente” ou “adequado” quanto à precisão, estrutura e adequação ao público-alvo, garantindo sua qualidade e aplicabilidade.
Resultados
O material abordou a anatomofisiologia e os cuidados odontológicos das anomalias craniofaciais mais prevalentes. A organização em unidades curriculares e o uso de recursos instrucionais diversos favorecem a aprendizagem significativa, com engajamento e reflexão. A abordagem centrada no aprendiz estimula autonomia e pensamento crítico. O conteúdo contribui para desenvolver competências e valorizar o papel do cirurgião-dentista da APS no cuidado integral.
Análise crítica e impactos da produção
O material qualifica o cuidado dos cirurgiões-dentistas da APS às pessoas com anomalias craniofaciais ao integrar fundamentos andragógicos e heutagógicos, que valorizam a autonomia e a experiência do profissional. Sua produção responde à lacunas formativas e à escassez de materiais na temática direcionados à saúde bucal. Além disso, o uso do desenho ADDIE reforça sua viabilidade técnica e aplicabilidade na rotina do SUS, potencializando a Educação Permanente em Saúde como estratégia formativa.
Considerações finais
O material foi avaliado positivamente por especialistas quanto ao conteúdo e aparência. A sua produção revelou-se inovadora e replicável para outras temáticas da APS. Recomenda-se ampliar sua aplicação para diferentes categorias profissionais da rede e realizar avaliações sobre seu impacto na prática clínica. A abordagem pedagógica centrada no aprendiz mostra-se efetiva para a formação crítica e interdisciplinar em saúde bucal.
CURSO DE QUALIFICAÇÃO DE AUDITORES DO SUS: UMA ESTRATÉGIA EDUCACIONAL PARA O FORTALECIMENTO DA GESTÃO
Pôster Eletrônico
1 ENSP / Fiocruz
2 ENSP/Fiocruz
Período de Realização
Início em 2023, com desenvolvimento dos materiais e ações formativas em curso até 2026
Objeto da produção
Curso desenvolvido com oficinas presenciais e comunidade virtual de práticas para qualificação de auditores sobre o Relatório Anual de Gestão (RAG).
Objetivos
Preencher lacuna formativa sobre o uso e análise do RAG, promovendo atividades educativas específicas para Profissionais do Sistema Nacional de Auditorias do SUS, nas modalidades presencial e virtual, reconhecendo esses atores como relevantes no exercício do controle institucional e social do SUS.
Descrição da produção
Material didático desenvolvido em parceria entre o Departamento Nacional de Auditoria do SUS e ENSP/Fiocruz, com foco na aprendizagem significativa e no fortalecimento institucional. A produção organizada em dois componentes: (1) oficinas regionais para 500 auditores; e (2) comunidade virtual de práticas com 1.500 vagas, apoiada em plataforma digital, conteúdos interativos e mediação pedagógica em ambos os componentes
Resultados
Material pedagógico elaborado por profissionais experientes nas temáticas abordadas nos três módulos: (1) Estado, Saúde e Sociedade; (2) Planejamento em Saúde, Instrumentos e Práticas no SUS; e (3) Análise do RAG e sua importância para a garantia do direito à saúde. Com assessoria pedagógica da Coordenação de Desenvolvimento Educacional e Educação a Distância da (CDEAD/ENSP/Fiocruz) e validação de profissionais da área técnica e acadêmica com experiencia comprovada e produção científica na área.
Análise crítica e impactos da produção
A construção coletiva do projeto evidencia a necessidade de integração das dimensões técnica e política da gestão do SUS. A análise do RAG emerge como ferramenta estratégica de qualificação da gestão em saúde, envolvendo gestores, auditores e conselheiros. A proposta reafirma a importância da educação permanente como prática crítica e transformadora, capaz de requalificar o papel do Estado e fortalecer o SUS como projeto público e democrático.
Considerações finais
Recomenda-se a institucionalização de ações educativas sobre o RAG ancoradas na Política de Educação Permanente em Saúde, com abordagem específica para os sujeitos da auditoria. O material didático destaca o potencial do RAG como eixo articulador entre participação, transparência e responsabilização, sendo fundamental para consolidar práticas de governança pública democrática no campo da saúde.
ATUALIZA APS: PROPOSTA TÉCNICA PARA FORTALECIMENTO DA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande - PB
2 Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Período de Realização
A construção ocorreu no período de Dezembro de 2023 a Fevereiro de 2024.
Objeto da produção
Produção de 05 termos de referência para a condução dos encontros presenciais de atualização dos profissionais da Atenção Primária à Saúde de Campina Grande/PB.
Objetivos
Relatar a elaboração de termos de referência (TRs) destinados a orientar a condução de um curso de atualização para profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS), utilizando metodologias ativas, a partir da identificação de temáticas prioritárias para a APS, nos contextos dos territórios.
Descrição da produção
O levantamento das necessidades formativas ocorreu por escuta ativa de profissionais da APS e coordenadores técnicos. Com 04 profissionais na equipe pedagógica, foram elaborados os TRs com base em metodologias ativas de aprendizagem (MAA) e temas prioritários como vigilância, territorialização, interprofissionalidade e clínica ampliada. Após validação no treinamento prévio de 98 facilitadores, os TRs foram ajustados e integrados ao curso.
Resultados
Foram construídos 05 TRs que serviram como guia para a execução dos encontros presenciais do curso Atualiza APS, os termos apresentavam a intencionalidade dos temas trabalhados e atividades, a programação resumida com o cronograma de horário, a descrição das atividades, os QR Codes com as aulas planejadas, as situações-problema propostas para cada encontro, os instrumentos selecionados de acordo com as atividades e avaliações, as atividades autodirigidas (AAD) e a lista de materiais necessários.
Análise crítica e impactos da produção
Os TRs guiaram quatro ciclos de capacitação envolvendo 1.863 profissionais da APS de Campina Grande. O uso de MAA favoreceu a participação, a reflexão crítica sobre a prática no SUS e a busca por soluções locais. As atividades estimularam a troca de saberes entre equipes e facilitadores, fortalecendo o trabalho interprofissional e qualificando o cuidado nos serviços da atenção primária.
Considerações finais
A construção de termos de referência foi essencial para organizar o curso Atualiza APS, por meio de parceria entre gestão, APS e Instituições de Ensino. A elaboração coletiva garantiu conteúdos alinhados às necessidades dos territórios e aos princípios do SUS, com MAA, estratégias avaliativas e foco na aprendizagem crítica e interprofissional. Essa construção conjunta reafirmou a educação permanente como eixo da qualificação em saúde.
NADA SERÁ COMO ANTES: INVENÇÕES COTIDIANAS PARA O CUIDADO EM LIBERDADE
Pôster Eletrônico
1 ESP MG
2 PBH
3 prefeitura municipal de Ouro Preto
4 prefeitura municipal de congonhas
Período de Realização
segundo semestre de 2022 e ao ano de 2023, publicação em 2024 e 2025
Objeto da produção
Escrita e publicação de um livro com experiências de supervisão clínico-institucional e produção de cuidado em saúde mental em liberdade em MG
Objetivos
identificar experiências de produção de cuidado em saúde mental em liberdade e de supervisão clínico-institucional nos diversos municípios e serviços da rede de atenção psicossocial
registrar e divulgar experiências de cuidado e supervisão clínico-institucional na perspectiva da atenção psicossocial
Descrição da produção
Montou-se uma comissão com 4 trabalhadoras da escola de saúde pública do estado de MG e 2 trabalhadoras de serviços das RAPS de MG.
Construiu-se um edital de recebimento dos textos com orientações e formulário de inscrição. A comissão se dividiu em duplas para leitura e análise do material recebido. Se a dupla ficasse em dúvida na análise do texto, uma terceira membra entrava para leitura e análise do material. Alguns textos passaram por ajustes e reescritas antes de serem aceitos
Resultados
Durante o processo de organização do livro, recebemos 58 textos, dos quais 39 compõem a coletânea. Tais escritas reúnem 57 autoras/es entre trabalhadoras, gestoras, pesquisadoras, usuárias com as mais distintas inserções no Estado, que abordam saberes-fazeres em distintos territórios – sejam eles geográficos, existenciais, territórios de distintos serviços de saúde –, dizendo de experiências de cuidado em liberdade e supervisão clínico-institucional desenvolvidas em mais de 20 municípios.
Análise crítica e impactos da produção
Os textos trazem denúncias, problematizações, invenções, anúncios, lutas e sustentação do cuidado em saúde mental no paradigma da atenção psicossocial. Experiências que disputam a história da reforma psiquiátrica brasileira em território mineiro e anunciam limites, obstáculos e possibilidades desse processo. Os capítulos nos lembram do esperançar freireano: uma esperança ativa, movente, que crê no povo — nós, inclusos — que, apesar das adversidades e obstáculos, insiste, resiste e (re)existe
Considerações finais
O projeto de registrar em livro as experiências de supervisão clínico-institucional e de cuidado em saúde mental em liberdade em MG desenvolvidas por trabalhadoras, gestoras, pesquisadoras e usuárias de diferentes serviços e municípios mineiros permitiu uma frutífera aproximação com as potencialidades e obstáculos experimentados nos diversos territórios alimentando a utopia e compromisso com a RPB e a relevância de documentar tais processos.
PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS NOS PROCESSOS OPERACIONAIS DE UMA COZINHA ESCOLAR MUNICIPAL
Pôster Eletrônico
1 Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo
2 Universidade Estadual de Campinas- UNICAMP
Período de Realização
O manual operacional é resultado de projeto de extensão de um ano e, será diagramado para divulgação
Objeto da produção
O manual operacional é resultado de projeto de extensão de um ano e, será diagramado para divulgação
Objetivos
Desenvolver processos e fluxos operacionais para a cozinha de uma escola municipal de ensino fundamental, a fim de otimizar o trabalho realizado pelas cozinheiras, para promover a implementação dos princípios do Programa Nacional de Alimentação Escolar do PNAE, voltados à educação alimentar e nutricional.
Descrição da produção
O manual será elaborado a partir das atividades do projeto de extensão realizado em uma escola municipal da cidade de Campinas, com a equipe de merendeiras da Unidade de Alimentação e Nutrição. A metodologia adotada no projeto valoriza os saberes e a experiência das trabalhadoras da cozinha escolar, em diálogo com os saberes técnicos e gastronômicos que otimizem a operação da cozinha no cotidiano. A metodologia participativa, inspirada na pesquisa-ação, resultará em produto de tecnologia social.
Resultados
Ao final do projeto de extensão, é esperado a elaboração e implementação de fluxos operacionais adaptados à realidade da escola, capacitação das cozinheiras escolares, valorização e fortalecimento do papel das cozinheiras como agentes de promoção da saúde. Produtos técnicos extensionistas serão elaborados como relatórios técnicos com diagnósticos e propostas; e manual operacional.
Análise crítica e impactos da produção
Serão realizadas análises sistemáticas dos processos de trabalho nas cozinhas escolares, com base no cardápio planejado do PNAE e no uso de ferramentas de gestão de Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN), como fluxogramas e observação direta das rotinas operacionais. A observação da infraestrutura física e do cotidiano do trabalho das cozinheiras/merendeiras pode revelar oportunidades de reaproveitamento de alimentos, redução de desperdícios e organização mais eficiente dos espaços do tempo
Considerações finais
O manual pode promover a sistematização de boas práticas e o fortalecimento do protagonismo das trabalhadoras da alimentação escolar, além de contribuir para uma melhor execução do PNAE. Espera-se que o material seja uma tecnologia social de fácil aplicação, com potencial de replicação em outras escolas da rede pública, colaborando para a melhoria da qualidade da alimentação oferecida e para a promoção da saúde coletiva no ambiente escolar.
CURSO AUTOINSTRUCIONAL SOBRE VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL PARA PROFISSIONAIS E GESTORES DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UFS
2 UERJ
3 UFBA
Período de Realização
Produção realizada entre 2021 e 2023.
Objeto da produção
Curso autoinstrucional a distância sobre Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN).
Objetivos
Qualificar profissionais e gestores de alimentação e nutrição da Atenção Primária à Saúde (APS) para a implementação da Vigilância Alimentar e Nutricional nos seus territórios.
Descrição da produção
O curso foi desenvolvido após um processo participativo de consulta sobre o seu formato e pertinência a, aproximadamente, 1.300 atores, especialistas em VAN, profissionais e gestores da APS. A elaboração da formação foi pautada nos pressupostos de Falkembach (2005) para materiais didáticos digitais, com as etapas: planejamento, modelagem, implementação, avaliação e manutenção, e distribuição. O curso teve seu conteúdo e aparência validados por juízes especialistas.
Resultados
O curso foi desenvolvido na modalidade autoinstrucional em nível de aperfeiçoamento, com carga horária total de 180 horas. Foi estruturado em cinco módulos (36h) com exercícios, conteúdos em slides, vídeos, livros e materiais complementares, como fichas de apoio à implementação da VAN. Os módulos do curso, embora independentes, têm níveis de complexidade crescente, que vão desde as informações elementares e até os desafios de implementar a VAN no território, trazidas nas consultas públicas.
Análise crítica e impactos da produção
Este curso contempla uma potencialidade importante para a VAN, pois o referencial teórico e os atores-chave, guias na elaboração deste produto, indicaram a necessidade e a importância da qualificação profissional para a implementação dessa ação e uma rotina de trabalho, dos profissionais e gestores, marcada pela sobrecarga de funções. Assim, disponibilizar uma formação flexível, modular, autoinstrucional e com certificação pode contribuir numa maior adesão desse público na realização do curso.
Considerações finais
Qualificar o cuidado alimentar e nutricional é essencial para efetivar a implementação da VAN e fortalecer a Política Nacional de Alimentação e Nutrição no Sistema Único de Saúde. Elaborado a partir de uma escuta ampliada, o curso teve como diferencial abordar conhecimentos e necessidades de profissionais e gestores do SUS em diferentes níveis de atuação.
EPIDEMIA DE CARTAS: O JOGO DA DENGUE
Pôster Eletrônico
1 UnB
Período de Realização
A produção teve início em março de 2025 e finalizou-se em maio de 2025.
Objeto da produção
O uso de jogos de cartas como material didático na promoção da saúde e na conscientização sobre a dengue e seu vetor Aedes aegypti.
Objetivos
Promover a conscientização sobre a dengue de forma lúdica e participativa e identificar, por meio de questionário avaliativo, o conhecimento da população sobre a dengue, utilizando essas lacunas para aprimorar o jogo, tornando-o mais didático, dinâmico e divertido.
Descrição da produção
O jogo foi elaborado com base em estudos sobre a dengue e desenvolvido com 110 cartas ilustradas, divididas nas categorias: Mosquitos, sintomas, auxílio, clima e criadouros. O jogo consiste na compra de cartas, sendo que aquelas com mosquitos representam penalidades. O objetivo é não acumular cartas de mosquitos, ao mesmo tempo em que induz os demais jogadores a realizarem compras, aumentando a chance de derrota. O material foi avaliado por 20 participantes, distribuídos em distintos grupos.
Resultados
Após a conclusão da atividade, procedeu-se à aplicação de um questionário de avaliação junto aos participantes. Os resultados obtidos evidenciaram que a maior parte dos jogadores adquiriu conhecimento acerca dos principais sintomas da dengue e da relevância de identificar e eliminar focos de água parada. Além desses pontos, os participantes também demonstraram ter adquirido conhecimentos sobre outros aspectos relacionados à prevenção da doença, evidenciando o potencial educativo da atividade. .
Análise crítica e impactos da produção
O jogo mostrou ser uma ferramenta de ensino eficaz, adaptando conhecimentos científicos a uma linguagem acessível. Seu uso em contexto escolar melhorou a troca entre universidade e comunidade, fortalecendo práticas educativas interativas na extensão. Apesar disso, ainda se têm a necessidade de validação do jogo em diferentes públicos e contextos. O impacto imediato foi a conscientização dos jovens participantes sobre os aspectos da dengue, gerando efeito positivo na promoção da saúde.
Considerações finais
É possível concluir que atividades lúdicas como essa têm grande potencial educativo ao abordar temas de saúde pública de forma acessível e envolvente. O jogo estimula a reflexão sobre justiça climática ao mostrar como mudanças ambientais aumentam a presença do Aedes aegypti, afetando mais ainda os vulneráveis. Também combate a desinformação, reforçando a importância de informações claras de maneira mais dinâmica e divertida.
DESAFIOS DA IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS: FERRAMENTAS MOTIVADORAS PARA ATIVAR COLETIVOS DE GESTÃO
Pôster Eletrônico
1 Faculdade de Saúde Pública-USP e CEPEDOC Cidades Saudáveis
2 Universidade Federal de São Paulo e CEPEDOC Cidades Saudáveis
3 Secretaria Municipal de Guarulhos, CEPEDOC Cidades Saudáveis
4 Universidade de São Paulo e CEPEDOC Cidades Saudáveis
5 CEPEDOC Cidades Saudáveis
6 Universidade Estadual de Campinas, CEPEDOC Cidades Saudáveis
7 Instituto Nacional de Câncer , CEPEDOC Cidades Saudáveis
8 Secretaria Municipal de São Paulo , CEPEDOC Cidades Saudáveis
Período de Realização
Janeiro de 2022 a janeiro de 2025
Objeto da produção
Ferramentas pedagógicas para ativar coletivos de gestão na implementação da Política Nacional de Promoção da Saúde - PNPS
Objetivos
Fortalecer a Política Nacional de Promoção da Saúde e ampliar a capacidade de sujeitos e coletividades por meio da produção de materiais didáticos (e-book) que estimulam e aprofundam o saber-fazer na implementação de práticas promotoras da saúde.
Descrição da produção
A produção de três obras técnicas foi realizada ao longo de três anos. Duas responderam ao Edital do Ministério da Saúde e OPAS alusivo aos 15 anos da PNPS e a terceira a pedido do DEPPROS/MS. Privilegiam o coletivo, a interdisciplinaridade e o diálogo. A linguagem acessível, ilustrações, exercícios e exemplos de experiências facilitam a leitura e permitem analisar diferentes realidades. Validações em fóruns com profissionais e Consultas Públicas garantiram participação em todas as etapas.
Resultados
As três produções: (1) Promoção da Saúde e os ODS; (2) Monitoramento e Avaliação em Promoção da Saúde e (3) Promoção da Saúde em Ação: guia para implementar a intersetorialidade vêm sendo disponibilizadas em sites e disseminadas em fóruns e cursos voltados aos profissionais de saúde e estudantes. As avaliações preliminares indicam que as produções têm grande potencial para apoiar os municípios e capilarizar energias, pessoas e instituições na implementação de políticas de promoção da saúde.
Análise crítica e impactos da produção
Vem aumentando o número de políticas públicas baseadas em evidências cientificas. Todavia, isso não garante que elas serão implementadas no cotidiano dos serviços. Após reuniões de consultas com gestores públicos presidida pela pergunta disparadora “o que motivaria gestores a utilizarem material para ativar a implementação de políticas públicas” escutamos que “devem ser sexies”. As três obras técnicas foram produzidas sob essa égide, entendendo “sexy” como atraentes e motivadoras.
Considerações finais
É necessário desenvolver ferramentas que ativem coletivos de gestão a “colocarem a mão na massa” na implementação de políticas públicas. Essas ferramentas além de serem atraentes e motivadoras, precisam ser acompanhadas de processos de indução para seu uso.
“CAMINHOS DA CIDADANIA”: JOGO DIGITAL COMO ESTRATÉGIA PARA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ADOLESCÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 Universidade de Santa Cruz do Sul
2 Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Período de Realização
Desenvolvimento e validação entre janeiro e dezembro de 2024, testes aplicados em escolas públicas no RS.
Objeto da produção
Jogo digital “Caminhos da Cidadania”, inspirado no tabuleiro “Caminhos do SUS”, voltado à educação em saúde e cidadania juvenil.
Objetivos
Apresentar o processo de digitalização da versão analógica do jogo “Caminhos do SUS”, descrevendo os pontos de adaptação e testagem para construção do jogo “Caminhos da Cidadania”. A digitalização visou a nacionalização do conteúdo e à expansão do acesso gratuito à ferramenta em escolas do Brasil.
Descrição da produção
Para a versão digital “Caminhos da Cidadania” foram analisados dados do setor de jogos digitais, buscando referências em jogos digitalizados como “Monopoly” e “Detetive”. Essas observações levaram ao aprimoramento dos elementos de design, interatividade e jogabilidade. O piloto foi testado com estudantes (26) de duas escolas municipais, na sequência foi aplicado um questionário de avaliação e realizado um diário das impressões. Os resultados foram sistematizados e analisados descritivamente.
Resultados
O volume de texto das missões foi a principal crítica, resolvida pela redução do texto e acrescido de um item “ resumo”. Sugestões apontaram para maior personalização dos personagens, resolvida com mais formas e cores de avatar. Ainda, foi criado um “Super Dado” para manter o engajamento do grupo até o último participante finalizar. A versão de teste se apresentou lúdica, com boa aceitação e adequação ao público alvo, adolescentes escolares. A versão final está disponível gratuitamente online.
Análise crítica e impactos da produção
O produto fortalece práticas educativas lúdicas e inovadoras nas escolas. A digitalização do jogo permitirá superar barreiras logísticas e ampliar o acesso ao conteúdo educativo, antes limitada pela necessidade do jogo físico. A aplicação poderá ser realizada em qualquer ambiente que possua computador e internet. A adesão dos estudantes e o engajamento coletivo durante as partidas de teste indicam impactos positivos na formação social e na compreensão dos dispositivos públicos de cuidado.
Considerações finais
O “Caminhos da Cidadania” manteve as mecânicas da versão analógica, com melhorias nos textos e a criação de novos elementos interativos que ampliaram a atratividade. A digitalização seguiu o processo participativo, adequando-se às demandas dos adolescentes. O projeto segue em expansão, buscando democratizar o acesso ao conhecimento, se reafirmando no compromisso com a educação, a inclusão e a transformação social no campo da saúde coletiva.
INTERPROFISSIONALIDADE NA EDUCAÇÃO SUPERIOR: CONSTRUINDO PRÁTICAS COLABORATIVAS PARA A FORMAÇÃO DOCENTE NOS CURSOS DE SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UNIFIS
2 Western University
3 FPS
Período de Realização
Março de 2023 a junho de 2023
Objeto da produção
Desenvolvimento de material didático com foco em competências interprofissionais por meio de workshop formativo.
Objetivos
Capacitar docentes para incorporar competências colaborativas interprofissionais em seus componentes curriculares, promovendo práticas educativas integradas e voltadas à integralidade do cuidado em saúde no contexto do SUS.
Descrição da produção
O produto consistiu na elaboração e realização de um workshop com 6h de duração, utilizando metodologias ativas como ABP, gamificação e ferramentas digitais (Kahoot, nuvens de palavras). O conteúdo abordou fundamentos teóricos da EIP, competências colaborativas e estratégias pedagógicas. O público-alvo foram docentes de cursos da saúde. Foram utilizados recursos como a Roda das Competências e a Ferramenta IPE Clinical Teaching, adaptadas para o contexto institucional.
Resultados
O workshop promoveu reflexão crítica sobre o papel docente e favoreceu a compreensão e valorização das práticas colaborativas. Os participantes elaboraram planos de ação aplicáveis às suas disciplinas, evidenciando compreensão ampliada da EIP e maior disposição para introduzir práticas interprofissionais em seus contextos educacionais.
Análise crítica e impactos da produção
A proposta inovadora mostrou-se eficaz na sensibilização dos docentes quanto à urgência da formação interprofissional em saúde. A aplicabilidade do material permite replicação em diferentes contextos de ensino. O produto dialoga com políticas educacionais contemporâneas e contribui para a transformação do modelo de ensino fragmentado ainda presente nos cursos da saúde.
Considerações finais
A produção reafirma a importância da interprofissionalidade na formação em saúde, propondo práticas educativas que favoreçam a integralidade do cuidado. O envolvimento docente e a construção coletiva de estratégias demonstram o potencial do produto como instrumento formativo para qualificação da educação superior em saúde, para que possamos formar profissionais para o SUS.
TRILHA DE APRENDIZAGEM PARA TÉCNICOS E AUXILIARES DE SAÚDE BUCAL: VALORIZAÇÃO, EDUCAÇÃO E INOVAÇÃO NO CUIDADO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 Escola de Saúde Pública de Fortaleza
Período de Realização
Abril a maio de 2025
Objeto da produção
Elaboração de matriz pedagógica para processo formativo de Técnicos e Auxiliares de Saúde Bucal da Atenção Primária à Saúde do município de Fortaleza
Objetivos
Desenvolver competências técnicas e relacionais dos Técnicos e Auxiliares de Saúde Bucal, valorizando suas funções no cuidado em saúde bucal. Promover atualização desses profissionais em temáticas clínicas, educativas e de gestão do processo de trabalho, contribuindo para um cuidado mais humanizado.
Descrição da produção
A matriz da trilha de aprendizagem foi construída de forma participativa por meio de oficinas realizadas nos meses de abril e maio de 2025, com a presença de representantes da ESP-FOR, Secretaria Municipal da Saúde, Sindicato da categoria e profissionais da Estratégia Saúde da Família. Utilizou-se a abordagem do currículo baseado por competências, com base em metodologias ativas, aprendizagem significativa, através de estudo de caso, simulações e uso de experiências concretas do território
Resultados
A proposta resultou em uma matriz formativa robusta, alinhada às reais necessidades dos profissionais técnicos das UAPS de Fortaleza. A escuta qualificada realizada nas oficinas permitiu incorporar temas como saúde mental, comunicação interprofissional, acolhimento e o uso de tecnologias no cuidado. A articulação interinstitucional consolidou um espaço de diálogo entre gestores, trabalhadores e entidades de classe, fortalecendo o compromisso com a qualificação permanente.
Análise crítica e impactos da produção
A experiência revelou o potencial das trilhas de aprendizagem como estratégia pedagógica eficaz para a valorização e fortalecimento da força do trabalho. A construção coletiva ampliou o sentido de pertencimento dos profissionais e favoreceu a formulação de conteúdos alinhados com a prática cotidiana. O processo reafirma a importância de ouvir os sujeitos da formação e respeitar suas vivências práticas. Espera-se um impacto positivo na atenção em saúde bucal na Atenção Primária.
Considerações finais
A Trilha de Aprendizagem da Equipe de Saúde Bucal representa um avanço significativo na política de Educação Permanente no município de Fortaleza. O processo formativo colaborativo e baseado em competências contribui a valorização dos profissionais técnicos como atores centrais no cuidado em saúde bucal. A proposta está em sintonia com os princípios do SUS e da APS, promovendo inovação, humanização e integração das práticas de cuidado.
PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NA PÓS-GRADUAÇÃO: O ESTÁGIO À DOCÊNCIA COMO FERRAMENTA FORMATIVA EM UM CURSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL.
Pôster Eletrônico
1 UFC
2 UVA
3 ESPFOR/SMS
Período de Realização
Mês de setembro de 2024 e a produção técnica aconteceu no mês de janeiro do ano de 2025.
Objeto da produção
Aplicação de um curso de formação profissional destinado à jovens de 15 a 29 anos classificados na categoria nem-nem como atendente em farmácia.
Objetivos
Refletir sobre a formação docente no Estágio à Docência em um Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas (PPGCF) a partir de uma experiência do discente como protagonista no processo de ensino-aprendizagem diante a elaboração de um curso de extensão para atendente em farmácia.
Descrição da produção
A experiência foi vivida por oito discentes e um docente do PPGCF convidados pela Escola de Saúde Pública de Fortaleza para elaboração de um curso de extensão em qualificação de atendente de farmácia que favoreceria jovens de 15 a 29 anos. Os discentes assumiram a docência do curso, elaborando planos de ensino, ementa, programação e atividades didáticas. O curso aconteceu com duração de 100 horas/aula (80h/a teoria e 20h/a estágio), constituiu-se por oito módulos distribuídos aos discentes.
Resultados
Em todos os módulos lecionados foram realizadas avaliações através de formulários específicos sobre autoavaliação, avaliação, frequências e testes formativos no final do curso. Logo, ao fim do curso foi realizada uma avaliação final em que se constatou um nível de satisfação elevado por parte dos alunos que participaram do curso quanto à participação discente do PPGCF, pois reconheceram uma aproximação com a área de conhecimento e a utilização de linguagem favorecida por parte dos discentes.
Análise crítica e impactos da produção
A reflexão mostrou aspectos das experiências reunindo elementos conceituais respaldados teoricamente. Desse modo, a vivência dos discentes possibilitou crescimento profissional, uma vez que se depararam com situações reais do dia a dia de um serviço farmacêutico que necessite fortalecer uma equipe por meio de uma formação adequada e ensino, proporcionado um aprendizado além da sala de aula, uma experiência que vai além dos livros para enfrentar a sala de aula fora da graduação.
Considerações finais
A prática da docência pelos discentes do PPGCF serviu como base para o planejamento de futuras turmas de extensão da ESPFOR de qualificação de atendente de farmácia, que serão ministrados pelos discentes do programa que cursarão a disciplina de Estágio à Docência no semestre letivo. A experiência serviu também como uma rica vivência em ensino e aprendizagem, como também o incentivo à promoção à saúde com foco no uso racional de medicamentos.
INSTRUMENTO AVALIATIVO E GUIA DE BORDO PARA SUPERVISORES TÉCNICOS DE PRECEPTORIA NOS PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA DO SUS
Pôster Eletrônico
1 Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz
Período de Realização
Janeiro a Maio de 2025.
Objeto da produção
Elaboração de um guia de bordo e instrumento avaliativo para supervisores técnicos em programas de residência no SUS
Objetivos
Fortalecer o papel pedagógico e institucional dos supervisores técnicos de preceptoria por meio da padronização de atribuições, critérios de avaliação e ações de apoio à prática formativa, para qualificar o trabalho dos programas de residência no SUS.
Descrição da produção
A produção técnica foi construída a partir de uma análise da prática supervisionada em campo e das diretrizes institucionais dos programas de residência. Foram realizados encontros com supervisores e coordenação pedagógica para identificar lacunas e potencialidades. A partir disso, elaboraram-se dois produtos: um Guia de Bordo contendo orientações sobre o papel do supervisor técnico e um Instrumento Avaliativo baseado em critérios CHA, validado por meio de um piloto com os supervisores.
Resultados
Os dois produtos produzidos foram implementados nas unidades com residência, garantindo maior objetividade e sistematização das atribuições dos supervisores. O guia de bordo é um documento orientador para a atuação formativa e o acompanhamento dos preceptores e residentes. O instrumento avaliativo permitiu avaliações mais objetivas e formativas dos supervisores, promovendo o desenvolvimento contínuo e contribuindo para a institucionalização da função no município.
Análise crítica e impactos da produção
A sistematização da supervisão técnica trouxe maior alinhamento entre as ações desenvolvidas nas unidades e os objetivos pedagógicos dos programas. O uso do instrumento fortaleceu o processo de monitoramento e desenvolvimento dos supervisores, qualificando o apoio aos preceptores e residentes. Os produtos também auxiliaram na identificação de necessidades formativas locais e promoveram integração entre ensino e serviço, com impacto direto na qualidade da atenção e na formação dos profissionais.
Considerações finais
A produção contribui para o fortalecimento da educação em serviço ao estabelecer referências concretas e compartilhadas sobre o papel do supervisor técnico. Sua adoção ampliou a capacidade de planejamento, acompanhamento e avaliação nos cenários de prática dos programas de residência, sendo potencialmente replicável em outros municípios que atuam com formação em serviço.
A QUALIFICAÇÃO DAS AÇÕES INTEGRADAS DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE NO ÂMBITO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA POR MEIO DA EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL
Pôster Eletrônico
1 ESP/PB
2 UFRN
Período de Realização
O produto técnico/material didático foi elaborado entre Junho de 2022 a agosto de 2023.
Objeto da produção
A estratégia de qualificação com temas centrais da EIP, como ferramenta de educação permanente para fortalecer a inserção/integração da VS com APS.
Objetivos
Apresentar a estratégia de qualificação profissional e seus materiais didáticos elaborados a partir da realidade do processo de trabalho da vigilância em saúde na APS, com a incorporação dos referenciais teórico-conceituais e metodológicos da EIP.
Descrição da produção
A estratégia é resultante de um estudo qualitativo e exploratório, orientado pelo parecer CEP nº5.819.236, e desenvolvido na APS de Cajazeiras-PB, município polo da 9ªGRS, após a execução de entrevistas semi-estruturadas com trabalhadores da VS e da APS, por meio da análise do trabalho da VS e identificação de barreiras e facilitadores da EIP, e dos interesses de aprendizagem. A iniciativa, que contempla matérias didáticos, foi validada pelos pesquisadores responsáveis durante o estudo.
Resultados
Estratégia de qualificação direcionada a VS a partir dos referenciais teórico-conceituais e metodológicos da EIP, com carga horária de 180 horas, estruturada em dez oficinas de trabalho, com elementos centrais do desenvolvimento de competências interprofissionais comunicacionais, com foco no trabalho da VS. No seu percurso metodológico e didático foram descritos os temas/tópicos, as competências esperadas, objetivos de aprendizagem, metodologia, teoria de aprendizagem, avaliação, e duração.
Análise crítica e impactos da produção
A experiência é inédita, têm a intencionalidade de qualificar trabalhadores da VS e APS. Nas vivências educacionais, espera-se que os atores sejam capazes de compreender o trabalho da VS, identificar pontos fortes e fragilidades, e reconhecer a importância da colaboração e das relações de interdependência para superar desafios por meio da integração. Ademais, poderá ser desenvolvida em comunidades de aprendizagem, por meio da ABP, e elaboração e aplicação de projetos aplicativos nos territórios.
Considerações finais
O produto técnico apresenta-se como modelo de qualificação no formato de EPS inovador. Neste sentido, apresenta-se como abordagem útil e adequada no cenário da VS, e que poderá ser incorporada no trabalho, e adotada como estratégia pelo SNVS do MS, tendo em vista que, a comunicação interprofissional promove espaços de atuação compartilhada, com interdependência e corresponsabilização das práticas, resultando em tomada de decisões em conjunto.
O ENSINO DA SEGURANÇA DO PACIENTE: CONTRIBUIÇÕES PARA A QUALIFICAÇÃO DA PRECEPTORIA EM ÁREA PROFISSIONAL DA SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 HMV
2 SGTES/MS
Período de Realização
Outubro de 2024 a dezembro de 2025.
Objeto da produção
Objeto de Aprendizagem voltado à qualificação da preceptoria no ensino e na avaliação da segurança do paciente.
Objetivos
Qualificar preceptores das residências em área profissional da saúde para ensinar e avaliar a segurança do paciente, além de promover a cultura de segurança e o pensamento sistêmico no cuidado à saúde, por meio de um curso de especialização em preceptoria.
Descrição da produção
Desenvolvido pela equipe do Hospital Moinhos de Vento através de um projeto de formação de preceptores do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS), o material aborda o ensino de metodologias ativas como Problem Based Learning (PBL), simulação, sala de aula invertida e estudos de caso. Utiliza histórias ilustradas, vídeos, infográficos e podcasts para contextualizar o ensino e a avaliação da segurança do paciente no cotidiano da preceptoria multiprofissional.
Resultados
O material apresenta fundamentos conceituais e recursos práticos para apoiar o ensino e a avaliação da segurança do paciente, promovendo o pensamento crítico e a consolidação de uma cultura de segurança nos serviços de saúde. Favorece a preparação de preceptores para uma atuação ética, segura e sensível às complexidades e desafios do cuidado em saúde.
Análise crítica e impactos da produção
A produção qualifica o ensino da segurança do paciente de forma inovadora, acessível e sensível ao cotidiano dos serviços de saúde. Promove a mudança de cultura, valoriza o erro como oportunidade de aprendizado e posiciona o preceptor como agente de transformação na formação em saúde.
Considerações finais
A produção fortalece a preceptoria como espaço estratégico para formar profissionais comprometidos com a qualidade e a segurança do cuidado, contribuindo para um sistema de saúde mais seguro, colaborativo e centrado no paciente.
QUALIFICAÇÃO EM APOIO INSTITUCIONAL PARA DESENVOLVIMENTO DA GESTÃO E ATENÇÃO EM SAÚDE: RELATO DE PRODUÇÃO TÉCNICA
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal do Ceara
2 Escola de Saude Publica
3 Universidade Estadual do Ceara
4 Secretaria Municipal de Saude de Aquiraz
5 Conselho das Secretarias Municipais de Saude do Ceara
Período de Realização
Foi realizado no dia 07/02/2025 uma apresentação da matriz dos processos formativos.
Objeto da produção
Proposta de processos formativos para a Secretaria Executiva de Atenção Primária e Políticas de Saúde (SEAPS), qualificação em apoio institucional.
Objetivos
Apresentar a experiência sistematizada pela Coordenadoria de Políticas de Educação, Trabalho e Pesquisa em Saúde (COEPS), a partir do diálogo e de oficinas realizadas, sob a perspectiva de construção coletiva, com as coordenadorias que compõem a SEAPS
Descrição da produção
Foram apresentadas 56 propostas, cujas ações permitiram identificar temas formativos agrupados em quatro áreas: (a) Atenção Primária e Saúde da Família; (b) Gestão em Saúde; (c) Promoção e Assistência à Saúde; e (d) Pesquisa em Saúde. As duas primeiras concentraram 28 e 23 temas, respectivamente. As estratégias educacionais incluíram cursos, oficinas, lives e encontros, voltadas a profissionais das equipes de saúde, gestores e apoiadores da educação permanente.
Resultados
A SEAPS elaborou, de forma coletiva, uma proposta integradora e inovadora para 2025, visando otimizar recursos, reduzir custos e o tempo de dedicação dos profissionais nos processos formativos. A estratégia busca mitigar a evasão, qualificar a prática assistencial com impacto mensurável e oferecer certificação. A proposta formativa organiza-se em três eixos: Atenção Primária, aperfeiçoamentos em Gestão, Educação e Pesquisa, e ações de Comunicação e Articulação.
Análise crítica e impactos da produção
A experiência evidenciou que o ambiente de trabalho, integrado às estratégias de ensino-aprendizagem, é espaço fértil para a reflexão prática e aquisição de saberes. O uso de metodologias ativas durante o curso promoveu pensamento crítico, valorizou a troca de conhecimentos e contribuiu para o desenvolvimento de habilidades, impactando positivamente a atuação dos apoiadores institucionais nos seus territórios.
Considerações finais
A experiência sistematizada pela COEPS, realizada por meio de diálogos e oficinas com as coordenadorias da SEAPS, fortalece a Educação Permanente em Saúde, promovendo reflexão, troca e construção coletiva de saberes. Tais processos contribuem para transformar práticas no SUS. A formação em saúde é uma responsabilidade ética e política, em que a gestão do trabalho e da educação atua como eixo estruturante do cuidado e da produção de conhecimento.
O ENSINO DA INTERDISCIPLINARIDADE E DO TRABALHO EM EQUIPE NO CONTEXTO DA PRECEPTORIA EM ÁREA PROFISSIONAL DA SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 HMV
2 SGTES/MS
Período de Realização
Outubro de 2024 a dezembro de 2025
Objeto da produção
Objeto de Aprendizagem produzido para qualificar preceptores em métodos de ensino e avaliação, com foco na interdisciplinaridade e trabalho em equipe.
Objetivos
Qualificar preceptores para o ensino e avaliação da interdisciplinaridade e da prática interprofissional colaborativa, promovendo o desenvolvimento de competências para o trabalho em equipe e o cuidado integral em saúde, por meio de uma especialização tutorada em educação a distância.
Descrição da produção
O material foi produzido por equipe multiprofissional vinculada ao PROADI-SUS do Hospital Moinhos de Vento, em parceria com o Ministério da Saúde, com base em diretrizes educacionais, revisão de literatura e experiências práticas do conteudista. Utiliza personagens fictícios, histórias ilustradas, mapas mentais, infográficos, vídeos e atividades de aplicação dos conteúdos estudados para promover a reflexão crítica e a aprendizagem significativa de preceptores nas residências em saúde.
Resultados
O material elaborado promoveu a compreensão dos conceitos de trabalho em equipe, interdisciplinaridade e interprofissionalidade, além de apresentar competências esperadas de preceptores e residentes. Foram disponibilizadas metodologias ativas e ferramentas de ensino e avaliação, como Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), simulação e Atividades Profissionais Confiáveis (EPA), qualificando o processo educativo e fortalecendo a atuação colaborativa nos serviços de saúde.
Análise crítica e impactos da produção
A produção contribui de forma relevante para a formação de preceptores no SUS ao integrar teoria e prática de modo contextualizado e centrado na realidade do cuidado. Ao fomentar a prática interprofissional colaborativa, estimula a integralidade da atenção, a segurança do paciente e a educação permanente. Seu uso pode promover mudanças efetivas na formação e no trabalho das equipes multiprofissionais.
Considerações finais
O material reafirma a importância do papel do preceptor como facilitador de práticas colaborativas em saúde, propondo recursos que integram teoria, prática e avaliação formativa. Ao promover o desenvolvimento de competências interprofissionais, contribui para qualificar o cuidado no SUS e formar profissionais críticos, comprometidos com a integralidade e a equidade na atenção à saúde.
CADERNO DE ATIVIDADES PARA O PROFESSOR: JORNADA SUSTENCHEF NAS ESCOLAS.
Pôster Eletrônico
1 UnB
Período de Realização
Maio a dezembro de 2024, como parte da Jornada SustenChef em uma escola pública do DF.
Objeto da produção
Material didático para o professor: Proposta de atividades em alimentação e sustentabilidade com estudantes- Jornada SustenChef.
Objetivos
Apoiar docentes com recurso didático para trabalhar Educação Alimentar e Nutricional de forma interativa e reflexiva no ensino básico. Estimular a reflexão sobre escolhas alimentares e sustentabilidade, conforme a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o Guia Alimentar para a População Brasileira.
Descrição da produção
Para a elaboração do material, foi realizado um levantamento dos objetivos das competências da BNCC relacionados ao propósito do projeto de extensão SustenChef. Após essa etapa, foram escolhidos assuntos alinhados com os princípios da EAN, a aplicabilidade no cotidiano dos estudantes e o potencial para estimular o protagonismo juvenil. Após, foi elaborada uma fundamentação teórica breve para cada um deles, apresentada de forma clara e objetiva, respeitando o nível de compreensão dos professores.
Resultados
O material apresenta uma estrutura didática organizada para facilitar sua aplicação em ambiente escolar e promover o engajamento dos estudantes. Ele é composto por capa, sumário, apresentação, uma explicação sobre a estrutura do material com orientações para o seu uso, introdução e quatro temas centrais. Cada um desses temas é introduzido com uma explicação breve sobre o assunto, seguida por uma proposta de atividade prática para fixar o conteúdo e estimular o pensamento crítico dos estudantes.
Análise crítica e impactos da produção
O material didático integra educação alimentar, saúde mental e sustentabilidade no contexto escolar. Sendo alinhado à BNCC e ao Guia Alimentar, propõe práticas críticas e lúdicas sobre hábitos alimentares, cultura alimentar e ambientes alimentares. Ademais, apresenta potencial de uso como ferramenta no Programa Saúde na Escola, fortalecendo ações intersetoriais. Assim, o material promove pensamento crítico, protagonismo estudantil e transformação do ambiente escolar e dos hábitos alimentares.
Considerações finais
O material se destaca por articular os conteúdos curriculares às temáticas da alimentação, nutrição e sustentabilidade, promovendo a EAN de forma lúdica, crítica e contextualizada. Ademais, sua estrutura favorece a reflexão sobre práticas alimentares através do protagonismo estudantil, contribuindo para a formação de sujeitos conscientes e qualificando o ambiente escolar como espaço de promoção da saúde.
TELECONSULTORIAS E PARECERES CLÍNICOS PARA APOIO AOS FARMACÊUTICOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Medicamentos e Assistência Farmacêutica, Faculdade de Farmácia, UFMG
2 Graduando em Farmácia pela UFMG
3 Graduanda em Farmácia pela UFMG
4 Professora da Faculdade de Farmácia, UFMG
Período de Realização
As teleconsultorias estão sendo ofertadas desde outubro de 2024 até o presente momento (junho/2025).
Objeto da produção
Pareceres técnicos elaborados a partir de um projeto de extensão que oferta teleconsultorias a farmacêuticos do Sistema Único de Saúde.
Objetivos
Compartilhar os pareceres elaborados durante o projeto de extensão, os quais oferecem suporte clínico e pedagógico, na modalidade de teleconsultoria, a farmacêuticos que atuam na assistência a usuários no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Descrição da produção
Encontros virtuais foram agendados com os profissionais, que compartilham um caso clínico a ser assessorado pelo projeto. A partir da teleconsultoria inicial, a equipe elabora os pareceres técnico-pedagógicos que auxiliam o farmacêutico na avaliação clínica e intervenções farmacoterapêuticas do paciente, considerando sua complexidade clínica e social, além de protocolos e diretrizes. Encontros posteriores foram agendados para acompanhamento do caso e a prática do profissional.
Resultados
Até o presente momento, nove farmacêuticos da atenção primária foram acompanhados, resultando na elaboração de onze pareceres técnico-pedagógicos. Todas as avaliações e potenciais intervenções são conduzidas pelos farmacêuticos participantes do projeto de extensão. Adicionalmente, nove usuários com condições de saúde complexas e em uso de múltiplos medicamentos têm se beneficiado de intervenções detalhadas realizadas pela equipe de extensão e farmacêuticos.
Análise crítica e impactos da produção
Os pareceres técnicos-pedagógicos elaborados compreendem recomendações para o aprimoramento das competências clínicas dos profissionais acompanhados, bem como para subsidiar a avaliação e o acompanhamento do caso clínico compartilhado nas teleconsultorias. Os documentos são embasados em protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas, adotando uma abordagem biopsicossocial na produção do cuidado em saúde. Essa produção técnica tem contribuído para que farmacêuticos atuem no cuidado ao usuário.
Considerações finais
As ações educativas por meio dos estudos de caso, teleconsultorias e emissão de pareceres permitem que tanto os profissionais farmacêuticos, quanto os estudantes de graduação e pós-graduação bolsistas, aprofundem seus conhecimentos clínicos e mantenham-se atualizadas quanto aos protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas. Além disso, auxilia no desenvolvimento de competências clínicas necessárias para uma prática centrada no paciente.
PROJETO DE RESIDÊNCIA EM GESTÃO DA QUALIDADE E VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO NORDESTE DO BRASIL.
Pôster Eletrônico
1 HUUFMA
Período de Realização
O projeto foi construído nos anos 2022 e 2023.
Objeto da produção
Instrumentalizar os profissionais de saúde à compreensão da Gestão da Qualidade e Vigilância em Saúde que circundam o processo saúde-doença.
Objetivos
1) Formar especialistas com a finalidade de atuar no planejamento, na gestão da qualidade e segurança do paciente, na avaliação de ações de vigilância em saúde; 2) Compreender os processos de trabalho com a utilização de dispositivos que favoreçam a integração entre vigilância, prevenção, proteção e promoção.
Descrição da produção
A Residência em Gestão da Qualidade e Vigilância ocorre em 24 meses constando de atividades teóricas, teórico práticas e treinamento em serviços. A estruturada está subdividida em eixo transversal (comum a todas as categorias profissionais); Eixo Transversal por Área de Concentração (contendo disciplinas relacionadas à área de concentração e envolve todas as categorias profissionais); Eixo Específico; Treinamento em Serviço; Atividades Teórico-Práticas.
Resultados
O Programa de Residência em Gestão da Qualidade e Vigilância em Saúde possui o total de 11 residentes, sendo destes 5 (cinco) cursando o segundo ano e 6 (seis) cursando o primeiro ano. A semana típica de trabalho envolve 08 horas de carga horária teórica e 52 horas de carga horária de treinamento em serviço. Da mesma forma, nas semanas em que não há carga horária teórica, são ampliadas as horas de treinamento em serviço, não ultrapassando as 60 horas/semanais.
Análise crítica e impactos da produção
Os residentes realizam treinamento em serviço, que se caracteriza como modo por excelência de integração da equipe de profissionais do Setor de Gestão da Qualidade e Vigilância em Saúde, possibilitando a troca de técnicas e conhecimentos. Na perspectiva de alcançar um padrão de qualidade da assistência, capacitação técnico-científica, política e social dos profissionais este é complementado com as atividades de sala de aula, discussões temáticas, seminários e participações em eventos científicos.
Considerações finais
Considerando que o Setor de Gestão da Qualidade e Vigilância em Saúde tem avançado em busca do aperfeiçoamento, da adequação, da melhoria da qualidade dos processos de planejamento, execução e avaliação do processo saúde-doença. E que o referido Setor conta com profissionais especializados e instalações amplas e confortáveis. Baseado nisso, o Hospital Universitário implantou a Residência em Gestão da Qualidade e Vigilância em Saúde.
GAMIFICAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE COLETIVA: EXPERIÊNCIA NA GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO
Pôster Eletrônico
1 UNB
Período de Realização
Março a junho de 2025
Objeto da produção
Aplicação de metodologias ativas com gamificação em disciplinas da graduação e pós-graduação em Saúde Coletiva.
Objetivos
Desenvolver e aplicar estratégias pedagógicas baseadas em gamificação para promover o engajamento e a aprendizagem ativa de estudantes da graduação e pós-graduação em Saúde Coletiva, como projeto-piloto alinhado ao Plano de Educação Permanente em Saúde (PEPS) da SES-DF.
Descrição da produção
A produção técnica foi desenvolvida a partir de uma abordagem de pesquisa-ação, com aplicação de metodologias ativas e elementos de gamificação em duas disciplinas: “Formação e Trabalho em Saúde” e “Avaliação de Políticas, Programas e Projetos”. As atividades incluíram jogos educativos, desafios em grupo, uso de plataformas digitais e dinâmicas de feedback. A experiência foi aplicada em turmas da graduação e pós-graduação, com coleta de percepções qualitativas por meio de formulários e rodas de conversa.
Resultados
Observou-se aumento no engajamento dos estudantes, maior participação nas discussões e melhoria na compreensão dos conteúdos. A gamificação favoreceu o protagonismo discente e a interdisciplinaridade. Foram produzidos materiais pedagógicos replicáveis e identificadas boas práticas para a formação em saúde.
Análise crítica e impactos da produção
A experiência demonstrou que a gamificação é uma ferramenta potente para a educação permanente, promovendo aprendizagem significativa e colaborativa. A proposta está alinhada às diretrizes do PEPS e contribui para a inovação pedagógica na formação em saúde, com potencial de replicação em outros contextos educacionais do Sistema Único de Saúde (SUS).
Considerações finais
A aplicação da gamificação nas disciplinas de saúde coletiva mostrou-se eficaz para qualificar o processo de ensino-aprendizagem. A experiência reforça a importância de metodologias inovadoras na formação de profissionais comprometidos com a transformação das práticas em saúde.
O ENSINO DO CUIDADO A POPULAÇÕES ESPECÍFICAS EM UMA ESPECIALIZAÇÃO DE PRECEPTORIA EM MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE NA MODALIDADE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Pôster Eletrônico
1 Hospital Moinhos de Vento
2 Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde - MS
Período de Realização
2025
Objeto da produção
Objeto de Aprendizagem que aborda particularidades no cuidado a populações específicas, vulnerabilidades, contexto cultural e condicionantes de saúde.
Objetivos
Qualificar preceptores para o ensino das particularidades do cuidado a populações específicas, como povos indígenas, população negra, ribeirinha, LGBTQIAPN+, privada de liberdade, em situação de rua e situação de tragédias, considerando vulnerabilidades, contexto cultural e condicionantes em saúde.
Descrição da produção
O material foi produzido por equipe PROADI-SUS do Hospital Moinhos de Vento, em parceria com o Ministério da Saúde, com base em diretrizes educacionais, revisão de literatura e experiências do conteudista. Os conteúdos abordados são: determinantes dos processos de saúde e doença; problemas de saúde frequentes em povos indígenas, na população negra, ribeirinha, LGBTQIAPN+, privada de liberdade, em situação de rua e em situação de tragédias; prevenção e promoção da saúde em populações específicas.
Resultados
O material elaborado promove a compreensão das vulnerabilidades em saúde presentes nos povos indígenas, na população negra, ribeirinha, LGBTQIAPN+, privada de liberdade, em situação de rua e em situação de tragédias. Aborda os problemas de saúde mais frequentes nessas populações, além de seus determinantes. Adicionalmente, identifica ações, no contexto da APS, que possam contribuir com a melhora das condições de saúde, considerando as especificidades dessas populações.
Análise crítica e impactos da produção
O material contribui para qualificar a formação de preceptores em medicina de família e comunidade (MFC) ao analisar criticamente os determinantes sociais da saúde, considerar o contexto cultural e destacar vulnerabilidades de grupos historicamente marginalizados. Ao propor estratégias de cuidado em saúde, prevenção e promoção voltadas à equidade, fomenta uma atuação profissional crítica, ética e sensível às diversidades socioculturais, fortalecendo práticas de cuidado integral em saúde.
Considerações finais
Ao promover o desenvolvimento de competências em preceptores MFC, o material produzido contribui para qualificar o cuidado na atenção primária à saúde e estimular a formação de profissionais críticos, comprometidos com a integralidade do cuidado e a equidade em saúde, considerando as particularidades do cuidado à povos indígenas, na população negra, ribeirinha, LGBTQIAPN+, privada de liberdade, em situação de rua e em situação de tragédias.
FORMAÇÃO DE PRECEPTORES EM MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE PARA O CUIDADO INTEGRAL EM CONTEXTOS DE VIOLÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 Hospital Moinhos de Vento
2 Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde - MS
Período de Realização
2025
Objeto da produção
Módulo com 3 objetos de aprendizagem sobre violência como problema de saúde, com foco clínico, territorial e pedagógico na preceptoria em MFC.
Objetivos
Contribuir para a qualificação de preceptores em MFC na identificação, manejo e ensino sobre situações de violência nos territórios, considerando seus impactos na saúde, a atuação clínica em contextos de vulnerabilidade e o uso de estratégias pedagógicas na formação em serviço.
Descrição da produção
Será desenvolvido pela equipe do Hospital Moinhos de Vento através de um projeto de formação de preceptores em MFC do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS). A produção do módulo integrará três objetos educacionais articulados aos eixos: ferramentas da especialidade, competências clínicas e competências de preceptoria. Serão utilizadas metodologias ativas e diversidade de recursos educacionais, com base nas políticas públicas de enfrentamento da violência.
Resultados
Serão produzidos conteúdos que abordam a violência como fator de risco para comorbidades, o manejo clínico de casos como o de mulheres em situação de violência doméstica e estratégias pedagógicas para ensino em contextos violentos. A proposta fortalece a atuação crítica e ética dos preceptores diante da complexidade dos territórios e das situações de vulnerabilidade vivenciadas pela população exposta à violência.
Análise crítica e impactos da produção
A abordagem integrada amplia a formação dos preceptores para além da dimensão biomédica, qualificando o cuidado em saúde frente à violência e promovendo práticas intersetoriais, sensíveis às vulnerabilidades dos indivíduos e famílias nos territórios. O conteúdo contribui para o fortalecimento de uma abordagem educacional crítica sobre a violência e suas implicações na prática em saúde, além de oferecer ferramentas pedagógicas consistentes para a formação em serviço.
Considerações finais
A proposta de produção técnica em eixos na temática violência evidencia a importância de qualificar preceptores para atuação em territórios vulneráveis, reforçando o papel da APS na abordagem de desigualdades e na resposta qualificada a situações de violência que afetam indivíduos e comunidades. Ao integrar dimensões clínicas, pedagógicas e territoriais, a produção contribui na formação crítica, resolutiva e comprometida com a equidade em saúde.
MATRIZ DE EIXOS E SUBEIXOS TEMÁTICOS PARA ANÁLISE DE OFERTAS FORMATIVAS DE MÉDICOS DO PROGRAMA MAIS MÉDICOS PARA O BRASIL
Pôster Eletrônico
1 UNEB
2 UFBA/IMS/CAT
Período de Realização
Período de execução do projeto: 2023 e 2024.
Objeto da produção
Matriz de Eixos e subeixos Temáticos para análise de ofertas formativas de médicos do Programa Mais Médicos para o Brasil (PMMB).
Objetivos
Apresentar a Matriz de Eixos e Subeixos Temáticos para análise de ofertas formativas de médicos do PMMB. Produto técnico produzido no projeto intitulado Identificação e validação do modelo de formação dos médicos do PMMB, em parceria da SGTES/ISC com ISC/OPAS/OMS.
Descrição da produção
Foi realizada revisão teórica, normativa, conceitual e documental da formação médica: Diretrizes Curriculares Nacionais, World Organization of Family Doctors, Conselho Federal de Medicina e Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade e Associação Brasileira de Educação Médica. Somou-se à análise temática dos conteúdos das especializações para os médicos do PMMB, o que derivou matriz, com os eixos temáticos principal, secundário, conteúdo, forma de organização e classificação.
Resultados
A Matriz é composta por 13 eixos temáticos e 100 subeixos: Eixo cuidado, gestão do cuidado, vigilância em saúde, procedimental, gestão, política, interprofissional, antropológico e social, ético-humanístico, formação para docência,, formação para a pesquisa, SUS-digital e outras categorias profissionais. Os subeixos constam de detalhamentos de áreas específicas e complementares relacionados a cada eixo, possibilitando a classificação de ofertas formativas.
Análise crítica e impactos da produção
Esta Matriz poderá ser utilizada por instituições de ensino, estudantes, profissionais e estudiosos na área de formação médica para APS. Pode contribuir para gestores na área da gestão do trabalho e educação na saúde, na formulação, implementação e avaliação de ofertas de educação permanente voltados à esses profissionais e nível de atenção. Esses eixos e subeixos poderão ser utilizados na classificação das ofertas educativas, podendo ser complementados à depender do objeto tratado na formação.
Considerações finais
A Matriz de Eixos e Subeixos Temáticos para formação de médicos do PMMB possui aplicabilidade pedagógica e gerencial no âmbito do PMMB, com avaliação positiva institucional nos espaços de divulgação onde foi apresentada com possibilidades de adaptações e inclusões. Esta matriz poderá ser útil, portanto, na organização das tipologias formativas dos médicos no âmbito do PMMB e na classificação das ofertas à este público destinado.
A EDUCAÇÃO PERMANENTE ENQUANTO FERRAMENTA TRANSFORMADORA NO ENFRENTAMENTO À LGBTQIAPN+FOBIA INSTITUCIONAL
Pôster Eletrônico
1 Secretaria de Saúde do Recife
Período de Realização
Maio de 2023 a dezembro de 2024.
Objeto da produção
Cursos de formação profissional
Objetivos
Promover Curso com a finalidade de fomentar a reflexão acerca do acolhimento voltado à população LGBTQIAPN+, assim como o enfrentamento à LGBTQIAPN+fobia na esfera da micropolítica na Atenção Primária à Saúde (APS), tendo como população chave os ACS, ASACE e Gerentes de Unidades de Saúde da Família.
Descrição da produção
O curso “Atendimento e Abordagem de Agentes Públicos Junto à População LGBTI+”, realizado entre 2023 e 2024, em parceria intersetorial, com público-alvo composto por ACS, ASACE, agentes do Consultório na Rua e gerentes de USF do Recife. A formação ocorreu por Distrito Sanitário (DS), em formato presencial e expositivo-dialogado. As etapas incluíram pactuação, planejamento intersetorial, elaboração do plano pedagógico, mobilização local e execução nos seis dos oito DS do município.
Resultados
Foram ofertadas e realizadas 19 formações para os profissionais em 5 dos 8 DS do Recife, totalizando 648 trabalhadores formados. O processo apresentou fragilidades, como falta de conhecimento técnico a respeito de questões básicas sobre orientação sexual e identidades de gênero, assim como potencialidades, visto que houve participação ativa dos trabalhadores, o relato de experiências no território, o que promoveu um espaço seguro, de diálogo e de compartilhamento.
Análise crítica e impactos da produção
A formação sobre LGBTQIAPN+fobia institucional evidenciou potências e desafios no SUS do Recife. A escuta dos profissionais que foram público chave, mesmo com resistências, revelou abertura ao diálogo e contribuiu para estratégias de acolhimento na atenção básica. As limitações incluem a adesão voluntária e a ausência de responsabilização em casos de violência. A ação fortalece o enfrentamento a violência institucional e orienta o planejamento de políticas no território.
Considerações finais
A qualificação dos profissionais de saúde para o enfrentamento da LGBTQIAPN+fobia institucional mostrou-se estratégica na indução de práticas mais equitativas no SUS. Apesar de limites como adesão voluntária e ausência de mecanismos de responsabilização, a iniciativa contribui para o fortalecimento das políticas públicas no território, alinhando-se às diretrizes de equidade e integralidade do cuidado no âmbito da atenção básica.
SAÚDE DAS POPULAÇÕES NEGRA E LGBTQIA+ NA FORMAÇÃO EM SAÚDE: PROTOCOLO DE REVISÃO DE ESCOPO
Pôster Eletrônico
1 UFAC
2 UFAL
3 UNIFESP
4 FCM Unicamp
5 University of Helsinki e UNSIS
6 FEnf Unicamp
Período de Realização
junho de 2024 a junho de 2025
Objeto da produção
Saúde da população negra e/ou LGBTQIA+ na formação em saúde com base inserseccional crítica.
Objetivos
Mapear as evidências científicas e lacunas do conhecimento sobre como a saúde da população negra e/ou LGBTQIA+ tem sido abordada na formação de trabalhadoras(es) e futuras(os) trabalhadoras(es) de saúde no mundo.
Descrição da produção
Trata-se de protocolo de revisão de escopo segundo metodologia JBI, registrada na OSF. A busca foi realizada em 13 recursos informacionais: Scopus, WoS, PUBMED, PUBMED PMC, Embase, MEDLINE, BVS, CINAHL, ERIC, Cochrane, BDTD, PQDT e NDLTD, sem recorte temporal ou de idioma. No software Rayyan 2 revisores independentes são responsáveis pela triagem e extração dos dados, com resolução de conflitos por um terceiro, tanto na etapa de leitura de título e resumo quanto na leitura de texto na íntegra.
Resultados
Foram recuperados no recursos informacionais e importados para o Rayyan 3.430 estudos. Foram excluídas 1.244 duplicatas. E seguiram 2.041 para leitura de título e resumo por dois revisores independentes. As divergências serão resolvidas por um terceiro revisor, mais experiente, ou por consenso com membros da equipe de pesquisa. São utilizadas tags de razões de exclusão dos estudos, recurso disponível no software, para aprimoramento do percurso metodológico desta etapa do estudo.
Análise crítica e impactos da produção
A produção adota o referencial da interseccionalidade com base na Teoria Social Crítica, articulando raça, gênero, sexualidade e classe como marcadores de desigualdade na formação em saúde. Ao mapear evidências e lacunas globais, contribui para o fortalecimento de práticas pedagógicas e políticas curriculares que promovam a justiça social. O estudo subsidia a construção de formações comprometidas com os direitos humanos e o combate às iniquidades estruturais.
Considerações finais
Contribuir para reposicionar a formação em saúde como espaço estratégico de enfrentamento das desigualdades étnicos-raciais e de gênero. E colaborar com a promoção de práticas formativas mais equitativas, fornecendo subsídios teóricos e empíricos para a inclusão de marcadores sociais nos currículos da saúde. A sistematização dos achados fortalecerá a luta por justiça social e qualificação do cuidado.
FORMAÇÃO: CULTIVO E USO RACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS DA FARMÁCIA VIVA SÃO CARLOS-SP: SISTEMATIZAÇÃO DE UMA EXPERIÊNCIA DE EDUCAÇÃO POPULAR NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UFSCAR
Período de Realização
Setembro de 2024 a Setembro de 2026
Objeto da produção
Sistematização das experiências da Formação em Cultivo e Uso Racional de Plantas Medicinais para a rede de saúde de São Carlos-SP.
Objetivos
Sistematizar a experiência das Formações sobre o Cultivo e o Uso Racional de Plantas Medicinais, da Farmácia Viva de São Carlos/SP.
Descrição da produção
Propõe-se a Sistematização da Experiência como eixo do trabalho, analisando fatores objetivos e subjetivos. O foco são as formações da Farmácia Viva de São Carlos, com 9 encontros e 2 Mostras de Educação Popular em Saúde e Plantas Medicinais. Busca-se registrar as trocas de experiências e promover o diálogo entre saberes científico e tradicional sobre plantas medicinais nas práticas profissionais no SUS.
Resultados
Os ciclos de aprendizagem seguiram a ementa do Ministério da Saúde no eixo de capacitações do projeto Farmácia Viva, integrando os princípios da Educação Popular em Saúde e as demandas do coletivo. Com duração de 5 meses, o curso abordou o cultivo e o uso racional de plantas medicinais em dois ciclos, utilizando metodologias ativas e participativas em todo o processo.
Análise crítica e impactos da produção
A formação sobre plantas medicinais ampliou a confiança e o repertório dos profissionais, destacando a importância do diálogo entre saberes na construção do conhecimento em saúde. Reforça-se a necessidade de espaços de educação em saúde para orientar o uso de plantas medicinais na rede, a fim da implementação das políticas de Práticas Integrativas e Complementares (PICS) e de Educação Popular em Saúde (EPS) nos serviços.
Considerações finais
A formação foi uma experiência exitosa na construção do conhecimento sobre fitoterapia e plantas medicinais. As Mostras de EPS evidenciaram a forte participação dos educandos na multiplicação das oficinas. As narrativas reflexivas e a avaliação final também se destacaram como momentos de compartilhamento positivo e construtivo sobre os conteúdos trabalhados.
USO DE GRANDES MODELOS DE LINGUAGEM E FERRAMENTAS BASEADAS EM IA GENERATIVA NA PESQUISA EM SAÚDE - UMA PROPOSTA DE FLUXO DE TRABALHO PARA PROFISSIONAIS E ESTUDANTES
Pôster Eletrônico
1 Fiocruz
Período de Realização
Continuo com aplicação de oficinas e cursos em formato presencial e online.
Objeto da produção
Construção de material didático e de disseminação.
Objetivos
Propor modelo de aplicação do uso de inteligência artificial generativa
Disseminar o uso ético e adequado de ferramentas generativas na pesquisa em saúde.
Descrição da produção
Desenvolvimento de material didático próprio, criação de repositório com os materiais, disponibilização de audiovisual, oficinas e cursos presenciais e online, proposta de modelo de fluxo de trabalho apoiado em IA generativa.
Resultados
Foram treinados estudantes e profissionais de diversas áreas relacionadas à saúde e áreas correlatas.
Análise crítica e impactos da produção
Durante as oficinas e a construção e revisão dos materiais foi possível constatar o desafio de treinar e incluir ferramentas de IA generativa nos fluxos de trabalho de forma ética e com boa governança. Trata-se de uma área ainda em popularização mas com grande interesse midiático, no entanto a opção tomada pela autora foi de explorar com estudantes e colegas as possibilidades dessas ferramentas.
Considerações finais
O uso de ferramentas capazes de gerar conteúdo sintético é um dos desafios enfrentados para a formação de pesquisadores atualmente.
INTEGRAÇÃO ENSINO-COMUNIDADE (IEC) COMO ESTRATÉGIA EDUCACIONAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES DE MEDICINA NO BRASIL.
Pôster Eletrônico
1 FPP
Período de Realização
1° semestre de 2023 ao 2° semestre de 2024.
Objeto da experiência
Ações Curriculares de Extensão (ACEx) como ferramenta integração da Atenção Primária à Saúde (APS) ao ensino acadêmico.
Objetivos
Apresentar uma estratégia educacional em Saúde Pública baseada na interação entre estudantes de medicina e comunidades no âmbito da Atenção Primária à Saúde.
Descrição da experiência
A disciplina IEC é oferecida até o 8º período do curso de medicina e combina componentes teóricos e práticos em alternância semanal. Na parte prática, os estudantes são organizados em pequenos grupos, supervisionados por profissionais atuantes na APS. Após identificar as demandas sociais da comunidade os alunos elaboram intervenções direcionadas denominadas “Ações Curriculares de Extensão” (ACEx) e a partir de múltiplas discussões e planejamento detalhado, essas ações são executadas.
Resultados
Nos últimos dois anos, foram desenvolvidos 226 relatórios de ações, contemplando 11 áreas temáticas de saúde. As temáticas mais prevalentes foram saúde da mulher, saúde da criança e cuidado com o idoso. A maioria das ações foi realizada em unidades de Atenção Primária à Saúde, seguida por escolas. Os materiais utilizados foram de baixo custo, financiados pela instituição ou pelos próprios estudantes, sendo folders e cartazes os mais empregados. A população total alcançada foi de 12.450 pessoas.
Aprendizado e análise crítica
As ações foram oportunidades de aprimorar futuras iniciativas de promoção à saúde, além de contribuir para fortalecer a integração da APS ao ensino acadêmico. Em destaque para o trabalho multidisciplinar com os profissionais das unidades, que contribui para habilidades essenciais da prática médica e melhor compreensão dos determinantes sociais, devido a experiência nos territórios.
Conclusões e/ou Recomendações
A disciplina IEC mostra-se uma estratégia eficaz para integrar o ensino teórico da Saúde Pública com a prática em territórios da APS, preparando os estudantes para enfrentar diferentes realidades sociais. Sua aplicabilidade em diversos contextos socioeconômicos e ambientais também contribui de forma significativa para a formação ética e humanizada dos acadêmicos de medicina, ao mesmo tempo em que proporciona benefícios concretos à comunidade.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM GESTANTES DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE (UBS) DE CURITIBA: ORIENTAÇÕES PRÁTICAS SOBRE SAÚDE MATERNO-INFANTIL
Pôster Eletrônico
1 FPP
Período de Realização
As ações descritas no trabalho foram organizadas e realizadas no período de fevereiro/junho de 2025.
Objeto da experiência
Ações de educação em saúde desenvolvidas por acadêmicos de Medicina com gestantes acompanhadas em pré-natal na Atenção Primária à Saúde (APS).
Objetivos
Oferecer orientação prática e acessível sobre temas críticos do pré-natal, como prematuridade, sinais de trabalho de parto, amamentação e manobras de desengasgo, com foco na saúde materno-infantil e na qualificação do cuidado na atenção primária.
Descrição da experiência
As ações foram realizadas por acadêmicos, sob orientação de uma tutora, na sala de espera da UBS durante os dias de pré-natal, com abordagem individual e dialogada, respeitando o tempo e as dúvidas de cada usuária. Também foi realizada uma visita domiciliar a uma puérpera no pós-parto imediato, focando nos cuidados maternos e neonatais. Os temas incluíram prematuridade, parto, amamentação e desengasgo. Houve busca ativa na literatura e discussão das lacunas na atenção primária.
Resultados
Durante os atendimentos em sala de espera, sete gestantes foram orientadas sobre os temas propostos. Na visita domiciliar realizada no pós-parto imediato, discutiram-se principalmente os cuidados maternos e neonatais. As principais demandas incluíram dúvidas sobre puerpério, aspectos emocionais e infecções como toxoplasmose e esporotricose. De modo geral, as gestantes demonstraram bom repertório, mas ainda apresentavam dúvidas de alta especificidade e relataram satisfação com a escuta ativa.
Aprendizado e análise crítica
A ação evidenciou a necessidade de flexibilidade nas práticas em saúde e reforçou o valor da escuta ativa como ferramenta de vínculo e acolhimento. Para os acadêmicos, a experiência proporcionou aprendizado prático em ambientes não convencionais, desenvolvendo habilidades de comunicação, abordagem individualizada e compreensão das limitações e importância do trabalho na atenção primária.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência evidenciou que estratégias educativas pontuais, realizadas em contextos assistenciais cotidianos, podem qualificar o cuidado pré-natal ao abordar dúvidas reais e favorecer a construção de vínculo. Intervenções simples, adaptadas à rotina da APS, devem ser valorizadas como ferramentas efetivas na promoção da saúde materno-infantil.
PREVENÇÃO DA TRIPANOSSOMÍASE AMERICANA EM ESPAÇOS POPULARES: VIVÊNCIA EXTENSIONISTA NAS FEIRAS LIVRES DE BELÉM DO PARÁ
Pôster Eletrônico
1 UEPA
2 UFPA
Período de Realização
Agosto e setembro de 2024
Objeto da experiência
Ação de extensão visando à prevenção da Tripanossomíase americana nas feiras livres na cidade de Belém, Estado do Pará, Brasil.
Objetivos
Relatar a experiência de estudantes do curso de Saúde Coletiva da Universidade do Estado do Pará (UEPA) durante a realização de uma ação de extensão universitária para a prevenção da Tripanossomíase americana nas feiras livres do Telégrafo, Barreiro e Pedreira em Belém-Pa
Metodologia
A ação de extensão sobre prevenção da Tripanossomíase americana nas feiras livres do Telegrafo, Barreiro e Pedreira foram realizadas no mês de agosto e setembro de 2024. No total foram 8 participantes, 7 discentes e 1 docente. Utilizou-se o folder educativo e fizeram-se orientações individuais e coletivas junto dos trabalhadores e consumidores sobre saúde, prevenção, vigilância ambiental e epidemiologia da Doença de Chagas (DC).
Resultados
A ação de extensão realizada nas feiras livres de Belém permitiu vivenciar práticas de educação em saúde voltadas à prevenção da DC em contextos urbanos populares. Por meio da distribuição de folders informativos e de orientações individuais e coletivas, os alunos abordaram feirantes e consumidores, promovendo o diálogo sobre a vigilância ambiental, fatores de risco, formas de prevenção e aspectos epidemiológicos da DC.
Análise Crítica
A atividade vivenciada contribuiu para que o discente do curso de Saúde Coletiva da UEPA aplicar, na prática, os conhecimentos teóricos adquiridos em sala de aula, especialmente no que se refere à educação em saúde, vigilância epidemiológica e promoção da saúde em territórios urbanos. A interação com os feirantes e consumidores nas feiras livres contribuiu para ampliar o conhecimento da população sobre a DC e reforçou o papel da universidade pública na transformação social.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência demonstrou a importância das ações de extensão no fortalecimento da formação prática dos estudantes de Saúde Coletiva na promoção da saúde em espaços de grande circulação popular, como as feiras livres de Belém. Além de ampliar a compreensão dos discentes sobre os determinantes sociais da saúde e a dinâmica da DC em áreas urbanas, a atividade reforçou a necessidade de estratégias contínuas de educação em saúde e vigilância da DC na cidade.
OFICINAS DE ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO OBSTÉTRICO: EXPERIÊNCIA COM QUATRO MATERNIDADES APOIADORAS DA POLÍTICA DE HUMANIZAÇÃO DO ESTADO DE SP
Pôster Eletrônico
1 NGHSP-SES-SP/DRS VI
2 NGHSP-SES-SP/DRS IX
3 NGHSP-SES-SP
4 NGHSP-SES-SP/DRS I
Período de Realização
Novembro de 2021 a maio de 2025, com encontros regulares e acompanhamento contínuo
Objeto da experiência
Fortalecer o cuidado humanizado por meio da escuta, da avaliação de risco e da construção coletiva de fluxos de cuidado.
Objetivos
Aprimorar as oficinas de Acolhimento e Classificação de Risco/Vulnerabilidades implementadas, avaliando o impacto e fortalecendo a articulação com a rede de atenção, consolidando um plano coletivo nas maternidades
Descrição da experiência
A experiência refere-se às Oficinas de Acolhimento com Classificação de Risco e Vulnerabilidades na Obstetrícia em 4 maternidades, visando o fortalecimento de vínculos, ampliando a percepção dos modos de vida e reorganização dos processos de trabalho para a produção de redes de cuidado, a partir das análises dos Articuladores de Humanização, onde foi identificado a necessidade de intensificar o apoio às práticas de Acolhimento, envolvendo as equipes multiprofissionais.
Resultados
As oficinas de Acolhimento e Classificação de Risco e Vulnerabilidades em Obstetrícia vem promovendo avanços nas 4 maternidades apoiadoras, como maior sensibilização das equipes para as vulnerabilidades das gestantes, ampliação do acolhimento singular, reestruturação dos fluxos de atendimento para melhor resposta às demandas obstétricas.Aformação contínua fortaleceu a integração entre diferentes setores, ampliando a articulação com a rede de atenção primária e alto risco.
Aprendizado e análise crítica
Aprendemos que qualificar o acolhimento exige olhar atento às vulnerabilidades e singularidades das pessoas, repensar os processos de trabalho e fortalecer a integração entre equipes e a rede de atenção. A construção coletiva e a escuta ativa são fundamentais para um cuidado obstétrico mais humano, resolutivo e articulado. Sendo assim, as oficinas possibilitaram análises críticas dos processos de trabalho e promoveram intervenções para qualificar o acolhimento
Conclusões e/ou Recomendações
As oficinas de Acolhimento e Classificação de Risco Obstétrico, com metodologia participativa, foram fundamentais para fortalecer o cuidado obstétrico. Recomenda-se a continuidade das oficinas com ênfase na escuta qualificada e construção de fluxos de cuidado articulados com as redes de atenção à saúde. Reforçamos a necessidade de engajamento de todas as categorias profissionais e da gestão para consolidar as mudanças institucionais.
BENEFÍCIOS DOS ESTÍMULOS MUSICAIS NA ADESÃO AO TRATAMENTO MULTIPROFISSIONAL DE IDOSOS COM PARKINSON E ALZHEIMER: RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal do Amapá
Período de Realização
A experiência foi realizada entre fevereiro a junho de 2025, na Universidade Federal do Amapá.
Objeto da experiência
Atuação de equipes multiprofissionais do Projeto Reviver (UNIFAP) com idosos portadores de Parkinson e Alzheimer.
Objetivos
Refletir sobre como o uso da música nas atividades de Fisioterapia, Ludicidade e Enfermagem do Projeto Reviver (UNIFAP) pode influenciar o interesse, motivação e adesão das pessoas idosas, segundo a percepção de uma acadêmica de fisioterapia.
Metodologia
Desde o início da participação da acadêmica no Projeto Reviver, nas equipes de Ludicidade e Marketing, tem sido possível notar mudanças na participação dos pacientes e equipes. A Ludicidade sempre usou música, mas há 4 meses outras equipes, como Fisioterapia e neuropsicopedagogia, também começaram a utilizá-la, o que aumentou motivação, interesse e adesão dos pacientes e voluntários em todas as atividades.
Resultados
A equipe de Ludicidade sempre observou grande adesão dos pacientes, especialmente em atividades com dança e música. Sem estímulos musicais, havia menor motivação e ambiente mais tecnicista. Atualmente, há maior engajamento também em terapias como a Fisioterapia. No entanto, ainda ocorrem queixas de idosos sobre a falta de música em certas atividades, o que reforça seu papel no envolvimento e humanização do cuidado.
Análise Crítica
A experiência indica que o uso da música em atividades cognitivas e motoras fortalece o vínculo entre paciente, equipe e ambiente terapêutico, desperta afetos, motiva e humaniza o cuidado, favorecendo a adesão de idosos com Parkinson e Alzheimer. Sendo um recurso de baixo custo e fácil aplicação, seu uso mostra-se altamente indicado, o que já é respaldado pela literatura científica.
Conclusões e/ou Recomendações
A música mostra-se uma ferramenta eficaz na adesão ao cuidado multiprofissional de pessoas idosas com Parkinson e Alzheimer. Recomenda-se sua inclusão em práticas terapêuticas integradas, com participação ativa da equipe de saúde. A continuidade das ações musicais pode favorecer o bem-estar, a qualidade de vida e o engajamento terapêutico da pessoa idosa.
A CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA COMO UMA POSSIBILIDADE DE EDUCAÇÃO SOBRE SEXUALIDADE E SAÚDE COM ADOLESCENTES EM ESCOLAS PÚBLICAS.
Pôster Eletrônico
1 UNIFESP
Período de Realização
Abril de 2016 a maio de 2025
Objeto da experiência
Projeto de extensão da Unifesp voltado à formação de educadores e à promoção da autonomia de adolescentes na prevenção de ISTs e contracepção segura.
Objetivos
Apresentar o processo e os resultados de dez anos de desenvolvimento e difusão de jogos e dinâmicas interativas sobre prevenção de IST‘s e métodos contraceptivos, no contexto de uma iniciativa de curricularização da extensão universitária da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Metodologia
Desde 2016, o projeto “Comprimidos” da Unifesp implementa a curricularização da extensão em Farmácia, em parceria com escolas públicas de Diadema-SP. Visa formar estudantes universitários e do ensino médio sobre métodos contraceptivos e prevenção de ISTs. Desenvolve jogos e atividades interativas, presenciais e digitais, fundamentadas em diagnóstico prévio. Aplicam-se questionários para avaliar conhecimento e impacto, garantindo a continuidade mesmo com a pandemia.
Resultados
Em 9 anos, o projeto desenvolveu 23 jogos didáticos aplicados a mais de 6 mil alunos do ensino médio e formou 115 estudantes de Farmácia. Em 2024-2025, atingiu 806 alunos em duas escolas. Destacou-se pela participação em eventos, formação de educadores e ampla aceitação, sendo referência na educação em sexualidade e saúde adolescente. O material está disponível online e um livro será lançado no aniversário de 10 anos.
Análise Crítica
A abordagem da educação sexual em escolas públicas enfrenta tabus que dificultam o acesso ao tema. Métodos interativos tornam o assunto mais acessível e confortam educadores e gestores. Entre universitários, lacunas foram identificadas, e a participação ativa na educação de pares melhorou o aprendizado. Há clara necessidade de apoio institucional para ampliar a educação sexual além da sala de aula.
Conclusões e/ou Recomendações
O projeto teve grande aceitação e os participantes que têm manifestado que há muita necessidade de atividades como as desenvolvidas pelo projeto Comprimidos. A abordagem clara e interativa utilizada nos jogos e nas dinâmicas facilitou o desenvolvimento do tema entre os jovens e facilita a abordagem por educadores. É importante que educadores do campo da saúde e da educação tenham acesso a formações sobre a sexualidade de adolescente e jovens.
EXPERIÊNCIAS DE INSERÇÃO PROFISSIONAL DE OBSTETRIZES FORMADAS EM 2018 NO BRASIL: DA FORMAÇÃO À PRÁTICA COTIDIANA
Pôster Eletrônico
1 USP
Apresentação/Introdução
O curso de Obstetrícia da EACH-USP forma, desde 2005, profissionais para transformar o cuidado materno e perinatal no país, com foco na humanização e na garantia dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres e pessoas com útero. Diante de desafios como o excesso de intervenções e a baixa qualidade da assistência, as obstetrizes são profissionais essenciais para a mudança desse cenário.
Objetivos
O projeto busca analisar a trajetória profissional das obstetrizes formadas em 2018, investigando áreas de atuação, formação complementar, desafios, oportunidades e o impacto da formação na EACH/USP no desenvolvimento de suas competências.
Metodologia
A pesquisa utilizará questionários e entrevistas em profundidade como instrumentos de coleta de dados, sendo realizada uma análise qualitativa dos resultados. Espera-se que este estudo contribua para o conhecimento sobre o percurso profissional das obstetrizes e auxilie na melhoria da formação e atuação dessas profissionais, bem como no fortalecimento da assistência obstétrica no país.
Resultados
As obstetrizes formadas em 2018 têm perfil diversificado quanto à formação e inserção no mercado. A maioria buscou qualificação complementar, sinalizando que, embora o curso ofereça base sólida, há demanda por mais capacitação. Mais da metade atua como obstetriz (60%), principalmente como profissionais autônomas e proprietárias ou sócias de empresas, em equipes multiprofissionais e assistência ao parto domiciliar, mas parte enfrenta dificuldades de inserção, atribuídas à desvalorização, falta de autonomia e burnout. Apesar dos desafios, obstetrizes têm atuação expressiva na assistência ao parto, pré-natal, puerpério e amamentação, sendo essenciais na saúde materno-infantil.
Conclusões/Considerações
O estudo mostra que, embora as obstetrizes formadas em 2018 estejam inseridas no mercado e busquem qualificação, ainda enfrentam desafios na valorização, nas oportunidades e nas condições de atuação. Apontando a necessidade de articulação entre ensino, gestão e políticas públicas para fortalecer a profissão, além de sugerir que novas pesquisas ampliem essa análise para outros contextos a fim de promover avanços contínuos na área da Obstetrícia.
FORMAÇÃO MÉDICA E CENÁRIOS DA APS: PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES E PRECEPTORES DO CURSO DE MEDICINA
Pôster Eletrônico
1 Centro Universitário Faminas
2 UFJF
Apresentação/Introdução
A preocupação, na realidade brasileira, em promover um ensino médico adequado às reais necessidades da população ocorre desde o século XIX. A transição do modelo hospitalocêntrico de ensino para um formato centrado no paciente e na Atenção Primária à Saúde (APS) precisa ocorrer não apenas nos currículos das escolas médicas, mas também na mudança de pensamento de todos envolvidos.
Objetivos
O presente estudo buscou analisar a percepção de estudantes e preceptores de um curso de medicina sobre a aplicação das competências propostas pela Diretrizes Curriculares Nacionais de 2014, nas atividades práticas realizadas no cenário da APS.
Metodologia
Foram aplicados questionários estruturados por meio do Google Forms, sendo os dados compilados para o programa Excel da Microsoft e analisados pelo programaSPSS.25. Após aplicação deste instrumento foram realizados três grupos focais com estudantes e um com preceptores. Os participantes dos grupos foram escolhidos aleatoriamente, de forma a representar cada período do curso e foi composto, cada um, por oito integrantes. Foi utilizada a Técnica de Bardin para organização dos dados dos grupos focais para sua posterior análise.
Resultados
Um total de 237 estudantes (71,6%) e 19 (70,4%) preceptores responderam ao questionário. Na percepção dos alunos e preceptores, as práticas na Atenção Primária à Saúde contribuem para o reconhecimento da determinação social do processo saúde-doença, para a compreensão da relevância do trabalho multiprofissional e interprofissional entre as equipes de saúde, preparam o estudante para trabalhar na Atenção Básica e permite que os atributos dos SUS sejam vivenciados durante o período de formação.
Conclusões/Considerações
As práticas na APS propiciam uma formação crítica, humanística e reflexiva, como é proposto pelas DCN de 2014. Contribuem na percepção da determinação social do processo saúde-doença e permitem que os atributos do SUS sejam vivenciados.
Embora preparem o estudante para trabalhar na Atenção Básica, essas vivências não contribuíram para promover a intenção do estudante em se especializar em Medicina de Família e Comunidade.
PROJETO SAÚDE E BEM VIVER: ESTRUTURA PEDAGÓGICA DO AVA/MOODLE PARA FORMAÇÃO DOS TUTORES.
Pôster Eletrônico
1 ObservaPICS/VPAAPS/Fiocruz
2 EAD Fiocruz-PE
Período de Realização
A formação das turmas de tutores foi iniciada em novembro de 2024 e está em andamento.
Objeto da experiência
A estruturação do AVA/Moodle para o processo formativo dos tutores do curso “Saúde e bem viver”.
Objetivos
Apresentar a estruturação do AVA/Moodle como ferramenta de processos formativos em EAD, das equipes de APS e e-Multi utilizando um ambiente virtual de aprendizagem, integrando tecnologias de comunicação em saúde, fortalecendo a educação permanente no SUS e a produção de cuidado nos territórios.
Descrição da experiência
A estruturação do AVA/Moodle resultou de um processo colaborativo entre os coordenadores estaduais participantes. Os conteúdos obrigatórios e complementares foram definidos em oficina presencial e, posteriormente, por curadoria coletiva. O material foi organizado em três momentos: Cuidar de Si, Viver em Equipe e Agir no Território, além de materiais complementares, subsidiando reflexões vinculadas à realidade local e aos projetos de intervenção, que constituem a etapa final desta formação.
Resultados
Foram formados, 134 tutores de 17 estados, alcançando o total de 829 municípios. O AVA foi organizado em 3 momentos: 1 Cuidar de si, 2 Viver em equipe, 3 Agir no território. Conteúdos abordados: autocuidado, bem viver, PICS, interprofissionalidde, trabalho em equipe, comunicação não-violenta, metodologias ativas, aprendizagem baseada em problemas e projetos de intervenção nos territórios. Estratégias educacionais AVA/Moodle: fóruns de discussão, vídeos, podcast, “diário de bordo”, webaulas.
Aprendizado e análise crítica
O "Saúde e Bem Viver" é uma iniciativa alinhada com as atuais tendências de digitalização e inovação em saúde, ofertando aos trabalhadores da APS uma formação que combina os princípios da educação permanente em saúde com atuais tecnologias para comunicação em saúde. A estrutura proposta no AVA/Moodle busca não apenas transmitir conhecimentos, mas criar espaços de troca, reflexão e construção coletiva do saber, essenciais para a qualificação do SUS e a promoção da saúde como direito fundamental.
Conclusões e/ou Recomendações
O AVA/Moodle possibilita a qualificação das equipes da APS e e-Multi, desenvolvendo competências da APS, incentivando soluções locais para a produção de cuidado das equipes e da população. O uso de recursos multimídia, associado às metodologias ativas, buscando integrar teoria e prática, promove autonomia, amplia o acesso ao conhecimento, respeitando diversidades regionais, fortalecendo a produção do cuidado em saúde nos territórios.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE BUCAL E ATUALIZAÇÃO VACINAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL: RELATO DE INTERVENÇÃO NO VALE DO JEQUITINHONHA
Pôster Eletrônico
1 UFVJM
Período de Realização
20 de setembro de 2024, período da tarde.
Objeto da experiência
Atividade educativa e preventiva sobre saúde bucal e vacinação em instituição pública de educação infantil.
Objetivos
Relatar experiência educativa e assistencial em saúde coletiva realizada por estudantes de enfermagem em Estágio Supervisionado: Atenção Primária em Saúde e de odontologia, evidenciando o impacto na promoção da saúde bucal, atualização vacinal e fortalecimento da territorialização da ESF.
Descrição da experiência
A ação ocorreu com equipe da ESF e acadêmicos. Após articulação com gestão escolar e orientação às famílias, houve atividade lúdica sobre saúde bucal, escovação supervisionada e verificação dos cartões vacinais. Utilizaram-se materiais pedagógicos e insumos da rede de saúde local.
Resultados
Participaram 176 crianças; todas engajadas nas atividades. Sete receberam vacinas após avaliação dos cartões. Apesar de ausência de algumas vacinas, houve boa adesão. Refletiu sobre desafios logísticos na APS de territórios vulneráveis.
Aprendizado e análise crítica
Acadêmicos vivenciaram o planejamento e execução de ações em saúde real, assumindo protagonismo na articulação intersetorial. Identificaram entraves como ausência de insumos e recursos humanos, fortalecendo sua formação crítica, ética e comunitária.
Conclusões e/ou Recomendações
A iniciativa mostrou-se potente para educação em saúde e integração ensino-serviço-comunidade. Há necessidade de qualificar continuamente fluxos de insumos e articulação intersetorial. Recomenda-se replicação com aperfeiçoamento logístico e ampliação territorial.
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE NO BRASIL: ANÁLISE DOCUMENTAL DOS PLANOS ESTADUAIS E DISTRITAL
Pôster Eletrônico
1 FioCruz Brasília
2 Secretaria de Saúde do Distrito Federal
3 Secretaria de Saúde do Distrito Federal / Centro Universitário UNIEURO
Apresentação/Introdução
A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, é essencial para a formação e o desenvolvimento dos profissionais do Sistema Único de Saúde e destaca-se de modelos tradicionais de educação continuada, ao se fundamentar na aprendizagem significativa, na problematização do processo de trabalho como ferramenta para a transformação das práticas profissionais e reorganização dos serviços.
Objetivos
Discutir e analisar os Planos de Educação Permanente elaborados pelos Estados brasileiros e pelo Distrito Federal.
Metodologia
Trata-se de análise documental para identificar características, objetivos, metodologias e eixos estratégicos dos Planos Estaduais de Educação Permanente em Saúde, bem como as concepções subjacentes nos diferentes contextos federativos. A análise baseou-se na extração direta de informações dos textos, com foco na terminologia, marcos legais citados e propostas de ação. A busca ocorreu em janeiro e fevereiro de 2025, nos sites do CONASS, Google, Secretarias Estaduais de Saúde e Escolas de Saúde Pública. Foram incluídos documentos publicados entre 2018 e 2025, considerando-se a versão mais recente disponível.
Resultados
Foram identificados 27 planos de Educação Permanente em Saúde (EPS). Os documentos, majoritariamente entre 2018 e 2024, refletem o impulso do PRO EPS-SUS (2017), a despeito do desafio crítico na sustentabilidade e institucionalização da PNEPS nos estados. Observou-se convergência no uso de metodologias participativas com envolvimento dos atores do quadrilátero (gestão, atenção, ensino e controle social) e valorização da integração ensino-serviço-comunidade, um pilar para a reorientação do modelo de atenção à saúde. Enfatizam a problematização, planejamento participativo, monitoramento e avaliação como estratégias para transformação das práticas e fortalecimento do SUS.
Conclusões/Considerações
Os planos estaduais de EPS refletiram a busca por ações alinhadas às realidades locais. Contudo, a descontinuidade observada na vigência dos documentos denota a distância entre o planejamento e a efetivação da política. O desafio central reside em garantir sua sustentabilidade política e financeira, transformando-os em ferramentas vivas de gestão e qualificação permanente do SUS.
QUEDA EM IDOSOS: JOGO DOS 7 ERROS COMO ESTRATÉGIA EDUCATIVA EM SAÚDE COLETIVA
Pôster Eletrônico
1 Centro Universitário São Camilo
Período de Realização
novembro de 2024
Objeto da experiência
Prevenção e risco de quedas por meio de uma estratégia educativa para a população idosa em um território do município de São Paulo.
Objetivos
Abordar o tema prevenção e risco de quedas por meio do jogo dos 7 erros elaborado por estudantes de medicina do quarto semestre para a população idosa; discutir o tema sobre quedas por meio de uma roda de conversa com o intuito de fomentar e trocar conhecimento.
Descrição da experiência
Realizado um jogo dos 7 erros com dois cenários domésticos, quarto e banheiro. As imagens foram impressas em cartazes, indicando elementos que aumentam risco de queda como tapetes e objetos no chão. Vinte e dois idosos foram divididos em dois grupos, cada um responsável por um cenário. Na primeira rodada, cada grupo colocou um “X” nos elementos que tornam o ambiente propício para quedas. Na segunda rodada, acrescentaram objetos que ajudam a prevenir quedas como luminárias e barras na parede.
Resultados
A atividade foi descontraída, gerou discussões e troca de experiências a respeito do tema quedas e sua relevância para a saúde da população idosa. Ao final, as estudantes conseguiram levar informações relevantes sobre o risco de quedas, e aprenderam muito com os idosos que detectaram elementos que podem representar riscos e que não haviam sido pensados anteriormente. Os idosos trouxeram estratégias que usam para prevenir quedas em casa, possibilitando troca de saberes.
Aprendizado e análise crítica
O jogo dos 7 erros possibilitou espaço para troca de saberes de forma interativa, revelando conhecimento e protagonismo das pessoas idosas no cuidado em saúde. A inclusão do tema sobre quedas e a possibilidade de abordá-lo de forma lúdica, foi essencial para compor habilidades de comunicação no aprendizado da formação médica humanizada e crítica, além de aproximar o saber biomédico das realidades sociais. O uso de cartazes permitiu uma visualização clara, favorecendo a acessibilidade visual.
Conclusões e/ou Recomendações
Considera-se que a estratégia educativa do jogo dos 7 erros foi relevante na prática em saúde coletiva. A experiência evidenciou que a escuta e a troca de experiências facilitam a compreensão sobre os riscos e a prevenção de quedas dentro de domicílios. Ao se promover o diálogo e a valorização do saber popular, superam-se barreiras e se fortalece o papel de futuros médicos e da população idosa no contexto da educação em saúde.
PEDAGOGIA DO PTS: PROJETANDO O PROCESSO DE CUIDADO NA FORMAÇÃO MÉDICA A PARTIR DA CLÍNICA AMPLIADA
Pôster Eletrônico
1 AFYA FCM GARANHUNS E UPE
2 AFYA FCM GARANHUNS
Período de Realização
A atividade realizada na Afya Faculdade de Ciências Médicas de Garanhuns, no semestre 2025.1.
Objeto da experiência
A formação médica crítica e humanizada por meio da construção e aplicação do Projeto Terapêutico Singular (PTS), utilizando metodologias ativas.
Objetivos
Relatar uma experiência pedagógica voltada à formação crítica de estudantes de Medicina por meio da aplicação do PTS, utilizando metodologias ativas para promover a compreensão da Clínica Ampliada, o trabalho em equipe e o cuidado centrado na pessoa na Atenção Básica à Saúde.
Descrição da experiência
Durante atividade do módulo Integração ensino-serviço-comunidade (IESC) III, estudantes de Medicina vivenciaram a construção de um Projeto Terapêutico Singular (PTS) a partir de um caso clínico. Utilizando sala de aula invertida, estudo de caso e simulação de reunião de equipe, a experiência promoveu a compreensão da Clínica Ampliada, o trabalho colaborativo e o cuidado centrado na pessoa, fortalecendo a formação crítica e humanizada na Atenção Básica à Saúde.
Resultados
Os estudantes participaram ativamente da atividade, demonstrando compreensão das etapas do PTS e engajamento na simulação da reunião de equipe. Refletiram criticamente sobre o cuidado centrado na pessoa, articulando teoria e prática. A proposta favoreceu o protagonismo discente, o pensamento clínico ampliado e o fortalecimento do trabalho em equipe na formação médica orientada pelos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).
Aprendizado e análise crítica
A atividade favoreceu um aprendizado significativo ao articular teoria e prática por meio de metodologias ativas. Os estudantes desenvolveram análise crítica sobre o cuidado integral, reconhecendo o PTS como ferramenta ético-política. A vivência colaborativa estimulou o protagonismo, a escuta qualificada e a compreensão do papel da equipe na produção do cuidado, contribuindo para uma formação médica mais sensível e comprometida com o SUS.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência reforça o potencial do PTS como ferramenta formativa na graduação médica, especialmente quando aliado a metodologias ativas. Recomenda-se sua inclusão sistemática nos currículos, promovendo a articulação entre saberes, o cuidado centrado na pessoa e o compromisso com os princípios do SUS, contribuindo para a formação de profissionais críticos, sensíveis e preparados para atuar na Atenção Básica à Saúde.
Realização: